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Albano Macie

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3

Índice

INTRODUÇÃO................................................................................................................4

Objectivos..........................................................................................................................4

Geral..................................................................................................................................4

Metodologia.......................................................................................................................4

1.CONTRATO ADMINISTRATIVO...............................................................................5

1.1 Noções basicas............................................................................................................5

1.2 Regime Jurídico.........................................................................................................6

1.3 Equilíbrio Econômico e Financeiro:............................................................................7

1.4 Modalidades de contratação....................................................................................7

1.5 Principais Espécies de Contratos Administrativos.....................................................8

1.6 A Formação do Contrato Administrativo...............................................................9

1.7 Prerrogativas do Contratante....................................................................................11

1.8 A Execução do Contrato Administrativo..............................................................11

1.9 Exigências de Garantia..............................................................................................12

2. A nulidade dos contratos administrativos....................................................................12

2.1. A Extinção do Contrato Administrativo...................................................................14

2.2. CONCLUSÃO..........................................................................................................15

Bibliografia......................................................................................................................16
4

INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa da cadeira de Direito administrativo II, aborda o tema
inerente a  contratos administrativos que se enquadram no conceito geral de um acordo
de vontade que gera direitos e obrigações para ambas as partes.
Normalmente, a Administração Pública actua por via de autoridade e toma decisões
unilaterais, isto é, prática actos administrativos: o acto administrativo é o modo mais
característico do exercício do pode administrativo, é a forma típica da actividade
administrativa.

Muitas vezes, porém, a Administração Pública actua de outra forma, desta feita em
colaboração com os particulares, usando a via do contrato, que é uma via bilateral, para
prosseguir os fins de interesse público que a lei põe a seu cargo. Isso significa que, estes
casos, a Administração Pública, em vez de impor a sua vontade aos particulares,
necessidade chegar a acordo com eles para obter a sua colaboração na realização dos
fins administrativos.
 
Temos a referir que no trabalho só citamos artigos do Decreto nº 5/2016 de 8 de Março,
que aprova o Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas,
Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado.

Objectivos
Geral
 Conhecer as fases dos contratos administrativos
Específicos
 Analisar as fases dos contratos, e criterios administrativos;
 Identifica as fases dos contratos administrativos;
 Descrever as fases de fiscalizacao dos contratos administrativo. contractos
administrativos;
Metodologia
A metodologia é o conjunto de técnicas e processos utilizadas para realização de um
trabalho, neste caso especifico o trabalho académico, para a realização do presente
trabalho foi me possível o uso da metodologia de pesquisa qualitativa, onde pude partir
5

da consulta de diversos manuais, bibliografia, provenientes da internet, em algumas


bibliotecas virtuais e manuais físicos e a sua possível leitura e analise resultou na
realização do presente trabalho.

1.CONTRATO ADMINISTRATIVO

1.1 Noções basicas

Constitui um processo próprio de agir da Administração Pública que cria, modifica ou


extingue relações jurídicas, disciplinadas em termos específicos do sujeito
administrativo, entre pessoas colectivas da Administração ou entre a Administração e os
particulares.

Contrato administrativ ou contrato público  é o instrumento dado à administração


pública para dirigir-se e actuar perante seus administrados sempre que necessite adquirir
bens ou serviços dos particulares.  
O contrato administrativo há-de definir-se em função da sua subordinação a um regime
jurídico de Direito Administrativo: serão administrativos os contratos cujo o regime
jurídico seja traçado pelo Direito Administrativo; serão civis ou comerciais os contratos
cujo regime jurídico seja traçado pelo Direito Civil ou Comercial.
 
Aí se escreve que o contrato administrativo
é o acordo de vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma relação
jurídico-administrativa. Resta saber se deve entender por relacao juridica do Direito
administrativo.
É aquela que confere poderes de autoridade ou impõe restrições de interesse público à
Administração perante os particulares, ou que atribui direitos ou impõe deveres públicos
aos particulares perante a Administração.

Os Concurso Público é a modalidade de contratação na qual pode intervir todo e


qualquer participante interessado, desde que reúna os requisitos estabelecidos nos
Documentos do Concurso.
6

1.2 Regime Jurídico

O regime jurídico dos contratos administrativos é constituído quer por normas que
conferem prerrogativas especiais de autoridade à Administração Pública, quer por
normas que impõe à Administração Pública especiais deveres ou sujeições que não têm
paralelo no regime dos contratos de Direito Privado.Nos termos do artigo n º 4 do
Decreto nº 5/2016 de 8 de Março.
O Regulamento prevê três regimes jurídicos de contratação distintos, a saber: o Regime
Geral; o Regime Especial; e o Regime Excepcional.

Importa referir que as contratações feitas ao abrigo do Regime Excepcional regem-se,


subsidiariamente, pelas normas do Concurso Público previstas no Regulamento.

Legalmente o contrato administrativo em Moçambique é regulado pelo Decreto nº


5/2016 de 8 de Março (Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas,
Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado), onde encontramos todos os
aspectos referentes a estes, desde o lançamento do concurso até a cessação dos
contratos1.

Nos o artigo 107 do Decreto nº 5/2016, de 8 de Março diz que Os contratos regulados
pelo presente Regulamento têm natureza administrativa.

Principio do contrato Administrativo


O Regulamento define as principais regras aplicáveis à contratação de empreitada de obras
públicas, fornecimento de bens e prestação de serviços ao Estado, nestas se incluindo os
serviços de consultoria e atribuição de concessões. O Regulamento consagra os tradicionais
princípios de Direito Público norteadores da actuação da Administração Pública, a qual deve
sempre actuar de acordo com os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade,
proporcionalidade prossecução do interesse público, transparência, igualdade e
publicidade.
O Regulamento aplica-se a todos os órgãos e instituições do Estado e é extensível aos
escalões mais baixos que tiverem uma tabela orçamental para executar, incluindo as

1
Decreto n°5/2016 de 8 de Março
7

Autarquias e Empresas do Estado (nestes caso, todas aquelas em que o Estado tiver uma
participação de 100%). Em termos formais, todos os documentos inerentes à
contratação devem ser redigidos em língua portuguesa, podendo, no entanto, a Entidade
Contratante determinar a divulgação 2simultânea noutra língua, prevalecendo porém
sempre a versão em língua portuguesa. Às contratações que tenham por objecto,
simultaneamente, uma empreitada de obras públicas, um fornecimento de bens e uma
prestação de serviços e locação, aplica-se o regime do Regulamento que estiver previsto
para a parte do objecto do contrato que tenha maior expressão económica.

1.3 Equilíbrio Econômico e Financeiro

Nos contratos administrativos, os direitos dos contratados estão basicamente voltados


para as chamadas cláusulas econômicas.
O contratado tem o direito à manutenção ao longo da execução do contrato, da mesma
proporcionalidade entre encargos e vantagens estabelecida no momento em que o
contrato foi celebrado. Por isso, se a Administração alterar cláusulas do serviço,
impondo
mais gastos ou ônus ao contratado, deverá, de modo correlato, proporcionar
modificação
na remuneração a que o contratado faz jus, sob pena do contratado reclamar
judicialmente pleiteando o equilíbrio econômico financeiro, que é a manutenção da
comutatividade na execução do contrato (equivalência entre as prestações –
comutativo)3

1.4 Modalidades de contratação

A contratação é feita através de concurso público Artigo 44 do mesmo Decreto, que é a


modalidade de contratação na qual pode intervir todo e qualquer participante
interessado, desde que reúna os requisitos estabelecidos nos Documentos de Concurso.
 O Concurso Público observa, pela ordem indicada, as seguintes fases:
a) preparação e lançamento;
b) Recepção das propostas e dos documento de qualificação;
c) Abertura das propostas e dos documento de qualificação;
2

3
Doutria
8

d) Avaliação classificação e recomendação do júri;


e) Anúncio do posicionamento dos concorrentes;
f) Adjudicação, Cancelamento ou Invalidação; e
g) Notificação aos concorrentes;
h) Reclamação e Recurso; e 4
i) Celebrabração do contrato.5

Relativamente aos critérios de avaliação – vulgo critérios de adjudicação – importa


assinalar que o critério regra é o do “menor preço”. Consequentemente, em geral, a
proposta de mais baixo preço é a Proposta escolhida para efeitos de adjudicação. Em
caso de empate, a classificação final das Propostas é apurada por “sorteio em sessao
pública, nos termos do artigo n°39 do presente Regulamento.

1.5 Principais Espécies de Contratos Administrativos

De tantas espécies de contratos administrativos que encontramos na nossa pesquisa


achamos que são as principais as seguintes˸

a) Empreitada de obras públicas: é o contrato administrativo pelo qual um


particular se encarrega de executar uma obra pública, mediante retribuição a
pagar pela Administração;
 
b) Concessão de obras públicas:é o contrato administrativo pelo qual um particular
se encarrega de executar e explorar uma obra pública, mediante retribuição a
obter directamente dos utentes, através do pagamento por estes de taxas de
utilização;
 
c) Concessão de serviços públicos:é o contrato administrativo pelo qual um
particular se encarrega de montar e explorar um serviço público, sendo
retribuído pelo pagamento de taxas de utilização a cobrar directamente dos
utentes.
 

4
Decreto n°5/2016 de 8 de Março
5
Decreto n°5/2016 de 8 de Março
9

d) Concessão de uso privativo do domínio público:é o contrato administrativo pelo


qual a Administração Pública faculta a um sujeito de Direito Privado a utilização
económica exclusiva de uma parcela do domínio público para fins de utilidade
pública;

e) Concessão de exploração de jogos de fortuna e azar˸  é o contrato


administrativo qual um particular se encarrega de montar e explorar um casino
de jogo, sendo retribuído pelo lucro auferido das receitas dos jogos;
 
f) Fornecimento contínuo: é o contrato administrativo pelo qual um particular se
encarrega, durante um certo período, de entregar regulamente à Administração
certos bens necessários ao funcionamento regular de um serviço público6
g)  Prestação de serviços: abrange dois tipos completamente diferentes um do
outro: contrato  de transporte é o contrato administrativo pelo qual um
particular se encarrega de assegurar a deslocação entre lugares determinados de
pessoas ou coisas a cargo da Administração; e contrato de provimento, é o
contrato administrativo pelo qual um particular ingressa nos quadros permanente
da Administração Pública e se obriga a prestar-lhe a sua actividade profissional
de acordo com o estatuto da função pública.
Neste sentido,(Caetano,1983 p.659) escreve: Ha duas maneiras de fazer provimento
de um agente administrativo por contrato: ou se celebra um contrato civil (contrato de
trabalho) quando o agente se obriga sua actividade profissional a uma pessoa colectivo
do direito publico sob as ordens e direccao dos respectivos orgaos mas sem submissao
ao estatuto legal da funcao publica. Por outro temos contratos de provimento que se da a
um particular a qualidade de agente administrativo embora nao a de funcionario.7

1.6 A Formação do Contrato Administrativo

Na formação de contratos administrativos encontramos as regras que versam sobre os


elementos essenciais do contrato administrativo ou seja a competência para contratar, a
6
Decreto n°5/2016 de 8 de Março

7
Caetano.Marcello(1983). Agentes administrativos. Manual de Direito Administrativo.Vol.II
10

obtenção do mútuo consenso em que o contrato administrativo se traduz, a autorização


das despesas públicas a realizar através do contrato, e a forma e formalidades de
celebração do contrato administrativo.
A escolha dos particulares está sujeita a normas muito restritivas. Pode ser feita através
de ajuste directo, concurso limitado ou concurso público.
 
A regra geral é que todo o contrato administrativo tem de ser celebrado precedendo
concurso público, salvo se a lei autorizar outro processo.

A liberdade contratual da Administração Púbica não é limitada somente pelas regras


legais relativas à escolha do contraente privado: também a liberdade de conformação do
conteúdo da relação contratual está condicionada pela proibição da exigência de
prestações desproporcionadas ou que não tenham uma relação directa com o objecto do
contrato.

Os contratos administrativos estão sujeitos à forma escrita ( art. 11 do Decreto 5/2016


de 8 de Março).8

Acontece muitas vezes que as leis administrativas prevêem a figura da


 adjudicação.
 Esta é um acto administrativo: trata-se do acto pelo qual o órgão competente escolhe a
proposta preferida e, portanto, selecciona o particular com quem pretende contratar. A
adjudicação é assim, um acto administrativo, ou seja, um acto jurídico unilateral, ao
passo que o conteúdo é um acto  jurídico bilateral, um acordo de vontades.
 
Contratos administrativos aponta alguns aspectos que devem compor as cláusulas
essenciais: ( art. 112 do Decreto 5/2016 de 8 de Março).

a) Identificação das partes contratantes;


b) Objecto do contrato, devidamente individualizado;
c) Prazo de execução da obra, fornecimento de bens ou prestação de serviços, com
indicação das datas dos respectivos início e termo;

8
Decreto n°5/2016 de 8 de Março
11

d) Garantias relativas à execução do contrato, quando exigidas;


e) Forma, prazos e demais cláusulas sobre o regime de pagamento;
f) Encargo total estimado resultante do contrato;
g) Sanções aplicáveis em caso de falta de cumprimento;
h) O foro judicial ou outro, para a solução de qualquer litígio emergente do contrato,
seja na sua interpretação, ou na sua execução;
i) A inclusão obrigatória de uma cláusula anti-corrupção; e  
j) Outras condições que as partes considerem também essenciais à boa execução do
contrato9

Finalidades dos contratos administrativos

Os contratos administrativos tem por finalidade unica o atendimento do interesse


publico, esta caracteristica esta presente em todos actos e contratos da administracao
publica.

1.7 Prerrogativas do Contratante

O Artigo 116 do mesmo Regulamento versa que a Entidade Contratante tem a


prerrogativa de:
 
a) Rescindir unilateralmente o contratos;
b) Fiscalizar a execução do contrato,directamente ou por fiscal por si contratado;
c) Suspender a execução do contrato; e
d) Aplicar as sanções pela inexcecução totalou parcialdo contrato.10

1.8 A Execução do Contrato Administrativo

A administração surge sobretudo investida de poderes de autoridade,de que os


particulares não beneficiam no âmbito dos contratos de Direito Privado que entre si
celebraram.
 

9
Decreto n°5/2016 de 8 de Março

10
Decreto n°5/2016 de 8 de Março
12

Os principais poderes de autoridade de que a Administração beneficia na execução do


contrato administrativo são três:
a) O poder de fiscalização: consiste no direito que a Administração Pública tem, como
parte pública do contrato administrativo, de controlar a execução do contrato para evitar
surpresas prejudiciais ao interesse público, de que a Administração só viesse,
porventura, a aperceber-se demasiado tarde;
 
b) O poder de modificação unilateral: decorre da variabilidade dos interesses
públicos prosseguidos com o contrato e tem correspondência no dever de manutenção
do equilibro financeiro do contrato, dever que dita, em condições normais, o aumento
das contrapartidas financeiras do co-contratante privado
 
c) O poder de aplicar sanções: ao contraente particular, seja pela inexecução do
contrato, seja pelo atraso na execução, seja por qualquer outra forma de execução
imperfeita, seja ainda porque o contraente particular tenha trespassado o contrato para
outrem sem a devida autorização da Administração.

As duas modalidades mais típicas são a aplicação de multas e o sequestro,quando o


contraente abandone o exercício da actividade que foi encarregado pelo contrato
administrativo, a Administração tem o direito de assumir o exercício dessa actividade e
as obrigações do particular relativamente ao contrato, ficando a cargo do contraente
particular todas as despesas que a Administração fizer enquanto essa situação durar. 
 
1.9 Exigências de Garantia 

A Administração ou a Entidade Contratante deve exigir que a Contratada preste garantia


definitiva adequada ao bom e pontual cumprimento das suas obrigações que foram
previstas na celebração do contrato (artigo 103 do decreto lei 5/2016).
Todavia, não é permitido o pagamento de adiantamento sem apresentação de garantia
no 11mesmo valor.
2. A nulidade dos contratos administrativos

11
Celso Antonio Bandeira de Mello(2009.p.319)
13

É comum observarmos os Órgãos Juridicas julgarem casos comprovados de fraudes e


ocorrências da prática de acto de improbidade administrativa onde, muitas vezes, os
condenados juridicamente não devolvem aos cofres públicos os valores recebidos,
valores estes considerados “enriquecimento ilícito” ou mesmo “sem causa” vindo a
causar rev
olta aos cidadãos comuns que somente assistem de camarote pela mídia os diversos
Contratos Administrativos celebrados diariamente que possuem algum indício de
irregularidade.
 O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, ou seja, enriquecimento ilícito é
amplamente discutido, tanto no âmbito do direito privado, como também no direito
administrativo, sempre com olhar voltado ás partes contratantes, seja o Estado ou
mesmo o particular, para que não haja locupletamento ilícito de uma das partes
envolvidas no Contrato Administrativo, segundo leciona Celso Antônio Bandeira de
Mello (2009,p.319): Uma vez que o enriquecimento sem causa é um princípio geral do Direito  e,
não apenas   princípio alocado em um de seus braços: público ou privado -,
evidentemente também se aplica ao direito administrativo.”

A atitude de má-fé das partes subjetivas do Contrato Administrativo, seja do Estado ou


terceiro, nos casos comprovados de fraudes e ocorrências da prática de ato de
improbidade administrativa pode ser considerada, no mínimo, imoral, visto que não se
pode aceitar pacatamente tal ação sem que haja uma forte reação por parte dos
governados, dos Órgãos de fiscalização e consequentemente dos Órgãos Juridicas.
 
O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa nos Contratos Administrativos,
conjugado, ou seja agregado ao princípio da equidade e ao principio da moralidade, não
 “acoberta”, ou seja não dá legalidade, nos contratos administrativos, a indenização a
particular que, usando de meios comprovadamente ilícitos, der causa à nulidade do
contrato.
Por outro lado, quando lembramos que o contrato administrativo é considerado um
típico contrato de adesão, posto diante da parte contratante (particular) confeccionado
integralmente pela Administração, dificilmente a nulidade do contratual será atribuída
exclusivamente à culpa do contratado sem que a Administração não tenha concorrido
para a nulidade. E, configurada a culpa concorrente de ambas as partes, entendemos
14

cabível a indenização proporcional, correspondente apenas ao custo do serviço ou bem


que contratou, sem incluir a parcela remuneratória prevista no contrato.
 

2.1. A Extinção do Contrato Administrativo


 
A lei prevê que os contratos cessam:
a) Pelo integral cumprimento das obrigações da Entidade Contratante e da Contratada;
b) Por mútuo acordo entre a Entidade Contratante e a Contratada; e
c) Por rescisão unilateral fundamentada em incumprimento de obrigações contratuais.

A cessação do contrato por mútuo acordo ou por rescisão unilateral é obrigatoriamente


feita por escrito. art. 125, alinha b e c do presente Regulamento nos aponta quais são as
causas da rescisão contratual unilateral.
A doutrina nos aponta que para além das causas normais de extinção do contrato
administrativo, designadamente por caducidade ou termo, há duas causas específicas:

 a) A rescisão do contrato a título de sanção: que se verifica quando o contraente


particular não cumpre, ou não cumpre rigorosamente, as cláusulas do contrato: aí a
Administração tem o direito de rescindir o contrato, a título de aplicação duma sanção
ao contraente faltoso.
 
 b) O resgate: que se verifica sobretudo nas concessões. Consiste no direito que a
Administração tem, antes de findo o prazo do contrato, de retomar o desempenho das
atribuições administrativas de que estava encarregado o contraente particular, não como
sanção, mas por conveniência do interesse público, e mediante justa indemnização.
15

2.2. CONCLUSÃO

No final deste trabalho eu como estudante conclui que o contrato administrativo é um


ajuste celebrado entre a Administração Pública e terceiros para consecução de objetivos
de interesse público, regido por normas de Direito público. A principal distinção entre
os contratos de direito privado e os contratos administrativos é que nesses, a
Administração Pública tem prerrogativas, consubstanciadas nas chamadas de cláusulas
exorbitantes, que caracterizam a preponderância do interesse público, a posição de
superioridade da Administração em relação ao contratado.
 
O contrato administrativo é exigido na prestação de serviços públicos e na utilização
privativa de bem público, tem como característica a presença da administração como
Poder Público, visando sempre através do instrumento contratual a consecução de uma
finalidade pública.

Pelo principio do âmbito de aplicação do regime de contratação aplicável à fase de


formação do contrato, a Administração Pública em sentido orgânico e veio a aplicar-se à
generalidade dos contratos celebrados por qualquer entidade formalmente privada
dotada de uma conexão com a Administração Pública dando origem ao conceito de
contrato público este fenómeno culminou na sujeição transversal da formação e da
execução dos contratos públicos a um regime de Direito Administrativo.
16

Bibliografia

CAETANO, Marcello. Manual de Direito Administrativo - Vol. I. Coimbra. Almedina.


10ª edição. 2010. CAUPERS, João. Introdução ao Direito Administrativo. Lisboa.
Âncora Editora. 2000. Para esta matéria recomenda-se a leitura das páginas 165 205.
MACIE,
 Albano. Lições de Direito Administrativo. Vol. I. Maputo. Escolar Editora. 2012. Obra
bastante didáctica, que dá enfoque à realidade jurídica moçambique. Para esta matéria
recomenda-se a leitura das páginas 65 a 96. Também ler as páginas 137 a 183 que
explicam os princípios informadores do Direito Administrativo.
 - Aprova as Normas de Funcionamento dos serviços da Administração Pública.
Lei nº 14/2011 de 10 de Agosto
 
 Regula a Formação da Vontade da Administração Pública, estabelece as normas de
defesa dos direitos e interesses dos particulares.
Lei nº 7/2012, de 08 de Fevereiro

Doutrina:
DIAS, Eduardo Rocha. Sanções Administrativas Aplicáveis a Licitantes e
Contratados,São Paulo: Dialética, 1997.
 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 13ª ed. São Paulo: Atlas,
2001.
 
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. Ed. Saraiva: São Paulo, 1995.
 
Legislação:
Decreto nº 5/2016 de 8 de Março

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