Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Resumo Sobre Prospeccao de Geoquimica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 27

Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Campus Universitário de Pemba, Bairro Eduardo Mondlane

Curso de Licenciatura em Engenharia Geológica - 2º ano

II Semestre

Geoquímica

RESUMO SOBRE PROSPECCAO GEOQUIMICA

Discentes: Docente:

Desejo Mechequene

Francine da Silva Flábio

Pemba, novembro de 2022


Introdução

A prospeção geoquímica e a utilização da geoquímica na exploração mineral. E o método baseado


na medição sistemática de uma ou várias propriedades químicas de matérias naturalmente
formados, como rochas, solos, sedimentos glaciais, de rio, lagos e água. Ela tem por objetivo a
identificação de depósitos minerais, particularmente os não aflorastes. A prospeção geoquímica e
importante, pois, facilita fazer um melhor estudo geoquímicos de prospeção e pesquisa, através
dela podemos ter dados precisos de amostras de um determinado terreno em estudo.

No âmbito de elaboração de resumo pretende-se estudar a prospeção geoquímica desenvolvendo


os princípios básicos da geoquímica e geoquímica analítica assim como manipulação e controle
de dados geoquímicos.

1
Prospeção Geoquímica

A prospeção geoquímica, também chamada de exploração geoquímica, e a aplicação da ciência


geoquímica na exploração mineral.

Na exploração geoquímica e’ necessário que haja uma ou mais propriedades químicas em materiais
naturais que se fara essa exploração geoquímica, tais como rocha, solo, sedimentos ativos de
drenagem, concentrados de mina, água superficial ou subterrâneas, vegetação, poeira ou gases.

Na exploração geoquímica são medidos os teores de elementos ou compostos químicos presentes


nesses materiais naturais para a deteção de jazimento minerais, ou então e medido o Ph, eh, ou a
condutividade elétrica.

Métodos e objetivos da exploração geoquímica

Os métodos matemáticos e estáticos são os métodos que contribuem muito na exploração


geoquímica, porque acrescentam eficácia e precisão aos trabalhos de prospeção mineral,
fornecendo um suporte aos critérios de seleção de alvos.

Os métodos de exploração geoquímica contribuíram muito para a solução de um dos mais


importantes problemas da exploração mineira, que a descoberta de jazimento nao-aflorantes. Esse

2
também e um dos objetivos da exploração geoquímica, que e principalmente para ares
geologicamente desconhecidas, situadas nos trópicos ou subtropicos.

Ambientes geoquímicos

A terra e um Sistema dinâmico, com isso os materiais são movimentados de um local para outro,
mudando de forma e composição. E isso e efeito de processos como: fusão, cristalização, erosão,
solução, precipitação, vaporização e decaimento radiativo, e isso leva a mobilidade de elementos
químicos.

Ambiente geoquímico e a zona onde ocorrem todas as reações.

Existem dois grande ambiente geoquímico:

Ambiente profundo, também chamado de hipogeno, primário ou endógeno, e caracterizado por


altas temperaturas e pressões, com circulação restrita de fluidos e baixo teor de oxigénio livre. A
ele pertencem os processos magmáticos, metamórficos e hidrotermais.

Ambiente superficial, também chamado de supergeno, secundário ou exógeno, caracteriza-se por


baixas pressões e temperatura, uma movimentação livre de solução e pela maior ou menor
quantidade de oxigénio livre, água e CO2, os processos de erosão, intemperismo, sedimentação e
diagéneses fazem parte desse ambiente.

Salientar que o ambiente geoquímico e caracterizado pela soma de todas as forcas físicas e
químicas que atuam em um determinado segmento da crosta terrestre.

Dispersão e ciclo geoquímico

A dispersão geoquímica e a redistribuição dos elementos pelos agentes físicos, químicos e


mecânicos que ocorrem em resposta as mudanças processadas no ambiente geoquímico e pelas
transformações que passa no ciclo geoquímico.

Esse processo, no qual íon e partículas se movem para novos locais e ambientes geoquímico, e
chamado de dispersão geoquímica. Essas dispersões geoquímicas ocorrem em um Sistema aberto
e dinâmico onde os materiais geológicos são submetidos a mudanças de quimismo do ambiente,
temperatura, pressão, tensões mecânicas.

3
Segundo Rose, Hawkes e Wwbb (1979) diz que a dispersão pode ser profunda ou superficial
dependendo do ambiente geoquímico em que ocorrer:

A dispersão primaria inclui todos os processos que conduzem ao posicionamento de elementos


durante a formação de um deposito mineral, não importando o modo como o deposito tenha se
formado.

A dispersão secundaria aplica-se a redistribuição das feições primarias por qualquer processo
posterior, geralmente no ambiente superficial.

O geoquímico de exploração procura traços dos elementos químicos que tenham se dispersado a
partir de corpos mineralizados. Pois esse processo da origem a uma área-alvo, consideravelmente
mais ampla que a própria mineralização.

Figure 1 - exemplo de dispersão em diferentes ambientes e estágio (Fonte: Rose, Hawkes e Webb, 1979)

Classificação geoquímica dos elementos

Segundo Krauskopf (1972), V.M. Goldschmidt, classificou os elementos químicos com base no
seu comportamento geoquímico e nas suas afinidades químicas. Agrupando em 5 categorias
principais:

• Siderófilos tem afinidade pelo ferro e se concentrando no núcleo da terra;


• Calcófilos com afinidade pelo enxofre e concentrado nos sulfetos;
• Litofilos com afinidade pela sílica e concentrados na crosta terrestre sob forma de silicatos;
• Atmófilos presentes como gás na atmosfera;
• Biófilos comumente encontrados nos organismos vivos (não constava da classificação
original).

4
Figure 2 - Classificação geoquímica de Gold Schmidt (Fonte; Levinson, 1974)

Associação de elementos

Os elementos se associam durante a sua mobilidade através dos processos geológicos, no ambiente
profundo assim como no ambiente superficial. Alguns elementos mantem associações geológicas
e podem se mover juntos durante a maioria dos processos do ambiente profundo, rompendo-se
essa afinidade sob as condições ambientais do ambiente superficial.

Províncias geoquímicas

São áreas quimicamente homogéneas e contem uma certa associação de elementos químicos.

Elementos indicadores e farejadores

Elemento indicador e um elemento analisado com objetivo de detetar um corpo de minério, ou


seja, e um elemento que nos permite identificar a existência de um outro elemento num minério.
E um elemento de interesse económico no minério.

Portanto, se tivermos um elemento principal no mineiro que apresenta dificuldades analíticas,


baixa mobilidade ou apresenta dados interpretação difícil, então utiliza-se outros elementos
associados ao minério em concentrações mais baixas (elementos memore ou traços) que vão
facilitar a identificar esse elemento, que são denominados de elementos farejadores.

Halos geoquímicos

5
É a região que contem teores anormalmente elevados ou reduzidos de elementos químicos nas
rochas encaixantes, solo, vegetação, água superficial e subterrânea, de modo a revelar a presença
de um alvo geoquímico.

A origem de halo geoquímico esta relacionada com o processo de formação do alvo. Qualquer
alvo pode ter seu halo geoquímico, o alvo pode ser um certo tipo de rochas ou deposito mineral,
mas também como um centro urbano.

Existem dois tipos de halo geoquímico, que são:

Halo geoquímico primário

São o resultado da introdução ou redistribuição desses elementos durante os processos de génese


do jazimento mineral, ou seja, formação durante os processos de formação do deposito mineral.
São constituídos de elementos tipomorfosda mineralização o que os faz serem amplos e terem
maior significado pratico.

Halo geoquímico secundário

Estão relacionados a redistribuição do padrão primaria por processos tardios. Relaciona-se com os
processos de decomposição em ambiente supergeno.

Modelos de dispersão superficial

E uma classificação baseada no tempo de formação em relação a matriz, modo de formação.

Modo de formação em relação matriz:

Singenéticos: são feições introduzidas e depositadas ao mesmo tempo que a matriz.

Epigenéticos: introduzidos apos a formação

Matriz e o material que da o suporte físico a anomalia como solo, rocha, água ou vegetação.

Classificao de feições

Modo de dispersão

Clásticas, quando a dispersão e feita basicamente por partículas solidas em movimento;

Hidromórficas, quando o agente dinâmico são soluções aquosas com cargas iónicas;

6
Biogénicas, quando a movimentação e o resultado da atividade biológica.

Modelos singenéticos

Os modelos singenéticos podem ser clásticos, hidromórfica ou biogénicos.

Modelos singenéticos clásticos- o solo residual, coluvião e os sedimentos aluvionares são os


suportes comuns para todos os modelos singenéticos clásticos. As feições de distribuição dos
elementos pouco moveis são mais preservadas que os dos elementos moveis (submetido a
lixiviação e redistribuição no resíduo do intemperismo).

Modelos singenéticos hidromórficos a carga em solução das águas subterrâneas e superficiais


produz um outro tipo de feições de anomalias singenéticas, só que a matriz e a própria água em
vez de solo ou outro tipo de material solido. De mesmo modo que as anomalias singenéticas no
solo, a posição especial da fonte primaria dos elementos anómalos vai orientar e define a posição,
forma e intensidade da feição aquosa rica em matais.

Modelos singenéticos biogénicos- reflete a composição das litologias ou coberturas locais e


também a composição das águas e solução circulantes no solo.

Modelos epigenéticos

Os modelos epigenéticos (superpostos a matriz) são necessariamente o resultado dos processos


hidromórficos ou biogénicos. Por essa razão são melhores definidos por elementos moveis como
Zn e Cu, que podem ser facilmente dissolvidos e precipitados sob pequenas alterações muito
localizadas condições ambientais.

Modelos epigenéticos hidromórficos as feições de dispersão epigenética resultantes são


superpostas nas feições originalmente presentes na matriz, seja rocha ou solo residual ou
transportado. Em geral esses tipos de anomalia são bem desenvolvidos.

Modelo epigenético biogénicos quando o vegetal, corpos tecidos servem de matriz para a
anomalia biogeoquímica, more, e; decomposto e a maioria parte do conteúdo mineral e lixiviado.
Uma fração da matriz e retunda no solo gerando uma anomalia de origem biológica. E essas feições
podem ser desenvolvidas tanto nas coberturas residuais quanto nas transportadas.

Intemperismo

7
O intemperismo e o conjunto de processos que se desenvolvem na superfície da terra e que
consistem na fragmentação e decomposição de minerais. podemos ainda define como sendo o
conjunto de processos naturais que causam a alteração das rochas próximas a superfície terrestre
em produto que estejam mais em equilíbrio com novas condições físicas químicos diferentes das
que deram origem a essas rochas.

Processos do intemperismo

Podem ser distinguidos três tipos principais de intemperismo: o físico, químico e o biológico.

Intemperismo físico- esses processos causam apenas a fragmentação, sem que ocorram
modificam químicas e mineralógicas no material original. Corresponde a rotura da rocha na crosta
terrestre por solicitação de esforços inteiramente mecânicos atribuídos a várias causas, que podem
ser:

Alívio de pressão, variação da temperatura, cristalização ou congelamento de poros e fraturas.

Intemperismo químico – esse tipo de intemperismo tem capacidade de modificar a composição


da rocha, propriedades e textura. O intemperismo depende da presença de água e dos sólidos e
gases dissolvidos, já que todos os minerais são mais ou menos solúveis mesmo em água pura. A
presença de oxigénio, dióxido de carbono e complexos húmicos dissolvidos amplia bastante o
poder corrosiva na solução natura.

Os principais tipos de reações químicas associadas ao intemperismo são: hidratação, hidrolise,


oxidação e dissolução.

Intemperismo biológico os processos orgânicos despenham um papel significativo na


decomposição e no intemperismo. As plantas contribuem para o intemperismo físico das rochas,
pela ampliação das fendas onde elas introduziram suas raízes. A respiração das plantas e um fator
importante no ciclo biológico do oxigénio e do dióxido de carbono, que são reagentes mais
importantes do intemperismo químico.

Fatores que interferem nos processos de intemperismo

Os principais fatores são:

8
• A Resistência dos minerais primareis, formadores de rocha, aos processos do
intemperismo;
• A granulação e textura da rocha;
• Clima, especialmente temperatura e precipitação pluviometria;
• Topografia e condições de drenagem.

Solos

O solo e um corpo natural de constituintes orgânicos e minerais, diferenciados em horizontes de


espessuras variáveis, que diferem entre sim a morfologia, composição física, propriedades e
composição química e características biológicas.

Perfil do solo

Os solos são organizados em camadas que diferem entre si, e também do material original, tanto
nas propriedades quanto na composição.

As características dos perfis de solo variam muito, de acordo com o ambiente geográfico e fenético.
Os perfis com melhor desenvolvimento podem ser divididos em quarto horizontes principais, que,
da superfície para a base, são identificados pelas letras A, B, C e R. os horizontes A e B, em
conjunto , constituem o solum, ou solo verdadeiro, enquanto o horizonte C e; o material original,
parcialmente intemperizado, do que qual o solum deriva pela ação dos processos piogénicos.
Finalmente, o horizonte R e o material rochoso subjacente

9
Figure 3 - Perfil idealizado do solo com a descrição de seus horizontes mais característicos (Moldf, Rose, Hawkes e Webb, 1979)

Classificação dos solos

Os solos são agrupados em três ordens:

Zonais tem as características tao controladas pelo clima, que as diferenças devidas são tipo de
rocha chegam ate a ser dissimuladas.

Interzonais incluem os solos que, a despeito do clima e da vegetação, refletem a influencia de


parâmetros locais, como a drenagem incipiente ou a presença de sais alcalinos. E semelhante aos
solos zonais, mas a diferença esta nas características resultantes das condições locais.

Azoinais são aqueles que não mostram qualquer diferenciação de suas camadas, ou seja, os
horizontes do perfil não são muito evidentes. A esse grupo pertence a maioria dos solos
desenvolvidos sobre depósitos aluviais e coluviões recentes.

Mobilidade dos elementos químicos no ambiente supergeno

A mobilidade de um elemento e a facilidade com que ele se move em um certo ambiente, e pode
ser dividida em química e mecânica.

A mobilidade química de um íon pode ocorrer na forma de íon livres, em solução, imos complexos,
adsorvidos em sólidos finos (óxidos, argilominerais, material orgânica) ou em coloides ou então

10
adsorvidos nestes. A mobilidade e dada pelo potencial iónico, que é o quociente da carga iónica
pelo raio iónico.

Princípios de geoquímica analítica

Os elementos químicos podem ocorrer nas rochas e minerais como constituintes principais e em
concentrações como elevadas. Quando isso ocorre, eles são denominados de elementos maiores.
Já os elementos menores ou traços são aqueles que estão presentes em concentrações muito baixa.
Porem,

Modo de ocorrência dos elementos traços

Figure 4 - Diagrama esquemático de quatro modos de ocorrência de elementos-traços (símbolo maior) e elementos maiores
(símbolo menor) (Fonte: Rose, Hawekes e Webb, 1979)

Analise dos elementos traços

Preparação das amostras geoquímicas

Na preparação das amostras o que importa e a natureza da própria amostra,

Os processos principais a serem considerados na preparação de amostras geoquímicas para analise


são: secagem, britagem, peneiração, sucateamento, moagem, ou pulverização e concentração.

Métodos analíticos

São instrumentos utilizados ma exploração geoquímica para analises de amostras colhidas dos
elementos químicos, dependendo do tipo do método, eles medem a quantidade de elementos
químicos de interesse presentes nas amostras. Os métodos mais usados são: Colorimetria,
Espetrometria ótica de emissão e espectrografias de plasma induzido (ICP),

11
espectrofotometria de absorção atómica, espectrometria de fluorescência de raio X,
fluorimetria, métodos radiométricos, analise por fusão (fire assay), métodos eletrolíticos.

Existem vários métodos que podem ser usados na exploração geoquímica.

Limite de deteção

E o teor mínimo (limite inferior) ou máximo (limite superior) de um elemento químico, que um
método analítico específico e capaz de detetor. Essa ira variar dependendo do tipo de método e o
tipo de amostra. Selecao do procedimento analitico

A selecao do procedimento amalitico que combina os metodos mais adequados de preparacao,


ataque, separacao e estimacao do conteudo dos constituintes desejados nas amostras deves se
basear em fatores. Os principais sao:

• Modo de ocorencia do elemento na amostra;


• Quantidade e natureza dos elementos e determinar;
• Precisão e limite de deteção necessárias;
• Economia e logística da operação.

Anomalias geoquímicas

E um desvio da normalidade. Uma anomalia geoquímica e um desvio dos padrões geoquímicos


considerados como normais para um determinado espaço geoquímico.

Govett (1983) definiu anomalia geoquímica como teores anormalmente altos ou baixos de um
elemento ou combinação de elementos, ou uma distribuição espacial anormal dos teores de um
ele- mento ou combinação de elementos, em um tipo de amostra particular, em um ambiente
específico, determinado por uma técnica analítica específica.

As anomalias podem ser significativas, aquelas relacionadas a mineralização e são geralmente


positivas, ou seja, composta por teores maiores que os teores de fundo. E anomalias negativas
que não tem relação com a mineralização, ou seja, mineralização não económica.

Deposito mineral e um fenómeno anormal da natureza, sendo considerado uma anomalia


geoquímicas.
12
As anomalias podem ser: lito geoquímicas (rocha), pedogeoquimicas (solos), hidrogeoquimica
(água superficial ou subterrâneas), biogeoquímicas (seres vivos de qualquer natureza),
atmogeoquimicas (gases) ou relativas aos sedimentos de fundo das drenagens.

As anomalias geoquímicas podem se relacionar a mineralização. Sendo:

Clarke e o teor medio de um elemento na crosta terrestre.

Background ou fond geochimique e o tero medio de elementos em material geológico não


mineralizada.

O limiar (threshold) é um valor acima do qual o teor de uma dada amostra é considerado como
anômalo. E o limite superior das variações do teor de fundo.

Erros de amostragem

são erros cometidos durante o processo de colheita de amostra no terreno. Pode ser muito difícil
de discriminar ou prevenir, especialmente nos levantamentos de rotina, nos quais a coleta das
amostras e executada por pessoal pouco capacitada.

Enriquecimentos naturais dos metais, comumente ocorrem na matéria orgânica do horizonte rico
em húmus, no horizonte limonítico de certos solos podzólicos e em materiais clásticos, que por
alguma razão têm uma elevada capacidade de troca iônica.

A contaminação antrópica também influência no erro de amostragem.

Erros analíticos

São anomalias sem qualquer significado que podem aparecer como resultado de erros cometidos
pelo processador. Que podem ser eliminadas pela identificação e reanálise das amostras duvidosas.
O método comum para proteção contra tendências analíticas é o sistema de análise duplicada de
amostras-padrão, ser feito a eletrização correta.

Anomalias no ambiente hipogínico

Zonalidade dos halos geoquímicos primários

13
As melhores amostras para a definição dos halos geoquímicos primários são compostas de vários
metros contínuos de testemunhos de sondagem, ou então de vários fragmentos de afloramentos
dife-rentes.Podem também ser utilizadas amostras de solo, porém, os efeitos de lixiviação e de
enriquecimento no perfil de solo devem ser levados em consideração, especialmente no caso de
comparações entre elementos que tenham comportamentos geoquímicos diferentes(Beus e
Grigorian, 1977).

Anomalias de fuga

Uma comparação dos halos geoquímicos primários mostra que o padrão em rochas fraturadas é
mais irregular, porém mais amplo que o da rocha maciça. Isso se deve às facilidades no fluxo das
soluções, guiado pelas fraturas, o que constitui um halo de fuga (leakage halo).

Na cobertura residual

Os modelos residuais simples são geralmente complicados pelos padrões hidromórficos


superpostos no material residual, ou então pela precipitação de metais transportados pela
percolação de águas subterrâneas enriquecidas. Essas feições podem se formar a distâncias
consideráveis do depósito mineral buscado. O quadro pode ser ainda mais complicado, se
ocorrerem concentrações metálicas anômalas que apresentem pouca relação com a mineralização.

Anomalias singenéticas

O objetivo da prospeção geoquímica por solos é o reconhecimento de padrões produzidos pelos


elementos selecionados e que reflitam as condições da rocha subjacente. Ocasionalmente, as
variações no quimismo do subs- trato rochoso podem dar origem a feições residuais que simulam
aquelas relacionadas a depósitos minerais.

Princípios físicos e químicos das anomalias

Modo de ocorrência dos elementos, intensidade e contraste da anomalia, homogeneidade da feição


anómala, variação com a profundidade o tipo de solo, distorções de anomalias, eliminação de
anomalias significativas.

Anomalias epigenéticas

14
Muitas das anomalias epigenéticas nas coberturas residuais ou transportadas são formadas pelo
afloramento do lençol freático na base das vertentes, onde ocorre a quebra da topografia. Esses
locais, denominados de separe ou surgência, são áreas húmidas ricas em matéria orgânica, que
ocorrem nas cabeceiras das drenagens.

Na cobertura transportada

Colúvios são todos aqueles depósitos de origem local construídos nas encostas das vertentes e que
resultam do movimento de rastejo ou fluxo de detritos.

As aluviões incluem o mesmo tipo de materiais, apenas melhor selecionados e estratificados.

Podem ser: singenéticas e epigenéticas

Singenéticas feições comuns independentes do agente movimentos puramente mecânicos de


partículas solidas, anomalias alongadas na direção do movimento.

Epigenéticos padrões hidromórficos e biogénicos em solos transportado não mostram padrão


especial diferentes dos comentados.

Nas águas naturais

Elementos moveis (capazes de viajar nas águas naturais) grande utilidade em prospeção
geoquímica. A forma de ocorrência do material na água leva a decisão de como coletar, tratar e
analisar.

Padrão de decaimento

O decaimento e a persistência dessas anomalias são bastante influenciados pelos seguintes fatores:
o contraste na fonte, a introdução do metal na drenagem, diluição pelo acréscimo de material
erodido das margens ou pelo aporte de sedimento dos tributários "estéreis.

Prospeção geoquímicas

Segundo Closs L.G. (1986), uma campanha de exploração geoquímica se constitui em quatro
componentes básicas, que levam em consideração os seguintes aspectos: concentração,
amostragem, analise, interpretação.

15
Todos esses processos e variáveis estão envolvidos no objetivo fundamental da exploração
geoquímica, que é o de obter a discriminação de áreas estéreis e mineralizadas.

Importância dos estudos geoquímicos orientativos

O estudo deve ser planejado sem ideias pré-concebidas. A intenção e testar procedimentos que
maximizem o contraste de anomalias significativas e minimizem e quantidade das não
significativas, tudo isso pelo menor custo.

A realização de um estudo geoquímico orientativos deve responder às seguintes questões


básicas:

Quais os processos de dispersão ativos na área? Quais os meios amostrais disponíveis? · Que
meio amostral deve ser utilizado? Como devem ser coletadas as amostras? Qual deve ser o
espaçamento da amostragem? Qual deve ser a forma de interpretação e apresentação dos dados?
Como as amostras devem ser preparadas? Como as amostras devem ser analisadas? Qual a suíte
de elementos a ser analisada?

O meio amostral ideal deve obedecer às seguintes exigências:

Acumular e concentrar elementos ou substâncias que estejam intimamente relacionados com o


corpo mineralizado, Ser abundante na área pesquisada, Ser fácil e rapidamente amostrado no
campo, Fornecer um amplo halo de dispersão secundário ou uma longa cauda de dispersão dos
elementos ou substâncias relacionados com a mineralização, que crescem ou decrescem de forma
previsível em direção aos corpos de minério, Ser capaz de revelar a presença de concentrações
minerais nao-aflorantes e encobertas por solo ou rocha estéril, Ser fácil de analisar.

Estudos litogeoquinicos orientativos

16
Figure 5 - Fatores a serem avaliados em uns estudos geoquímicos orientativos (Rose, Hawkes e Webb, 1979)

Estudos geoquímicos orientados no solo

A natureza residual ou transportada da cobertura é a primeira questão a ser respondida por um


estudo geoquímico orientativos de solos, mesmo que, em alguns locais, seja difícil discriminar
solos residuais dos transportados.

Um estudo geoquímico orientativos é iniciado com a abertura de uma série de poços para a coleta
de perfis verticais do solo. Esses poços devem ser dispostos ao longo de perfis perpendiculares à
direção principal da mineralização. A área não-mineralizada deve também ser amostrada. Se o
depósito for estreito e os elementos do minério forem pouco móveis, é recomendável

Os autores apresentaram as seguintes conclusões: A profundidade de amostragem mais efetiva foi


a de 20 a 40 cm, a fração granulométrica mais adequada foi a <40 mês, a curva de isótero 50 ppb
Pb delimita a região mineralizada até uma distância de 60 m, as condições de pH e Eh do solo
condicionam e inibem a dispersão hidromórfica dos metais na forma iônica, adquirindo uma maior
importância a dispersão detrítica.

17
Figure 6 - Principais fatore que devem ser avaliados em um estudo geoquímico orientativos de solos, residuais ou transportados
(Rose, Hawkes e Webb, 1979)

Procedimentos em prospeção geoquímica

A experiência tem demonstrado que a eficácia, precisão, rapidez e, principalmente, a qualidade de


uma campanha de exploração geoquímica, além do adestramento dos coletores nas técnicas de
coleta de amostras, dependem fundamentalmente da organização prévia do programa de
amostragem e do registro das informações de campo (Linhares, 1991).

Importância da amostragem geoquímicas

E muito importante seguir com os procedimentos de amostragem porque qualquer desvio das
regras estabelecidas para a amostragem poderá levar a uma superestimação ou uma subestimação
da área amostrada, produzindo gastos desnecessários em detalhamentos e amostragens posteriores
em alvos não-significativos, ou então ao abandono de um alvo erroneamente considerado como
desinteressante.

Programação de amostragem

A programação das estações de amostragem deve ser feita com auxílio do mapa-base preliminar
de trabalho e do mapa geológico.

18
As amostras poderão ser codificadas por duas letras que identifiquem o seu coletor, seguidas de
quatro algarismos em ordem numérica crescente. A sigla MR-0337 representaria a amostra número
335 coletada por Mário Ribeiro.

É interessante que a numeração das estações de amostragem no mapa siga um esquema como:

Os setores deverão abranger sempre bacias de drenagem completas;

A numeração das amostras deverá iniciar no canto SW do mapa, deslocando-se para N de acordo
com o padrão da rede de drenagem.

Na identificação das amostras de solo em malha, é possível uma codificação livre (por exemplo
por coordenadas locais), desde que haja uma tabela de conversão para a codificação proposta para
as demais amostras.

Controle de qualidade

As amostras para o controle de qualidade são programadas e incluídas em lotes com quantidade
de amostras preestabelecida, permitindo a verificação periódica da qualidade das técnicas de
amostragem e analíticas. A precisão de amostragem é controlada através de amostras replicadas,
que são duas amostras diferentes coletadas no mesmo local.

A precisão analítica é controlada através de amostras duplicatas, que são amostras normais
divididas em duas porções. Os controles de qualidade devem ser estabelecidos sobre amostras-
controle, distribuídas aleatoriamente na sequência de coleta. Quando isso não for possível, as
amostras-controle podem seguir uma numeração predefinida e regular

Atividade e operações de campo

O deslocamento das equipes de amostragem para o campo deve ser antecedido pela:
numeração antecipada dos sacos de amostragem, com pincéis atômicos ou tinta indelével;

aquisição de materiais de consumo, como fitas plásticas, tintas spray, papel medidor de pH,
bússolas, balizas, pás, enxadas, etc.

19
As amostras podem ser armazenadas em sacos de algodão cru ou plástico. Os sacos de plástico
apresentam a desvantagem de não permitirem a secagem da amostra, o que pode ocasionar
modificações no modo de ocorrência de certos elementos, caso a armazenagem húmida perdure
por muito tempo. Os sacos de papel kraft impermeabilizado, citados na literatura norte-americana
e canadense como de fácil manipulação e de baixo custo, sob as nossas condições climáticas têm
a mesma desvantagem que os sacos plásticos, além de não serem facilmente encontrados no
mercado. Os sacos descartáveis de tecido resistente, como o algodão cru, permitem a secagem das
amostras ainda na base de campo. Para isso, elas devem ser penduradas em um varal protegido da
insolação direta e da chuva. O transporte desde a estação de amostragem até a base de campo deve
ser feito em dupla embalagem.

No retorno à base de operações, após cada jornada de amostragem, os coletores deverão executar
as seguintes atividades:

. Conferir as amostras coletadas contra as fichas de campo e, quando possível, pendurá-las num
varal protegido para secagem;

b. Registrar as amostras coletadas no mapa de trabalho, assinalando as eventuais alterações na


localização das estações de amostragem;

c. Registrar as amostras coletadas em uma lista de controle de amostragem;

preparar as amostras duplicatas;

e. Organizar o material de trabalho e as tarefas do dia seguinte;

f. No encerramento da campanha, conferir a relação das amostras coletadas com a listagem de


controle de amostragem.

Com o encerramento da campanha de amostragem e com o retorno das equipes de coleta ao


escritório, caberá ainda aos coletores:

a. conferir as amostras coletadas;

introduzir tantas amostras-padrão quantos forem os lotes estabelecidos para controle;

c. encaminhar ao geólogo ou geoquímico responsável pelo projeto as amostras, as fichas de campo,


as listagens de controle de amostragem e o mapa-base de campo;

20
d. as fichas de campo deverão estar cuidadosamente preenchidas, pois a precisão das informações
registradas será de inteira responsabilidade do amostrador.

Técnicas de amostragem de rochas

• As amostras de rocha deverão ser obtidas das porções menos intemperizado dos
afloramentos;
• Os vários litótopos devem ser representados por amostras compostas, isto é, vários
fragmentos;
• A amostra deve ser corretamente identificada;
• Preenchimento da ficha de campo com os códigos estabelecidos.

Técnicas de amostragem de solos

As amostras são facilmente coletadas por meio de pequenas escavações por pá ou cavadeira
manual, em profundidades de até 30-60 cm, ou então com trados manuais ou mecânicos.

• Os solos devem ser coletados em estações definidas, em malhas regulares ou não,


observando-se as recomendações de profundidade ou horizonte oriundas dos estudos
orientativos, ou da experiência em situações semelhantes;
• Manter a uniformidade e homogeneidade do processo de amostragem em toda a
campanha;
• Preenchimento das fichas de campo com os códigos estabelecidos;

Prospeção geoquímicas de solo

A amostragem e a análise de solos residuais são uma das técnicas de prospeção geoquímica mais
amplamente utilizados, o que reflete a confiança que adquiriram as anomalias de solo como guias
de prospeção. Quando usada adequadamente torna-se uma ferramenta extremamente confiável.
Exploração em escala regional e maior que define zona ou cinturões contendo depósitos minerais.

Malha de amostragem

A seleção do melhor padrão de amostragem é determinada basicamente pelo tamanho e forma do


alvo. Malhas regulares, com coleta de amostras em intervalos regulares ao longo das paralelas a
estruturas mineralizada.

21
As estacoes de coleta ao longo das linhas devem ser espaçadas de tal modo que no mínimo duas
amostras se posicionem dentro de cada anomalia importante.

Procedimentos de interpretação

São dois os tipos básicos de mapas geoquímicos:

os mapas de dados, que apenas apresentam o posicionamento das amostras e dos respetivos dados
analíticos;

os mapas de interpretação, que incorporam algumas generalizações gráficas sobre os dados.

O objetivo dos mapas de dados é o de apresentar as observações realizadas, mostrando seu


posicionamento com relação às feições geológicas, topográficas, de drenagem е possíveis fontes
de contaminação.

Segundo Rose, Hawkes e Webb (1979), a interpretação de dados geoquímicos de solo envolve
quatro problemas principais:

a estimação dos valores de teor de fundo e dos limiares;

a distribuição das anomalias significativas e não-significativas;

a distinção entre anomalias laterais e sobrejacentes;

a seleção de anomalias que mereçam investigações futuras

Avaliação de anomalias

As principais considerações a serem feitas na avaliação do possível significado econômico


de anomalias geoquímicas são:

. a magnitude dos valores, geralmente expressos como o contraste entre os valores de pico e
o teor de fundo;

a forma e as dimensões da área anômala;

o ambiente geológico;

22
quanto o ambiente local possa ter influenciado.

Prospeção hidrogeoquimica. As técnicas de prospeção hidrogeoquimica têm sido ampliadas para


depósitos sulfetados e não sulfetados (B, Be, Li, W, F, W, U, etc.).

As principais vantagens dos métodos hi-drogeoquímicos de prospeção, segundo Goleva


(1965), são:

a possibilidade de detetar ocorrências minerais nao-aflorantes;

mostram halos de dispersão primária de grande extensão;

é necessária uma pequena quantidade de amostras para a deteção dos halos de dispersão.

Segundo Goleva (1965), a interpretação dos dados hi-drogeoquímicos requer a solução dos
seguintes problemas:

1. determinação do teor de fundo dos elementos indicadores e seus valores anômalos;

2. determinação da composição aproximada dos corpos mineralizados e das anomalias


hidrogeoquimica, com base na associação hidrogeoquimica dos elementos indicadores;

3. elucidação da natureza das anomalias descobertas.

Manipulação e tratamento de dados geoquímicos

Auxilia no tratamento de dados geoquímicos por meio da análise estatística.

Modelos

Koch e Link (1970) definem modelo como a representação de um processo ou de um


fenómeno natural, e tem como objetivos a abstração, simplificação e organização da realidade,
concentrando a atenção em um ou poucos fatores da situação.

Modelo matemático e um grupo de regras formais que definem um relacionamento entre


variáveis, com o objetivo de descrever os elementos essenciais de um processo para uma ágama
de condições.

Dos diversos tipos de modelos matemáticos, podem ser ressaltados:

23
Modelo determinístico: o comportamento das variáveis é completamente previsível. Isso
significa que, ao se conhecer o comportamento de uma ou mais de uma, comportamento de outra
ou outras pode ser exatamente previsto e calculado.

Modelo estatístico ou estocástico: o comportamento e o relacionamento entre as variáveis


não são completamente predizíeis, em virtude da ocorrência de componentes aleatórios.

Tipos de dados em prospeção geoquímica

Segundo Lewis Ir. (1984) e Koch e Link (1971), os dados gerados em um projeto de
prospeção geoquímica podem ser:

Qualitativos-são do tipo descritivo ou categórico, que, normalmente não são expressos na


forma numérica, não podem ser ordenados (rameados) e não há maiores nem menores.

Quantitativos - são os que cobrem as informações numéricas, escalares e "rameáveis" e


restritas às medidas. Os valores podem ser manipulados estatisticamente, sozinhos ou em conjunto
com outros dados.

Sem quantitativos-são os que, apesar de quantificáveis e mensuráveis, escaláveis e ordem


níveis (rameáveis), apresentam interesse limitado para a prospeção geoquímica, servindo apenas
como ferramentas auxiliares no agrupamento e na interpretação dos dados.

Organização dos dados geoquímicos

A organização de doas geoquímicos ela facilita a observação, a manipulação e o


entendimento de grabdes massas de dados como aquelas produzidas na grande maioria dos
trabalhos de exploração geoquímicas.

A organização de dados pode ser feita em: tabelas de frequências, histograma, gráficos de
extremos e quartis, distribuição normal.

Medidas de tendência central

são medidas que auxiliam no cálculo de dados geoquímicos, e podem ser: media altimétrica,
mediana, medidas de posição, moda, variância, desvio padrão, coeficiente de variação e medida
de dispersão.

24
Probabilidade

Auxilia na interpretação de a dados geoquímicos, para prever certos resultados.

Relatório geoquímico

Hoffman (1986) sistematizou o conteúdo e a forma de apresentação de um relatório


geoquímico, que deve seguir o seguinte roteiro:

Página de rosto com título, Resumo, Recomendações principais, Sumário, Introdução,


Localização e acesso, Histórico da prospeção na área, Situação legal, Geologia, Geofísica,
Ambiente superficial

Métodos de: coleta de amostras, preparação das amostras

Métodos de: análise química, manipulação dos dados, preparação dos mapas

Descrição dos resultados: fatos importantes, interpretação geoquímica, Recomendações


detalhadas, Conclusões e Referências bibliográficas.

25
Referencias bibliográfica

Licht, O. A. B., 1998, Prospeção Geoquimica-princicios, Técnicas e Métodos, Rio de Janeiro,


DIEDIG

26

Você também pode gostar