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Projeto Idade de Ouro - Idosos

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GRUPO IDADE DE OURO

Navirai, 01 de Dezembro de 2016

I. IDENTIFICAÇÃO
1.1 Nome do Projeto: Idade de Ouro
1.2 Nome da Instituição: Centro de Referência da Assistência Social I
1.3 Endereço: R.: Júlio Soares Filho, 568 - Telefone: (67) 3461-0274
1.4 Responsável pela elaboração do Projeto: Heloisa Bortolotto da Silva - psicóloga
1.5 Público  Beneficiário: Idosos em situação de vulnerabilidade social
Local de Realização: Centro de Referência da Assistência Social

II. INTRODUÇÃO:

O trabalho em grupo com idosos no Centro de Referência da Assistência Social


prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento
de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo,
protetivo e proativo.
Constituem usuários do grupo as famílias territorialmente referenciadas ao
CRAS em situação de vulnerabilidade social. Dentre alguns dos elementos de
vulnerabilidade, a NOBSUAS (2005) aponta questões relacionadas à precariedade de
infraestrutura; presença de crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência em
famílias com renda até meio salário mínimo, famílias beneficiárias de programas de
transferência de renda, responsáveis analfabetos ou com baixa escolaridade, mulheres
chefes de famílias sem cônjuge, famílias com responsáveis desempregados, família em
situação de trabalho infantil ou com presença de crianças e adolescentes em idade
escolar obrigatória fora da escola, dentre outros.
A família não pode ser definida apenas pelos laços de consangüinidade, mas sim
por um conjunto de variáveis incluindo o significado das interações e relações entre as
pessoa. Os laços de consangüinidade, as formas legais de união, o grau de intimidade
nas relações, as formas de moradia, o compartilhamento de renda são algumas dessas
variáveis. A equipe de referência do CRAS deve privilegiar a oferta de serviços
socioeducativos para famílias conforme especificidades do território. Caracterizam-se
por encontros periódicos organizados segundo planejamento prévio, de modo a
desenhar um percurso com um conjunto de gestantes formando assim um grupo. Esse
serviço objetiva incentivar as famílias a discutir e refletir sobre as situações vivenciadas
e interesses comuns que se referem à função protetiva das famílias, os principais
cuidados com a gestação e com o bebê, os direitos que as famílias e seus membros
possuem e formas de acessá-los, bem como demais temáticas que possam contribuir
para a melhora do convívio familiar.
Os encontros do grupo Gerando Vidas se darão uma vez ao mês, totalizando
doze ao ano. Serão realizados no período matutino, das 8h30 às 9h30, no Centro de
Referência da Assistência Social. Trata-se de um processo de caráter continuado e
planejado, por período de tempo determinado, no qual a usuária participará apenas
durante o período gestacional. O grupo será aberto, ou seja, todos os meses poderá
haver entrada e saída de participantes, desde que nos critérios supracitados.
A PNAS (2004) afirma que a família é o “espaço privilegiado e insubstituível de
proteção e socialização primárias”, deve ser vista enquanto sujeitos de direitos e
protagonistas, sendo acolhidas, esclarecidas e apoiadas em suas demandas.
Importante destacar que na execução das reuniões, será preciso compreender a
realidade do grupo familiar do território, buscando a inserção das famílias nas ações do
serviço ou em outras ações, a fim de proporcionar a atenção integral, negando a
segmentação do atendimento socioassistencial e materializando a matricialidade
sociofamiliar. Assim, a técnica do trabalho em grupo será mais que orientador ou o
fomentador da junção de várias pessoas para dialogar sobre um tema, mas sim elo para a
interação social e vínculo entre os participantes.
Neste sentido, assinala-se a relevância de investimento em dinâmicas que
favoreçam a socialização e integração dos participantes dos grupos de acompanhamento
familiar, buscando estimular a criação de vínculos entre seus membros. O
estabelecimento do vínculo entre os participantes favorecendo a participação, interação,
exposição de opiniões, idéias e experiências.

III. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral


Fortalecer a função protetiva da família aprimorando a convivência familiar e
comunitária e assegurar a aquisição de direitos.

3.2 Objetivos Específicos

 Proporcionar conhecimento referente aos direitos das gestantes;


 Fortalecer a função protetiva da família;
 Favorecer os vínculos familiares e comunitários;
 Possibilitar a ampliação das redes sociais de apoio e o acesso a benefícios,
programas de transferência de renda, serviços socioassistenciais, políticas
públicas setoriais e órgãos de defesa de direitos;
 Fomentar vivências que questionem padrões estabelecidos e estruturas desiguais,
estimulando o desenvolvimento de autoestima positiva das gestantes;
 Possibilitar a discussão sobre problemáticas vivenciadas pelas famílias e as
diferentes formas de lidar com tais situações, por meio da reflexão sobre os
papéis desempenhados e os interesses dos membros das famílias;
 Romper com preconceitos, estereótipos e formas violentas de interação e
repensar os papéis sociais no âmbito da família;
 Estimular a identificação das vulnerabilidades e recursos do território e seus
impactos na vida das famílias, promovendo a reflexão sobre a realidade
vivenciada, o fortalecimento das redes sociais de apoio, a identificação das
articulações intersetoriais necessárias e a mobilização para a potencialização da
rede de proteção social do território;
 Proporcionar o compartilhamento de experiências, o desenvolvimento das
habilidades de negociação e mobilização, com vistas ao exercício do
protagonismo e autonomia.

IV METODOLOGIA
Serão realizadas reuniões mensais no espaço físico do Centro de Referência de
Assistência Social I no período matutino, das 8h30 às 9h30, com as gestantes em
situação de vulnerabilidade social. As temáticas abordadas no encontro incluem:
Cuidados gestacionais e com o bebê; Diversidade e preconceito; Direito à renda:
Benefício de Prestação Continuada e Programa Bolsa Família; Direitos e Deveres das
Famílias; Especificidades do Ciclo de Vida; entre outros.

4.1 Planejamento dos Encontros

Todos os encontros serão realizados no espaço físico do Centro de Referência da


Assistência Social no período matutino com início às 8h30min e término às 9h30min.

Data Tema Materiais


Janeiro  Acolhida/Papel do CRAS e da
13 redessocioassistencial:
Acolhida do grupo; apresentação dos participantes;
objetivos do grupo; regras e combinados.
Roda de Diálogo a respeito do papel/trabalho do
CRAS e da redessocioassistencial; assistência social
enquanto política de direitos.
 Legislação Pertinente: Lei nº 8.742 de 07 de
dezembro de 2003; Tipificação Nacional dos Serviços
Socioassistenciais;

Fevereiro  Mensagem de motivação: O sapo e a água quente  Cartolina


17  Vida ativa, estímulo ao desenvolvimento de  Figuras
novas habilidades. Quais as habilidades dos  Lápis de cor
participantes? O que gostariam de aprender?
Possível proposta de oficina.
Março  Discussão sobre os principais pontos do Estatuto do
17 Idoso: passe livre estadual e federal, prioridade no
atendimento em filas e vagas para estacionamento;
Abril  Vida sexual na terceira idade; doenças sexualmente Aparelho de som
7 transmissíveis e formas de prevenção. Data Show

Maio  Dinâmica: Escolha cuidadosamente suas


12 palavras; Mensagem: As três peneiras
Role Play: conflitos familiares
Funções de proteção, socialização, cuidado das famílias
e as dificuldades em exercer tais funções, formas de
comunicação, as formas de resolução de conflitos.

Junho  Dinâmicas: Quero pertencer ao grupo Trabalhando  Sucatas: lata de


09 com Sucata cerveja/refrigerante
Valores: concordo/discordo amassada; papelão;
 Tema: Diversidade e preconceito: gravidez na garrafa peti.
adolescência; mães solteiras; gestação e
homossexualidade.
Julho  FESTA JULINA INTEGRADA, atividade de  Bandeirinhas
14 convívio intergeracional grupos do PAIF e SCFV.  Comida típica
 Aparelho de Som
Agosto  Cuidados de higiene: pessoal e doméstica. Aparelho de som
11  Como cuidar da higiene da casa? Como cuidar da Data Show
higiene do próprio corpo? Doenças e
comprometimentos causados por falta de higiene.
Mosquito Aedes Egypty, foco na prevenção
Setembro  Violência a pessoa idosa: o que é, formas de Aparelho de som
15 combate-la e meios de denúncia – Slides com fotos Data Show
sobre marcas da violência e explicação das leis que
protegem o idoso.
Outubro  Comemoração do dia do idoso, dia 1° de Outubro / Tortas, Refrigerante,
6 DIA DAS CRIANÇAS bolo,
 Reunião Integrada com o SCFV idosos do Conviver Aparelho de som
Data Show
Novembro  Dinâmica Zoológico
10 Percepção das diferenças, papéis dos participantes dos
grupos e vida familiar.
Tema: A família e suas diferenças

Dezembro  Festa de Encerramento  Tortas, bolos,


08 refrigerantes
 Aparelho de som

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME
Orientações Específicas por serviço/ação do PAIF; disponível em:
http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/assistencia-social/psb-protecao-
especial-basica/servico-de-protecao-e-atendimento-integral-a-familia-2013
paif/ORIENTACOES%20ESPECIFICAS%20PARA%20O%20PAIF.PDF
Acesso em 08 de Setembro de 2015

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME


SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DEPARTAMENTO DE
BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS PROGRAMA BPC TRABALHO – PASSO A
PASSO; disponível em:
http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/beneficiosassistenciais/bpc/bpc-trabalho/passo-
a-passo-bpc-trabalho.pdf; Acesso em 15 de Setembro de 2015

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME


NOBSUAS – Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social;
Brasília; 2005

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME


Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais; texto da resolução n°109 de 11 de
novembro de 2009, publicada no diário oficial da união em 25 de novembro de 2009

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME; PNAS


Política Nacional de Assistência Social; Brasília, 2004

SERRÃO, M.; BALEEIRO, M.C.; Aprendendo a Ser e a Conviver; FTB Fundação


Odebrecht; São Paulo, 1999.

http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/legislacao; acesso em 15 de Setembro de


2015

http://www.ibdd.org.br/; acesso em 15 de Setembro de 2015

ANEXOS
Dinâmicas sobre pessoas com deficiência:
http://escoteiros.org.br/arquivos/jogos/jogos_e_dinamicas_de_grupo-
pessoa_com_deficiencia.pdf

Dinâmica A Bala do Momento (Anexo I)


Objetivo: Levar os presentes a compartilhar momentos de sua vida e assim se
conhecerem melhor, criar vínculos e se identificarem.
Material:
 Balas de sabores sortidos (uma para cada participante).
Desenvolvimento:
 Antecipadamente, faça uma relação de sabores com o que deseja que a pessoa
compartilhe. Exemplo: bala de laranja -> momento alegre, bala de uva ->
momento triste, bala de morango -> um testemunho marcante, bala de abacaxi -
> uma provisão de Deus. Enfim, cada um faz a relação como achar mais
apropriado.
 Na reunião, passe as balas pedindo pra que cada um pegue uma, mas não coma.
 Sugira que compartilhem os momentos indicados conforme o sabor escolhido.
 No final, autorize que comam a bala.

Dinâmica Confiança (Anexo II)


Material: Venda para os olhos.
Desenvolvimento : Formar duplas com todo o grupo.
Em cada dupla, uma pessoa é vendada e a outra a conduz para dar um passeio fazendo-a
passar por situações diversas ( se possível ) Escadas, por meio de cadeiras. Depois de
alguns minutos, inverter os papéis. No final, fazer uma avaliação: Como foi a
experiência, como se sentiu?, como foi ser conduzido?, como foi conduzir?

Dinâmica Caneca no Vaso – Anexo III


Objetivo: Sensibilizar o grupo para o convívio com Pessoa com Deficiência.
Material:
• Barbante;
• Caneca com asa;
• Vaso ou recipiente que caiba a caneca;
• Vendas para olhos (metade do Nº de participantes).
Procedimento:
• Todos os integrantes em circulo de pé recebem um barbante, o qual uma ponta deverá
ser presa na cintura do participante e a outra ponta presa a uma tesoura que se encontra
no centro do círculo. A tesoura presa no centro do círculo deverá estar com a ponta
voltada para baixo. O grupo deverá tentar colocar a tesoura no vaso que se encontra no
chão debaixo da tesoura. No circulo, de forma intercalada, ficará um sem a visão (com
vendas) e a outra sem a fala, novamente outra pessoa sem a venda e depois outra pessoa
sem a fala e assim sucessivamente. A missão do grupo é inserir a tesoura presa no
centro do círculo no vaso. Após o cumprimento da missão, fazer uma reflexão com o
grupo, sobre as principais dificuldades apresentadas durante a vivência, e como nos
comportamos ao conviver no cotidiano com Pessoas com Deficiência.
Dinâmica Quero Pertencer ao Grupo (Anexo IV)
Objetivos:
• Vivenciar o sentimento de exclusão do grupo;
• Desenvolver o sentimento de ser aceito e pertencer ao grupo.
Desenvolvimento:
• Com os participantes, faça um círculo apertado e entrelaçado no Centro da sala. Uma
pessoa tenta penetrar neste grupo, da melhor maneira que achar possível, usando a
força bruta ou dialogando.
Fechamento:
• Quais os sentimentos despertados nos indivíduos quando são excluídos Do grupo?
• O que leva o grupo a excluir uma pessoa?

Dinâmicas do livro Aprendendo a Ser e a Conviver (Anexo V)


Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro
Fundação Odebrecht 2° Edição
São Paulo 1999

 Trabalhando com Sucata (Pág 92)


 Nome e Qualidade (pág 110)
 Escolha cuidadosamente suas palavras ( pág118)
 Valores concordo/discordo (pág 128)
 Dinâmica Zoológico (pág 175)

Mensagem As Três Peneiras:


Olavo foi transferido de projeto.  Logo no primeiro dia, para fazer média com o chefe,
saiu-se com esta:
-   Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva.  Disseram
que ele...

Nem chegou a terminar a frase, o chefe aparteou:


-  Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três
peneiras?

-  Peneiras?  Que peneiras, chefe?


-  A primeira, Olavo, é a da VERDADE.  Você tem certeza de que esse fato é
absolutamente verdadeiro?
-  Não.  Não tenho não. Como posso saber?  O que sei foi o que  me contaram. - 
Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira
que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também
dissessem a seu respeito?
-  Claro que não!  Nem pensar, Chefe.
-  Então, sua historia vazou a segunda peneira.  Vamos ver a terceira peneira que é a
NECESSIDADE.  Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-
lo adiante?
-  Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que iria
contar -   fala Olavo, surpreendido.
 -  Pois é Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem
essas peneiras? -   diz o chefe sorrindo e continua: -  Da próxima vez em que surgir
um boato por ai, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: VERDADE, BONDADE,
NECESSIDADE, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante

Mensagem de Motivação: O sapo e a água quente

Vários estudos biológicos demonstram que um sapo colocado num recipiente com a
mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a
água, mesmo que ela ferva.

O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura (mudanças de ambiente) e


morre quando a água ferve. Inchado e feliz.

Por outro lado, outro sapo que seja jogado nesse recipiente com a água já fervendo
salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porem vivo.

As vezes, somos sapos fervidos. não percebemos as mudanças. Achamos que esta
tudo muito bom, ou que o que esta mal vai passar - e só questão de tempo. Estamos
prestes a morrer, mas ficamos boiando, estáveis e apáticos, na água que se aquece a
cada minuto. Acabamos morrendo inchadinhos e felizes, sem termos percebido as
mudanças a nossa volta.

Sapos fervidos não percebem que além de ser eficientes tem que fazer as coisas. E,
para que isso aconteça, há necessidade de um continuo crescimento, com espaço para
o dialogo, para a comunicação clara, para dividir e planejar, para uma relação
adulta.O desafio ainda maior esta na humildade em atuar respeitando o pensamento
do próximo.

Há sapos fervidos que acreditam que o fundamental é a obediência, e não a


competência: manda quem pode, e obedece quem tem juízo. E, nisso tudo, onde esta a
vida de verdade? E melhor sair meio chamuscado de uma situação, mas vivos e
prontos para agir

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