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Resenha "O Trabalho e A Vida Econômica"

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Sociologia – Resenha: “O Trabalho e a Vida Econômica” In: GIDDENS, A.

Conforme o conhecimento obtido através da leitura do texto de Giddens, como também


o conhecimento prático sobre a vivência da sociedade em relação ao trabalho, é possível
afirmar, talvez exageradamente, talvez nem um pouco, que o homem é escravo do
trabalho em prol de uma liberdade financeira muito difícil de atingir – praticamente
impossível quando se é operário. Nesse sentido, com as Revoluções Industriais as
exigências se tornaram ainda maiores para que jovens conseguissem sucesso no âmbito
trabalhista.
Apesar da existência de novas leis que visam proteger o trabalhador de condições de
trabalho precárias, o próprio sistema exige cada vez mais das pessoas: mais tempo, mais
especialização, mais experiência, mais agilidade...sempre mais, como se fôssemos
robôs. Essa é a vida real, para o bem de muitos e não tão bem assim de outros.
Buscando manter a produtividade máxima, os empregados são supervisionados
incansavelmente por seus líderes, o que, teoricamente, não possui quaisquer problemas,
até porque é válido que as empresas e indústrias avaliem a qualidade de trabalho de seus
funcionários, a questão é “o operário está realmente desfrutando de seus direitos como
trabalhador ou está levando trabalho pra casa, excedendo o horário? Ou está ganhando
injustamente? Ou as exigências estão o tratando como ser humano ou automatizando
suas tarefas?”
Ademais, levando em consideração o que o trabalho era antes e o que o trabalho é hoje,
com clareza percebemos que o que há é uma busca constante, a partir de uma minoria
de classe alta, de lucro e mais lucro. É inegável a importância que os grandes produtores
possuem na sociedade tanto para a evolução do nosso consumo em vários aspectos
como também para a geração de empregos, no entanto, também é inegável que o
trabalhador é cada vez mais cobrado. Chegaremos ao ponto em que realmente seremos
robotizados ao ponto de ter nossa humanidade excluída? Pareceria utopia se não
estivéssemos caminhando para isso.
Contraditoriamente, o dinheiro não é problema para empreendedores considerados
gigantes no ramo, os mesmos que cobram posturas absurdas de seus empregados que,
não raro, recebem menos do que o merecido, de fato. O trabalho que, antes, era visto
unicamente como um meio para viver uma vida confortável com a família, agora está
preso em uma visão ligada diretamente ao termo conhecido como “Corrida dos Ratos”,
onde há o ciclo infinito de TRABALHAR – GANHAR DINHEIRO – PAGAR
CONTAS – FICAR SEM DINHEIRO. É exatamente nesse ponto que toda a cobrança
sobre o operário deve ser questionada, já que, de forma comum, o rico cada vez fica
mais rico e o pobre, mesmo trabalhando incansavelmente para o rico e abrindo mão da
liberdade de tempo, retorna à estaca zero ao final de todo mês.
Em conclusão, toda evolução que cerca a história do trabalho e da vida econômica tanto
da sociedade, de modo geral, como da pessoa como ser individual, contribuiu e
continuará contribuindo de alguma forma para a construção da nossa história. Para os
dados, as pessoas são divididas em distintas classes econômicas. Para determinadas
indústrias, as pessoas são instrumentos para encher seus bolsos de dinheiro. No entanto,
pessoas são pessoas e, claro, pessoas precisam de pessoas. Dessa maneira, é melhor
viver pensando na possibilidade de o trabalho voltar a ser um meio em que todos saiam
com saldo positivo do que um meio em que uma classe é explorada(agora, de maneira
sutil) para que outra viva bem.
Luma Emanuela de Sá
Engenharia Elétrica

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