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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz - MS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ-PRESIDENTE DO TRIBUNAL

DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO.

Leopoldo, viúvo, aposentado, residente e domiciliado, na Rua Xista, nº. 000, apto.
0000, Presidente Prudente, possuidor do CPF(MF) nº. 333.444.555-66, com endereço
eletrônico leopoldo.com.br, ora intermediado por seu procurador – instrumento
procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e profissional inserto na
referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 287, caput, do CPC,
indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito a
Vossa Excelência para, com fulcro art. art. 5º, inc. LXIX da Carta Política, art. 1º, da
Lei nº.12.016/2009 INTERPOR o presente 
AGRAVO DE INSTRUMENTO

Em razão de decisão judicial realizada pelo MM JUIZ DE DIREITO DA


VARA _ DA CIDADE DE SÃO PAULO-SP, integrante deste Egrégio Tribunal de
justiça do Estado, nos moldes do art. 6°, § 3o  da LMS, cujo ato ilegal fora proferido
nos autos do proc. 000000000000, como se verá na exposição fática e de Direito a
seguir delineadas.
EGRÉGIO TRIBUNAL DE

DA TEMPESTIVIDADE:
Consiste o ato judicial combatido em decisão proferida nos autos do
proc.000000000000000. Tal decisum fora proferido em xx/xx/xxxx, em que,
naquela ocasião, a Autoridade coatora, pronunciou a decisão teratológica
guerreada. (doc. 01).
 Dessa sorte, para efeitos de contagem do início de prazo para
impetração deste Remédio Heroico, esse fora o único e primeiro ato coator, ou
seja menos de 120 dias.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
A Impetrante não tem condições de arcar com as despesas do processo,
uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as
despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais.
Destarte, formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por
declaração de seu patrono, sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, in fine, ambos
do CPC, quando tal prerrogativa se encontra inserta no instrumento
procuratório acostado.
DOS FATOS:
 A ofensa a direito líquido e certo do Impetrante é oriundo de ato do Juiz
de Direito da vara _Unidade de SÃO-SP, ocorrido no processo nº. 000000000
(cópia integral desse segue acostada), consistindo em:
A. ato anômalo de não declinação da competência do juízo do Estado da
Bahia, haja vista, o juiz reconhecer clausula contratual especial por parte
da autora na referida ação, contrariando o art. 47, § 2° do CPC.
Trata-se de uma ação de reintegração de posse, proposta por Ana,
domiciliada em São Paulo, cujo o imóvel esta em PRESIDENTE
PRUDENTE.
Nobre julgadores, na fundamentação jurídica do decisum hostilizado, o
magistrado de piso afirmara que a situação demandava, a contestação e não
poderia analisar a lide da competência naquele momento. Contudo, após a
contestação, o juízo decide pela improcedência da exceção de incompetência,
ficando sobre si a responsabilidade da matéria.
Todavia, concessa venia, esse ato judicial é teratológico e, máxime,
afronta dispositivos constitucionais e infraconstitucionais.
Estamos diante de competência absoluta, que não poder ser
convalidada, e pode ser reconhecida de oficio pelo magistrado.
Diante disso a decisão do magistrado consiste em uma ilegalidade, haja
vista a legislação processual civil e os moldes constitucionais de estrutura e
competência do poder judiciário.
DO DIREITO:
Não há dúvida que a decisão, proferida pelo juízo monocrático, deve ser
tida como completamente abusiva, teratológica e manifestamente ilegal.
Segundo o entendimento o Superior Tribunal de Justiça, por se tratar de
competência relativa, a ação que se refira a direitos reais sobre imóvel,
excluídos aqueles que expressamente ensejem a competência absoluta do foro
em que situada a coisa (art. 47, § 1°, do CPC/2015), poderá ser ajuizada no
foro do domicílio do réu ou, se houver, no foro eleito pelas partes.
Jurisprudência em Teses – Edição nº 133.
De acordo com o art. 47 do CPC, nas demandas que versam sobre
direitos reais imobiliários o juízo competente é o da situação da coisa.
De todo o modo, nos termos do §1º, autor pode optar pelo juízo do domicílio do
réu ou pelo foro de eleição, se o conflito não disser respeito a direito de
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de
nunciação de obra nova.
A competência da matéria sob examine é absoluta, LOGO a decisão do
magistrado é ilegal e não faz jus a legislação vigente, buscando evitar uma
possível Apelação com nulidade de todo o processo, haja vista a
incompetência do juízo a quo, que sejam os autos remetidos ao juízo
competente nos moldes do art. 64, §3° do CPC.
DA TUTELA ANTECIPADA:
Diante da ilegalidade ora discutida, o juízo de piso anseia julgar a liminar
sobre a reintegração de posse em caráter urgente.
Excelências, haja vista a decisão interlocutória, o contrato e as provas
de que o imóvel é localizado em Presidente prudente, fomenta a ideia do
FOMUS BONI IURIS, a fumaça do bom direito.
Em razão de ser um juiz incompetente, prima facie, sendo a
incompetência arguida em contestação, mesmo sendo e podendo ser alegada
a qualquer tempo a incompetência absoluta, a boa fé do impetrante é cabal.
Para que não exista injustiças, que acarretem danos irreparáveis, ou se
torne difícil a sua reparação com quebra de cerca, casa, benfeitorias uteis e
necessárias, o periculum in mora resta demostrado.
Nesse sentido, roga-se ao nobre relator que em caráter liminar decida
pela suspensão do processo, até que o mérito seja avaliado e
consequentemente decidido, nos moldes do art. 7°, §3º da lei 12.016 de 2009
DOS PEDIDOS:
Isto posto, requer-se de vossas excelências:
1. Que seja deferido o pedido de gratuidade da justiça nos moldes do art.
99 do CPC.
2. Que seja DEFERIDA a medida liminar pleiteada para suspender o
julgamento da preliminar possessória em sede do juízo de piso, evitando
dano irreparável, nos moldes.
3. Ao final, conceda a ordem, para confirmar a liminar deferida, e declarar a
ilegalidade da não declinação de competência do juízo de Presidente
Prudente, e sejam os autos remetidos ao juízo natural, nos moldes do
art. 47, §2º do CPC.

DÁ- SE O VALOR DA CAUSA DE um salário mínimo, para fins fiscais.

Nestes termos, pede e aguarda deferimento.


São Paulo-SP, 04 de abril de 2022
Advogada/OAB-SP.

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