Anais Do I Congresso Internacional de Ensino Da Universidade Estadual Do Norte Do Paraná
Anais Do I Congresso Internacional de Ensino Da Universidade Estadual Do Norte Do Paraná
Anais Do I Congresso Internacional de Ensino Da Universidade Estadual Do Norte Do Paraná
ANAIS DO
I CONGRESSO INTERNACIONAL DE
ENSINO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO NORTE DO PARANÁ
I CONIEN 2017
ÁREA:
Ensino/ TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação)
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I CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENSINO CONIEN
Cornélio Procópio, PR – Brasil de 21 a 23 de junho de 2017
Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar uma atividade didático-pedagógica desenvolvida com base na
estratégia de ensino e aprendizagem Hands-on-Tec (mãos nas tecnologias móveis), a fim de orientar professores,
do Ensino Básico, no desenvolvimento de atividades orientadas para a área de Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias (CNMT), com o auxílio de Tecnologias Digitais Móveis. A Hands-on-
Tec é uma estratégia didático-pedagógica que orienta a utilização das tecnologias digitais na educação, busca
fomentar a aprendizagem e levar os alunos a experiências diferenciadas que lhes permitam expandir a sua
visão de mundo e, ao mesmo tempo, desenvolver novas habilidades para a compreensão de saberes
científicos. A atividade apresentada, desenvolvida com quatro turmas do 4º e 5º ano do Ensino
Fundamental do Centro Educacional Lar São Francisco de Assis, em Jandaia do Sul (Paraná) durante
o mês de novembro de 2016, traz novas perspectivas para o ensino de conceitos de Física e de Química
com auxílio de tablets, notebooks, startphone, QRCode e datashow. Da análise dos resultados após a
realização da atividade denominada “Porque a água apaga o fogo?” constatamos que a aprendizagem dos
conceitos envolvidos ocorreu de forma significativa e possibilitou o desenvolvimento de competências e, além
disso, favoreceu a aquisição de novas habilidades para o uso das tecnologias digitais.
1
Universidade Federal do Paraná. daniella.mariano16@ufpr.br
2
Universidade Federal do Paraná. sidneyjunior@ufpr.br
3
Universidade Federal do Paraná. valdir.orientador@gmail.com
4
Universidade Federal do Paraná. selmadossantosrosa@gmail.com
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Cornélio Procópio, PR – Brasil de 21 a 23 de junho de 2017
Introdução
A era digital exige novas abordagens de ensino e de aprendizagem que atendam às necessidades
qualidade. A educação mediada por tecnologias móveis, mais flexíveis em termos de tempo e espaço,
necessárias ao século atual. As tecnologias móveis estão presentes no dia a dia tanto de crianças, quanto
de adultos com o intuito de facilitar suas atividades no trabalho, ampliar espaços para construir
conhecimento, trocar informações por meio das redes sociais e, ainda, promover entretenimento.
Segundo os dados apresentados pelo IBGE 2013 a partir de pesquisa realizada no ínterim de 2005 a
2011, o número de pessoas com acesso à internet cresceu 143,8% e, o de pessoas com celular, 107,2%,
desta forma, compreendemos que torna-se cada vez mais possível integrá-las aos contextos
educacionais.
Entretanto, não tem sido uma tarefa fácil para os profissionais da educação, utilizá-las como
instrumento pedagógico no cotidiano das escolas de educação básica brasileira. Para muitos desses
profissionais, que não têm oportunidade de realizar uma formação direcionada ao uso pedagógico das
tecnologias digitais (ROSA, 2016), torna-se uma tarefa árdua acompanhar os avanços tecnológicos e
incorporá-los em suas aulas, causando, muitas vezes, embaraços quando buscam, sem uma
aprendizagens, tanto na sala de aula como fora dela. Desta forma, há casos em que a solução encontrada
Consideramos que essa pode não ser a solução mais eficaz para lidar com a situação, já que
59% das crianças de cinco a nove anos já utilizam um celular em casa (CGI.BR, 2011), fato que
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corrobora uma possível tendência de os alunos levarem seus próprios celulares para a escola conforme
sugere a tendência internacional Bring Your Own Device (UNESCO, 2014). Não obstante, esta
proibição deve ser problematizada tendo em vista que o acesso a dispositivos móveis pela população
em geral será cada vez mais facilitado. A respeito disso, Silveira (2001) defende que se os alunos estão
utilizando as tecnologias de forma indevida, então este é o lugar que se deve ensinar o uso correto e
diante dos diferentes contextos (em casa, com os amigos, no trabalho e na própria escola).
Diante desse quadro, é importante reforçar a função dos professores quanto ao uso pedagógico
de tecnologias digitais (SANTOS ROSA, 2016). Por muitas vezes, os educadores carecem de formação
para tal tarefa, deixando uma lacuna na formação dos alunos (ROSA, 2016).
De acordo com Rosa (2016), embora sejam realizadas algumas iniciativas governamentais com
intuito de formar os professores para uso das tecnologias digitais, as formações continuadas nesta área
ainda ocorrem de forma esparsa, pontual e, muitas vezes, pautada mais pela racionalidade técnica do
que prática. Ou seja, desconsidera a importância do professor refletir durante sua ação docente
conduzindo-o ao ensino transmissivo. Por isso, torna-se necessário repensar uma formação que
Educação (SANTOS ROSA, 2016; ISSA, 2012; FRANCO & ALMEIDA, 2015), são discutidas as
tentativas para sua integração ao currículo com a proposta de ensinar os estudantes a trabalhar a
informação para ter pensamento crítico, para agregar valores e proposições à sua cultura e para prepará-
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lo para o contexto da sua realidade (NICOL, 2013; JIMENEZ-ROMERO & CASTRO, 2013;
LEONEL, SANTOS ROSA & ROSA, 2015). No que se refere seu uso no ensino de Ciências, por
e ultrapassando as paredes da sala de aula pois, como argumentam Coelho da Silva e Vieira (2012), é
necessário que as atividades desenvolvidas possam reconstruir os conhecimentos prévios dos alunos e
das tecnologias digitais nas suas práticas pedagógicas, seja pela falta de tempo para preparar suas aulas,
bem como, pela pouca participação em formações continuadas, por não saber conciliar o tempo das
atividades em relação ao tempo disponível para suas aulas e até mesmo pela falta de apoio técnico
sobre como implementá-las (COSTA, 2008; ROSA, COUTINHO & COELHO DA SILVA, 2014;
ROSA, 2016). Há indicações de que os professores esperam que os cursos de formação continuada
Nesse sentido, com intuito de contribuir com exemplos práticos de uso de tecnologias móveis
na educação básica e tendo por base a estratégia didático-pedagógica Hands-on-Tec (SANTOS ROSA,
ROSA & SALES, 2014; ROSA, SANTOS ROSA & SOUZA, 2013), apresentaremos neste artigo a
aplicação e a avaliação de uma atividade realizada com alunos de Ensino Fundamental (4º e 5º anos),
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digitais, com destaque as móveis, aos programas curriculares, para com isso potenciar a aplicação
Incorporar as tecnologias digitais na sala de aula é uma tarefa que a Hands-on-Tec vem
desenvolvendo, de forma que os dispositivos digitais deixem de ser apenas para entretenimento e
colaborem para o desenvolvimento da aprendizagem significativa dos alunos. De acordo com Santos
Rosa, Rosa e Sales (2014), as atividades são desenvolvidas em três fases subsequentes:
Fase 1: Inicia-se a atividade apresentando aos alunos uma questão problema e/ou um
experimento sobre o tema proposto para que possam discutir e pensarem em uma solução. Orientados
pelo professor os alunos registrem, em um editor de texto em seus notebooks ou tablets, as ideias e os
experimento, sugere-se que os alunos filmem, fotografem ou gravem um podcast do que está sendo
observado. Em pequenos grupos, eles devem refletir, analisar, debater e teorizar sobre a questão
apresentada.
Fase 2: Ao fim da primeira fase, o professor reúne os alunos em um grande grupo para que
estes apresentem suas reflexões. É essencial que todos tenham oportunidade para relatarem como foi
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faz-se necessário que o professor busque relacionar o tema com elementos ou situações do cotidiano,
de forma a potencializar a aprendizagem. A relação poderá ser realizada por meio da apresentação de
um vídeo, notícia de jornal (online) ou imagens que tenha relação direta com o tema estudado. Está
ação permite que o professor apresente novas associações dos conceitos estudados com o mundo real
Fase 3: Esta fase é dividida em duas etapas: abre-se oportunidades para que os alunos realizem
a busca de informações por meio da internet (pesquisas sobre o tema) para maior aprofundamento dos
atividade. Os alunos devem ser orientados a escrever todos os procedimentos realizados por eles, desde
descobriram com a pesquisa de informação realizada. É por meio do relatório que o professor identifica
o nível de aprendizagem de cada aluno. Fica a critério do professor, pedir para os grupos montaram
Materiais e Método
Hands-on-Tec. Neste artigo, apresentamos uma das atividades aplicada no Centro Educacional Lar São
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Francisco de Assis, em Jandaia do Sul, PR, com a participação de quatro turmas (4ºs e 5ºs anos), duas
no período da manhã e duas no período da tarde, com duração de 8 aulas, durante o mês de novembro
de 2016.
A atividade denominada “Por que a água apaga o fogo”, incluiu as áreas de Física e Química
na qual foram abordados conceitos como combustão, comburente, propriedades da água, átomos e
moléculas5. Para a sua realização, foram utilizados os seguintes materiais: vela, água, copos de vidro
e fósforos. As tecnologias digitais utilizadas tablets, notebooks e smartphone. Um datashow foi usado
Para a coleta de dados, utilizamos a observação direta, questionário com perguntas abertas e
relatórios dos alunos. Para a avaliação dos dados obtidos, durante e após o desenvolvimento da
atividade, optou-se pela análise de conteúdo por ser uma técnica utilizada para tratar grande quantidade
de informação e, “tem por característica reduzir as informações e extrair um conhecimento que não
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QRCode: São código de barras bidimensionais, que podem ser acessados com dispositivos equipado de
câmera, convertido em links.
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Resultados e discussões
Nesta seção, primeiramente, apresentamos a atividade “Por que a água apaga o fogo?”, de
resultados com base na intervenção realizada junto aos alunos e a professora durante o
desenvolvimento da atividade.
velas. Na primeira, verteu-se água sobre a chama até se apagar. Na segunda vela emborcou-se um copo
sobre ela e observou-se o que aconteceu com a chama. Após as velas estarem apagadas, foram lançadas
três perguntas para a turma: “Porque a água apagou o fogo”, “Porque o fogo apagou sem a água” e
“Que outras formas podemos apagar o fogo?”. Para responder a estas questões formaram-se pequenos
grupos e um tempo foi disponibilizado para discussão e registro de suas respostas. Em seguida, foi
oportunizado novo tempo para apresentação de suas ideias para o grande grupo. Nesta etapa, foram
Fase 2: Durante a fase 1, surgiram novos questionamentos: “Do que é composto o líquido do
extintor?”, “O vento pode apagar o fogo?” e “Porque a falta de oxigênio fez o fogo apagar?”.
Novamente em grupos, pediu-se para que eles, com o conhecimento já adquirido, pensassem em
Com o objetivo de contextualizar o conteúdo com relações cotidianas, para uma aprendizagem
mais significativa, apresentou-se dois vídeos e um questionário para cada vídeo, dos fenômenos
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O Vídeo 01 “Apagando fogo”7 mostra uma pequena área de mata sendo apagada por um
fogo?”, “Do que a água é composta?” e “Quais elementos fazem com que a água apague o fogo?”.
O Vídeo 02 com o título “Nunca jogue Água em Óleo fervendo”8, mostra a água sendo
despejada em óleo quente e em seguida a panela pegando fogo. Seguindo o mesmo procedimento do
vídeo 01, apresentamos perguntas: “O que além da água apaga o fogo?”, “Existe apenas um tipo de
fogo?”, “Do que o fogo é composto?”, “O que garante que o fogo fique aceso?” e “Porque a água não
Fase 3: Após responder o questionário, pediu-se para que os grupos, por meio dos tablets
buscassem respostas. Para maior interação dos alunos com o conteúdo a partir do uso da tecnologia a
fim de possibilitar a aprendizagem significativa, foi desenvolvido uma ação a qual denominamos “Caça
aos QRCodes”. Está ação consistiu em espalhar de QRCodes em pontos estratégicos na área da escola,
contendo link de imagens e vídeos. Os pontos foram escolhidos para apresentar a ação do fogo nesses
locais como, por exemplo, na cozinha onde se encontram os botijões de gás, na sala de Informática
ontem existem os computadores, nas salas de madeira e etc. Os alunos, com os tablets e smartphones,
percorreram essas áreas para verificar quais informações eram disponibilizadas em cada QRCode.
Durante essa etapa, eles realizavam anotações sobre qual tipo de fogo estava nas imagens e vídeos e
como poderiam ser apagados. Para finalizar a atividade, solicitou-se a elaboração de um relatório final
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no qual puderam escrever livremente sobre tudo que realizaram e aprenderam após concluírem todas
as fases da atividade.
Na realização das 3 etapas da atividade proposta com o uso das tecnologias móveis, os alunos
apresentadas, nas quais puderam realizar pesquisa de informações via internet, discussão e reflexão
discussões possibilitaram não somente a reconstrução do conhecimento prévio de cada aluno, mas
discursiva entre os integrantes da turma, competências estas que, de acordo com Coelho da Silva e
Por meio do relatório final elaborado individualmente pelos alunos, há dois pontos que mais se
destacaram. O primeiro é que os registros escritos pelos alunos apresentam indícios da assimilação dos
conceitos científicos abordados, sugerindo que a aprendizagem ocorreu de forma mais significativa do
que mecânica. Um segundo ponto a ser discutido direciona à motivação e a autonomia que os alunos
tiveram para a construção do conhecimento por meio do uso das tecnologias móveis. Constatamos que
e, concomitantemente, desenvolveu competências que, muitas vezes, não são privilegiadas quando as
O relatório final escrito pelos alunos após a finalização da atividade apresenta-se como um
instrumento de avaliação da aprendizagem, pois este revela o que realmente foi aprendido e assimilado.
Ele é o resultado de todo o processo de aprendizagem realizado durante a atividade, no qual eles
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tiveram a oportunidade de observar, criar hipóteses, trocar ideias com seus pares, pesquisar, refletir e
no relatório final:
A motivação em “descobrir” algo novo surge a partir da escolha do método que o professor
utiliza para abordar um novo tema. Quando os alunos realizam uma atividade diferente do que estão
acostumados na qual possibilita a troca de ideias entre o grupo, desenvolve a autonomia na busca de
conhecimento por meio da utilização da tecnologia móvel para a pesquisa por meio do tablet, cria
oportunidades para aprimorar o pensamento crítico e autorregular a aprendizagem. Como nos apresenta
Scharle e Szabó (2000, p. 4), “a autonomia do aprendiz envolve o direito de tomar decisões, o que
A análise realizada nos registros dos relatórios mostrou ainda que os aspectos empíricos do
assunto estudado foram relatados por todos. Apresentamos a seguir, algumas evidências da
Nós aprendemos que a água é composta de Hidrogênio e oxigênio. E que o fogo é composto
de 3 coisas combustível, calor e oxigênio. E nós aprendemos que existem 3 tipos de fogo o A,
o B e o C (Aluno 18).
Nós podemos apagar o fogo com toalha grossa. Só a gente colocar uma toalha em cima do fogo
que ele vai abafar e vai apagar (Aluno 09).
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As unidades de registro foram transcritas segundo a própria escrita dos alunos, sem alterações ou correções
gramaticais.
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Também aprendi que existe mais de um tipo de fogo e dependendo de qual tipo de fogo a água
não apaga, ela piora (Aluno 05).
Das unidades de registro apresentadas, observamos que os conceitos principais que foram
abordados durante a atividade são destacados na escrita dos alunos e, ainda, contextualizados segundo
o seu conhecimento. Compreender os diferentes tipos de fogos e saber como lidar com eles (ou se
proteger) despertou o interesse dos alunos pelo estudo, pois as situações apresentadas durante a
realização da atividade estão bem próximas de sua vida cotidiana, como mostram as seguintes unidades
de registros:
Vi que o pano pode apagar o fogo. Eu aprendi que quando você está em casa não pode deixar
o fogo ligado principalmente se a casa for de madeira. Também aprendi que a água é feita de
hidrogênio e oxigênio (Aluno 03).
E se tem alguém que não sabe apagar o fogo, eu posso ir lá e ensiná-lo, se ela estiver fritando
batata e a panela pegar fogo, a gente não irá apagar com água e sim com extintor para não
ajudar a espalhar o fogo e ele não prejudicar e nem rolar estragos (Aluno 7).
Isso fez com que eles se aprofundassem no assunto e aprendessem conceitos além do que é
estudado em sua própria série, como é o caso dos componentes químicos da água que serão estudados
em séries posteriores. Logo, a atividade pedagógica estimulou a autonomia no qual o aluno foi ativo
na tomada de decisão do que estudar e de acordo com Scharle e Szabó (2000), o professor assumiu o
Considerações finais
Neste artigo, exploramos os desafios que defrontamos no dia a dia da sala de aula nos tempos
atuais, ou seja, “como ensinar na era digital?”. Para isso, apoiamo-nos na estratégia didática pedagógica
Hands-on-Tec por meio da qual busca-se orientar o professor a criar didáticas que os conduza ao uso
com qualidade de tecnologias móveis. Além de motivar o interesse pelo estudo dos conceitos que se
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deseja desenvolver durante as aulas, esse tipo de atividade possibilita o aparecimento de competências
colaborativo e, também, favorece o aparecimento de habilidades para o uso das tecnologias digitais,
da oralidade e da escrita tão necessárias no mundo atual, essenciais para o século XXI (UNESCO,
2013).
científicos de forma significativa, ultrapassando as barreiras dos conteúdos curriculares, das séries e
das paredes da sala de aula. Pode-se perceber também que a atividade contribui para que os alunos
Agradecimentos
Assis, de Jandaia do Sul, PR; por aceitar a parceria com a Universidade Federal do Paraná no qual foi
realizada a formação de professores para aplicação das atividades didáticos pedagógicos baseadas na
estratégia Hands-on-Tec.
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Referências
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III Congresso Internacional das TIC na Educação. Universidade de Lisboa. Portugal. 2014. p.268-
272. Disponível em:
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Acessado em 18 de maio de 2017.
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http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002134/213475e.pdf Acessado em 18 de maio de 2017.
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Valdir Rosa 3
Resumo
Apresenta-se uma proposta cujo objetivo é contribuir com a melhora da prática educativa por meio do
acesso individual e coletivo dos professores e seus alunos, de forma crítica, reflexiva, autônoma e
colaborativa, as Sequências Didáticas (SD) associadas ao uso de Tecnologias Digitais (TD). Para isso
propõem-se a estratégia didático-pedagógica Hands-on-Tec – Mãos nas tecnologias móveis (HoT).
Esta estratégia visa orientar o professor na tarefa de incorporar as TD na educação priorizando a
aprendizagem por meio de metodologias ativas, como por exemplo, a aprendizagem baseada em
projetos e em problemas, a aprendizagem pelos pares, a avaliação pelos pares e, o ensino híbrido. A
teoria da aprendizagem significativa e o uso de TD como ferramentas cognitivas, configuram-se os
principais referenciais da HoT. Com a finalidade de auxiliar o professor na elaboração e aplicação das
SD, foi desenvolvido um ambiente virtual4 no qual está disponível as principais orientações para o
desenvolvimento deste tipo de atividade e também sugestões de atividades baseadas na proposta da
estratégia pedagógica HoT, sendo estas atividades desenvolvidas por docentes durante formações
realizadas pelo grupo de pesquisa TEDE- Tecnologias Digitais na educação: formação,
desenvolvimento e inovação, do qual os autores participam. Estima-se que a reflexão proposta traga
contribuições para fortalecer o uso das TD na educação e reconhecer as limitações e as possibilidades
que estes recursos oferecem aos professores, aos alunos e consequentemente à sociedade e, por
decorrência, apontar subsídios que permitam estabelecer recomendações aos processos e métodos de
ensino e consequente melhoria da prática educativa.
Introdução
1
Universidade Estadual do Norte do Paraná- UENP. diegochemin@gmail.com
2
Universidade Federal do Paraná. selmasantos@ufpr.br.
3
Universidade Federal do Paraná. Valdir.orientador@gmail.com
4
Pode ser acessado através do endereço: handstec.org
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se como poderoso instrumento para o professor utilizar em diversos contextos educacionais, sempre
apresentar um instrumento fechado e pronto para utilização em qualquer situação, mas contribuir para
ensino- aprendizado, que consiste em uma espécie de arcabouço de conhecimentos que deve ser
acedido e utilizado, conforme a realidade organizacional, humana e social da escola, dos professores e
dos alunos, pois conforme Tardif (2014, posição 112) “o saber não é uma substância ou conteúdo
fechado em si mesmo, ele se manifesta através de relações complexas entre professores e seus alunos”.
Com foco na melhoria da prática educativa (ZABALA, 2012), com utilização de TD, e uso de
FRAILE, 2010; ZABALA, 2012) no presente artigo, propõem-se o uso da estratégia didático-
pedagógica Hands-on-Tec – Mãos nas tecnologias móveis (HoT), (SANTOS ROSA; ROSA, 2013).
aprendizagem por meio de metodologias ativas, como por exemplo, a aprendizagem baseada em
projetos e em problemas (BENDER, 2014), a aprendizagem pelos pares, a avaliação pelos pares
(SANTOS ROSA; COUTINHO; FLORES, 2016, 2017) e o ensino híbrido (BACICH; NETO;
referenciais da HoT.
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Qualquer bom profissional procura ser cada vez mais competente em seu trabalho, sendo que,
geralmente esta melhora ocorre mediante a apropriação de saberes docentes, sejam eles oriundos da
do ensino, Gauthier (2013, p.24), afirma que: “[…] em sua prática, o docente não pode adquirir tudo
por experiência. Ele deve possuir também um corpus de conhecimentos que o ajudarão a “ler” a
realidade e a enfrentá-la”. Zabala (2012, posição 223), enfatiza a importância da relação entre a teoria,
a prática e a experiência docente. Ou seja, é possível inferir que o desenvolvimento de nossa atividade
profissional, ocorre ao contrastarmos nossa prática com outras práticas e a necessidade constante de
prática educativa pode torna-se verdadeiramente mais reflexiva, assim possibilita um ambiente
propício para transformações. Com relação a este último enunciado, Zabala (2012, posição 223),
considera que:
Com foco nesta problemática, dois princípios referenciais, podem ser considerados como
basilares para estabelecer a “essência” da prática educativa, sendo eles: a função social do ensino e o
conhecimento de como se aprende. (a) O primeiro Zabala (2012, posição 343) denomina como fonte
sociológica ou sócio-antropológica que consiste na resposta às seguintes perguntas: “Para que educar?
Para que ensinar?” A resposta determinará o objetivo geral atribuído ao ensino que por consequente
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alimentará, (b) a fonte epistemológica que consiste na função do saber, dos conhecimentos, das
posição 343).
O segundo elemento basilar é constituído, conforme Zabala (2012, posição 349), pela (c) fonte
psicológica composta pelos níveis de desenvolvimento, pelos estilos cognitivos, pelos ritmos de
aprendizagem e pelas estratégias de aprendizagem que servirão de subsídio para (d) a fonte didática
que resume-se na resposta a seguinte pergunta: Como ensinar? Ou seja, a partir desse referencial é
possível tomar as decisões didáticas, assim consolidando o que este autor denomina como: concepção
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Para Zabala (2012, posição 356), a partir da compreensão dessas 4 fontes é possível ao professor
vislumbrar modelos educativos que apresentam-se eficientes para determinadas aprendizagens e não
para outras, ou seja, a partir dessa compreensão (se serve ou não) o professor deve fazer escolhas
O autor também ressalta, que a proposta em questão não é a exposição de argumentos que visam
um entendimento simplório, pois os processos educativos são suficientemente complexos devido aos
metodológicas, possibilidades reais dos professores, dos meios e das condições físicas existentes. Para
Zabala (2012, posição 234), a prática “é algo fluido, fugidio, difícil de limitar com coordenadas simples
e, além do mais, complexa já que nela se expressam múltiplos fatores, ideias, valores e hábitos
pedagógicos, etc”).
O entendimento de Tardif, (2014, posição 2366) também se aproxima desta concepção não
A prática educativa e o ensino são formas de agir plurais que mobilizam diversos tipos de ação
aos quais estão ligados saberes específicos. Resulta desse postulado que o “saber-educar” e o
“saber-ensinar” também são saberes plurais nos quais estão presentes diversos saberes e
diversas competências.
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Outra constatação é que numerosas pesquisas de caráter analítico com foco em aspectos muito
concretos, à luz da perspectiva positivista, acabaram por buscar explicações das variáveis da prática
educativa em si mesmas, consequentemente sem relação com as demais variáveis, logo deixam de
Entender a intervenção pedagógica exige situar-se num modelo em que a aula se configura
como um microsistema definido por determinados espaços, sendo eles: uma organização
social; certas relações interativas; uma forma de distribuição do tempo; um determinado uso
dos recursos didáticos, entre outros.
Esta exposição elucida o caráter estritamente integrador entre os elementos do processo
educativo, ou seja, demostra que a análise da sala de aula, só pode ser feita levando em consideração
vezes reducionistas deve ser ativa, pois a reflexão deve permear toda intervenção pedagógica, em uma
espécie de antes e depois, ou seja, todo processo de planejamento e avaliação, considerados, por Zabala
(2012, posição 237), elementos basilares de toda prática educativa, deve ser analisado de maneira
dinâmica e critica para favorecer a percepção da realidade da aula, na qual planejamento, aplicação e
avaliação se autorelacionam.
Atendo-se a esta concepção processual e integrada, chegaremos no que representa este processo
em seu conjunto de variáveis, a saber, os conceitos de atividade ou tarefa que, conforme Zabala (2012,
posição 251) consiste em: “[...] uma exposição, uma leitura, uma pequena revisão bibliográfica, tomar
notas, uma ação motivadora, uma observação, uma aplicação, um exercício, o estudo, etc.”
A atividade ou tarefa tem relevante importância para possibilitar uma análise ilustrativa dos
diferentes estilos pedagógicos, mesmo concentrando a maioria das variáveis educativas, quando
Podemos ver de que maneira a ordem e as relações que se estabelecem entre as diferentes
atividades determinam de maneira significativa o tipo e as características do ensino, ou seja,
corroborando com a importância da atividade quando as colocamos em uma série ou sequência
significativa (ZABALA, 2012, posição 265).
A partir dessa premissa é possível considerar que as tarefas ou atividades adquirem um maior
valor significativo quando sistematizadas em uma ordem ou sequência didática. Outro fator relevante
é a possibilidade de estudo a partir de um ponto de vista processual, que considere três elementos
al. 2014; PALOP, 2012; PASSO; GARRITZ, 2014; RAMIREZ, 2014; RODRIGUEZ- REYES, 2014;
SOUZA; REIS, 2014; STUTZ; CRISTOVÃO, 2011). Sendo neste trabalho apontado três propostas de
SD no âmbito do ensino da oralidade e da escrita, propondo a seguinte definição para SD: “Uma
competências, destaca-se o pensamento de Tobón, Prieto e Fraile (2010, p.20, tradução nossa), que
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instrumento para melhoria da prática educativa. Zabala, (2012, posição 275), define SD como:
educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos”.
didáticas são elementos importantes na prática educativa, e sua utilização deve ser considera.
propriedades mais efetivas no âmbito prático, será abordado a luz dos teóricos: Zabala (2012), Tobón,
Prieto e Fraile (2010) e Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), alguns elementos basilares que devem
instrumentos que possibilitem, nas diferentes formas de intervenção, as atividades que proporcionem
uma melhor atuação do docente. O autor exemplifica 4 unidades didáticas como exemplo de unidade
de intervenção. São elas: Unidade 1, consiste na comunicação da lição, do estudo individual sobre o
livro texto, da repetição do conteúdo aprendido, da prova ou exame e da avaliação. Unidade 2: consiste
5
Texto original: Las secuencias didãcticas son, sencillamente, conjunto articulados de atividades de aprendizaje y
evaluaciõn que, con la mediación de un docente, buscan el logro de determinadas metas educativas, considerando uma
serie de recursos.
6
O autor utiliza os termos: unidade didática, unidade de programação, unidades de intervenção e sequência de atividades
para se referir às sequências didáticas.
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por parte do professor/professora. E finalmente a unidade 4, que possui destaque em nossa exposição,
por abordar, conforme Zabala (2012, posição 556), uma quantidade maior de conteúdos “conceituais,
problemas ou questões, nas respostas intuitivas ou suposições, nas fontes de informação, busca de
exame e na avaliação.
7
Zabala, (2012, posição 502) utiliza o conceito proposto por Coll (1986) para conceituar a classificação dos conteúdos
conceituais, procedimentais e atitudinais da seguinte forma: “esta classificação corresponde às perguntas: o que se deve
saber? O que se deve saber fazer? E como se deve ser? Com o fim de alcançar as capacidades propostas nas finalidades
educacionais”.
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No mapa 4, no campo de ação do modelo de competências, Tobón, Prieto e Fraile (2010, p. 22)
Fonte: O próprio autor, adaptado de Tobón, Prieto e Fraile (2010, p.22, tradução nossa)
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Sequência didática com uso de tecnologias digitais, elemento basilar da estratégia didático-
pedagógica Hands-on-Tec.
O uso da TIC com vistas à criação de uma rede de conhecimentos, favorece a democratização
do acesso à informação, a troca de informações e experiências, a compreensão crítica da
realidade e o desenvolvimento humano, social, cultural e educacional. Tudo isso poderá levar
à criação de uma sociedade mais justa e igualitária.
Neste sentido, a terceira versão (2017) da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em suas
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A definição dada por Almeida (2001) e a diretriz estabelecida na BNCC (2017) apresentam as
Parece necessário informar, que, conforme Rosa (2016, p.58), no propósito educacional, de
propiciar a aprendizagem, não devemos reduzir o uso das TD a uma forma de “informatização do
ensino” que consiste em uma espécie de “reducionismo” das TD a instrumentos limitados a instrução
dos alunos.
A partir do prisma inicial, distanciando-se dos “reducionismos”, a definição dada por Carvalho
et al. (2017, p. 1), exprime uma necessidade pedagógica importante no panorama educacional
contemporâneo.
Santos Rosa, Rosa e Sales (2014, p.1) enfatizam os desafios encontrados nos cotidianos
pedagógicas que culminem e sustentem estas tecnologias no contexto escolar”. Dificuldades estas, que
segundo os autores “possui um histórico com dificuldades e ao mesmo tempo, repleto de tentativas dos
que intensificam seus esforços para o seu uso educacional” (SANTOS ROSA; ROSA; SALES, 2014,
p.1). Em suas pesquisas (ROSA et al. 2013; SANTOS ROSA; ROSA, 2013; SANTOS ROSA; ROSA;
SALES, 2014; SANTOS ROSA, 2014) constatam a necessidade de contribuir com estratégias de
ensino, fortemente ancoradas por TD, entretanto, conforme Santos Rosa (2016) alertando-se para o uso
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estratégia pedagógica com vistas a contribuir com práticas de ensino mediadas por TD, com destaque
as móveis (ultrabooks, notebooks, tablets e celulares). Deste modo, propuseram a estratégia didático-
pedagógica Hands-on-Tec – Mãos nas tecnologias móveis (HoT) (SANTOS ROSA; ROSA, 2013).
prioriza a aprendizagem por meio de metodologias ativas, como por exemplo, a aprendizagem baseada
em projetos e em problemas (BENDER, 2014), aprendizagem pelos pares, avaliação pelos pares
(SANTOS ROSA; COUTINHO; FLORES, 2016, 2017), o ensino híbrido (BACICH; NETO;
referenciais da HoT.
relação teoria-prática seja transformada em uma dicotomia. Segundo seus autores, essa estratégia “traz
embutida a evidência de que é desejável que TD sejam incorporadas na educação, sem com isso,
descartar formas de ensino já consolidados e com grande potencial pedagógico” (SANTOS ROSA;
o uso de TD móveis na educação tenha propósitos bem definidos. Sobre isso, Carvalho et al. (2017, p.
02) diz que: “O foco principal não é a tecnologia em si, mas a aprendizagem do conteúdo que está
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sendo desenvolvido pelo professor, orientado de forma a oferecer condições favoráveis para a
aprendizagem significativa”.
Tendo como ponto de partida as definições apresentadas, a HoT considera que a tecnologia é o
instrumento utilizado para favorecer e potencializar a aprendizagem, sem com isso, deixar de
potencial pedagógico.
Segundo Santos Rosa et al. (2013), uma atividade HoT é composta das seguintes fases:
material que deverá ser utilizado para resolver o problema. Os estudantes deverão pensar em como
resolver o problema utilizando o material disponível e, o professor irá apenas orientar o que poderá ou
diferentes maneiras para solucionar o problema e registram todas as ideias no computador/tablet. (c)
Experimentação: A terceira e última etapa desta fase se refere à experimentação, no qual os estudantes
irão testar suas ideias até conseguirem uma solução para o problema proposto.
são reunidos em um grande grupo e relatam o que pensaram antes do experimento, quais as dificuldades
que enfrentaram e como conseguiram resolver o problema. É importante que o professor possibilite
tempo para que os estudantes exponham suas ideias. Após as explicações dos grupos, o professor
questiona os estudantes se eles já perceberam algo semelhante no cotidiano relacionado com o que
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fizeram. Para finalizar, o professor apresenta um vídeo que relaciona os conceitos aprendidos com o
cotidiano.
Fase 3: Dividida em duas etapas, a saber: (a) O uso de TD com pesquisa na Internet e (b)
ao experimento, o significado de palavras, utilização de fórmulas (se for o caso), vídeos ou imagens
que representem as relações com o que foi estudado. O relatório individual constará em uma descrição
de tudo o que eles fizeram, contemplando a pergunta problema, o registro das hipóteses, os materiais
utilizados, os testes do experimento e a solução do problema. Salientem para que escrevam também
outras situações semelhantes ao que estudaram. Para finalizar, o professor pode solicitar a apresentação
em grupo de tudo o que aprenderam. Essa apresentação ficará a critério do professor. Ele poderá
experimento. Sugere-se aos estudantes refazer o experimento e registrar em vídeo ou fotos o material
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Santos Rosa, Rosa e Sales, (2013, p.3) expõem, que com o propósito de auxiliar os professores
na aplicação da HoT, foi desenvolvido um ambiente virtual no qual está disponível as principais
orientações para o desenvolvimento deste tipo de atividade e também sugestões de atividades baseadas
na proposta da estratégia pedagógica HoT, sendo estas atividades desenvolvidas por docentes durante
formações realizadas pelo grupo de pesquisa TEDE 8- Tecnologias Digitais na educação: formação,
Considerações Finais
Este artigo enfatizou a reflexão sobre a prática educativa e o uso de sequências didáticas com
uso de TD como estratégia pedagógica importante para o professor, sendo um instrumento capaz de
8
Mais informações no seguinte endereço: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/9143131637672487.
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desenvolver a fluência e crítica técnica e pedagógica de suas práticas de ensino, aliadas ao currículo
Estratégias como a apresentada neste artigo podem, a médio e longo prazo, provocar mudanças
no comportamento e na postura do professor e também do aluno, quanto ao uso de TD, pelo fato de
proporcionarem melhores resultados educacionais. A estratégia HoT, bem como o uso do Portal são
oportunizarem aos professores aprofundar conhecimento sobre os temas previstos no currículo escolar.
Possíveis dificuldades encontradas no uso das TD, poderão ser diminuídas na medida em que
os professores compreendam como podem agregá-las as suas aulas, seguindo as abordagens didáticas
A HoT, apesar de ter sua origem na CNMT, pode ser adaptada a outras disciplinas, sendo isto
importante para ampliação de uma possível melhoria da prática educativa, mesmo considerando que
neste processo, variáveis de contexto e necessidades distintas das apresentadas neste artigo poderão
surgir, devido à natureza epistemológica e pedagógica das diversas áreas do conhecimento, mesmo
assim a estratégia apresenta versatilidade, devido a seu amplo arcabouço teórico, para que possa ser
Estima-se que a presente reflexão traga contribuições para fortalecer o uso das TD móveis na
educação e reconhecer as limitações e as possibilidades que estes recursos oferecem aos professores,
aos alunos e consequentemente à sociedade e, por decorrência, apontar subsídios que permitam
educativa.
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Resumo
1
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campus Londrina. Contato: Fernanda_bia27@hotmail.com
2
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campus Londrina. Contato: cris_limamagri@hotmail.com
3
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campus Londrina. Contato: alessandradutra@yahoo.com.br
4
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campus Londrina. Contato: vanderley@utfpr.edu.br
5
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campus Londrina. Contato: jair@utfpr.edu.br
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Introdução
Informação e Comunicação (TIC) as quais se encontram cada vez mais presentes no nosso cotidiano,
permeando todas as esferas sociais, como o trabalho, família, religião, comércio, relacionamento e
instituição de ensino, facilitando dessa forma nossas atividades que realizamos diariamente, enfim, o
acesso às informações, comunicação, acesso bancário, pesquisas e trazendo também vários benefícios
para os sujeitos.
Seu progresso acontece de forma acelerada devido às diversas inovações que são desenvolvidas
no âmbito das tecnologias, com isso é exigido do sujeito um domínio maior, tanto para utilizá-las
pessoalmente quanto no mundo do trabalho, evidenciando que as instituições de ensino não podem
ficar à margem do ambiente tecnológico, sendo que é destas a responsabilidade do processo de ensino
Além disso, Almeida (2000) indica que estamos em uma época na qual as crianças e
adolescentes se desenvolvem juntamente com as tecnologias, são sujeitos que possuem facilidade para
manipular os recursos tecnológicos e, por vezes, dominam mais que seus pais e professores, até mesmo
aqueles que são menos favorecidos, de alguma forma, têm contato com tais recursos, tendo um olhar
diferente daqueles que cresceram em uma época em que as tecnologias eram mais restritas; dessa
maneira podemos dizer que o modelo de sociedade atual é diferente de décadas atrás.
Seguindo essas ideias, e como afirma Moran (2000), faz-se necessário que as instituições de
ensino se adequem aos estudantes atuais, abandonando práticas tradicionais de ensino e procurando
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professor utilize as TIC em suas práticas pedagógicas, com a finalidade de desenvolver o processo de
ensino e aprendizagem de forma significativa e tornar suas aulas mais inovadoras, dinâmicas, criativas,
A partir dessas considerações e pelo fato de duas das autoras desse estudo atuarem
pesquisa: qual a visão dos professores da Educação Infantil quanto ao uso das TIC em suas práticas
pedagógicas? A principal finalidade desse trabalho é, portanto, entender o processo de implantação das
implantação dessas tecnologias nas práticas pedagógicas para o processo de ensino e aprendizagem;
explicitar a relevância do uso das TIC na modalidade de Educação Infantil; e por fim, apresentamos
dados os quais foram levantados por meio de questionários aplicados via e-mail sobre o uso das TIC
nas práticas pedagógicas da Educação Infantil, em que foram comparados quatro Centros de Educação
Atualmente, vivemos em uma geração que está submersa nas informações as quais advêm de
todos os âmbitos: jornais, televisão, rádios, internet, redes sociais, entre outros. Nossos estudantes
contemporâneos vivem na referida geração, que por vezes não conseguem mais ficar sem as diversas
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(TIC); logo, o professor tem o papel de focalizá-las como ferramentas para subsidiar o processo de
ensino e aprendizagem. De acordo com Papert (1994), o uso das TIC proporciona democratização do
acesso aos diversos meios de comunicação e novas oportunidades. Concorda-se com a ideia de Moran
(2000, p. 63), o qual mostra que “ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos,
alunos”. Consequentemente, a escola precisa utilizar as tecnologias na sala de aula como um recurso
que subsidie as práticas pedagógicas dos professores para potencializar o processo de ensino e
A partir das ideias de Vigotsky (1989) cabe destacar que a aprendizagem dar-se-á por
intermédio da interação com o outro, no caso da interação entre professor/aluno, aluno/aluno. Ora essa
interação está estritamente ligada às TIC, pois de acordo Maraschin e Axt (2005), a referida nos
Isso posto, como afirma Moran (2000), as TIC sozinhas não mudarão a realidade escolar, é
necessário todo um aparato legal, mudança no currículo, estrutura física, formação do professor,
interação entre professor e aluno para que de fato as TIC perpassem os muros da escola,
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A Educação Infantil destina-se à primeira etapa da educação básica a qual se estende de zero
até os cinco anos, em creche (0 a 3 anos) e pré-escolas (4 a 5 anos). Conforme o Art. 29. da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Educação Infantil, primeira etapa da educação
básica, possui como finalidade o “desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus
(BRASIL, 1996) A criança como sujeito ativo, antes de entrar no âmbito escolar, já possui contato
com as diversas tecnologias. Dessa maneira, percebe-se a importância de práticas pedagógicas que
utilizem as TIC como recursos desde a primeira infância, como aponta Moran (1995), uma vez que as
Novas Tecnologias ajudarão o estudante em seu desempenho escolar, pois essas ferramentas, além de
facilitar o ensino, servem como enriquecimento do ambiente escolar sendo uma base para a relação
Além disso, como ensinar de forma tradicional crianças que vivem em contato com as diversas
Tecnologias? Como motivar a ficarem de forma passiva na sala de aula, crianças que têm o mundo em
suas mãos em questão de segundos? Importa destacar que, de acordo com Kenski (1998), as TIC
facilitam a concentração e memória, já que por meio de imagens e vídeos é possível a fixação de
conhecimentos, motivando os estudantes para o ensino e aprendizagem de forma mais dinâmica e real.
Fica evidente a importância do uso das TIC nas práticas pedagógicas, e mais, a inevitável
entrada da escola neste âmbito digital, principalmente, na primeira etapa da educação, pois é neste
momento que as crianças experenciam, exploram seu meio e constroem suas bases.
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O papel da formação inicial para o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação na sala
de aula
Para o uso das Tecnologias de forma significativa na sala de aula, é importante que o professor
esteja preparado, visto que não basta este ter conhecimentos técnicos sobre o uso das TIC, é pertinente
que ele aprenda em sua graduação a integrá-las no processo de ensino e aprendizagem. Como afirma
Mercado (1999), muitas vezes a teoria nos cursos de graduação é dissociada das práticas pedagógicas,
o que por sua vez traz dúvidas para o professor após o término da formação inicial, quando
Por isso, a formação voltada ao uso das Tecnologias em sala de aula torna-se um grande desafio,
pois os professores nos cursos de graduação não têm subsídios teóricos e práticos sólidos para explorá-
las em sala de aula de forma que haja integração entre as Tecnologias e o ensino e aprendizagem, além
do mais, como aponta Freire (1996, p. 44), “é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que
se pode melhorar própria prática. O próprio discurso teórico, necessário à reflexão crítica, tem de ser
Aliás, a falta de formação voltada para as TIC acarreta no despreparo do educador com seu uso
tanto tecnológico como pedagógico, muitas vezes ele quer utilizá-las, entretanto não possui
conhecimento adequado para manuseá-las ou utilizá-las de forma tradicional, o que não contribui para
práticas inovadoras. De acordo com Stahl (1997), o papel da formação voltada para o uso das
Tecnologias na sala de aula torna-se relevante, é a partir da formação que o professor aprenderá a
utilizá-la de forma significativa, além disso conscientizará sobre o impacto que as Novas Tecnologias
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Constata-se que um dos maiores desafios para o uso das TIC em sala de aula é a formação
inicial dos professores. Portanto, torna-se importante a mudança das matrizes curriculares dos cursos
existentes.
Metodologia
analítica. A pesquisa contemplou, ainda, a coleta de dados empíricos, bem como a sua análise
qualitativa, a qual “tem no ambiente natural sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu
Nesse artigo, buscou-se coletar dados empíricos utilizando como instrumento um questionário,
o qual foi elaborado na plataforma do Formulários Google, especificamente, no Google Drive, assim
como, após a elaboração, selecionamos quatro Centros de Educação Infantil Municipais (CEMEI),
localizados no norte do Estado do Paraná, cujo público-alvo foram professoras que atuam em toda
modalidade da Educação Infantil (0 a 5 anos). Os CEMEI lócus foram todos periféricos e serão
identificados no corpus da análise de STM e CP, a fim de separar os dois municípios pesquisados,
Os questionários foram enviados aos docentes por e-mail com anexo da plataforma do Google
Drive no início de abril e deveriam ser respondidos, individualmente, no prazo de duas semanas. Dos
vinte questionários enviados nos CEMEI localizados no município de STM, doze não foram retornados
aos pesquisadores. Os docentes os quais não responderam, alegaram que não entravam no e-mail com
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frequência, devido a isso acabaram esquecendo. Nos CEMEI do município CP, dos quinze
questionários enviados, dez não foram devolvidos. O instrumento de pesquisa foi estruturado em doze
Resultados
Para o tratamento dos dados foram elencados conteúdos que apareceram com mais frequência
Quanto a faixa etária dos pesquisados em STM, observa-se que 87,5% tem entre 26 a 35 anos,
Fonte: Os autores
Já as pesquisadas em CP, observa-se que todas têm entre 26 a 35 anos. Os dados que se referem
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Fonte: Os autores
Evidenciamos que das oito professoras de STM, todas são graduadas em Pedagogia e a maioria
possui mais de dois anos de atuação na área da Educação, entretanto uma das pesquisadas, a qual atua
por menos tempo (3 meses), é a única que tem pós-graduação. Em CP, das cinco professoras, três
possuem pós-graduação e a maioria exerce a profissão há mais de treze anos. Posteriormente, foi
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Fonte: Os autores
Assim sendo, observa-se a importância da formação inicial ou continuada voltada para o uso
das TIC em sala de aula, pois Veiga (2006, p. 67) incita à reflexão quando afirma que a partir das
diversas transformações que ocorrem em nossa sociedade, as práticas educativas tornam-se cada vez
mais complexas, exigindo tanto a organização do trabalho do professor de forma atual como das
instituições nos processos de formação inicial e continuada que necessitam focar a formação voltada
Ao ser questionado se as TIC fazem parte do seu planejamento escolar e de que maneira, das
oito pesquisadas, sete afirmaram que as TIC fazem parte do planejamento escolar como um auxílio
para preparar as aulas, introduzir novos conteúdos, utilização de ferramentas para prática pedagógica,
downloads de músicas e desenhos animados. Apenas uma das pesquisadas afirmou que usa pouco as
TIC e que a falta de capacitação contribui para o uso precário das tecnologias na sala de aula.
Em CP, das cinco professoras pesquisadas, quatro responderam que utilizam as TIC para buscar
atividades com intenção de realizar o planejamento, assim como pesquisa de vídeos para apresentação
de um novo conteúdo. Essa perspectiva é importante, pois, como afirma Kenski (2007, p. 45), as TIC,
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“quando bem utilizadas, provocam a alteração dos comportamentos de professores e aluno, levando-
Sobre a questão referente ao papel das TIC no processo de ensino e aprendizagem das gerações
atuais, as pesquisadas em STM destacam que as TIC proporcionam uma aprendizagem mais dinâmica
e efetiva e, além de motivar os alunos, o uso das TIC na sala de aula aproxima professores e alunos,
visto que estes nasceram inclusos no âmbito digital, com informações advindas de todas as esferas.
No CEMEI de CP, das cinco professoras questionadas, quatro responderam que é fundamental
o uso da TIC por estarmos cercados de tecnologia nos dias atuais, além do mais, colocaram que auxilia
o professor e motiva o aluno, facilitando assim a aprendizagem. Uma das pesquisadas colocou que o
papel da TIC é insatisfatório na sala de aula. Isso posto, Moran (2000, p. 53) afirma que o uso das TIC
na sala de aula de forma integradora faz com que “o aluno desenvolve a aprendizagem cooperativa, a
Ao questionar sobre as dificuldades para o uso das TIC em sala de aula, 87,5% das pesquisadas
em STM afirmam que possuem dificuldades. Assim como as professoras de CP, todas afirmam que
possuem dificuldades para o uso. Quanto à justificativa, os pesquisados apontam que as dificuldades
encontradas se referem à falta de recursos disponíveis, estrutura física, equipamentos, formação para
o uso das TIC, apoio pedagógico e ainda uma certa resistência para a utilização devido à falta de
conhecimento, como aponta a fala de uma das professoras: “muitos professores têm receio de utilizar
tecnologias, muitas vezes por não saber usar. E muitas vezes também eles não recebem uma formação,
ou um auxílio para fazer uso do mesmo em suas aulas”. Apenas uma das informantes disse que não
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Em CP, apenas quatro responderam dizendo que falta capacitação aos professores, estrutura e
recursos, assim como aponta os pesquisados de STM, além disso, uma citou ainda que a qualidade do
sinal da internet é ruim e nem sempre conseguem aplicar o que foi planejado.
Considerações finais
Em vista aos argumentos apresentados, observa-se que de alguma forma os professores têm
utilizado as tecnologias em sala de aula, porém ainda encontram muitas dificuldades para implantação
efetiva, desde sua formação inicial até uma certa resistência para o uso.
Pela análise dos dados empíricos, evidencia-se que as professoras dos CEMEIS que
participaram da pesquisa, ainda que façam parte de uma amostragem, acreditam que é importante
utilizar as TIC na sala de aula, ademais pontuam que as Tecnologias fazem parte de seu planejamento
como uma ferramenta para a preparação das aulas e introdução de novos conteúdos. Todavia, a maioria
aponta que as dificuldades para implantação das TIC se dá pela falta de capacitação, dificuldades para
o manuseio das Tecnologias e falta de recursos. Outro fator relevante é que alguns professores afirmam
que não tiveram a disciplina de TIC em sua graduação. Observa-se, também, que os professores têm
Por isso, ao apresentar o papel da formação inicial, acredita-se que esta é fundamental para a
efetivação do uso das TIC em sala de aula, e destaca-se ainda a importância da formação continuada
dos professores, pois, além de capacitá-los preparando-os para o uso das diversas ferramentas
existentes, pode contribuir para diminuir a resistência de alguns, atualizar-se frente às mudanças
tecnológicas e ainda fornece subsídios para utilizarem as TIC de forma integradora. Além do mais, o
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professor precisa estar em formação permanente, a fim de atualizar-se frente às demandas existentes,
Assim sendo, vale ressaltar que as pesquisadas acreditam na importância do uso das TIC para
pedagógicas, pois ao usá-las, realiza a formação integral dos estudantes de forma a desenvolver suas
habilidades, bem como tornar o ensino mais dinâmico, criativo, motivador, realizando assim, a inclusão
Referências
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Resumo
Na presente pesquisa, destacamos uma atividade sobre questões de Interação Humano Computador
(IHC) intitulada: “A fábrica de chocolate”, cujo conceito científico está relacionado com a IHC e é
aplicado por meio do Ensino de Computação Desplugada (ECD), a qual se baseia em ensinar
computação sem o uso de computadores. Esta atividade, com duração média de 120 minutos, foi
desenvolvida com 18 alunos do Ensino Fundamental 1, da entidade Lar São Francisco de Assis
(Jandaia do Sul-PR), dispor a proposição de sensibilizar os alunos nas questões de IHC (falhas ou não),
sobre raciocínio e consciência relacionada ao design de objetos encontrados no cotidiano. A coleta de
dados para a análise deste estudo foi realizada durante a aplicação da atividade, por meio dos materiais
didáticos utilizados pelos alunos e pela observação direta através de perguntas orais ao grupo, antes e
após as atividades. A análise dos resultados obtidos durante a intervenção com os alunos apontou que
o ECD é eficaz para introduzir conceitos complexos para alunos da educação básica. Entretanto, deve
ser utilizado apenas para introduzir conceitos computacionais e, em seguida, deve-se avançar para o
uso de recursos computacionais (reais) que resultem em maiores significados no aprendizado para que
a utilização no cotidiano seja mais completa.
Introdução
Existe uma percepção de senso comum que a Ciência da Computação se restringe à mera
pessoais e outros sistemas computacionais semelhantes. Neste cenário, o contato dos alunos com a
1
rezendejoschua@gmail.com – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
2
selmasantos@ufpr.br – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
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práticas, nem sempre relacionadas a esta área, as quais, geralmente, se restringem ao uso dos
computadores nos laboratórios de informática disponíveis nas escolas públicas de educação básica.
Neste sentido, faz-se necessário investir em estratégias que conduzam a introdução do ensino de
computação nestas escolas, por se tratar de uma ciência inserida no cotidiano da sociedade de forma
Não obstante, a defasagem de infraestrutura nas escolas brasileiras são altas, e a formação de
como ferramentas cognitivas são baixas (JONASSEN, 2008; HENRIQUE, CUNHA, FARIAS &
SCAICO, 2013). Por outro lado, a dificuldade de aplicação dos conceitos computacionais em escolas
públicas e até mesmo em particulares, sofrem com uma grande pressão no que diz respeito a sua
O uso de materiais manipuláveis de baixo custo pode ser viável para a substituição de
computadores, fazendo com que escolas públicas com baixa infraestrutura possam fazer aplicação de
conceitos computacionais de formas diversificadas. Uma alternativa consiste no ensino por meio de
atividades lúdicas sem o uso do computador, ou seja, por meio do Ensino de Computação Desplugada
(ECD), divulgado por Bell, Witten, & Fellows (2011) como um método de ensino-aprendizagem que
reduzidos, à Ciência da Computação, área na qual podemos encontrar diversos exemplos com potencial
para uso de ensino desplugado, tais como: representação da informação, algoritmos, linguagens de
programação, redes de computadores e etc., conforme sugerem Bell, Witten, & Fellows (2011).
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(IHC), intitulado “design de objetos”, onde os alunos são desafiados a fazer duas atividades de
compreensão, sendo instigados a fazer ligações com seus conhecimentos prévios, assim propõe-se
incentivar o raciocínio cognitivo e consciência relacionados ao conceito supracitado. Com isso, tem-
se as proposições de: (a) sensibilizar o aluno para a compreensão do conceito computacional: design
de objetos, relacionando-o com aspectos do seu cotidiano; (b) fazer com que o aluno aplique e observe
este conceito no seu dia-a-dia e onde ele se aplica. Com isso, buscou-se conduzir o aluno a uma
aprendizagem significativa, onde ele possa ressalvar e assimilar as informações contidas na aplicação
conhecimentos sobre computadores, seus sistemas e suas possíveis aplicações, englobando modelagens
de projeto, teorias e experimentos. Barcelos e Silveira (2012, p.3), aferem que a computação,
[...] parece trazer mecanismos singulares de raciocínio para resolução de problemas, cujas
aplicações ultrapassam as fronteiras da Computação em si – considere, por exemplo, as
recentes aplicações de métodos computacionais a questões de pesquisa da Biologia e das
Ciências Sociais, permitindo a análise de uma quantidade de dados muito superior ao que seria
possível antes de atacar tais questões sob um ponto de vista computacional.
Portanto, o ensino de computação pode ser considerado interdisciplinar por ter a possibilidade
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O ECD é constituído de várias atividades, com variados aspecto da computação como, por
erros, algoritmos de ordenação, criptografia, roteamento e bloqueio de redes, dentre muitos outros.
Bell, Witten, & Fellows (2011) sugerem variadas atividades mediadas pela prática do ECD,
explicando as mesmas e permitindo modificações e adaptações para o próprio contexto social em que
será aplicado. A computação desplugada foi criada com a intenção de atingir principalmente a
educação básica, sendo um dos seus propósitos potencializar a visão do aluno e auxilia-lo na
et.al, 2014).
Segundo Silva, Araújo & Aranha (2014), as atividades realizadas com a computação
desplugada são bem aceitas pelos seus aplicadores, onde as maiores dificuldades encontradas pelos
alunos são em relação ao tempo de desenvolvimento das atividades e o método próprio de ensino, já
que tal metodologia não é comum no dia-a-dia. Já um ponto de sugestão dado por esses autores é a
criação de um guia temático e cursos para professores. Entretanto, segundo Scaico et al (2012), a
computação desplugada permite uma maior reflexão por parte de leigos neste assunto e algumas
desplugado, a participação dos alunos tende a aumentar consideravelmente, porém a forma de análise
dos resultados das atividades e da compreensão do que ele pode ter aprendido torna-se difícil de ser
mensurado. Já o ponto positivo está na percepção e atenção dos alunos durante o desenvolvimento da
aula, o que leva a concluir que os alunos têm uma participação mais ativa nesse tipo de atividade.
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Vieira, Passos & Barreto (2013) enfatizam dificuldades em aplicações desses tipos de
atividades quando elas exigem algum tipo de treino e também a participação dos professores em
situações que fogem da formação docente, como por exemplo, em peças de teatros. Entretanto, nestes
casos os alunos criam ao longo do tempo habilidades, como de comunicação, criatividade, resolução
conhecimento da computação.
Metodologia
Esta pesquisa consistiu de uma revisão bibliográfica sobre o tema central: ECD. Em seguida,
realizou-se uma pesquisa empírica com a participação de 18 alunos do 5º ano do ensino fundamental
da Associação Beneficente Lar São Francisco de Assis, situada em Jandaia do Sul (Paraná), uma
entidade beneficente que acolhe crianças da Educação fundamental 1 que se encontram em estado de
vulnerabilidade social. Essas crianças permanecem no lar nos contra turnos da escola formal para o
chocolate”, apresentada por Bell, Witten & Fellows (2011), com duração de 2 horas. A fim sensibilizar
os alunos sobre questões de IHC (falhas ou não), de raciocínio e de consciência relacionada ao design
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A coleta de dados foi realizada durante a aplicação da atividade supracitada, por meio de
respostas a questões relacionadas aos fenômenos em estudo e pela observação direta através de
Resultados e discussões
apresenta-se os resultados alcançados a partir da aplicação desta atividade com os 18 alunos do 5º ano
potencial de um objeto ser melhor utilizado de acordo como que foi projetado), relacionada a IHC,
utilizou-se três atividades. Uma delas para introduzir o tema por meio de uma atividade lúdica, sem
explicar aos alunos os conceitos científicos subjacentes. Esta atividade se constituiu de uma
demonstração relacionada a diversas cores, as quais tiveram seus nomes apresentadas em uma folha
A4 e pintadas com uma cor diferente dos seus respectivos nomes, como no exemplo abaixo:
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O método e material foi utilizado para fazer com que as atividades instigassem a curiosidade
dos alunos sobre questões de IHC relacionadas aos esforços cognitivo das pessoas e sua relação com
A próxima atividade prática, conforme sugerem Bell, Witten & Fellows (2011), constitui-se de
uma dinâmica na qual relacionava-se conceitos de IHC com os formatos e maneiras de abrir diversos
tipos de portas. Utilizando folhas A4 apresentou-se tipos de portas e as possíveis alternativas sobre
qual ação uma pessoa deveria adotar para abri-la, como apresentado na figura 2:
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De acordo com a figura 2, foram apresentados vários desenhos de portas e formas de estruturas
nas quais se aplicavam diferentes modos para abri-las: Plain Door, Labeled Door, Hinge Door, Bar
Door, Handle Door, Knob Door, Panel Door, Glass Door, Sliding, onde as opções para as respostas
de onde a porta irá se abrir foram: Push, Pull, Left Side, Right Side, Slide it along.
Junto aos desenhos foram colocadas, opções onde os alunos se dispuseram a escolher a
alternativas foram escritas em Inglês. Entretanto, por precaução para não prejudicar o desenvolvimento
da atividade, tendo em vista que os 18 alunos não compreendem inglês, sendo assim colocado a
Nesta atividade os alunos foram divididos em grupos pequenos e a eles foi apresentada uma
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(trabalhadores da fábrica) tinham que carregar baldes com chocolate líquido fumegantes através das
portas. Eles não sabem se empurram ou se puxam as portas para abri-las ou deslizam para um lado.
todo o lado.
(Figura 2). Mais de uma resposta poderia ser adequada na maioria das portas. Para algumas delas
(incluindo a primeira) não é obvio como abri-las, neste caso as crianças deveriam registrar a que iriam
tentar primeiro. Uma vez preenchidas suas próprias folhas, deve-se fazer com que todos os grupos
discutam os méritos relativos de cada tipo de porta, particularmente no que se refere a sua facilidade e
para dizer como ela funciona e, qual é a mais adequada para usar se eles (os alunos) estiverem
carregando um balde de chocolate quente. Em seguida, eles decidiram o tipo de portas e quais
Num segundo momento da intervenção foi utilizado imagens relacionadas ao cotidiano dos
alunos, em desenhos simples e apresentadas em contornos e sem identificação dos seus nomes
específicos. Os desenhos foram utilizados para que os alunos pudessem observar e dizer para que eles
serviam, apenas pelo reconhecimento dos seus formatos, ou seja, pelo conhecimento prévio que eles
possuíam, neste momento, sem relacionar conceitos de IHC. As imagens apresentadas se constituem
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Foram aplicadas duas atividades avaliativas, Figura 2 e Figura 3, sendo avaliadas de modos
A análise dos resultados obtidos na atividade: “A Fábrica de Chocolate” (figura 2), foi realizada
através da observação de 9 gráficos gerados pelas escolhas dos alunos onde avaliou-se suas respostas
e suas assimilações referentes ao procedimento de abertura das portas. Os que não responderam
Os resultados aqui apresentados com gráficos, serão apenas duas das portas que tiveram maior
e menor acerto. Os restantes não serão apresentados, mas seus resultados serão comentados.
Alguns alunos colocaram em suas respostas mais de uma opção como a correta, pois na
atividade algumas das portas poderiam ser abertas de várias formas, deixando assim que os alunos
pudessem escolher mais de uma resposta, sendo que essa condição foi explicada à eles antes da
atividade começar.
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No Gráfico 1 apresenta-se resultados das várias respostas dos alunos, nas quais apenas a
negativo ocorreu mesmo após a intervenção feita com base no conceito de IHC que foi utilizado o
método de ensino desplugado. Portanto a dificuldade apresentada por Martinhago (2014), mostra-se
presente, por deixar uma abertura em que a observação dos resultados pode ter sido representada por
uma possível confusão na apresentação das respostas dos alunos ou na dificuldade de assimilação do
conceito passado durante a intervenção ou, ainda, pelo tempo disponível para o desenvolvimento da
atividade.
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Conforme o Gráfico 2, 100% dos alunos responderam a atividade corretamente, onde apenas
uma resposta era a correta. Este resultado foi similar ao atingido por Vieira, Passos & Barreto (2013),
que comentam a importância da computação desplugada por capacitar maior compreensão dos
Os restantes dos resultados apresentados pelos demais gráficos referentes as demais portas
foram parcialmente relevantes, pois foram quase nulas as dificuldades apresentadas durante as
análise foi realizada através da observação direta da participação dos 18 alunos na atividade.
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Tal atividade foi aplicada antes da atividade principal: “A fábrica de chocolate”. Assim buscou-
se verificar se os alunos conheciam algum conceito sobre IHC, e assimilar os objetos de seu cotidiano
A maior dificuldade apresentada nessa atividade foi onde alguns alunos mostraram grandes
curtos períodos de escrita e uma das alunas se apresentava como uma semialfabetizada, sendo que,
Considerações finais
interesse do aluno para áreas relacionadas à Ciência da Computação. O ECD facilitou a introdução, a
experiência: num período de duas horas, com alunos do 5º ano do ensino fundamental com baixo
Atividades desta natureza, são úteis para introduzir conceitos complexos para alunos da
educação básica. Entretanto, é importante salientar que os bons resultados da sua aplicação não
concluem o processo de aprendizagem sobre esses conceitos, tendo em vista que são utilizados
artefatos não computacionais para representar conceitos (dos simples aos complexos) dessa área. Dito
isso, podemos aferir que o ECD é eficiente, mas deve ser utilizado apenas para introduzir conceitos
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computacionais e, sem seguida, deve-se avançar para o uso de recursos computacionais (reais) que
Referências
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Juliana Ferri1
Resumo
No presente artigo, temos o objetivo de contribuir com pesquisas que busquem atender necessidades e
expectativas emergentes do Ensino de Computação na Educação Básica, nomeadamente, em propostas
didático-pedagógicas que busquem instrumentalizar o professor com estratégias e recursos para essa
área de conhecimento. Para isso, propomos uma estrutura de Sequência Didática com vistas a
desenvolver o Pensamento Computacional dos alunos, utilizando a plataforma computacional
intitulada “SuperLogo”, a qual consiste em uma ferramenta cognitiva. A proposta dessa Sequência
Didática se fundamenta em uma revisão da literatura sobre os temas: Introdução ao Pensamento
Computacional, Ferramentas Cognitivas e Sequências Didáticas. Debates sobre o Pensamento
Computacional podem estimular novas habilidades e competências para os campos da Ciência da
Computação. No entanto, a incorporação deste pensamento na Educação Básica requer uma definição
operacional, fundamenta em abordagens teóricas. Neste sentido, a estrutura da Sequência Didática
proposta neste artigo, pode auxiliar tanto os alunos a desenvolverem o Pensamento Computacional,
quanto os professores em sua prática pedagógica, pois apresenta uma estratégia sistematizada e de
atuação prático-pedagógica. Assim, o aluno pode aplicar conhecimentos adquiridos utilizando
ferramentas computacionais cognitivas, tal como a SuperLogo, e o professor poderá desenvolver a
função de mediador de conhecimento ao intercalar saberes experiências a novas tecnologias
computacionais.
Introdução
1
UENP-CCP – Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus Cornélio Procópio – juferri@yahoo.com.br
2
UFPR – Universidade Federal do Paraná; UENP-CCP – Universidade Estadual do Norte do Paraná – selmasantos@ufpr.br
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Existe uma busca constante para melhorar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Os
profissionais da área de educação em uma tentativa de aperfeiçoar a prática educativa criam e buscam
Podemos aferir que o perfil dos alunos de hoje diferencia-se dos alunos de 20 anos atrás, época
como, as tecnologias educacionais (não digitais) predominantes até hoje nos contextos educacionais.
deveria acompanha-la no mesmo ritmo para que, com isso, conduza a uma educação pautada nas
Pelo exposto, no presente artigo temos o objetivo de propor uma estrutura de Sequência
plataforma computacional intitulada “SuperLogo”, originária da linguagem LOGO e adaptada por pelo
O artigo está dividido nas seguintes seções: Introdução, esta que está sendo apresentada;
Sequências Didáticas; Proposta de uma Sequência Didática para o ensino de programação utilizando a
Procedimentos Metodológicos
Em uma pesquisa anterior (Ferri & Santos Rosa, 2016), procedemos a uma Revisão Sistemática
da Literatura (RSL) e nela identificamos referenciais teóricos com potenciais para contribuir com a
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elencar um novo aporte teórico, constituídos de 12 artigos, para consolidar a pesquisa proposta. Neste
sentido, procedemos a uma pesquisa exploratória desses artigos por meio de um levantamento
Para tal, efetuamos uma revisão da literatura narrativa, que Cordeiro et. al (2007) define como:
1º Momento – Efetuamos uma busca nas referências dos 12 artigos citados na RSL, foi possível
identificar uma semelhança de autores em suas referências. Entre eles, 4 artigos citavam Valente (1993;
1997; 1998; 1999); 2 artigos citaram Motta (2007 e 2010); 9 artigos citaram Resnick (2003; 2007;
2º Momento – buscamos por artigos dos autores citados no 1º momento, nas bases de dados
IEEE Institute of Electrical and Electronic Engineers, ScienceDirect, ACM Digital Library, Google
efetuamos a leitura de 52 artigos encontrados nessa busca, pertinentes a nossa pesquisa, o que
bibliográfica.
interesse que evidenciam a proposição de que o uso de Sequências Didáticas pode contribuir com a
aprendizagem dos alunos, procedemos a uma busca de referências teóricos sobre Sequência Didática.
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Como resultado, encontramos 301 artigos em Periódicos CAPES. Destes 301 artigos, selecionamos 16
pesquisa, para tanto, recorremos à estratégia de “triangulação” (Denzin, 1984) entre a revisão da
literatura (resultados dos 2º e 3º momentos) com a nossa proposta de Sequência Didática para o ensino
de programação de computadores.
aprendizagem dos alunos podemos obter melhores resultados cognitivos, diferente do uso do
A incorporação deste pensar na Educação Básica requer uma definição operacional (como
fazer), fundamentada em abordagens teóricas (porque fazer assim). CSTA (2011) traz a definição de
Pensamento Computacional desenvolvida durante uma série de workshops organizados pela Sociedade
Pensamento Computacional é uma abordagem para resolver problemas de uma forma que pode
ser implementada com um computador. Os alunos não se tornam apenas usuários de
ferramenta, mas construtores de ferramentas. Eles usam um conjunto de conceitos, tais como
abstração, recursão e iteração, para processar e analisar dados, e criar artefatos reais e virtuais.
É uma metodologia de resolução de problemas automatizada que pode ser transferida e
aplicada em todos os assuntos. O poder do Pensamento Computacional é que ele se aplica a
qualquer outro tipo de raciocínio. (BARR; STEPHENSON, 2011, p. 4).
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distintivo de analisar e desenvolver soluções para problemas que podem ser resolvidos
elemento central da ciência da computação e pode estar interligada por outras disciplinas em todos os
níveis de aprendizagem.
Essa classificação tem um caráter puramente didático, uma vez que os conteúdos dos três blocos
citados estão intimamente relacionados. De acordo com o autor, a análise dos documentos, artigos e
das políticas sobre implantação de tecnologias na educação adotada por diferentes países é apresentada
intercalar todos esses saberes, tecnológicos e de ciências não é uma atividade autônoma e sim uma
atividade a ser desenvolvida de forma coletiva partindo do pressuposto de que depende do engajamento
Ferramentas Cognitivas
De acordo com Nersessian (1995, p. 199), “essas ferramentas colaboram para as produções de
Utilizado como modelo de programação, como temos observado em ambientes LOGO, o computador
pode constituir uma ferramenta cultural que permita a reflexão sobre o objeto de estudo e o
desenvolvimento da ação que se confunde com a própria programação, cujo feedback imediato leva o
informação em conhecimento.
Valente (1993), afirma que a atividade de programação que propicia a descrição das ideias
como subproduto da solução de um problema não ocorre em nenhuma outra atividade pedagógica que
realizamos. Tal procedimento constitui uma oportunidade única para o aluno aprender sobre algo que
está realizando e que ele próprio está construindo. O aprendiz tem, assim, a chance de usar seu
programa, e procedimentos definidos, para examinar o próprio pensamento, ou seja, desenvolver sua
metacognição.
Após efetuar uma análise sobre a utilização dos recursos tecnológicos no meio escolar, mais
comprovou que as atividades com o LOGO, fornecem à criança possibilidades de construir uma
Seguindo este contexto, Jonassen (2007, p.12) afirma que “as ferramentas cognitivas são
[...], são aplicações informáticas que exigem que os alunos pensem de forma significativa de
modo a usarem a aplicação para representar o que sabem. Tal como os marceneiros não
podem construir mobílias sem um conjunto de ferramentas adequado, os alunos não podem
construir significado se não tiverem acesso a um conjunto de ferramentas intelectuais que os
ajudem a reunir construir conhecimento.[...]. (JONASSEN, 2007, p.12).
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Sequência Didática.
Sequências Didáticas
Tal como o livro didático, o quadro negro ou o giz são recursos utilizados em sala de aula que
podem auxiliar no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, Valente (1993, p.34) define o uso
como o mesmo é manipulado. Segundo Valente (1995, p. 2), “o computador pode ser usado na
educação como máquina de ensinar ou como um meio para incentivar e propiciar a construção do
tradicionais, caracterizada como sendo uma abordagem Instrucionista onde o professor não altera a sua
3
Construcionismo é uma teoria educacional (ou de aprendizagem) desenvolvida pelo matemático Seymour Papert, que se baseia,
principalmente, na teoria epistemológica desenvolvida por Jean Piaget, a qual procura explicar o que é conhecimento e como ele é
desenvolvido pelas pessoas em diferentes momentos de suas vidas. De acordo com Piaget, as pessoas constroem conhecimento na medida
em que agem sobre o objeto de conhecimento (uma coisa, uma ideia ou uma pessoa) e sofrem uma ação deste objeto. (MALTEMPI,
2005).
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Uma forma de inserir o uso do computador em sala no processo de ensino e aprendizagem pode
ocorrer por meio de Sequências Didáticas bem estruturadas para uso do professor. Segundo Zabala
(1998, p. 18) a Sequência Didática é “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas
para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto
Nessa linha, a estrutura dos conteúdos, a escolha de um recurso didático, a estruturação de uma
atividade, ou seja, as estratégias didáticas utilizadas pelos professores podem auxiliar a prática do
computadores na sala de aula pode criar possibilidades por meio de ações colaborativas entre alunos e
pedagógicas.
cognitiva.
intitulada SuperLogo.
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conseguimos reproduzir com total exatidão a definição mais ou menos estereotipada deste termo
(ZABALA, 2010, p. 43). Para o autor supracitado (ZABALA, 2010, p. 43) “podemos dizer que
sabemos o conceito “rio” quando somos capazes de utilizar este termo em qualquer atividade que o
teórica tem ênfase na resolução de problemas, fato que pode desenvolver no aluno a habilidade de
aplicar o Pensamento Computacional em outras situações do seu cotidiano. Tal estrutura foi criada e
Um dos pontos fortes desta Sequência Didática é que a mesma pode ser aplicada por qualquer
professor, desde que este possua o conhecimento de informática básica. A função do professor neste
contexto, é conduzir o aluno à busca de respostas por meio do diálogo com seus pares, discussão em
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6) Repetição do Propor uma segunda atividade prática para escreverem os passos necessários
conteúdo aprendido para trocar o pneu furado de um carro.
Disponibilizar um jogo cujo objetivo é chegar até a etapa final ultrapassando
os obstáculos propostos. Por fim elaborar uma questão relacionada ao
conceito de algoritmo e dialogar de forma individual ou coletiva sobre a
7) Fixação do
relação existente os passos para trocar uma lâmpada, passos para trocar um
conteúdo aprendido
pneu furado e o jogo. Perguntar aos alunos: Em sua opinião, qual a relação
entre as três atividades? Buscar com que o aluno traga o conceito de
algoritmo.
8) Diálogo sobre a Conclusões sobre os conceitos de algoritmo e resolução de problemas e
elaboração das conclusões introdução ao pensamento computacional.
cotidiano, neste momento eles discutem entre si e com o professor sobre suas opiniões e experiências
para resolver o problema proposto. Esta troca de informações que ocorre entre os participantes pode
1013
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em computação, o objetivo desta atividade é fazer com que o aluno compare a definição do professor
utilizamos outro exemplo para reforçar o aprendizado anterior. Na atividade 11 um novo conceito é
explanado com o intuito de despertar o interesse dos alunos para a atividade 12 que se refere ao uso da
Na atividade 13 os alunos resolver uma coletânea de exercícios com o uso do computador, cada
exercício proposto tem um grau de dificuldade, as mesmas são superadas conforme a busca efetuada
nos tutoriais disponibilizados pelo professor e interesse do aluno em passar para o próximo exercício.
A última atividade refere-se a uma avaliação do processo de aprendizagem dos alunos, na qual os
problema.
A estrutura de Sequência Didática proposta neste artigo pode auxiliar tanto os alunos a
apresenta uma estratégia sistematizada de atuação para com os alunos. Neste contexto o aluno pode
computacionais.
A estrutura apresenta dimensões acerca das variáveis metodológicas de uma sala de aula e inclui
o ambiente em que o aluno esta inserido, a reprodução de conteúdos, a narrativa do professor, o diálogo
entre os alunos e professor, a prática de memorização e a capacidade de resolver problemas que exige
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dos alunos ações ordenadas e sistematizadas. Tais atividades são definidas por Zabala (2010) como
Considerações Finais
Podemos dizer que atingimos o objetivo do artigo, o aporte teórico aferido nos momentos da
único recurso que contempla toda a complexidade da prática pedagógica estruturada em três etapas,
É necessário ressaltar que a estrutura aqui preconizada será desenvolvida na íntegra e validada
com alunos da Educação Básica em um procedimento metodológico a ser definido para dissertação de
Referências Bibliográficas
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GOBBO – Uma ferramenta de comunicação alternativa para auxiliar crianças com paralisia
cerebral no contexto escolar.
Resumo
O presente artigo conta com o desenvolvimento de uma ferramenta de comunicação alternativa para
auxiliar crianças com paralisia cerebral que não possuem fala legível para ser usado dentro do contexto
escolar. A ferramenta foi desenvolvida visando as necessidades de comunicação do público alvo no
ambiente educacional, como necessidades fisiológicas, dores, necessidades de interação pessoal e
também foram acrescentadas algumas funcionalidades educativas. Com isso permitimos que essas
crianças se comuniquem por meio da seleção de figuras e imagens dispostos em uma interface intuitiva,
a qual fornece um sintetizador de voz que é acionado quando a criança toca no símbolo desejado,
fazendo com que essas crianças possam tanto interagir com seus professores, como pais e amigos. A
ferramenta conta com aproximadamente cem imagens altamente intuitivas que podem, por exemplo,
auxiliar a criança a dizer se está com fome, triste ou algum tipo de dor. Essa ferramenta foi validada
através de uma análise de usabilidade, bem como através do progresso de comunicação de crianças
especiais de uma organização que promove a prevenção e a inclusão da pessoa com deficiência em
uma cidade do norte do Estado do Paraná. A ferramenta se mostrou eficaz para a tarefa que lhe foi
dada. Algumas melhorias foram propostas e devem ser cumpridas nas próximas versões.
Introdução
educacional dos seres humanos e é por meio desta ação que é pode-se trocar experiências, informações
1
Estudante do Curso de Mestrado em Ciência da Computação da Universidade Estadual de Londrina
mr.gobbo1@gmail.com
2
Docente do Departamento de Computação da Universidade Estadual de Londrina – cinthyan@uel.br
1017
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e conhecimentos (COSENZA E GUERRA, 2009). Quando uma pessoa não é capaz de falar e não
possui uma coordenação motora significativa utiliza-se comunicação alternativa como forma de
auxiliar nesse processo, as quais podem ser por meio das tecnologias, podendo ser criados aplicativos
de comunicação alternativa de alto nível que auxilie pessoas que não possuem voz discursiva e
Utilizar dispositivos tecnológicos na educação possibilita a utilização dos recursos que esses
disponibilizam, podendo tornar a aprendizagem mais interativa, prazerosa e imersiva na vida dos
Para Miranda e Gomes (2004) os portadores de paralisia cerebral que possuem uma certa
limitação motora são indicados um uso da comunicação alternativa. Esta pode ser feita por meio de
ferramentas tecnológicas, como aplicativos para tablets e celulares, para assim, conseguirem diminuir
Para essas pessoas, a comunicação pode ser realizada por meio de ferramentas que trazem a
comunicação alternativa com sistema de vocalização que deve auxiliar e facilitar muito processos
2008).
Com base nessas considerações, o objetivo deste trabalho é desenvolver uma ferramenta de
comunicação alternativa para crianças com paralisia cerebral que não tenham fala legível e que além
cores.
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Referencial Teórico
tornando assim a fala dessas pessoas incompreensível. Devido as suas deficiências motoras a
legibilidades de seus gestos podem ser comprometidas, tornando assim, impossível de se usar Libras
para se comunicar e também acaba sendo muito difícil para estas pessoas escreverem, utilizar um
computador e diversos outros recursos que precise de uma precisão de movimento (PENNINGTON,
2008).
A paralisia cerebral pode causar problemas de linguagem que acontecem por diversos favores
como problemas motores que afetam a emissão vocal, respiração, fonação e articulação causando
(GEYTENBEEK, 2015).
também a questão das deficiências motoras que podem afetar a precisão dos movimentos, força,
coordenação, velocidade e acabam dificultando não só a comunicação verbal, mas a não verbal
também, pela restrição de movimentos do corpo e da face. Devido a isso, sua interação com o mundo
e com as pessoas pode acabar sendo uma tarefa extremamente dificultosa. Lembrando que a
Assim, temos a comunicação alternativa que é qualquer meio de se comunicar que use
símbolos, gestos, sinais manuais ou suporte de voz. Os símbolos podem ser tanto gravuras como
comunicação alternativa pode ser, segundo Price e Clarke (2012), com recursos de baixa tecnologia,
como gráficos, imagens, fotografias, símbolos ou palavras impressas em papel ou de alta tecnologia,
comunicação alternativa. O mais importante é saber quais dispositivos e estratégias escolher. Esses
sistemas são oferecidos para complementar em vez de substituir os meios naturais das pessoas se
comunicarem. Com esses sistemas uma pessoa pode ser capaz de solicitar itens que elas não
Metodologia
limitações das pessoas com paralisia cerebral, suas restrições de comunicação e os conceitos de
comunicação alternativa por meio de pesquisa bibliográfica. Posteriormente foi realizada uma pesquisa
sobre as necessidades de comunicação das crianças com paralisia cerebral no ambiente escolar, a qual
foi por meio da observação indireta acompanhando alunos em suas aulas durante quatro dias, mas sem
destas crianças. Esse procedimento foi realizado em setembro de 2014, em uma organização que
promove a prevenção e a inclusão da pessoa com deficiência, em uma cidade do norte do Estado do
Paraná.
Além das observações indiretas, algumas reuniões foram feitas com professores,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, pedagogos e psicólogos, a fim de identificar as ações que possam ser
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exteriorizadas na ferramenta. Essas ações visaram identificar o planejamento das figuras que foram
utilizadas.
de participar do projeto; quais crianças se enquadrariam no público alvo para poder validar a
ferramenta; tentou-se identificar nas pessoas com deficiência mental, quais eram suas limitações,
A equipe foi composta ao todo por 8 (oito) participantes, dentre eles: 6 (seis) profissionais que
tinham convívio com o público alvo, 1 (um) aluno e 1 (um) desenvolvedor. Após as reuniões e
identificadas as melhores imagens a serem utilizadas em pessoas com paralisia cerebral, essas foram
validadas pela equipe de profissionais e a maior parte dessas foram baseadas nas pranchas de
comunicação já utilizadas. Essas pranchas eram de baixa tecnologia, figuras impressas e coladas em
um papelão. Esta etapa da pesquisa visou caracterizar as reais necessidades de comunicação do público
A ferramenta desenvolvida em forma de aplicativo foi intitulada de GOBBO e conta com 100
(cem) imagens altamente intuitivas, que vão desde as atividades que possam ser realizadas em sala de
aula a imagens que auxiliariam a criança a dizer que quer comer ou está com dor, por exemplo.
portal Aragonês de Comunicação Alternativa. Neste portal são disponibilizados um banco de imagens
http://www.catedu.es/ arasaac/catalogos.php, desde que não seja para fins lucrativos. Essas imagens já
foram utilizadas também no software SCALA (AVILA, PASSERINO E REATEGUI, 2011), que foi
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desenvolvido para prover uma comunicação mais eficiente em pessoas com transtorno no espectro
autista.
usabilidade da ferramenta foi feita pela Escala de Usabilidade do Sistema (SUS) com os profissionais
da associação foco desta pesquisa. O primeiro passo para a implantação desse aplicativo nas salas de
aula se daria depois que os professores julgassem a ferramenta válida, fácil de usar e se realmente
correspondem às necessidades reais do aluno. Ainda, foi pedido aos professores que discorressem
sobre as percepções da ferramenta. Essa coleta de informações foi instituída por meio de questionário
impresso semiestruturado, o qual foi entregue a todos os participantes do projeto e também aos
professores da instituição que trabalham com educação especial, relatando os pontos positivos e
Posteriormente foi feita a verificação do aplicativo GOBBO com um aluno que apresentava
paralisia cerebral na mesma associação para verificar de que forma se comportava diante de um
Antes de fazer a validação do aplicativo com o aluno, foi feita uma experiência de uso na qual
foi possível mostrar a ele como a ferramenta funcionava e acompanhar seu desenvolvimento diante do
aplicativo. Isso foi realizado no decorrer da semana quando o aluno tinha tempo disponível. O total da
aplicação foi em torno de oito horas e após sua utilização foi aplicado um questionário que foi
respondido por meio de uma observação do professor, a qual continham instruções das ações que o
aluno deveria realizar através do aplicativo e o professor anotava se o aluno conseguia realizá-las.
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Feita a validação do GOBBO, outro questionário foi aplicado aos funcionários envolvidos na
pesquisa, a fim de identificar de que forma o aplicativo foi válido no contexto de auxiliar no processo
O aplicativo GOBBO conta com aproximadamente cem figuras, onde receberam uma legenda
que foi colocada de acordo com o que se quer representar. Por exemplo, para representar o pé temos
para as pessoas que apresentam dificuldade ou inexistência de fala. Assim, as pessoas com este tipo de
dificuldades podem enviar e receber mensagens e interagir de uma maneira mais concreta com o
mundo. GOBBO contaria também com algumas categorias para a alfabetização do aluno, como a
As imagens estão separadas em quatro categorias que são: “Dor, banheiro, recreio e escola”
como podem ser observadas na Figura 1. A categoria escola está subdividida em mais 5 (cinco)
categorias que são “Português, Matemática, Arte, Fisioterapia e Sala de Aula”. Para uma maior
eficiência temos as figuras de “sim” e “não” que foram fixadas em todas as telas do aplicativo, visto
A categoria dor está presente no aplicativo pelo motivo de que pessoas com paralisia cerebral
apresentam rigidez muscular e isso faz com que tenham mais dores em certas partes do corpo que uma
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pessoa que não tenha paralisia cerebral. As partes do corpo presentes no aplicativo são: perna, pé,
costas, braço, boca, olho, mão, orelha, cabeça e dente. Para se chegar nessas figuras foram feitas
análises das dores mais frequentes desses alunos juntamente com uma fisioterapeuta da associação
A categoria banheiro como pode ser vista na figura 2 ajuda o aluno a expressar suas
necessidades fisiológicas e o ensina a ter uma melhor higiene. Graças a essa categoria, este portador
de necessidades especiais pode pedir para lavar as mãos, ir ao banheiro, tomar banho, escovar os
A categoria recreio ajuda esses alunos a terem uma melhor interação com os colegas na hora
do intervalo.
Já a categoria escola serve para auxiliar o aluno com algumas tarefas educacionais. Nessa
categoria está presente a subcategoria português, na qual temos o alfabeto vocalizado e a categoria
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matemática que contém os números de 0 a 10. Há também a subcategoria arte, que contem as cores
primárias e secundárias, além das atividades que normalmente são realizadas com essas crianças nessa
aula, como pintar, desenhar, modelar massinhas, entre outras. E ainda a subcategoria sala de aula que
conta com as imagens que auxiliam o aluno a ter uma maior interação na sala de aula.
O aplicativo GOBBO foi desenvolvido para tecnologia Android e é indicado seu uso em um
tablet de 10 polegadas ou mais, visto que quanto maior a tela mais fácil fica a precisão do aluno para
conseguir usá-lo.
Resultados
A nota obtida por meio do SUS foi vista como satisfatória, visto que foi 84,5. De acordo com Brooke
interessaram pelo aplicativo GOBBO, visto que o julgaram coerente com conteúdos bem elaborados;
auxilia muito na interação das crianças; também foi apontado que possui um layout simples e objetivo.
Um dos professores em seus relatos através do questionário aplicado na associação foco desta pesquisa
propôs que usássemos o aplicativo com as crianças diagnosticadas também com autismo e é o que
Algumas propostas foram feitas pelos professores para uma próxima atualização do aplicativo:
melhoria nas categorias didáticas; criação de jogos eletrônicos educacionais nos quais as crianças
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montariam objetos; maior estudo e aprofundamento na parte de alfabetização para poder auxiliar no
A validação do aplicativo com o aluno foi feita em várias etapas. Foi aplicado um questionário
ao aluno, mas esse deveria ser respondido por um professor depois que o aluno fizesse o uso do
aplicativo por aproximadamente oito horas, uma vez que esse aluno não possui coordenação motora
A primeira etapa da validação foi realizada por meio de uma experiência de uso do aplicativo
GOBBO. Este teve o primeiro contato com o aplicativo e a partir disso foi feita uma orientação de
A experiência de uso foi feita primeiramente em um ambiente separado dos demais alunos para
poder garantir uma maior privacidade desse aluno com paralisia cerebral, fazendo com que ele não se
O aluno demonstrou facilidade em aprender onde estava localizada cada imagem. No terceiro
dia de treinamento o aluno teve a iniciativa de pedir para ir ao recreio comer, indo na categoria recreio
e clicando na figura “comer”. Esse foi o primeiro indício de que o aluno entendia o porquê estava
utilizando a ferramenta. No decorrer dos dias os professores acabavam incentivando o aluno a usar o
aplicativo cada vez mais. No final das oito horas de acompanhamento por meio de uma observação foi
possível constatar que o aluno estava bem seguro em usar a ferramenta e aparentemente satisfeito por
Depois dessa experiência de uso foi feita uma avaliação por meio de um questionário de que
forma o aluno estaria usando a ferramenta que continha o seguinte: frequência do uso do aplicativo
pelo aluno, facilidade de uso, confiança ao utilizar o aplicativo e interações certas ou erradas.
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Quando foi aplicado o teste com o aluno, esse demonstrou grande facilidade ao usar o
aplicativo, este foi bem sucedido em quase todas as tentativas de se usar o aplicativo, alguns erros
aconteceram apenas quando precisava realizar uma interação muito complicada, como, por exemplo,
quando precisava procurar o símbolo que estava disponível apenas na terceira tela do aplicativo.
Por fim, depois desse teste, foi feita uma reunião com os professores onde foram passados os
resultados para assim chegarmos a um consenso: a validação da ferramenta com o aluno foi
considerada válida (embora sem terem sido feitos testes estatísticos, uma vez que seriam necessários
mais alunos com o diagnostico de paralisia cerebral), pois possibilitou auxiliar na estimulação da
linguagem, onde o aluno sempre tentava reproduzir o som emitido pelo aplicativo e poderia auxiliar
no aprendizado. Além disso, durante a experiência de uso, o aluno estava conseguindo interagir de uma
Considerações finais
alternativa para crianças com paralisia cerebral denominada GOBBO, a qual tem-se a pretensão de ser
utilizada em um contexto escolar para que crianças com paralisia cerebral possam ter uma melhor
interação professor e aluno, bem como entre alunos. Ainda, essa aplicação contaria com uma parte
O aplicativo foi bem aceito pelos professores que se envolveram com o projeto, tanto nas
reuniões iniciais quanto no decorrer dessa validação. A nota de usabilidade foi de 84,5 pontos, acima
do considerado válido que é 70 pontos, conforme escala proposta por Brooke (1996).
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Durante a validação com o aluno foram encontrados alguns problemas causados pela
deficiência motora. Porém, isso não foi visto como algo negativo na ferramenta, mas como uma
limitação desta. Além disso, foi observado que é possível implementar mais funcionalidades e ações
Uma investigação em grande escala da utilização da ferramenta com pessoas que possuem
paralisia cerebral deverá ser feita. Assim, seria mais preciso identificar as contribuições desta
Referências
BROOKE, J. SUS-A quick and dirty usability scale. Usability evaluation in industry. v.189, No.194,
p.4-7, 1996.
GEYTENBEEK, J. J.; OOSTROM, K. J.; HARLAAR, L.; BECHER, J. G.; KNOL, D. L.;
BARKHOF, F.; PINTO, P. S.; VERMEULEN, R. J. Language comprehension in nonspeaking children
with severe cerebral palsy: Neuroanatomical substrate? European Journal of Paediatric Neurology,
v.19, p.510-520, 2015.
GOBBO, M. R. M.; COLETI, T. A.; SORDI JR, F. Proposta de uma Ferramenta de Comunicação
Alternativa para Alunos da APAE com Paralisia Cerebral. In: Anais do XIV Simpósio Brasileiro de
Fatores Humanos em Sistemas Computacionais, Salvador. v.1. p.462-465, 2015.
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MARTINS, G.; CAMPOS, F.; BRAGA, R.; DAVID, J. M. N. BROAD-PLG: Modelo Computacional
para Construção de Jogos Educacionais. In: Anais do XXVI Simpósio Brasileiro de Informática na
Educação. Maceió. v.26, No.1, p.449-458, 2015.
PENNINGTON, L. Cerebral palsy and communication. Paediatrics and Child Health, v.18. n.9,
p.405-409, set.2008.
PENNINGTON, L.; VIRELLA, D.; MJOPEN, T. DA GRAÇA, A. M.; MURRAY, J.; COLVER, A.;
HIMMELMANN, K.; RACKAUSKAITE, G.; GREITANE, A.; PRASAUSKIENE, A.; ANDERSEN,
G.; DE LA CRUZ, J. Development of The Viking Speech Scale to classify the speech of children with
cerebral palsy. Research in Developmental Disabilities. v.34, No.10, p.3202-3210, jul. 2013.
PRICE, K.; CLARKE, M. Augmentative and alternative communication for children with cerebral
palsy. Paediatrics and Child Health, v.22, p. 367-37, 2012.
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A MAPPING STUDY
Abstract
The Mobile Digital Technologies can assist in the process of teaching and learning, in the areas of
Education and Teaching. Thus, this article aims to investigate, through Mapping Study, some areas in
which some mobile technologies have already being studied and used in teaching and which areas are
these ones, in the school context. The research had as search interval the years from 2012 to 2017, with
the survey of Journals in the Teaching area of the WebQualis Platform, being selected the Journal
Renote - New Technologies in Education. Of the 588 papers collected and analyzed, only 14 dealt with
the theme. The results are indicative of the existence of some research about the use of technological
resources for teaching and learning from M-learning, being the cell phone and the tablet the most
mentioned devices. Therefore, among the analyzed journals, it was verified that 100% of the studies
point to the use of Mobile learning to facilitate the acquisition and exchange of knowledge by its users.
1. Introduction
instrument in the teaching and learning process is considerably recent in relation to other means of
educational technology and has been a notable facilitator of procedures that previously led to a long
1
English Teacher. Master student. Professor of the Post-graduation program - Professional Master in Teaching -
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Downtown unit, Cornélio Procópio, Paraná, Brazil.
nerisouzasantana@gmail.com.
2
Nurse. Doctor. Permanent Professor of the Post-graduation program - Professional Master in Teaching - Universidade
Estadual do Norte do Paraná (UENP), Luiz Meneghel Campus, Bandeirantes, Paraná, Brazil. annecy@uenp.edu.br.
3
Doctor in Informatics. Permanent Professor of the Graduate Program - Professional Master in Teaching. Universidade
Estadual do Norte do Paraná (UENP), Downtown unit, Cornélio Procópio, Paraná, Brazil. joaocoelho@uenp.edu.br.
1030
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time to be executed and needed fixed technologies, which were often non-existent in many
environments.
According to the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO,
2014), M-learning is the use of mobile technology, alone or in combination with other Digital
Information and Communication Technologies (DICT), which allows learning anytime, anywhere.
This type of education includes the use of mobile tools, such as mobile phones, 4palmtops or Personal
Digital Assistants (PDAs), tablets and other small devices that can be easily transported anywhere.
DICTs are increasingly present in people's daily and professional activities. With the advent of
globalization this information is made available in a marked way and, to them, technology is present.
(SILVA, MARQUES, 2011), thus requiring the adhesion of technologies to process information in a
(2014) has already researched it to disseminate resources and solutions for use practices to be carried
In this context, studies aimed at an understanding of the uses of DICT in several areas of action
have become common. In the vast field of technology, we can highlight an elevation of mobile
communication devices. Thus, for Fonseca (2013), converging, portable and multimedia, these devices
Taking into account what was said before, and the possibility of using mobile technologies in
teaching, this study is proposed through a Mapping study to identify works published in the New
Technologies in Education Magazine (RENOTE). The period of research is from 2012 to 2017, with a
4 Palmtop or Personal Digital Assistant (PDA) is a device that acts as an electronic organizer or day planner that is portable,
easy to use and able to share information with the computer. Widely used before the rise of smartphone.
1031
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view to quantifying and analyzing the researches that approach the teaching supported in M-learning
in the most diverse areas of knowledge and then to glimpse a mapping of the theme, outlining the
The organization of this study consisted of contextualizing the research, presenting the
materials and methods used, as well as the results and discussions, followed by the final considerations
2. Method
It was decided to develop this study, a Mapping, which was built by specifying the sequences
of keywords and sources used to find relevant bibliographic studies to the purpose of this research and
Identification and planning of the research: the research questions listed in this paper aim to
structure actions for the search and interpretation of the results, seeking for searching in the latest years
whether the M-learning has been researched and used as a didactic tool.
The data collected emerged from the WebQualis - Periodicals of 2015 data base, with the
stratum B1 - it is in the restricted index of qualification. The search period was from January 2012 To
June 2017, being the inclusion criteria reading the titles of the magazines that dealt with the topic of
technology.
After some exclusions made initially by reading and analyzing, the journal titles, only four
(4) Magazines focusing on technology and Education / Teaching were left from the two thousand sixty-
one (261) journals. By analyzing these four (4) journals, the Magazine of New Technologies in
Education was selected, because it contains more results referring to the scope of this research and it
1032
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is an extremely important Periodic for the area of Informatics in Education, since in it is found a range
The study selection of articles with the key words "Digital Technology", "Mobile learning"
and "Aprendizagem móvel5" was chosen because they are terms commonly used when approaching the
mobile tools use for learning. Thus, we sought to verify how and where the mobile learning has already
been approached. Next, the abstracts were read. Articles that did not deal with the subject matter were
excluded.
It was made a study of quality assessment and extraction and monitoring of data by reading
and verifying the selected papers to ensure their relevance to the researched topic and synthesis data
seeking for identifying the relevant papers, which are presented in the following section.
3. Results
Based on the inclusion and exclusion criteria described on item 2 of this study, Table 1
Source: Authors.
5
Term in Portuguese for Mobile learning.
1033
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It was delimited the research to analyze the journals in the last five (5) years, being found five
From the selected journals, Renote Journal was chosen because of its tradition in informatics
area in education and for publishing works of the most different approaches in this field.
In spite of the 6 (six) results obtained in the term "Digital Technology" in the journal
Technologies in education, the articles resulting from this research did not focus on the approach of
mobile technology, emphasizing the use of digital technology only through computers and the Internet,
At RENOTE, the terms for the search were: "Digital Technology", "Mobile learning" and
"Aprendizagem Móvel", 14 works were selected to have their contents analyzed, which was done to
verify which areas are already using Mobile Learning. Table 2, below, presents an overview of the
selected studies, with an indication of the author / year, title, volume / number, DICT 6 and area of
knowledge.
Table 2 – Selected studies, according to the author / year, title, volume / year, DICT and area of knowledge.
No Author / Title Volume/ DICT Knowledge
Year number area
2 Marçal et al. Analysis of the use of mobile v.14, n.2 Smartphones, Distance
(2016) messages in the improvement tablets. Learning
of the participation of
students in distance courses:
a case study.
6
Digital Information and communication Technology.
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5 Lima; Learning with mobility: the v.12, n.1 Web 2.0, tablets, Education
Bassani; use of Mobile and Wireless smartphones
Barbosa Information and
Communication
(2014)
Technologies as potential for
interaction in educational
processes.
6 Cordenonzi Mobile Q - Construction of a v.11, n.1 Smartphones, Education
et al. (2013) mobile learning practice PDAs, tablets
community.
1 Neve1; v.12, n.1 Smartphones, Education /
Melo (2014) The Universe in the pocket: tablet. Astronomy
mobile technologies of
didactic-pedagogical support
for the teaching of
Astronomy.
Botelho; Math.
Ferreira
(2016)
1035
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Source: Authors.
Next, Table 3 indicates that, of the 14 papers initially selected, six (6) mention the term Mobile
Learning, six (6) use the expression Aprendizagem Móvel and two (2) approach the term Digital
Table 3 – Consideration about the selected studies, according to author/year, title, volume/year, DICT and knowledge area.
AUTHOR ARTICLE CONSIDERATIONS
Goulart, Wilges; Nassar (2013) They bring a teaching proposal using Mobile learning, coupled with
HTML5 technology and allied to other technologies of Web 2.0, defining
practices to create a new approach in the presentation of didactic content
for M-learning. The results of this research demonstrate that the
implemented prototype meets the defined quality requirements. In
addition, it enables a more meaningful learning process.
Marçal et al. (2016) They examined the use of SMS messages in a distance-learning course
with 474 students seeking for finding out if the use of this technology
could improve student’s participation in the course. The results show that
the students who received the mobile messages had significantly higher
results than those who did not.
Valletta (2015) She carried out a case study raising elements to reflect on the use and
pedagogical potential of Apps with the intention of supporting the teaching
action to the student work through mobile devices in Basic Education. The
objective was to reflect on the use and pedagogical potential of 427 Apps,
seeking to help teachers to weave and articulate possibilities for the use of
these tools in educating for and with the media. The focus is to support the
teaching action to the student work against the demands Generated by the
adoption of mobile devices in Basic Education.
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Nichele; Schlemmer (2014) They propose a work with tablets and applications in Chemical Education
believing these can provide learning situations that were restricted, for
example, to expensive software. They are based on the idea that since there
is already a distribution of mobile devices, such as tablets, for high school
teachers in public schools, this fact makes possible the development of
mobile learning.
Lima; Bassani; Barbosa. (2014) They investigated how the potential of interaction and cooperation of web
2.0 tools, accessed through MWICT7, can provide the interaction of
students in home exercise with the school context providing opportunities
for interaction, cooperation and learning. Results show that, despite the
need for more computer labs in schools, as well as technical support and
teacher training for the pedagogical use of digital technologies, web 2.0
tools, accessed through TIMS, provide opportunities for interaction,
cooperation and learning.
Cordenonzi et al. (2013) They present partial results of the implementation of a Community of
Practice (CoP), where topics related to the use of mobile devices in
education (Mobile Learning) are being discussed. CoPs are important tools
for collaboration and dissemination of knowledge. The mobile devices,
used in the educational area, allow the learner to build their knowledge
regardless of where they are, as well as their time.
It was observed a significant participation of the members regarding the
time of existence of the community.
Neve; Melo (2014) They approach the work with M-learning through a project called Mobile
Universe, a didactic-pedagogical resource in free software specially
developed for the use in devices in order to contribute in the transposition
of the knowledge produced by the field of Astronomy to the new digital
technologies, Favoring mobile learning.
Iahnke; Botelho; Ferreira (2013) They present a brief review of the current computational paradigm, mobile
learning and social networks, presenting the proposal of a didactic-
pedagogical strategy, aiming at facilitating meaningful learning through
collaboration in social networks in a context of mobility, with the Purpose
of promoting a more coherent and contextualized education with the
current technological reality to which we are inserted.
Iahnke; Botelho; Ferreira (2016) Again, they approach mobile learning, this time being concerned with
promoting a meaningful learning of the concepts of Plane and Space
Geometry, in a case study in Mathematics, trying to demonstrate the main
results found by employing a teaching and learning process that involves
collaboration. Both face-to-face and virtual, associated with social
networks, in mobility contexts, to facilitate a more meaningful learning.
Filho et al. (2015) They point out how teaching in the area of computing, along with its
subtopics, can be supported by mobile learning discussing the
development of a mobile education system focusing on the discipline of
Software Engineering. The experimental results show that the use of
mobility can guarantee greater usability, cognition and ease of learning on
the part of the apprentices.
Barbosa; Bassani. (2013) They present initial experiences with the use of games and the mobile
technologies, articulated to a virtual learning community, in the
reinforcement of contents with children and adolescents in cancer
treatment, to assist in this period, when it is necessary to leave school. It
7
Mobile and Wireless Information and Communication Technologies.
1037
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Cornélio Procópio, PR – Brasil de 21 a 23 de junho de 2017
was concluded that the use of mobility is perceived as very positive by the
community, but that there is still a need to deepen research in this sense.
Vieira at al. (2013) They analyze the use of M-learning for the use of applications such as
HandTalk and ProfDeaf Mobile as to its usability for the automatic
translation of Portuguese to Pounds, since it perceives that users have
turned to applications not only as translators but also as objects for
Learning. The results present a set of suggestions that, if incorporated into
applications of this nature, can contribute to the reduction of interfacing
and interaction problems, in order to contemplate the interests of its users
and guarantee quality of use.
Lima; Loureiro (2016) The objective of the research is to analyze how the members of
interdisciplinary groups integrate TDIC (Digital Information and
Communication Technology) and Teaching when constructing the
concept of Technodocence from the use of their previous knowledge.
Considering the fragmentation of knowledge and the underutilization of
TDICs as problems in teacher training. It was noticed that the integration
between TDIC and Teaching in an interdisciplinary context was a
promising option for transformations in the understanding about
Tecnodocence.
Pescador; Flores (2013) They made a theoretical reflection, addressing issues on Education in the
context of digital technologies and digital inclusion. They started from the
theoretical assumption that links digital inclusion to the exercise of
citizenship in the digital context, arguing that the promotion of this type
of action needs to overcome the scope of access to digital technology of
the practices in front of the realities of the digital culture.
Source: Papers selected from RENOTE.
It was noticed that M-learning has already being diffused in some areas, as well as its use has
become very common in people's daily lives. The activities allied to M-learning is something with little
interference of the teacher, being this intervention more necessary only in the beginning of the work,
In summary, it is well known that the analyzed studies share the same concern with teaching
using mobile learning, given the favorable factor for the use of mobile devices associated with online
applications, with the cell phone and tablet being the most mentioned in the studies.
This facility is not only based on using them, but, according to So (2011) also in transporting
them, since the student does not need to carry a portable computer or other bulky devices out of the
classroom. It can immerse in the learning process using a smartphone or tablet, small devices that fit
in one’s pocket.
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I CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENSINO CONIEN
Cornélio Procópio, PR – Brasil de 21 a 23 de junho de 2017
It is noticeable how much M-learning, especially when it comes to teaching and learning,
provides research that allows establishing coherent relationships with the practice of mobile learning.
At the same time, the selected studies suggest the importance of gathering a larger number of papers
that may highlight the effectiveness of the use of these mobile technologies as teaching methodology.
4. Conclusion
This Mapping study has found out some research done between January 2012 and June 2017
regarding the use of mobile technologies for teaching and learning purposes, inside the selected journal.
It was noticed that these technologies, which are already commonly available to people not only for
In the information compiled and presented in the Tables, it was realized that among a several
technological instruments available, the most used in teaching and learning, seek to facilitate or
The cell phone and tablet are the most cited mobile devices, with the cell phone first, whose
high adherence occurs because it is a multifunctional and practical equipment for the organization in
various contexts. Among all the analyzed journals, it was verified that, 100% of the papers point to the
use of Mobile learning as a facilitator for the acquisition and exchange of knowledge by its users in
learning.
The analyzed papers share the idea that it is no longer possible to dissociate the use of learning
technology, and it is important to acquire competences for the use of such equipment for both learning
and teaching. This research is only an initial study not exhausting the subject, giving margin to the
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