PPP - IFB Novo
PPP - IFB Novo
PPP - IFB Novo
POLÍTICO-PEDAGÓGICO
PPP
2021-2025
2
Folha de aprovação no CONCAM
3
Comissão local do Projeto Político-Pedagógico
(PPP)
Conforme Portaria nº ITQ.0112/2019, DE 08 DE NOVEMBRO DE
2019
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LISTA DE TABELAS
5
LISTA DE FIGURAS
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SUMÁRIO
1. Apresentação 10
3. O câmpus Itaquaquecetuba 22
4.1.5 Interdisciplinaridade 47
4.2 Ensino 50
7
4.3 Pesquisa 54
4.4 Extensão 57
8
6.14 Coordenadoria de Registros Acadêmicos (CRA) 75
7.1 Ensino 77
7.2 Pesquisa 78
7.3 Extensão 79
7.4 Administração 80
8. Referências Bibliográficas 81
9
1. Apresentação
10
2. A nossa instituição: o IFSP
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), que busca
oferecer um ensino público, gratuito e de qualidade, apresenta mais de 100 anos de história. No
decorrer dessa longa trajetória, o IFSP teve diversas denominações, sendo a primeira delas a de
Escola de Aprendizes Artífices (Decreto n. 7.566, de 23 de setembro de 1909), presente em
cada uma das capitais dos Estados da República. Nesse início de funcionamento, eram ofertados
os cursos de tornearia, de eletricidade e de mecânica, além das oficinas de carpintaria e artes
decorativas.
No ano de 1937, o ensino no Brasil atravessou uma nova estruturação administrativa e
funcional, exatamente quando a escola de Aprendizes e Artífices passou a ser chamada de Liceu
Industrial de São Paulo (Lei n. 378, de 13 de janeiro de 1937). Na área educacional, foi criado
o Departamento Nacional da Educação que, por sua vez, foi estruturado em oito divisões de
ensino: primário, industrial, comercial, doméstico, secundário, superior, extraescolar e
educação física.
Novas reformas na educação profissional ocorreram em 1942, época em que se tornou
premente a formação de pessoal técnico qualificado. Neste mesmo ano, a partir do Decreto-Lei
n. 4.073, foi definida a Lei Orgânica do Ensino Industrial, que fixou as bases de organização e
de regime do ensino industrial.
Cabia ao ensino industrial formar profissionais aptos ao exercício de ofício e técnicas
nas atividades industriais. Além disso, tinha como finalidade oferecer aos trabalhadores jovens
e adultos da indústria, não diplomados ou habilitados, uma qualificação profissional que lhe
desse a eficiência e a produtividade; aperfeiçoar ou especializar os conhecimentos e capacidades
de trabalhadores diplomados ou habilitados e, por fim, divulgar conhecimentos de atualidades
técnicas.
Em 1942, diante das bases de organização da rede federal de estabelecimentos de ensino
industrial surge a Escola Técnica de São Paulo (Decreto-Lei n. 4.127), com o objetivo de
oferecer “os cursos técnicos e os cursos pedagógicos, e bem assim os cursos industriais e os
cursos de mestria, de que trata o regulamento do quadro dos cursos de ensino industrial”. Esse
decreto, porém, condicionava o início do funcionamento da Escola Técnica de São Paulo à
construção de novas instalações próprias, mantendo-a na situação de Escola Industrial de São
Paulo enquanto não se concretizassem tais condições. Em 1946, a escola paulista recebeu
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autorização para implantar o curso de construção de máquinas e motores e o de pontes e
estradas.
Em 20 de agosto de 1965, foi sancionada a Lei n. 4.759, que dispôs sobre a denominação
e qualificação das Universidades e Escolas Técnicas Federais, transformando a Escola Técnica
de São Paulo em Escola Técnica Federal. Os cursos técnicos de Eletrotécnica, de Eletrônica e
Telecomunicações e de Processamento de Dados foram, então, implantados no período de 1965
a 1978, os quais se somaram aos de Edificações e Mecânica, já oferecidos.
Ainda sobre Escola Técnica Federal, a LDB de 1971 trouxe grandes implicações, pois
possibilitou a formação de técnicos através de cursos integrados ao ensino médio (técnico e
médio), completados em quatro anos e cuja carga horária média era de 4.500 horas/aula (IFSP,
2014).
Em 1994, a Lei n. 8.948, de 08 de dezembro, transformou as Escolas Técnicas Federais
em Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs) que, com o Decreto nº 5.224, de 01
de outubro de 2004 foi autorizado a “ministrar ensino superior de graduação e de pós-graduação
lato sensu e stricto sensu, visando à formação de profissionais e especialistas na área
tecnológica” (Artigo 4º, V).
No ano de 2008, com a Lei n. 11.892, de 29 de dezembro de 2008, foram criados os
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Os Institutos Federais, implantados num
total de 38 através desta lei, são definidos em seu Art. 2 como
Atualmente o IFSP possui mais de 40 mil alunos nas 37 unidades distribuídas pelo
estado de São Paulo, nas cidades de Araraquara, Avaré, Barretos, Birigui, Boituva, Bragança
Paulista, Campinas, Campos do Jordão, Capivari, Caraguatatuba, Catanduva, Cubatão,
Guarulhos, Hortolândia, Ilha Solteira, Itapetininga, Itaquaquecetuba, Jacareí, Jundiaí, Matão,
Piracicaba, Presidente Epitácio, Registro, Salto, São Carlos, São João da Boa Vista, São José
dos Campos, São Paulo (Pirituba, São Miguel Paulista, São Paulo), São Roque, Sorocaba,
Sertãozinho, Suzano, Tupã e Votuporanga.
Comprovando a abrangência de sua atuação, o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo, antigo CEFET-SP, além de investir fortemente na realização de
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pesquisas aplicadas e no desenvolvimento de atividades de extensão, oferece: cursos técnicos,
tanto na forma de cursos integrados ao ensino médio (para aqueles que concluíram a educação
fundamental), quanto na forma concomitante ou subsequente (para alunos que concluíram a
educação fundamental e para aqueles que concluíram o ensino médio ou estejam cursando no
mínimo o 2º. ano desse nível de ensino); cursos de graduação (licenciaturas, bacharelados e
superiores de tecnologia); cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu). Por fim,
pensando em proporcionar oportunidades de estudos para aqueles que não tiveram acesso ao
ensino fundamental ou médio na idade regular, o IFSP investe também no Programa de
Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e
Adultos (PROEJA).
O modelo dos Institutos Federais surge como uma autarquia de regime especial
de base educacional humanístico-técnico-científica. É uma instituição que articula a
educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi, especializada
na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes níveis e modalidades
de ensino (BRASIL, 2010, p. 19)
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e o científico, articulando trabalho, ciência e cultura na perspectiva da emancipação humana”.
(BRASIL, 2010, p. 10).
Nesta perspectiva, nos aproximamos da compreensão do trabalho como princípio
educativo (RAMOS, 2004; FRIGOTTO, 2004) na medida em que coloca exigências específicas
para o processo educativo, visando à participação direta dos membros da sociedade no trabalho
produtivo. Com isso, a educação deve explicitar o modo como o saber se relaciona com o
processo de trabalho, ao propiciar também a compreensão dos fundamentos científico-
tecnológicos e sócio-históricos da atividade produtiva, para promover o desenvolvimento
intelectual e a apreensão de elementos culturais que configurem a vida cidadã e
economicamente ativa. Assim, insere-se no contexto a educação profissional, em que o
conhecimento científico adquire o sentido de força produtiva, focando-se o trabalho como
primeiro fundamento da educação como prática social.
Deste modo, a educação profissional e tecnológica trata-se de uma política pública, por
seu compromisso social, tanto por contribuir para o desenvolvimento econômico e tecnológico
nacional, quanto por ser fator de fortalecimento do processo de inserção cidadã. O objetivo da
formação profissional não é formar um profissional para o mercado de trabalho, mas sim um
cidadão para o mundo do trabalho. “Assim, a educação exercida no IFSP não estará restrita a
uma formação estritamente profissional, mas contribuirá para a iniciação à ciência e a promoção
de instrumentos que levem à reflexão sobre o mundo e as tecnologias” (IFSP, 2009, p. 41).
Neste sentido, a escola, como instituição educativa da sociedade, é o espaço privilegiado
da educação formal, lugar de cultura e do saber científico, que possibilita a apropriação dos
instrumentos teóricos e práticos para análise e compreensão da realidade, do mundo em que
vivemos, a fim de que haja uma interação consciente das pessoas consigo mesmas, delas entre
si, delas com o conhecimento, com o meio ambiente e com outros produtos da cultura,
ampliando, dessa forma, sua visão de mundo.
É como uma instituição educativa muito maior que uma “escola”, que se situa o Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, na perspectiva da educação profissional e
tecnológica. Por sua excelência e seus vínculos com a sociedade produtiva, esta instituição pode
protagonizar um projeto inovador e progressista, comprometido com a democracia e a justiça
social, ao buscar a construção de novos sujeitos históricos, aptos a se inserir no mundo do
trabalho, compreendendo-o e transformando-o. Tais diretrizes reafirmam o compromisso dos
IFs com a formação humanística de docentes e discentes, que precede a qualificação para o
trabalho e enxerga a educação profissional e tecnológica baseada na integração entre ciência,
16
tecnologia e cultura.
No contexto da educação profissional, a concepção de conhecimento articula as ciências
naturais, exatas, humanas e tecnológicas com o mundo do trabalho, partindo da premissa da
construção desse conhecimento baseado nos seguintes eixos: trabalho, ciência, tecnologia e
cultura.
A ciência envolve conceitos e métodos que, ao mesmo tempo em que são estabilizados
e transmitidos de geração em geração, podem e devem ser questionados e superados
historicamente, no movimento permanente de construção de novos conhecimentos. Esses
conhecimentos, produzidos e legitimados socialmente ao longo da história, são resultado de um
processo empreendido pela humanidade na busca da compreensão e da transformação dos
fenômenos naturais e sociais, no movimento do ser humano como produtor de sua realidade
que, por isso, precisa apropriar-se dela para poder transformá-la.
A transformação da Ciência foi correlata com uma transformação no conhecimento
técnico. Esse conhecimento passou a ter outro caráter. Deixou de ser um conhecimento sem
nexos e sem formalização. Pode-se creditar a esse momento o surgimento de um novo
conhecimento, o conhecimento tecnológico, que significa um conhecimento produtivo
articulado e consciente. Esse novo saber que constitui a Tecnologia não é um saber sem
significado e conexões.
A Tecnologia surge como um aprofundamento de um processo de racionalização da
civilização que repercute na técnica. Essa racionalização pode ser entendida como identificação
das causas dos fenômenos e, nesse sentido, constitui uma efetiva cientificação da Técnica.
Assim, ao buscar-se a transformação da ciência em força produtiva, marca-se a noção de
tecnologia, que se caracteriza como uma extensão das capacidades humanas, ao visar a
satisfação das necessidades, mediando o conhecimento científico e a produção. É possível
compreender o processo histórico de transformação da ciência em atividade produtiva por meio
do desenvolvimento tecnológico.
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busca conhecimentos específicos. A Tecnologia é estilo de trabalho, de pesquisa, que
incorpora metodologias e conceitos da pesquisa científica, porém também é um campo
do conhecimento cuja aplicação passa por outroscritérios como eficácia e viabilidade
técnico-econômica e social (IFSP, 2014, p. 147).
Considerando esta visão de escola articulada com o trabalho e com a formação integrada
do estudante temos a construção do conhecimento como algo dinâmico e significativo e não
fragmentado e descontextualizado. Nesse sentido o IFSP em seu Projeto Pedagógico
Institucional (PPI), afirma que o fazer pedagógico deve trabalhar
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trabalho. Em consonância com esse entendimento, o currículo se torna um poderoso
instrumento de mediação para atingir o conhecimento científico, o desenvolvimento do
raciocínio lógico, construtivo e criativo, para que se estabeleça uma consciência crítica e
reflexiva no indivíduo ao ponto de transformar atitudes e convicções, levando este a participar
de forma efetiva e responsável da vida social, política, cultural e econômica de seu País.
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condições de vida das pessoas, material, social e culturalmente. Nesse sentido, a Extensão
potencializa o diálogo, a produção de novas relações e de novos saberes, a reflexão sobre as
práticas educativas e as ações institucionais adotadas, bem como possibilita construir
conhecimentos sobre novas bases metodológicas; além de favorecer o contato ampliado de
pessoas da comunidade externa com o conhecimento produzido no interior da instituição.
Tendo em vista que as Instituições de ensino, pesquisa e extensão são os locais onde
acontecem experimentos pedagógicos e epistemológicos, torna-se necessário rever a
linearidade e a hierarquização na proposição das estruturas curriculares, reconhecendo a
existência dos vários processos de aquisição/produção do conhecimento. Na sequência, deve-
se permitir aos estudantes utilizá-los de acordo com suas potencialidades, levando em conta a
suas experiências de vida e os conhecimentos previamente adquiridos (ForGRAD, 2000), o que
significa valorizar a “bagagem individual” visando incitar a aprendizagem. Neste sentido, é
necessário estimular um trabalho de criação coletiva, introduzindo a participação em projetos
envolvidos com diferentes áreas, preferivelmente integrados, onde o professor e os estudantes
se incluam como autores, desenvolvendo a capacidade de negociar, de argumentar, de articular,
de criar e de se solidarizar, aproximando, assim, os processos educativos da realidade a qual o
estudante estará submetido fora da Instituição. Para isso, tempos e espaços diferentes serão
necessários (DOS REIS, 2013).
Os Institutos Federais, guiando seu Projeto Político Pedagógico com o intuito de
priorizar um conjunto de atividades interdisciplinares intencionalmente desenvolvidas para o
processo formativo, onde se permita ensinar a pensar e a aprender, as quais devem ser mediadas
tanto pelo professor quanto pelos estudantes, darão um passo importante rumo à democratização
do ensino. Essa perspectiva requer que o Projeto Pedagógico seja construído a partir deste novo
paradigma: ensinar a pensar e a aprender. Sabe-se, contudo, que isso não acontecerá
espontaneamente já que a alteração das práticas pedagógicas, partindo-se da concepção do
estudante como ele próprio mediador da sua cognição (FREIRE, 2011), irá requerer esforço
coordenado para que não fique apenas no papel (DOS REIS, 2013).
Em suma, o ensino, a pesquisa e a extensão, quando indissociados e bem articulados,
deverão conduzir à mudança significativa nos processos de ensino e aprendizagem, permitindo
a formação para a atividade profissional e para a cidadania.
3. O Câmpus Itaquaquecetuba
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Tabela 1: Dados do município de Itaquaquecetuba
Dados Valores
Fonte: IBGE
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Tabela 2: Dados da Educação do município de Itaquaquecetuba
Ensino Equipamentos Matrículas Docentes
Fonte: IBGE(2015)
Neste cenário, vemos que o número de escolas e docentes disponíveis para atender o
município tem sido insuficiente para atender à sua população. Os dados do Censo de 2010 do
IBGE apontam grande defasagem de oferta de ensino médio (cerca de 18 mil matrículas, com
uma população de 31.135 pessoas entre 15 e 19 anos) em relação ao ensino fundamental
(cerca de 50 mil matrículas, com uma população de 60.184 pessoas entre 0 e 14 anos),
considerando-se apenas as pessoas em idade convencional de realização dessas etapas de
ensino.
Observa-se que o número de jovens com Ensino Médio Completo no município está em
torno de 40,74%, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil.
25
Figura 2: Escolaridade dos trabalhadores - Município de Itaquaquecetuba
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Tabela 3: Panorama de oferta de cursos profissionalizantes pelas FATECs, ETECs e
SENAI na microrregião de Mogi das Cruzes
ETEC DE FERRAZ DE ETEC DE POÁ ESCOLA SENAI "NAMI
VASCONCELOS JAFET" - Mogi das Cruzes
Técnico em Administração
Técnico em Administração Técnico em Informática Eletrônica Mecânica
Técnico em Informática Técnico em Informática para
Técnico em Logística Técnico Internet
em Segurança do Trabalho
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A região conta também com outras unidades do IFSP: Câmpus Avançado São Miguel
Paulista e Câmpus Suzano.
.
No que se refere ao mercado de trabalho, segundo dados do ano de 2010 do Atlas do
Desenvolvimento Humano no Brasil, a PEA (População Economicamente Ativa) do município
está distribuída, de acordo com os setores da economia, da seguinte forma:
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empresas atuantes, que ocupam cerca de 44.782 trabalhadores assalariados, com média salarial
de 2,6 salários mínimos.
Fonte: IBGE
● Marfinite
● Siva Cabos de Aço
● Embalagens Tocantins
● Isotref Tubos e Aço
● Vepam Eletrotécnica
● Lapiendrius
● Hidralf Cilindros Hidráulicos e Cilindros Pneumáticos
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Esses dados apontam a grande relevância do setor industrial na empregabilidade da
população de Itaquaquecetuba, dando a medida da necessidade da implantação de cursos
técnicos profissionalizantes no eixo tecnológico de Controle e Processos Industriais.
O IFSP, como vimos, foi criado com a Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que
instituiu a Rede Federal de Educação Profissional e Científica. Naquele momento, a criação
dessa rede tinha como meta ampliar a oferta de cursos públicos, gratuitos e de qualidade para
além das capitais, de modo a estender o alcance do ensino, da pesquisa e da extensão. Esse novo
modelo resgatou o compromisso de socialização do conhecimento científico e tecnológico,
disponibilizando todo seu aparato cultural e tecnológico à sociedade. O IFSP foi concebido para
atuar no desenvolvimento da educação, da cultura, do empreendedorismo e do cooperativismo
e para apoiar fortemente o desenvolvimento regional, contribuindo assim com o próprio
desenvolvimento nacional, com forte atenção às novas tendências do mundo produtivo e aos
arranjos locais e nacionais, desenvolvendo pesquisa em novos processos e produtos e na
formação de novos educadores, envolvendo sua comunidade interna e atraindo a comunidade
externa para somar forças nessa grande tarefa de promover o desenvolvimento humano na sua
plenitude.
O IFSP, assim como toda a rede, passou a atuar na formação de jovens e adultos
trabalhadores na perspectiva de uma educação inclusiva, que tenta resgatar o direito ao
conhecimento e à formação profissional de cidadãos, principalmente daqueles historicamente
marginalizados, a quem sempre foi negado o direito de participação e intervenção consciente
nos grandes temas que norteiam a vida de uma sociedade, temas estes comprometidos com o
desenvolvimento sustentável, amparado nos princípios da ética e da cidadania.
O IFSP passou a ter autonomia, nos limites de sua área de atuação territorial, para criar
e extinguir cursos, bem como para registrar diplomas dos cursos por ele oferecidos, mediante
autorização do seu Conselho Superior, que é o mais alto órgão deliberativo da instituição. O
IFSP passou, ainda, a exercer papel de instituição acreditadora e certificadora de competências
profissionais, sendo organizado em estrutura com vários campi, com proposta orçamentária
anual identificada para cada câmpus e para a reitoria, equiparando-se com as universidades
federais.
30
Expansão do IFSP para Itaquaquecetuba
32
A Licenciatura em Matemática
Em 2016, foi criada no câmpus uma comissão entre o corpo docente com o objetivo de
fazer o estudo de viabilidade da abertura de uma licenciatura em ciências da natureza (Biologia,
Física, Química). Após alguns meses de estudos, os dados levantados apontaram que o
município tinha necessidade de formação de docentes de Matemática. A partir de então, a
comissão se converteu no Núcleo Docente Estruturante (NDE) da Licenciatura em Matemática,
que ao longo de 2017 produziu um PPC e o teve aprovado.
Em 2018, tivemos o ingresso dos primeiros estudantes da Licenciatura, através do
Sistema de Seleção Unificado (SiSU). A procura inicial foi animadora: mais de 600 inscritos
em todo o Brasil. Nem todas as inscrições reverteram em matrícula, e foi aberto um edital para
preenchimento de vagas remanescentes até que se completassem 40 matriculados.
Em 2019 e 2020, houve novamente ingresso de estudantes pelo SiSU e mediante
abertura de edital de preenchimento de vagas remanescentes.
A Licenciatura em Matemática é ofertada em período noturno, de modo que os
estudantes compartilham o câmpus com os estudantes do curso “concomitante” Técnico em
Mecânica.
Além da biblioteca, o curso tem demanda de um laboratório de ensino de matemática.
Esse espaço foi garantido, numa sala onde originalmente seria instalado um laboratório de
informática (dos 4 previstos inicialmente, 2 estão prontos e em funcionamento). O laboratório
foi nomeado, em concurso, como Laboratório de Matemática Maria Laura Mozinho Leite
Lopes.
O Câmpus Itaquaquecetuba está localizado Rua Primeiro de Maio, 500, bairro Estação
- Itaquaquecetuba/São Paulo, CEP 08571-050.
Possui as seguintes dimensões: área total: 26.352,00 m², área construída 4.989,55 m². A
unidade conta, no presente momento (fevereiro de 2021), com 4 blocos construídos. São eles:
Bloco Laranja, Bloco Verde, Bloco Amarelo e Bloco Vermelho.
Bloco Laranja
Espaço ocupado principalmente por servidores do câmpus. Conta com:
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● Sala de professores: espaço equipado com armários individuais e coletivos,
três computadores e uma impressora para uso comum, sofás e mesa de reunião para 8 pessoas.
Conta com um mural de avisos.
● Sala de materiais: espaço onde são guardados livros didáticos do Programa
Nacional do Livro Didático (PNLD) enquanto não são entregues aos estudantes, além de
material de uso do componente Educação Física.
● Sala de atendimento: espaço equipado com 2 mesas para que os docentes
possam fazer atendimento aos discentes em horário pré-estabelecido.
● Coordenadoria Sociopedagógica: espaço que conta com duas pedagogas, 2
técnicos em assuntos educacionais e um psicólogo.
● Coordenadoria de Registros Acadêmicos: espaço para atendimento ao
público interno e externo da instituição e onde estão armazenados documentos de interesse dos
estudantes.
● Diretoria Adjunta de Administração e Coordenadoria de Almoxarifado,
Manutenção e Patrimônio: espaço compartilhado do Diretor Adjunto de Administração com
o Almoxarifado do câmpus, onde ficam armazenados bens consumíveis como papéis, toners de
impressora, material de escritório, etc.
● Coordenadoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação e Coordenadoria
de Extensão: espaço compartilhado por essas duas coordenadorias, com mesas, computador e
armário para guarda de documentos.
● Sala das coordenações de curso: espaço compartilhado pelos coordenadores
dos cursos de Mecânica e da licenciatura em Matemática, abriga também os técnicos de
laboratório dos cursos de Mecânica.
● Sala de impressão: espaço com um computador conectado a uma impressora
de texto e a uma impressora 3D, para uso dos docentes e discentes acompanhados. Além disso,
conta também com um computador com o relógio de ponto dos servidores.
● Coordenadoria de Tecnologia da Informação: espaço em que os técnicos
de informática da unidade gerem a rede interna do câmpus e o acesso à internet, além de
realizarem alguns reparos em equipamentos com necessidade.
● Coordenadoria de Contabilidade e Finanças: espaço ocupado por dois
servidores da área administrativa.
● Coordenadoria de Licitações e Contratos: espaço ocupado por dois
servidores da área administrativa.
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● Diretoria Geral: espaço ocupado pelo diretor geral e pelo Coordenador de
Apoio à Direção. Abriga também documentos emitidos pela direção geral, como portarias,
comunicados, resoluções, etc.
● Diretoria Adjunta Educacional: espaço ocupado pelo Diretor Adjunto
Educacional.
● Coordenadoria de Gestão de Pessoas: espaço ocupado por servidores que
zelam pela vida funcional dos servidores. Conta ainda com uma sala de reuniões para 12
pessoas.
● Saguão: conta com 2 murais de avisos.
● Sanitários.
Bloco Verde
Espaço ocupado principalmente por estudantes do câmpus. Conta com:
● 12 salas de aula, sendo 4 delas adaptadas provisoriamente como laboratórios
e oficinas de mecânica. As salas de aula contam com mobiliário para 40 estudantes, mesas para
docentes, lousa verde ou branca, computador, projetor de vídeo, telão para projeção e caixas de
som.
● NAPNE: espaço para o atendimento às pessoas com necessidades
educacionais especiais.
● Coordenadoria de Apoio ao Ensino: espaço para atendimento dos estudantes
em suas necessidades mais imediatas de questões acadêmicas. Conta com técnicos de
laboratório, assistente de aluno e nutricionista.
● Almoxarifado: espaço provisoriamente ocupado para o armazenamento de bens
utilizados durante as obras em andamento no câmpus.
● Saguão e corredores: contam com 3 murais de avisos.
● Sanitários.
Bloco Amarelo
Espaço ocupado igualmente por estudantes e servidores do câmpus. Conta com:
● Despensa: espaço onde fica armazenada a refeição seca a que fazem jus os
estudantes de cursos de nível médio. Conta com um refrigerador.
● Copa: espaço em que os servidores podem fazer suas refeições. Conta com
geladeira, microondas, mesas, armário, talheres, pratos, cafeteira, pia. Os eletrodomésticos
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foram doados à instituição.
● Grêmio e Centro Acadêmico: originalmente uma segunda copa da unidade,
esse espaço foi cedido aos estudantes para que instalassem suas entidades de representação.
● Lavanderia.
● Almoxarifado: espaço ocupado pelas servidoras terceirizadas da limpeza do
câmpus.
● Biblioteca: espaço com um tamanho correspondente a aproximadamente 2
salas de aula, atualmente já atingiu sua capacidade de armazenamento de material de consulta
e empréstimo. Conta com arquivo móvel e prateleiras com os livros, além de computadores para
consulta do acervo e acesso à internet e mesas de estudo (individuais e coletivas). Em concurso,
a biblioteca foi nomeada Biblioteca Maria Firmina dos Reis.
● Auditório: espaço com o mesmo tamanho da biblioteca, é um salão onde são
realizadas reuniões, assembleias e algumas outras atividades, comportando cerca de 140
pessoas. Conta, ainda, com computador, projetor e caixa de som. Em concurso, o auditório foi
nomeado Auditório Paulo Freire.
● 2 laboratórios de informática: espaços que contam, cada um, com 20
computadores para uso discente e 1 computador para uso docente durante as aulas. Conta, ainda,
com projetor e caixa de som.
● Sala de aula: originalmente projetado como laboratório de informática, o
espaço tem sido usado como sala de aula, principalmente para cursos de extensão. Conta com
40 carteiras universitárias, computador, projetor e caixa de som.
● Laboratório de Ensino de Matemática: conta com mesas de estudos
coletivas e individuais, laptops para uso dos estudantes, armário, projetos de matemática. Em
concurso, o laboratório foi nomeado como Laboratório de Matemática Maria Laura Mozinho
Leite Lopes.
● Sala de informática: espaço de apoio aos laboratórios de informática.
● Saguão e corredores: contam com 2 murais de avisos, um geral e outro de
uso exclusivo da biblioteca.
● Cantina: espaço cedido à empresa terceirizada que comercializa bens
alimentícios e também fornece as refeições dos estudantes do curso integrado.
● Vestiários: de uso exclusivo de servidores e trabalhadores terceirizados.
● Sanitários.
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Bloco Vermelho
Espaço ocupado exclusivamente pela equipe terceirizada de segurança e de portaria.
Trata-se do menor bloco do câmpus, composto apenas pela guarita na entrada principal da
unidade.
Acessibilidade
● Em todos os blocos, há sanitários masculinos e femininos e sanitários
acessíveis para pessoas com dificuldades de locomoção, também separados por gênero.
● Todos os ambientes do câmpus são acessíveis por rampas dentro das
especificações técnicas.
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Telecomunicações
● Há um telefone celular para contato com a unidade.
● O Bloco Laranja conta com internet cabeada e wi-fi para os servidores.
● O Bloco Amarelo conta com internet wi-fi para os servidores.
Energia elétrica
● As instalações elétricas do câmpus são definitivas e adequadas ao consumo
de energia requerido pelos equipamentos e máquinas em uso na unidade.
Segurança e portaria
● Os serviços de segurança e portaria são terceirizados e pagos com
orçamento próprio do câmpus. Atualmente, a equipe conta com um porteiro no período da
manhã e da tarde, com um segurança no período da manhã e da tarde, e dois seguranças no
período da noite.
Limpeza
● O serviço de limpeza é terceirizado e pago com orçamento próprio do
câmpus. A equipe conta regularmente com 3 funcionárias e eventualmente com mais 1 ou 2
assistentes.
Manutenção
● Nos primeiros anos de atuação da unidade, a manutenção dos prédios era
feito pela própria construtora, visto que a obra ainda não tinha sido concluída e que havia uma
garantia do serviço. A partir de 2020, foi contratado um serviço terceirizado de manutenção,
pago com orçamento próprio do câmpus.
Alimentação
● A refeição a que fazem jus os estudantes dos cursos de nível médio são
realizadas de duas maneiras. Para a alimentação seca e para os sucos, são contratados via
licitação fornecedores de pequeno e médio porte, em geral que trabalham com agricultura
familiar no caso de frutas. Para o almoço dos estudantes do curso integrado, foi contratado via
38
licitação uma empresa terceirizada que prepara e serve o almoço na própria unidade. Essa
mesma empresa opera a cantina, que vende produtos comestíveis de acordo com uma tabela
nutricional preparada junto à instituição.
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representantes eleitos entre docentes, discentes e técnicos, além da comunidade externa.
voltaremos a tratar desse órgão adiante, no item “Gestão Democrática”.
Atualmente, os setores estão assim ocupados:
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(administrativos).
■ CAE - Coordenadoria de Apoio ao Ensino: Leandro de Campos
Carahyba Dias (coordenador; técnico de laboratório). Também no setor: Altair Rodrigues
Ferreira (assistente de alunos), Gilberto Santos Barbosa (técnico de laboratório) e Fabiana Melo
Soares (nutricionista).
■ CSP - Coordenadoria Sociopedagógica. Juliana Lucia do Amaral
Molnr (coordenadora; docente). Também no setor: Adriana Martins Marques da Costa
(pedagoga), André Aron Pastore Dryzun (psicólogo), Débora Cavalcante da Silva (técnica em
assuntos educacionais), Roque AlmeidaFonseca Junior (técnico em assuntos educacionais) e
Valtir Maria Pereira Santos (pedagoga).
■ CBI - Gesialdo Silva do Nascimento (coordenador; (bibliotecário-
documentalista). Também no setor: Carlos Alberto Pinheiro (administrativo), Célia Petronilha
Fonseca Barboza (bibliotecária- documentalista), David de Castro (auxiliar de biblioteca) e
Fernanda Ferreira da Silva ((bibliotecária-documentalista).
■ SLM - Coordenadoria da Licenciatura em Matemática: Elizabete
Rubliauskas Giachetti (coordenadora; docente).
■ MTM - Coordenadoria dos cursos Técnicos em Mecânica: Carla Isabel
dos Santos Maciel (coordenadora; docente).
Os demais docentes respondem diretamente a SLM e a MTM, que são suas chefias
imediatas.
42
as quais esses temas são tratados: a Semana Cultural, a Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia e a Semana da Consciência Negra e da Diversidade. A realização da Primeira
Semana de Matemática para 2020 não ocorreu dada à pandemia causada pelo COVID-19.
Durante os dias que compõem as semanas temáticas, as atividades regulares de sala de aula são
substituídas por debates, temas, palestras, eventos culturais em que se procura sempre ampliar
os horizontes do que se entende por escola, por ensino e por aprendizagem, abordando
transversalmente temas que abrem as perspectivas de estudantes e servidores. Além disso, as
semanas temáticas são abertas à comunidade, estreitando o laço entre ensino e extensão.
45
consciência da diversidade étnico-racial constitutiva de nossa sociedade.
No caso da Licenciatura em Matemática, isso é realizado por duas vias distintas e
complementares. A primeira delas é mediante o componente específico chamado “Educação
em Direitos Humanos”, que traz ao licenciando a discussão sobre os marcos históricos dos
Direitos Humanos no Brasil e no mundo e sua aplicabilidade no cotidiano das experiências
escolares, abordando temas relacionados à liberdade de religião, etnicidade e etnocentrismo,
diversidade e desigualdade sexuais e de gênero, por exemplo. A segunda via é a da
transversalidade, similar ao que ocorre no curso integrado, pela qual o debate sobre Direitos
Humanos é abordado por demais componentes curriculares. As disciplinas que também
abordarão os Direitos Humanos, por exemplo, são “Filosofia da Educação”, que tratará dos
debates filosóficos da modernidade que fomentam a ideia de educação como um direito humano
fundamental durante o Iluminismo e a Revolução Francesa, “Sociologia da Educação”, ao
discutir as relações entre escola e desigualdades sociais, “Educação ambiental”, com os
conceitos de biodiversidade e conservação como direitos humanos de terceira e quarta geração,
e, por fim, “Legislação e Organização da Educação Brasileira”, na medida em que aborda os
direitos e garantias fundamentais protegidos pela Constituição Federal de 1988 e as leis que
garantem o ensino da história africana e indígena no Brasil.
46
busca a integração da Educação Ambiental às disciplinas do curso de modo transversal,
contínuo e permanente (Decreto nº 4.281/2002), por meio da realização de atividades
curriculares e extracurriculares, desenvolvendo-se esse assunto nas disciplinas de Física Geral:
Mecânica, Física Geral: Termodinâmica, Educação Ambiental, Currículo Planejamento e
Avaliação, Educação Cultura e Sociedade, entre outras e em projetos, palestras, apresentações,
programas, ações coletivas e demais possibilidades. Essa integração, em consonância com o
que diz o MEC, no documento "Vamos Cuidar do Brasil", objetiva, por meio de uma abordagem
adequada, evidenciar as interdependências das sociedades humanas, da economia e do meio
ambiente, a simultaneidade dos impactos nos âmbitos local e global; uma revisão dos valores,
ética, atitudes e responsabilidades individuais e coletivas; a participação e a cooperação;
reconhecimento das diferenças étnico-raciais e da diversidade dos seres vivos, respeito aos
territórios com sua capacidade de suporte, a melhoria da qualidade de vida ambiental das
presentes e futuras gerações; os princípios da incerteza e da precaução (BRASIL, 2007, p.17).
Além disso, é consenso que as escolas têm o compromisso de incentivar a sociedade a refletir
sobre as questões socioambientais e a participar de ações que contribuam para a melhoria da
qualidade de vida de todos. Embora tais reflexões ocorram no ambiente escolar, em grande
parte das situações é o professor quem as fomenta. Assim, pretende-se neste curso, orientados
pelos princípios educativos propostos no documento "Educação Ambiental: por um Brasil
sustentável", formar professores críticos, cientes do seu papel social e cidadão e aptos a tratar a
questão ambiental em todas as suas dimensões.
4.1.5. Interdisciplinaridade
As questões de cidadania, inclusão social, direitos humanos, entre outros, são tratadas
de forma interdisciplinar no câmpus de Itaquaquecetuba.
Desde o primeiro projeto pedagógico de curso, o do Técnico em Mecânica integrado ao
Ensino Médio, buscou-se uma integração entre componentes dentro da mesma área do
conhecimento e também entre diferentes áreas do conhecimento. Isso se verifica por algumas
vias:
a. O estudante do curso integrado precisa atingir média 6 para ser aprovado não em cada
componente, mas dentro de uma área do conhecimento. Assim, ele precisa atingir um equilíbrio
dentro de Linguagens (Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Artes e Educação Física), Ciências
47
da Natureza (Física, Química, Biologia) e Ciências Humanas (Filosofia, Geografia, História e
Sociologia) e Núcleo Técnico. Isso também orienta os docentes a trabalharem em conjunto
dentro das áreas. Apenas a Matemática fica de fora desse arranjo. Porém, os cálculos desse
componente são usados em outros componentes, de forma que naturalmente ocorre um
compartilhamento desses saberes.
b. Além disso, o curso integrado tem esse nome justamente porque integra, “de um
lado”, os conhecimentos do ensino médio e, “de outro lado”, os conhecimentos técnicos
profissionalizantes da mecânica. No entanto, a fim de superar essa “separação”, foi criado um
“terceiro” núcleo, uma nova “área do conhecimento” com componentes integrados: Resistência
dos Materiais (Mecânica e Química), Física Aplicada (Mecânica e Física), Saúde, Higiene e
Segurança do Trabalho (Mecânica e Biologia), Mundo do Trabalho (Ciências Humanas e temas
profissionalizantes), Matemática Aplicada (Matemática e temas do mundo do trabalho). Para
coroar esse movimento de encontro, o componente Projeto Integrador busca aliar a redação
científica e a execução de projetos que envolvam o mundo do trabalho, articulando
conhecimentos de todos os núcleos. Assim, esse terceiro núcleo foi nomeado “Núcleo
Articulador”. O componente está presente em todos os anos do curso integrado,
complexificando-se a cada série, e sempre resulta em uma mostra à comunidade.
As semanas temáticas, de que falamos no item “Ética, cidadania, inclusão social e
criticidade”, refletem a integração entre os componentes de cada curso e, além disso, dos cursos
entre si. Assim, mais do que interdisciplinar, são eventos intercursos, estendendo a um
estudante da licenciatura conhecimentos em mecânica e vice-versa, e a membros da
comunidade conhecimentos de quaisquer cursos de forma integrada.
4.2. Ensino
Evidente que a metodologia de sala de aula se pauta na autonomia dos docentes. A essa
autonomia, no Câmpus Itaquaquecetuba se estimula e se busca, como vimos anteriormente, uma
integração entre componentes curriculares, integração que pode aparecer na forma de projetos
comuns, temas transversais ou mesmo avaliações unificadas.
Em todo começo de ano, para o curso integrado, e em todo começo de semestre para os
demais cursos semestrais, são realizadas reuniões de planejamento com os docentes,
Coordenações de Curso, Diretoria Adjunta Educacional e Coordenadoria Sociopedagógica.
Durante o planejamento, os docentes devem compartilhar quais são seus objetivos e propostas
para os meses seguintes, de maneira a encontrar pontos de interseção entre os componentes que
favoreçam a realização de projetos de atividades integradas e interdisciplinares.
É também durante o planejamento que a abordagem do componente “Projeto
Integrador”, dos cursos de Mecânica, é definida para cada turma. No caso do Curso Técnico em
Mecânica Concomitante/Subsequente, como o componente só é oferecido no último módulo do
curso, ele prevê a realização de um projeto mecânico. No caso do curso integrado ao Ensino
Médio, buscamos uma complexificação ao longo dos três anos. No primeiro ano, considerando
que os estudantes ainda estão tendo seus primeiros contatos com componentes técnicos, trata-
51
se principalmente de aprender a linguagem científica, a redação e a execução de um projeto.
Temos trabalhado com essas turmas com temas de Direitos Humanos, contanto que articulem
conhecimentos gerais do ensino médio e do ensino profissionalizante. No segundo ano, trata-se
já de adentrar nas questões técnicas a partir da realidade regional: o mundo do trabalho em
Itaquaquecetuba. Por fim, no terceiro ano, os estudantes buscam identificar uma necessidade no
município que possa ser satisfeita através da Mecânica. O projeto e seu resultado, em todos os
casos, não precisam necessariamente ser pensados como um objeto material: podem ser
realizados sistemas de gestão, de avaliação de produtos, projeções estatísticas.
A Licenciatura em Matemática não conta com um componente chamado “Projeto
Integrador”. No entanto, os estudantes devem realizar um Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) em que apresentam na forma de monografia um estudo desenvolvido para além dos
conteúdos trabalhados em sala de aula. Aqui também os professores se disponibilizam e
informam suas áreas de estudo durante o planejamento.
I. Recuperação contínua;
II. Recuperação paralela.
§ 1º. A Recuperação Contínua será realizada no decorrer de todo o período
letivo, com base nos resultados obtidos pelos estudantes ao longo do processo de
ensino e de aprendizagem.
I. Está inserida no trabalho pedagógico realizado no dia a dia da sala de aula
[…], constituindo-se por intervenções imediatas, dirigidas às dificuldades específicas,
assim que estas forem constatadas; […]
§ 2º. A Recuperação Paralela será oferecida a partir da identificação das
dificuldades dos estudantes no decorrer do período letivo .
As atividades […] serão previstas em um plano elaborado pelo docente
responsável pelo componente curricular ou pelo grupo de docentes de um determinado
curso […];
I. A recuperação paralela se dará em horário que privilegie o
atendimento ao estudante e que não coincida com as aulas regulares; […]
IV. Observado o progresso do estudante em comparação a situação anterior,
os registros de nota deverão ser revistos (IFSP, 2018, Art. 41).
53
contínua estão presentes na Organização Didática do IFSP, disponível no site oficial da
instituição www.ifsp.edu.br e as demais leis referentes à educação podem ser encontradas no
site do MEC.
4.3. Pesquisa
54
pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois
níveis escolares. (BRASIL, 1996).
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%
(cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população
de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão
para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento
público. [...] 12.11) fomentar estudos e pesquisas que analisem a necessidade de
articulação entre formação, currículo, pesquisa e mundo do trabalho, considerando as
necessidades econômicas, sociais e culturais do País; [...]
55
Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação
stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e
25.000 (vinte e cinco mil) doutores. Estratégias: [...] 14.9) consolidar programas,
projetos e ações que objetivem a internacionalização da pesquisa e da pós-graduação
brasileiras, incentivando a atuação em rede e o fortalecimento de grupos de pesquisa;
[...] 14.11) ampliar o investimento em pesquisas com foco em desenvolvimento e
estímulo à inovação, bem como incrementar a formação de recursos humanos para a
inovação, de modo a buscar o aumento da competitividade das empresas de base
tecnológica; (BRASIL, 2014).
4.4. Extensão
[...] uma via de mão dupla com a sociedade, que proporciona a relação de
diálogo entre conhecimentos acadêmicos e conhecimentos tradicionais, enriquecendo
o processo educativo e possibilitando a formação de consciência crítica da
comunidade interna e dos diversos atores sociais envolvidos.
58
formal, pautada em conhecimentos tecnológicos, históricos e culturais, cujo objetivo é de
propiciar o desenvolvimento reflexivo e crítico dos discentes de modo que, considerando os
valores humanos e a importância da preservação do meio ambiente e do respeito à diversidade
sociocultural, possam intervir na sociedade, transformando, assim, o meio em que estão
inseridos.
Os cursos ofertados pelo Campus de Itaquaquecetuba se dividem em: Curso Técnico em
Mecânica, Integrado ao Ensino Médio e Concomitante, e Curso de Graduação Licenciatura em
Matemática.
O curso técnico integrado ao ensino médio foi elaborado com o pressuposto de que a
articulação de conteúdos de diferentes campos (históricos, científicos, linguísticos, culturais,
filosóficos e técnicos) possibilita a formação integrada do sujeito discente de forma que ele
possa ter condições de estar preparado e qualificado para o mercado de trabalho e para o
exercício da cidadania.
Ao longo do curso, serão trabalhados aspectos técnicos, éticos e políticos e a autonomia
59
do discente tendo em vista desenvolver a habilidade investigativa e aprimorar o pensamento
analítico, crítico e reflexivo do aluno.
Atendendo a legislação vigente em destaque o artigo 27 da Resolução CNE – CEB n°6
de 20 de setembro de 2012, o curso foi elaborado com carga horária total mínima de 3270 (três
mil, duzentas e setenta) horas e carga horária total máxima de 3750 (três mil, setecentas e
cinquenta) horas. A distribuição da carga horária corresponde a um total de 2070 horas para as
disciplinas nas áreas de Linguagens e códigos, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências
Humanas, vinculados à Educação Básica que compõem a Base Nacional Comum, e a um total
de 1200 horas para as disciplinas curriculares de formação específica conforme estabelecido no
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio.
O curso técnico integrado ao ensino médio é oferecido a quem já concluiu o Ensino
Fundamental e foi organizado com duração de 03 anos. A forma de ingresso ao curso será feito
por meio do Processo Seletivo, de responsabilidade do Instituto Federal de São Paulo e
processos seletivos para vagas remanescentes, por meio de edital específico, a ser publicado
pelo IFSP no endereço eletrônico www.ifsp.edu.br.
Além desta forma de ingresso, estão previstas outras tais como: processo seletivo para
vagas remanescentes, transferência interna e externa, ou outras formas definidas pelo IFSP por
meio de edital específico.
Quanto ao número de vagas ofertadas, serão disponibilizadas 80 (oitenta) vagas por ano,
sendo 40 (quarenta) no período matutino e 40 (quarenta) no vespertino. Tendo como base a Lei
nº 12.711/2012, serão reservadas, no mínimo, 50% das vagas aos candidatos que cursaram
integralmente o Ensino Fundamental em escola pública. Dentre estas, 50% serão reservadas
para candidatos que tenham renda per capita bruta igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (um
salário-mínimo e meio). Das vagas para estudantes egressos do ensino público, os
autodeclarados pretos, pardos ou indígenas preencherão, por curso e turno, no mínimo,
percentual igual ao dessa população, conforme último censo do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) para o Estado de São Paulo, de acordo com a Lei nº 12.711/2012, de
29/08/2012.
Organização do Curso
A organização do currículo do curso de Técnico em Mecânica, na modalidade Integrado
ao Ensino Médio, compreende além, das disciplinas de Formação Profissional e das vinculadas
à Educação Básica (Linguagens e códigos, Ciências Humanas, Matemática e Ciências da
60
Natureza, vinculados à Educação Básica), a disciplina optativa Estágio Supervisionado que
poderá ter até 360 (trezentas e sessenta) mediante comprovação do estudante. O currículo do
curso apresenta como Parte Diversificada Optativa a oferta dos componentes curriculares
“Espanhol” e “Libras”, totalizando a carga horária de 120 horas.
O conteúdo curricular das disciplinas está organizado de forma que o aluno possa ser
exposto a conhecimentos voltados também à Educação Ambiental, à Educação em Direitos
Humanos, à Educação Alimentar e Nutricional, à Educação para o Trânsito, e à discussão de
temas como o estudo do processo de envelhecimento e valorização do idoso, a reflexão sobre a
diversidade social, o estudo da história e cultura afro- brasileira e da formação étnica do povo
brasileiro.
Objetivos do curso
O objetivo do Curso Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio é de
proporcionar ao aluno sólida formação educacional para que ele possa ter condições de exercer
sua profissão de forma ética atendendo as demandas da sociedade, de estar preparado para não
só dar continuidade aos seus estudos como também para compreender de forma crítica o mundo
em que vive. Para tal fim, o curso foi elaborado a partir da elaboração de objetivos específicos
pautados nos preceitos da Base Nacional Comum e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional n.o 9394/96 e de objetivos técnicos pautados nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Técnica de Nível Médio (Resolução CNE-CEB n.o 06/2012 – art. 13 e Parecer
CNE-CEB n.o 11/2012).
Nesta esteira, são elencados como objetivos o domínio da matemática, da norma culta
da língua portuguesa língua portuguesa e da língua estrangeira; o conhecimento do campo
artístico-cultural e científico-tecnológico; a aplicação de conceitos de diferentes campos do
saber para análise e entendimento das transformações da sociedade no âmbito histórico,
geográfico e cultural, dos fenômenos naturais e da produção tecnológica; o desenvolvimento de
habilidades técnicas para realizar atividades relativas ao campo profissional (fabricação de
peças e conjuntos mecânicos, inspeção e supervisão de serviços de manutenção, dentre outros).
61
Ao final do curso, o técnico deverá estar apto para realizar atividades que envolvem a
elaboração de projetos de produtos, ferramentas, máquinas e equipamentos mecânicos; o
planejamento, aplicação e controle de procedimentos de instalação, a manutenção mecânica de
máquinas e equipamentos segundo normas técnicas e normas relacionadas à segurança; o
controle nos processos de fabricação; a aplicação de técnicas de medição e ensaios; a
especificação de materiais para construção mecânica.
Objetivos do curso
Os objetivos do curso Técnico em mecânica Concomitante/Subsequente ao Ensino
Médio é a formação integral do estudante, preparando-o para a vida, ao o exercício da cidadania,
capacitando-o ao aprendizado permanente, à continuidade dos estudos e ao mundo do trabalho.
Com efeito, o curso está constituído de aspectos técnicos, éticos e políticos, de pendor à
autonomia intelectual, de propensão ao desenvolvimento da capacidade investigativa e ao
pensamento analítico, crítico e reflexivo, mediante a aquisição da compreensão de saberes que
integram a contextualização da prática profissional, os processos produtivos e questões
transversais relacionadas.
Ao frequentar o curso, espera-se que o discente aprenda a ter iniciativa, adquira
responsabilidade, respeite a diversidade de ideias e colabore com o trabalho em equipe; aja de
maneira ética, exerça a cidadania e prepare-se ao trabalho; realize processos de fabricação de
peças e conjuntos mecânicos, notadamente no que concerne aos fundamentos teóricos e à
prática de máquinas e equipamentos de laboratórios; inspecionar e supervisionar serviços de
manutenção; dimensionar e selecionar peças e conjuntos mecânicos; fazer procedimentos que
garantam a qualidade e a otimização dos processos mecânicos; instalar, selecionar e manter
sistemas de automação de processos; utilizar sistemas de informação; efetuar procedimentos de
ensaios de laboratórios dentro das normas técnicas vigentes e utilizadas por empresas
mecânicas; desenhar layout, diagramas, componentes e sistemas mecânicos e relacioná-los às
normas técnicas de desenho; identificar, classificar e caracterizar os materiais aplicados na
62
construção de componentes, máquinas e instalações mecânicas por meio de técnicas e métodos
de ensaios mecânicos.
De acordo com a legislação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
São Paulo (Lei 11.892/2008, Resolução 871/2013, Resolução 872/2013, Resolução 866/2013,
Resolução 859/2013) e do Brasil (Parecer CNE/CEB n°11/2012, Lei 9.394/1996, Decreto
5.154/2004, Resolução CNE/CEB/2012, Lei 12.513/2011, Decreto n° 7.589/2011, Resolução
n° 6/2012, Portaria n° 1.547/2011, Resolução n° 5/2012, Resolução/CD/FNDE n° 18/2010,
Decreto n° 5.622/2005), a organização curricular do Curso Técnico em Mecânica na
modalidade concomitante/subsequente divide-se em quatro módulos a permitir evolução lógica
no desenvolvimento dos conhecimentos técnicos a serem trabalhados, propicia ao concluinte
dos três primeiros módulos (totalizando 900 horas) a saída intermediária com formação em
Preparador de Máquinas e Ferramentas, forma o estudante que completou os quatro módulos
como Técnico em Mecânica (desde que tenha concluído o Ensino Médio).
Organização do curso
Nos quatro módulos do curso (distribuídos cada um deles em vinte semanas e com 300
horas) estão contemplados os componentes curriculares que habilitam profissionalmente o
Técnico em Mecânica, tanto os obrigatórios, como os optativos e o estágio supervisionado
(opcional). As frequências totais possíveis (de acordo com o PPC do curso do campus
Itaquaquecetuba) atingem 1200 horas, 1245 horas, 1290horas ou 1650 horas, uma vez que as
opções entre componentes curriculares optativos e estágio supervisionado dão origem a cargas
horárias diferenciadas.
Acerca do ingresso ao curso, o Instituto Federal São Paulo realiza o Processo Seletivo e
o Processo Seletivo para Vagas Remanescentes, mediante edital específico, ambos publicados
no ambiente www.ifsp.edu.br. Ademais, há a possibilidade de transferência interna e externa,
ex officio ou outras formas definidas pelo IFSP por meio de edital específico. Para matricular-
se, o estudante precisa estar cursando a segunda ou a terceira série do Ensino Médio ou tê-lo
concluído e ter sido aprovado no processo seletivo. A instituição oferta, anualmente, quarenta
vagas no período noturno.
Perfil do egresso
O egresso do curso Técnico em mecânica na modalidade concomitante/subsequente é
habilitado científica, tecnológica e humanamente para o exercício da sua profissão de modo
63
crítico, proativo, ético, com capacidade de relacionar mundo do trabalho, contexto sociopolítico
e econômico e desenvolvimento sustentável. O profissional elabora projetos de produtos e
ferramentas, executa controle de qualidade, de processos e manutenção de máquinas e
equipamentos mecânicos; é capaz de planejar, aplicar e controlar procedimentos de instalação,
manutenção e inspeção mecânica de máquinas e equipamentos; opera equipamentos de
usinagem; aplica equipamentos de soldagem; realiza interpretação de desenho técnico; controla
processos de fabricação; aplica técnicas de medição e ensaios; especifica materiais para
construção mecânica.
A oferta dos cursos de Licenciatura tem o objetivo de atender as demandas sociais por
formação de professores para a Educação Básica. Assim, pretende-se a formação integral do ser
humano, com implicações no comprometimento ético, social e político do estudante. Espera-se
que o licenciado se aproprie da compreensão de sua ação no mundo como educador. Ademais,
espera-se fomentar uma visão ampla das consequências da aplicação dos conhecimentos
teóricos na prática profissional.
Dessa forma, torna-se imprescindível a articulação entre teoria e prática de forma de que
os cursos e as disciplinas contemplem a formação de docentes comprometidos com a sua
formação específica e com seus deveres éticos para com a sociedade em constante
aprimoramento de seus valores.
A Diretoria Adjunta Educacional é o principal órgão dos câmpus do IFSP no que diz
respeito às políticas pedagógicas. Vinculada diretamente à Direção Geral do Câmpus e em
parceria com a Pró-Reitoria de Ensino, a DAE tem sob sua alçada os “setores educacionais”:
Coordenadoria de Apoio ao Ensino, Coordenadoria de Registros Acadêmicos, Coordenadoria
Sociopedagógica e Coordenadoria de Biblioteca, além, é claro, das Coordenadorias de Curso.
A Resolução 26/2016, que contém o Regimento dos Câmpus do IFSP, atribui uma série
de responsabilidades a esta diretoria. De forma resumida, a DAE é responsável pela elaboração
e supervisão da atuação educacional do câmpus em seus diversos setores, desde o planejamento,
passando por aulas, biblioteca, acolhimento, atividades extracurriculares, até as definições de
horários e calendários.
Na condição de Diretoria, o ocupante da DAE deve justamente direcionar as políticas
pedagógicas do câmpus que são realizadas, tanto individual quanto coletivamente, a partir das
normativas, das deliberações dos colegiados e dos planejamentos.
66
6.2.2. Licenciatura em Matemática
67
demandas individuais que se relacionam com o ensino, acompanhamento de ações do ensino e
trocas de experiências e trabalho conjunto com docentes e coordenadores no aprimoramento do
processo de ensino-aprendizagem.
A CSP busca atuar conforme as necessidades contextuais e o perfil de cada aluno,
realizando atendimentos individuais ou em grupo, e em casos específicos, com a participação
dos pais, contribuindo assim para o fortalecimento da parceria entre a escola e a família. Para
isso, acompanha e analisa o desempenho acadêmico e comportamental dos discentes, intervindo
nas dificuldades identificadas; realiza um acompanhamento permanente sobre a evasão e seus
motivos, em parceria com outras instâncias do câmpus ou do IFSP; participa da elaboração e
execução de atividades educativas e culturais voltadas à formação integral e à promoção da
saúde dos estudantes e da comunidade escolar.
Também são atribuições da Coordenadoria Sociopedagógica a participação nas reuniões
de pais para os cursos integrados; a organização dos conselhos pedagógicos e deliberativos para
os cursos técnicos integrados e concomitantes/subsequentes; o planejamento, a organização e a
condução da semana de planejamento escolar.
De acordo com atuação específica de cada membro que a compõe, a CSP ainda planeja,
organiza e conduz o programa de Assistência Estudantil, além de assistir o NAPNE (Núcleo de
Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas) e as atividades da Equipe de
Formação Continuada, sendo as duas últimas realizadas em parceria com outras instâncias do
câmpus e do IFSP.
Por fim, acompanha, a elaboração, implementação e avaliação das Ações Universais
realizadas pelos docentes; participa de bancas como as realizadas no processo seletivo para
contratação de docentes substitutos e as de extraordinário aproveitamento de estudos de
discentes; colabora para a construção e reformulação do Projeto Político-Pedagógico, a
elaboração de calendários escolares, além de analisar os Projetos Pedagógicos dos cursos (PPC)
que serão iniciados ou reformulados.
68
IFSP.
Atualmente, as políticas de assistência estudantil do IFSP estão fundamentadas nas
resoluções de nº 41/2015 e nº 42/2015: a primeira regulamenta a Política de Assistência
Estudantil e a segunda a Normatização dos Auxílios da Política de Assistência Estudantil. A
Assistência Estudantil é composta pelo Programa de Auxílio Permanência e pelo Programa de
Ações Universais.
69
6.5. Formação Continuada
A partir da publicação da Lei Federal nº 11.892 de 2008, que criou os Institutos Federais
de Educação, Ciência e Tecnologia, ficou estabelecido que uma de suas finalidades é o estímulo
e a realização da pesquisa aplicada, visando ao desenvolvimento científico e tecnológico, com
o objetivo de estender seus benefícios à comunidade.
Dessa forma, a Coordenação de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (CPI) do câmpus
Itaquaquecetuba tem como objetivo planejar e acompanhar as atividades relacionadas com a
pesquisa, buscando seu fortalecimento em todos os níveis de ensino do IFSP, por meio de
incentivo a projetos de pesquisa voluntários, na busca por bolsas em agências de fomento e na
apresentação de resultados em eventos acadêmicos. Nos últimos anos, foram realizadas
pesquisas de Iniciação Científica por estudantes do Ensino Médio e do Ensino Superior, com
resultados apresentados em eventos dentro e fora do IFSP.
Além das ações relacionadas à pesquisa, o Câmpus Itaquaquecetuba conta com dois
servidores docentes como Agentes de Prospecção de Projetos de Inovação (APIs), responsáveis
por fazer a mediação entre os interesses do arranjo produtivo local e as atividades de inovação
do IFSP.
Por ora, o câmpus não conta com projetos para oferta de cursos de Pós-Graduação.
71
IFSP junto à sociedade; questões submetidas à sua apreciação; propostas de projetos
pedagógicos de cursos, bem como suas alterações.
2. Colegiado de Curso: o colegiado de curso é um órgão consultivo e deliberativo de
cada curso superior do IFSP. Composto pelo coordenador do curso, representantes docentes,
discentes e técnico-administrativos, tem como objetivo, entre suas competências, conduzir e
aprovar em primeira instância os trabalhos de reestruturação do Projeto de Curso, a grade
curricular, o perfil do egresso, o projeto de estágio supervisionado, estrutura de pré-requisitos
para apreciação e aprovação de instâncias superiores do IFSP; emitir parecer, quando solicitado,
sobre: aproveitamento de estudos, de competências acadêmicas e profissionais; aceleração de
estudos, transferências e de adaptações, mediante requerimento dos interessados; estabelecer,
semestral ou anualmente os critérios de seleção para preenchimento de vagas remanescentes;
elaborar e aprovar Regulamento de Atividades Complementares; estabelecer critérios e
procedimentos de acompanhamento e avaliação do curso; colaborar no processo de
Reconhecimento e renovação de reconhecimento do curso; analisar e dar parecer de solicitações
referentes à avaliação de atividades executadas pelos alunos não previstas no Regulamento de
Atividades Complementares; avaliar as propostas de projetos e convênios encaminhados pela
coordenação do curso; apontar as necessidades de alocação de recursos materiais, humanos,
bem como capacitação destinada ao aprimoramento do curso; avaliar a solicitação de dispensa
de alunos-monitores, mediante proposta do seu Coordenador, a ser submetida ao órgão
responsável e deliberar em primeira instância sobre os pedidos de prorrogação de prazo para
conclusão de Curso.
3. Conselho de Classe (Pedagógico e Deliberativo): os Conselhos de Classe do IFSP
são organizados como instâncias consultivas (Conselho de Classe Pedagógico) e deliberativas
(Conselho de Classe Deliberativo) e contam com a participação dos docentes da respectiva
turma, do Coordenador de Curso e do Pedagogo ou do Técnico em Assuntos Educacionais da
Coordenadoria Sociopedagógica.
4. Outras comissões locais: a depender de necessidades acadêmicas e/ou operacionais
que o câmpus possa encontrar no dia-a-dia, são constituídas comissões como força- tarefa. De
forma mais permanente, o Câmpus Itaquaquecetuba conta com uma Comissão de Comunicação
Social, uma Comissão de Eventos e uma Comissão de Matrícula. Pontualmente, são criadas
comissões para planejamento das semanas temáticas, comissão para arborização no câmpus,
comissão para o inventário dos bens da unidade, comissão para inclusão digital, entre outras.
72
6.9. CPA - Comissão Própria de Avaliação
74
6.13. CBI - Coordenadoria de Biblioteca
A Coordenadoria de Biblioteca (CBI) do Câmpus Itaquaquecetuba tem como missão
promover o acesso à informação e à cultura, contribuindo como um facilitador no processo de
ensino e aprendizagem. O acervo físico é composto por livros, periódicos e alguns jogos de
tabuleiro. Todos os serviços de biblioteca são informatizados com acesso online, gerenciado
pelo software Pergamum. A circulação no ambiente da biblioteca é de livre acesso e oferecemos
computadores conectados à internet para realização de pesquisas e consultas. Na busca da
excelência no atendimento às necessidades de informação dos usuários, a CBI oferece acesso à
coleção digital de livros da Biblioteca Virtual Universitária, da produção científica nacional e
internacional do Portal de Periódicos da CAPES e das normas técnicas da ABNT para consulta
e pesquisa online.
O setor conta com 3 bibliotecários, um assistente de biblioteca e um assistente
administrativo.
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● Coordenadoria de Gestão de Pessoas - CGP, órgão vinculado à Diretoria Adjunta de
Administração, tem como principal função realizar trabalhos que visem ao desenvolvimento
dos Recursos Humanos tendo em vista proporcionar a integração entre o servidor e o câmpus
prestando suporte em todos os assuntos que são pertinentes à área. Entre as suas funções está o
acompanhamento de licenças, afastamentos, folha de pagamento, treinamentos e
desenvolvimento pessoal (estágio probatório e avaliação de desempenho). As atribuições da
CGP estão descritas no art. 10 da Resolução nº 26, de 05 de abril de 2016.
● Coordenadoria de Contabilidade e Finanças - CCF, órgão vinculado à Diretoria
Adjunta de Administração, é responsável por coordenar e controlar as atividades relacionadas
à contabilidade, finanças, orçamento e conformidade. As atribuições da CCF estão descritas no
art. 11 da Resolução nº 26, de 05 de abril de 2016.
● Coordenadoria de Licitações e Contratos - CLT, órgão subordinado à Diretoria
Adjunta de Administração, tem como principal função administrar os processos licitatórios e
contratos do câmpus. As atribuições da CLT estão descritas no art. 12 da Resolução nº 26, de
05 de abril de 2016.
● Coordenadoria de Almoxarifado, Manutenção e Patrimônio - CAP, órgão
subordinado diretamente à Diretoria Adjunta de Administração, é responsável pela
administração do patrimônio da unidade e as suas atribuições estão descritas no art. 13 da
Resolução nº 26, de 05 de abril de 2016.
● Coordenadoria de Apoio à Direção - CDI, órgão vinculado diretamente à Direção-
Geral do Campus, tem por finalidade prestar suporte técnico-administrativo à Direção do
campus.Suas atribuições estão descritas no art. 5º da Resolução nº 26, de 05 de abril de 2016.
● Coordenadoria de Tecnologia da Informação - CTI, órgão vinculado diretamente à
Direção-Geral do Câmpus, é responsável pela manutenção dos serviços informáticos da unidade
e as suas atribuições estão descritas no art. 6º da Resolução nº 26, de 05 de abril de 2016.
● Diretoria Adjunta de Administração - DAA, órgão vinculado diretamente à Direção-
Geral do câmpus, é responsável por coordenar a implementação, o controle e avaliação das
atividades de caráter operacional para o funcionamento da unidade. As atribuições da DAA
estão descritas no art. 9º da Resolução nº 26, de 05 de abril de 2016.
Os servidores do setor administrativo normalmente trabalham nos “bastidores” das
práticas de ensino, pesquisa e extensão do câmpus, dando suporte e criando condições para o
cotidiano da instituição. Por isso, no Câmpus Itaquaquecetuba sempre dizemos que “todos os
servidores são educadores”, não apenas os docentes, pois todos estão comprometidos e
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envolvidos com a realização das atividades do IFSP - o que se estende também aos funcionários
terceirizados que trabalham no câmpus.
Por fim, os câmpus do IFSP contam com a Direção-Geral, que articula o trabalho
pedagógico com o trabalho administrativo e se responsabiliza por todo trabalho das unidades.
O ocupante da Direção-Geral é eleito por votação entre os três segmentos do câmpus: servidores
docentes e técnicos e estudantes. A DRG é órgão de assistência direta e imediata ao Reitor e as
suas atribuições estão descritas no art. 4º da Resolução nº 26, de 05 de abril de 2016.
7.1. Ensino
7.2. Pesquisa
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as áreas do conhecimento; Incentivar os alunos a participarem de eventos, tais
como congressos, seminários, palestras e visitas técnicas;
• Priorizar o desenvolvimento de projetos de pesquisa nas várias esferas do
conhecimento, articulando-se com as demandas sociais locais, regionais e
nacionais; Incentivar também pesquisas de inovação na área de
humanidades,fortalecendo a área de formação docente;
• Estimular a criação de Grupos de Pesquisa e políticas de incentivo à atuação dos
pesquisadores; Manter o sítio do câmpus atualizado sobre as atividades
desenvolvidas nos projetos de pesquisas, grupos de pesquisadores e demais
ações correlatas.
7.3. Extensão
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Formação Inicial e Continuada (FIC) que atendam às demandas da comunidade
e do arranjo produtivo, social e cultural de Itaquaquecetuba e região.
• Promover e apoiar a participação dos técnicos administrativos em atividades de
extensão, na medida em que parte significativa destes possui outros saberes,
formações e expertises para além dos cargos que exercem.
7.4. Administração
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8. Referências Bibliográficas
IFSP. Projeto Pedagógico Institucional - PPI. São Paulo, 2013a. Disponível em:
www2.ifsp.edu.br/index.php/arquivos/category/350-2013.html?download=7589%3Aprojeto
pedagogico-institucional-2013. Acessado em 01 de julho de 2019.
IFSP. Organização didática dos Cursos Superiores de Graduação. São Paulo, 2016.
Disponível em: www2.ifsp.edu.br/index.php/arquivos/category/305-documentos.html?
download=17930%3Aorganizacao-didatica-2016. Acessado em 01 de julho de 2019.
IFSP. Organização didática da Educação Básica. São Paulo, 2018. Disponível em:
https://www.ifsp.edu.br/images/reitoria/Resolucoes/resolucoes2018/Resol_62_2018_Aprova-
Organizao-Didtica_Educao-Bsica.pdf. Acessado em 01 de julho de 2019.
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Tecnológica. MEC. São Paulo: Moderna, 2011.
RAMOS, Marise Nogueira. O projeto unitário de ensino médio sob os princípios do trabalho,
da ciência e da cultura. In: FRIGOTTO, Gaudêncio e CIAVATTA (orgs.). Maria. Ensino
médio. Ciência, cultura e trabalho. Brasília, MEC/SETEC, 2004.
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