Analise de Caso Pratico 2022
Analise de Caso Pratico 2022
Analise de Caso Pratico 2022
São Paulo
2022
Faculdade ANCLIVEPA
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Resumo
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INTRODUÇÃO
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Estes dados demonstram a importância de se estudar o tema, pois estas
neoplasias são muito comuns na rotina médica e veterinária. Os melanomas
não têm predileção por sexo nos animais, porém existem raças e faixas etárias
mais predispostas. Esta neoplasia apresenta crescimento rápido e caráter
agressivo tornando seu prognóstico reservado a desfavorável tanto em seres
humanos quanto em animais.
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ANÁLISE DE CASO PRÁTICO
NOME: SOPHIA
ESPÉCIE: CANINA
RAÇA: DACHSHUND
COR: MARROM
IDADE: 14 ANOS E 6 MESES
PESO: 6,400kg
SEXO: FÊMEA (CASTRADA)
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1. FICHAS DE ANAMNESE
Animal SOPHIA
Canino
Raça dachshund
Idade 13 anos
Peso 6.5kg
Exame Físico
Mucosas róseas
Temperatura: 38.3 C
Exames solicitados
Hemograma + FR + FH
Citologia aspirativa
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DATA: 05/05/2021 - Dra. Cauana Moura Valiante – CRMV nº 23035
Animal SOPHIA
Canino
Raça dachshund
Idade 13 anos
Peso 6.2kg
Dra. Jessica – Oncologista
Refere bom estado geral, normorexia, normodipsia. Nega alterações urinárias. Nega
demais alterações. Amanhã 6 sessão de radioterapia.
Exame Físico
Mucosas róseas
Exames Complementares
HG/FR/FH
Diagnóstico
Melanoma melânico + hepatopatia
Tratamento
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DATA: 12/11/2021 - Dra. Cauana Moura Valiante – CRMV nº 23035
Animal SOPHIA
Canino
Raça dachshund
Idade 13 anos
Peso 6.4kg
Refere bom estado geral, apetite caprichoso, normodipsia, normoquezia.
Nega alterações urinárias. Nega êmese e melhora da dor em coluna.
Exame Físico
Temperatura: 38.2 C
ACP: RCR, BCRNF com sopro grau III e mitral e campos pulmonares limpos.
Exames Complementares
US Abdominal
Diagnóstico
Melanoma oral+discopatia+IVCMb2
Tratamento
Manter SAME/SILIMARINA/GABAPENTINA
OXCEL e MACROGARD STICKS
FAMOTIDINA 6mg/ml – 1 ml BID no dia da QT e nos primeiros 10 dias
pós
CERENIA 0,1mg / kg dia da quimio e de 2 à 5 dias pós quimio
Ret. Em 7 dias com HG/FR/FH, Titulação de Erlichia para iniciar sessão
de carboplatina (planejamento de 6 sessões)
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1.1 ANÁLISE DE EXAME CITOLÓGICO
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1.2 ANÁLISE DE EXAME HISTOPATOLÓGICO
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1.3 ANÁLISE DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
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2. REVISÃO DE LITERATURA
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queratinócitos, onde cumprem o papel de proteger a pele dos efeitos nocivos
da radiação ultravioleta, dentre outros (GOLDSCHMIDT; HENDRICK, 2002).
2.2.2. Etiologia
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e seus colaboradores relataram um caso de melanoma osteogênico oral onde,
na microscopia, evidenciaram-se diversas áreas tumorais com formação de
cartilagem entremeada por osteócitos e osteoclastos e por deposição de cálcio.
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anos de idade. Para Vail e Withrow (2007) são tumores mais comuns em cães
mais velhos (idade média de nove anos) que têm pele mais pigmentada.
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2009 apud FONSECA et al., 2014) também são bastante comuns nestes
casos.
2.2.6. Diagnóstico
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sendo necessário obter grande material para análise, lembrando que cães com
massas ulceradas geralmente toleram uma aspiração por agulha fina profunda,
sem anestesia geral (LIPTAK; WITHROW, 2007).
Além de uma primeira triagem através da punção aspirativa por agulha fina
e consequente citologia; a biopsia do tecido é recomendada para diferenciar a
doença benigna da maligna e também para os proprietários poderem analisar
as opções de tratamento levando-se em conta o estadiamento do tumor
(LIPTAK; WITHROW, 2007).
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2.2.7. Tipos de melanomas – Histopatológico
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adquirem sua autonomia, ou seja, conseguem escapar do controle dos
queratinócitos, eles passam a se multiplicar de forma difusa, descontrolada e
equivocada, levando a formação de tumores sólidos, que neste caso, podem
assumir dois tipos de comportamento: benigno e maligno, sendo que em
ambos os casos a patogenia parece ser à mesma. Quando a neoplasia
melanocítica é benigna, recebe a denominação Melanocitoma e do contrário,
quando a lesão é maligna, recebe o nome de Melanoma ou Melanoma Maligno,
de acordo com o último boletim da OMS (1998) para medicina veterinária
(GOLDSCHMIDT et al., 1998).
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de anaplasia, o que caracteriza um sinal de malignidade. De acordo com o tipo
da morfologia celular e sua localização os melanocitomas são subdivididos em:
Melanocitoma: originados na região da epiderme e anexos e são
subclassificados em Dérmicos, Compostos e Intraepidérmicos. Entre os
melanocitomas mais raros destacam-se o Melanocitoma de Células de Balão,
compostos por células arredondadas gigantes e o Melanoacantoma, tumores
que apresentam características de um melanocitoma composto e de uma
neoplasia epitelial benigna. O termo “nevus”, comumente utilizado pela
patologia humana para se referir aos melanocitomas não é utilizado na
medicina veterinária, o que torna seu uso inapropriado na literatura veterinária
(GOLDSCHMIDT et al., 1998).
Cavidade oral citologia normal. Uma célula epitelial escamosa angular esta envolvida por simonciela sspp
(estruturas retangulares arredondadas com estrias transversais) (seta longa) no centro nota-se uma célula
epitelial escamosa angular parcialmente sem ceratinizada e o fundo da lâmina apresenta várias bactérias de
tamanho e formas variáveis em um material proteinácio ligeiramente basofílico, Observa-se uma faixa de
proteína nuclear livre decorrente da lise celular ( seta menor) . (Wright;x250.) (Atlas De Citologia de Cães e
Gatos, pag. 174; 2003.)
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utilizou pela primeira vez o termo “melanosarcoma”, após encontrar grande
similaridade entre as lesões de animais e a de humanos. Após vários anos,
Mihm et al. (1971) propuseram o termo “melanoma maligno” às lesões
melanocíticas pigmentadas.
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células mesenquias cancerosas anaplásicas. (Wringth; x250.) (Atlas De Citologia de
Cães e Gatos, pag. 175; 2003.)
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Fonte: ‹saude-joni.blogspot.com› Figura 2 – Desenho
esquemático que representa as camadas da pele e
evidencia um quadro de desenvolvimento de
melanoma.
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Os melanomas são tumores que apresentam um crescimento rápido,
cuja sua forma de invasão sob o tecido pode ocorrer sob dois aspectos
distintos: uma invasão radial, o que significa extensão lateral da lesão (mais
comum em humanos) e outra forma de invasão, denominada vertical, cujo
crescimento se dá em região de epiderme e derme, podendo se exteriorizar e
este é o caso mais frequente nos cães e intensifica a possibilidade de ocorrer
metástase.
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encontrados sob forma de nódulos únicos ou múltiplos, pedunculados ou
sésseis.
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(B) Melanoma Fusiforme: é possível notar que as células apresentam citoplasmas em forma de
fuso evidenciado este tipo histológico.
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que em se tratando da análise histológica dos melanomas, na medicina
veterinária, os padrões de prognóstico dos pacientes ainda não estão bem
definidos e não seguem os mesmos padrões utilizados pela medicina, tais
como análise da espessura tumoral (em mm), propostos por Clark (1969) e
Breslow (1970) e análise do infiltrado inflamatório. (TARSO, 2011)
5. ANÁLISE EMBRIOLÓGICA
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comunicação (LI et al., 2002). Isto significa que em epidermes normais os
melanócitos não estabelecem contato entre si, mas formam junções aderentes
e regulatórias com os queratinócitos vizinhos, por meio das moléculas de
adesão, tal como a caderina-E, a desmoglina e canais de comunicação do tipo
gap (as conexinas) . (TARSO 2011)
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6. ANÁLISE GENÉTICA
Estes elementos servem de base para traçar os perfis dos tumores entre
os pacientes permitindo estabelecer a diferença de prognóstico e gravidade.
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correlacionada à proliferação celular. Além disso, suas principais funções têm
sido atribuídas ao reparo e duplicação do DNA, devido a sua participação na
montagem de cromatina e também na transcrição de RNA. (TARSO 2011)
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7. INDICAÇÃO DE TRATAMENTO
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8. CONCLUSÃO DO CASO SOB O ESTUDO APLICADO
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com estroma escasso e algumas vezes em forma de ninho
(GOLDSCHMIDT et al., 1994). Geralmente se localizam em região da
derme, sendo similares as células de fibrossarcomas, com núcleos
largos e nucléolos proeminentes.
Melanomas Mistos: recebe esta denominação pelo fato de envolver os
dois tipos celulares e localizações mencionadas.
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repercussão. Foi realizada ainda tomografia para melhor elucidação e
diagnostico de tratamento.
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