CPr5 DR1 Ficha 1
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Nome:_________________________________________________________Nº______
A docente:__________________________ Data:___/___/___
Validado:____ Não validado:____
Proposta de trabalho nº 1
Objetivo:
Mostrar que os valores e crenças adotados e inerentes, determinam não só a sua
ação, mas também as suas opções. Os valores diferem não só de grupo, mas
também de pessoa para pessoa.
Os vários elementos do grupo discordam, muitas vezes, porque os seus valores e as
crenças diferem.
Atividade 1
ABRIGO SUBTERRÂNEO
1. Compare a sua seleção com a dos seus colegas e apresente as razões das suas
escolhas.
Verifique se depois da discussão/debate alguns dos seus dados mudaram de
situação.
2. Cada geração tem o seu modo de ver e interpretar a realidade. Explique então de
que modo o conflito de gerações traduz um confronto entre diferentes hierarquias
de valores.
3. Ao longo das vossas vidas, pelas imagens que vão aparecendo na televisão, pelos
filmes que vemos no cinema, pelas relações que estabelecemos com os nossos
amigos e vizinhos, pelas viagens que fazemos pelo mundo fora e pela nossa possível
experiência de emigrante – vamo-nos apercebendo que nem todos comungam da
nossa forma portuguesa de ser e de estar, dos nossos valores éticos e culturais,
presentes musicalmente no fado ou gastronomicamente no “Bacalhau à Brás”.
Através da cooperação de todos, tente construir uma escala de valores, considerada
vigente no meio sócio – cultural em que habitam.
Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA)
Curso: Técnico/a de Informação e Animação Turística
Atividade 2
TENSÃO C U LT U R A L
Se é consensualmente aceite que os valores éticos se caracterizam por uma certa
universalidade , já os valores culturais se pautam por uma extrema diversidade.
Com efeito, prezar a vida e a dignidade não é mais característica de um povo do que
de outro e são valores universalmente assumidos; já comer com pauzinhos ou com faca e
garfo, dizem respeito apenas a contextos socio-culturais diferenciados e uma ou outra prática
nada acrescenta ou diminui ao valor ético de quem as usa.
Infelizmente, nem tudo é assim tão inócuo no plano das práticas que se alegam
serem de índole cultural no sentido de tradicional. "Tradições" houve ou há, que violam os
direitos das pessoas e que não encontram na sociedade contemporânea justificação possível.
Por exemplo: os casamentos combinados, os crimes de "honra" ou as mutilações genitais
não podem ser aceites numa sociedade moderna ainda que possam tentar ser "justificados"
com a "tradição".
Nada justifica atos de violência e/ou prepotência que se imponham à vontade dos
sujeitos, ou mesmo que contem com a sua aquiescência, se forem contrários à liberdade e à
dignidade da pessoa humana. Assim, o caso do "canibal alemão" que alegou ter literalmente
comido, depois de ter morto, um amigo, a pedido do próprio, ainda que pudesse
corresponder à verdade, não teria justificação ética possível uma vez que a ninguém assiste o
direito legal ou moral de atentar contra a vida de outrém, mesmo a seu pedido.
Se fossemos por essa via veríamos que muitas das práticas que hoje consideramos
cruéis e desumanas já foram correntes noutros tempos históricos e mesmo ainda hoje em
certos casos, e até já foram tradições aceites: a escravatura, a tortura e o "apartheid" já
foram tradicionais e até legais, sem que isso os possa, em caso algum, legitimar.
No Antigo Egipto era costume enterrar o arquiteto da Pirâmide juntamente com o
Faraó, na Índia queimar a viúva na pira funerária do marido, na China assassinar à nascença
crianças do sexo feminino; em Roma os pais e maridos dispunham do direito de vida e de
morte sobre as mulheres e os filhos; no Irão e na Arábia Saudita as mulheres adúlteras
podem ser mortas à pedrada e ainda recentemente (até 1977), a legislação portuguesa
permitia ao marido assassinar a mulher por adultério em flagrante delito.
Nada disto, como em geral não respeitar os outros e as leis comuns, pode ser
considerado como legítimo, ainda que se pretextem usos, costumes e tradições.
Os valores culturais ainda que possuam uma legitimidade própria, devem estar
enquadrados pelas leis gerais e pela universalidade ética como condição sine qua non da
Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA)
Curso: Técnico/a de Informação e Animação Turística
TAREFA: