Psicologia Hospitalar E1659469939
Psicologia Hospitalar E1659469939
Psicologia Hospitalar E1659469939
Psicologia Hospitalar
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Psicologia Hospitalar.. ...................................................................................................................................................4
Unidade I – Psicologia Hospitalar..........................................................................................................................4
1. Compreendendo a Psicologia Hospitalar.......................................................................................................4
Unidade II – Multi, Inter e Transdisciplinaridade.........................................................................................13
2. Multidisciplinaridade..............................................................................................................................................13
Unidade III – Morte, Terminalidade e Luto.......................................................................................................19
3. Psicologia Hospitalar e Terminalidade: Possibilidades de Intervenção. ..................................19
Mapa Mental..................................................................................................................................................................... 28
Resumo................................................................................................................................................................................30
Exercícios............................................................................................................................................................................36
Gabarito...............................................................................................................................................................................45
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................46
Referências........................................................................................................................................................................ 59
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Apresentação
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. na aula de hoje estudaremos
a UNIDADE I – que aborda o surgimento da psicologia hospitalar; dimensão ético-política da
área de psicologia hospitalar. A UNIDADE II – enfatiza a multi; inter e trandisciplinaridade. A
UNIDADE III – que tratará da morte, terminalidade e luto. A aula foi elaborada visando explanar
aspectos que permitem compreender de forma detalhada o conteúdo. em caso de dúvidas,
estarei à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
PSICOLOGIA HOSPITALAR
Unidade I – Psicologia Hospitalar
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Na década de 60 ela atuou no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo (HCFMPUSP), onde também lecionava e não poupava esforços para
organizar uma equipe interdisciplinar para a realização do trabalho clínico junto às crianças, o qual
se consolidou e resultou grande sucesso em tratamentos médicos de diversas especialidades, até
1974, quando foi convidada a trabalhar na Universidade de Brasília (UnB). Na UnB, Mettel trabalhou
com médicos, enfermeiros e paramédicos para o cuidado e assistência humanizada à criança hos-
pitalizada (ainda hoje, objeto de interesse da Organização Mundial de Saúde), tendo um papel im-
portante na introdução de uma política de tratamento hospitalar que incluía o acompanhamento e a
participação ativa das mães e outros agentes cuidadores, no cuidado à saúde de crianças. Realizou
uma pesquisa no Hospital de Sobradinho, na época Hospital Escola da UnB, e no Hospital Distrital de
Brasília (hoje, Hospital de Base do Distrito Federal), cujos resultados apontaram para uma significa-
tiva melhora das condições de saúde das crianças e redução do tempo de internação, quando suas
mães permaneciam ao lado de seus filhos. Tais resultados contribuíram para o incentivo à adoção
de políticas de humanização em hospitais da rede pública de saúde do Distrito Federal e demais
Unidades da Federação. (DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA HOSPITALAR E DO DESENVOLVIMENTO
UnB, 2007, p. 127)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
inserção da(o) psicóloga(o) no hospital, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PU-
CSP) ofereceu, em 1976, o primeiro curso de Psicologia Hospitalar do Brasil, sob a responsabi-
lidade de Belkiss W. R. Lamosa.
Segundo Rocha Junior (2004), a psicóloga Regina D’Aquino criou, em 1979, em Brasília, um
trabalho junto a pacientes terminais, desenvolvendo um modelo de atuação psicoterápica fren-
te à morte e suas implicações. Sua atuação também abarcava os familiares e os profissionais.
Vale destacar que Wilma C. Torres iniciou, como coordenadora, o Programa de Estudos e
Pesquisas em Tanatologia da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Angerami-Camon,
Chiatoni e Nicoletti (1992) destacam a criação do primeiro curso de Especialização em Psi-
cologia Hospitalar, em 1981, ofertado pelo Instituto Sede Sapientae, sob a responsabilidade
de Angerami-Camon. Acrescentam que, em 1982, Marli R. Meleti normatizou, após anos de
atividades, o Setor de Psicologia do Serviço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita
Sociedade Portuguesa de Beneficência.
Heloisa B. C. Chiattone implantou o Setor de Psicologia do Serviço de Pediatria do Hospital
Brigadeiro em São Paulo e foi pioneira na inserção das mães como acompanhantes de seus
filhos durante sua internação, com o Projeto Mãe-Participante.
Em 1980, a psicóloga Denise Franco Duque foi contratada na Unidade de Pediatria do Hos-
pital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC), Florianópolis, SC, e
em 1983, as psicólogas Maria Aparecida Crepaldi e Maria Cristina Vignoli, docentes da UFSC,
organizaram o primeiro estágio curricular em psicologia aplicada à pediatria, no referido hos-
pital, juntamente com a então psicóloga Telma Pereira Lenzi (AZEVÊDO e CREPALDI, 2018). O
Serviço de Psicologia do HU/UFSC consolidou-se e hoje conta com 13 psicólogas contratadas
para atuarem nas diferentes clínicas, além de alunos de graduação e de pós-graduação stricto
sensu e residentes em psicologia.
Em 1983 ocorreu I Encontro Nacional de Psicólogos da Área Hospitalar, promovido pelo
Serviço de Psicologia do Hospital das Clínicas da USP. Este evento, de âmbito nacional, foi
organizado por Lamosa e foi o primeiro a reunir psicólogas (os) de todo o país que atuavam
em diversas especialidades clínicas dentro do ambiente hospitalar. Na conferência de abertura
desse encontro, ela ressaltou a importância de se ver o paciente como um todo e do trabalho
em equipe multidisciplinar, o que proporciona uma visão holística do paciente e consequente-
mente um tratamento adequado (ANGERAMI-CAMON; CHIATTONE; NICOLETTI, 1992).
Em março de 1987, Mathilde Neder, que permanecia atuando como psicóloga no Hospital
das Clínicas da USP, criou a Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas
da USP (NEDER, 1991).
Neste mesmo ano, com o aparecimento do primeiro caso de Aids no Hospital Universitário
da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL), a psicóloga Niracema Kuriki, que atuava em
Ambulatório da instituição há pouco mais de um ano, foi convidada a ampliar seu escopo de
atuação e atender os pacientes internados na Unidade de Moléstias Infectocontagiosas do
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
mesmo hospital. Após sistematizar seu trabalho nesta unidade, ela fundou o Serviço de Psico-
logia em 1991, conseguindo mais dois psicólogas (os). A aceitação deste serviço por parte das
equipes de saúde e da direção do hospital foi muito boa e em pouco tempo o Serviço cresceu
vertiginosamente, com abertura de novas vagas de concurso para psicóloga(o) hospitalar.
Em abril de 1988 Lamosa defendeu sua tese de doutorado “O Psicólogo Clínico em Hospi-
tais no Brasil: uma Contribuição para o Desenvolvimento da Profissão”, sendo a primeira tese
a abordar a realidade da Psicologia hospitalar no Brasil. A autora destaca o panorama da Psi-
cologia hospitalar no Brasil pelas suas obras, como Psicologia Aplicada à Cardiologia, Manual
de Organização do Serviço de Psicologia Incor, Atuação da(o) psicóloga(o) na área hospitalar,
A prática da Psicologia em Hospitais e pelo seu empenho em mostrar a importância, definição
e a atuação da(o) psicóloga(o) no ambiente hospitalar. (ANGERAMI-CAMON; CHIATTONE; NI-
COLETTI, 1992).
Na Santa Casa de São Paulo, o Serviço de Psicologia se iniciou em 1992, inicialmente com
as funções de psicodiagnóstico, orientação e psicoterapia em enfermarias e ambulatórios mé-
dicos e evoluiu para atribuições ligadas à assistência, ensino e pesquisa (BRUSCATO; BENE-
DETTI; LOPES, 2004). Este serviço tem tido grande importância no cenário nacional, tendo
obtido, em 2003, o reconhecimento da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP)
para o Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar ofertado por eles, além do credencia-
mento do Conselho Federal de Psicologia (CFP), como Núcleo Formador de especialistas em
2010 (SANTA CASA – SP).
Enquanto a atuação da Psicologia em hospital geral ia crescendo, começaram a surgir
mais publicações a respeito do tema. Nessa época Angerami-Camon organizou e lançou o pri-
meiro de uma série de livros sobre Psicologia Hospitalar com a participação de autores como:
Nicoletti, Chiattone, Sebastiani, Fongaro, Santos, Trucharte, Knijnik, Coppe, Andrade, Alberto,
Miranda, Gandra e Bartiolotti Marisa Decat de Moura organizava, em meados dos anos 90, uma
série de congressos e encontros informais em que psicólogas (os) hospitalares debatiam e
refletiam, por meio de uma rica programação científica, a teoria e a prática da Psicologia hos-
pitalar. Tais encontros aconteciam no Centro de Estudos do Hospital Mater Dei (MG). Conse-
quentemente, Decat Moura organizou e publicou, em 1996, o primeiro livro da série Psicanálise
e Hospital, totalizando 5 livros. Contou com a participação de diversos autores como: Mohal-
lem, Dias de Souza, Soares, Rodrigues, Vilela, Araújo, Cardoso de Carvalho, Granha, Barros,
Derzi, Drawin, Silva, Borges, Moura, Pimenta, Rodrigues, Kruel, Pereira, Oliveira, Avelino, Batista,
Carvalho, entre tantos outros.
Outra consequência desses encontros foi a fundação da Sociedade Brasileira de Psicolo-
gia Hospitalar (SBPH), em 1997, em uma assembleia com 45 psicólogas (os) que atuavam em
hospitais por todo o Brasil, sob a responsabilidade das psicólogas Romano e Decat de Moura.
A SBPH teve dez presidentes desde sua fundação: Belkiss W. Romano, Marisa Decat de Moura,
Patrícia Pereira Ruschel, Sílvia Maria Cury Ismael, Tânia Rudnicki, Mônica Giacomini, Claire Te-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
rezinha Lazzaretti, Elaine Maria do Carmo Zanolla Dias de Souza, Valéria de Araújo Elias e Pau-
la Costa Mosca Macedo. A presidente atual é Glória Heloíse Perez. Todas presidentes têm ou
tiveram uma importante trajetória em hospitais, assim como os demais membros da diretoria.
A SBPH tem o compromisso de agregar os profissionais da área e fortalecer o desenvolvi-
mento da classe profissional. Para tanto desenvolve congressos bienais, sendo que o primeiro
foi realizado, em 1998 no Guarujá e o próximo será em setembro de 2019 em Salvador. Este
evento tem um grande compromisso com a produção científica que se manifesta por meio de
premiação dos melhores trabalhos científicos inscritos na categoria Prêmio SBPH, que ocorre
durante a realização dos congressos, mas que não pertencem aos trabalhos inscritos no even-
to, a divulgação destes ocorre por meio da Revista da SBPH1 que, com grande visibilidade,
os 30 volumes publicados até o momento possibilitam o intercâmbio entre pesquisadores,
professores e profissionais da Psicologia e áreas afins no Brasil e no exterior; e por meio de
livros organizados e publicados pela SBPH, num total de três livros até o momento. Todos os
organizadores destes livros têm um importante percurso na área hospitalar. São eles: Sanches,
Quiroga, Schmidt, Macedo, Perez, Ismael, Elias, Maria Moretto, Barbosa. Cada um deles conta
com diversos colaboradores.
Com um vertiginoso crescimento, a Psicologia hospitalar, em 2000, passou a ser reconhe-
cida e regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia como uma especialidade, por meio
da resolução 014/2000 (CFP, 2000).
A participação da SBPH junto ao CFP foi fundamental e decisiva nesse processo. Em 2009,
foi realizada a primeira prova de Especialista em Psicologia Hospitalar. Realizada pelo CFP
ocorreu no VII Congresso Brasileiro da SBPH no Rio de Janeiro (SBPH – Web Site).
Outra grande conquista desta categoria refere-se à implantação das Residências em Psi-
cologia, ocorreu na década de 1970. O Prof. Dr. Ricardo Gorayeb, em conjunto com a Profa.
Dra Edna Maria Marturano e com o apoio do presidente da Comissão de Residência Médica do
Hospital, o neurologista Prof. Dr. José Geraldo Speciali, elaboraram e iniciaram no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, a primeira Residência em Psicolo-
gia do Brasil (GORAYEB, 2010). A partir do modelo das residências médicas, consistia um pro-
grama de treinamento em serviço, onde a(o) psicóloga(o) recém-formada(o) permanecia em
tempo integral no hospital, realizando atendimentos nos ambulatórios e nas enfermarias. Tal
programa serviu de modelo para outros Programas de residência, como os do INCOR em São
Paulo e o do Hospital de Base da UNESP em São José do Rio Preto, SP. Além de servir também
para o CFP, ao criar normas para a regulamentação dos programas de Residência em Psicolo-
gia no país - Resolução CFP 015/2007 (CFP, 2007). Atualmente, a Revista da SBPH é veiculada
em formato digital e pode ser acessada no portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
É o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento.
O adoecimento se dá quando o sujeito humano, carregado de subjetividade, esbarra em um “real”,
de natureza patológica, denominado “doença”, presente em seu próprio corpo, produzindo uma in-
finidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família e na equipe de
profissionais (SIMONETTI, 2004, p. 15).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
- Atua em instituições de saúde nos níveis secundário e terciário;
- Atua em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e pesquisa visando aperfeiçoamen-
to ou especialização dos profissionais;
- Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisadores quan-
do estes estão em pesquisa de campo;
- Avalia e acompanha intercorrências psíquicas quando o paciente está em tratamento;
- Favorece a promoção e recuperação da saúde física e mental, promove intervenção para melhorar
a relação médico/paciente/família;
- Atende pacientes clínicos/cirúrgicos em diferentes especialidades;
- Realiza atendimento psicoterapêutico, grupos, psicoprofilaxia, avaliação diagnóstica, interconsul-
tas;
- Trabalha em ambulatório, enfermarias, PS, UTI, UCO e atua de forma interdisciplinar. (SBPH – Web
Site)
Interessante é observar, como afirmam Castro e Bornholdt (2004), que a área de Psicologia
Hospitalar, como é conhecida no Brasil, é inexistente em outros países, que consideram ape-
nas a Psicologia da Saúde como um todo. Entretanto, as autoras alertam para o fato de que
estes dois conceitos não são equivalentes, considerando o significado distinto entre os termos
saúde e hospital e também o caráter preventivo ou curativo das doenças presente em cada um
dos campos. Em outras palavras, saúde é um conceito amplo e complexo relativo às funções
orgânicas, físicas e mentais (OMS, 2003), que contempla além do tratamento, a prevenção de
doenças e a manutenção da saúde, enquanto o hospital é o contexto em que se tratam as pes-
soas que adoecem, portanto, contempla ações curativas.
Sendo assim, as autoras consideram que a Psicologia Hospitalar é uma parte da Psicologia
da Saúde. Ricardo Gorayeb comunga desta ideia, ao afirmar que Psicologia Hospitalar é uma
área importante dentro da Psicologia da Saúde, com necessidade de uma intervenção precisa
e adequada em um ambiente acostumado a raciocinar com base em evidências (GORAYEB,
2001; GORAYEB; GUERRELHAS, 2003). A Psicologia da Saúde tem, gradativamente, conquis-
tado espaço nas discussões e na atuação das (os) psicólogas (os) brasileiras (os). Matarazzo
(1980) conceitua a Psicologia da Saúde como:
Esta definição contempla os três pontos de atenção à saúde preconizados pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010, apud GORAYEB, 2007), criado pela Cons-
tituição Federal Brasileira em 1988. São eles: atenção primária, que ocorre nos postos de saú-
de e prevê ações curativas, mas principalmente as preventivas; atenção secundária, que ocorre
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
psicólogo vinculado à saúde esteja inserido, seja uma Unidade Básica de Saúde, um Hospital,
uma UPA ou Ambulatório, uma comunidade ou outro local de atuação dos psicólogos, é im-
prescindível que estes conheçam e considerem as variáveis que incidem sobre o contexto em
que trabalham. Também, é importante conhecer temas tais como: epidemiologia e fatores psi-
cossociais de risco para doenças físicas (GORAYEB, 2007), mecanismos de proteção à saúde
e prevenção de agravos, além dos fatores individuais presentes na história e na subjetividade
de cada pessoa em atendimento. A habilidade de trabalhar em equipe é fundamental, já que
outras áreas profissionais da área da saúde sempre estarão presentes e, principalmente, pelo
fato de que o paciente necessita de uma atenção integral.
Além dos temas acima citados, e fundamental que a formação de psicólogos contemple
temas como Saúde Pública e Coletiva, Promoção e Educação em Saúde, Polí ticas Públicas
em Saúde e o Sistema único de Saúde/SUS, brasileiro, dentre outros temas que o habilitarão
para uma prática que se baseie em fundamentação científica e técnica adequadas. Cabe às
Universidades a tarefa de se engajar nestas questões e transmiti-las aos futuros psicólogos,
preparando-os para uma atuação que contemple o homem como um ser integral (MAIA, SILVA,
MARTINS, SEBASTIANI, 2005).
Nesse sentido, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio do Centro de Referências
Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), tem um importante papel técnico, éti-
co e político, à medida que se preocupa com a qualificação profissional e com a inserção da
Psicologia no campo das Políticas Públicas e das transformações sociais, que se traduz no
objetivo de produzir aqui uma Referência Técnica para psicólogas (os) hospitalares vincula-
dos ao SUS.
O Código de Ética dos Psicólogos, em seus princípios fundamentais, estabelece que a(o)
psicóloga(o) “trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das
coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discrimina-
ção, exploração, violência, crueldade e opressão”. E, ainda, que atuará com responsabilidade
social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural e
baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e
da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos
Direitos Humanos (CFP, 2005).
Portanto, para o cumprimento de tais princípios, é imprescindível que as(os) psicólogas(os)
que trabalham em hospitais conheçam, além do Código de Ética dos Psicólogos, as políticas
públicas de saúde, tais como o SUS, sua história, diretrizes, princípios e a forma como a rede
de assistência à saúde (RAS/SUS) encontra-se organizada hoje em dia para prestar assistência
aos cidadãos brasileiros. A história das políticas públicas de saúde no Brasil mostra que as po-
líticas anteriores à década de 1960 foram o modelo sanitário-campanhista, o qual preconizava
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Figura 1: Multidisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Figura 2: Interdisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)
Como se pode perceber, existe um nível hierárquico superior de onde procede a coordena-
ção das ações disciplinares. Na interdisciplinaridade é possível se perceber a cooperação e
o diálogo entre os diferentes conhecimentos, coordenados por um conhecimento específico,
um problema comum a todas as áreas de conhecimento ou diferentes formas que represente
um elemento de integração das áreas, que norteia e orienta as ações interdisciplinares (CAR-
LOS, 1995).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Fonte: https://tonferreira.wordpress.com/2012/09/23/os-caminhos-da-interdisciplinaridade/
1.3.2 Pseudo-interdisciplinaridade
2.2.2 Interdisciplinaridade Pseudo- Interdisciplinaridade
Japiassu (1976), por sua vez, considera que o emprego de instrumentos comuns não é
suficiente para conduzir a um empreendimento interdisciplinar, o que caracteriza este tipo de
colaboração como falso interdisciplinar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Ela pode surgir de duas formas diferentes: na primeira delas, este tipo de
interdisciplinaridade não ultrapassa o domínio da ocasionalidade e das situações
provisórias; na segunda, essa relação é mais durável, na medida em que uma disciplina
se vê constantemente forçada a empregar os métodos de outra. Esse é o caso, por
exemplo, da pedagogia que constantemente precisa recorrer à psicologia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Figura 3: Transdisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
eliminar as dores e desconfortos físicos. Desta forma, as vidas são prolongadas por aparelhos
médicos e tecnológicos que despertam a reflexão sobre o sentido de humanização dos trata-
mentos frente à morte iminente.
Percebe-se ao lançar o olhar sobre os centros médicos e unidades de terapia intensiva,
uma tendência da equipe de saúde em observar o sujeito doente apenas em sua doença, não
trazendo à tona, na maioria das vezes, os processos subjetivos, que deveriam ser contempla-
dos por meio de um olhar para a integralidade do sujeito em questão.
Desta forma, a falta de humanização nos processos de cuidado a pacientes terminais des-
perta grande interesse sobre os sentimentos experienciados por aqueles que estão na linha de
frente deste tipo de cuidado (DRANE, 2014).
Para Mendes, Lustosa e Andrade (2009), os sentimentos que, por alguma razão, não po-
dem ser expressados pelos profissionais da equipe em relação ao paciente também impedem
que esta mesma equipe se sinta apta a acolher os sentimentos deste paciente.
Neste sentido, pode-se perceber que a atenção deve ser voltada tanto para a integralidade
do sujeito paciente, quanto para as angústias do sujeito profissional de saúde. Em geral, a dis-
cussão sobre a morte e o morrer gera desconforto, ao passo que desperta insegurança frente
ao desconhecido.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, s.d.), os cuidados paliativos têm
por objetivo aliviar a dor e demais sintomas que causam sofrimento; entender a vida e conside-
rar a morte como processo natural; não ter a intenção de apressar nem postergar o momento
da morte; integrar todos os aspectos socioculturais e espirituais, bem como os aspectos psi-
cossociais ao cuidado com o paciente; oferecer tecnologias de apoio que possibilitem que o
paciente viva tanto quanto for possível; oferecer apoio à família do paciente, no sentido de que
possa lidar melhor com a doença de seu ente querido ou com o luto após sua morte; lançar
mão de equipe para cuidar das necessidades dos pacientes e familiares, como, por exemplo,
aconselhamento para o luto, quando indicado, entre outros.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Obs.: Os processos de luto, de acordo com Fonseca (2004), podem ter início antes mesmo
da morte. O luto pode ocorrer a partir da notícia da própria doença. As incertezas e
o rompimento de vínculos, aliados à confusão e ao estresse experienciados, podem
adiantar as sensações de ansiedade e desconforto causadas pelo sentimento de luto.
Por luto, pode-se entender o processo de perda definitiva de um objeto simbólico sig-
nificativo, aqui representado pela morte de um ente querido.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
O luto pode ser representado frente a perda de algo ou alguém significativo. Portanto, não
está relacionado sempre à perda por morte.
EXEMPLO
Aposentadoria, envelhecer, mudar de cidade, perder um amigo, às vezes terminar a faculdade,
terminar um ciclo. Toda mudança também está ligada a um processo de luto.
A Teoria Psicanalítica:
que embasou o A Teoria
conhecimento sobre o Comportamental
assunto, a famosa obra Cognitiva: estresse
de Freud “ Luto e pós-traumático.
Melancolia”.
Para Bowlby o luto do adulto ou adolescente, é o mesmo processo que sofre a criança na
ausência materna. Para o Autor, estar próximo a outro ser humano é vital para a sobrevivência
biológica e psíquica. Esta é a base da Teoria do Apego. Bowlby define a personalidade como
sendo formada pela busca da proximidade com o outro, pela vinculação; então nós vivemos e
sobrevivemos por esta vinculação, pelo contato com o outro
As fases do luto seriam então, as mesmas da separação mãe-bebê (como experiência pri-
mária da necessidade vital do contato e consequente risco pela separação).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Momento de grande confusão. O enlutado fica perdido diante da dor que desestrutura, não
“sabe” o que sentir ou responder. Está muito presente neste processo a negação. Negação e
Isolamento funcionam como uma estratégia psíquica e social de proteção.
2ª FASE: Anseio e Busca da figura perdida.
Bowby diz que existe uma explicação biológica para essa fase: a procura, o choro são me-
canismos adaptativos de tentativa de recuperação da vinculação da figura perdida.
3ª FASE: Dor Profunda e Desespero.
Este é o momento em que o vazio deixado por ele no grupo social e na família fica mais
delineado, mais definido. Fase de intensa dor, marcada muitas vezes por desmotivação apatia
e depressão, que são sentimentos que podem levar tanto ao isolamento quanto a distúrbios
psicossomáticos.
4ª FASE: Reorganização e Re-elaboração.
Pode ocorrer em média, dois anos após a morte (podendo variar bastante). Fase final do
processo de elaboração, na qual o enlutado está pronto para “reinvestir em outro objeto”, con-
forme a psicanálise. A vida vai sendo re-organizada (assim como o espaço interno) e já cabem
novos projetos.
Cada sujeito é dotado de formas únicas de reação aos diversos fenômenos inerentes à
vida. As concepções culturais, sociais, psicológicas e religiosas compõem um grupo responsá-
vel pelas convicções e pelo repertório reacional de cada paciente frente à iminência da morte.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
No entanto, de acordo com Kübler-Ross (apud Mendes, Lustosa e Andrade, 2009), há certo
ciclo reacional comum a muitos pacientes. A negação é um mecanismo de defesa utilizado
por quase todos os pacientes em situação terminal, sobretudo nos estágios iniciais do proces-
so de adoecimento.
A negação pode ser um canal de auxílio ao paciente na preparação para a aceitação da
própria morte. Ao deixarem de pensar na iminência do fim, acabam por conseguir alguma mo-
tivação para lutar pela vida. No entanto, tal atitude pode acabar por se tornar um agravante no
que se refere à busca de auxílio profissional para o devido tratamento da doença.
Neste sentido, os pacientes, ao negarem a gravidade da situação, recusam o atendimento
médico porque um possível diagnóstico catastrófico pode afetar profundamente as estruturas
psíquicas e emocionais deste sujeito. Deste modo, ao fugir do confronto com um diagnóstico,
o sujeito pode estar fugindo também dos cuidados médicos, tão necessários à sua sobrevida
(MENDES, LUSTOSA E ANDRADE, 2009).
Obs.: Além do sentimento de negação, Kübler-Ross (apud Mendes, Lustosa e Andrade, 2009),
pontua os sentimentos de raiva, ressentimento e revolta.
De acordo com a autora, tais sentimentos são projetados pelos pacientes em todas as
direções, tornando-se um obstáculo frequente na relação com a família e equipe médica. Sen-
timentos de tentativa de adiamento, como por exemplo, “acordos” com o sagrado ou mesmo
ideias introjetadas de que, se o paciente fizer algo de determinada maneira talvez se cure, são
características do sentimento de barganha, também muito presente em casos de pacientes
terminais. Tal mecanismo de defesa acaba por “adiar” psiquicamente o inevitável, aliviando a
ansiedade do paciente.
A psicologia hospitalar tem três eixos fundamentais de atuação frente aos desafios dos
processos de terminalidade. Observa-se, de acordo com Hohendorff & Melo (2009), a neces-
sidade de um olhar próprio para o paciente, família e equipe responsável. O cuidado com os
profissionais da equipe, busca o alívio do sofrimento e angústias destes, tornando possível
que possam oferecer ao paciente um atendimento mais humanizado, o que é essencial nos
momentos finais da vida de qualquer sujeito.
A facilitação na comunicação entre equipe e família também pode diminuir a angústia dos
profissionais, ao passo que as expectativas lançadas sobre eles podem ser diminuídas por
meio de uma comunicação eficaz.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Obs.: Além da escuta e do olhar especializado para a equipe, o suporte à família dos pacien-
tes em estado terminal é outro eixo fundamental da atuação do psicólogo no contexto
hospitalar.
A atuação junto às famílias deve ser fomentada pelo apoio emocional, escuta e alívio das
angústias, atenção, suporte em relação aos fatores desconhecidos do tratamento e fortale-
cimento dos vínculos familiares de maneira geral. Atuando desta maneira, o psicólogo pode
contribuir para o fortalecimento emocional, facilitação no enfrentamento dos medos e ansie-
dades, auxílio no enfrentamento da dor, sofrimento e medo da morte do ente querido, entre
outras contribuições.
A facilitação da comunicação entre família e paciente, quando possível, também é uma
ferramenta poderosa de intervenção, uma vez que possibilita o alívio de possíveis sentimentos
de culpa ou ressentimento advindos de períodos anteriores à doença ou mesmo do período de
internação hospitalar (MENDES, LUSTOSA E ANDRADE, 2009).
De acordo com Mendes, Lustosa & Andrade (2009), a autonomia fortalecida propicia ao
paciente estar ciente de seus deveres e responsabilidades, não se colocando apenas como
sujeito passivo diante do processo de adoecimento e morte. Desta forma, o paciente se sente
amparado e seguro e é capaz de criar estratégias para compreender as implicações fisiológi-
cas e emocionais de sua doença. Mais uma vez, a facilitação da comunicação aparece como
fator fundamental na relação do profissional de psicologia com os sujeitos envolvidos no pro-
cesso de terminalidade.
Desta vez, o apoio à comunicação entre paciente, família e equipe médica o faz sentir
acompanhado e facilita a este a compreensão de seus próprios sentimentos e dos sentimen-
tos daqueles que estão à sua volta.
Obs.: O psicólogo hospitalar está em contato com a finitude humana especialmente nas
Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s), local onde os mais diversos sentimentos vêm à
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
tona, frente à iminência de mortes, doenças graves, isolamento, entre outros fatores.
Neste sentido, o profissional de psicologia em relação à terminalidade se dá de diver-
sas formas, sobretudo pautada em três eixos principais: paciente, família e equipe.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
MAPA MENTAL
PSICOLOGIA HOSPITALAR
COMPREENDENDO A PSICOLOGIA
HOSPITALAR
PSICOLOGIA HOSPITALAR
MULTIDISCIPLINARIDADE
•CONCEITO DE
MULTIDICIPLINARIDADE
• CONCEITO DE
INTERDISCIPLINARIDADE
• Interdiciplinariedade Heterogênia
• Interdiciplinariedade Pseudo-
INTERDICIPLINARIEDADE interdisciplinaridade
• Interdisciplinaridade Auxiliar
• Interdisciplinaridade Compósita
• Interdisciplinaridade Unificadora
•CONCEITO
TRANSDISCIPLINARIDADE
TRANSDISCIPLINARIDADE
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
PSICOLOGIA HOSPITALAR E
TERMINALIDADE: POSSIBILIDADES
DE INTERVENÇÃO
TERMINALIDADE E CUIDADOS
PALIATIVOS
POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
RESUMO
Os primeiros registros de inserção do psicólogo no contexto hospitalar tiveram início em
1818 quando, no Hospital McLean, em Massachussets, formou-se a primeira equipe multipro-
fissional que incluía o psicólogo. Foi fundado, em 1904, neste mesmo hospital, um laboratório
de Psicologia onde foram desenvolvidas as primeiras pesquisas sobre a Psicologia Hospitalar
(ISMAEL, 2005). Na década de 1930, no Brasil, influenciados pela ideia de que os fatores psi-
cológicos poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros serviços
de Higiene Mental com participação ativa de psicólogos, como propostas alternativas à inter-
nação psiquiátrica. O psicólogo inaugurou assim, junto à Psiquiatria, seu exercício profissional
nas instituições de saúde mental (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004).
• 1950 – pesquisa realizada pelo médico Raul Briquet e pela psicóloga Bety Gastenstay
com o objetivo de introduzir o alojamento conjunto na maternidade do Hospital da Clí-
nicas.
• 1954 – Psicóloga Mathilde Neder, pioneira na Psicologia hospitalar trabalhou no Institu-
to de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
USP. Seu trabalho consistia em preparar psicologicamente as crianças para intervenções
cirúrgicas do aparelho locomotor e em acompanhá-las no processo de reabilitação.
• Na década de 60 – a psicóloga Thereza Pontual de Lemos Mettell atuou no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-
FMPUSP), onde também lecionava e não poupava esforços para organizar uma equipe
interdisciplinar para a realização do trabalho clínico junto às crianças.
• 1974 – após anos de atividade em diferentes unidades do Instituto do Coração do Hos-
pital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a psicóloga Bellkiss Wilma Romano
Lamosa foi convidada para organizar e implantar o Serviço de Psicologia Hospitalar nes-
te mesmo hospital. Em 1976, o primeiro curso de Psicologia Hospitalar do Brasil, ficou
sob a responsabilidade de Bellkiss W. R. Lamosa.
• 1979 – a psicóloga Regina D’Aquino criou, em 1979, em Brasília, um trabalho junto a pa-
cientes terminais, desenvolvendo um modelo de atuação psicoterápica frente à morte e
suas implicações. Sua atuação também abarcava os familiares e os profissionais.
• Wilma C. Torres iniciou, como coordenadora, o Programa de Estudos e Pesquisas em
Tanatologia da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
• 1981 – Angerami-Camon, Chiatoni e Nicoletti (1992), destacam a criação do primeiro
curso de Especialização em Psicologia Hospitalar, em, ofertado pelo Instituto Sede Sa-
pientae, sob a responsabilidade de Angerami-Camon. Acrescentam que, em 1982, Marli
R. Meleti normatizou, após anos de atividades, o Setor de Psicologia do Serviço de On-
cologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
É o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento.
O adoecimento se dá quando o sujeito humano, carregado de subjetividade, esbarra em um “real”,
de natureza patológica, denominado “doença”, presente em seu próprio corpo, produzindo uma in-
finidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família e na equipe de
profissionais (SIMONETTI, 2004, p. 15).
Desse modo, as atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar, definidas pelo CFP em conjunto
com a SBPH. Sendo assim, a(o) psicóloga(o) hospitalar:
Entende-se de maneira geral que o psicólogo hospitalar precisa trabalhar junto a equipe
interagindo com outros profissionais e áreas de conhecimento. Portanto, cabe entendermos
os conceitos de Multi, Inter e Transdisciplinaridade.
A multidisciplinaridade difere-se da pluridisciplinaridade porque esta, apesar de também
considerar um sistema de conhecimento de um só nível, possui conhecimentos justapostas
situadas geralmente ao mesmo nível hierárquico e agrupados de modo a fazer aparecer as
relações existentes entre elas (MENEZES, 2010).
Na interdisciplinaridade é possível se perceber a cooperação e o diálogo entre as diferen-
tes áreas de conhecimento em prol de um problema comum (CARLOS, 1995).
A transdisciplinaridade é uma proposta relativamente recente no campo epistemológico
e representa um nível de integração de conhecimentos além da interdisciplinaridade, gerando
uma interpretação mais holística dos fatos e fenômenos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
De acordo com Montagna (2016), terminalidade é um termo cunhado pela medicina para
se referir a uma condição de saúde que evoluirá em breve para a morte.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, s.d.), os cuidados paliativos têm
por objetivo aliviar a dor e demais sintomas que causam sofrimento; entender a vida e conside-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
rar a morte como processo natural; não ter a intenção de apressar nem postergar o momento
da morte; integrar todos os aspectos socioculturais e espirituais, bem como os aspectos psi-
cossociais ao cuidado com o paciente; oferecer tecnologias de apoio que possibilitem que o
paciente viva tanto quanto for possível; oferecer apoio à família do paciente, no sentido de que
possa lidar melhor com a doença de seu ente querido ou com o luto após sua morte; lançar
mão de equipe para cuidar das necessidades dos pacientes e familiares, como, por exemplo,
aconselhamento para o luto, quando indicado, entre outros.
Obs.: Os processos de luto, de acordo com Fonseca (2004), podem ter início antes mesmo
da morte. O luto pode ocorrer a partir da notícia da própria doença. As incertezas e
o rompimento de vínculos, aliados à confusão e ao estresse experienciados, podem
adiantar as sensações de ansiedade e desconforto causadas pelo sentimento de luto.
Por luto, pode-se entender o processo de perda definitiva de um objeto simbólico sig-
nificativo, aqui representado pela morte de um ente querido.
O luto pode ser representado frente a perda de algo ou alguém significativo. Portanto, não
está relacionado sempre à perda por morte.
EXEMPLO
Aposentadoria, envelhecer, mudar de cidade, perder um amigo, às vezes terminar a faculdade,
terminar um ciclo. Toda mudança também está ligada a um processo de luto.
A Teoria Psicanalítica:
que embasou o A Teoria
conhecimento sobre o Comportamental
assunto, a famosa obra Cognitiva: estresse
de Freud “ Luto e pós-traumático.
Melancolia”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Para Bowlby o luto do adulto ou adolescente, é o mesmo processo que sofre a criança na
ausência materna. Para o Autor, estar próximo a outro ser humano é vital para a sobrevivência
biológica e psíquica. Esta é a base da Teoria do Apego. Bowlby define a personalidade como
sendo formada pela busca da proximidade com o outro, pela vinculação; então nós vivemos e
sobrevivemos por esta vinculação, pelo contato com o outro
As fases do luto seriam então, as mesmas da separação mãe-bebê (como experiência pri-
mária da necessidade vital do contato e consequente risco pela separação).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
EXERCÍCIOS
001. (IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA/2022) No que se refere
aos aspectos conceituais, segundo Azevedo e Crepaldi (2016), o acompanhamento psicoló-
gico hospitalar visa facilitar a adaptação e enfrentamento das situações vivenciadas pelo pa-
ciente hospitalizado, assim como prioriza a tríade:
a) Paciente, família e equipe de saúde.
b) Paciente, família e comunidade.
c) Família, equipe de saúde e comunidade.
d) Família, equipe de saúde e serviços de saúde extra-hospitalares.
e) Paciente, família e serviços de saúde extra-hospitalares.
002. (INÉDITA/2022) Na década de 1930, no Brasil, influenciados pela ideia de que os fatores
psicológicos poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros ser-
viços de Higiene Mental com participação ativa de psicólogos, como propostas alternativas à
internação psiquiátrica. O psicólogo inaugurou assim, junto à Psiquiatria, seu exercício profis-
sional nas instituições de saúde mental.
004. (INÉDITA/2022) O primeiro registro de atividade em hospital geral refere-se a uma pes-
quisa realizada em 1950 pelo médico Raul Briquet e pela psicóloga Bety Gastenstay.
006. (INÉDITA/2022) Outro nome de muita relevância na história de introdução das (os) psi-
cólogas(os) no contexto hospitalar brasileiro é Thereza Pontual de Lemos Mettell (GORAYEB,
2010; AZEVÊDO & CREPALDI, 2016).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
III – Em 1982, Marli R. Meleti normatizou, após anos de atividades, o Setor de Psicologia do Ser-
viço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência.
IV – Heloisa B. C. Chiattone implantou o Setor de Psicologia do Serviço de Pediatria do Hospi-
tal Brigadeiro em São Paulo e foi pioneira na inserção das mães como acompanhantes de seus
filhos durante sua internação, com o Projeto Mãe-Participante.
a) I, II, III
b) I, II, IV
c) II, III, IV
d) I, II, III, IV
012. (INÉDITA/2022) “Na Santa Casa de São Paulo, o Serviço de Psicologia se iniciou em
__________, inicialmente com as funções de psicodiagnóstico, orientação e psicoterapia em
enfermarias e ambulatórios médicos e evoluiu para atribuições ligadas à assistência, ensino e
pesquisa (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004)”.
Complete corretamente a sentença:
a) 1992
b) 1996
c) 1999
d) 2002
013. (INÉDITA/2022) “A Santa Casa de São Paulo, iniciou o Serviço de com as funções de psi-
codiagnóstico, orientação e psicoterapia em enfermarias e ambulatórios médicos e evoluiu
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
para atribuições ligadas à assistência, ensino e pesquisa. Este serviço tem tido grande impor-
tância no cenário nacional, tendo obtido, em 2003, o reconhecimento da ___________________
_______________ para o Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar ofertado por eles”.
Complete corretamente a sentença:
a) Secretaria de Educação
b) Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP)
c) Santa Casa
d) Conselho Federal de Psicologia (CFP)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
“real”, de natureza patológica, denominado “doença”, presente em seu próprio corpo, produzin-
do uma infinidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família e
na equipe de profissionais (SIMONETTI, 2004, p. 15).
018. (INÉDITA/2022) “Ao apontar os aspectos psicológicos da doença como objeto da Psico-
logia hospitalar, Simonetti (2004) faz uma transposição da questão de possíveis causas psi-
cológicas da doença para a subjetividade presente em toda e qualquer doença. Dessa forma,
entende a doença em sua dimensão biopsicossocial, de forma interdependente e inter-relacio-
nada, com toda complexidade que lhe é inerente”.
019. (INÉDITA/2022) Sobre o psicólogo hospitalar: (...) sua filosofia é reposicionar o sujeito
em relação à sua doença.”
020. (INÉDITA/2022) São atribuições do psicóloga(o) hospitalar, definidas pelo Conselho Fe-
deral de Psicologia (CFP):
a) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física,
social e mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
b) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Não acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física e
mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
c) Não atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesqui-
sadores quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psí-
quicas quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde
física e mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Figura 2: Interdisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
025. (INÉDITA/2022) “ É a interação onde ocorre uma espécie de integração de vários siste-
mas interdisciplinares em um contexto mais amplo e geral, gerando uma interpretação mais
holística dos fatos e fenômenos”.
Estamos nos referindo aqui a:
a) Interdisciplinaridade
b) Transdisciplinaridade
c) Multisdisciplinaridade
d) Nenhuma delas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
028. (INÉDITA/2022) Para Mendes, Lustosa e Andrade (2009), os _________________ que, por
alguma razão, não podem ser expressados pelos profissionais da equipe em relação ao pa-
ciente também impedem que esta mesma equipe se sinta apta a acolher os sentimentos des-
te paciente.
Complete corretamente a sentença:
a) Instrumentos
b) Sentimentos
c) Profissionais
d) Anseios
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
030. (INÉDITA/2022) Os processos de __________, de acordo com Fonseca (2004), podem ter
início antes mesmo da _________. O luto pode ocorrer a partir da notícia da própria doença.
As incertezas e o rompimento de vínculos, aliados à confusão e ao estresse experienciados,
podem adiantar as sensações de ansiedade e desconforto causadas pelo sentimento de luto.
a) luto/ morte
b) luto/vida
c) adoecimento/ morte
d) finitude/ morte
031. (INÉDITA/2022) Foi estudado na aula que há três (3) teorias que abordam o luto.
Quais não elas:
a) Humanismo/ Sistêmica/ Psicanalítica
b) Comportamental/ Sistêmica/ Psicanalítica
c) Teoria do Apego/ Humanismo/ Comportamental
d) Psicanalítica/ Comportamental/ Teoria do Apego
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
GABARITO
1. a
2. C
3. b
4. C
5. d
6. a
7. c
8. C
9. d
10. C
11. C
12. a
13. b
14. a
15. b
16. C
17. a
18. C
19. C
20. d
21. C
22. b
23. C
24. d
25. b
26. c
27. a
28. b
29. C
30. a
31. d
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
GABARITO COMENTADO
001. (IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA/2022) No que se refere
aos aspectos conceituais, segundo Azevedo e Crepaldi (2016), o acompanhamento psicoló-
gico hospitalar visa facilitar a adaptação e enfrentamento das situações vivenciadas pelo pa-
ciente hospitalizado, assim como prioriza a tríade:
a) Paciente, família e equipe de saúde.
b) Paciente, família e comunidade.
c) Família, equipe de saúde e comunidade.
d) Família, equipe de saúde e serviços de saúde extra-hospitalares.
e) Paciente, família e serviços de saúde extra-hospitalares.
002. (INÉDITA/2022) Na década de 1930, no Brasil, influenciados pela ideia de que os fatores
psicológicos poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros ser-
viços de Higiene Mental com participação ativa de psicólogos, como propostas alternativas à
internação psiquiátrica. O psicólogo inaugurou assim, junto à Psiquiatria, seu exercício profis-
sional nas instituições de saúde mental.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
004. (INÉDITA/2022) O primeiro registro de atividade em hospital geral refere-se a uma pes-
quisa realizada em 1950 pelo médico Raul Briquet e pela psicóloga Bety Gastenstay.
006. (INÉDITA/2022) Outro nome de muita relevância na história de introdução das (os) psi-
cólogas(os) no contexto hospitalar brasileiro é Thereza Pontual de Lemos Mettell (GORAYEB,
2010; AZEVÊDO & CREPALDI, 2016).
I – Na década de 60 ela atuou no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo (HCFMPUSP), onde também lecionava.
II – Organizou uma equipe interdisciplinar para a realização do trabalho clínico junto às crian-
ças, o qual se consolidou e resultou grande sucesso em tratamentos médicos de diversas
especialidades.
III – Em 1974, foi convidada a trabalhar na Universidade de Brasília (UnB), onde atuou com
médicos, enfermeiros e paramédicos para o cuidado e assistência humanizada à criança hos-
pitalizada (ainda hoje, objeto de interesse da Organização Mundial de Saúde).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Conforme estudado nesta aula e apresentado pela literatura, a letra c é a resposta correta.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
012. (INÉDITA/2022) “Na Santa Casa de São Paulo, o Serviço de Psicologia se iniciou em
__________, inicialmente com as funções de psicodiagnóstico, orientação e psicoterapia em
enfermarias e ambulatórios médicos e evoluiu para atribuições ligadas à assistência, ensino e
pesquisa (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004)”.
Complete corretamente a sentença:
a) 1992
b) 1996
c) 1999
d) 2002
013. (INÉDITA/2022) “A Santa Casa de São Paulo, iniciou o Serviço de com as funções de psi-
codiagnóstico, orientação e psicoterapia em enfermarias e ambulatórios médicos e evoluiu
para atribuições ligadas à assistência, ensino e pesquisa. Este serviço tem tido grande impor-
tância no cenário nacional, tendo obtido, em 2003, o reconhecimento da ___________________
_______________ para o Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar ofertado por eles”.
Complete corretamente a sentença:
a) Secretaria de Educação
b) Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP)
c) Santa Casa
d) Conselho Federal de Psicologia (CFP)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
b) Conselho Regional de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução 014/2000
(CRP, 2000).
c) Conselho Estadual de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução 014/2000
(CEP, 2000).
d) Conselho Internacional de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução
014/2000 (CIP, 2000).
O Conselho Federal de Psicologia, tem como uma de suas atribuições: – Definir, nos termos
legais, o limite de competência do exercício profissional, conforme os cursos realizados ou
provas de especialização prestadas em escolas ou institutos profissionais reconhecidos (cfp.
org.br/cfp/sistema-conselhos/).
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
018. (INÉDITA/2022) “Ao apontar os aspectos psicológicos da doença como objeto da Psico-
logia hospitalar, Simonetti (2004) faz uma transposição da questão de possíveis causas psi-
cológicas da doença para a subjetividade presente em toda e qualquer doença. Dessa forma,
entende a doença em sua dimensão biopsicossocial, de forma interdependente e inter-relacio-
nada, com toda complexidade que lhe é inerente”.
019. (INÉDITA/2022) Sobre o psicólogo hospitalar: (...) sua filosofia é reposicionar o sujeito
em relação à sua doença.”
Seu fazer é de uma ordem completamente diferente da Medicina. Deixa a doença e o objetivo
de curá-la completamente a cargo do médico, enquanto cuida do corpo simbólico.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
020. (INÉDITA/2022) São atribuições do psicóloga(o) hospitalar, definidas pelo Conselho Fe-
deral de Psicologia (CFP):
a) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física,
social e mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
b) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Não acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física e
mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
c) Não atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesqui-
sadores quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psí-
quicas quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde
física e mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
d) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física e
mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
Conforme preconiza o CFP, essa alternativa (letra d) apresenta de forma correta as atribuições
do psicólogo hospitalar.
Letra d.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, s.d.), os cuidados paliativos compreen-
dem alguns aspectos dentre eles a integração dos aspectos socioculturais e espirituais.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Figura 2: Interdisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
025. (INÉDITA/2022) “ É a interação onde ocorre uma espécie de integração de vários siste-
mas interdisciplinares em um contexto mais amplo e geral, gerando uma interpretação mais
holística dos fatos e fenômenos”.
Estamos nos referindo aqui a:
a) Interdisciplinaridade
b) Transdisciplinaridade
c) Multisdisciplinaridade
d) Nenhuma delas
www.grancursosonline.com.br 55 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
multi e transdisciplinar, tem sua definição precária de identidade dissolvida, revelando seu po-
tencial de olhar para a complexidade de seu objeto. Tal situação tem o potencial de propiciar
a construção de novas formas e práticas de se pensar o saber psicológico. Todavia, convida
à realização de atividades cada vez mais em sintonia com outros saberes. Assim, uma dupla
tarefa impõe-se: dialogar, ultrapassando fronteiras antes demarcadas, e sustentar um discurso
construtor de uma identidade específica do saber psicológico. Considerando-se o texto, assi-
nale a afirmação CORRETA.
a) A identidade emergente da psicologia contemporânea supera as suas dicotomias epistemo-
lógicas, ao dialogar com outros saberes, referendando-se neles, pois esses saberes possuem
uma maior segurança metodológica.
b) A psicologia como ciência foi marcada pela tensão dos projetos de sua constituição, estabe-
lecendo uma epistemologia única que se expressa em múltiplos métodos, que podem dialogar
com outros saberes.
c) A psicologia, ao participar do diálogo inter, multi e transdisciplinar, têm reconstruído as fron-
teiras de sua identidade, pois, no contato com saberes diversos, revela sua característica: a
complexidade epistemológica e metodológica.
d) O diálogo inter, multi e transdisciplinar dificulta a definição formal da psicologia como ciên-
cia, pois dissolve a identidade já bem constituída do saber psicológico, propondo uma identifi-
cação com outras formas do saber sobre o homem.
e) O psicólogo tem sido convidado a realizar diálogos que o desafiam a construir uma lingua-
gem inter, multi e transdisciplinar, centrada no discurso epistemológico das ciências exatas,
como a física quântica, e das ciências biológicas, como a genética.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
a) Integralidade
b) Subjetividade
c) Doença
d) Família
028. (INÉDITA/2022) Para Mendes, Lustosa e Andrade (2009), os _________________ que, por
alguma razão, não podem ser expressados pelos profissionais da equipe em relação ao pa-
ciente também impedem que esta mesma equipe se sinta apta a acolher os sentimentos des-
te paciente.
Complete corretamente a sentença:
a) Instrumentos
b) Sentimentos
c) Profissionais
d) Anseios
030. (INÉDITA/2022) Os processos de __________, de acordo com Fonseca (2004), podem ter
início antes mesmo da _________. O luto pode ocorrer a partir da notícia da própria doença.
As incertezas e o rompimento de vínculos, aliados à confusão e ao estresse experienciados,
podem adiantar as sensações de ansiedade e desconforto causadas pelo sentimento de luto.
a) luto/ morte
b) luto/vida
c) adoecimento/ morte
d) finitude/ morte
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Por luto, pode-se entender o processo de perda definitiva de um objeto simbólico significativo,
aqui representado pela morte de um ente querido.
Letra a.
031. (INÉDITA/2022) Foi estudado na aula que há três (3) teorias que abordam o luto.
Quais não elas:
a) Humanismo/ Sistêmica/ Psicanalítica
b) Comportamental/ Sistêmica/ Psicanalítica
c) Teoria do Apego/ Humanismo/ Comportamental
d) Psicanalítica/ Comportamental/ Teoria do Apego
A Teoria Psicanalítica: que embasou o conhecimento sobre o assunto, a famosa obra de Freud
“Luto e Melancolia”.; A Teoria Comportamental Cognitiva: estresse pós-traumático; A Teoria do
Apego foi criada pelo John Bowlby, que estuda os efeitos da privação materna e a partir daí
estabelece as fases do luto diante da perda.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
REFERÊNCIAS
AIREY, D. Reino Unido. In: AIREY, D.; Tribe, J. Educação Internacional em Turismo, Senac, São
Paulo, 2008.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
Mayara Ferreira de Farias, Kerlei Eniele Sonaglio. Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR,
Penedo, vol. 3, n.1, p. 71-85, 2013. http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur 7575 básica.
Mayara Ferreira de Farias, Kerlei Eniele Sonaglio. Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR,
Penedo, vol. 3, n.1, p. 71-85, 2013. http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur 7676 Figura 2:
Mayara Ferreira de Farias, Kerlei Eniele Sonaglio. Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR,
Penedo, vol. 3, n.1, p. 71-85, 2013. http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur 7878
Mayara Ferreira de Farias, Kerlei Eniele Sonaglio. Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR,
Penedo, vol. 3, n.1, p. 71-85, 2013. http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur 7979 Figura 3: Trans-
disciplinaridade Fonte: CARLOS (1995)
Mayara Ferreira de Farias, Kerlei Eniele Sonaglio. Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR,
Penedo, vol. 3, n.1, p. 71-85, 2013. http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur 7676 Figura 2:
Mayara Ferreira de Farias, Kerlei Eniele Sonaglio. Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR,
Penedo, vol. 3, n.1, p. 71-85, 2013. http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur 8484
MENDES, J. A., LUSTOSA, M. A., & ANDRADE, M. C. M. Paciente terminal, família e equipe de
saúde. Revista Brasileira de Psicologia Hospitalar, 12(1), Jun, 2009. Disponível em: <http://
pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582009000100011>
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 62
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto
MONTAGNA, P. Corpo vivo: finitude e transitoriedade. Ide (São Paulo), São Paulo, v. 38, n. 61,
p. 27-40, ago. 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0101-31062016000100003&lng=pt&nrm=iso.
POLETTO, S., SANTINI, J. R., & BETTINELL, L. A. Vivência da morte de idosos na percepção de
um grupo de médicos: conversas sobre a formação acadêmica. Revista Brasileira de Educa-
ção Médica, 37(2), 2013, 186-191.
SANTANA, J. C. B., RIGUEIRA, A. C. de M., &DUTRA, B. S. Distanásia: Reflexões sobre até quan-
do prolongar a vida em Unidade de Terapia Intensiva na percepção de enfermeiros. Bioethikos,
4(4), 2010, 402-411.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 62
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIELLA PINHEIRO SILVA - 02007278693, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.