Missa Parte Por Parte - Escola de Formação
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FORMAÇÃO LITÚRGICA
A missa é o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor. Nós não vamos à missa somente
para pedir, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus. A desculpa de que rezar em casa é
a mesma coisa que ir à missa é por demais pretensiosa! É querer fazer da reza particular algo melhor
que a missa, que é celebrada por toda uma comunidade! Assim, vamos à missa para ouvir a Palavra
do Senhor e saber o que o Pai fala e propõe para a sua família reunida. Não basta ouvir! Devemos
pôr em prática a Palavra de Deus e acertarmos nossas vidas (conversão). O fato de existir pessoas
que frequentam a missa, mas não praticam a Palavra jamais deve ser motivo de desculpa para nos
esquivarmos de ir à missa; afinal, quem somos nós para julgarmos alguém? Quem deve julgar é
Deus! Ao invés de olharmos o que os outros fazem, devemos olhar para o que Cristo faz! É com
Ele que devemos nos comparar!
A DIVISÃO DA MISSA
POSIÇÕES DO CORPO
Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também "fala" através dos gestos e
atitudes. Durante toda a celebração litúrgica nos gesticulamos, expressando um louvor visível não
só a Deus, mas também a todos os homens.
MOVIMENTO ECLESIAL COLO DE DEUS E SANTÍSSIMA VIRGEM
ASSOCIAÇÃO PRIVADA DE FIÉIS
Rua Plácido Caldas, n⁰ 383 – sala 01, Jandaia do Sul/PR – 86900-000 –
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Quando estamos sentados, ficamos em uma posição confortável que favorece a catequese,
pois nos dá a satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar sobre a Palavra que
está sendo recebida.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e
disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração
sincera a Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão a Ele e à
sua vontade. Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.
A missa é sacrifício
Sacrifício é uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdócio, que do latim
temos sacer-dos, o dom sagrado. O dom sagrado do homem é a vida, pois esta vem de Deus. Por
natureza o homem é um sacerdote. Perdeu esta condição por causa do pecado. Sacrifício, então,
significa o que é feito sagrado. O homem torna sua vida sagrada quando reconhece que esta é dom
de Deus. Jesus Cristo faz justamente isso: na condição de homem reconhece-se como criatura e se
entrega totalmente ao Pai, não poupando nem sua própria vida. Jesus nesse momento está
representando toda a humanidade. Através de sua morte na cruz dá a chance aos homens e às
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mulheres de novamente orientarem suas vidas ao Pai assumindo assim sua condição de sacerdotes
e sacerdotisas.
Com isso queremos tirar aquela visão negativa de que sacrifício é algo que representa a
morte e a dor. Estas coisas são necessárias dentro do mistério da salvação, pois só assim o homem
pode reconhecer sua fraqueza e sua condição de criatura.
A Páscoa foi a passagem da escravidão do Egito para a liberdade, bem como a aliança selada
no monte Sinai entre Deus e o povo hebreu. E diante desses fatos o povo hebreu sempre celebrou
essa passagem, através da Páscoa anual, das celebrações da Palavra aos sábados, na sinagoga e
diariamente, antes de levantar-se e deitar-se, reconhecendo a experiência de Deus em suas vidas e
louvando a Deus pelas experiências pascais vividas ao longo do dia. O povo judeu vivia em atitude
de ação de graças, vivendo a todo instante a Páscoa em suas vidas.
RITOS INICIAIS
1.Comentário Inicial
Este tem por fim introduzir os fiéis ao mistério celebrado. Sua posição correta seria após a
saudação do padre, pois ao nos encontrarmos com uma pessoa primeiro a saudamos para depois
iniciarmos qualquer atividade com ela.
2. Canto de Entrada
“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A
finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no
mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros”
(IGMR n.25)
Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:
a) O canto
Durante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da música
participamos da missa cantando. A música não é simplesmente acompanhamento ou trilha musical
da celebração: a música é também nossa forma de louvarmos a Deus. Daí a importância da
participação de toda assembleia durante os cantos.
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b) A procissão
O povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas as
procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar.
c) O beijo no altar
Durante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar que ocorre o
mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija o altar, que representa Cristo, em
sinal de carinho e reverência por tão sublime lugar.
Por incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja é o altar, pois ao
contrário do que muita gente pensa, as hóstias guardadas no sacrário nunca poderiam estar ali se
não houvesse um altar para consagrá-las.
3. Saudação
a) Sinal da Cruz
O presidente da celebração e a assembleia recordam-se por que estão celebrando a missa.
É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve
sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos
aproximamos da Santíssima Trindade.
b) Saudação
Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a
assembleia se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus, mas
também é encontro com os irmãos.
4. Ato Penitencial
5. Hino de Louvor
Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que
a assembleia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É proclamado nos
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6. Oração da Coleta
O RITO DA PALAVRA
O Rito da Palavra é a segunda parte da missa, e também a segunda mais importante, ficando
atrás, somente do Rito Sacramental, que é o auge de toda celebração.
Iniciamos esta parte sentados, numa posição cômoda que facilita a instrução. Normalmente
são feitas três leituras extraídas da Bíblia: em geral um texto do Antigo Testamento, um texto
epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus Cristo, respectivamente. Isto,
porém, não significa que será sempre assim; às vezes a 1ª leitura cede espaço para um outro texto
do Novo Testamento, como o Apocalipse, e a 2ª leitura, para um texto extraído dos Atos dos
Apóstolos; é raro acontecer, mas acontece... Fixo mesmo, apenas o Evangelho, que será extraído
do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou João.
1.Primeira Leitura
Como já dissemos, a primeira leitura costuma a ser extraída do Antigo Testamento.
Isto é feito para demonstrar que já o Antigo Testamento previa a vinda de Jesus e que Ele
mesmo o cumpriu (cf. Mt 5,17). De fato, não poucas vezes os evangelistas citam passagens do
Antigo Testamento, principalmente dos profetas, provando que Jesus era o Messias que estava
para vir.
O leitor deve ler o texto com calma e de forma clara. Por esse motivo, não é recomendável
escolher os leitores poucos instantes antes do início da missa, principalmente pessoas que não têm
o costume de freqüentar aquela comunidade. Quando isso acontece e o "leitor", na hora da leitura,
começa a gaguejar, a cometer erros de leitura e de português, podemos ter a certeza de que, quando
ele disser: "Palavra do Senhor", a resposta da comunidade, "Graças a Deus", não se referirá aos
frutos rendidos pela leitura, mas sim pelo alívio do término de tamanha catástrofe!
Ora, se a fé vem pelo ouvido, como declara o Apóstolo, certamente o leitor deve ser uma
pessoa preparada para exercer esse ministério; assim, é interessante que a Equipe de Celebração
seja formada, também, por leitores "profissionais", ou seja, especial e previamente selecionados.
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2. Salmo Responsorial
O Salmo Responsorial também é retirado da Bíblia, quase sempre (em 99% dos casos) do
livro dos Salmos. Muitas comunidades recitam-no, mas o correto mesmo é cantá-lo... Por isso uma
ou outra comunidade possui, além do cantor, um salmista, já que muitas vezes o salmo exige uma
certa criatividade e espontaneidade, uma vez que as traduções do hebraico (ou grego) para o
português nem sempre conseguem manter a métrica ou a beleza do original.
Assim, quando cantado, acaba lembrando um pouco o canto gregoriano e, em virtude da
dificuldade que exige para sua execução, acaba sendo simplesmente - como já dissemos - recitado
(perdendo mais ainda sua beleza).
3.Segunda Leitura
Da mesma forma como a primeira leitura tem como costume usar textos do Antigo
Testamento, a segunda leitura tem como característica extrair textos do Novo Testamento, das
cartas escritas pelos apóstolos (Paulo, Tiago, Pedro, João e Judas), mais notadamente as escritas
por São Paulo.
Esta leitura tem, portanto, como objetivo, demonstrar o vivo ensinamento dos Apóstolos
dirigido às comunidades cristãs.
A segunda leitura deve ser encerrada de modo idêntico ao da primeira leitura, com o leitor
exclamando: "Palavra do Senhor!" e a comunidade respondendo com: "Graças a Deus!".
5.Evangelho
Antes de iniciar a leitura do Evangelho, se estiver sendo feito uso de incenso, o sacerdote
ou o diácono (depende de quem for ler o texto), incensará a Bíblia e, logo a seguir, iniciará a leitura
do texto.
O texto do Evangelho é sempre retirado dos livros canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e
João, e jamais pode ser omitido. É falta gravíssima não proceder a leitura do Evangelho ou
substituí-lo pela leitura de qualquer outro texto, inclusive bíblico.
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6.Homilia
A homilia nos recorda o Sermão da Montanha, quando Jesus subiu o Monte das Oliveiras
para ensinar todo o povo reunido. Observe-se que o altar já se encontra, em relação aos bancos
onde estão os fiéis, em ponto mais alto, aludindo claramente a esse episódio.
Da mesma forma como Jesus ensinava com autoridade, após sua ascensão, a Igreja recebeu
a incumbência de pregar a todos os povos e ensinar-lhes a observar tudo aquilo que Cristo pregou.
A autoridade de Cristo foi, portanto, passada à Igreja.
A homilia é o momento em que o sacerdote, como homem de Deus, traz para o presente
aquela palavra pregada por Cristo há dois mil anos. Neste momento, devemos dar ouvidos aos
ensinamentos do sacerdote, que são os mesmos ensinamentos de Cristo, pois foi o próprio Cristo
que disse: "Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, a mim rejeita" (Lc 10,16). Logo, toda
a comunidade deve prestar atenção às palavras do sacerdote.
A homilia é obrigatória aos domingos e nas solenidades da Igreja. Nos demais dias, ela
também é recomendável, mas não obrigatória.
7.Profissão De Fé (Credo)
Encerrada a homilia, todos ficam de pé para recitar o Credo. Este nada mais é do que um
resumo da fé católica, que nos distingue das demais religiões. É como que um juramento público,
como nos lembra o PE Luiz Cechinatto.
Embora existam outros Credos católicos, expressando uma única e mesma verdade de fé, durante
a missa costuma-se a recitar o Símbolo dos Apóstolos, oriundo do séc. I, ou o Símbolo Niceno-
Constantinopolitano, do séc. IV. O primeiro é mais curto, mais simples; o segundo, redigido para
eliminar certas heresias a respeito da divindade de Cristo, é mais longo, mais completo. Na prática,
usa-se o segundo nas grandes solenidades da Igreja.
8.Oração Da Comunidade
A Oração da Comunidade ou Oração dos Fiéis, como também é conhecida, marca o último
ato do Rito da Palavra. Nela toda a comunidade apresenta suas súplicas ao Senhor e intercede por
todos os homens.
Alguns pedidos não devem ser esquecidos pela comunidade:
As necessidades da Igreja.
As autoridades públicas. Os doentes, abandonados e desempregados.
A paz e a salvação do mundo inteiro.
As necessidades da Comunidade Local
A introdução e o encerramento da Oração da Comunidade devem ser feitas pelo sacerdote.
Quando possível, devem ser feitos espontaneamente. As preces podem ser feitas pelo comentarista,
mas o ideal é que sejam feitas pela equipe de Liturgia, ou ainda pelos próprios fiéis. Cada prece
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deve terminar com expressões como: "Rezemos ao Senhor", entre outras, para que a comunidade
possa responder com: "Senhor, escutai a nossa prece" ou "Ouvi-nos, Senhor”
Quando o sacerdote conclui a Oração da Comunidade, dizendo, por exemplo: "Atendei-
nos, ó Deus, em vosso amor de Pai, pois vos pedimos em nome de Jesus Cristo, vosso Filho e
Senhor nosso”. a assembléia encerra com um: "Amém!".
RITO SACRAMENTAL
Na liturgia eucarística atingimos o ponto alto da celebração. Durante ela a Igreja irá tornar
presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata de outro sacrifício, mas sim
de trazer à nossa realidade a salvação que Deus nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai,
por Cristo, sua oferta e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para
nossas vidas.
É durante a liturgia eucarística que podemos entender a missa como uma ceia, pois afinal
de contas nela podemos enxergar todos os elementos que compõem uma: temos a mesa - mais
propriamente a mesa da Palavra e a mesa do pão. Temos o pão e o vinho, ou seja, o alimento sólido
e líquido presentes em qualquer ceia. Tudo conforme o espírito da ceia pascal judaica, em que
Cristo instituiu a eucaristia.
E de fato, a Eucaristia no início da Igreja era celebrada em uma ceia fraterna. Porém foram
ocorrendo alguns abusos, como Paulo os sinaliza na Primeira Carta aos Coríntios. Aos poucos foi
sendo inserida a celebração da palavra de Deus antes da ceia fraterna e da consagração. Já no século
II a liturgia da Missa apresentava o esquema que possui hoje em dia. Após essa lembrança
de que a Missa também é uma ceia, podemos nos questionar sobre o sentido de uma ceia, desde o
cafezinho oferecido ao visitante até o mais requintado jantar diplomático. Uma ceia significa, entre
outros: festa, encontro, união, amor, comunhão, comemoração, homenagem, amizade, presença,
confraternização, diálogo, ou seja, vida.
Aplicando esses aspectos a Missa, entenderemos o seu significado, principalmente quando
vemos que é o próprio Deus que se dá em alimento. Vemos que a Missa também é um convívio no
Senhor.
A liturgia eucarística divide-se em: apresentação das oferendas, oração eucarística e rito
da comunhão.
a) Preparação do altar
“Em primeiro lugar prepara-se o altar ou a mesa do Senhor, que é o centro de toda liturgia
eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o cálice e o missal, a não ser que se
prepare na credência” (IGMR 49).
d) A coleta do ofertório
Já nas sinagogas hebraicas, após a celebração da Palavra de Deus, as pessoas costumavam
deixar alguma oferta para auxiliar as pessoas pobres. E de fato, este momento do ofertório só tem
sentido se reflete nossa atitude interior de dispormos os nossos dons em favor do próximo. Aqui, o
que importa não é a quantidade, mas sim o nosso desejo de assim como Cristo, nos darmos pelo
próximo. Representa o nosso desejo de aos poucos, deixarmos de celebrar a eucaristia para nos
tornarmos eucaristia.
e) O lavar as mãos
Após o sacerdote apresentar as oferendas ele lava suas mãos. Antigamente, quando as
pessoas traziam os elementos da celebração de suas casas, este gesto tinha caráter utilitário, pois
após pegar os produtos do campo era necessário que lavasse as mãos. Hoje em dia este gesto
representa a atitude, por parte do sacerdote, de tornar-se puro para celebrar dignamente a eucaristia.
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f) O Orai Irmãos...
Agora o sacerdote convida toda assembleia a unir suas orações à ação de graças do
sacerdote.
2. A Oração Eucarística
É na oração eucarística em que atingimos o ponto alto da celebração. Nela, através de Cristo
que se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima Trindade, mistério da nossa salvação:
“A oração eucarística é o centro e ápice de toda celebração, é prece de ação de graças e
santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e na ação de
graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai por Jesus Cristo em nome de toda comunidade.
O sentido desta oração é que toda a assembleia se una com Cristo na proclamação das
maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício” (IGMR 54).
a) Prefácio
Após o diálogo introdutório, o prefácio possui a função de introduzir a assembleia na grande
ação de graças que se dá a partir deste ponto. Existem inúmeros prefácios, abordando sobre os mais
diversos temas: a vida dos santos, Nossa Senhora, Páscoa etc.
b) O Santo
É a primeira grande aclamação da assembleia a Deus Pai em Jesus Cristo. O correto é que
seja sempre cantado, levando-se em conta a maior fidelidade possível à letra da oração original.
d) A consagração
Deve ser toda acompanhada por nós. É reprovável o hábito de permanecer-se de cabeça
baixa durante esse momento. Reprovável ainda é qualquer tipo de manifestação quando o sacerdote
ergue a hóstia, pois este é um momento sublime e de profunda adoração. Nesse momento o mistério
do amor do Pai é renovado em nós. Cristo dá-se por nós ao Pai trazendo graças para nossos
corações. Daí ser esse um momento de profundo silêncio.
e) Preces e intercessões
Reconhecendo a ação de Cristo pelo Espírito Santo em nós, a Igreja pede a graça de abrir-
se a ela, tornando-se uma só unidade. Pede para que o papa e seus auxiliares sejam capazes de levar
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o Espírito Santo a todos. Pede pelos fiéis que já se foram e pede a graça de, a exemplo de Nossa
Senhora e dos santos, os fiéis possam chegar ao Reino para todos preparados pelo Pai.
f) Doxologia Final
É uma espécie de resumo de toda a oração eucarística, em que o sacerdote tendo o Corpo e
Sangue de Cristo em suas mãos louva ao Pai e toda assembléia responde com um grande “amém”,
que confirma tudo aquilo que ela viveu. O sacerdote a diz sozinho.
3. Rito da Comunhão
a) O Pai-Nosso
É o desfecho natural da oração eucarística. Uma vez que unidos a Cristo e por ele
reconciliados com Deus, nada mais oportuno do que dizer: Pai nosso... Esta oração deve ser rezada
em grande exaltação, se for cantada, deve seguir exatamente as palavras ditas por Cristo, quando
as ensinou aos discípulos. Após o Pai Nosso segue o seu embolismo, ou seja, a continuação do
último pensamento da oração. Segue aqui uma observação: o único local em que não dizemos
“amém” ao final do Pai Nosso é na Missa, dada a continuidade da oração expressa no embolismo.
c) O cumprimento da Paz
É um gesto simbólico, uma saudação pascal. Por ser um gesto simbólico não há a
necessidade em sair do local para cumprimentar a todos na Igreja. Se todos tivessem em mente o
simbolismo expresso nesse momento não seria necessária a dispersão que o caracteriza na maioria
dos casos. Também não é permitido que se cante durante esse momento, uma vez que deveria durar
pouco tempo.
d) O Cordeiro de Deus
O sacerdote e a assembleia se preparam em silêncio para a comunhão. Neste momento o
padre mergulha um pedaço do pão no vinho, representando a união de Cristo presente por inteiro
nas duas espécies. A seguir todos reconhecem sua pequenez diante de Cristo e como o Centurião
exclamam: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra
e serei salvo. Cristo não nos dá apenas sua palavra, mas dá-se por amor a cada um de nós.
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e) A comunhão
Durante esse momento a assembléia dirige-se à mesa eucarística. O canto deve procurar ser
um canto de louvor moderado, salientando a doação de Cristo por nós. A comunhão pode ser
recebida nas mãos ou na boca, tendo o cuidado de, no primeiro caso, a mão que recebe a hóstia não
ser a mesma que a leva a boca. Aqueles que por um motivo ou outro não comungam, por não se
encontrarem devidamente preparados (estado de graça santificante) é importante que façam desse
momento também um momento de encontro com o Cristo, no que chamamos de Comunhão
Espiritual. Após a comunhão segue-se a ação de graças, que pode ser feita em forma de um canto
ou pelo silêncio, que dentro da liturgia possui sua linguagem importantíssima. O que não pode é
esse momento ser esquecido ou utilizado para conversar com quem está ao nosso lado.
RITOS FINAIS
a) Saudação
Para muitos, este momento é um alívio, está cumprido o preceito dominical. Mas para
outros, esta parte é o envio, é o início da transformação do compromisso assumido na Missa em
gestos e atitudes concretas. Ouvimos a Palavra de Deus e a aceitamos em nossas vidas.
Revivemos a Páscoa de Cristo, assumindo também nós esta passagem da morte para a vida
e unimo-nos ao sacrifício de Cristo ao reconhecer nossa vida como dom de Deus e orientando-a em
sua direção.
b) Avisos
Sem demais delongas, este momento é o oportuno para dar-se avisos à comunidade, bem
como para as últimas orientações do presidente da celebração.
c)Benção Final
Após, segue-se a bênção do sacerdote e a despedida. Para alguns liturgistas, esse momento
é um momento de envio, pois o sacerdote abençoa os fiéis para que estes saiam pelo mundo
louvando a Deus com palavras e gestos, contribuindo assim para sua transformação. Vejamos o
porquê disso.
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d)Despedida
Passando a despedida para o latim ela soa da seguinte forma: “Ite, Missa est”. Traduzindo-
se para o português, soa algo como “Ide, tendes uma bênção e uma missão a cumprir”, pois em
latim, missa significa missão ou demissão, como também pode significar bênção. Nesse sentido,
eucaristia significa bênção, o que não deixa de ser uma realidade, já que através da doação de seu
Filho, Deus abençoa toda a humanidade. De posse desta boa graça dada pelo Pai, os cristãos são
reenviados ao mundo para que se tornem eucaristia, fonte de bênçãos para o próximo. Desse modo
a Missa reassume todo seu significado.
Não é qualquer canto que se escolhe para as celebrações. Existem cantos litúrgicos (para as
missas) e cantos mensagem (para outras ocasiões, encontros, etc...). As características do Canto
litúrgico são:
1. 1. Conteúdo ou inspiração bíblica;
2. 2. Qualquer salmo cantado é litúrgico;
3. 3. Deve ter melodia fácil;
4. 4. Todos os cânticos litúrgicos são personalizados (ritmo próprio, letra própria e
momento próprio);
5. 5. Ter cuidado com as músicas destinadas às partes fixas da Celebração (Glória, Santo,
Pai Nosso, Cordeiro), pois cada um tem o seu conteúdo próprio e isto é da Tradição da
Igreja.
1. Canto de entrada:
Letra: Deve ser um convite à celebração! Deve falar do motivo da celebração.
Música: De ritmo alegre, festivo, que expresse a abertura da celebração.
2. Canto penitencial:
De cunho introspectivo, a ser cantado com expressão de piedade. Deve expressar confiança no
perdão de Deus.
Letra: Deve conter um pedido de perdão, sem necessariamente seguir a fórmula do Missal.
Música: Lenta, que leve à introspecção. Sejam usados especialmente instrumentos mais suaves.
3. Canto do glória:
Letra: O texto deve seguir o conteúdo próprio da Tradição da Igreja.
Música: Festiva, de louvor a Deus. Podem ser usados vários instrumentos.
4. Salmo Responsorial:
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Letra: Faz parte integrante da liturgia da palavra: tem que ser um salmo. Deve ser cantado,
revezando solo e povo, ou, ao menos o refrão. Pode ser trocado pelo próprio salmo cantado,
porém nunca por um canto de meditação.
Letra: Salmo próprio do dia
Música: Mais suave. Instrumentos mais doces.
5. Aclamação ao Evangelho:
Letra: Tem que ter ALELUIA (louvor a Javé), exceto na Quaresma. É um convite para ouvir; é
o anúncio da Palavra de Jesus. Deve ser curto, e tirado do lecionário, próprio do dia.
Música: De ritmo vibrante, alegra, festivo e acolhedor. Podem ser usados outros instrumentos.
7. Santo:
É um canto vibrante por natureza.
Letra: Se possível seguir o texto original, indicado pela Tradição da Igreja.
Música: Que os instrumentos expressem a exultação desse momento e a santidade “Tremenda
de Deus”. Deve ser sempre cantado.
9. Pai-Nosso:
Pode ser cantado, mas desde que com as mesmas e exatas palavras da oração. Não de diz o
Amém, mesmo quando cantado.