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Tutela Provisória

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LARA FÁBIA – 3° PERÍODO

Tutela Provisória
1.0 CONCEITO
A tutela provisória surge para proteger a parte ou jurisdicionado. O processo se inicia com a petição
inicial, e nela, o magistrado já aprecia as provas robustas. As tutelas provisórias podem ser de
cognição sumária e exauriente.
1.1 COGNIÇÃO SUMÁRIA

EXEMPLO: O processo desde o início já traz as provas do direito. O


magistrado concedendo a tutela de maneira antecipada o
SE TAL PESSOA NÃO FIZER UMA contraditório vai ficar para outro momento. Ou seja, vai
DETERMINADA CIRURGIA EM 24H, inverter o momento do contraditório. O juiz faz isto,
TERÁ GRAVES SEQUELAS, COM ISSO, O sem a oitiva do réu, pois umas das características da
JUIZ PODE CONCEDER DE MANEIRA tutela provisória é a urgência. 1.2 COGNIÇÃO
ANTEIPADA. EXAURIENTE Seria o trâmite comum do processo.
2.0 GERAIS
A doutrina afirma que a tutela provisória, é o meio para concretizar o direito fundamental da parte
(efetividade). Após a concessão da tutela, vai abrir o contraditório. Conceitua-se como uma forma
antecipada de fornecer o provimento judicial, que só ocorreria na sentença. OBS: A tutela pode ser
revogada. (art. 296 ao 300, NCPC.)
A competência para peticionar a tutelar provisória é destinada ao juiz da causa, porém, quando for de
caráter antecedente, deve observar o
pedido principal da ação. EXEMPLO:
A tutela provisória, pode ser A PARTE DEPOSITVA DOIS MIL REAIS, CASO O RÉU
urgência ou de evidência. Se após a VENHA SOFRER PREJUÍZOS.
defesa do réu, ele trouxer derrubem A DECISÃO QUE DEFERE A TUTELA É
as provas do autor, o juiz revogará a INTERLOCUTÓRIA.
tutela. Sumarizar é flexibilizar. A
caução é uma garantia para possíveis prejuízos, sucede no momento do deferimento da petição.
3.0 TUTELA DE URGÊNCIA
Não pode esperar a sentença por perigo de dano; para que o juiz conceda, precisa expressar a
probabilidade do direito (provas). A urgência permite a parte pleitear a antecipação do pedido de
mérito, fundamentando-se nesta urgência, que pode ser dividida em: Antecedente, requerida antes do
pedido principal e, incidental, requerida junto ou após formulada o pedido principal. (art. 294 e 295,
NCPC.)
3.1 TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
LARA FÁBIA – 3° PERÍODO APONTAMENTOS:

A tutela de urgência de
A tutela de urgência antecipada é solicitada contemporaneamente à natureza antecipada pode
propositura da ação, desta maneira, ela antecipa o provimento que só ser requerida também
sucederia na sentença. Ou seja, busca satisfazer, certificar ou
incidentalmente, isto é, no
efetivar o direito material. Este tipo de tutela exige evidências do
curso e dentro do processo,
direito postulado. Umas das maneiras de provar a necessidade da
em que se pede ou já se pediu
tutela seria que a morosidade da justiça será um obstante para a
satisfação do direito material. Outro ponto para a concessão desta a tutela definitiva e no qual se
tutela, é a possibilidade de reversibilidade dos efeitos de decisão. Ou objetiva adiantar os efeitos de
seja, mesmo com a tutela concedida, a ação pode retornar à situação satisfação ou acautelamento.
primitiva, pois com a irreversibilidade dos efeitos podem gerar Portanto seu requerimento é
prejuízos para a parte adversa, e, tornará a tutela como definitiva. posterior à formulação do
No art. 303, NCPC, expressa o que ocorre quando a petição é pedido de tutela definitiva,
indeferida pelo magistrado. O juiz mandará o autor emendar a podendo ser formulado na
petição inicial em até cinco dias, sob pena de extinção sem petição inicial, na
resolução de mérito. contestação, ou mesmo,
conforme ensina Didier
A tutela antecipada satisfaz facticamente o direito, e, ao fazê-lo,
(2015, p. 571) em sede de
garante que o futuro resultado do processo seja útil à parte
sustentação oral.
vencedora. 
Outro instituto previsto no art. 304, NCPC, é acerca da estabilidade A estabilidade sucederá
da tutela. Esta estabilidade se dá após o prazo fixado e que não apenas na tutela antecipada,
houve recurso pela parte adversa, ou seja, se o réu não recorreu. Por concedida de maneira
fim, de acordo com o parágrafo sexto do art.304, NCPC, a decisão antecedente. Se for concedida
que concede a tutela não fará coisa julgada, porém, faz-se estável. e maneira incidental, o
Desta forma, a estabilidade pode vir a ser reformada, invalidada, processo será extinto, mesmo
proferida por uma ação autônoma por umas das partes. se houver recurso da parte
adversa. Art. 304
3.2 TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR
DIFERENÇAS ENTRE AS
A tutela cautelar, em síntese, advém para cautelar ou proteger o TUTELAS:
objeto do direito aclamado, para que não pereça e, seja conservado
para ser utilizado no processo principal. Assim, a parte contrária não A presença de garantia e
poderá se desfazer do(s) bem(ns) pretendidos. satisfação em ambas serve
A cautelar é a tutela garantidora do resultado útil e eficaz do para explicar a frequente
processo, mas esta garantia também prepara e permite a futura confusão em sua distinção, o
satisfação do direito. O legislador percebendo a difícil distinção que inclusive levou o
entre a tutela cautelar e antecipada, ensinou que, é necessário legislador a prever
observar a determinação do objeto e da consequência da tutela de expressamente a
urgência, se aos efeitos práticos se confundem total ou parcialmente fungibilidade entre elas
com o resultado do processo. E se houver tal coincidência, a tutela (artigo 305, parágrafo único,
será antecipada, se não houver, será cautelar. do Novo CPC.
Por conta da confusão que o art. 305 expressa:

Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere


o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto
no art. 303.

3.4 FUNGIBILIDADE ENTRE AS TUTELAS


LARA FÁBIA – 3° PERÍODO

Como cada tutela possui seus requisitos e, caberá ao magistrado nortear que tipo de tutela
compreende, o NPCP, permitiu a fungibilidade entre as tutelas. Ou seja, por mais que o autor
peticione como tutela cautelar, por exemplo, o juiz entendo como
tutela antecipada, poderá recebê-la, todavia, será necessário
seguir o rito correspondente. Dentro da fungibilidade, há a
APONTAMENTOS:
progressiva (cautelar para antecipada satisfativa) e, regressiva
(antecipada para cautelar). Por fim, o magistrado deverá motivar - De acordo com o art. 311 do
todos os seus entendimentos para as partes do processo, a fim de CPC, há a possibilidade de que
que as partes estejam cientes de qualquer consequência. esta tutela venha a ser revogada,
pois o juiz pode reconhecer que o
autor não tem razão, e julgue
4.0 TUTELA DE EVIDÊNCIA improcedente a tutela;

É concedida independentemente de expressar perigo de dano ou - Não poderá ser deferida de ofício,
risco ao processo. Esta tutela provisória não possui o requisito de deve ser requerido pela parte;
urgência. Por ser tutela provisória, fundamenta-se na ideia de - Não perigo de prejuízo;
probabilidade do direito. Ou seja, o magistrado está diante de
evidente existência de direito material. A natureza jurídica da - É um rol taxativo, porém, não
tutela provisória de evidência sempre será satisfativa ou cumulativo, sendo necessário
antecipada, nunca cautelar, pois pode ser concedida apenas um dos requisitos para
independentemente de dano ou risco ao resultado útil do fazer o requerimento;
processo.
- ‘’ se a matéria é só de direito, e a
4.1 INCISO I defesa é manifestamente
O primeiro inciso do art. 311, NCPC, trata-se do abuso do direito protelatória, não será caso de tutela
de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte. Ou seja, o de evidência, e sim, o julgamento
magistrado poderá conceder a tutela de evidência quando o da lide antecipadamente.
comportamento da parte é considerado com objetivos de protelar Entretanto, quando ainda não há
ou adiar o julgamento, ou tentar se beneficiar indevidamente da possiblidade do julgamento em
morosidade do processo. Portanto, a concessão da tutela de virtude da necessidade da
evidência, neste caso, advém para sancionar a atitude abusiva, de apresentação de provas, o juiz
má-fé, de abusa da parte. poderá concedê-la. A concessão
está condicionada a citação do réu
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE
para que compareça ao processo, o
É diferente de tutela provisória, pois neste julgamento a decisão é que impede que seja deferida
final, ou seja, uma sentença que cabe recurso através da apelação, liminarmente.’’
que formará coisa julgada.
- In. III: O novo CPC retira a ação
4.2 INCISO II de depósito do rol de
Os requisitos deste inciso devem ser observados procedimentos especiais, mas
cumulativamente, havendo questão de fato, que já possa ser mantêm a possiblidade de
comprovada através de documentos e que a questão de direito concessão de liminar, por meio
seja objeto de tese firmada em julgamento de casos repetitivos e deste inciso.
em súmulas vinculantes.
4.3 INCISO III
Trata-se de pedido, reipersecutório, que é realizado pelo
proprietário do bem que não está na sua posse, fundada em prova
documental do contrato de depósito. A ação de depósito no
NCPC é ação de procedimento comum. Portanto, se o autor
LARA FÁBIA – 3° PERÍODO

comprovar por escrito a existência do contrato de depósito, o juiz pode deferir, em cognição sumária,
a tutela de evidência nos termos do inciso III do art. 311, ou seja, será decretada a ordem de entrega
do objeto custodiado, sob cominação de multa.
4.4 INCISO IV
Este inciso expressa a autossuficiência da prova documental, ou seja, os documentos trazidos pelo
autor são capazes de comprovar o direito aclamado, não tendo o réu prova documental destinada a
contrapor a prova documental apresentada pelo autor.
Por fim, diferentemente, das tutelas de urgência, as de evidência não há irreversibilidade como
requisito, pois não há menção no art. referente a tutela de evidência que conste isso e, pode-se notar
que o risco de reversão é muito menor, devido ao direito evidente.
5.0 RESPONSABILIDADE CIVIL
De acordo com o art. 302, NCPC, cabe ao autor a responsabilidade pelos danos causados em
decorrência da efetivação da tutela provisória, cautelar ou antecipada. Em relação a tutela de
evidência, não há previsão legal, mesmo com a possiblidade de ser revogada, ou perder sua eficácia,
em caso de improcedência do pedido. Portanto, por se tratar de tutela provisória e emitida por
cognição sumária, e menor a possibilidade de revogação ou perda da eficácia, não exclui totalmente
essa possibilidade, não se excluindo a responsabilidade do autor pelos danos que possam ser
causados em decorrência da efetivação da medida.

Anotações dos artigos


Art. 294 – tutela provisória possui dois fundamentos em urgência e evidência; cautelar ou
antecipada.
p.u: em caráter antecedente ou incidental.
Art. 295 – caráter incidental não depende de pagamento de custas;
Art. 296 – a tutela provisória pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo;
p.u: conserva a sua eficácia durante a suspensão do processo;
art. 297 – medidas adequadas para efetivação da tutela; observa as normas do cumprimento
provisório da sentença, no que couber;
art. 298 – decisão que - > conceder, negar, modificar ou revogar - > decisão motivada claramente;
art. 299 - tutela provisória - > juízo da causa
antecedente - > juízo competente para conhecer o pedido principal;
p.u : competência originária de tribunal e recursos da T.P - > órgão jurisdicional comptente apreciar
o mérito.
Art. 300 – T. de urgência - > elementos que evidenciam a probabilidade do direito e perigo de dano
ou risco ao resultado útil do processo;
1° - exigir caução real ou fidejussória para ressarcir danos, salvo a parte ser hipossuficiente;
2° - t.u pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia;
LARA FÁBIA – 3° PERÍODO

3 ° - t.u de natureza antecipada (visa a antecipação dos efeitos do processo) não será concedida
quando houver a irreversibilidade dos efeitos da tutela.
Art. 301 – de natureza cautelar (visa a garantia da eficácia do processo) - > efetividade mediante
arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem ou outra medida
para assegurar o direito.
Art. 302 – independente de reparação por dano processual; a parte responde pelo prejuízo que a
tutela causou quando:
1. Sentença desfavorável;
2. Não fornecer meios para citação do requerido em 5 dias;
3. Cessação da eficácia da tutela;
4. Prescrição ou decadência.
p.u: indenização nos autos que a medida foi concedida.
Art. 303 -

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