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Roteiro de Caracterização Do Empreendimento - Rce PROCESSO ANM #870.246/2022

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1 Capa

ROTEIRO DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO – RCE


PROCESSO ANM N° 870.246/2022

REQUERENTE: GNA MINERAÇÃO LTDA ME


SUBSTÂNCIA: QUARTZITO
MUNICÍPIO: UMBURANAS /BAHIA

MAIO/2024

1
2 IDENTIFICAÇÕES

2.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Razão Social: GNA MINERAÇÃO LTDA ME


Nome Fantasia: GNA MINERAÇÃO
CNPJ Nº: 20.093.063/0001-47
Endereço do Empreendimento: Fazenda Morrinhos, s/n, Zona Rural
Coordenadas do Empreendimento: 10°34'57''32'' / 40°57'47''58 ''
Endereço para Correspondência: Rua Pedro Teodoro da Silva, Centro, 1.200, Ourolândia-
Bahia, CEP: 44.718-000
Telefone para Contato: (74) 98135-3071
Nome do Representante Legal: EUDORIO OLIVEIRA NETO

2.2 ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Atividade: Extração de Quartzito


Código: 0810-0/02 - Extração de granito e beneficiamento associado.
Capacidade: 59.000 t/ano
Porte do empreendimento: Pequeno
Legislação de referência: RESOLUÇÃO CEPRAM Nº 4.579, DE 06 DE MARÇO DE 2018.

2.3 IDENTIFICAÇÃO DO TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO

Nome: Atailson Sacramento Araújo


Área de Atuação: Mineração e Meio Ambiente
Número de Registro no Concelho de Classe: 43.663
Endereço: Avenida Visconde de Itaborahy, 110, – Amaralina - Salvador /BA
Email: atailson@yahoo.com.br
Telefone: (71) 99904-8230

2
3 INDICE

1 Capa .................................................................................................................................... 1

2 IDENTIFICAÇÕES ................................................................................................................. 2

2.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA..................................................................................... 2

2.2 ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL .............................................. 2

2.3 IDENTIFICAÇÃO DO TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO ............................. 2

3 INDICE ................................................................................................................................. 3

4 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 6

5 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 6

6 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO .............................................................................. 6

7 LEGISLAÇÕES E NORMAS APLICAVÉIS ................................................................................ 7

8 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................................ 7

8.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSO ............................................................................................. 7

8.2 MAPA DE LOCALIZAÇÃO ............................................................................................. 8

8.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDS;...................................................................................... 8

8.4 MEMORIAL DESCRITIVO DA IMPLANTAÇÃO .............................................................. 8

8.5 ETAPAS ...................................................................................................................... 11

8.6 SETORES .................................................................................................................... 12

8.7 SUBSTÂNCIAS MINERAL A SER EXTRAÍDA ................................................................ 12

8.8 SITUAÇÃO DO EMPRENDIMENTO PERANTE A ANM ................................................ 12

8.9 MÃO DE OBRA/COLABORADORES............................................................................ 12

8.10 JORNADA DE TRABALHO .......................................................................................... 13

8.11 MAQUINÁRIO ........................................................................................................... 13

8.12 PRODUÇÃO DIIARIA E MENSAL ................................................................................ 13

8.13 INICIO PREVISTO PARA AS OPERAÇÕES.................................................................... 15


3
9 FONTE DE ENERGIA........................................................................................................... 15

10 UTILIZAÇÃO E FONTE DE ÁGUA .................................................................................... 15

11 DRENAGEM ................................................................................................................... 15

12 GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................. 16

13 TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS ........................................... 16

14 TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS ........................................... 16

15 SUPRESSÃO VEGETAL ................................................................................................... 17

16 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA ........................................................................... 17

16.1 MEIO FISICO .............................................................................................................. 17

16.1.1 CLIMA ................................................................................................................ 17

16.1.2 GEOMORFOLOGIA ............................................................................................ 17

16.1.3 HIDROGRAFIA ................................................................................................... 18

16.1.4 GEOLOGIA ......................................................................................................... 18

16.2 MEIO BIOTICO ........................................................................................................... 20

16.2.1 FAUNA............................................................................................................... 20

16.2.2 FLORA................................................................................................................ 20

16.3 MEIO SÓCIO ECONÔMICO ........................................................................................ 21

16.3.1 Caracterização do uso e ocupação do solo ...................................................... 21

16.3.2 Adensamento populacional .............................................................................. 21

16.3.3 Infraestrutura e apoio ...................................................................................... 21

17 POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS .............................................................................. 22

17.1 IMPACTOS NEGATIVOS ............................................................................................. 23

17.2 IMPACTOS POSITIVOS ............................................................................................... 23

18 MEDIDAS MITIGATÓRIAS .............................................................................................. 24

19 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS .......................................................................... 26

4
20 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO, EXECUÇÃO E OPERAÇÃO DAS ATIVIDADES DO
EMPREENDIMENTO. ................................................................................................................. 28

21 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 28

5
4 INTRODUÇÃO

A GNA MINERAÇÃO LTDA ME propõe a seguir o Relatório de Caracterização do


Empreendimento referente à área de Extração de Quartzito com objetivo principal de atender
a legislação estadual ambiental e municipal em vigor, com intuito de regularizar a ampliação
deste empreendimento localizado no município de Umburanas/BA.

5 OBJETIVOS

O RCE é um relatório técnico sistematizado cujo objetivo é caracterizar o empreendimento,


apresentando neste, informações sobre a atividade desenvolvida, objetivos pretendidos,
insumos utilizados, infraestrutura, características da área e possíveis interferências com o
meio ambiente, mantendo a SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE -
SEMMA atualizada do seu funcionamento.

6 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO

A empresa GNA MINERAÇÃO LTDA ME, desenvolve no quadro de suas atividades o de


Extração de Quartzito para uso como rocha ornamental.

A mesma, também vem buscando reduzir os custos com a produção, concomitantemente, se


preocupando com o meio ambiente, adotando medidas viáveis ao promover um
desenvolvimento sustentável no rol de suas atividades. Desta forma, a empresa enfocada em
minimizar custos operacionais, implanta uma política voltada para o gerenciamento de
resíduos sólidos, que dentre alguns benefícios, ajuda a amenizar os impactos ambientais,
também promove, paralelamente, ações voltadas para preservação e conservação do meio
ambiente, delineando seu foco produtivo no Eco desenvolvimento.

6
7 LEGISLAÇÕES E NORMAS APLICAVÉIS

CONAMA 01/1986; CONAMA 10/1990; CONAMA 09/1990; CONAMA 237/1997, Lei Estadual
6787/2006 e alterações; Lei Federal 12651/2012, Resolução CEPRAM 20/2017, CEPRAM
4579/2018 e Portaria DNPM 155/2016

8 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

8.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSO

O Município de Umburanas está localizado na região de planejamento do Piemonte da


Diamantina do Estado da Bahia, limitando-se a norte e leste com os municípios de Campo
Formoso e Mirangaba, a sul com Ourolândia e a oeste com Sento Sé. A área municipal é de
1.810 km² e está inserida nas folhas cartográficas de Delfino (SC.24-Y-A-II), Brejão da Caatinga
(SC.24-Y-A-III), Camirim (SC.24-Y-A-IV), Umburanas (SC.24-Y-A-V) e Mirangaba (SC.24-Y-A-VI),
editadas pelo IBGE, em 1968 e 1975, escala 1:100.000. Os limites do município, podem ser
observados no Mapa Sistema de Transportes do Estado da Bahia na escala 1:1.500.000
(DERBA, julho/2000). A sede municipal tem uma altitude de 708 metros e coordenadas
geográficas 10°44’00” de latitude sul e 41°19’00” de longitude oeste. O acesso a partir de
Salvador é efetuado pelas rodovias pavimentadas BR-324, BR-116 e BA426 num percurso total
de 440 km (Figura 1).

Figura 1: Croqui de Localização e acessos à Umburanas/BA.


7
8.2 MAPA DE LOCALIZAÇÃO

Figura 2: Mapa de Localização da área.

8.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDS;

Extração do Quartzito.

8.4 MEMORIAL DESCRITIVO DA IMPLANTAÇÃO

• LOCALIZAÇÃO

A área está localizada próximo ao Povoado de São Tomé, pertencente ao município de Campo
Formoso/BA, com distância para sede de 54Km de área asfaltada.

• ESTRUTURA

A estrutura básica deve contar com uma área de aproximadamente 150m², um escritório,
refeitório, banheiro e um depósito de insumos.

8
• EQUIPAMENTOS

A posição e a distribuição das máquinas e equipamentos é importante para a integração dos


serviços a serem executados a fim de atingir satisfatoriamente a produção desejada.

A Tabela 1 apresenta os equipamentos que irão a fazer parte da frota a ser operada pelo
empreendedor quando a ANM conceder a autorização da lavra instrumentada pela Guia de
Utilização desta nova mina.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Descriminação Quantidade unidade
Pá Mecânica
Marca Caterpillar 01
Modelo 966H
Retroescavadeira 01
Martelo 01
Compressor 01
Máquina de Fio 02
Tabela 1 - Lista de equipamentos

• INVESTIMENTOS

O investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento e do quantitativo de


que dispõe o investidor. O volume lavrado é diretamente proporcional ao investimento, ou
seja, será necessário um investimento de R$450mil aproximadamente, inicialmente. Vale
salientar que o titular vá dispõem de equipamentos para iniciar a lavra.

• PESSOAL

Para o início da lavra será necessário um total de 7 (sete) funcionários diretos, conforme
descriminado abaixo:

9
07 Funcionários
01 Geólogo
01 Operador de máquina
01 Técnico em Contabilidade
01 Marteleteiros
01 Auxiliar de Escritório
02 Ajudantes

• PROCESSOS PRODUTIVOS

O empreendimento mineral previsto contempla duas etapas de trabalho, todas envolvendo


implicações de ordem ambiental de mineração, a realizar de acordo com a sequência
cronológica descrita abaixo:

✓ Primeira Etapa: Teve como objetivo fazer a pesquisa geológica (prospecção) para
localizar alvos selecionados para lavrar.
✓ Segunda Etapa: Tem como objetivo realizar a fase inicial da Guia de Utilização, que
representa a base do roteiro para obtenção da presente Licença de Operação.

De acordo com os resultados obtidos na fase da pesquisa, conseguiu-se então, definir os


métodos adequados para o seu futuro aproveitamento como material que será utilizado para
revestimento, que será empregado na construção civil.

A metodologia empregada na fase da pesquisa para a recuperação das frentes e formatação


obedeceu aos métodos já conhecidos de extração com. Está prevista a extração de 750
toneladas de quartzo por mês.

10
8.5 ETAPAS

Limpeza e preparação
do maciço

Abertura de furos com


marteletes pneumáticos
(downthehole)

Realização de cortes
frontal, lateral e
horizontal (prisma
primário)

Recorte de Prisma
primário por marteletes
e corta-blocos

Utilização de cunhos
mecânicos (Separação
de blocos do Prima
Primário)

Uso de pá-carregadeira/
Guincho – Transporte
dos blocos para pátio
primário

Trabalho de cantaria Seleção dos blocos

Desdobramentos

Comercialização

11
8.6 SETORES

A vida de uma exploração mineira (mina ou pedreira) é composta por um conjunto de etapas
que se podem resumir a:

✓ Pesquisa para localização do minério.


✓ Prospecção para determinação da extensão e valor do minério localizado.
✓ Estimativa dos recursos em termos de extensão e teor do depósito.
✓ Planeamento, para avaliação da parte do depósito economicamente extraível.
✓ Estudo de viabilidade para avaliação global do projeto e tomada de decisão entre
iniciar ou abandonar a exploração do depósito.
✓ Desenvolvimento de acessos ao depósito que se vai explorar.
✓ Exploração, com vista à extração de minério em grande escala.
✓ Recuperação da zona afetada pela exploração de forma a que tenha um possível uso
futuro.

8.7 SUBSTÂNCIAS MINERAL A SER EXTRAÍDA

A empresa irá explorar o quartzito para uso como rocha ornamental.

8.8 SITUAÇÃO DO EMPRENDIMENTO PERANTE A ANM

O titular teve seu alvará de pesquisa publicado em 05/04/2022, e irá fazer o pedido de Guia
de Utilização para verse o mercado aceita o material.

8.9 MÃO DE OBRA/COLABORADORES

PROFISSÃO QUANTIDADE
Geólogo 1
Operador 1
Técnico em Contabilidade 1
12
Marteleteiros 1
Auxiliar de Escritório 1
Ajudantes 2
TOTAL 7
Tabela 1: Qualificação profissional da mão de obra.

8.10 JORNADA DE TRABALHO

Dois turnos diários de quatro horas cada, seguindo as normas trabalhistas em vigor.
Dependendo da demanda do mercado, poderá funcionar até 44 horas por semana com 08
(oito) horas de trabalho diário em 02 (dois) turnos, no regime de semana inglesa.

8.11 MAQUINÁRIO

A Tabela 1 apresenta os equipamentos que Irão a fazer parte da frota a ser operada pelo
empreendedor quando a ANM conceder a autorização da.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Descriminação Quantidade unidade
Pá Mecânica
Marca Caterpillar 01
Modelo 966H
Retroescavadeira 01
Martelo 01
Compressor 01
Máquina de Fio 02
Tabela 2 - Lista de equipamentos

8.12 PRODUÇÃO DIIARIA E MENSAL

O planejamento da produção da futura mina em questão será estabelecido basicamente em


3 momentos:
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i) preparação da frente de lavra;
ii) implantação da operação;
iii) potencial expansão

O primeiro momento de preparação das frentes de lavra contempla a abertura de acessos,


preparação do terreno para que se sejam estabelecidos os elementos de infraestrutura como
refeitório, oficinas, escritório, etc e assim criar-se uma setorização da futura operação de lavra
experimental. Esta setorização é importante para efeito de segurança dos trabalhadores que
também gera conforto devido o distanciamento das tarefas que potencialmente geram ruído
e será definido nesta fase.

A fase de implantação da operação do projeto contemplará a preparação das frentes de lavra,


ocorrendo a classificação do maciço, quando também se iniciará um trabalho forte que vai
objetivar a tipificação dos diversos litotipos encontrados na jazida onde aspectos de mercado
serão determinantes.

A antevisão de uma possível futura expansão do projeto quando a empresa já tiver o direito
de lavra assegurado propiciará o devido conhecimento do jazimento que deve permitir a
ampliação das possibilidades de opção futura de frentes de lavra dentro dos litotipos
encontrados, permitindo atender determinadas demandas, como por exemplo, algumas
tonalidades do quartzito, alguns aspectos de movimentação, etc favorecendo a oferta de
diversidade aos clientes. Esta poderá ser considerada a fase de maturidade do projeto,
quando se espera que a operação já possua ampla flexibilidade de produção com ampliação
de opções de frentes de lavra.

Durante todas as fases estará ocorrendo em paralelo uma constante busca de melhoria no
processo, que dará suporte à constante busca de novas tecnologias de serragem e polimento
desenvolvida pelo consumidor final que compra o bloco para processamento.

14
A produção anual prevista para a fase de operação 5.400 t/ano, tendo uma produção mensal
de 450 t/mês.

8.13 INICIO PREVISTO PARA AS OPERAÇÕES

Abril/2024.

9 FONTE DE ENERGIA

No Empreedimento será utilizado gerador para a geração da energia necessária.

10 UTILIZAÇÃO E FONTE DE ÁGUA

O abastecimendo de água será realizado através de carro pipa que tará água para o
empreendimento.

11 DRENAGEM

A Empresa irá implantar na área interna da lavra um sistema de drenagem da água, a fim de
evitar que em período de chuva que o fluxo de água seja direcionado para dentro da cava.

Porém dentro da cava será implantado um sistema de drenagem das águas pluviais com a
construção de pequenos diques que será esvaziado utilizando uma bomba d’água. Vale
salientar que na região a precipitação volumétrica anual é relativamente baixa, apesar de
existir algumas concentrações durante alguns meses do ano.

15
12 GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com os resíduos que são gerados no empreendimento o PGRS buscará o melhor
gerenciamento, adequando o acondicionamento, controlando e reduzindo riscos ao meio
ambiente, assegurando o correto manuseio até a disposição final adequada, em conformidade
com a legislação vigente.

13 TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS

• Águas Pluviais

O Município de Umburanas está inserido no bioma Caatinga, tratando-se de uma das regiões
mais secas do País. Logo as precipitações quando ocorrem apresentam como característica o
seguinte: curtos períodos x elevados índices.

• Água sanitária

Nas instalações da Empresa será implantado fossa séptica, revestidas de pedra, concreto e
tampadas com o objetivo de preservar os corpos receptores do lançamento “in natura” dos
esgotos.

• Água residuais do processo

Será utilizada água no processo de extração do quartzo, para fazer o corte da rocha com o fio
diamantado.

14 TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS

Não haverá efluentes gerado na extração mineral.

16
15 SUPRESSÃO VEGETAL

A área de que será iniciado a lavra, era utilizado como pasto, logo a área está totalmente
antropizada não sendo necessário supressão de vegetação.

16 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA

16.1 MEIO FISICO

16.1.1 CLIMA

O município de Umburanas possui clima semiárido, com largos períodos de estiagem,


apresentando uma temperatura média anual de 22,2ºC, variando entre 27,2ºC (máxima) e
18,0ºC (mínima). Está incluso na área do “Polígono das Secas”. O período chuvoso vai de
novembro a janeiro, sendo que a pluviosidade média varia entre 400 a 600 mm anual (Bahia,
2005; Santos-Filho, 2005).

16.1.2 GEOMORFOLOGIA

Seu relevo é formado por Baixadas dos Rios Jacaré e Salitre e Blocos Planálticos Setentrionais.
Em sua estrutura geológica encontramos: arenitos ortoquartizíticos, siltitos, argilitos, arenitos,
calcários e depósitos eluvionares e coluvionares. Ocorrendo minerais como: barita, manganês
e ferro. Como solos predominantes no município, encontram-se: latossolo vermelho-amarelo
álico, solos litólicos distróficos e cambisssolo eutrófico, o que lhe conferem uma aptidão
regular para lavouras e restrita para pastagem natural (Bahia, 2005; Santos-Filho, 2005).

17
16.1.3 HIDROGRAFIA

O município de Umburanas está inserido totalmente na bacia do rio Salitre. Tem como
principais drenagens o riacho do Morim, o riacho da Serra Brava e o rio Salitre (CEI, 1994f).

O riacho do Morim é uma drenagem intermitente que faz o limite municipal norte com Campo
Formoso, fluindo de oeste para leste até desaguar no extremo nordeste do município, no rio
Salitre.

O riacho Serra Brava ocorre também no norte da área municipal, sendo um importante
tributário intermitente do riacho Morim, pela margem direita.

O rio Salitre ocorre no extremo leste da área municipal fazendo a divisa com Campo Formoso.

Trata-se de uma drenagem intermitente que flui na direção nordeste, recebendo contribuição
do riacho do Morim pela sua margem esquerda, dentro do limite municipal.

16.1.4 GEOLOGIA

O Município de Umburanas é constituído essencialmente por rochas sedimentares


representantes das formações Morro do Chapéu e Salitre. Coberturas quaternárias ocorrem
em vários segmentos, ocupando áreas relativamente extensas, sendo constituídas por areia
com níveis de argila e cascalho e crosta laterítica, além de brecha calcífera e calcrete.

A formação Morro do Chapéu é caracterizada da base para o topo, pela ocorrência de


conglomerado, arenito conglomerático e quartzo arenito; arenito fino a médio, em parte
feldspático; quartzoarenito fino a médio bem selecionado e pelito laminado e arenito
ondulado e lenticular.

18
A formação Salitre sobreposta é caracterizada pela presença de calcilutito, calcarenito e
tapetes algais, além de calcilutito e calcarenito com níveis de silexito, dolomito, arenito e
pelito.

A figura 3 mostra o mapa geológico do município.

Figura 3: Esboço geológico.

19
16.2 MEIO BIOTICO

16.2.1 FAUNA

A Caatinga é caracterizada por uma tipologia faunística própria, que está condicionada aos
fatores morfoclimáticos do domínio das Caatingas, que lhes impõem adaptações fisiológicas
e de comportamento a algumas condições extremas.

Do ponto de vista ecológico, a grande maioria dos vertebrados da Caatinga podem ser
classificados como formas helióficas, que encontram condições climáticas compatíveis com
seus processos com seus processos apenas dentro das áreas abertas, ou como forma
umbrófilas, neste caso adaptadas para viver na sombra em enclaves generalistas, que
conseguem, colonizar bem áreas antropizadas, e na segunda, as espécies mais especializadas,
que não se adaptam a ambientes de áreas abertas ou antropizadas.

16.2.2 FLORA

O município de Umburanas possui vegetação do tipo Caatinga arbórea aberta sem palmeiras
e densa com palmeiras. A caatinga, apesar de estar localizada em área de clima semiárido,
com temperaturas médias anuais elevadas, solo raso, pedregoso e com baixa capacidade de
retenção de unidade, embora relativamente fértil, é um bioma rico em recursos genéticos.

A vegetação adaptou-se para se proteger da falta de água. Quase todas as plantas usam a
estratégia de perder folhas (caducifólias - folhas que caem), eliminando a superfície de
evaporação quando falta água. A vegetação da Caatinga é típica de áreas secas, com folhas
finas ou inexistentes e presença de troncos e galhos retorcidos por espinhos e principalmente
pela presença de plantas suculentas, ex: cactos com predominância de coloração acinzentada.

Esse tipo de vegetação está sujeita a uma forte estacionalidade climática. Anualmente, ocorre
uma estação chuvosa variável, caracterizada por chuvas erráticas distribuídas irregularmente,

20
e uma estação seca de aproximadamente 7 meses. A maioria das populações de plantas torna-
se decídua durante a estação de seca e repõe as folhas logo no início das chuvas, apresentando
uma forma de crescimento intermitente e, às vezes, ausência de episódio reprodutivo entre
anos.

16.3 MEIO SÓCIO ECONÔMICO

16.3.1 Caracterização do uso e ocupação do solo

O empreendimento encontra-se em zona rural, em uma área totalmente antropizada,


utilizada para pasto.

16.3.2 Adensamento populacional

Os dados socioeconômicos relativos ao município foram obtidos a partir de publicações do


Governo do Estado da Bahia (SEPLANTEC/SEI – 1994/2002/Guia Cultural da Bahia – Secretaria
da Cultura e Turismo – 1997/1999) e IBGE – Censo 2000.

O município foi criado pela Lei Provincial no 51 de 21.03.1837. A população total é de 54.552
habitantes, sendo 7.226 residentes na zona urbana e 47.326 na zona rural, com densidade
demográfica de 16,54 hab/km2

16.3.3 Infraestrutura e apoio

O município apresenta infra-estrutura de serviços satisfatória, contando com uma agência do


Bradesco, uma casa lotérica que funciona como posto bancário da Caixa Econômica Federal,
uma agência postal, hotel e pousadas com 115 leitos no total, empresas de transporte

21
rodoviário interurbano, estação rodoviária, estação repetidora de televisão, 2 estações de
rádio FM e AM e terminais telefônicos com acesso DDD, DDI e celular

• Esgotamento Sanitário

Cerca de 22,36% da população é atendida com esgotamento sanitário. Em44,83% da


população é atendida com abastecimento de água, frente a média de 80,97% do estado e
84,2% do país;.

• Abastecimento de Água

O abastecimento de água da sede é feito pela EMBASA, enquanto vilas e povoados são
abastecidos pela prefeitura, que tem água de açude como principal fonte de captação. Apenas
44,83% da população é atendida com abastecimento de água.

• Coleta e Destino do lixo

O lixo urbano coletado é transportado em caçambas e depositado em lixões a céu aberto.

• Iluminação

A energia elétrica é distribuída pela COELBA - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia,


sendo o consumo no município de 5.997 mwh assim distribuídos: 4.921 residenciais, 11
industriais, 396 comerciais, 173 serviços e poderes públicos e 117 rurais.

17 POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS

As análises dos impactos ambientais auxiliarão na concepção de medidas mitigadoras para


possíveis potenciais impactos decorrentes do empreendimento do ramo de extração.

22
17.1 IMPACTOS NEGATIVOS

• Meio Fisico

Alteração do relevo
Alteração da qualidade do ar
Canais de drenagem
Geração de ruídos
Emissão de Lixos e Saneamento Básico

• Meio Biótico

Impactos na Fauna
Impactos na Flora

• Meio Antrópico

Alteração estético-visual
Danos à saúde do trabalhador

17.2 IMPACTOS POSITIVOS

Geração de empregos e renda


Contribuição para o PIB;

Melhoramento na qualidade de vida da população diretamente envolvida;

Maior circulação da economia local; e

Geração de empregos indiretos

23
18 MEDIDAS MITIGATÓRIAS

• Alteração do relevo

• Retaludamento

Consiste nas obras que irão definir o perfil final do relevo adaptando-se para receber a
revegetação e dando-lhe uma forma estável e adequada para o uso futuro da área. A lavra
será desenvolvida em bancada, desenvolvendo-se em flancos, em área de relevo ondulado
em virtude destes fatos, a reconformação topográfica deverá objetivar o nivelamento das
áreas e o eficiente retaludamento dos cortes. Os procedimentos a serem adotados se
constituirão nos seguintes:

• Nivelamento das Áreas Lavradas

Ao fim da lavra, as áreas deverão apresentar uma superfície o mais regular possível, dando-
lhe uma inclinação mínima possível, a fim de facilitar o escoamento natural de águas pluviais,
sem a incidência de processos erosivos.

• Estabelecimento das bancadas

Dentro do plano de lavra, as bancadas deverão apresentar pouca altura – 6,0 m. Os taludes
serão trabalhados para permanecerem com 90° de inclinação, compatível para Extração de
Quartzito bermas deverão apresentar largura compatível com os equipamentos que serão
utilizados na lavra, importando numa largura mínima de 2,50 m. Deverão destacar, também,
uma ligeira inclinação de no máximo 2%, tanto no sentido transversal (para dentro, para o pé
do talude superior), como no sentido longitudinal, com o objetivo de direcionar as águas
pluviais para drenagem.

24
• Alteração da qualidade do ar

Os funcionários envolvidos em trabalhos próximos às fontes de emissão deverão utilizar os


EPI's necessários de acordo com a regulamentação e normas internas de segurança do
trabalho e saúde ocupacional.

• Canais de drenagem

Se houver algum caso de interrupção serão recompostos imediatamente após execução do


empreendimento.

• Geração de ruídos

O controle da proteção ao risco emitente será com o uso obrigatório de EPI’s (Equipamentos
de Proteção Individual).

• Emissão de Lixos e Saneamento Básico

Está previsto nesse projeto um controle para evitar esse tipo de problema, que basicamente
será solucionado através de um processo de conscientização junto aos trabalhadores que vão
trabalhar na empresa, no sentido de separar todo lixo que terá destinação adequada. Na
empresa possuirá coletores em pontos estratégicos de potencialidade da geração do resíduo
para atendimento e coleta, estes são gerenciados de acordo com o PGRS.

• Impactos na Fauna

Vale salientar que o empreendimento localiza-se em um local totalmente antropizado, sendo


assim o impacto na Fauna será bastante insignificante.

A geração de ruídos provocada pelo tráfego de veículos, além daquela provocada pela
presença de funcionários, tende a promover o afastamento da fauna, interrompendo seus

25
períodos de acasalamento e reprodução, mudanças de comportamento e até fuga de
exemplares existentes na área.

• Impactos na Flora

Vale salientar que o empreendimento localiza-se em um local totalmente antropizado, sendo


assim o impacto na Flora será bastante insignificante, pois o empreendimento apesar de está
parado, já possui todas as edificações construídas, não sendo necessária supressão da
vegetação.

• Alteração estético-visual

A presença das edificações e da cava pode provocar impacto cênico sobre uma paisagem
tipicamente rural. No entanto, este impacto foi amenizado com a recomposição da vegetação
conforme necessário, de modo a conferir harmonia com o meio natural.

• Danos à saúde do trabalhador

O empreendimento gera como elementos de insalubridade, ruídos e emissões de particulados


de nível baixo, que podem ser enfrentados com medidas recomendadas pelas normas de
segurança e medicina do trabalho, acompanhado do uso de Equipamentos de Proteção
Individual – EPI (roupas, máscaras, protetores auriculares, capacete, luvas, botas etc.), quando
e onde necessário.

19 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS

• Programa de Gestão Ambiental

Possibilita a interface entre todos os planos e programas ambientais previstos ou em


execução. Busca o estabelecimento de mecanismos eficientes que garantam a execução das

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ações planejadas de prevenção, controle e monitoramento dos impactos ambientais,
mantendo um elevado padrão de qualidade ambiental na implantação, operação e
desativação do empreendimento, garantindo o cumprimento dos preceitos legais;

• Programas de Supervisão e Controle de Ações do Empreendimento

A partir de regras e limites legalmente estipulados, estabelecem-se os métodos de tratamento


e os processos de minimização da geração, segregação e disposição final de resíduos e
efluentes;

• Programas de Controle da Qualidade Ambiental

Definem as rotinas de monitoramento necessárias à manutenção da qualidade ambiental da


área de influência do empreendimento. Incluem-se aqui, por exemplo, os Programas de
Monitoramento da Qualidade da Água, Monitoramento da Qualidade do Solo e
Monitoramento da Qualidade do Ar;

• Programas de Desenvolvimento Social

Apresentam as medidas que proporcionam aos sujeitos sociais envolvidos o estabelecimento


de canais para a manifestação de opiniões e esclarecimentos acerca do empreendimento.
Promovem também o conhecimento, a conscientização, a discussão e a prática de ações
voltadas à preservação ambiental;

• Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

É um instrumento de gestão ambiental, instituído pelo Decreto 97.632/89, contém o


planejamento das ações de acordo com um plano pré-estabelecido para o uso do solo, visando
a obtenção da estabilidade do meio ambiente e ecológica.

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20 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO, EXECUÇÃO E OPERAÇÃO DAS ATIVIDADES DO
EMPREENDIMENTO.

MÊS
FASE ATIVIDADE 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
Implantação e
recuperação de
ramais internos
à jazida
Construções
civis (esc, ref e
etc).
IMPLANTAÇÃO Local para
estocagem de
blocos e
embarque dos
blocos
Limpeza e
preparação do
maciço
Abertura de
furos com
marteletes
Recorte com
OPERAÇÃO máquina de fio
diamantado
Transporte dos
blocos para o
pátio
Embarque e
COMERCIALIZAÇ carregamento
ÃO Venda dos
blocos

21 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

SETEC - Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Ministério da Educação (Org.).


Cartilha Temática: Rochas Ornamentais. Brasília, 2007. 29 p. Disponível em:
<portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/publica_setec_rochas.pdf>.

SILVA, E. Avaliação qualitativa de impactos ambientais do reflorestamento no Brasil. tese


(Doutorado em ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa.

28
Marmorarias: manual de referência: recomendações de segurança e saúde no trabalho /
Alcinéa Meigikos dos Anjos Santos ... [et al.]. – São Paulo : FUNDACENTRO, 2008. 40 p. : il.

SANTOS, L. M. M. Avaliação ambiental de processos industriais. Editora Signus: São Paulo,


2006.

ABIROCHAS, Panorama Mundial do Setor de Rochas 2014. Disponível em:


<http://www.abirochas.com.br/noticia.php?eve_id=3342>. Acesso em 10 de mai.2016.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1995. Catálogo ABNT. Rio de Janeiro. 360p.

______________________________________
Geol. Atailson Sacramento Araújo.
CREA/BA 43.663

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