Apostila - Eletrica Automotiva - Alternadores
Apostila - Eletrica Automotiva - Alternadores
Apostila - Eletrica Automotiva - Alternadores
Alternadores
ALBERTO MEYER
ELÉTRICA AUTOMOTIVA – ALTERNADORES
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O curso
Você sabia que o alternador é o
responsável pelo fornecimento de
energia elétrica para o veículo?
Neste curso você vai aprender a
identificar os possíveis problemas
do alternador, item que alimenta
todos os componentes elétricos
e eletrônicos do carro, além de
manter a bateria carregada. Você
vai também conhecer as funções e
o funcionamento dos componen-
tes, acompanhar o passo a passo
dos testes e ver, na prática, como
realizar o conserto. Aprofunde
seus conhecimentos em Elétrica
Automotiva e comece já a traba-
lhar no seu próprio negócio!
ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “ELÉTRICA AUTOMOTIVA – ALTERNADORES” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR)
CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
ELÉTRICA AUTOMOTIVA – ALTERNADORES
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O expert
Alberto Meyer tem 30 anos de
experiência em mecânica auto-
motiva, passando pelas áreas de
oficina e venda de peças. Já foi
instrutor e atuou como consultor
para a Michelin na área de pneus
para frotistas. Além disso, foi ge-
rente de serviços de concessio-
nárias Mercedes e supervisor de
vendas para pneus em uma con-
cessionária Scania. Coordenou o
centro de treinamento da monta-
dora Peugeot em parceria com o
Senai durante 10 anos.
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MAGNETISMO..............................................................................6
Sumário IMÃ.....................................................................................6
Polos magnéticos..............................................7
Campo magnético.............................................8
Campo magnético uniforme..........................8
ELETROMAGNETISMO..............................................................9
CAMPO MAGNÉTICO....................................................9
Bobina e campo magnético...........................9
Simbologia de bobina....................................10
RELÉ..............................................................................................10
DEFINIÇÃO.....................................................................10
UMA APLICAÇÃO PRÁTICA DO RELÉ.....................10
EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DE
RELÉS EM UM VEÍCULO.............................................10
TESTES DE RELÉS.........................................................13
SOLENOIDE................................................................................14
VÁLVULA SOLENOIDE................................................14
TESTES............................................................................15
CAPACITORES............................................................................15
CARACTERÍSTICAS......................................................15
ARMAZENAMENTO DE CARGA...............................16
DESCARGA.....................................................................17
CAPACITÂNCIA.............................................................17
SEMICONDUTORES..................................................................18
ESTRUTURA QUÍMICA................................................18
DOPAGEM.......................................................................19
Cristal N............................................................19
Cristal P.............................................................20
DIODO.............................................................................21
Junção PN.........................................................21
Polarização do diodo.....................................23
Diodo emissor de luz – LED.........................24
Funcionamento................................................25
DIODO ZENER...............................................................25
Comportamento do diodo zener................26
TRANSISTOR.................................................................27
Transistor bipolar...........................................27
Terminais...........................................................27
Símbolos............................................................28
Tensões nos terminais...................................29
Polarização na junção base-emissor.........29
Polarização na junção base-coletor..........29
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Princípio de funcionamento........................29
SÍMBOLOS PARA CIRCUITOS ELÉTRICOS..........................30
ALTERNADOR............................................................................31
GERAÇÃO DE CORRENTE..........................................31
FATORES DE INFLUÊNCIA.........................................31
FATORES LIMITADORES............................................32
TEMPERATURAS..........................................................32
INFLUÊNCIAS EXTERNAS.........................................32
CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO..........32
FINALIDADE..................................................................33
POR QUE ALTERNADORES? .....................................33
ALTERNADOR: PRINCÍPIO ELETRODINÂMICO...34
ROTOR............................................................................35
Enrolamento de excitação...........................35
ESTATOR.........................................................................36
Corrente trifásica...........................................36
Placa retificadora...........................................37
CIRCUITO DE EXCITAÇÃO.........................................39
REGULADOR DE TENSÃO.........................................40
Reguladores de contatos.............................42
Compensação da temperatura dos
reguladores de contato................................44
Regulador de tensão eletrônico................44
Princípio de funcionamento........................46
Reguladores híbridos....................................47
Regulador de tensão multifunção.............48
ALTERNADOR PILOTADO..........................................48
Carga inteligente automotiva....................49
Tipos de alternadores pilotados...............50
Terminal C...........................................51
Terminal RC........................................51
Terminal RLO.....................................51
Terminal RVC.....................................51
Sistema COM - Rede LIN / BSS......52
Falta de troca de sinal.....................53
TESTES NO VEÍCULO..................................................53
Teste do regulador.........................................54
Equilíbrio elétrico..........................................55
DIAGNÓSTICO DE FALHAS.......................................55
REMOÇÃO DO VEÍCULO............................................57
TESTES NA BANCADA................................................57
Estator...............................................................58
Rotor..................................................................58
Diodos................................................................59
Regulador de tensão.....................................60
Controle da tensão regulada......................62
EXEMPLO DE ESQUEMA ELÉTRICO.....................................63
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Magnetismo
O magnetismo impressionou o homem desde a antiguidade, quando
foi percebido pela primeira vez. Segundo os pesquisadores, os habi-
tantes de uma colônia grega, chamada Magnésia, observaram que al-
gumas pedras, como a magnetita, conseguiam atrair pedaços de ferro
que, por sua vez, atraíam outros materiais ferrosos. Muitos cientistas
dedicaram anos ao estudo desse fenômeno, denominado magnetismo,
até que pudessem conhecê-lo melhor e aplicá-lo mais proveitosamente,
como na eletricidade e na eletrônica.
ÍMÃ
Para entender o que é um ímã, precisamos entender o que magnetis-
mo: a propriedade de certos materiais de exercer uma atração sobre
materiais ferrosos.
Alguns materiais encontrados na natureza apresentam propriedades
magnéticas naturais. Por essa razão, são denominados de ímãs natu-
rais. A magnetita é um exemplo de ímã natural.
As propriedades dos corpos magnéticos são muito utilizadas em ele-
tricidade, em motores e geradores e, em eletrônica, nos instrumentos
de medição e na transmissão de sinais.
Podemos também obter ímãs artificiais, que são compostos por barras
de materiais ferrosos que o homem magnetiza por meio de processos
artificiais.
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Polos magnéticos
Externamente, as forças de atração magnética de um ímã se mani-
festam com maior intensidade em suas extremidades, denominadas
polos magnéticos. Todo ímã apresenta dois polos magnéticos com pro-
priedades específicas. São eles: o polo Norte (N) e o polo Sul (S).
Considerando que as forças magnéticas dos ímãs são mais concentra-
das nos polos, a intensidade dessas propriedades decresce para o cen-
tro do ímã. Na região central do ímã, é estabelecida uma linha onde
as forças de atração magnética do polo sul e do polo norte são iguais
e se anulam. A linha denominada linha neutra corresponde à linha
divisória entre os polos do ímã.
Na fabricação de ímãs artificiais, as moléculas desordenadas de um
material sofrem um processo de orientação a partir de forças externas.
Os ímãs têm uma propriedade especial: por mais que se divida um
ímã em partes menores, as partes sempre terão um polo norte e um
polo sul.
N S
N S N S
N S N S N S N S
Repulsão
S N N S
Atração
N S N S
Repulsão
N S S N
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Campo magnético
O espaço ao redor do ímã, em que existe atuação de forças magnéti-
cas, é chamado de campo magnético. Os efeitos de atração ou repul-
são entre dois ímãs ou de atração de um ímã sobre os materiais ferro-
sos se devem à existência desse campo magnético. Para localizarmos o
campo magnético, utilizamos um recurso que consiste em colocarmos
um ímã sob uma lâmina de vidro e espalharmos limalhas de ferro so-
bre essa lâmina. Observa-se que as limalhas se orientam conforme as
linhas invisíveis de força magnética existentes ao redor do ímã.
Linhas de força magnética
também chamadas de linhas
de indução.
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Eletromagnetismo
O termo eletromagnetismo aplica-se a todo fenômeno magnético pro-
vocado pela circulação de uma corrente elétrica.
CAMPO MAGNÉTICO
Quando há circulação de corrente elétrica em um condutor, ocorre
uma orientação no movimento das partículas em seu interior, surgin-
do, em consequência, um campo magnético ao seu redor.
A intensidade do campo magnético ao redor do condutor depende da
intensidade da corrente que nele flui. Ou seja, a intensidade do cam-
po magnético ao redor de um condutor é diretamente proporcional à
corrente que circula neste condutor.
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Simbologia de bobina
Nos esquemas elétricos, encontramos várias representações de bobi-
nas, por exemplo: bobina com núcleo de ar, bobina com núcleo de
ferro, bobina com núcleo de ferrite, entre outras.
Relé
DEFINIÇÃO
Um relé é basicamente um interruptor eletromecânico que permite ou
não a passagem de correntes de alta intensidade para um consumidor
e é acionado aplicando-se uma corrente de baixa intensidade na sua
bobina.
Quando a bobina é percorrida por uma corrente elétrica, forma-se
nela e no seu núcleo de ferro um campo magnético que provoca a
atração do braço de contato em direção à bobina, fechando-se, em
consequência, os contatos elétricos do circuito. Se a alimentação de
corrente à bobina for interrompida, desfaz-se o campo magnético.
Com a ajuda de uma mola de retorno, o braço de contato regressa à
sua posição inicial e o circuito é aberto.
Um bom exemplo é o relé da ligação dos faróis de milha, ligado e des-
ligado, ele controla uma corrente de aproximadamente 10 ampères,
acionado por uma corrente menor que 1 ampère.
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- 11 -
Os relés podem ser de três pinos (relé de seta), quatro pinos (univer-
sal), 5 pinos (comando) etc.
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TESTES DE RELÉS
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Solenoide
Como vimos anteriormente, o solenoide ou bobina é um fio condutor
disposto em forma de hélice, ou pode ser definido como um conjunto
de espiras de mesmo eixo espaçadas uniformemente. Aplicando uma
corrente elétrica neste fio condutor ele irá gerar um campo magnético
ao redor e no interior do solenoide. O campo magnético no seu interior
é uniforme e as linhas do campo são paralelas ao seu eixo.
Colocando um núcleo ferromagnético móvel (embolo) no seu interior,
a solenoide passa a ser um atuador e, de acordo com a aplicação, esse
embolo pode permitir ou não a passagem de fluidos ou fazer um acopla-
mento entre engrenagens.
VÁLVULA SOLENOIDE
A válvula solenoide nada mais é do que uma válvula eletromecânica
controlada. Ela recebe o nome de solenoide devido ao seu componente
principal ser uma bobina elétrica com um núcleo móvel no centro, sen-
do este núcleo chamado de êmbolo.
Em uma posição de repouso, o êmbolo tampa um pequeno orifício por
onde é capaz de circular um fluido. Quando uma corrente elétrica cir-
cula através da bobina, esta corrente cria um campo magnético que,
por sua vez, exerce uma força no êmbolo. Como resultado, o êmbolo é
puxado em direção ao centro da bobina de modo que o orifício se abre.
Esse é o princípio básico utilizado para abrir e fechar uma válvula sole-
noide, como o bico injetor de um sistema de combustível.
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TESTES
1. Verifique as condições físicas do solenoide e certifique-se de que os
fios e conectores não estão rompidos ou corroídos. Calor excessi-
vo ou corrosão afetarão a operação do solenoide. Corrija qualquer
problema encontrado durante essa verificação e, se o solenoide não
funcionar, siga para o passo dois.
Capacitores
Os capacitores são componentes largamente empregados nos circuitos
eletrônicos. Nos veículos, todos os módulos eletrônicos possuem capa-
citores em seus circuitos. A função dos capacitores é armazenar cargas
elétricas.
CARACTERÍSTICAS
O capacitor é um componente capaz de armazenar cargas elétricas. Ele
é composto basicamente por duas placas de material condutor, deno-
minadas armaduras. Essas placas são isoladas eletricamente entre si
por um material isolante chamado dielétrico.
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ARMAZENAMENTO DE CARGA
Conectando-se os terminais do capacitor a uma fonte de corrente con-
tínua (CC), ele fica sujeito à diferença de potencial dos polos da fonte.
O potencial da bateria aplicado a cada uma das armaduras faz surgir
entre elas uma força chamada campo elétrico, que nada mais é do que
uma força de atração (cargas de sinal diferente) ou repulsão (cargas de
mesmo sinal) entre cargas elétricas.
O polo positivo da fonte absorve elétrons da armadura à qual está co-
nectado, enquanto o polo negativo fornece elétrons à outra armadura.
A armadura que fornece elétrons à fonte fica com íons positivos adqui-
rindo um potencial positivo. A armadura que recebe elétrons da fonte
fica com íons negativos adquirindo potencial negativo.
Para a análise do movimento dos elétrons no circuito, foi utilizado o
sentido eletrônico da corrente elétrica. Isso significa que ao conectar
o capacitor a uma fonte CC, surge uma diferença de potencial entre as
armaduras.
A tensão presente nas armaduras do capacitor terá um valor tão próxi-
mo ao da tensão da fonte que, para efeitos práticos, podem ser conside-
rados iguais.
Quando o capacitor assume a mesma tensão da fonte de alimentação,
dizemos que o capacitor está "carregado".
Se, após ter sido carregado, o capacitor for desconectado da fonte de
CC, suas armaduras permanecem com os potenciais adquiridos. Isso
significa, que, mesmo após ter sido desconectado da fonte de CC, ainda
existe tensão presente entre as placas do capacitor. Assim, essa energia
armazenada pode ser reaproveitada.
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DESCARGA
Tomando-se um capacitor carregado e conectando seus terminais a um
resistor, haverá uma circulação de corrente, pois o capacitor atua como
fonte de tensão.
CAPACITÂNCIA
A capacidade de armazenamento de cargas de um capacitor depende
de alguns fatores, tais como:
• área das armaduras, ou seja, quanto maior a área das armaduras,
maior a capacidade de armazenamento de um capacitor;
• espessura do dielétrico, pois, quanto mais fino o dielétrico, mais pró-
ximas estão as armaduras. O campo elétrico formado entre as arma-
duras é maior e a capacidade de armazenamento também;
• natureza do dielétrico, ou seja, quanto maior a capacidade de
isolação do dielétrico, maior a capacidade de armazenamento do
capacitor.
Essa capacidade de um capacitor de armazenar cargas é denomina-
da de capacitância, que é um dos fatores elétricos que identifica um
capacitor.
A unidade de medida de capacitância é o Farad, representado pela letra
F. Em geral, apenas seus submúltiplos são usados. Veja a tabela a seguir.
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Semicondutores
Semicondutores são materiais que apresentam características de iso-
lante ou de condutor, dependendo da constituição de sua estrutura quí-
mica. Um exemplo típico do material semicondutor é o carbono (C).
De acordo com a forma com que os átomos se interligam, o material
formado pode se tornar condutor ou isolante.
ESTRUTURA QUÍMICA
Os semicondutores são constituídos de átomos que apresentam quatro
elétrons (tetravalentes) na camada de valência. Observe na figura a se-
guir a representação esquemática de dois átomos – silício (Si) e germâ-
nio (Ge) - que dão origem a materiais semicondutores.
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DOPAGEM
A dopagem é um processo químico realizado em laboratórios. Ele tem
a finalidade de introduzir uma quantidade controlada de átomos estra-
nhos, denominados impurezas, na estrutura cristalina de uma substân-
cia pura para transformar essa substância em um condutor. A forma
como o cristal conduz a corrente elétrica e a sua condutibilidade depen-
dem do tipo de impureza utilizado e da quantidade aplicada.
Cristal N
Quando o processo de dopagem introduz na estrutura cristalina uma
quantidade de átomos com mais de quatro elétrons na última camada,
como o fósforo (P), que é pentavalente, forma-se uma nova estrutura
cristalina, denominada cristal N.
Dos cinco elétrons externos do fósforo, apenas quatro encontram um
par no cristal (formação covalente). O quinto elétron do fósforo não for-
ma ligação covalente porque não encontra um elétron na estrutura que
possibilite essa formação.
No cristal semicondutor, cada átomo de impureza fornece um elétron
livre dentro da estrutura. Esse elétron isolado tem a característica de se
libertar facilmente do átomo e de vagar livremente dentro da estrutura
do cristal, constituindo-se um portador livre de carga elétrica.
Embora o material tenha sido dopado, o número total de elétrons é
igual ao número de prótons e, assim, o material continua eletricamente
neutro. Nesse tipo de cristal, a corrente elétrica é conduzida em seu
interior por cargas negativas. Veja representação esquemática a seguir.
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Cristal P
A utilização de átomos com três elétrons na última camada, isto é, triva-
lentes, no processo de dopagem, dá origem à estrutura chamada cristal
P. O átomo de Índio (In) é um exemplo desse tipo de material.
Quando os átomos de Índio (In) são colocados na estrutura do cristal
puro, verifica-se a falta de um elétron para que os elementos tetravalen-
tes se combinem de forma covalente. A ausência de elétrons é chamada
de lacuna que, na verdade, é a ausência de uma carga negativa.
Os cristais dopados com átomos trivalentes são chamados de cristais P
porque a condução da corrente elétrica em seu interior ocorre devido à
movimentação das lacunas. Esse movimento pode ser facilmente obser-
vado quando analisamos a condução de corrente elétrica passo a passo.
Quando uma diferença de potencial é aplicada aos extremos de um
cristal P, uma lacuna é ocupada por um elétron que se movimenta, for-
çando a criação de outra lacuna atrás de si. Na figura a seguir, a lacuna
é representada por uma carga positiva.
A lacuna é preenchida por outro elétron, gerando uma nova lacuna até
que seja preenchida por um elétron proveniente da fonte. A condução
de corrente por lacunas no cristal P independe da polaridade da fonte
de tensão.
Os cristais P e N isoladamente conduzem a corrente elétrica qualquer
que seja a polaridade de tensão aplicada em suas extremidades.
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DIODO
O diodo, também conhecido como diodo semicondutor, é um compo-
nente que se comporta como condutor ou isolante elétrico, dependen-
do da forma como a tensão é aplicada aos seus terminais.
Uma das aplicações mais comuns do diodo ocorre na transformação da
corrente alternada em corrente contínua, por exemplo, nos alternado-
res ou fontes de corrente contínua (CC). A ilustração ao lado mostra o
símbolo do diodo.
O terminal Ânodo representa o material P. O terminal Cátodo represen-
ta o material N.
A identificação dos terminais (ânodo e cátodo) pode aparecer de diver-
sas formas:
• o cátodo representado pela barra impressa no corpo do componente;
• símbolo do diodo impresso sobre o corpo do componente.
A figura a seguir mostra um exemplo de diodos utilizados em alternadores.
Junção PN
O diodo é constituído da junção de duas pastilhas de material semicondu-
tor: uma de material N e outra de material P. Essas pastilhas são unidas por
meio de aquecimento, formando uma junção entre elas. Por essa razão, o
diodo semicondutor também é denominado diodo de junção PN.
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Polarização do diodo
A aplicação de tensão sobre o diodo estabelece a forma como o compo-
nente se comporta eletricamente. A tensão pode ser aplicada ao diodo de
duas formas diferentes, denominadas tecnicamente de polarização direta
e polarização inversa.
A polarização é direta quando a tensão positiva é aplicada ao material P
(ânodo) e a tensão negativa ao material N (cátodo). A polarização direta
faz com que o diodo permita a circulação de corrente elétrica no circuito
através do movimento dos portadores livres. Assim, quando o diodo está
polarizado diretamente, diz-se que o diodo está em condução.
Tipo Unidade
1N4001 50
1N4002 100
MR504 400
BY127 800
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Funcionamento
Quando o LED é polarizado diretamente, entra em condução. Isso permite
a circulação da corrente que se processa pela liberação dos portadores li-
vres na estrutura dos cristais. Normalmente, um LED precisa de cerca de 2
volts e de 15 a 20 mA para iluminar. Mas isso varia entre os diferentes tipos
de LEDs.
DIODO ZENER
O diodo zener é um tipo especial de diodo utilizado como regulador de
tensão. A sua capacidade de regulação de tensão é empregada principal-
mente nas fontes de alimentação de modo a fornecer uma tensão de saída
fixa. O símbolo gráfico do diodo zener, vem indicado ao lado:
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Comportamento do diodo zener
O comportamento do diodo zener depende fundamentalmente da forma
como ele é polarizado.
Com polarização direta, o diodo zener se comporta da mesma forma que
um diodo semicondutor ou retificador, entrando em condução e assumin-
do uma queda de tensão típica.
Em geral, o diodo zener não é usado com polarização direta nos circuitos
eletrônicos.
Na polarização inversa, até um determinado valor de tensão inversa, o dio-
do zener se comporta como um diodo comum, ficando em bloqueio. Nesse
bloqueio, uma pequena corrente de fuga circula no diodo zener, tal como
no diodo convencional.
Em um determinado valor de tensão inversa, o diodo zener entra subita-
mente em condução, apesar de estar polarizado inversamente. A corrente
inversa aumenta rapidamente e a tensão sobre o zener se mantém pratica-
mente constante.
O valor de tensão inversa que faz o diodo zener entrar em condução é de-
nominado de tensão zener (VZ).
Enquanto houver corrente inversa circulando no diodo zener, a tensão so-
bre seus terminais se mantém praticamente no valor da tensão zener.
É importante observar que no sentido inverso, o diodo zener difere do dio-
do semicondutor retificador convencional, ou seja, um diodo retificador
nunca chega a conduzir intensamente no sentido inverso. Se isso aconte-
cer, o diodo estará em curto e danificado.
O diodo zener, por sua vez, é levado propositadamente a conduzir no sen-
tido inverso para que uma tensão zener constante seja obtida em seus ter-
minais, sem que isso danifique o componente.
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TRANSISTOR
A descoberta do transistor impulsionou o desenvolvimento da eletrônica.
O termo transistor vem da expressão em inglês transfer resistor que signi-
fica resistor de transferência. É um componente que apresenta uma resis-
tência variável entre dois terminais. Essa resistência é controlada por um
terceiro terminal.
Transistor bipolar
O transistor bipolar é o mais comum e o mais utilizado. Sua estrutura bási-
ca é composta de duas pastilhas de material semicondutor do mesmo tipo.
Entre as duas pastilhas é colocada uma terceira, bastante fina, de material
diferente, formando uma configuração semelhante a um sanduíche.
A configuração da estrutura do transistor bipolar nos permite obter dois ti-
pos distintos de transistores bipolares: NPN e PNP. Os dois tipos de transis-
tores podem cumprir as mesmas funções, diferindo apenas na forma como
as fontes de alimentação são ligadas ao circuito eletrônico.
Terminais
Cada uma das pastilhas que formam o conjunto, recebe um terminal para
que o componente possa ser conectado ao circuito eletrônico. Por sua vez,
cada terminal recebe uma designação para que cada uma das pastilhas
possa ser diferenciada.
Assim:
• a pastilha central, denominada base, é indicada pela letra B;
• uma das pastilhas externas é denominada de coletor e é indicada pela
letra C;
• a outra pastilha externa é denominada emissor e é representada pela
letra E.
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O coletor possui maior volume e, por isso, dissipa mais potência. A inten-
sidade da dopagem do coletor é intermediária em relação à dopagem das
outras duas pastilhas. Por esse motivo, as ligações do coletor e do emissor
no circuito eletrônico não são intercambiáveis.
Símbolos
O símbolo gráfico do transistor é definido por norma específica. A figura
a seguir apresenta os símbolos dos transistores NPN e PNP, indicando a
designação dos terminais. A diferença entre os símbolos dos dois transis-
tores refere-se apenas ao sentido da seta do terminal emissor. Os símbolos
podem ser com ou sem os círculos.
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Princípio de funcionamento
O movimento dos portadores livres dá origem a três correntes que circu-
lam nos três terminais do transistor:
• corrente do terminal emissor, denominada corrente de emissor (IE);
• corrente do terminal base, chamada de corrente de base (IB);
• corrente do terminal do coletor, chamada de corrente de coletor (IC).
Por meio de um transistor, é possível utilizar uma pequena corrente IB para
controlar a circulação de uma corrente de valor muito maior (IC).
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polaridade célula
bobina
negativa fotovoltaica
bobina de
ligação à terra indutância amplificador
variável
bobina com
fusível núcleo gerador
ferromagnético
interruptor
transformador motor
(símbolo geral)
elemento
comutador de pilha ou amperímetro
acumulador
bateria de
lâmpada de
acumuladores galvanómetro
sinalização
ou pilhas
bateria de
campainha voltímetro
tensão variável
resistência alto-falante
(símbolo geral) ohmímetro
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Alternador
O alternador é um dispositivo que transforma a energia mecânica em
energia elétrica. Portanto, ele fornece energia elétrica ao sistema elé-
trico do veículo e recarrega a bateria quando o motor funciona em alta
velocidade de rotação e quando mais energia é gerada do que os consu-
midores necessitam.
Se o alternador não estiver funcionando corretamente, ele não abaste-
cerá todos os consumidores com uma quantidade suficiente de energia.
Consequentemente, a bateria é descarregada e ela pode sofrer danos
irreversíveis.
GERAÇÃO DE CORRENTE
O alternador deve fornecer corrente suficiente para rede de bordo de um
veículo sob todas as condições de funcionamento e, com isso, garantir que
a bateria sempre esteja carregada o suficiente.
O objetivo é o balanço de carga compensado, ou seja, o alternador deve ge-
rar no mínimo a energia que todos os consumidores do veículo consomem
durante o mesmo tempo.
Os alternadores produzem corrente alternada, enquanto o sistema elétrico
do veículo e a bateria necessitam de corrente contínua. Para tal, todo alter-
nador possui um retificador de corrente acoplado.
As principais exigências em relação ao alternador são:
1. alimentação de todos os consumidores, ligados em corrente contínua;
2. reserva de potência adicional para carga e recarga da bateria, mesmo
com todos os consumidores ligados “permanentemente”;
3. manutenção de uma tensão por toda a faixa de rotação do motor tér-
mico do veículo, independente da carga do alternador;
4. construção robusta para resistir a todas as solicitações externas, tais
como vibrações, altas temperaturas ambientes, mudanças de tempe-
ratura, sujeira e umidade;
5. peso reduzido, dimensões compactas e longa vida útil;
6. baixo ruído;
7. alto grau de eficiência.
FATORES DE INFLUÊNCIA
O rendimento de um alternador cresce com o aumento das rotações. Por
isso, o objetivo é obter uma alta relação de transmissão entre a árvore de
manivelas (virabrequim) do motor e o alternador.
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FATORES LIMITADORES
1. Forças centrífugas com altas rotações do motor.
2. Ruído do alternador e da sua ventoinha integrada.
3. Grau de eficiência reduzido em altas rotações.
4. Efeitos das altas rotações sobre a vida útil das peças sujeitas a desgaste
(mancais, anéis coletores, escovas de carvão).
5. O torque de inércia das massas do alternador com relação à árvore de
manivelas e, com isso, a solicitação sobre as correias de acionamento.
Valores típicos para veículos de passeio estão entre 1: 2 e 1: 3 e, para utilitá-
rios, até 1: 5. No caso extremo (por exemplo no tráfego diário para a ida ao
trabalho), o alternador funciona até um terço do tempo de funcionamento
da marcha lenta, ou seja, na faixa de rotação com a maior eficiência.
TEMPERATURAS
As perdas que ocorrem em todas as máquinas nas transformações de ener-
gia elevam a temperatura dos componentes. De acordo com a montagem
no motor, os componentes deste (escapamento, turbo compressor) geram
calor adicional no alternador, uma vez que o alternador aspira o ar de den-
tro do cofre do motor para sua refrigeração.
A constante compactação do cofre do motor, limitam cada vez mais a ofer-
ta de ar para arrefecimento do alternador. Em função disso, temos casos de
alternadores refrigerados por líquido para casos extremos.
INFLUÊNCIAS EXTERNAS
De acordo com as condições de montagem e características de vibração de
um motor a combustão, o alternador está sujeito a acelerações na faixa de
500 a 800 m/s2. Isso resulta em forças extremas às peças de fixação e com-
ponentes do alternador. Um cuidado deve ser tomado com a questão da
ressonância, além dos pingos de água, sujeira, névoa de óleo ou combus-
tível e o sal (jogado nas estradas no inverno em países frios), que expõem
suas peças à corrosão, que pode provocar dispersão da corrente gerada e a
redução da vida útil, por eletrólise.
CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO
Os alternadores são projetados para fornecer tensões entre 14 V, para veí-
culos de passeio e utilitários pequenos, e 28 V nos caminhões e ônibus a
diesel, permitindo a recarga das respectivas baterias de 12 V e 24 V.
A bateria e os componentes dos veículos exigem corrente contínua e o
alternador gera corrente alternada trifásica. Para adequar às necessidades,
um retificador faz parte do alternador, com a finalidade de retificar a cor-
rente alternada em contínua.
O alternador recebe permanentemente a tensão da bateria, mesmo com
o carro desligado e o motor parado, desse modo, os diodos retificadores
evitam a descarga da bateria, pois evitam a ligação a massa.
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FINALIDADE
O alternador é acionado pelo próprio motor. Isso significa, que se trata de
um transformador de energia mecânica em energia elétrica. A sua finalida-
de é de, estando o motor em funcionamento, alimentar de energia elétrica
todos os consumidores a ele conectados e carregar a bateria.
Para isso, o sistema requer uma corrente contínua. De início, o alternador
produz corrente alternada que é imediatamente transformada em corrente
contínua. Visto o alternador fornecer dessa maneira realmente corrente
contínua, poderíamos muito bem chamá-lo de dínamo. Os termos "alter-
nador" serve para distingui-lo do dínamo, já que sua estrutura interna é
diferente.
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ROTOR
É no rotor que começa o processo de produção de energia elétrica.
Construído sobre um eixo de aço, possui em seu interior uma bobina
de cobre fixada no seu eixo que é envolvida por um par de rodas po-
lares. Quando a chave de ignição é ligada, o rotor, através do coletor,
recebe da bateria a tensão que induzirá nos fios da bobina uma cor-
rente elétrica. Esta corrente, por sua vez, produz o campo magnético
que é potencializado pela construção das garras polares em aço. Este
campo magnético é que induzirá a produção de corrente elétrica. A
quantidade de voltas e o diâmetro dos fios da bobina definem a po-
tência, que varia de acordo com a necessidade de corrente elétrica de
cada aplicação. O núcleo do rotor recebe um banho de verniz especial
que resiste a temperaturas elevadas. Ao final da linha de produção,
são testados um a um e passam por balanceamento para eliminar a
possibilidade de vibrações.
O rotor gira no interior do estator, produzindo uma variação no fluxo
magnético. Essa variação faz com que a tensão produzida tenha sentidos
alternados, ora positivo, ora negativo. A figura ao lado mostra a corrente
alternada produzida durante a rotação do rotor no interior do estator.
Esta corrente deve ser retificada para atender às necessidades do sis-
tema elétrico.
A força eletromotriz induzida será tanto maior, quanto mais forte for
o campo magnético (quanto mais concentradas forem as linhas de
força) e quanto mais alta for a velocidade que as linhas de força forem
"cortadas".
Os alternadores possuem eletroímãs para a produção do campo magnéti-
co. O campo eletromagnético atua somente enquanto houver passagem
de corrente através da bobina de campo (enrolamento de excitação).
A fim de multiplicar o efeito de indução, não se expõe ao campo mag-
nético apenas um condutor, mas um grande número deles, nos quais
constituem o enrolamento do estator.
A resistência do rotor deve estar entre:
• 2,5 Ω e 4,0 Ω - para linha 12 V;
• 8 Ω e 15 Ω - para linha 24 V.
Enrolamento de excitação
O enrolamento de excitação, também chamado de bobina de excitação,
localiza-se no interior do rotor. Sua função é gerar um campo eletromagné-
tico no rotor quando se aplica uma diferença de potencial.
Como a bobina de excitação gira junto com o rotor, para aplicarmos uma
direção de potencial na mesma é necessário utilizar um conjunto "anéis
coletores e escovas" como mostra a figura ao lado.
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ESTATOR
No estator é produzida a corrente elétrica. As bobinas de fios de cobre
são fixadas sobre um núcleo constituído em aço. As bobinas do estator
são construídas de forma a aproveitar ao máximo a produção de cor-
rente. São isoladas entre si e cobertas por verniz especial para resistir
às mais altas temperaturas e entrada de resíduos. A corrente elétrica é
induzida pelo campo magnético, agindo nos fios do estator.
Corrente trifásica
No alternador, o enrolamento do estator é composto por três bobinas. Em
cada uma delas forma-se uma tensão alternada, que recebe o nome de
fases. Essas fases são denominadas "fases U, V, W".
As bobinas são dispostas de maneira que cada fase se acha a 120° da outra.
Essa corrente alternada de três fases chama-se "corrente trifásica". A cor-
rente trifásica resulta num aproveitamento melhor do gerador do que uma
corrente alternada de uma única fase.
As três fases são ligadas entre si por meio de conexão estrela ou triângulo.
Essas disposições dependem diretamente do estator.
Ligação em estrela é um tipo de ligação na qual as três fases têm uma de
suas extremidades interligadas por um ponto central.
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Placa retificadora
O sistema elétrico do automóvel é de corrente contínua, ou seja, possui
polaridade positiva e polaridade negativa (no caso 0V ou terra). A cor-
rente produzida pelo alternador é alternada. Por isso a necessidade de
retificar essa corrente, ou seja, transformá-la em corrente contínua. Ao
lado, podemos ver no gráfico, a corrente gerada pelas três fases U, V e W.
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Observe que cada uma das fases é ligada a um par de diodos retificadores.
Dependendo do fabricante, algumas placas retificadoras são equipadas
com diodos zener, que protegem os componentes elétricos das cargas de
retorno e são montados de forma a bloquear correntes reversas, impedin-
do que a bateria se descarregue.
Na saída do estator teremos a corrente contínua, porque o diodo só con-
duz nos semicírculos positivos, anulando os negativos, dessa forma temos
uma tensão contínua pulsativa. Depois de retificadas todas as fases, a on-
dulação se torna mais suave, mas pode ser mais ainda se for utilizado um
capacitor. O capacitor armazena energia nos instantes de subida da onda
e descarrega nas descidas. Com isso, a ondulação diminui.
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CIRCUITO DE EXCITAÇÃO
Como vimos, o alternador só irá produzir carga em suas fases quando
a bobina de excitação estiver energizada e o rotor em movimento.
Quanto ao movimento, a extremidade do rotor é ligada a uma polia
que é acionado pela polia da árvore de manivelas (virabrequim) por
meio de uma correia.
Já a energização da bobina de excitação se dá pelo próprio sistema,
utilizando-se a linha D+. Observe a figura ao lado:
Com a bobina de excitação energizada e o rotor em movimento, é
produzida nas fases U, V e W uma corrente alternada que irá atingir
os diodos de excitação. A corrente que passa pelos diodos retificado-
res alimenta o circuito elétrico e repõe as cargas na bateria. A própria
corrente produzida pelo alternador se encarrega de manter a bobina
de excitação energizada.
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REGULADOR DE TENSÃO
No alternador são feitas demandas elevadas, pois a tensão tem que ser
mantida no valor exigido pelos diversos consumidores elétricos e a ba-
teria deve receber sempre carga suficiente (mas não em demasia), não
obstante as alterações da rotação do motor do veículo e as enormes
variações de carga nos diversos âmbitos entre o regime de marcha
lenta e o de plena carga. Por isso são necessárias medidas especiais
para uma regulagem automática da tensão, o que se obtém com regu-
ladores de tensão ou voltagem.
A tensão produzida no alternador é relativamente igual ao produto
da rotação e da corrente de excitação. O princípio da regulagem da
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Reguladores de contatos
Nos reguladores de contatos, a modificação alternada da corrente é feita
pela abertura e o fechamento de um contato móvel, pressionado contra
um contato fixo pela ação de uma mola.
Quando a tensão nominal é ultrapassada, um eletroímã, influenciado
pela tensão do alternador e agindo contra a força da mola, abre os con-
tatos. Um resistor é ligado ao circuito da corrente de excitação, resul-
tando na diminuição da corrente de excitação e, consequentemente,
queda da tensão no alternador. Quando a tensão do alternador baixa
além da tensão nominal, a força da mola vence a força do eletroímã e
os contatos fecham novamente.
Nos alternadores são empregados reguladores de um elemento que é
constituído pelo eletroímã, porta-contato e cantoneira magnética.
Embora não tenhamos falado até agora, vale um lembrete: o regulador
não corta totalmente a corrente de excitação no alternador e sim a di-
minui por meio de um resistor. Sendo assim, entre D+ e DF haverá um
resistor para limitar a passagem da corrente elétrica de excitação.
Observe na figura o funcionamento do regulador, quando ele permite
a excitação da bobina. Os contatos dos platinados estão fechados e a
corrente tende a fluir para onde há menos resistência elétrica, ou seja,
diretamente entre D+ e DF, sem passar por R1.
Acontece que, com o aumento da tensão, o campo magnético produzi-
do na bobina do regulador irá aumentar a tal ponto que os contatos se
abrem.
Veja que com o aumento da tensão, a bobina do regulador força a aber-
tura dos contatos dos platinados, o que obriga a corrente a passar pelo
resistor R1 que, consequentemente, terá uma queda na intensidade da
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Princípio de funcionamento
Com o alternador em funcionamento e a tensão baixa, a corrente partin-
do de D- passa pelo resistor R3, o que diminui sua intensidade. O diodo
bloqueia a passagem da corrente entre D- e DF, uma vez que o negativo
não passa no sentido da seta. Essa corrente é aplicada na base de T2, o
que provoca a passagem da corrente entre o emissor e o coletor. A cor-
rente de excitação, passando por T2 vai para DF, energizando a bobina
de excitação. O diodo bloqueia a passagem da corrente positiva para D-.
As linhas em vermelho mostram onde há corrente no circuito. Sabendo-
-se que a tensão de ruptura do diodo zener é de 7 volts, ele só permitirá
a passagem da corrente quando a tensão entre R1 e R2 for superior a
esse valor, ou seja, quando a tensão entre D- e D+ for superior a 14
volts. A tensão aplicada no diodo zener sempre será a metade do valor
da tensão entre D- e D+, uma vez que os resistores possuem os mesmos
valores (divisor de tensão).
A corrente só tem um caminho a percorrer, ou seja, por R3 e base de
T2, o que faz com que esse transistor permita a passagem do positivo do
circuito de excitação para DF.
Com o aumento gradativo da tensão no alternador, a tensão entre R1 e
R2 também vai aumentando, ou seja, se a tensão entre D- e D+ for 10
volts, a tensão entre os resistores será de 5 Volts.
Agora veja o que ocorre quando a tensão entre D- e D+ atinge 14 volts.
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Reguladores híbridos
O regulador híbrido tem as mesmas funções dos reguladores eletrônicos
anteriormente abordados. Porém, em função de novas tecnologias e mo-
dernos processos de fabricação, sua construção requer um menor núme-
ro de componentes, o que lhe confere um tamanho reduzido.
Por este motivo, o regulador híbrido em alguns alternadores está instala-
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ALTERNADOR PILOTADO
O sistema de carregamento do carro tem a função de gerar a corrente
elétrica exigida para recarregar a bateria e para o fornecimento aos
diferentes circuitos elétricos do carro. Este sistema tem um elemento
principal conhecido como alternador, que é responsável por transfor-
mar a energia mecânica em energia elétrica, esta função é alcançada
com base na formação de campos magnéticos que cruzam os enrola-
mentos, induzindo, dessa maneira, uma tensão alternada. A corrente
gerada passa através de uma ponte de diodos, retificando-a para cor-
rente contínua.
Atualmente, as rígidas exigências das normas de emissões e a grande
quantidade de novos consumidores eletrônicos incorporados aos veí-
culos implicaram em sistemas de geração de energia mais eficientes e
econômicos
Para tal, foram incorporados aos sistemas de geração de energia do au-
tomóvel meios que permitem o controle da tensão do alternador eletro-
nicamente por meio de um regulador de tensão que se comunica com o
módulo de controle eletrônico, o ECM do motor.
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CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
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Esse sistema, controlado pelo ECM, prolonga a vida da bateria, uma vez
que a corrente que produz o alternador é regulada, considerando a tem-
peratura dos itens.
Normalmente, sabe-se que a bateria, quando está fria, produz uma tensão
mais elevada se comparada a uma bateria que está mais quente. O ECM
avalia a temperatura diretamente sobre a bateria ou através do sensor de
temperatura no regulador de tensão e, dessa forma, controla a produção
de energia do alternador, mantendo-a num valor ideal.
Com esse sistema, é possível alcançar uma maior estabilidade do motor,
principalmente nas variações de regime, priorizando a recarga da bate-
ria em momento de baixo consumo de potência do motor. Por exemplo,
podemos dizer que num determinado momento, o ECM pode colocar ou
remover a carga do alternador (carga para o motor).
Quando o veículo está em uma descida utilizando o motor como freio,
a recarga da bateria é priorizada, ou seja, o alternador aumenta a pro-
dução de energia. Já em uma subida, o alternador reduz a produção,
diminuindo o consumo de potência do motor, baixando o consumo de
combustível.
Para verificar se a carga inteligente ou sistema de carga inteligente está
funcionando corretamente, primeiro verifique se os conectores (alterna-
dor, regulador) estão fazendo bom contato. Em seguida, use um multíme-
tro automotivo para analisar a tensão. Ligar o multímetro na escala da
tensão e, a seguir, colocar a ponta preta do multímetro na bateria negati-
va e a ponta vermelha no positivo. A tensão deve ser aproximadamente
entre 13,5 a 14,7 volts. É importante notar que a tensão de carregamento
do sistema não deve ser insuficiente ou sobrecarregada para prolongar
a vida útil da bateria e dos componentes eletrônicos que se alimentam
através dele.
Nos veículos que possuem alternadores pilotados, é possível encontrar
no cabo positivo da bateria um pequeno módulo eletrônico, cuja função
é gerenciar a carga da bateria. Esse módulo identifica a capacidade da
bateria, o consumo de corrente, a temperatura e os compara com os pa-
drões do fabricante para o determinado veículo. Qualquer alteração na
capacidade da bateria ou no consumo de corrente impede o funciona-
mento do sistema.
Nesses veículos, a inclusão de consumidores (acessórios) não é possível.
Nem devem receber o procedimento de partida auxiliar, usando outro
veículo ou outra bateria, pois há o risco de queima dos módulos. Nesses
casos, deve-se retirar a bateria do veículo para realizar a carga ou substi-
tuir a bateria por outra carregada e só então realizar a partida do motor.
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Terminal C
Nos alternadores com este tipo de regulador de voltagem, a troca de in-
formação entre o módulo de controle do motor e o alternador é feita atra-
vés de um sinal de massa (negativo) que o EM envia ao terminal C do
regulador. Recebendo o negativo no terminal “C”, a tensão de regulagem
baixa de 14,4 V para cerca de 12,8V. As principais linhas que utilizam
ente terminal são: Honda, Mitsubishi, Subaru e Jaguar.
Terminal RC
Nos alternadores com esse tipo de regulador de voltagem, a troca de in-
formação entre o módulo de controle do motor e o alternador é feita atra-
vés de um sinal PWM enviado pelo módulo ao alternador.
Esse sinal possui sempre a mesma frequência de 120 Hz. A comunicação
é feita variando o tamanho do pulso da onda.
Para o diagnóstico podemos fazê-lo utilizando um multímetro com escala
de frequência em Hertz (Hz).
O Toyota RAV4 é um exemplo de veículo que usa este sistema.
Terminal RLO
Funcionamento idêntico ao RC, a diferença é que a frequência do sinal
PWM é de 7 Hz.
Terminal RVC
Nos reguladores de voltagem, a troca de informação entre o módulo de
controle do motor e o alternador é feita através de um sinal PWM enviado
pelo módulo ao alternador.
Esse sinal possui sempre a mesma frequência de 120 Hz. A comunicação
é feita variando o tamanho do pulso da onda.
Podemos fazer o diagnóstico utilizando um multímetro com escala de
frequência em Hertz (Hz).
Esses terminais são utilizados na linha GM de forma geral.
A tensão de regulagem em bancada fica estabilizada em 13,8V, tensão
pré-definida de fábrica. Já no veículo, a tensão pode variar de 12,4V a
15,8V, definido pela ECU. Essa variação de tensão depende de alguns
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• LIN-2 (19,2 KBPS) (Mercedes, Chrysler, Toyota, Fiat, Audi, VW, Pors-
che, Citroen e Peugeot).
2. Sistema BSS – Interface Bit síncrona: a conexão é unidirecional da ECU
para o alternador. Velocidade de transmissão de dados e aplicação:
• BSS-1 e BSS-2 (1,2 KBPS) (Mercedes, Audi, BMW, VW, Mini, Rolls
Royce e Renault).
TESTES NO VEÍCULO
Antes de efetuar qualquer teste no veículo, inspecione detalhadamente:
• Todas as conexões elétricas;
• Estado dos cabos e polos da bateria;
• As condições e o nível da solução da bateria;
• Lâmpada piloto da bateria / alternador;
• Correia do alternador.
Os testes devem ser efetuados mediante uso dos aparelhos (voltíme-
tro, amperímetro e osciloscópio) ligados de tal forma que o voltímetro
indique a tensão sobre a bateria e o amperímetro a corrente de carga
fornecida pelo alternador.
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Verificações:
1. Oscilograma da corrente contínua com poucas ondas harmônicas
(entre D+, B+ e B-);
2. Tensão do alternador (entre B+ e B-);
3. Corrente de repouso (stand-by);
4. Tensão da bateria;
5. Interrupção dos condutores entre alternador, bateria e veículo;
6. Resistência no contato dos condutores;
7. Pontos de massa, quanto à resistência e fixação.
Teste do regulador
Para testar o regulador, faça o seguinte:
• Verifique se a bateria do veículo está em ordem. Senão, faça a subs-
tituição;
• Instale um amperímetro entre o cabo negativo e o polo positivo
da bateria;
• Instale um voltímetro de boa precisão (mínimo 0,5%) com escala que
consiga ler décimos de volts em paralelo com a bateria;
• Ligue o motor do veículo em rotação média e observe o amperímetro.
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Equilíbrio elétrico
O alternador deve ser capaz de abastecer todos os consumidores elétricos
do veículo. A montadora do veículo escolhe um alternador apropriado
para os consumidores elétricos originais. No caso de uma instalação pos-
terior de equipamentos adicionais, por exemplo, sistema de navegação,
som, abridor elétrico de janelas ou aquecimento de assento, o alternador
original pode não conseguir gerar energia suficiente e talvez seja necessá-
rio instalar um alternador mais potente. Além disso, recomenda-se tam-
bém instalar uma bateria com uma capacidade maior.
Um alternador com dimensões erradas pode carregar a bateria de modo
insuficiente, o que pode resultar em danos irreversíveis.
DIAGNÓSTICO DE FALHAS
A tabela a seguir traz algumas falhas que ocorrem no sistema de carga.
Para alternadores pilotados, é necessário um diagnóstico através do
aparelho de diagnóstico específico do fabricante.
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Defeito no regulador
A lâmpada-piloto emite luz trêmula Escovas gastas além do limite
Correia folgada
Impurezas no eletrólito
Nível baixo de solução
A bateria não aceita carga
Placas sulfatadas
Polos sujos com zinabre
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REMOÇÃO DO VEÍCULO
Embora existam diversos tipos de veículos e todos eles com vários mo-
delos de alternadores, a desmontagem é praticamente igual em todos
eles. Nas figuras abaixo, podemos ver um exemplo de um alternador
instalado em um motor de instalação longitudinal, sendo, nesse caso,
a remoção muito fácil. Nos motores de posição transversal, podem por
vezes existir mais dificuldades, devido ao espaço mais reduzido. No
entanto, a técnica é sempre a mesma, embora possa tornar-se mais
trabalhosa.
TESTES NA BANCADA
Os equipamentos de testes necessários são aparelho testador de alter-
nadores e verificador de curto-circuito no enrolamento, multímetro,
paquímetro e caneta de polaridade. Além disso, o reparo de cada tipo
de alternador requer ferramentas especiais para localizar a falha e sa-
ná-la corretamente.
Com o alternador já desmontado, temos que testar os seguintes com-
ponentes:
• estator;
• rotor e bobina de excitação;
• diodos;
• regulador de tensão.
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Estator
Para determinar o estado do estator (com ligação estrela ou triangulo),
deve-se verificar a continuidade:
• entre as bobinas (deve conduzir);
• das bobinas para massa (não deve conduzir).
Resultados:
• dois LEDs acesos: estator em ordem;
• LED vermelho aceso: bobina do estator em curto, substitua o estator.
Rotor
Para determinar o estado do rotor deve-se verificar:
• curto-circuito da massa do enrolamento de excitação;
• integridade do enrolamento (bobina) de excitação;
• o campo magnético alimentando os anéis coletores com uma bateria
(campo magnético forte).
Curto-circuito da massa
1ª opção de teste: utilizar caneta de polaridade
Ligue a caneta de polaridade na bateria (fio preto no negativo e vermelho
no positivo). Pegue um fio e ligue a ponta do rotor no positivo da bateria.
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Encoste a ponta da caneta de polaridade nos dois anéis do rotor (um por
vez).
Resultado:
• dois LEDs acessos: rotor em ordem;
• somente o LED vermelho aceso: rotor em curto-circuito com a massa
(substitua o rotor).
Resultado:
• LED vermelho aceso: bobina em ordem;
• os dois LEDs acesos: bobina interrompida (substitua o rotor, pois, a
bobina de excitação trabalha em conjunto com ele).
Diodos
Para testar os diodos do alternador, recomendamos utilizar um multíme-
tro automotivo. Neste aparelho, há uma escala para teste de diodos com
o símbolo .
Ao utilizar essa escala, o multímetro passará a gerar uma tensão de apro-
ximadamente 3 volts. Os diodos polarizados diretamente provocam uma
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queda de tensão. A leitura no multímetro deve estar entre 400 a 800 mi-
livolts. Não ocorrendo essa leitura, o diodo está interrompido. Se o valor
da tensão for 0 (zero) volts, o diodo estará em curto.
Pode-se também fazer o teste selecionando no multímetro a escala de
resistência (Ω).
Ligue a ponta de prova vermelha no anodo e a preta no catodo, o multí-
metro deve apresentar uma leitura entre 4 e 10 Ω.
ATENÇÃO: Se o multímetro não apresentar leitura polarizando o diodo
diretamente, nem inversamente, é porque o diodo está aberto. Se ele
apresentar leitura em ambas as polarizações, é porque o diodo está em
curto. Normalmente o diodo só deve apresentar leitura na polarização
direta.
Para ficar claro, a figura a seguir mostra o teste de diodos fora da placa
retificadora. Esse teste também é válido para os diodos de excitação. As
setas coloridas indicam a posição das pontas de prova de multímetro.
Caso não ocorra o indicado, substitua o diodo.
Regulador de tensão
Os reguladores de tensão, na sua maioria, são do tipo eletrônico. Por isso,
não é tão simples assim testá-lo, mesmo porque, deveremos ter um dis-
positivo ou aparelho que produza tensões superiores a 26 volts para exe-
cutar os testes.
Começamos a análise verificando o tamanho das escovas de acordo com
as especificações do fabricante. Para isso utilize um paquímetro.
Conforme o regulador mostrado na figura, as escovas quando novas, me-
dem 13 mm. O tamanho mínimo é de 8 mm, se o valor encontrado for
menor, não é necessário prosseguir com os próximos testes, troque o re-
gulador de tensão, pois não é possível fazer a substituição das escovas
nesse tipo de regulador.
Se as escovas estiverem dentro do valor especificado, prossiga com os
testes.
Para isso, será necessário utilizar um carregador de baterias, um mul-
tímetro ajustado na posição de Volts, uma bateria de 12 V para o caso
desse regulador e uma lâmpada de 50 W/12 V.
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Você também poderá observar que, enquanto a lâmpada não for ligada,
o rotor gira livremente. Ao ligar a lâmpada em D+, o rotor deverá ficar
mais "pesado" para girar. Se isso não ocorrer, desmonte o alternador e
teste o rotor e o estator.
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