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PAIF - MINISTÉRIO DA CIDADANIA Secretaria Especial Do Desenvolvimento Social

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14/08/2020 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF — MINISTÉRIO DA CIDADANIA Secretaria Especial do Desenvolvi…

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Serviço de Proteção e Atendimento


Integral à Família – PAIF
publicado em 03/08/2015 15h47

O que é o serviço de Proteção e Atendimento Integral


à Família (PAIF)?

Consiste no trabalho social com famílias, de caráter


continuado, com a finalidade de fortalecer a função
protetiva da família, prevenir a ruptura de seus vínculos,
promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na
melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o
desenvolvimento de potencialidades e aquisições das
famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários, por meio de ações de caráter preventivo,
protetivo e proativo. O serviço PAIF integra o nível de
proteção social básica do SUAS. (Tipificação Nacional de
Serviços Socioassistenciais).

Como surgiu o PAIF?

O PAIF foi concebido a partir do reconhecimento que as


vulnerabilidades e riscos sociais, que atingem as famílias,
extrapolam a dimensão econômica, exigindo intervenções
que trabalhem aspectos objetivos e subjetivos
relacionados á função protetiva da família e ao direito à
convivência familiar.

O PAIF teve como antecedentes o Programa Núcleo de


Apoio à Família (NAF - 2001), e o Plano Nacional de
Atendimento Integrado à Família (PNAIF- 2003). Em 2004,
o MDS, aprimorou essa proposta com a criação
do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF).

Em 19 de maio de 2004, com o decreto 5.085 da


Presidência da República, o PAIF tornou-se “ação
continuada da Assistência Social”, passando a integrar a
rede de serviços de ação continuada da Assistência Social
financiada pelo Governo Federal.

Em 2009, com a aprovação da Tipificação Nacional dos


Serviços Socioassistenciais, o Programa de Atenção
Integral à Família passou a ser denominado Serviço de
Proteção e Atendimento Integral à Família, mas preservou
a sigla PAIF. Esta mudança de nomenclatura enfatiza o
conceito de ação continuada, estabelecida em 2004, bem
como corresponde ao previsto no Art. 23 da Lei Orgânica
de Assistência Social – LOAS.

Nessa direção, o PAIF concretiza a presença e


responsabilidade do poder público e reafirma a perspectiva
dos direitos sociais, constituindo-se em um dos principais
serviços que compõem a rede de proteção social de
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assistência social, que vem consolidando no país de modo


descentralizado e universalizado, permitindo o
enfrentamento da pobreza, da fome e da desigualdade,
assim como, a redução da incidência de riscos e
vulnerabilidades sociais que afetam famílias e seus
membros. (Caderno de Orientações Técnicas do PAIF -
vol. 1).

Qual concepção de família na Política Nacional de


Assistência Social (PNAS)?

A família para a PNAS é o grupo de pessoas que se


acham unidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou de
solidariedade. A família, independente dos formatos ou
modelos que assume, é mediadora das relações entre os
sujeitos e a coletividade. Caracteriza-se como um espaço
contraditório, cuja dinâmica cotidiana de convivência é
marcada por conflitos e geralmente, também, por
desigualdades, sendo a família a base fundamental no
âmbito da proteção social.

Como o PAIF é cofinanciado pelo MDS?

Por meio do Piso Básico Fixo (PBF) com transferência do


Fundo Nacional de Assistência Social para o Fundo
Municipal de Assistência Social. (Portaria 116/2013).

Como é calculado o valor do Piso Básico Fixo a ser


repassado a municípios e DF?

Será calculado tendo como base um valor de referência, a


ser pago por família referenciada, observada a
classificação por porte dos municípios. (Portaria
116/2013).

Obs. Valor de referência em vigência R$ 2,40.

O PAIF constitui ação continuada?

Em 19 de maio de 2004, o PAIF –Serviço de Proteção e


Atendimento à Família passou a integrar a rede de
serviços de ação continuada da Assistência Social
financiada pelo Governo Federal, de acordo com o
Decreto 5.085/2004.

A Portaria nº 116, que regulamenta o Piso Básico Fixo,


estabelecido pela NOB/ SUAS, sua composição e as
ações financiadas, define as ações a serem ofertadas
exclusivamente pelos CRAS.

Como obter o cofinanciamento federal para o serviço


PAIF?

1º) Estar de acordo com os critérios de elegibilidade


pactuados na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e
aprovados no Conselho Nacional de Assistência Social
(CNAS), para as expansões dos serviços
socioassistenciais.
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2º) Ter os requisitos mínimos, conforme prevê a nova


NOB/SUAS, para que Estados, DF e Municípios, recebam
os recursos referentes ao cofinanciamento federal, art. 30
da LOAS:
• conselho de assistência social instituído e em
funcionamento;
• plano de assistência social elaborado e aprovado
pelo conselho de assistência social;
• fundo de assistência social criado em lei e
implantado; e
• alocação de recursos próprios no fundo de
assistência social.
Qual é a diferença entre PAIF e CRAS?

PAIF e CRAS não são sinônimos.

O PAIF é o principal serviço da proteção social básica que


desenvolve o trabalho social com famílias. Foi reconhecido
pelo governo federal como um serviço continuado de
proteção básica (Decreto nº 5.085/2004), passando a
integrar a rede de serviços socioassistenciais.

O CRAS é a estrutura física onde o serviço PAIF é


executado, sendo a unidade pública estatal de referência
da rede de proteção social básica.

Onde deve ser ofertado o PAIF?

O PAIF deve ser obrigatoriamente ofertado no CRAS. Não


existe CRAS sem a oferta do PAIF.

Quais são os objetivos do PAIF?

Ofertar ações socioassistenciais de prestação continuada,


por meio do trabalho social com famílias em situação de
vulnerabilidade social e tem como objetivos:
• Fortalecer a função protetiva da família,
contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida;
• Prevenir a ruptura dos vínculos familiares e
comunitários, possibilitando a superação de situações de
fragilidade social vivenciadas;
• Promover aquisições sociais e materiais às
famílias, potencializando o protagonismo e a autonomia
das famílias e comunidades;
• Promover o acesso a benefícios, programas de
transferência de renda e serviços socioassistenciais,
contribuindo para a inserção das famílias na rede de
proteção social de assistência social;
• Promover acesso aos demais serviços setoriais,
contribuindo para o usufruto de direitos;

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• Apoiar famílias que possuem, dentre seus


membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por
meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca
de vivências familiares.
Quem são os usuários do PAIF?

Constituem usuários do PAIF as famílias territorialmente


referenciadas ao CRAS, em situação de vulnerabilidade
social decorrente da pobreza, do precário ou nulo acesso
aos serviços públicos, da fragilização de vínculos de
pertencimento e sociabilidade e/ou qualquer outra situação
de vulnerabilidade e risco social.

São prioridades as seguintes situações consideradas de


maior vulnerabilidade social:
• Famílias vivendo em territórios com nulo ou frágil
acesso à saúde, à educação e aos demais direitos, em
especial famílias monoparentais chefiadas por mulheres,
com filhos ou dependentes;
• Famílias provenientes de outras regiões, sem
núcleo familiar e comunitário local, com restrita rede social
e sem acesso a serviços e benefícios socioassistenciais;
• Famílias recém-retiradas de seu território de
origem, em função da implementação de
empreendimentos com impactos ambientais e sociais;
Famílias com moradia precária (sem instalações elétricas
ou rede de esgoto, com espaço muito reduzido, em áreas
com risco de deslizamento, vivenciando situações
declaradas de calamidade pública, dentre outras);
• Famílias vivendo em territórios com conflitos
fundiários (indígenas, quilombolas, extrativistas, dentre
outros);
• Famílias pertencentes aos povos e comunidades
tradicionais (indígenas, quilombolas, ciganos e outros);
• Famílias ou indivíduos com vivência de
discriminação (étnico-raciais e culturais, etárias, de
gênero, por orientação sexual, por deficiência e outras);
• Famílias vivendo em contextos de extrema
violência (áreas com forte presença do crime organizado,
tráfico de drogas, dentre outros);
• Famílias que enfrentam o desemprego, sem
renda ou renda precária com dificuldades para prover o
sustento dos seus membros;
• Famílias com criança(s) e/ou adolescente(s) que
fica(m) sozinho(s) em casa, ou sob o cuidado de outras
crianças, ou passa(m) muito tempo na rua, na casa de
vizinhos, devido à ausência de serviços socioassistenciais,
de educação, cultura, lazer e de apoio à família;
• Família que entregou criança/adolescente em
adoção;

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• Família com integrante que apresenta problemas


de saúde que demandam do grupo familiar proteção e/ou
apoios e/ou cuidados especiais (transtornos mentais,
doenças crônicas etc).
Vale ressaltar que isso não significa que todas as famílias
residentes nos territórios de abrangência dos CRAS e que
vivenciam tais situações precisam ser obrigatoriamente
inseridas no PAIF. O atendimento pelo Serviço deve ser de
total interesse e concordância das famílias, precedido da
análise da equipe técnica.

Quais são as seguranças afiançadas pela Política


Nacional de Assistência Social?

a) segurança de acolhida - provida por meio de ofertas


públicas de espaços e serviços localizados
prioritariamente em territórios de maior vulnerabilidade,
com condições de escuta profissional qualificada,
informação, referência, concessão de benefícios, de
aquisições materiais, sociais e socioeducativas;

b) segurança social de renda - operada por meio de


concessão de Benefícios de Prestação Continuada da
Assistência Social – BPC nos termos da lei, para cidadãos
não incluídos no sistema contributivo de proteção social
que apresentem vulnerabilidades decorrentes do ciclo de
vida e, ou, incapacidade para a vida independente e para
o trabalho; e concessão de auxílios financeiros sob
determinadas condicionalidades;

c) segurança de convívio familiar e comunitário - oferta


pública de rede de serviços continuados que garantam
oportunidades e ação profissional para: construção,
restauração e fortalecimento de laços de pertencimento
(de natureza geracional, intergeracional, familiar, de
vizinhança e interesses comuns e societários); exercício
capacitador e qualificador de vínculos sociais e de projetos
pessoais e sociais de vida em sociedade;

d) segurança de desenvolvimento da autonomia individual,


familiar e social - provisão estatal de ações profissionais
para o desenvolvimento de capacidades e habilidades
para o exercício do protagonismo, da cidadania; a
conquista de maior grau de liberdade, respeito à dignidade
humana, protagonismo e certezas de proteção social para
o cidadão, a família e a sociedade; a conquista de maior
grau de independência pessoal e qualidade nos laços
sociais para os cidadãos e cidadãs sob contingências e
dificuldades; e

e) segurança de sobrevivência a riscos circunstanciais -


provisão de acesso estatal, em caráter transitório, de
auxílios em bens materiais e em dinheiro, denominados de
benefícios eventuais para indivíduos e famílias em risco e
vulnerabilidades circunstanciais e nos casos de
calamidade pública.

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Quais são os elementos de vulnerabilidade segundo a


NOB-SUAS?

Dentre alguns dos elementos de vulnerabilidade, a


NOBSUAS aponta questões relacionadas à precariedade
de infraestrutura; presença de crianças e adolescentes,
idosos e pessoas com deficiência em famílias com renda
até meio salário mínimo, responsáveis analfabetos ou com
baixa escolaridade e mulheres chefes de famílias sem
cônjuge, famílias com responsáveis desempregados,
família em situação de trabalho infantil ou com presença
de crianças e adolescentes em idade escolar obrigatória
fora da escola, dentre outros.

Dessa forma, há uma série de indícios possíveis de serem


obtidos a partir das estatísticas nacionais que,
combinados, podem representar situações agravadas de
vulnerabilidade social e de reprodução da pobreza entre
gerações.

Qual a definição de trabalho social com famílias no


âmbito do PAIF?

Conjunto de procedimentos a partir de pressupostos


éticos, conhecimento teórico metodológico e técnico-
operativo, com a finalidade de contribuir para a
convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades
de intervenção na vida social de um conjunto de pessoas,
unidas por laços consanguíneos, afetivos e/ou de
solidariedade. (Caderno de Orientações do PAIF – Vol.
2). Reconhecer que as famílias são protagonistas de suas
histórias, mas que sofrem os impactos da realidade
socioeconômica e cultural nas quais estão inseridas, em
especial as contradições do território.

Quais as ações que compõem o PAIF?

Podem ser de caráter individual ou coletivo.


• Acolhida;
• Oficinas com famílias;
• Ações comunitárias;
• Ações particularizadas;
• Encaminhamentos.
(Caderno de Orientações do PAIF – Vol. 2).

Obs. Não é permitido utilizar o Piso Básico Fixo para o


financiamento de benefícios eventuais. (Portaria
116/2013).

Como ter acesso às ações do PAIF?

São quatro as formas de acesso ao PAIF descritas pela


Tipificação. Destaca-se dentre tais formas de acesso à
busca ativa, pois é por meio dela que o PAIF consegue

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operacionalizar de modo mais efetivo a sua função


protetiva e preventiva nos territórios, visto que é capaz de
antecipar a ocorrência de situações de vulnerabilidade e
risco social e não somente reagir passivamente às
demandas apresentadas pelas famílias. (Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais).
• Por procura espontânea;
• Por busca ativa;
• Por encaminhamento da rede socioassistencial;
• Por encaminhamento das demais políticas
públicas.
Quais os elementos necessários para execução do
serviço PAIF.
• Ambiente físico;
• Recursos materiais;
• Recursos humanos; e
• Trabalho social essencial ao serviço.
O que é a Acolhida?

É o processo de contato inicial do usuário com o PAIF e


tem por objetivo instituir o vínculo necessário entre as
famílias usuárias e o PAIF para a continuidade do
atendimento sócio-assistencial iniciado. A Acolhida ocorre
em grande parte na recepção do CRAS. Deve ser
cuidadosamente organizada, para se constituir referência
para as famílias. A acolhida é primordial na garantia de
acesso da população ao SUAS e
de compreensão daassistência social como direito de
cidadania.

O que é oficinas com famílias?

Consistem na realização de encontros previamente


organizados, com objetivos de curto prazo a serem
atingidos com um conjunto de famílias, por meio de seus
responsáveis ou outros representantes, sob a condução
de técnicos de nível superior do CRAS.

O que são ações comunitárias?

São ações de caráter coletivo, voltadas para a


dinamização das relações no território. Possuem escopo
maior que as oficinas com famílias, por mobilizar um
número maior de participantes, e devem agregar
diferentes grupos do território a partir do estabelecimento
de um objetivo comum.

O que são ações particularizadas?

Referem-se ao atendimento prestado pela equipe técnica


do CRAS à família – algum (ns) membro(s) ou todo o
grupo familiar, após a acolhida, de modo individualizado.
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As ações particularizadas devem ser realizadas por


indicação do técnico responsável pela acolhida da família
ou a pedido da família.

O que são Encaminhamentos?

São os processos de orientação e direcionamento das


famílias, ou algum de seus membros, para serviços e/ou
benefícios socioassistenciais ou de outros setores. Têm
por objetivo a promoção do acesso aos direitos e a
conquista da cidadania.

Como baseia-se a busca ativa no PAIF?

Refere-se à procura intencional, realizada pela equipe de


referencia, das ocorrências que influenciam o modo de
vida da população em determinado território. Tem como
objetivo identificar as situações de vulnerabilidade e risco
social, ampliar o conhecimento e a compressão da
realidade social, para além dos estudos e estatísticas.
Contribui para o conhecimento da dinâmica do cotidiano
da população (a realidade vivida pela família, sua cultura e
valores, as relações que estabelece no território e fora
dele); os apoios e recursos existentes e, seus vínculos
sociais. (Caderno de Orientações Técnicas do CRAS).

Qual a diferença entre atendimento e


acompanhamento familiar no âmbito do PAIF?

O trabalho social com famílias do PAIF pode ocorrer por


meio dos dois processos distintos, porém
complementares. O atendimento refere-se a uma ação
imediata de prestação ou oferta de atenção, com vistas a
uma resposta qualificada de uma demanda da família ou
do território, ou seja, a inserção em alguma das ações do
serviço. O acompanhamento familiar consiste em um
conjunto de intervenções, desenvolvidas de forma
continuada, a partir do estabelecimento de compromissos
entre famílias e profissionais, que pressupõem a
construção de um Plano de Acompanhamento Familiar -
com objetivos a serem alcançados, a realização de
mediações periódicas, a inserção em ações do PAIF,
buscando a superação gradativa das vulnerabilidades
vivenciadas. (Caderno de Orientações do PAIF – Vol. 2).

O acompanhamento familiar é obrigatório?

O acompanhamento não é um processo que visa avaliar


a(s) família(s), sua organização interna, seu modo de vida,
sua dinâmica de funcionamento. Ao contrário, é uma
atuação do serviço socioassistencial, com foco na garantia
das seguranças afiançadas pela política de assistência
social. São acompanhadas as famílias que aceitam
participar do processo de acompanhamento. O
acompanhamento familiar constitui um direito, portanto,
sua participação não deve ser algo imposto pelos
profissionais. (Caderno de Orientações do PAIF – Vol. 2).

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Quais as diretrizes metodológicas para o trabalho


social com famílias do PAIF?
• Fortalecer a assistência social como direito social
de cidadania;
• Respeitar a heterogeneidade dos arranjos
familiares e sua diversidade cultural;
• Rejeitar concepções preconceituosas, que
reforçam desigualdades no âmbito familiar;
• Respeitar e preservar a confidencialidade das
informações repassadas pelas famílias no decorrer do
trabalho social;
• Utilizar e potencializar os recursos disponíveis
das famílias no desenvolvimento do trabalho social;
• Utilizar ferramentas que contribuam para a
inserção efetiva de todos os membros da família no
acompanhamento familiar.
É importante que as ações do PAIF sejam adequadas às
experiências, situações, contextos vividos pelas famílias.
Portanto, ao implementá-las cabe refletir sobre o tipo de
família a que a ação se destina e se ela terá algum
significado.

Qual o tempo de permanência das famílias no PAIF?

Não há um período máximo de permanência das famílias


no serviço. No entanto, é necessário avaliar os casos em
que as equipes têm dificuldades para desligar as famílias,
partindo do critério do cumprimento dos objetivos das
ações propostas no CRAS ou em sua rede
socioassistencial. O desligamento deve ser planejado e
realizado de maneira progressiva, com acompanhamento
familiar por período determinado para verificar a
permanência dos efeitos positivos das ações, tendo como
referência os resultados esperados.

No que consiste a articulação da rede?

Indica a conexão de cada serviço com outros serviços,


programas, projetos e organização dos Poderes Executivo
e Judiciário e organizações não governamentais.
(Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais).

A responsabilidade pela materialização da articulação em


rede, da forma descrita na Tipificação, é do órgão gestor
municipal, ou do DF, da política de assistência social. É
essa instância que decide as articulações que são
necessárias e possíveis, bem como as consolidam e
gerenciam. Ao CRAS, cabe, portanto, cumprir as
determinações quanto às articulações em rede definidas
pelo órgão gestor, em seu território de abrangência.
Portanto, o PAIF, para viabilizar o efetivo acesso da
população aos seus direitos, por meio de
encaminhamentos, demanda que o CRAS busque o
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estabelecimento de articulações da rede socioassistencial


e da rede intersetorial no seu território, que, por sua vez,
depende das articulações realizadas no âmbito dos órgãos
gestores das políticas setoriais. (Caderno de Orientações
do PAIF – Vol. 1).

Qual a orientação do MDS a respeito das solicitações


da justiça para que os técnicos do CRAS emitam
pareceres e relatórios para o Fórum e Conselho
Tutelar?

Conforme o Caderno de Orientações Técnicas do PAIF,


quaisquer solicitações de emissão de relatórios aos CRAS
devem ser encaminhadas ao titular do órgão gestor da
Assistência Social (Secretaria de Assistência Social ou
correspondente), para avaliação da pertinência do
requerimento. Em caso positivo, será designado
profissional habilitado para elaborar relatório informativo
e/ou avaliativo, no âmbito da competência da assistência,
das famílias acompanhadas pelo serviço, ou seja, não
cabe aos profissionais da assistência desempenhar o
papel de técnicos da justiça. Cabe esclarecer ainda, que
realizar averiguação e vistoria não compete às equipes do
CRAS, pois atribui uma função que explicita conflito de
interesses. O mesmo profissional que deve criar vínculos
de confiança com a família, depois tem papel de averiguar,
o que a nosso ver, compromete muito o trabalho social
com famílias.
A equipe de referência pode emitir relatórios informativos e
avaliativos sobre o acompanhamento de famílias e
indivíduos usuários dos serviços socioassistenciais,
mediante solicitação da coordenação da unidade, com o
objetivo de subsidiar a elaboração de documentos
solicitados por órgãos das demais politicas públicas e
instituições que compõem o Sistema de Garantia de
Direitos. Ainda é de responsabilidade dos técnicos do
CRAS a segurança das informações referente às famílias
atendidas e/ou acompanhadas no serviço.
Destaca-se, ainda, que a Proteção Social Básica tem
como objetivo garantir às famílias a convivência familiar e
comunitária, o acesso aos direitos socioassistenciais e à
rede de serviços, o desenvolvimento do protagonismo e da
autonomia, através de serviços de caráter protetivo e
preventivo. Assim, não se articula a ações e
procedimentos que possibilitem à responsabilização.

Atividades de geração de renda ou do Cadastro


Único podem ser executadas no CRAS?

As atividades de geração de renda podem ser executadas


dentro do CRAS desde que essas não venham a modificar
substancialmente a natureza e as funções do CRAS e a
oferta do serviço PAIF, tal qual orientações definidas pelo
Caderno de Orientações Técnicas do CRAS. O CRAS
deverá ter disponibilidade de espaços físicos e
profissionais específicos e qualificados para desenvolver a
atividade, ou seja, a equipe de referência que executa o
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serviço PAIF não poderá ser direcionada para a execução


das atividades de geração de renda ou do cadastro único.

Programas e projetos de preparação para o trabalho e


inclusão produtiva compõem as ações do PAIF?

A preparação para o trabalho e inclusão produtiva não


compõem o rol de ações implementadas pelo PAIF.
Compreende-se por programas e projetos de preparação
para o trabalho e inclusão produtiva, as ações com foco na
capacitação/qualificação profissional e/ou geração de
renda, a fim de subsidiar, financeira e tecnicamente,
iniciativas que garantam aos grupos populares, meios e
capacidade produtiva.

Os programas e projetos de preparação para o trabalho e


inclusão produtiva constituem uma das maiores demandas
do público usuário do PAIF, nesse sentido, é fundamental
que o órgão gestor, municipal ou do DF, de assistência
social busque o estabelecimento de articulações com
programas e projetos de preparação para o trabalho e
inclusão produtiva, e que o CRAS identifique potenciais
usuários e os encaminhe para estas iniciativas. (Cadernos
de Orientações Técnicas sobre o PAIF – Vol. 1 e 2).

As equipes do PAIF devem atender as situações de


violação de direitos encontradas em visitas
domiciliares, quando não tem CREAS no município,
por exemplo?

Não. Porém, o acesso aos serviços pode se dar pela


inserção do usuário em serviço ofertado no CRAS ou na
rede socioassistencial a ele referenciada, ou por meio do
encaminhamento do usuário ao CREAS (municipal, do
DF ou regional) ou para o responsável pela proteção social
especial do município (onde não houver CREAS). Ou seja,
nos municípios onde não houver o CREAS, a gestão
municipal deverá designar setor para coordenar a
Proteção Social Especial, de forma a garantir a referência
e contrarreferência do usuário.

As funções do CRAS não devem ser confundidas com as


funções do órgão gestor da política de assistência social
municipal ou do DF: os CRAS são unidades locais que têm
por atribuições a organização da rede socioassistencial e
oferta de serviços da proteção social básica em
determinado território, enquanto o órgão gestor municipal
ou do DF tem por funções a organização e gestão do
SUAS em todo o município. (Cadernos de Orientações
Técnicas do CRAS e PAIF).

A equipe responsável pelo PAIF pode fazer seu


trabalho fora do CRAS, levando o serviço pelo
território?

Sim. Nada impede que a equipe de referência do serviço


execute uma atividade do PAIF fora da estrutura física do
CRAS. Entretanto, as ações devem ser planejadas e
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estruturadas para que atendam as demandas


apresentadas.

Em quais situações haverá a suspensão ou bloqueio


do repasse do Piso Básico Fixo?
• A não observância das normativas do SUAS;
• A não oferta do PAIF de forma regular e
continuada;
• Ao funcionamento irregular do CRAS;
• O não preenchimento do formulário do CENSO
CRAS. (Portaria 116/2013)
É permitido utilizar os recursos do Piso Básico Fixo
para pagamento de profissionais?

Sim. A Resolução CNAS nº 32/2011 estabelece que


Estados, DF e Municípios poderão utilizar até 60%
(sessenta por cento) dos recursos oriundos do Fundo
Nacional de Assistência Social, destinados a execução
das ações continuadas de assistência social, ao
pagamento dos profissionais queintegrem a equipe de
referência do SUAS, conforme art. 6º E a Lei 8.742/1993.

Os recursos podem ser utilizados para o pagamento


de Encargos Sociais (13ºsalário, férias, encargos
patronais)?

De acordo com orientações da Controladoria Geral da


União, disponível no Manual para Agentes Municipais, os
recursos repassados Fundo a Fundo não devem ser
utilizados para recolhimento de encargos sociais.

O documento está disponível no endereço:


www.cgu.gov.br. No lado esquerdo da tela, clique em
Publicações e Orientações; na página seguinte, selecione
o item “Gestão de Recursos Federais - Manual para os
Agentes Municipais”, abaixo de Cartilhas e Manuais.

É possível comprar medicamentos, vacinas ou


similares, próteses, materiais escolar, com o recurso
do Piso Básico Fixo?

Não. A política de assistência social não financia gastos de


outras políticas como saúde e educação. E a título de
informação, seguem as seguranças afiançadas pela
assistência social.

O serviço PAIF pode ser executado por entidade


privada por meio de convênio ou não com a
prefeitura?

Não. Conforme previsto em nossas normativas, PNAS,


NOB, LOAS, NOB/RH, Tipificação, Cadernos de
Orientações Técnicas do CRAS e PAIF, e demais
normativas, o CRAS é uma unidade pública estatal de
base territorial e responsável pela oferta do serviço de
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14/08/2020 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF — MINISTÉRIO DA CIDADANIA Secretaria Especial do Desenvolvi…

Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF). Não é


permitida a terceirização do serviço PAIF, ou seja, a
execução do serviço deve ser da gestão municipal.
Ressaltamos a importância do caráter público da
prestação dos serviços socioassistenciais, fazendo-se
necessária a existência de servidores públicos
responsáveis por sua execução. Para suprir as
necessidades dos serviços deve ocorrer a nomeação de
aprovados em concurso público. A Portaria nº 116 de 22
de outubro de 2013, dispõe sobre o serviço PAIF e o seu
cofinanciamento federal. O previsto no art. 6º C da LOAS,
refere-se aos demais serviços de proteção social básica,
como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos.

Como é a prestação de contas do Piso Básico Fixo?

A prestação de contas quanto à execução do Piso Básico


Fixo é feita da mesma forma que a prestação de conta dos
demais recursos repassados pelo FNAS. Deverá ser
realizada mediante apresentação do Demonstrativo
Sintético Anual da Execução Físico-Financeira,
acompanhado de parecer do respectivo Conselho de
Assistência Social, que validará por meio de aplicativo
disponível na internet, a íntegra do Relatório de Gestão
inserido no sistema pelo órgão gestor da Assistência,
conforme o que estabelece a NOB/SUAS.

Obs. Os recursos repassados aos municípios e DF, a


título de cofinanciamento federal do Piso Básico Fixo,
ficam sujeitos às normas legais e regulamentares que
regem o Fundo Nacional de Assistência Social.
(Portaria 116/2013).

Demais informações sobre a utilização do recurso


deverão ser direcionada a Coordenação Geral de
Execução Orçamentária e Financeira do FNAS e
demais informações sobre o processo de contratação
dos profissionais à Coordenação Geral de
Implementação e Acompanhamento da Política de RH
do SUAS.

Como ter acesso às legislações e orientações técnicas


do PAIF?
• Cadernos de Orientações Técnicas do CRAS e
do PAIF: www.mds.gov.br/suas
(http://www.mds.gov.br/suas) - Proteção Social Básica –
coluna SAIBA MAIS;
• Portaria nº 116: Portal do MDS www.mds.gov.br
(http://www.mds.gov.br/) - Assistência Social – Proteção
Básica – Legislação;
• NOB-RH está disponível no Portal do
MDS www.mds.gov.br (http://www.mds.gov.br/) –
Assistência Social – Proteção Básica – Biblioteca;

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14/08/2020 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF — MINISTÉRIO DA CIDADANIA Secretaria Especial do Desenvolvi…

• A Portaria nº. 448 de 2002, do Ministério da


Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional encontra-se
disponível no site do Tesouro Nacional no seguinte
caminho: www.tesouro.fazenda.gov.br
(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/) – do lado esquerdo,
clique em Legislação. Na página seguinte, selecione o
assunto “Contabilidade Governamental” – na página
seguinte, clique sobre o link da portaria.
registrado em: Perguntas Frequentes
(http://mds.gov.br/@@search?
Subject%3Alist=Perguntas%20Frequentes), Assistência
Social (http://mds.gov.br/@@search?
Subject%3Alist=Assist%C3%AAncia%20Social)

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