Química Orgânica - Alcoóis - Éteres - Compostos de Enxofre - 13
Química Orgânica - Alcoóis - Éteres - Compostos de Enxofre - 13
Química Orgânica - Alcoóis - Éteres - Compostos de Enxofre - 13
Química Orgânica:
Alcoóis, Éteres, Epóxidos e
Substâncias que contêm Enxofre
Prof. Dr. Emmanoel Vilaça Costa
Apresentação baseada nos livros
Solomons, 2012 (10ª Ed.), Smith,
2011 (3ª Ed.), Vollhardt 2009 (6ª Ed.)
e Bruice, 2006 (4ª Ed.). Manaus-AM 1
Introdução
Alcoóis e Éteres
• Alcoóis possuem um grupo hidroxila (– OH) ligado a um átomo de C saturado.
Colesterol 2
• Átomo de C do álcool também pode ser um átomo de C saturado de um grupo
alquenila ou alquinila, ou pode ser um átomo de C saturado que está ligado a um
anel benzênico.
Prop-2-en-1-ol Prop-2-in-1-ol
Benzil álcool
(ou alil álcool) (ou álcool propargílico)
Um álcool benzílico
Um álcool alílico
ou
Geraniol
Álcool etílico Álcool benzílico
ou
Mentol (óleo de hortelã)
Álcool isopropílico
ou
Noretindrona
Álcool terc-butílico (contraceptivo oral) 4
• Os éteres têm a fórmula geral R–O–R ou R–O–R’, onde R´ pode ser
um grupo alquila (ou fenila) diferente de R.
Óxido de Tetraidrofurano
O grupo funcional de etileno (THF)
um éter
2 éteres cíclicos 5
Curiosidades!!!!!
Os sabores e aromas encontrados na natureza incluem muitos exemplos de alcoóis
e éteres.
−)-Mentol
(− Vanilina Anetol (do funcho)
(óleo da menta) (dos grãos da baunilha) Sabor do alcaçuz
Flavorizante para associado ao funcho
fins medicinais
Etanol
(da fermentação) Eucaliptol (folhas do eucalipto)
Outro sabor natural Borneol Flavotizante, aromatizante e
(da artemísia) agente medicinal 6
Estrutura e Ligação dos Alcoóis e Éteres
• Álcoóis e éteres contém um átomo de oxigênio cercado
por 2 átomos e 2 pares de elétrons não ligantes, tornando
o átomo de O tetraédrico e hibridizado sp3.
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• Em contraste, o ângulo de ligação C–O–C de um epóxido é em torno de 60o,
um desvio considerável do ângulo de ligação tetraédrico.
• Por esta razão, epóxidos têm tensão angular, tornandos-os mais reativos que
outros éteres.
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Nomenclatura dos Alcoóis
Nomenclatura Substitutiva da IUPAC (formados a
partir dos nomes dos hidrocarbonetos)
1) Selecione a cadeia de C mais longa e contínua na qual a hidroxila
(OH) está diretamente ligada. Mude o nome do alcano
correspondente a esta cadeia substituindo-se a vogal o pelo sufixo
–ol;
Propan-1-ol
Butan-2-ol 4-Metilpentan-1-ol
3-Cloropropan-1-ol 4,4-Dimetilpentan-2-ol
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Nomes comuns aceitos pela IUPAC
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• Éteres cíclicos (epóxidos ou oxiranos) podem ser nomeados de várias maneiras.
Oxaciclopropano Oxaciclobutano
ou oxirano ou oxetano Oxaciclopentano 1,4-Dioxaciclo-hexano
(óxido de etileno) (tetraidrofurano ou THF) (1,4-dioxano)
O óxido de
polietileno é
utilizado em
Óxido de polietileno (PEO) alguns cremes
Um polímero solúvel em H2O feito a partir do para a ele. 15
óxido de etileno
Propriedades Físicas de Alcoóis e Éteres
• Éteres possuem P.E. mais altos do que os alcanos de peso
molecular comarável (Van der Waals e Dipolo-Dipolo);
Rendimento de ∼ 95%
• Etanol importante produto químico industrial. Produzido através da hidratação doe eteno
catalisada por ácido. Cerca de 5% do abastecimento mundial de etanol é realizado desta
forma.
H+
Dietil Éter
• Líquido de P.E. muito baixo e altamente inflamável.
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B. Oximercuração–Desmercuração: Alcenos reagem com acetato mercúrico em
uma mistura de H2O e tetraidrofurano (THF) para produzir compostos de
(hidroxil)mercúrio que podem ser reduzidos a alcoóis com NaBH4 e H2O.
Oximercuração
Desmercuração
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C. Hidroboração–Oxidação: Um alceno reage com BH3:THF ou diborano para
produzir um alquilborano. A oxiação e a hidrólise do alquilborano com H2O2 e
base produzem um álcool.
Enatiômero
Anti-Markovnikov
e adição sin
R = 2-Metil-ciclopentil
Enatiômero
HO– substitui o B
com a retenção
da configuração
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2 - Preparação de Alcoóis a Partir de
Haletos de Alquila
A. Via reação do tipo SN2
- Assim como em todas as reações SN2, altos rendimentos dos produtos são
obtidos com haletos de metila e haletos de alquila 1ários.
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1 - Preparação de Éteres Através da Desidratação
Intermolecular de Alcoóis
Eteno (alceno)
Etapa 2
Outra molécula do álcool age como um nucleófilo e ataca o
álcoo protonado (substrato) em uma reação SN2.
Etapa 3
Novamente ocorre outra reação ácido-base convertendo o
éter protonado no éter. 26
Limitações da Desidratação Intermolecular
• No caso da desidratação intermolecular de alcoóis secundários,
geralmente não são bem-suceditas porque os alcenos se formam muito
facilmente;
Álcool 1ário
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2 - Preparação de Éteres Utilizando a Síntese de
Williamson
• A síntese de éteres de Williamson consiste em uma reação SN2 de um alcóxido de
sódio com um haleto de alquila, com um sulfonato de alquila ou um sulfato de
dialquila.
Mecanismo Geral
Cicloexeno (98%) 30
4 – terc-Butil Éteres Através da Alquilação
de Alcoóis: Grupos Protetores
• Alcoóis 1ários podem ser convertidos em terc-butil éteres dissolvendo-os
em um ácido forte (H2SO4) e, então adicionando isobutileno à mistura.
Grupo
protetor
Situação 1
3-Bromopropan-1-ol
Situação 2
4-Pentin-1-ol
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I - Reações de Alcoóis
As reações de alcoóis estão relacionados com as
seguintes características:
refluxo
Piridina
Protonação do
oxigênio
Ataque por trás
do nucleófilo
- Quando HCl é usado no lugar do HBr ou HI a reação SN2 é mais lenta. Por que?
- A velocidade pode ser aumentada com o uso de ZnCl2 como catalisador. 36
• Alcoóis 2ários e 3ários reagem para formar haletos de alquila através
de um mecanismo SN1. Lembre-se que no mecanismo SN1 há a
formação de carbocátion.
Protonação do
Produto de
átomo mais básico Formação de Substituição
um carbocátion
Produto de Eliminação
Lembre-se que rearranjos podem ocorrer levando a formação de
um outro carbocátion + estável. 37
1.2 - Haletos de Alquila a Partir da Reação
de Alcoóis com PBr3, PCl3ou SOCl2
• Alcoóis podem ser convertidos em haletos de alquila pelo tratamento com
haletos de hidrogênios.
Etanol Grupo
Tribrometo bromofosfito
de fósforo
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Metanol Grupo
clorossulfito
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Reações de Eliminação de Alcoóis: Desidratação
• Um álcool pode sofrer uma reação de eliminação, formando um alceno pela
perda de um OH do C e de um H do C adjacente.
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Álcool 3ário Álcool 2ário Álcool 1ário
• Alcoóis 2ários e 3ários desidratam através de um mecanismo E1.
Lembre-se que no mecanismo E1 há a formação de carbocátion.
Formação do
carbocátion
Propan-2-ol
Rearranjo 2 (Exemplo)
Carbocátion Carbocátion
2ário 3ário
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• Enquanto a desidratação de um álcool 3ário ou 2ário ocorre por um
mecanismo E1, a reação de um álcool 1ário ocorre por um
mecanismo E2.
Protonação do
átomo mais básico
Remoção de um H+
do carbono β
But-1-eno (3%)
trans-But-2-eno cis-But-2-eno
Butan-2-ol 74% 74%
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• As condições relativamente drásticas podem resultar em
redimentos baixos do alceno desejado.
Piridina, 0 oC
Butan-2-ol
Oxicloreto
de fósforo
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Exercícios de Reações de Alcoóis
Proponha um mecanismo para cada uma das seguintes reações
abaixo:
a)
b)
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II - Reações de Éteres
• Os grupos –OR de um éter e –OH de um álcool têm
aproximadamente, a mesma basicidade, pois seus ácidos conjugados
possuem valores de pKa similares;
• Muitos dos reagente que são usados para ativar álcoois para a
substituição nucleofílica (SOCl2, PCl3 ou PBr3) não podem ser usados
para ativar éteres.
Porque?
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Álcool
Éter
sulfonado
Éter
Éter sulfonado
protonado
• Entretando os éteres podem ser ativados por protonação (assim como os alcoóis).
• Por esta razão sofrem reações de substituição nucleofílica com HBr e HI.
• A reação é lenta e a mistura reacional deve ser aquecida para que a reação se
processe. 48
• O aquecimento faz com que eles sofram reações nas quais a ligação C–O
se quebre (clivagem de éteres).
Mecanismo SN1
Ataque do nucleófilo
Protonação Formação do
carbocátion
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Mecanismo SN2
Porque?
50
Notas:
• HCl concentrado não pode clivar éteres, porque?
a)
b)
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Reações de Epóxidos
• Epóxidos são éteres no qual o átomo de O está incorporado em um
anel de 3 membros.
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• A reação pode ser catalisada tanto por ácido como por base.
Etano-1,2-diol
Etilenoglicol
3-Metoxi-butan-2-ol
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Mecanismo da Catálise Básica
Nucleófilo
forte Epóxido Um ion
alcóxido
SN2
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Nota 1:
• Se o epóxido é assimétrico na abertura do anel catalisada por base,
o ataque pelo íon alcóxido ocorre principalmente no átomo de
carbono menos substituído. A reação é do tipo SN2.
ou
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Nota 2:
• Na abertura do anel catalisada por ácido de um epóxido
assimétrico, o nucleófilo ataca principalmente o átomo de carbono
mais substituído. A reação é semelhante à SN1.
57
Sítio do ataque nucleofílico em um
epóxido em condições básicas é
diferente do sítio do ataque em
condições ácidas.
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Exercício das Reações de Epóxidos
Proponha o mecanismo e o(s) produto(s) para cada uma das
seguintes reações abaixo:
a)
b)
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Óxidos de Areno
• Quando um hidrocarboneto aromático (benzeno) é ingerido ou
inalado – converte-se enzimaticamente em um óxido de areno.
Benzeno Areno
troca NIH
Óxido de Areno
Ligado covalentemente
ao óxido de areno
2-Desoxiguanosina
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Éteres de Coroa
• São substâncias cíclicas que possuem várias junções éteres.
• Devido a inércia química das junções éteres, o éter de coroa pode se ligar ao
hóspede sem reagir com ele. Ligação entre o íon e o par de elétrons do O.
Hóspede
[12]-Coroa-4
[18]-Coroa-6
Diâmetro da cavidade = 1,2-1,5 Å
Diâmetro da cavidade = 2,6-3,2 Å
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[12]-Coroa-4 [15]-Coroa-5 [18]-Coroa-6
• Uma propriedade notável dos éteres de coroa é que permitem que sais
inorgânicos seja dissolvidos em solventes orgânicos apolares, favorecendo
que muitas reações sejam realizadas nesses solventes.
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Solúvel somente Solúvel somente
em solvente apolar em H2O
• Éteres de coroa têm sido utilizados para dissolver muitos outros sais em
solventes apolares.
• Gás natural é inodoro e pode causar explosões mortais se não for detectado o
vazamento. Tiol é adicionado ao gás natural fornencendo odor indicando
vazamento de gás.
• O enxofre (S) é maior que o oxigênio – portanto a carga negativa de um íon tiolato
se espalha em um espaço maior, tornando-o mais estável que um íon alcóxido.
Quanto mais estável for a base, mais forte será o seu ácido conjugado.
• Tióis são ácidos mais fortes (pKa = 10) que os alcoóis, e os íons tiolado são bases
mais fracas que os íons alcóxido.
• Grandes íons tiolato não são tão bem solvatados quanto os íons alcóxido. Em
solventes próticos, os íons tiolatos são melhores nucleófilos que os íons alcóxido.
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• Por ser menos eletronegativo que o oxigênio – tióis não fazem ligações de
hidrogênio forte. Atrações intermoleculares mais fracas e P.E. Consideravelmente
mais baixos que os alcoóis.
• Reagem rapidamente com haletos de alquila para formar sais de sulfônio – reação
que um éter não sofre porque o oxigênio não é tão nuclefílico e não pode acomodar
uma carga facilmente.
• Como em outras reações SN2, a reação funciona melhor se o grupo que sofre o
ataque nucleofílico for uma metila ou grupo alquila primário.
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