Aminas e Compostos Oxigenados Não Carbonílicos
Aminas e Compostos Oxigenados Não Carbonílicos
Aminas e Compostos Oxigenados Não Carbonílicos
PROPÓSITO
Apresentar noções básicas sobre estrutura, nomenclatura, propriedades, métodos de obtenção
e reações de compostos oxigenados não carbonilados e aminas, dando ênfase aos
mecanismos das reações.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Identificar as características químicas, físicas e reatividade das aminas, assim como suas
nomenclaturas
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Os compostos oxigenados não carbonilados e as aminas estão entre os mais abundantes na
natureza, podendo ser encontrados em biomoléculas ativas e recursos naturais. Além disso,
possuem muitas aplicações industriais e farmacêuticas.
Neste tema, você terá a oportunidade de reconhecer as principais reações que envolvem os
álcoois, fenóis, éteres e as aminas, assim como descrever os princípios mecanísticos de cada
tipo de reação. Abordaremos também alguns exemplos de reações e suas aplicações no nosso
cotidiano.
MÓDULO 1
Fonte: Ekaterina_Minaeva/Shutterstock.
O metanol, por exemplo, embora seja tóxico aos seres humanos em pequenas doses, é um
dos mais importantes produtos químicos industriais, sendo utilizado como solvente de tintas e
vernizes, como material de partida para a produção do formaldeído e do ácido acético, na
síntese de insumos farmacêuticos, na produção de biodiesel e como combustível de motores à
explosão, como aviões a jato e carros de corrida.
Fonte: gstraub/Shutterstock.
Fonte: chromatos/Shutterstock.
O fenol é encontrado no alcatrão de hulha (tipo de carvão) e possui como principais aplicações
a antisséptica e a germicida, pois consegue coagular as proteínas dos organismos e das
bactérias. Entretanto, por possuírem essa ação desinfectante, os fenóis também podem ser
tóxicos e cáusticos.
ÉTER DIETÍLICO
O éter dietílico talvez seja a substância mais familiar entre os éteres. Em 1842, ele foi
empregado como anestésico cirúrgico na Geórgia e logo depois foi introduzido no uso cirúrgico
em um hospital em Boston, entretanto é um líquido altamente volátil que atualmente entrou em
desuso por ser inflamável (SOLOMONS e FRYHLE, 2001).
ÉTER DIETILENOGLICOL
O dietilenoglicol (DEG) apresenta propriedade anticongelante, sendo muito utilizado nas
indústrias farmacêutica e cosmética e em motores de carros, mas também pode ser tóxico aos
seres humanos. No início de 2020, o dietilenoglicol foi a principal causa de intoxicação em
diversas pessoas que consumiram cerveja artesanal produzida no estado de Minas Geras que
estava contaminada pela substância. Algumas delas morreram e outras tiveram a saúde
comprometida devido à síndrome nefroneural causada pelo DEG. Acredita-se que o uso
inadequado da substância para refrigeração dos tanques com um possível vazamento tenha
causado a contaminação da cerveja.
SÍNDROME NEFRONEURAL
Além dos usos citados, os éteres são utilizados como solventes de óleos, gorduras, resinas e
na fabricação de seda artificial.
Fonte: O Autor.
Fonte: O Autor.
A presença de hidroxila nessas classes de compostos permite que eles possuam uma
capacidade de formar ligações de hidrogênio, fazendo com que os álcoois e fenóis estejam
associados entre si e, consequentemente, tenham um ponto de ebulição maior do que seus
isômeros funcionais que não fazem esse tipo de interação (os éteres, por exemplo).
O átomo de hidrogênio do –OH polarizado positivamente de uma molécula é atraído pelo par
de elétrons no átomo de oxigênio eletronegativo de outra molécula, resultando em uma força
fraca que mantém as moléculas unidas.
ATENÇÃO
Sendo assim, para vencer essas atrações intermoleculares, é necessário maior temperatura
para que as moléculas entrem no estado de vapor.
Podemos observar na figura abaixo que os álcoois, devido às suas ligações de hidrogênio,
possuem pontos de ebulição bem maiores quando comparados com os hidrocarbonetos de
massas moleculares próximas.
Fonte: O Autor.
Outra propriedade dos álcoois e fenóis, proporcionada pela habilidade em formar ligações de
hidrogênio, é a sua solubilidade em água. Entretanto, a solubilidade dos álcoois diminuirá
gradualmente à medida que a cadeia de hidrocarboneto da molécula aumentar.
Álcoois monoidroxilados
CH3CH2OH Etanol -117 78,3 ∞
Terc -
(CH3)3COH 25 82,5 ∞
butanol
2-
CH2=CHCH2OH -129 97 ∞
propenol
Dióis
Etileno
CH2OHCH2OH -12,6 197 ∞
glicol
CH3CHOHCH2OH Propileno -59 187 ∞
glicol
Fenóis
2-
o-CH3C6H5-OH 30 191 2,5
metilfenol
3-
m-CH3C6H5-OH 11 201 2,6
metilfenol
4-
p-CH3C6H5-OH 35,5 201 2,3
metilfenol
2-
o-ClC6H5-OH 8 176 2,8
clorofenol
3-
m-ClC6H5-OH 33 214 2,6
clorofenol
4-
p-ClC6H5-OH 43 220 2,7
clorofenol
LOCALIZADOR
PREFIXOS
COMPOSTO PRINCIPAL
SUFIXO
Fonte: O autor.
Figura 4: Estrutura da nomenclatura substitutiva IUPAC.
ATENÇÃO
A cadeia hidrocarbônica deve ser numerada de maneira que o número menor fique mais
próximo ao carbono ligado à hidroxila.
As posições do grupo hidroxila e dos outros substituintes (prefixos) devem ser indicadas como
localizadores, conforme Figura 4.
Fonte: O autor.
Figura 5: Exemplos de nomenclatura IUPAC dos álcoois.
Apesar dos nomes sistemáticos ou substitutivos IUPAC, os álcoois mais simples e abundantes
apresentam nomes comuns, que também são aprovados pela IUPAC (Figura 6).
Fonte: O autor.
Figura 6: Exemplos de nomenclatura comum dos álcoois.
Já os álcoois que possuem duas hidroxilas não terão o sufixo –o substituído por –ol, e sim a
adição do sufixo –diol, pois neste caso não há possibilidade de ocorrência de duas vogais
adjacentes, como nos álcoois com apenas uma hidroxila. Entenda melhor esse conceito
observando os exemplos na figura abaixo.
Fonte: O autor.
Figura 7: Exemplos de dióis.
Por fim, os fenóis substituídos podem ser nomeados com o sufixo –fenol ao final do nome da
cadeia principal.
ATENÇÃO
Entretanto, os compostos que possuem um grupo hidroxila ligado a um anel benzenoide são
chamados de naftóis e fenatróis, embora, sejam quimicamente similares aos fenóis.
Fonte: O autor.
Figura 8: Exemplos de nomenclatura de fenóis.
Os éteres são derivados orgânicos que possuem dois grupos hidrocarbônicos ligados ao
mesmo átomo de oxigênio. Os grupos podem ser alquila, alquenila, vinila, alquinila ou arila e o
átomo de oxigênio pode fazer parte de uma cadeia linear ou de um anel (Figura 9).
Fonte: O autor.
Figura 9: Exemplo de éteres.
Assim como os álcoois, as ligações R-O-R dos éteres possuem um ângulo de ligação próximo
ATENÇÃO
Os éteres, contudo, podem realizar ligações de hidrogênio com a água, fazendo com que sua
solubilidade seja semelhante aos álcoois de mesmo peso molecular.
Fonte: O autor.
Figura 10: Propriedade do butanol, éter etílico e pentano.
Dentro da família dos éteres, nós temos os éteres cíclicos que possuem o mesmo
comportamento que os ésteres de cadeia linear, com exceção dos epóxidos.
EPÓXIDOS
Os epóxidos são éteres cíclicos com anéis de três membros que, devido à tensão do
anel, possuem uma reatividade única. Dentre os epóxidos, o óxido de etileno é o mais
simples e utilizado como intermediário na fabricação do etileno glicol e de polímeros de
poliéster.
Fonte: O autor.
Figura 11: Exemplos de éteres cíclicos.
Além dos éteres já citados anteriormente, os éteres cíclicos, dioxano e tetraidrofurano são
muito utilizados na indústria como solventes em razão da sua inércia.
INÉRCIA
O sentido de inércia neste contexto se deve ao fato dessas substâncias atuarem apenas
como solventes, sem que interfiram no curso de reações orgânicas ou provoquem
modificações estruturais nos compostos solubilizados por eles.
ATENÇÃO
Entretanto, para compostos mais complexos ou com mais de uma ligação de éter, os nomes
substitutivos da IUPAC devem ser usados.
Fonte: O autor.
Figura 12: Exemplos de nomenclatura dos éteres.
Fonte: O autor.
Figura 13: Exemplos de nomenclatura de éteres cíclicos.
protonados por ácidos fortes para produzir íons oxônio, ROH2+. Já como ácidos, eles se
dissociam fracamente em solução aquosa, doando um protón para a água, formando H3O+ e
um alcóxido ou fenóxido.
SAIBA MAIS
Álcoois simples como o metanol e o etanol são tão ácidos quanto a água, mas a substituição
por grupamentos alquilas terá um efeito significativo na acidez dos álcoois, devido à solvatação
do íon alcóxido que resulta da dissociação. Observe na tabela abaixo que álcoois mais
impedidos estericamente são menos ácidos que os álcoois não impedidos, pois esses são
favorecidos pela maior facilidade de solvatação pela água, estabilizando o átomo de oxigênio
do respectivo íon alcóxido.
Ainda sobre a tabela, podemos observar que o efeito indutivo do substituinte também
influenciará na acidez dos compostos. Note que os compostos que possuem halogênios como
substituinte apresentam
um menor valor de pKa (São mais ácidos.) em relação aos seus correspondentes sem o
substituinte.
Quanto maior o número de substituintes puxadores de elétrons (como o flúor, por exemplo) e o
quão mais perto eles estiverem da ligação O–H, maior a acidez do composto e,
consequentemente, menor será o pKa.
Os álcoois são frequentemente utilizados como solventes para reações orgânicas por
apresentarem maior facilidade que a água em dissolver compostos orgânicos menos polares.
O seu uso como solvente tem como vantagem a utilização dos íons alcóxido como base. Outra
vantagem do uso desses compostos como solventes é a possibilidade de serem gerados íons
alcóxido no meio reacional e estes atuarem como espécies básicas.
EXEMPLO
Podemos criar uma solução de etóxido de sódio em álcool etílico pela adição de hidreto de
sódio (NaH) ao álcool. Entretanto, devemos utilizar um grande excesso de álcool etílico, pois
queremos que, além de serem gerados os íons etóxido, o meio contenha muitas moléculas de
álcool para que ele atue como o solvente.
Agora, para falarmos dos fenóis, vamos voltar à tabela 2 e utilizá-la como base para a nossa
discussão. Note que os fenóis possuem valores de pKa menores que os álcoois, isso ocorre
porque o íon fenóxido é estabilizado por ressonância.
Fonte: O autor.
Figura 15: Estruturas canônicas do fenóxido.
Assim como nos álcoois, os substituintes influenciarão na reatividade dos fenóis. Os fenóis com
substituintes retiradores de elétrons são frequentemente mais ácidos que o fenol devido à
capacidade de os substituintes distribuírem a carga negativa. Já os substituídos por doadores
de elétrons serão menos ácidos que o fenol, uma vez que ocasionam a concentração da carga
negativa.
Fonte: Sergio99/Shutterstock.
Fonte: ShutterstockProfessional/Shutterstock.
O anisol ou metoxibenzeno é um éter aromático, líquido, volátil, com odor agradável originário
da semente de anis e muito utilizado na indústria de cosméticos e de higiene.
Fonte: O autor.
Figura 17: Estruturas das biomoléculas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) I – metoxibutano; II – metoxi-p-metilbenzeno
C) I – etoxibutano; II – metoxibenzeno
D) I – etoxibutano; II – 1,4-dimetoxibenzeno
GABARITO
Os fenóis com substituintes retiradores de elétrons são frequentemente mais ácidos do que o
fenol, já os substituídos por doadores de elétrons serão menos ácidos do que o fenol, uma vez
que ocasionam a concentração da carga negativa.
A nomenclatura do éter será o prefixo que indica o número de carbonos do menor radical, mais
–oxi e o nome do hidrocarboneto correspondente ao maior radical.
MÓDULO 2
Neste módulo, nós iremos abordar diversas formas de preparar álcoois, éteres e epóxidos,
além de mostrar as reações de proteção e oxidação de álcoois e fenóis.
REGRA DE MARKOVNIKOV
REARRANJOS
OXIMERCURAÇÃO
Na primeira etapa, oximercuração, o íon eletrofílico HgOAc+ aceita um par de elétrons do
alceno para formar um carbocátion com ponte de mercúrio, fazendo com que a carga positiva
do carbocátion seja compartilhada entre o átomo de carbono secundário e o átomo de
mercúrio. Em seguida, uma molécula de água ataca o carbono que carrega a carga positiva
parcial e, por fim, uma reação ácido-base transfere um próton a uma outra molécula de água
(ou íon acetato), produzindo o composto hidroxialquil mercúrico e íon hidrônio.
null
DESMERCURAÇÃO
O mecanismo para a segunda etapa, desmercuração, onde ocorre a substituição do grupo
acetoximercúrico pelo hidrogênio ainda é pouco compreendida, mas acredita-se que envolve
formação de radicais.
A hidroboração ocorre com tratamento do alceno com solução de THF:BH3 (Complexo borano-
ATENÇÃO
ETAPA 1
No mecanismo proposto, inicia-se com a doação de elétrons π da ligação dupla ao orbital p
vazio do BH3 (complexo π), em seguida, forma-se um estado de transição de quatro centros
cíclicos com a adição do átomo de boro ao átomo de carbono menos substituídos. Observe na
figura 23 que as linhas tracejadas representam as ligações que são parcialmente formadas ou
parcialmente rompidas. Por fim, o estado de transição se transforma em um alquilborano. As
demais ligações B-H podem passar por adições semelhantes, levando ao trialquilborano.
ETAPA 2
A segunda etapa é a oxidação dos triaquilboranos formados. O átomo de boro aceita um par de
elétrons do íon hidroperóxido, formando um intermediário instável que terá um grupo alquila
migrando do boro para o átomo de oxigênio adjacente quando um íon hidróxido se afasta. A
migração do grupo alquila (com retenção da configuração) irá ocorrer até que todos eles se
liguem aos átomos de oxigênio, dando origem a um borato de trialquila.
Por fim, o éster formado sofrerá hidrólise básica para produzir três moléculas do álcool e um
íon borato.
As reduções de aldeídos e cetonas podem ser realizadas com diferentes reagentes, entretanto,
o boroidreto de sódio é o mais utilizado por questões de segurança e facilidade de manuseio.
Aldeídos
Já as reduções de ácidos carboxílicos e ésteres formam álcoois primários, porém, como não
são tão rápidas como as reduções de aldeídos e cetonas, é necessária a utilização de um
agente redutor mais reativo, como o LiAlH4.
Os álcoois primários são oxidados tanto a aldeídos como ácidos carboxílicos, dependendo do
reagente e das condições empregadas. A oxidação de álcoois primários em aldeídos
dificilmente consegue parar em aldeído, sendo necessários agentes de oxidação especiais. Um
dos mais utilizados é o clorocromato de piridínio (PCC) , formado quando o CrO3 é dissolvido
em ácido clorídrico e depois tratado com piridina. A maioria dos outros agentes oxidantes,
como o trióxido de cromo ou permanganato de potássio, é capaz de oxidar os álcoois primários
diretamente a ácidos carboxílicos.
Os álcoois secundários são oxidados facilmente para formar cetonas. Dentre os vários agentes
oxidantes baseados no cromo (VI) disponíveis, o mais utilizado é o ácido crômico preparado
pela adição do óxido de cromo (VI) ou dicromato de sódio ao ácido sulfúrico aquoso.
Já a oxidação em fenóis não ocorre da mesma maneira que nos álcoois, pois não há um átomo
de hidrogênio no carbono que contém o grupo hidroxila. Sendo assim, a reação do fenol com
um agente oxidante forte, nitrodissulfonato de potássio (KSO3)2NO, produz uma quinona (ou
PROTEÇÃO DE ÁLCOOIS
Durante a síntese de moléculas complexas pode ocorrer de um grupo funcional em uma
molécula interferir na reação de um segundo grupo funcional presente na mesma molécula.
Quando isso ocorre, às vezes, é possível resolver o problema protegendo o grupo funcional
interferente, seguindo três etapas:
ETAPA 01
Introdução de um grupo protetor para bloquear a função interferente.
ETAPA 02
Realização da reação desejada.
ETAPA 03
Remoção do grupo protetor.
A formação do éter trimetilsilílico é o método mais comum para proteção de álcoois, onde o
clorotrimetilsilano reage com o álcool na presença de uma base, geralmente trietilamina.
O éter formado não possui hidrogênios ácidos, sendo pouco reativo e, consequentemente, não
reage com agentes oxidantes, agentes redutores ou reagentes de Grignard, reage apenas com
ácido aquoso ou com íon fluoreto para regenerar o álcool.
EXEMPLO
No exemplo a seguir é possível verificar a utilização do grupo protetor para realizar a reação de
Grignard em um halo-álcool.
Entretanto, esse método é limitado à utilização de álcoois primários, pois o uso de álcoois
secundários e terciários levam à formação de alcenos através de um mecanismo E1.
qualquer reação SN2, a síntese de Williamson possui algumas limitações, tais como a
ATENÇÃO
Sendo assim, os éteres assimétricos são melhor preparados pela reação do íon alcóxido mais
impedido e um haleto menos impedido.
Neste caso, um alceno é tratado com um álcool na presença de acetato mercúrico ou, ainda
melhor, trifluoroacetato de mercúrico. Em seguida, a desmercuriação com NaBH4 forma o éter,
Por fim, os epóxidos são preparados pelo tratamento de um alceno com um peroxiácido,
processo chamado de epoxidação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) CrO3
B) KMnO4
C) PCC
D) NABH4
E) NaH
GABARITO
Na síntese de Williamson, um íon alcóxido (neste caso, proveniente da reação entre uma base
forte e o fenol) reage com um haleto de alquila primário (brometo de etila). Os éteres
assimétricos devem ser preparados pela reação do íon alcóxido mais impedido e um haleto
menos impedido.
Para que o produto de reação da oxidação de álcool primário seja um aldeído, o reagente é o
mais utilizado. Isso porque a maioria dos outros agentes oxidantes, como o trióxido de cromo
(CrO3) ou permanganato de potássio (KMnO4), oxida os álcoois primários direto a ácidos
carboxílicos.
MÓDULO 3
NAS PLANTAS
Como a nicotina presente no tabaco, a Indigotina presente no anil, o corante natural
encontrado na Indigofera anil, a cafeína encontrada no café, o guaraná e mate, e a cocaína,
estimulante encontrado nos arbustos da planta da coca na América do Sul que já foi usada em
medicamentos e em bebidas.
Atualmente, seu maior consumo é através de drogas ilícitas que causam dependência química.
null
NOS ANIMAIS
É possível encontrar trimetilamina, responsável pelo odor característico dos peixes,
histrionicotoxina, neurotoxina extremamente tóxica, presente em sapos colombianos,
aminoácidos, blocos fundamentais a partir dos quais todas as proteínas são formadas e as
bases de aminas cíclicas, constituintes dos ácidos nucleicos.
null
NA INDÚSTRIA
Temos a presença das aminas na produção de sabão, condicionadores para cabelo, produção
de corantes sintéticos para uso em alimentos e medicamentos e na vulcanização da borracha,
processo em que se adiciona enxofre à borracha natural para torná-la mais resistente e flexível.
Na indústria farmacêutica, as aminas são amplamente utilizadas na produção de
medicamentos e estão muito presentes nas classes de anfetaminas, antidepressivos,
ansiolíticos e vitaminas.
null
Fonte: Timof/Shutterstock.
Sabão.
de amônia. O átomo de nitrogênio possui hibridização sp3 , onde os três grupos alquila (ou
hidrogênios) ocupam os vértices do tetraedro e o orbital sp3 , contendo o par de elétrons não
compartilhado, está dirigido para o outro vértice.
Fonte: O autor.
Figura 38: Exemplos de aminas.
Os ângulos de ligação C-N-C são aqueles esperados para uma estrutura tetraédrica, ou seja,
próximos a 109°. A estrutura tetraédrica pode proporcionar uma amina com três substituintes
diferentes no átomo de nitrogênio, caracterizando-a como quiral, ou seja, existirão duas formas
enatioméricas da amina terciária. Entretanto, diferentemente dos compostos quirais de
carbono, a resolução das aminas enantioméricas é normalmente impossível de ser realizada,
pois os enantiômeros se interconvertem rapidamente através de inversão piramidal (ou
SAIBA MAIS
Outra característica marcante das aminas é o odor. As aminas de baixa massa molecular como
a trietilamina possuem odor característicos de peixe, enquanto as diaminas, como a cadaverina
(1,5-pentanodiamina) e a putrescina (1,2-butandiamina), possuem odores oriundos da
decomposição de cadáveres.
ATENÇÃO
Fonte: O autor.
Figura 39: Classificação das aminas.
Fonte: O autor.
Figura 40: Estrutura do sal de amônio quaternário.
Fonte: O autor.
Figura 41: Nomenclatura sistemática IUPAC e comum.
Fonte: O autor.
Figura 42: Nomenclatura de compostos com substituinte amino.
As aminas heterocíclicas são compostos nos quais o átomo de nitrogênio faz parte do anel.
Possuem nomenclatura comuns, onde cada anel heterocíclico recebe o seu próprio nome
principal.
Na nomenclatura sistemática IUPAC, embora pouco utilizada, os prefixos aza-, diaza- e triaza-
são utilizados para indicar que os átomos de carbono foram substituídos por átomos de
nitrogênio no hidrocarboneto correspondente.
Fonte: O autor.
Figura 43: Nomenclatura das aminas heterocíclicas.
Entretanto, os valores de Kb, na prática, não são muito utilizados, sendo assim, a maneira mais
conveniente de se comparar a basicidade das aminas é comparar as constantes de acidez dos
seus ácidos conjugados (íons alquilamínio correspondentes). O íon amínio de uma amina mais
básica tem um Ka menor do que o íon amínio de uma amina menos básica.
BASE FRACA
BASE FORTE
BASE FRACA
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Avaliando a tabela, podemos observar que os íons alquilamínio primários são menos ácidos do
que o íon amônio, ou seja, as aminas primárias são mais básicas do que a amônia. Assim
como, as aminas secundárias são mais básicas que as primárias. Isso acontece porque o
grupo alquila tem habilidade de doar elétrons, estabilizando o íon alquilamínio que resulta da
reação ácido-base através da dispersão da sua carga positiva.
Na fase gasosa, a basicidade das aminas se eleva com o aumento da substituição por grupos
alquilas.
Entretanto, na fase aquosa, o comportamento não é o mesmo, pois os íons formados a partir
das aminas primárias e secundárias são estabilizados pela solvatação através de ligação de
hidrogênio com as moléculas de água.
Já nas aminas terciárias, esta solvatação já não é tão eficiente, pois os íons amínios
correspondentes possuem apenas um hidrogênio para realizar ligação de hidrogênio com a
água, enquanto os íons derivados das aminas primárias e secundárias possuem dois ou três,
respectivamente. Em contrapartida, o efeito doador de elétrons faz com que a amina terciária
seja mais básica do que a amônia.
FASE GASOSA
(CH3)3N > (CH3)2NH > CH3NH2 > NH3
SOLUÇÃO AQUOSA
(CH3)2NH > CH3NH2 > (CH3)3N > NH3
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
elétrons π do anel aromático, estando menos disponíveis para ligação com o H+.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
carbono são hibridizados sp2 , eles são mais eletronegativos e, consequentemente, mais
AS AMINAS E AS BIOMOLÉCULAS
ADRENALINA
DOPAMINA
É um neurotransmissor da família das catecolaminas, também conhecidas como aminas
biogênicas. Os neurotransmissores dessa família atuam no sistema nervoso central (SNC),
modulando as funções de neurotransmissão relacionadas, por exemplo, ao movimento, às
emoções, à atenção, ao aprendizado e ao sono. As normalidades no nível de dopamina no
cérebro estão associadas com muitas desordens psiquiátricas, incluído a Doença de
Parkinson.
ANFETAMINA
É uma droga sintética com propriedade estimulante e possui estrutura similar à adrenalina. As
similaridades estruturais desses compostos devem estar relacionadas com os efeitos
fisiológicos e psicológicos, pois muitos outros compostos com propriedades similares também
são derivados da 2-feniletilamina. São drogas sintéticas que estimulam a atividade do SNC.
Edellano, em 1887, foi quem primeiro obteve essa substância em laboratório, que só foi
utilizada em larga escala durante a Segunda Guerra Mundial para manter os soldados
acordados e mais ativos no esforço de batalha. Foi observado, também, que as anfetaminas,
além de serem eficazes para deixá-los mais atentos e confiantes, diminuíam a sensação de
fome e fadiga. Entretanto, as autoridades médicas da Inglaterra notaram que o desempenho
dos pilotos RAF sob efeito da droga ficava comprometido e o seu uso foi proibido. Após a
confirmação da ação como inibidora do apetite, a anfetamina passou a ser usada nas dietas
alimentares para perda de peso.
ATENÇÃO
Entretanto, infelizmente, existem usos inadequados da droga, como o rebite, utilizado pelos
caminhoneiros para não dormir no volante, a bolinha que deixa o estudante “aceso” nas
vésperas das provas e as “balinhas” ou comprimidos de ecstasy utilizados na noite pelos
jovens.
GABARITO
As arilaminas, normalmente, são menos básicas que as alquilaminas, pois, nas arilaminas, o
par de elétrons do nitrogênio está deslocalizado pela interação com o sistema de elétrons π do
anel aromático, estando menos disponíveis para ligação com o H. Entre as aminas alifáticas
primária e secundária, metilamina e dimetilamina, a mais básica será a com maior número de
substituintes –CH3, pois o grupo alquila tem habilidade de doar elétrons, estabilizando o íon
alquilamínio que resulta da reação ácido-base através da dispersão da sua carga positiva.
2. (Cesgranrio-RJ) No início de 1993, os jornais noticiaram que, quando uma pessoa se
apaixona, o organismo sintetiza uma substância (etilfenilamina) responsável pela
excitação característica daquele estado. A classificação e o caráter químico desta amina
são, respectivamente:
Os dois hidrogênios da amônia foram substituídos, portanto trata-se de uma amina secundária.
As aminas possuem caráter básico.
MÓDULO 4
SÍNTESE DE AMINAS
ATENÇÃO
Mas, infelizmente, esse método é de aplicação muito limitada, pois não cessam após a primeira
alquilação.
Uma vez que a amônia e as aminas primárias possuem a mesma reatividade, a substância
monoalquilada formada incialmente pode sofrer reações múltiplas, formando uma mistura de
produtos.
Um método muito mais eficaz para síntese de aminas primárias a partir de haleto de alquila é
utilizar a síntese de azida. Neste caso:
PRIMEIRO PASSO
SEGUNDO PASSO
PRIMEIRO PASSO
Reagir o haleto de alquila com NaN3 (azida de sódio) a fim de gerar uma azida de alquila (R-
N3) por uma reação de substituição nucleofílica. Uma vez que as azidas de alquila não são
SEGUNDO PASSO
A azida de alquila pode ser reduzida a uma amina primária com hidreto de lítio e alumínio. Vale
destacar que as azidas de alquila de baixa massa molecular são explosivas e não devem ser
isoladas, mas, sim, mantidas em solução.
A segunda alternativa para o preparo de aminas primárias é a Síntese de Gabriel que usa
uma alquilação da ftalimida, que, por ser bastante ácida, pode ser convertida em ftalimida de
potássio pelo hidróxido de potássio. O ânion de ftalimida formado por ser um nucleófilo forte irá
reagir com o haleto de alquila através de um mecanismo SN2, fornecendo uma N-
alquilftalimida.
HALETO DE ALQUILA
A N-alquilftalimida pode ser hidrolisada com ácido ou base aquosa (hidrólise mais difícil de
ocorrer), mas o mais conveniente é tratá-la com hidrazina em etanol em refluxo, resultando em
uma amina primária.
As aminas podem ser sintetizadas em uma única etapa através da aminação redutiva, que se
dá pelo tratamento de aldeído ou cetona com amônia ou amina na presença de um agente
redutor.
Fonte: O autor.
Figura 51: Esquema de aminação redutiva.
O mecanismo de reação da aminação redutiva ocorre de acordo com a Figura 52. A amônia,
através de uma reação de adição nucleofílica, se une ao grupo carbonila da cetona, formando
um intermediário carbinolamina. Este intermediário perderá uma molécula de água, dando
origem a uma imina que será reduzida a uma amina utilizando NaBH4 ou H2/Ni.
Os agentes redutores que podem ser utilizados, além dos já citados, são NaBH3CN ou
A formação de uma amina primária pode ocorrer através da redução de uma nitrila com LiAlH4,
onde a adição nucleofílica do íon hidreto à ligação polar CΞN forma um ânion imina. A imina
formada ainda possui uma ligação C=N e, assim, sofre a segunda adição nucleofílica de
hidreto para formar um diânion.
seguida, ocorre a protonação do diânion pela adição de água, gerando uma amina.
Hidrogenação catalítica
passíveis de redução.
Fonte: bestber/Shutterstock.
O rearranjo de Hofmann ocorre quando uma amida primária é tratada com solução de bromo
ou cloro e base, gerando aminas. O mecanismo para esta reação é mostrado na Figura 57.
ETAPA 01
ETAPA 02
ETAPA 03
ETAPA 04
ETAPA 01
Inicialmente, a amida sofre a bromação promovida por base, o ânion formado irá reagir com o
bromo através de uma reação de substituição α, formando a bromoamida.
ETAPA 02
Em seguida, ocorre a remoção do próton remanescente por uma base levando à formação do
ânion bromoamida.
ETAPA 03
ETAPA 04
O isocianato é rapidamente hidrolisado pela base aquosa em um íon carbamato que sofre
descarboxilação espontânea resultando na formação da amina.
Um ponto importante a ser observado é que nas duas primeiras etapas do mecanismo, dois
átomos de hidrogênio devem estar presentes no nitrogênio da amida para que a reação possa
ocorrer. Logo, o rearranjo de Hofmann é limitado ao uso de amidas primárias.
O rearranjo de Curtius, embora envolva uma azida de acila, possui mecanismo semelhante ao
rearranjo de Hofmann. No rearranjo de Curtius, o grupo R migra do carbono acila para o átomo
de nitrogênio à medida que o grupo abandonador sai. A reação ocorre com aquecimento de
uma azida de acila, preparada através de uma ração de substituição nucleofílica de acila de um
cloreto de ácido com azida de sódio.
REAÇÕES DE AMINA
As aminas são muito importantes em diversos tipos de reação, podendo agir como base, como
nucleófilos nas reações de alquilação e nas reações de acilação e como grupo ativador em
anéis aromáticos orientando nas posições orto e para .
ACILAÇÃO
Fonte: O autor.
Figura 60: Reação de acilação.
ELIMINAÇÃO DE HOFMANN
A base utilizada, geralmente, é o óxido de prata que atua trocando o íon hidróxido por iodeto no
hidróxido de amônio quaternário, fornecendo a base necessária para provocar a eliminação. No
caso das eliminações de Hofmann que envolvem substratos carregados, o produto formado
seguirá a regra de Hofmann, ou seja, o alceno formado será o menos substituído.
A razão dessa seletividade, provavelmente, é estérica, ou seja, em função do tamanho do
grupo abandonador, triaquilamina, a base deve retirar o hidrogênio da posição mais livre
estericamente, ou seja, menos impedida (MCMURRY, 2011).
Esses fatores, a alta reatividade e a basicidade da amina podem ser resolvidos realizando as
reações de substituição aromática eletrofílica na amida correspondente ao invés da amina livre.
Os substituintes amido (-NHCOR) , embora seja ativador e orientador orto e para , são mais
fracos e menos básicos que o grupo amino, pois o par de elétron na amida está mais
deslocalizado.
Em seguida, ocorre a bromação, dando origem a um único produto que será hidrolisado com
solução aquosa básica, produzindo a amina livre. As reações de alquilação e acilação de
Friedel-Crafts também ocorrem normalmente, convertendo a amina em amidas.
O ácido nitroso é capaz de reagir com todas as classes de aminas, entretanto o resultado
obtido dependerá se a amina é primária, secundária ou terciária.
Nas reações de diazotação, as aminas alifáticas primárias reagem com o ácido nitroso,
formando sais de diazônio alifáticos. Esses sais, mesmo a temperaturas baixas, são altamente
instáveis e decompõem-se espontaneamente através da perda de nitrogênio para formar
carbocátions.
ATENÇÃO
Entretanto, essas reações possuem pequena importância sintética, uma vez que produzem
uma mistura complexa de produtos, a partir do carbocátion podemos formar alcenos, álcoois e
haletos de alquila através da remoção de um próton, reação com água e reação com X-.
Já as aminas secundárias (arila e alquila) reagem com o ácido nitroso para produzir as N -
nitrosaminas, enquanto as aminas alifáticas terciárias formam o sal de amina e um composto
N -nitrosoamônio.
As arilaminas terciárias reagem com ácido nitroso para formar compostos aromáticos C-nitroso.
A nitrosação irá ocorrer quase exclusivamente na posição para ou na posição orto , caso a
posição para não esteja livre.
Mas e a reação com arilaminas primárias? Essa, de longe, é a mais importante das reações de
aminas com ácido nitroso, por isso, iremos falar apenas sobre elas no item Reações de
substituição de sais de arenodiazônio.
N-NITROSAMINAS
SAIBA MAIS
A partir daí, Anvisa iniciou uma investigação no Brasil e detectou níveis inaceitáveis de
nitrosaminas nos medicamentos, determinando o recolhimento dos lotes de medicamentos,
proibição de importação de alguns insumos farmacêuticos ativos e a publicação da RDC
283/2019 – que estabelece regras para investigação, controle e eliminação de nitrosaminas
(Anvisa, nota informativa 1/2020).
Segundo essa nota da Anvisa e o guia do Food and Drug Administration (FDA, 2020), a
presença das impurezas no medicamento pode ser oriunda da presença simultânea de nitritos
e aminas na síntese dos insumos farmacêuticos, materiais de partida, reagentes ou solventes.
O FDA (2020) identificou sete impurezas de nitrosamina que teoricamente poderiam estar
presentes em medicamentos: N-nitrosodimetilamina (NDMA), N-nitrosodietilamina (NDEA),
ácido N-nitroso-N-metil-4-aminobutírico (NMBA), N-nitrosoetilisopropilamina (EIPNA), N-
nitrosodiisopropilamina (NDIPA), N-nitrosodibutilamina (NDBA) e N-nitrosometilfenilamina
(NMPA) (Figura 65). Cinco deles (NDMA, NDEA, NMBA, EIPNA e NMPA) foram realmente
detectados em insumos ou medicamentos.
As arilaminas primárias reagem com ácido nitroso para formar sais de arenodiazônio,
entretanto muitos desses sais são instáveis à temperatura acima de 5-10°C. Mas, felizmente,
em muitas reações de substituição de sais de diazônio, não há necessidade de que eles sejam
isolados, podendo ser adicionados outros reagentes no meio reacional, com exceção da
substituição do grupo diazônio pelo –F (neste caso é preciso isolar o sal).
REAÇÃO DE SANDMEYER
Neste tipo de reação, os sais de arenodiazônio são extremamente úteis porque o grupo
diazônio pode ser substituído por um nucleófilo em uma reação de substituição, podendo reagir
com o cloreto cuproso, brometo cuproso, e cianeto cuproso para fornecer os respectivos
produtos nos quais o grupo diazônio foi substituído por –Cl, -Br e –CN. Os mecanismos dessas
reações não são completamente entendidos, mas parecem ser radicalares por natureza, não
iônicas.
No segundo exemplo, o sal de diazônio é substituído pelo flúor através do tratamento com
ácido fluorobórico (HBF4). Neste caso, o fluorato de diazônio é isolado, seco e aquecido até a
Por fim, temos a substituição do sal de diazônio pela hidroxila através da adição de óxido
cuproso a solução diluída do sal de diazônio com excesso de nitrato cúprico.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL O ALCENO VOCÊ ESPERARIA OBTER DA ELIMINAÇÃO DE
HOFMANN DA SEGUINTE AMINA?
A)
A)
B)
B)
C)
C)
D)
D)
E)
E)
A)
A)
B)
B)
C)
C)
D)
D)
E)
E)
GABARITO
No caso das eliminações de Hofmann, o produto formado seguirá a regra de Hofmann, ou seja,
o alceno formado será o menos substituído.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, abordamos as principais reações envolvendo os compostos oxigenados não
carbonilados e aminas, e discutimos os princípios mecanísticos de cada um. Por fim,
apresentamos as principais fontes e uso destes compostos.
Ao concluir o estudo deste tema, você deve ter percebido que os compostos oxigenados não
carbonilados e aminas possuem usos bastantes diversificados e estão presentes no nosso
cotidiano, seja através de fármacos sintéticos ou da natureza.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ANVISA. NOTA INFORMATIVA Nº 1/2020/SEI/GIMED/GGFIS/DIRE4/ANVISA. Consultado em
meio eletrônico em: 13 out. 2020.
COSTA, P.; FERREIRA, V.; ESTEVES, P.; VASCONCELLOS, M. Ácidos e Base em Química
Orgânica. Porto Alegre: Bookman, 2005.
FDA. Control of Nitrosamine Impurities in Human Drugs. Center for Drug Evaluation and
Research: Food and Drug Administration. Setembro, 2020.
MCMURRY, J. Química Orgânica. 7. ed. vol. 2. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
SOLOMONS, T. W. G., FRYHLE, C. B. Química Orgânica. 7. ed. vol. 1. Rio de Janeiro: LTC,
2001.
SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B. Química Orgânica. 8. ed. vol. 2. Rio de Janeiro: LTC,
2006.
EXPLORE+
Para conhecer um pouco mais sobre os riscos de nitrosaminas em medicamentos,
recomendamos a leitura do Guia para Indústria Control of Nitrosamine Impurities in Human
Drugs da FDA, publicado em setembro de 2020.
CONTEUDISTA
Gabriela de Andrade Danin Barbosa
CURRÍCULO LATTES