Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
0% acharam este documento útil (0 voto)
19 visualizações16 páginas

Aula ML - 8

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 16

DOCENTE

Dr. António Pascoal

Especialista em Medicina Legal e Ciências Forenses


Pós-graduado em Avaliação do Dano Corporal Pós-
traumático
Mestre em Medicina Legal e Ciências Forenses
DANOS TEMPORÁRIOS

DANOS PERMANENTES
DANOS TEMPORÁRIOS

Corresponde o período durante o qual a vítima esteve totalmente


impedida de realizar a sua actividade profissional habitual. Descreve-se
em número de dias de incapacidade, determinados com base na análise
dos registos clínicos relativos à situação (hospitalares, do médico
assistente, da seguradora, etc.), do quadro clínico concreto, da informação
obtida (a partir do sinistrado, familiares, acompanhante, etc.) e das
exigências da sua profissão habitual. No caso de não existirem elementos
suficientemente esclarecedores (muito particularmente registos clínicos),
deve apreciar-se este dano com base no período de tempo de ITPA
habitualmente esperável para um quadro lesional similar ao verificado,
tendo em consideração a situação clínica concreta e respectiva evolução,
bem como o tipo e exigências da profissão em causa.
DANOS TEMPORÁRIOS

Corresponde ao período em que a vítima passou a ter pelo menos


50% da capacidade necessária para desenvolver a sua actividade
profissional habitual, ainda que com limitações. Descreve-se em
número de dias e taxas de incapacidade determinados com base na
análise dos registos clínicos relativos à situação (hospitalares, do
médico assistente, da seguradora, etc.), do quadro clínico concreto,
da informação obtida (a partir do sinistrado, familiares,
acompanhante, etc.) e das exigências da sua profissão habitual.
DANOS PERMANENTES

Corresponde à perda da capacidade de trabalho em resultado de uma ou


mais disfunções, como sequela(s) final(ais) da(s) lesão(ões) inicial(ais),
sendo a disfunção total designada por incapacidade permanente absoluta
para todo e qualquer trabalho. Podem existir diversos níveis de
incapacidade permanente:
Incapacidade permanente parcial (IPP)
Incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual (IPATH)
Incapacidade permanente absoluta para todo e qualquer trabalho (IPA).
A quantificação dessas sequelas concretizada através da Tabela Nacional
de Incapacidades por Acidentes de Trabalho ou Doenças Profissionais
DANOS PERMANENTES

Estas dependências podem ser relativas a diversos tipos de necessidades:


Ajudas medicamentosas: correspondem à necessidade permanente de
recurso a medicação regular (ex: analgésicos, antiespasmódicos ou
antiepilépticos), sem a qual a vítima não conseguirá ultrapassar as suas
dificuldades em termos funcionais e nas situações da vida diária;

Tratamentos médicos regulares: correspondem à necessidade de recurso


regular a tratamentos médicos para evitar um retrocesso ou agravamento
das sequelas (ex.: fisioterapia);
·
DANOS PERMANENTES

Ajudas técnicas: referem-se à necessidade permanente de recurso a


tecnologia para prevenir, compensar, atenuar ou neutralizar o dano
pessoal (do ponto de vista anatómico, funcional e situacional), com
vista à obtenção da maior autonomia e independência possíveis nas
actividades da vida diária; podem tratar-se de ajudas técnicas lesionais,
funcionais ou situacionais;

Adaptação do domicílio, do local de trabalho ou do veículo: corresponde


à necessidade de recurso à tecnologia a nível arquitectónico, de mobiliário
e/ou equipamentos, no sentido de permitir a realização de determinadas
actividades diárias a pessoas que, de outra maneira, o não conseguiriam
fazer (a não ser com a ajuda de terceiros);
DANOS PERMANENTES

Ajuda de terceira pessoa: corresponde à ajuda humana apropriada à


vítima que se tornou dependente, como complemento ou substituição
na realização de uma determinada função ou situação de vida diária. O
tipo de ajuda a perspectivar, deve ponderar-se de acordo com a categoria
socioprofissional necessária (técnica ou não), número e tipo de terceiras
pessoas, sua qualificação e funções, tipo de intervenções (em casa e no
exterior), tipo de actividades visadas (vigilância de parâmetros vitais,
administração de terapêutica, higiene, vestuário, alimentação, etc.), local
das intervenções (domicílio ou estabelecimento adaptado), grau e tipo
de ajuda (vigilância, incitação, complemento ou substituição total) e
duração e frequência/horário das intervenções (número de horas por dia).

Você também pode gostar