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Relatorio 04 - Teste Da Chama

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Introduo

O teste da chama baseia-se no comportamento dos eltrons de um determinado elemento quando esse absorve e libera energia. Quando isto acontece, a chama apresenta colorao (espectros) diferente. De acordo com o modelo proposto por Bohr a primeira lei diz que os eltrons podem girar em rbitas* somente a determinadas distncias permitidas do ncleo atmico. A segunda lei diz que um tomo irradia energia quando um eltron salta de uma rbita de maior energia para uma rbita de menor energia. Alm disso, um tomo absorve energia quando um eltron deslocado de uma rbita de menor energia para uma rbita de maior energia.1 Significa dizer que quando o eltron da camada de valncia absorve energia este eltron passa para um nvel mais excitado. E, no retorno ao estado fundamental, o eltron emite uma freqncia de luz caracterstico do elemento.2 A chama um componente importante para a avaliao prtica dessas leis, pois fornece para o elemento energia capaz de excitar os eltrons. possvel observar o espectro de luz visvel produzido pelo elemento na chama. *O conceito de rbitas dos eltrons um assunto atualmente considerado controverso.

Objetivo
O relatrio tem como objetivo identificar a colorao resultante do aquecimento de diferentes elementos metlicos, em solues concentradas, e correlacionar este fenmeno com o modelo atmico de Bohr.

Parte Experimental
-Materiais e reagentes: Fio de nquel-cromo

Bico de Bunsen Tubo de ensaios Pipetador

Solues aquosas de HCl, NaCl, CaCl2, BaCl2, SrCl2, KCl

-Procedimento: O fio de nquel-cromo foi aquecido na parte oxidante da chama do bico de Bunsen at adquirir a colorao rubra, para ento ser mergulhado na soluo de HCl, com o objetivo de purificar o fio. Este procedimento foi repetido por vrias vezes para garantir a limpeza do fio e que as substncias que seriam analisadas apresentassem maior grau de pureza. Foi adicionado a um tubo de ensaio, em mdia, 10 gotas de soluo concentrada de Cloreto de Sdio utilizando o pipetador. Em seguida mergulhou-se aproximadamente metade do fio de nquel-cromo (j higienizado e com colorao rubra) na soluo e, rapidamente, colocou-o na parte oxidante da chama. Observou-se a mudana de colorao na chama. Novamente o fio de nquel-cromo foi mergulhado na soluo de HCl para limp-lo, com a finalidade de refazer o procedimento anterior com as solues de cloreto de clcio, cloreto de brio, cloreto de estrncio e cloreto de potssio. Observou-se a variao da chama em cada uma das substncias analisadas.

Resultado e Discusso
De acordo com o modelo atmico de Bohr: a energia s emitida ou absorvida por um eltron quando ele muda de um estado de energia permitido para outro. Essa energia emitida ou absorvida como fton dada pela frmula E=hv, onde E a energia do fton, h, a constante de Plank e v a velocidade da onda. Sendo que a energia do fton inversamente proporcional ao comprimento da onda eletromagntica (). Isto significa dizer que quanto menor o comprimento de onda, maior a energia do fton. 3-5

As ondas possveis de se observar neste experimento foram do espectro de luz visvel, como mostra a Tabela1.

Tabela 1. Comprimentos de ondas no espectro visvel2,5 Cor Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelha () Comprimento de onda (nm) 380-440 440-490 490-565 565-590 590-360 630-780

Pode-se dizer tambm que quanto mais energia necessrio para tirar o eltron da camada de valncia menor ser o comprimento da onda eletromagntica emitida. Nos diferentes compostos metlicos analisados observou-se a mudana na colorao. A Tabela 2 demonstra os resultados obtidos. Tabela 2. Cor da chama de acordo com a soluo. Substncia NaCl(aq) BaCl2(aq) CaCl2(aq) SrCl2(aq) KCl(aq) Cor Amarelo Verde Vermelho tijolo Vermelho Violeta

Visto que inicialmente a colorao das substncias era incolor, avaliou-se a colorao emitida quando exposta a chama e verificou-se que possuem diferentes emisses de comprimentos de ondas no espectro de luz visvel.

Concluso
Observou-se que cada substncia apresentou um espectro de luz diferente na chama, o que significa dizer que as substncias possuem caractersticas eletrnicas diferentes, com a emisso diferente de energia dos ftons, dependendo da quantidade de energia absorvida e liberada durante o aquecimento. Como Efton=hv inversamente proporcional ao comprimento de onda (), portando possvel identificar, das solues metlicas concentradas analisadas, qual a ordem crescente de energia que cada elemento absorveu e liberou, ocasionando a mudana de cor. Assim, conclui-se com a Tabela 3, a ordem crescente de energia absorvida e liberada em cada substncia. Tabela 3. Ordem crescente de energia eletromagntica do espectro visvel (O.C de E) observados no experimento de acordo com a cor emitida por cada substncia. O.C de E 1o 2o 3o 4o 5o Substncia SrCl2(aq); CaCl2(aq); NaCl(aq); BaCl2(aq); e KCl(aq) Cor Vermelho Vermelho tijolo Amarelo Verde Violeta

Portanto este experimento demonstra que possvel identificar um elemento por meio da colorao emitida, devido a quantidade de energia absorvida e liberada do eltron, como explica o modelo atmico de Bohr sobre a quantidade de energia de determinada camada na eletrosfera.

QUESTIONRIO
1. Porque as diferentes substncias apresentam cores diferentes ao serem aquecidas? Quando aquecemos uma substncia, certa quantidade de energia absorvida por alguns eltrons que se excitam e saltam do nvel de valncia para um mais elevado. No retorno para o estado fundamental, este eltron emite radiao eletromagntica em diferentes comprimentos de ondas caracterstico do elemento.

2. Como o modelo atmico de Bohr pode ser usado para explicar esses resultados? O modelo de Bohr explica que os eltrons encontram-se em determinadas camadas energticas, onde, cada camada possui uma determinada energia que o eltron pode absorver e pular para uma camada mais elevada. Quando retorna para o estado fundamental, este eltron emite ftons pela quantidade de energia liberada. O que se comprova pela emisso de luz em diferentes comprimentos de ondas analisados nos resultados.

Bibliografia:
1. BELTRAN, Nelson Orlando; CISCATO, Carlos Alberto Mattoso, Qumica, 2a

Ed., So Paulo: Coleo magistrio 2o grau. Srie Formao Geral, 1994. 234p.
2. SCHIAVON, Marco Antnio; SANTOS, Jos Mauro da Silva; MANO, Valdir,

Qumica Geral Experimental I, So Joo Del Rei: Apostila Universidade Federal de So Joo Del Rei, Departamento de Cincias Naturais, 2005, 47p.
3. LOPES, Jos Leite, A Estrutura Quntica da Matria, do tomo pr-

socrtico s partculas elementares, Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1992, 820p.


4. BROWN, Theodore L.; LEMAY, Eugene; Jr., BURSTEN, Bruce Jr., Qumica

A cincia central, 9a ed., So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.


5. REES, Martin, Enciclopdia Ilustrada do Universo, So Paulo: Traduzido e

editado por Duetto Editorial, 2008, 552p.

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