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Geo de Moc

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0

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
CENTRO DE RECURSOS DE NAMPULA
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

Actividade II (da 13ª a 24ª Unidade) da Cadeira de Geografia de Moçambique II

Atija Omar - 708184325

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Geografia de Moçambique II
Ano de Frequência: 3º Ano
Docente: Esmeraldo Arlindo Betão

Nampula, Julho de 2020


1

Licenciatura em Ensino de Geografia

Actividade II (da 13ª a 24ª Unidade) da Cadeira de Geografia de Moçambique II

Trabalho da Disciplina de Licenciatura em


Ensino de Geografia de carácter avaliativo a ser
submetido ao docente da disciplina Esmeraldo
Arlindo Betão na Universidade Católica de
Moçambique - Centro de Ensino à Distância de
Nampula.

Atija Omar - 708184325

Nampula, Junho de 2020


2

Índice
Introdução...................................................................................................................................3
1. Silvicultura em Moçambique..................................................................................................4
As Principais Espécies Florestais em Moçambique....................................................................4
Importância Económica da Silvicultura......................................................................................4
A Conservação e Protecção das Florestais..................................................................................4
2. Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos..........................................................................5
3. Indústria e suas respectivas características.............................................................................6
4. Transportes e suas peculiaridades...........................................................................................7
5. Actividade comercial..............................................................................................................8
6. Turismo e seu Impacto em Moçambique................................................................................9
7. Distrito como Pólo de Desenvolvimento..............................................................................10
8. Divida Externa de Moçambique...........................................................................................11
9. Temas de actualidade............................................................................................................12
10. Integração regional..............................................................................................................13
Conclusão..................................................................................................................................14
Bibliografia...............................................................................................................................15
3

Introdução

A presente actividade II (da 13ª a 24ª Unidade) da Cadeira de Geografia de Moçambique II,
tem em vista abordar temática ligada a Geografia de Moçambique, com destaque as
características do país no âmbito da Silvicultura; Gestão de recursos florestais e faunísticos;
Indústria e suas respectivas características; Transportes e suas peculiaridades; Actividade
comercial; Turismo e seu impacto em Moçambique; Distrito como pólo de desenvolvimento;
Divida externa de Moçambique; Temas de actualidade e a Integração regional.

O trabalho para a sua realização, baseou-se no Manual de Curso de licenciatura em Ensino de


Geografia e em diversas obras e estudos feitos disponíveis fisicamente e electronicamente que
versam sobre Moçambique.

O trabalho apresenta elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, e estrutura-se da seguinte


maneira: Capa, Contra-capa, Índice, Introdução, Desenvolvimento da temática, Conclusão e
Bibliografia.
4

1. Silvicultura em Moçambique
O termo silvicultura provém do Latim silva (floresta) e cultura (cultivo de árvores). É definida
como arte ou a ciência de manipular um sistema dominado por árvores e seus produtos, com
base no conhecimento das características ecológicas do sítio, com vista a alcançar o estado
desejado, e de forma economicamente rentável (Louman et al., 2001).

As Principais Espécies Florestais em Moçambique


Moçambique é um país rico em diversidade florestal, pois, este não se encontra em qualquer
parte do mundo. As principais espécies florestais em Moçambique são: Umbila, Mecrusse,
Tuli, Muave, Messassa, Jambire ou Panga Panga, Umbaua, Pau – Ferro, Muroto, Chanfuta,
Pau-rosa, Pinheiro, Eucalipto, sândalo.

Importância Económica da Silvicultura

Para a economia nacional as florestas têm uma grande importância. Entre os aspectos que
fazem realçar essa importância podem-se salientar o fornecimento de materiais para o sector
de construção civil, para a indústria de mobiliário, para o sector de produção de energia, para
o artesanato, entre outros sectores. A madeira constitui igualmente uma importante fonte de
divisas enquanto bem de exportação, quer no seu estado bruto, quer após ter sofrido alguma
transformação. Como é evidente, para a economia do país, é mais interessante que a madeira
seja sujeita a algum tipo de transformação, pois o processo de transformação pode significar a
criação de postos de trabalho e, consequentemente, a possibilidade de absorver mão-de-obra,
além de o produto ser mais valorizado. Em Moçambique a importância das florestas para a
população pode ser percebida através dos múltiplos produtos, bens e serviços que elas
proporcionam: protecção do solo, alimento, combustível lenhoso, material de construção,
abrigo, fonte de rendimento, entre outros. Cerca de 80% da energia consumida no país pela
população rural, peri-urbana e urbana provém das florestas, quer em forma de lenha quer já
transformada em carvão.

A Conservação e Protecção das Florestais


A gestão e a utilização racional da flora e fauna são fundamentais para o melhoramento da
vida da humanidade, pois faz: A purificação do ar; Impedimento da erosão dos solos;
Manutenção e equilíbrio da biodiversidade; Regeneração das espécies naturais;
As medidas a adoptar para a conservação e protecção de florestas são: Educação ambiental;
Protecção das áreas florestais; Criação de parques e reservas da vegetação e animais; Combate
5

as queimadas descontroladas; Repovoamento das espécies florestais em via de extinção;


Combate ao abate indiscriminado das espécies vegetais.

2. Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

Segundo Bila & Salmi (2003, p.60), Os recursos florestais e faunísticos têm uma especial
importância em Moçambique dada a sua dimensão ambiental, social e económica, pois, estes
recursos florestais e faunísticos têm sido considerados como um capital disponível que, com
baixos níveis de investimento geram divisas através da exportação para o país .

As florestas contribuem de uma maneira significativa no emprego, tanto na indústria como no


auto-emprego. Satisfaz mais de 80% das necessidades de energia doméstica e proporciona
diversos alimentos de origem animal e vegetal, produtos medicinais, materiais de construção
para as casas, celeiros e currais, utensílios domésticos, forragem, entre outros.

Em Moçambique, existem 4 Parques Nacionais e 5 Reservas de Caça cobrindo uma área de


aproximadamente 1,6 milhões de hectares, todos eles proporcionando um habitat de ampla
diversidade biológica e torna-se relevante criar condições de promoção da fauna cujo os seus
serviços ecossistêmicos, ou seja, os serviços que a natureza promocional a natureza
proporciona, a regulação do clima, da água e do ar, fertilidade dos solos e produção de
alimentos, combustível, fibras e medicamentos. Pois, os recursos florestais e faunísticos são
essenciais para manter a viabilidade da agricultura é à base de muitos processos industriais e
da produção de novos medicamentos.

A Lei nº 10/99 de 7 de Julho, a (Lei de Florestas e Fauna Bravia) é um dos principais


instrumentos legais utilizados actualmente na fiscalização de florestas e fauna bravia e cuja
Lei visa a protecção, conservação e a promoção do uso sustentável dos recursos florestais e
faunísticos.

Porém, no âmbito da conservação, gestão e fiscalização dos Recursos Florestais e Faunísticos,


o Governo promoverá a utilização racional e sustentável dos recursos florestais e faunísticos
para o benefício económico, social e ecológico da actual e Futura geração dos Moçambicanos.
Razão pela qual, o Governo aprovou a Política e Estratégia de Desenvolvimento de Florestas
e Fauna Bravia através do Programa do Governo estabelecido pela resolução 4/95 de 9 de
Maio da Assembleia da República e na Política Agrária e Estratégia de Implementação
aprovada pelo Conselho de Ministro em Outubro de 1995 aonde o executivo, promoverá o
melhoramento da protecção, maneio e uso das áreas de conservação de florestas e fauna
6

bravia, com vista a contribuir para o desenvolvimento sustentável nacional e local, uso
apropriado da terra e conservação da biodiversidade.
7

3. Indústria e suas respectivas características

Para Moore (1968, p.145), a Indústria é um sector da economia que tem agregado ao seu
conjunto as actividades produtivas caracterizadas pela transformação de matérias-primas em
mercadorias manufacturadas.

Em Moçambique as indústrias, localizam-se nas grandes cidades e centros urbanos e


geralmente estas são extractiva e a transformadora.

As Indústrias Extractivas estas dedicacam-se na exploração de recursos minerais/naturais e


produtos energéticos, estas localizam-se segundo o Ministério de Recursos Minerais e
Energéticos nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Tete e
comummente os principais minerais ou minérios são: Mármore, Grafite, Petróleo, Carvão,
Bauxite, Columbite, pedras preciosas e caulino, Areias pesadas, Bentonite, Gás natural,
Tântalo.

Enquanto, a Indústria transformadora em Moçambique é vista como a actividade que


utilizando a matéria-prima bruta ou produtos semi-elaborados procede a sua transformação e
fabricação de produtos elaborados. No nosso país, a indústria transformadora divide-se em:
Indústria ligeira (indústria de bens de uso e consumo) e Indústria pesada (base e
equipamento).

A distribuição da indústria ligeira em Moçambique:

 Indústria de açúcar – Maputo e Sofala


 Indústria alimentar e de bebidas – em todas as províncias, excepto.
 Indústria de calçado e outros artigos de vestuário – Maputo, Sofala, Manica e
Zambézia.
 Indústria tabaqueira – Maputo, Sofala e Tete.
 Indústria de descaroçamento de algodão e desfibramento de sisal – Sofala, Cabo
Delgado, Niassa e Inhambane.
A distribuição da indústria pesada em Moçambique:

 Indústria de produtos minerais não metálicos – províncias de Maputo, Sofala,


Nampula e Zambézia.
 Indústrias químicas – província de Maputo, Sofala e Tete.
 Indústrias metalúrgicas de base – província de Maputo.
 Indústrias de materiais de construção – Cabo Delgado, Zambézia, Nampula, Niassa e
Maputo.
 Indústrias de construção de meios de transporte – Maputo, Sofala, Tete e Nampula.
 Indústrias de pesca – Maputo, Inhambane, Sofala e Nampula.
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4. Transportes e suas peculiaridades

Para UCM (2016, p.93), entende-se por transporte, o movimento de pessoas e mercadorias
de um local para o outro. Assim, Transporte é um conjunto formado pelos meios circulantes,
vias de comunicação e todo o mecanismo que assegura o seu funcionamento.
Os principais tipos de transportes e comunicações sao: Transportes terrestres (ferroviários,
rodoviários); Transportes aquáticos (marítimos, fluviais e lacustres); Transportes aéreos
(aviões, helicópteros, balão sonda, supersónicos,) e Transportes invisíveis (oleodutos,
gasedutos e aquedutos).

O sector dos transportes tem um papel determinante nas sociedades contemporâneas


influenciando a vida das populações de forma tanto directa como indirecta. A importância dos
transportes, não se restringe apenas as deslocações de pessoas e bens. Funcionam sim, como
um motor da economia, aproximando e desenvolvendo regiões e países pelo que eles foram
sempre importantes não só pelos seus efeitos económicos mas também para os cursos sociais
e políticos (Hance, 1958, p.86).

Em Moçambique, o sistema ferroviário foi desenvolvido ao longo de mais de um século a


partir de três portos diferentes no Oceano Índico que serviram como terminais para linhas
separadas para o interior. Assim, constituem três portos principais e suas importantes linhas
férreas que o liga aos países do Interland, sendo na zona norte o porto de Nacala, na zona
centro o porto da Beira e na zona sul o porto do Maputo.

Em Moçambique, o sector de transportes tem extrema importância para o desenvolvimento


económico dos países uma vez que cria sinergias e potencia diferentes ramos de actividades.
Assim, a importância dos transportes e comunicações é que estes são: Um meio de
globalização; Reduz a distância entre diferentes lugares e pessoas; Reduz o tempo entre
diferentes lugares e pessoas; Permite o transporte de pessoas e bens entre diferentes países;
Permite a ligação entre lugares de produção e de consumo; Permite a importação e exportação
de produtos dos países do interland; Estimula o desenvolvimento de outros sectores
económicos; Permite a difusão de ideias, tecnologias e culturas de diferentes países; Permite a
redução de assimetrias (diferenças) entre o campo e cidade e em entre diferentes lugares.
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5. Actividade comercial

Cretella Júnior (201 3, p. 1 2), O comércio de bens e de serviços existe desde a antiguidade,
quando as pessoas realizavam trocas comerciais, ou seja, trocavam mercadorias entre si como
forma de pagamento, pois não existia na época, dinheiro em espécie.

Actividade Comercial em Moçambique, ganha um grande ímpeto com a chegada dos


comerciantes provenientes da Ásia, Arábia e Europa costa Moçambicana e através dos
entrepostos comerciais os excedentes agrícolas dos camponeses passaram a ser
comercializados em troca de moeda e com este valor de troca adquiriam bens de consumo
industrializados em cujo valor era nalgumas vezes inferior ao dos seus produtos.
Actualmente o comercio afigura-se como um sector importante de troca e aquisição de
produtos do dia-a-dia, quer por parte do sector familiar abastecido pelas zonas urbanas quer
por parte do sector industrial e ou para exportação.

Em termo de exportações e Importações, caracteriza-se da seguinte maneira: as importações


de Moçambique não eram muito diversificadas e consistiam basicamente de produtos
acabados, merece da participação de matérias-primas. Enquanto, as exportações foram
marcadas por uma especialização de 8 produtos, dos quais 7 eram agrícolas e o outro
resultava da transformação de crude importado, e estes produtos constituíam mais de 81% dos
resultados comerciais da época.

Os produtos mais exportados em Moçambique:


 Sementes e amêndoa preparada da castanha de caju;
 Chá, Algodão e Madeira
 Oleaginosas (frutos, óleos)
 Açúcar incluindo o melaço;
 Derivados de Petróleo (combustíveis e asfalto);
 Sisal (Fibras e cordas).
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6. Turismo e seu Impacto em Moçambique

O Turismo é um conjunto de actividades desenvolvidas pelas pessoas ao longo das viagens,


estaladas em locais de fora de seu enquadramento por um período consecutivo, com ou sem
um fim lucrativo.

Moçambique possui um potencial turístico baseado nos ricos e ainda por explorar recursos
naturais, uma cultura diversificada com um povo hospitaleiro. A combinação do turismo de
praia tropical ao longo da imensa costa, com a vida cosmopolita das nossas cidades, a
incomparável e rica diversidade de flora e fauna assim como o magnífico mosaico cultural,
oferecem uma plataforma sustentável para um destino turístico incontestável.

Moçambique esta dividido em três regiões geográficas (norte, centro e sul) e cada uma
apresenta características geofísicas, desenvolvimento socioeconómico e perfis turísticos
diferentes e as distâncias entre elas são significativas. Alguns pontos turísticos em
Moçambique são: As Ilhas de Moçambique (declarado património mundial da humanidade
pela UNESCO) e do Ibo, Arquipélago das Quirimbas, Reserva do Niassa, Parque Nacional de
Gorongosa, Reserva de Marromeu, Reserva de Gilé As praias de Bilene, Ponta de Ouro.

O sector do turismo é impulsionador e contribui para o desenvolvimento da economia de


Moçambique pós: Fortalece as inter-relações económicas domésticas; Promove a educação e
desenvolve a diversidade cultural; Contribui na reabilitação, conservação e protecção do
património nacional; Fornece oportunidades para as médias e micro empresas; Encoraja a
participação activa na planificação de actividades.

Os problemas ambientais causados por esta actividade em Mocambique destaca-se: Ocupação


desregrada do espaço através de construção de infra-estruturas em locais impróprios,
sobretudo nas dunas móveis, das praias localizadas na zona sul de Moçambique; Destruição
pela erosão e o consequente impacto negativo no meio ambiente e no habitat de diversos
animais como a tartaruga e aves; Circulação de viaturas a alta velocidade ao longo de praias
destrói recifes de coral, altera o equilíbrio natural do local, impedindo deste modo a
estabilização das dunas.
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7. Distrito como Pólo de Desenvolvimento

Pólo de desenvolvimento na visão de Perroux (1967), define-o como uma unidade económica
motriz ou um conjunto formado por várias dessas unidades. Uma unidade simples ou
complexa, uma empresa, uma indústria, um complexo de indústrias e dizem-se motrizes
quando exercem efeitos de expansão por intermédio de preços, fluxos, informações sobre
outras unidades que com elas estão em relação. Para este autor, Pólo de Desenvolvimento é
uma agregação de indústrias propulsoras, geradoras de efeitos de difusão e que tenham
influência directa no aumento do emprego, trazem mudanças e fazem crescer a região.

O governo moçambicano no seu esforço de combate a pobreza absoluta e a melhoria dos


níveis de bem-estar social, através da promoção do desenvolvimento económico e social,
definiu o Distrito como Pólo de Desenvolvimento, numa clara estratégia de reduzir as
assimetrias no desenvolvimento nacional e aumentar a produtividade interna nos distritos, e
desta forma ter o pais inteiro em condições para reduzir e erradicar a pobreza absoluta e ao
mesmo tempo que se reduziria a dependência externa.

Neste sentido, o governo moçambicano alocou recursos financeiros aos governos distritais,
“Sete Milhões” para áreas sociais como a educação, saúde, estradas, agua e saneamento para
desenvolver planos de acção muito concretos que facilite a operação de todos factores que
determinam o crescimento económico.

Assim através do Fundo Distrital de Desenvolvimento desviasse: Incentivar o empresariado


local, associações de camponeses para incrementar a produção e produtividade no sector
agrícola familiar; Apoiar na reconstrução de infraestruturas sociais, como hospitais, escolas,
estabelecimentos comerciais, bancas, entre outros; Apoiar na criação de micro empresas,
pequenos negócios, criação de novos postos de trabalho, incentivando o auto emprego como
factor impulsionador da participação da população na redução da pobreza absoluta; Promover
programas de formação profissional de quadros que possam responder as necessidades locais;
Aos jovens criar oportunidades de emprego ou criar o seu próprio emprego, trabalhando por
conta própria.
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8. Divida Externa de Moçambique

De forma genérica, entende-se por dívida, uma quantia emprestada acrescida de juros, com
uma previsão de pagamento futuro. Tendo em conta a residência dos agentes envolvidos na
contratação dos empréstimos distinguem-se duas categorias de dívida: dívida interna ou
dívida externa.

Segundo a Lei 9/2002 define a Dívida Pública Externa como: “aquela que é contraída pelo
Estado com outros Estados, organismos internacionais ou outras entidades de direito público
ou privado, com residência ou domicílio fora do País, e cujo pagamento é exigível fora do
território nacional”.

Divida externa, é entendida como sendo aquela que é devida por um pais a estrangeiros, uma
divida que envolve a diminuição de recursos disponíveis pelos cidadãos dum pais devedor
(Samuelson, p.650).

Os principais credores de Moçambique são: A SADC, Estados Unidos da América, União


Europeia, o Banco Mundial, FMI, Clube de Paris e outros de menor expressão económica.

O governo de Moçambique está empenhado em conseguir acordos de cancelamento ou


redução da divida com os actuais credores. Moçambique tem assumido graves dívidas externa
através de compra de armamento para proteger contra opressões externas, equipamento
agrícola para aumentar a produtividade, devido as Calamidades naturais, aumento das taxas
de juro internacionais de exportações.

Os recursos que o pais aplica para o pagamento do serviço da divida poderia contribuir para a
melhoria da quantidade e qualidade de serviços sociais e outros investimentos que poderia
ajudar a melhorar as condições de vida da população.
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9. Temas de Actualidade

O PARPA é o plano de acção para a redução da pobreza absoluta em Moçambique. A redução


de pobreza e melhoria dos níveis de bem-estar social, através da promoção do
desenvolvimento económico e social, constitui um objectivo central nas políticas públicas. O
PARPA é, portanto, um referente que se reflecte no Plano Económico e Social e no
Orçamento do Estado.

Em Moçambique, os principais factores da pobreza são: Elevadas taxas de analfabetismo,


principalmente entre as mulheres; Baixos índices de produtividade no sector agrícola familiar,
de onde provem os rendimentos de mais de 80% da população; Fraca disponibilidade de infra-
estruturas básicas nas zonas rurais (estradas, energia, água e telecomunicações e outras) são
simultaneamente causa ou consequência, quer da pobreza quer do desemprego

O Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta 1999-2005 (PARPA I) que


contribuíram para a transformação radical do pós-guerra foram: A paz e a recuperação
económica, ambas associadas, a transição para uma economia de mercado e a estabilidade
macroeconómica. Enquanto, o objectivo do PARPA II (2006-2009) foi o de reduzir a pobreza
em Moçambique para 45 % em 2009 de 54 % em 2003 (a última avaliação da pobreza foi
realizada em 2003).

Os PARPA II Pilares e os seus objectivos:


 Consolidação da unidade nacional, paz, justiça e democracia;
 Confrontação da corrupção, da burocracia excessiva e do crime;
 Reforçar a soberania e a cooperação internacional;
 O desenvolvimento harmonioso do país;
 Expandir e melhorar os níveis de ensino;
 Melhorar e expandir o acesso aos cuidados de saúde;
 Melhorar e expandir o acesso à água potável e saneamento adequado;
 Promover e consolidar a auto-estima na mente dos cidadãos;
 Aumentar a consciencialização sobre a importância de uma cultura que valoriza o
trabalho, o entusiasmo, a honestidade, a responsabilidade; e
 Ajudar os jovens moçambicanos a descobrir as suas potencialidades e capacidades
criativas e empreendedoras, bem como a expressar o seu espírito de voluntarismo.
 Desenvolvimento rural;
 Promover o desenvolvimento da comunidade empresarial nacional; e
 Criar um ambiente favorável ao investimento.
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10. Integração regional

A integração regional, refere-se ao movimento para estabelecer ligações entre os estados e em


meio a um grupo de países dentro de um determinado espaço geográfico, motivado
pelos interesses comuns e compartilhados para cooperação nas áreas de comércio e outros
sectores económicos, com vista a alcançar uma zona de livre comércio e subsequentemente
estabelecer uma união alfandegária.

A integração regional facilita as relações económicas entre países, a liberalização dos


mercados que se manifesta na redução de tarifas entre os países do bloco (áreas de tarifas
preferenciais), uma união monetária onde todos os residentes nos países do bloco podem
realizar qualquer transacção sem controlo ou restrição, um comércio livre nos mercados
regionais e com uma eliminação de tarifas.

A integração regional tem ganhos, mas também tem custos, ela se apresenta actualmente
como alternativa para o desenvolvimento económico e social. O nosso país tem um grande
potencial a disponibilizar neste processo nas áreas dos portos e caminhos-de-ferro, energia,
turismo e outros.

Constituem os seguintes contributos de Moçambique na integração regional:


 Poderá melhorar o comércio fronteiriço;
 Poderá reduzir a fuga ao fisco e incremento dos países vizinhos que o ratificam.
 Maior eficiência na alocação de recursos
 A eliminação de tarifas aduaneiras poderá baixar os preços
 Poderão aumentar as importações como resultado da liberalização do comércio;
 Fomentar a industrialização;
 Contribuir para o melhoramento do ambiente favorável ao investimento nacional,
transfronteiras e estrangeiro;
 Aumentar a competitividade benefícios para o consumidor.

Contudo, os reiais contibuto da integração económica de diversas economias nacionais, ao


abolir as barreiras aduaneiras intra-regionais, provoca uma alteração nos preços dos produtos.
A liberalização do comércio dentro da área integrada faz com que a razão de troca entre as
mercadorias do parceiro e as mercadorias nacionais deixe de estar distorcida pelo direito
aduaneiro.
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Conclusão

Moçambique é doptado de ricos e extensos recursos naturais. A economia do país é baseada


principalmente na agricultura, mas o sector industrial, principalmente na fabricação de
alimentos, bebidas, produtos químicos, alumínio e petróleo, está crescendo. O sector de
turismo do país também está em crescimento. Apos a realização do trabalho, chegou-se a
conclusão de que Moçambique é um país em via de desenvolvimento com vários recursos e
potencialidades em diversos ramos como na agricultura, industria e comercio, cultura e
turismo, transporte e comunicações, sendo nesses aspectos como um dos principais elementos
para o desenvolvimento socioeconómico do país.
16

Bibliografia

Bila, A & Salmi, J (2003). Fiscalização de florestas e fauna bravia em Moçambique


Passado, presente e acções para melhoramento. MINAG, DFID, IIED. Maputo. 60p.

Cretella, J. Conceito de Comercio. Disponível em: http<www.ucg.br (http://www.ucg.br)>


Acesso em 10 de Junho de 2013

Hansen, W.G. 1958. “How Accessiblity Shapes Land Use.” Journal of the American
PlanningInstitute, Vol. 25, pp. 73-76.

Louman, B.; David, Q.e Margarita, N. (2001). Silvicultura de Bosques Latifiliados Húmidos
com ênfases em América Central. CATIE. Turrialba, Costa Rica. 265p.

Ministérios da Finanças, Administração Estatal e Planificação e Desenvolvimento (2010).


Manual de Procedimentos do FDD. Maputo.

Moore,W. (1968). O impacto da indústria: modernização de sociedades tradicionais.


Tradução: Edmond Jorge. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

Republica de Mocambique. Lei Nº 9/2002, de 12 de Fevereiro – Lei de SISTAFE

Universidade Católica de Moçambique (2016). Manual de Curso de licenciatura em Ensino


de Geografia – 3o ano Geografia de Moçambique II

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