O documento apresenta um resumo sobre tutela antecipada em 3 frases:
1) A tutela antecipada permite antecipar os efeitos da decisão final do processo caso estejam presentes requisitos como prova inequívoca e risco de dano irreparável.
2) Ela deve ser concedida pelo juiz mediante petição inicial ou no curso do processo e pode ser objeto de agravo de instrumento ou apelação.
3) A tutela antecipada se justifica pelo princípio da necessidade para garantir a efetividade da
O documento apresenta um resumo sobre tutela antecipada em 3 frases:
1) A tutela antecipada permite antecipar os efeitos da decisão final do processo caso estejam presentes requisitos como prova inequívoca e risco de dano irreparável.
2) Ela deve ser concedida pelo juiz mediante petição inicial ou no curso do processo e pode ser objeto de agravo de instrumento ou apelação.
3) A tutela antecipada se justifica pelo princípio da necessidade para garantir a efetividade da
O documento apresenta um resumo sobre tutela antecipada em 3 frases:
1) A tutela antecipada permite antecipar os efeitos da decisão final do processo caso estejam presentes requisitos como prova inequívoca e risco de dano irreparável.
2) Ela deve ser concedida pelo juiz mediante petição inicial ou no curso do processo e pode ser objeto de agravo de instrumento ou apelação.
3) A tutela antecipada se justifica pelo princípio da necessidade para garantir a efetividade da
O documento apresenta um resumo sobre tutela antecipada em 3 frases:
1) A tutela antecipada permite antecipar os efeitos da decisão final do processo caso estejam presentes requisitos como prova inequívoca e risco de dano irreparável.
2) Ela deve ser concedida pelo juiz mediante petição inicial ou no curso do processo e pode ser objeto de agravo de instrumento ou apelação.
3) A tutela antecipada se justifica pelo princípio da necessidade para garantir a efetividade da
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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Campus Anchieta – Direito
MAURÍCIO BULCÃO FERNANDES – A950JC4
TUTELA ANTECIPADA
Trabalho acadêmico apresentado para
composição da nota de Cautelares/Tutela de Urgência, referente ao décimo semestre, do curso de Direito da UNIP – período matutino, 10/WA0839.
SÃO PAULO 2016 TUTELA ANTECIPADA
INTRODUÇÃO
No Ordenamento Jurídico, a palavra processo significa “um instrumento de
que se vale o órgão jurisdicional para solucionar o litígio submetido a sua apreciação”. Na essência, é a relação jurídica que se instaura e se desenvolve entre autor, juiz e réu. O processo então se manifesta através do procedimento. Portanto, podemos dizer, de acordo com o conceito acima, que no Direto, o processo está ligado à atividade que se desenvolve perante os tribunais para a consecução da tutela jurídica estatal. Sabemos que a morosidade na prestação jurisdicional e os graves efeitos causados pelo tempo sempre foram impedimento a uma prestação jurisdicional ágil e eficaz. Devido a essa morosidade, foram criadas as medidas processuais cautelares (ação cautelar) e da antecipação dos efeitos da tutela (tutela antecipada), ou seja, as medidas de urgência. Nosso objeto será a segunda. A tutela antecipada, destina-se a satisfazer o direito material, antes de proferida decisão final do referido processo de conhecimento, justificando-se pelo princípio da necessidade, já que, sem ela, a espera pela sentença de mérito importaria verdadeira denegação de justiça.
1. CONCEITO DE TUTELA ANTECIPADA
O instituto da tutela antecipada foi inserido no Direito Brasileiro pela Lei nº
8.952, de 13 de dezembro de 1994. Explica Denise Willhelm Gonçalves que “a tutela antecipada tem como escopo implementar, desde logo, efeitos práticos da sentença de procedência, desde que presentes os requisitos autorizadores. Destina-se, assim, a satisfazer o próprio direito material, antes de proferida decisão final do processo de conhecimento, justificando-se pelo princípio da necessidade, já que sem ela a espera pela sentença de mérito importaria verdadeira denegação de justiça, porquanto seriamente comprometida a efetividade da prestação jurisdicional”. A tutela antecipada justifica-se, pois, pelo princípio da necessidade, a partir da constatação de que sem ela a espera pela sentença de mérito importaria verdadeira denegação de justiça, já que a efetividade da prestação jurisdicional restaria gravemente comprometida. Mas, adverte-se que, diante da natureza constitucional do princípio da segurança jurídica contido na garantia do contraditório e ampla defesa, a antecipação de tutela está sujeita a regime próprio, com situações autorizadoras, rigorosamente, elencados pelo legislador ordinário, no art. 273, do CPC A Tutela Antecipada tem caráter de satisfativo, logo, sua decisão antecipa desde já os efeitos que só se obteriam no término do processo com o provimento final.
2. REQUISITOS DA TUTELA ANTECIPADA
Os requisitos essenciais à concessão da tutela antecipada vêm expressos
no art. 273 e seus incisos:
1 . A existência de prova inequívoca. Entendemos, no caso, que a prova em
questão deverá ser documental. 2. Verossimilhança da alegação. A parte obrigatoriamente deverá demonstrar que seu pleito é verdadeiro, ou muito próximo da verdade. Que suas alegações se aproximam da verdade e do Direito. 3. Fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. A parte deverá demonstrar que a concessão da medida se presta a evitar um dano irreparável, ou que a reparação se torne muito difícil. Obrigatoriamente deverá provar, no caso concreto, a real possibilidade ou grande probabilidade de ocorrência do dano, justificando, portanto, a concessão da medida. 4. Abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório. Lógico concluir que pelo princípio da ampla defesa e contraditório, constitucionalmente consagrados, o réu tem o direito de se defender amplamente, utilizando-se dos recursos legais. Entretanto, tal direito é limitado pelos procedimentos legais. A partir do momento que o réu extrapola os limites e requisitos impostos pela lei, seu pretenso direito passa a configurar um verdadeiro abuso, o qual coloca em risco toda a atividade jurisdicional. Bem como, quando começa a utilizar-se de procedimentos protelatórios, que em nada elucidam a questão, com o único fito de retardar o provimento jurisdicional. Nestes casos, presentes os requisitos do caput do art. 273 poderá se conceder a tutela antecipada.
5. A não-existência de perigo de irreversibilidade da medida. O § 2º do art.
273 é taxativo ao afirmar que não se considerará a tutela antecipada quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. Entendemos que ao analisar o pedido, o juiz necessariamente tem que verificar sobre a possibilidade de irreversibilidade da medida. Havendo este perigo, não há que se deferir a tutela antecipada. Portanto, a não-existência de perigo de irreversibilidade se caracteriza como um verdadeiro requisito à concessão da medida.
3. PROCEDIMENTO
Petição Inicial + tutela antecipada + prova documental. O magistrado pode
concedê-la ou não. Se conceder ela deve ser cumprida, o escrivão faz a expedição de mandado (ato processual que formaliza a ordem do juiz), dá-se cumprimento ao mandado. Como a tutela antecipada é uma decisão interlocutória, os processos continuam correndo normalmente.
4. MOMENTO
Quanto ao momento a tutela antecipada depende do:
Requerimento: normalmente requerida na Petição Inicial, quem requer é o autor. A exceção é que às vezes não é o autor que requer, mas o réu. Pode também ser requerido no curso do processo. Concessão: o juiz pode conceder logo após a PI, liminarmente, faz sem ouvir o réu (inaudita altera parte). No momento de conhecimento é a prova inequívoca convencedora da verossimilhança da alegação (prova documental). O juiz também pode conceder no curso do processo após a citação do réu. Após a citação do réu o juiz pode conceder a tutela antes da sentença. Pode conceder na própria sentença.
A tutela antecipada é uma decisão interlocutória e não é afetada pelo efeito
suspensivo. A Tutela Antecipada pode ser pleiteada em qualquer procedimento seja comum ou especial, podendo ser uma antecipação total ou parcial.
5. RECURSO
Segundo Misael Montenegro Filho, o magistrado pode de igual sorte deferir
a tutela Antecipada no corpo da própria sentença judicial (e não apenas confirmá-la, como preceitua o inciso VII do art. 520 do CPC). Cabe então a interposição de dois recursos processuais:
a) Agravo de Instrumento, para o combate da parte da decisão que se refere
ao deferimento da Tutela Antecipada. b) Apelação, para o ataque da parte remanescente do pronunciamento.
CONCLUSÃO
Vimos que a Tutela Antecipada é o provimento liminar, concedido ao autor
(ou réu, no caso das ações dúplices), destinado a assegurar-lhe, de forma provisória, a tutela jurisdicional à relação de direito material em que se funda o litígio. A concessão da tutela antecipada não é faculdade ou poder discricionário do juiz, mas direito subjetivo processual, que deve ser atendido, desde que satisfeitas às exigências legais para tal. É uma antecipação da decisão de mérito, que se justifica pelo princípio da necessidade, pelo qual o atraso na solução definitiva da questão comprometeria a efetividade do processo. Podemos concluir que o processo na esfera estatal é moroso e ineficaz e assim, coloca em risco a própria prestação jurisdicional, afastando o próprio direito das partes, que será definido posteriormente numa ação final. Daí a importância dessa medida de urgência, com o propósito de garantir a efetividade da prestação jurisdicional. BIBLIOGRAFIA
COSTA, Wagner Veneziani. AQUAROLI, Marcelo. Dicionário Jurídico. São Paulo:
Madras, 2004.
FILHO, Misael Montenegro. Curso de Direito Processual Civil, vol. 3: Medidas de
Urgência, Tutela Antecipada e Ação Cautelar, Procedimentos Especiais. 4ª ed., São Paulo: Atlas 2007.
MANZIONE, Luiz. Resumo de Direito Civil, 2ª ed. Leme: BH Editora e Distribuidora,
2005.
GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Sinopses Jurídicas: Processo de execução
e cautelar, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
Tutela Antecipada e Tutela Cautelar. Artigo. Denise Willhelm Gonçalves.
Advogada e professora da URCAMP/RS. Disponível em: <http//www.consulexnet.com.br>. Acesso em: 12 mai.2009.