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Modelo de Contrato de Ortodontia Atualizado

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ABOR

Amparo legal, por Luiz Carlos Neto Pacheco Barreto


CRO/RJ 17.249 OAB/RJ 176.580

INTRODUÇÃO DA PRIMEIRA ATUALIZAÇÃO:


Nesta primeira atualização pretendemos abordar de forma diferente a cláusula 4- Preço - do
tratamento ortodôntico, com ênfase na forma de pagamento, haja vista a manifestação de alguns colegas
sobre a utilização do termo “manutenção” para denominar o pagamento mensal costumeiramente feito pelos
pacientes.
Oportuno é o momento e o espaço criado pela ABOR NACIONAL para quebra de paradigmas,
contribuindo para a evolução da prática Ortodôntica em todo o Brasil.

É sabido que o Ortodontista é fornecedor de serviços e não de produtos, na forma do Código de


Defesa do Consumidor.
Desta forma, não há que se falar em “preço do aparelho”, uma vez que este representa o meio para
se alcançar o resultado contratado. Tal resultado é exclusivamente aquele discriminado na cláusula 2 do
contrato, ou seja, a correção da má-oclusão dentária.
Por isso que o contrato é classificado como “de prestação de serviços” e não de “compra e venda de
aparelho ortodôntico”.
Com base nessa premissa, a oferta de “aparelho grátis” viola a própria natureza do contrato além de
princípios éticos previstos no Código de Ética Odontológico.
Em adição, esse tipo de publicidade gera na população um entendimento equivocado a respeito do
tratamento Ortodôntico, induzindo o consumidor em erro.
Nesta mesma linha de raciocínio, observamos que o termo “manutenção” também gera um
entendimento distorcido a respeito do tratamento Ortodôntico, na medida em que foi associado ao termo
“preço do aparelho”, criando assim um entendimento errôneo quanto aos reais objetivos do tratamento.
Por esses argumentos, dentre outros, propomos que o termo “manutenção” seja extinto da prática
ortodôntica e substituído por outro que melhor defina a realidade da prestação de serviços realizada pelos
Ortodontistas.

INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem por objetivo oferecer aos sócios da ABOR não apenas um modelo de
contrato a ser utilizado pelo Ortodontista na clínica diária, mas também iniciar um debate permanente a
repeito da prática Ortodôntica e suas implicações contratuais.
Em vista das constantes mudanças nas relações humanas, é necessário que os profissionais revejam
frequentemente as cláusulas contratuais presentes no contrato de prestação de serviços em Ortodontia.
Desta forma, as sugestões dos Ortodontistas serão fundamentais para a permanente evolução da
relação contratual entre os fornecedores de serviços e os consumidores.
Inicialmente, importa salientar que a atividade do Ortodontista é regida pelos ditames do Código de
Proteção e Defesa do Consumidor. Significa dizer que há uma autonomia limitada da vontade das partes no
contrato, ou seja, a liberdade de contratar esbarra em limites impostos pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Sobre este assunto que iremos discorrer nas próximas linhas.

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


O contrato firmado entre o Ortodontista e seu paciente é uma ferramenta utilizada para se atingir
resultados, em busca de benefícios mútuos. É fundado nos princípios da boa-fé, transparência, equilíbrio,
confiança, segurança e informação, respeitando a hipossuficiência e a vulnerabilidade do consumidor.
É classificado como um contrato de forma livre, não solene, que pode ser verbal ou escrito.
Significa que mesmo quando o Ortodontista não firma qualquer contrato escrito, o início do tratamento
caracteriza o início do contrato verbal plenamente válido.
A diferença entre o contrato verbal e o escrito é que no segundo são expressas as cláusulas onde a
vontade das partes é estabelecida previamente à execução do contrato, o que confere maior segurança
jurídica às partes contratantes e harmonia na relação de consumo.
Desta forma, o ortodontista cumpre com seu dever de informar, respeitando os princípios
contratuais informados pelo Código de Defesa do Consumidor.

Os arquivos anexos compõem um modelo de contrato sugerido por nós para ser utilizado pelos
Ortodontistas.
Ressalte-se que o contrato deve ser adaptado à conduta de cada profissional em sua clínica diária.
Tal adaptação será descrita a seguir.
Observe que o tamanho da fonte não poderá ser inferior ao corpo 12. Os caracteres em vermelho
devem ser substituídos pelos dados pessoais de cada profissional, na cor preta.

CLÁUSULA 1: Partes. Na qualificação das partes, é importante que o Ortodontista tenha inscrição
no CRO como especialista em Ortodontia e/ou Ortopedia Funcional dos Maxilares. Desta forma, o
profissional será considerado apto a realizar o tratamento, fato que pode não acontecer quando o CD atua
sem registro de especialista, o que poderia até levar à presunção de imperícia em uma possível ação judicial.
Ressalte-se que em caso de paciente menor ou incapaz, o contratante pode ser qualquer pessoa em
sua companhia e sua qualificação deve ser expressa (tia, avó, etc.). Não é necessário que o contratante seja a
mesma pessoa para a qual o Ortodontista emite recibo ou nota fiscal referente ao pagamento do tratamento.
Se o contratado for pessoa jurídica, qualificar também o responsável técnico.

CLÁUSULA 2: Do objeto. Ressalte-se que o contrato é considerado um instrumento com


cláusulas gerais, destinado a todos os pacientes e o anexo 1 é um termo específico para o paciente
contratante. Os detalhes do anexo 1 serão discutidos mais adiante. Veja que o contrato prevê que o
tratamento será realizado exclusivamente pelo Ortodontista contratado. Se o atendimento for feito por outros
profissionais, isso deve estar expresso nesta cláusula.

CLÁUSULA 3: Do prazo. O prazo de 30 meses é apenas uma sugestão com base no tempo médio
de duração de um tratamento Ortodôntico, aumentado em um ano.

CLÁUSULA 4: Do preço. A forma de pagamento do tratamento é determinada pelo Ortodontista,


todavia, há possibilidade de negociação com o paciente quanto à forma e o valor. Nesta cláusula sugerimos
uma forma de pagamento que pode ser alterada conforme o entendimento de cada profissional.
Ressalte-se que se deve evitar a inclusão de cláusula penal para a desistência ou abandono do
tratamento, por ser considerada cláusula abusiva. Significa que se o Ortodontista cobrar um valor maior
quando o paciente desistir ou abandonar o tratamento antes de determinado prazo, essa cláusula pode ser
considerada abusiva e por consequência, nula.
Quanto ao reajuste do valor das consultas de ativação, há divergência sobre a possibilidade de se
utilizar o salário mínimo. Sugerimos que se o Ortodontista desejar utilizar o salário mínimo ou o dólar, que

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


use como valor de referencia e não como índice de reajuste. Este índice pode ser qualquer outro índice
oficial como o IPCA ou IPCA-E. A data do rejuste deve ser expressa, podendo ser tanto a data de aniversário
do contrato quanto uma data fixa para todos os pacientes.
Poderá ser cobrada a consulta faltosa ou a consulta de emergência, contudo, essa previsão deve
estar expressa nesta cláusula.
Sugerimos que o pagamento de valor cheio, ou seja, um valor total para o tratamento ortodôntico,
sem o pagamento de parcelas mensais denominadas de “consultas mensais para ativação”, seja exceção e não
a regra, haja vista que a caracterização do contrato de Ortodontia como “de trato sucessivo” ou “de
prestações continuadas” oferece mais teses de defesa em uma eventual ação judicial.
Todavia, nada impede que o profissional determine que os honorários sejam pagos em parcelas
fixas ou até mesmo á vista, podendo ser efetuado através de cartão de crédito inclusive.
Até mesmo a inclusão de multa (2%) e juros (1%) por atraso no pagamento poderá ser prevista
nesta cláusula.

CLÁUSULA 5: Das obrigações do contratante. Nesta cláusula são expressas as obrigações, tanto
do paciente menor quanto do responsável por ele.
Destacam-se os itens 1, 5 e 12. Ressalte-se que o entendimento sobre a negativa de tratamento em
andamento por motivo de falta de pagamento é divergente, ou seja, há entendimento no sentido de que o
profissional não deve interromper o tratamento nesses casos. Todavia, o posicionamento mais favorável ao
Ortodontista pode ser utilizado se não causar dano ao paciente. Desta forma, o tratamento poderá ser
interrompido por motivo de falta de pagamento, mas somente se a interrupção não der causa a um dano
substancial ao paciente.
Quanto à obrigação do paciente de remarcar a consulta faltosa e a subsequente ao atendimento,
significa transferir ao paciente o dever de marcar sua própria consulta com a recepcionista. Significa também
informar que o profissional não irá contatar o paciente em caso de falta, mas somente para confirmar ou
desmarcar a consulta previamente agendada por ele. Entendemos que a melhor conduta é a de que o paciente
fique responsável por contatar o consultório e não o contrário.
O item 12 exime o Ortodontista de diagnosticar qualquer outra patologia que não seja relacionada
com a má oclusão dentária. Ressalte-se que há entendimento no sentido de que o Ortodontista tem a
obrigação de diagnosticar todas as doenças que apresentem manifestações bucais e encaminhar o paciente
para tratamento. Todavia, se o profissional informa ao paciente a necessidade de manter um
acompanhamento frequente com um clínico, estará transferindo a obrigação ao paciente. Por esse motivo a
cláusula deve ser redigida em destaque e de preferência com a rubrica do contratante.

CLÁUSULA 5: Das obrigações do contratado. Quanto às obrigações do profissional, ressalte-se


que o contrato classifica a obrigação do Ortodontista como sendo uma obrigação de meio e não de resultado,
embora haja entendimento dos Tribunais Superiores no sentido de que a Obrigação do Ortodontista é de
resultado. Tal classificação tem implicação processual no que se refere ao ônus da prova, mas essa discussão
será tratada posteriormente. Por hora, o contrato pode manter o entendimento mais favorável ao
Ortodontista.
Veja que o item 4 se refere ao anexo 2, onde se encontram informações gerais sobre o tratamento
Ortodôntico. Enviamos uma sugestão, contudo, esse documento deve ser constantemente reavaliado e
adaptado ás novas técnicas utilizadas por cada profissional. Ressalte-se que essas informações podem ser
disponibilizadas pela internet, não sendo necessária impressão em papel, desde que seja fornecido endereço
eletrônico para acesso.

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


Destacam-se igualmente os itens 7 e 8: O primeiro esclarece a dificuldade de se prever o tempo
exato de duração do tratamento e o segundo informa a possibilidade de alteração do plano de tratamento em
vista de eventual necessidade de replanejamento do caso.
Por último, o profissional se obriga a devolver toda a documentação ortodôntica ao final do
tratamento. Esse tema sempre gera controvérsias. Alguns entendem que o ortodontista deve guardar toda a
documentação de todos os seus pacientes, por tempo indeterminado.
Ocorre que é impossível armazenar todo esse material, desta forma, sugerimos que o ortodontista
devolva a pasta contendo os exames radiográficos, fotografias, análises cefalométricas, o modelo e uma
cópia dos demais documentos que foram gerados durante o tratamento. Isso mediante assinatura no
prontuário, do paciente ou responsável confirmando a data da entrega dos documentos discriminados.
O profissional deve armazenar por tempo indeterminado apenas as imagens digitais e os
documentos originais criados por ele, como ficha clínica, anamnese, ficha de controle de higiene e
colaboração, ficha de pagamento, etc.
Se houver questionamento futuro em ação judicial sobre os resultados do tratamento, será
necessária análise de superposição radiográfica, que somente será possível com a apresentação da
documentação inicial. Esta documentação pode ser digital, pois, o técnico em informática que atua como
perito do Juízo pode atestar a autenticidade da documentação.
Ressalte-se que o Ortodontista pode, inclusive, se utilizar de um prontuário totalmente digital, desde
que os dados armazenados possam ser periciados futuramente para confirmação da autenticidade da
informação, ou seja, o que importa nesse aspecto em um eventual processo judicial é verificar que as
anotações no prontuário não foram alteradas posteriormente.

CLÁUSULA 6: Da rescisão contratual: Abandono ou Desistência. Nesta cláusula o Ortodontista


se exime da obrigação de contatar o paciente quando este abandona o tratamento. Esse posicionamento
também é divergente, pois há entendimento de que o profissional deve enviar telegrama com aviso de
recebimento para se eximir da responsabilidade por eventual dano decorrente do abandono.
Ocorre que há entendimento no sentido de que o tratamento Ortodôntico é um procedimento
ostensivo, ou seja, o próprio meio utilizado para se alcançar o resultado (aparelho ortodôntico) é, por si só,
um lembrete constante de que o paciente está em tratamento e necessita de controle regular por parte do
profissional.
Desta forma, não cabe a eventual alegação do paciente de que não sabia da necessidade de retornar
ao consultório para ativação do aparelho Ortodôntico.
O mesmo não seria admitido em caso de tratamento endodontico, por exemplo.

CLÁUSULA 7: Atendimento. Nesta cláusula sugerimos um tempo médio de atendimento de 20


min que deve ser alterado conforme entendimento de cada profissional. Da mesma forma sobre o pagamento
ou não da consulta de emergência. O paciente também é informado da possibilidade de alteração da data e
horário da consulta, assim como do período de férias e feriados.

CLÁUSULA 8: Estabilidade do tratamento. Importa destacar nesta cláusula que a recidiva


ocorre em 100% dos casos, contudo, em graus variados. Desta forma, o profissional não assume a obrigação
de manter o resultado do tratamento por tempo indefinido.

CLÁUSULA 9: Fase de contenção. Nesta cláusula o paciente é informado sobre os detalhes da


fase de contenção. Cada profissional pode adaptar a cláusula à sua técnica.

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


CLÁUSULA 10: Riscos do tratamento. Importante destacar todos os eventuais riscos do
tratamento Ortodôntico, ou seja, todas as possíveis patologias e danos diretamente decorrentes do
tratamento. Tal informação é fundamental para que o Ortodontista transfira os riscos para o paciente, do
contrário, o profissional irá suportar todas as consequências dos danos não informados. Esta cláusula se
assemelha à bula de medicamentos onde são informados os efeitos colaterais.

CLÁUSULA 11: Exceções. Nesta cláusula sugerimos listar todos os resultados eventualmente
supostos pelo paciente, mas que não serão alcançados pelo tratamento. Significa reafirmar a cláusula 2,
retirando qualquer dúvida quanto aos resultados esperados pelo paciente e os resultados discriminados no
contrato, notadamente no anexo 1, objetivos do tratamento.

CLÁUSULA 12: Foro de eleição. A última cláusula elege o foro para se discutir judicialmente
qualquer questão referente ao contrato. Ressalte-se que o Código de Defesa do Consumidor determina o foro
do domicílio do consumidor para tal, todavia, o ortodontista pode usar o endereço do consultório, sabendo
que deverá se defender de uma eventual ação judicial no lugar onde reside o paciente.

CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO ANEXO 1: Relatório do plano de tratamento


Ortodôntico e termo de consentimento informado ou termo de consentimento livre e esclarecido.

Ressalte-se que o modelo anexo está parcialmente preenchido com dados aleatórios, apenas para
servir de exemplo.
O documento é composto por cláusulas, sobre as quais iremos discorrer abaixo.
Após a qualificação do paciente, segue o “sumário do diagnóstico inicial”. Nesta cláusula devem
ser informados todos os dados identificados no diagnóstico feito através de exame clínico e exames
complementares. Desta forma, o diagnóstico completo será composto por vários itens.

A próxima cláusula denominada “objetivos do tratamento” é de extrema importância, haja vista a


previsão na cláusula 2 do contrato, ou seja, é o objeto do contrato, propriamente dito. Nesta cláusula serão
discriminados os itens do diagnóstico que serão tratados pelo Ortodontista. Observa-se que se o tratamento
for considerado parcial, nem todos os itens do diagnóstico serão incluídos nesta cláusula. Os objetivos do
tratamento são elencados com base na expectativa do paciente associada à possibilidade técnica de cada
profissional.

Na cláusula “opções de tratamento” serão listados os caminhos possíveis para a conclusão do


tratamento, segundo o entendimento do Ortodontista. Sugerimos que o responsável ou o paciente maior
rubrique na frente da opção escolhida por ele. Em caso de tratamento com apenas uma opção, essa
informação deve ser expressa nesta cláusula.

A cláusula “plano de tratamento sucinto” informa a técnica utilizada para a correção dos desvios
da normalidade enumerados no diagnóstico e discriminados nos objetivos do tratamento.

A cláusula “prognóstico do caso” informa a previsão do resultado para cada item do diagnóstico.
Essa previsão pode ser favorável, duvidosa ou desfavorável. Ressalte-se que essa cláusula também é de
extrema importância, pois é considerada a oferta do serviço, ou seja, o prognóstico favorável pode levar á
presunção de que o ortodontista se obrigou a alcançar o resultado contratado.

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Importa destacar que o contrato é um documento particular que, assinado ao final e rubricado em
cada página pelo Ortodontista (contratado), pelo contratante (paciente ou responsável) e por duas
testemunhas (que podem assinar o contrato posteriormente) e reconhecida firma em cartório das quatro
pessoas, se torna um TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
Significa que se o paciente não cumprir com o contrato, notadamente quanto ao pagamento do
preço fixado, o Ortodontista poderá se utilizar de justiça gratuita nos Juizados Especiais Cíveis, para cobrar a
quitação da dívida. Ressalte-se que se o valor for de até vinte salários mínimos, não há necessidade de
advogado.

Finalmente, reafirmamos a necessidade de constante reavaliação do contrato sugerido e contamos


com a colaboração dos colegas Ortodontistas com sugestões sobre o conteúdo das cláusulas contratuais
apresentadas.
Contatos através do e-mail: dr.luizcarlosbarreto@uol.com.br

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS NA ESPECIALIDADE DE
ORTODONTIA

1- PARTES:
Pelo presente instrumento particular de contrato de prestação de serviços odontológicos, os contratantes,
de um lado o cirurgião-dentista XXXXX, devidamente inscrito no Conselho Regional de Odontologia
do Estado XXXXX como especialista em Ortodontia sob o nº XXXX, portador do RG nº XXXXX,
inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXX, com consultório na (ENDEREÇO COMPLETO DO
CONSULTÓRIO), CEP XXXXX, doravante denominado CONTRATADO e, do outro
lado________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________ Data de
nascimento _________________, portador(a) do RG nº ________________________, CPF nº
_____________________________________________________, residente na __________________
___________________________________________________________________________________,
(cidade) ________________,______, CEP:_______________, doravante denominado(a)
CONTRATANTE, neste ato, em caso de paciente menor ou incapaz, atua na qualidade de
_____________________________________________________________, responsável pelo paciente
_____________________________________________________________________________, Data
de nascimento ____________, portador(a) do RG nº _______________, CPF nº _______________,
residente na_________________________________________________________________________
___________________________________________________, (cidade) ________________,______,
CEP:_______________, têm entre si justo e acordado, na melhor forma do direito as seguintes
condições:
2- DO OBJETO:
O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de saúde na especialidade odontológica de
Ortodontia pelo CONTRATADO em benefício do CONTRATANTE acima qualificado, ou do menor
em sua companhia, com a finalidade de correção total ou parcial das posições dentárias irregulares,
levando-se em consideração os princípios funcionais e estéticos aplicáveis ao caso e devidamente
especificados no termo de consentimento informado denominado Relatório do plano de tratamento
ortodôntico (anexo 1), que passa a integrar o presente contrato.
3- DO PRAZO:
O presente contrato tem por prazo determinado de 30 (trinta) meses, podendo ser prorrogado
automaticamente por tantos períodos quanto forem necessários para a finalização do tratamento, mesmo
quando não houver expressa manifestação do CONTRATANTE por meio de aviso prévio. Considera-se
o seu término o momento da remoção total do aparelho ortodôntico ou nos casos previstos nos itens 6.1
e 6.2 deste contrato.
4- DO PREÇO:
O tratamento ortodôntico será pago na forma seguinte:
ENTRADA:
Em três parcelas mensais fixas de R$______________________________________
(_____________________________________________________________), sendo a primeira parcela

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


paga neste ato, a segunda parcela deve ser paga trinta dias após a primeira e a terceira parcela deve ser
paga sessenta dias após a primeira.
CONSULTAS MENSAIS:
No mês subsequente ao pagamento da terceira parcela da entrada inicia-se o pagamento mensal das
consultas para ativação do aparelho ortodôntico no valor de R$_________________________________
(_____________________________________________________), vinculando-se o pagamento a um
atendimento mensal, o que exime o contratante de pagar a consulta no mês em que o paciente não
compareceu para atendimento. O pagamento da consulta mensal está vinculado à duração do tratamento,
sendo a última consulta paga no mês em que o tratamento for encerrado. O valor da consulta sofrerá
reajuste na forma da cláusula 4.1. Não serão cobrados honorários extras decorrentes de consultas
faltosas. Os atendimentos emergenciais que forem realizados, inclusive durante o mês em que já tenha
sido feito o atendimento normal, serão pagos pelo CONTRATANTE com valor igual ao da consulta
mensal.
4.1- DO REJUSTE ANUAL DO VALOR DAS CONSULTAS MENSAIS:
As consultas mensais para ativação do aparelho ortodôntico sofrerão reajuste dos seus valores no dia
primeiro de julho de cada ano.
Sobre o valor incidirá o índice de correção IPCA-E divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) através de seu site na internet.
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipcae/
O índice IPCA – Série Especial é divulgado trimestralmente, logo, o seu valor geral resultado do
trimestre abril, maio e junho, deverá ser multiplicado por quatro para se obter o índice a ser aplicado ao
valor da consulta na data do reajuste.
5- DAS OBRIGAÇÕES:
5.1- DO CONTRATANTE:
1- O contratante se obriga a pagar o preço ajustado diretamente ao contratado no endereço do
Consultório em moeda corrente em dinheiro ou em cheque até o dia trinta do mês do atendimento, sob
pena de não poder agendar a consulta subsequente ou de ter sua consulta cancelada.
2- Compromete-se a fornecer ao CONTRATADO todos os subsídios necessários ao plano de
tratamento, a saber: A documentação ortodôntica, o preenchimento das fixas de cadastro e anamnese,
endereço e telefones de contato e demais exames eventualmente necessários durante o tratamento.
3- Deverá comparecer às consultas marcadas na hora agendada. Diante da impossibilidade de
comparecimento deverá comunicar com antecedência.
4- Em caso de atraso por parte do CONTRATADO, aguardar o tempo necessário para o atendimento
ou remarcar a sua consulta para outra data.
5- Remarcar a consulta faltosa e a subsequente ao atendimento.
6- Manter o CONTRATADO informado sobre a sua condição geral de saúde e eventual mudança de
endereço e telefones.
7- Solicitar do CONTRATADO, informações sobre a evolução e ocorrências durante o tratamento.
8- Manter a higiene oral adequada durante o tratamento.
9- Manter a integridade do aparelho ortodôntico, respeitando as restrições alimentares indicadas.

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


10- Colaborar com o uso de aparelhos e acessórios removíveis necessários ao tratamento.
11- Se submeter a procedimentos essenciais ao tratamento ortodôntico, indicados a outros profissionais,
como tratamento preventivo, restaurador, cirúrgico e outros.
12- Manter consultas frequentes com seu dentista clínico para prevenção, diagnóstico e
tratamento de eventuais cáries e problemas periodontais que possam surgir durante o tratamento.
O CONTATADO não se obriga a diagnosticar ou tratar tais doenças durante o tratamento
ortodôntico, inclusive câncer e demais patologias eventualmente presentes.
13- Guardar a documentação ortodôntica com cuidado e por tempo indeterminado, após o término do
tratamento.
5.2- DO CONTRATADO:
1- O CONTRATADO se obriga a prestar o serviço especificado e detalhado no anexo 1 (Relatório do
plano de tratamento ortodôntico), de forma a buscar os resultados discriminados como objetivos do
tratamento, utilizando-se de todos meios e conhecimentos ao seu dispor.
2- Fornecer um prognóstico para cada item dos objetivos do tratamento, quando solicitado. Sendo o
prognóstico favorável ou não, o CONTRATADO não poderá se obrigar a alcançar o resultado
uma vez que este depende de fatores biológicos não controláveis e da colaboração do paciente.
3- Fornecer as opções de tratamento cabíveis ao caso, inclusive a de não tratar.
4- Fornecer ao CONTRATANTE todas as informações necessárias para que este entenda os objetivos e
colabore com a evolução normal do tratamento (anexo 2 que passa a integrar o presente contrato).
5- Registrar todos os procedimentos realizados e fatos ocorridos em cada consulta (Higiene oral,
quebra de aparelho, atraso, colaboração, etc.), em ficha específica. Tais registros, autorizados pelo
CONTRATANTE, gozam de presunção de veracidade e não dependem de rubrica do CONTRATANTE
para tal.
6- Fornecer todas as informações registradas ao CONTRATANTE, quando solicitado.
7- Fornecer a qualquer momento quando solicitado, uma estimativa do tempo necessário para a
conclusão do tratamento, embora não seja exata. A duração do tratamento poderá ser aumentada ou
reduzida, de acordo com a complexidade que o caso apresentar no decorrer do tratamento, bem
como pela resposta biológica do paciente à técnica empregada, assiduidade às consultas e
comprometimento com as orientações fornecidas pelo contratado.
8- Fornecer todas as informações ao CONTRATANTE em caso de modificação superveniente do
plano de tratamento em função de dificuldade técnica.
9- Devolver a documentação ortodôntica ao paciente ao final do tratamento ou a qualquer momento
quando solicitado.

6- DA RESCISÃO CONTRATUAL:
6.1- ABANDONO:
Será caracterizado o abandono do tratamento quando o paciente faltar a três consultas consecutivas, ou
se ausentar, sem justificativa do consultório, por mais de três meses, sendo neste caso considerado o
contrato rescindido por iniciativa do CONTRATANTE. Considera-se abandono também, a falta de
pagamento por mais de noventa dias. O abandono do tratamento poderá acarretar prejuízos à saúde do

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


paciente, inclusive com agravamento do estado inicial do caso, não sendo o CONTRATADO obrigado a
contatar o paciente para que o abandono fique caracterizado.
6.2- DESISTÊNCIA:
O presente contrato poderá ser rescindido a qualquer tempo e por qualquer das partes, sem ônus para
qualquer uma delas, mediante comunicação por escrito. Poderá ocorrer a transferência do tratamento por
necessidade de mudança de endereço do CONTRATANTE ou por motivos diversos, oportunidade em
que a referida decisão será previamente comunicada, sendo fornecidas todas as informações técnicas
necessárias ao Ortodontista sucessor. Poderá ocorrer a desistência do tratamento pelo CONTRATANTE
quando este solicitar por escrito a remoção do aparelho ortodôntico antes do prazo determinado pelo
CONTRATADO. O abandono ou a desistência do tratamento por parte do CONTRATANTE exime o
CONTRATADO de qualquer responsabilidade quanto a eventuais prejuízos de ordem física, material ou
moral que o CONTRATANTE venha sofrer em razão do abandono ou desistência a que deu causa.
7- DO ATENDIMENTO:
O paciente será atendido em horário previamente agendado por um tempo médio de vinte minutos, uma
vez ao mês. O agendamento sempre deve ser solicitado pelo CONTRATANTE, momento em que
adquire a expectativa de atendimento no dia e hora agendados, pois o horário estará sujeito a alterações
em vista de fatores imprevisíveis. Poderão ser agendados atendimentos emergenciais com a brevidade
possível. Os atendimentos emergenciais que forem realizados durante o mês em que já tenha sido feito o
atendimento normal, serão pagos pelo CONTRATANTE com valor igual ao da consulta mensal descrita
no item quatro. O CONTRATADO informará os dias reservados para férias anuais ou feriados, durante
os quais o consultório ficará fechado, quando eventuais urgências deverão ser resolvidas pelo
CONTRATANTE. O CONTRATADO manterá atualizado o número do telefone celular do consultório
para contato emergencial durante o período de férias e feriados.
8- DA ESTABILIDADE DO TRATAMENTO:
O resultado do tratamento ortodôntico não é definitivo, sendo sempre sujeito a graus variados de
reincidência da má oclusão. Este fato natural pode ser minimizado com o uso de aparelhos de contenção
pelo paciente, contudo a ocorrência de mudanças na oclusão pós-tratamento não gera responsabilidade
para o CONTRATADO frente à eventual necessidade de retratamento.
9- DA FASE DE CONTENÇÃO:
Após o término do contrato com a remoção do aparelho ortodôntico, inicia-se a fase de contenção na
qual o paciente deve usar, como orientado, o aparelho removível superior e a barra fixa inferior com a
finalidade de estabilizar a correção. Nesta fase o paciente deve zelar pela integridade dos aparelhos,
sendo responsável pela eventual confecção de novo aparelho por perda ou dano. É utilizado, em regra,
placa de Hawley superior por dois anos e a barra lingual fixa colada de 33 a 43 por tempo
indeterminado, como aparelhos de contenção. As consultas agendadas pelo CONTRATANTE para
ajuste do aparelho de contenção serão cobradas. Em casos extraordinários são utilizados aparelhos de
contenção ativa que requerem consultas mais frequentes de acompanhamento e ajustes, em
consequência, tais consultas serão cobradas com base nos valores da tabela vigente.

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.


10- DOS RISCOS INERENTES AO TRATAMENTO:
O CONTRATANTE declara estar devidamente orientado em relação aos seguintes riscos: Manchas no
esmalte por descalcificação e aumento do índice de cáries, em consequência de higiene inadequada;
desconforto durante o tratamento; desgaste ou fratura de esmalte; necrose pulpar; reabsorção radicular;
retração periodontal; quebra de restaurações; aumento da quantidade de tártaros; dor na ATM
(articulação têmporo-mandibular); lesões traumáticas na mucosa; aftas.
11- DAS EXCEÇÕES:
Não é objeto do presente contrato: Tratamento de hábito de respiração bucal, tratamento de hábito de
projeção lingual e outros hábitos na fonação ou na deglutição, correção de assimetrias verticais dos
arcos dentais, correção de mordida aberta posterior, tratamento de qualquer patologia na articulação
têmporo-mandibular (ATM), tratamento de cefaleia e dores na coluna.
12- DO FORO DE ELEIÇÃO:
As partes elegem o Foro da Comarca de (CIDADE DO CONSULTÓRIO) para dirimir quaisquer
conflitos oriundos desta relação contratual. Por estarem justas, acordadas e contratadas, as partes firmam
o presente instrumento em duas vias de igual teor e forma para que produzam seus jurídicos efeitos.

(CIDADE), ____ de ________________ de _______.

CONTRATANTE CONTRATADO

TESTEMUNHA TESTEMUNHA

Esta sugestão de contrato deverá ser adequada à realidade de cada profissional.

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