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Cap 11 - Tratamentos Termicos e Termoquimicos

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11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS

E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.1 Introdução
Finalidade:

Alterar as microestruturas e como consequência


as propriedades mecânicas das ligas metálicas.
11.1 Introdução
OBJETIVOS:

• Remoção de tensões internas


• Aumento ou diminuição da dureza
• Aumento da resistência mecânica
• Melhora da ductilidade
• Melhora da usinabilidade
• Melhora da resistência ao desgaste
• Melhora da resistência à corrosão
• Melhora da resistência ao calor
• Melhora das propriedades elétricas e magnéticas
11.1 Introdução
• Recozimento
• Normalização
• Coalescimento ou Esferoidização
• Têmpera
• Revenimento
• Martêmpera
• Austêmpera
• Têmpera Superficial

• Cementação
• Nitretação
11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.2 Variáveis

Figura 11.1 – Etapas do tratamento térmico.


11.2 Variáveis
Aquecimento:

• é geralmente realizado a uma temperatura acima da


crítica;
• um aquecimento muito rápido pode provocar
empenamento ou mesmo aparecimento de fissuras;
11.2 Variáveis

Figura 11.2 – Dependência do tamanho de grão


com o tempo de aquecimento
11.2 Variáveis
Tempo de Permanência:

• Quanto mais longo o tempo à temperatura


considerada, maior o tamanho do grão;
• Tempo muito longo pode também aumentar a
oxidação ou descarbonetação do material.
11.2 Variáveis
Esfriamento:

• É o principal;
• Determinará a estrutura e as propriedades finais dos
aços.
11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.3 Recozimento
Objetivos:
• remover tensões,
• diminuir a dureza,
• ajustar o tamanho do grão,
• alterar as propriedades mecânicas como resistência
e ductilidade.

O recozimento compreende de três estágios principais:


• Recuperação;
• Recristalização;
• Crescimento do grão.
11.3 Recozimento
Recuperação:
• ocorre um re-arranjo das discordâncias;
• as tensões introduzidas durante o encruamento são
diminuídas.

Recristalização:
• consiste no surgimento de novos cristais.

Crescimento do grão:
• em temperatura mais elevada os grãos recristalizados
tendem a crescer.
11.3 Recozimento

Figura 11.3 –
Recuperação,
recristalização e
crescimento do grão
11.3 Recozimento
• Consiste no aquecimento do aço acima da zona
crítica;

• Esfriamento muito lento, realizado ou mediante o


controle da velocidade de esfriamento do forno ou
desligando-se o mesmo e deixando que o aço resfrie
ao mesmo tempo em que ele.
11.3 Recozimento

Figura 11.4 – Representação gráfica do recozimento pleno nos aços.


11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.4 Normalização
• Consiste no aquecimento do aço a uma temperatura acima da
zona crítica;

• Esfriamento ao ar;

• Visa refinar a granulação grosseira e homogeinizar a estrutura


do aço;

• Além do aumento da resistência mecânica, o refino de grão


também eleva a tenacidade do material.

• A normalização é ainda usada como tratamento preliminar à


têmpera.
11.4 Normalização

Figura 11.5 – Diagrama esquemático da operação de normalização.


11.4 Normalização

Figura 11.6 – Tamanho do grão após a normalização.


11.4 Normalização

Figura 11.9 – Padrão ASTM para avaliação de tamanho de grão de aço


11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.5 Esferoidização
• Esferoidização ou Coalescimento ou
Revenimento Subcrítico;

• Visa produzir uma microestrutura esferoidal,


constituída de pequenas partículas
aproximadamente esféricas de carboneto num
fundo ou matriz de ferrita;

• Estrutura é obtida em aços de médio e alto


carbono e caracteriza-se por ser dúctil e ao
mesmo tempo de alta usinabilidade;

• Consiste em efetuar-se uma austenitização


parcial ou total, e em seguida, manter o aço logo
abaixo da linha A1 ou mediante aquecimento
alternado logo acima e logo abaixo da linha A1.
11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.6 Têmpera
• Este é o tratamento térmico mais importante;

• Visa obter do constituinte “martensita”;

• consiste num esfriamento rápido, a partir da


temperatura de austenitização, em meio de grande
capacidade de esfriamento, como água, salmoura,
óleo e, eventualmente o ar.
11.6 Têmpera

Figura 11.11 – Diagrama esquemático das operações de têmpera e


revenido.
11.6 Têmpera

Figura 11.12 – Curvas de esfriamento no centro de amostras de aço


inoxidável.
11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.7 Revenido
• Consiste no reaquecimento das peças temperadas a
temperaturas situadas abaixo da linha inferior de
transformação do aço;

• Alivia as tensões internas, corrige as excessivas


dureza e fragilidade do material, aumentando a sua
ductilidade e resistência ao choque.
11.7 Revenido

Figura 11.13 – Diagrama tensão-


deformação.
11.7 Revenido
Tabela 11.1 – Modificações estruturais no revenido, de
acordo com a temperatura.
Temperatura Modificações

De 100 a 200 ºC Não há modificação estrutural sensível.

O aço começa a perder mais dureza, embora não se verifique nenhuma


De 200 a 250 ºC
modificação estrutural.

Inicia-se uma precipitação de carbonetos finos, originando uma estrutura


De 260 a 360 ºC com a aparência de um agregado escuro. Esta estrutura é as vezes
chamada troostita. A dureza continua caindo.

Ocorrem as maiores transformações estruturais e mecânicas. Quanto mais


elevada a temperatura, mais grossas se tornam as partículas de
De 360 a 730 ºC
cementita precipitada, as quais ficam visíveis numa matriz ferrítica,
chamadas normalmente de sorbita. A dureza cai.
11.7 Revenido

Figura 11.14 – Efeito da temperatura de revenido no aço 1045 temperado.


11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.8 Martêmpera
• Tratamento isotérmico;

• Visa a obtenção da martensita, porém em


condições diferentes da têmpera normal;

• Diminui-se a velocidade de esfriamento de modo a


ter-se uniformização da temperatura em toda a
seção das peça;

• Diminuir o empenamento e as tensões internas,


melhora as propriedades de resistência ao
choque;

• Após a martêmpera, deve ser feito o revenimento.


11.8 Martêmpera

Figura 11.16 – Diagrama isotérmico da martêmpera.


11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.9 Austêmpera
• Tratamento isotérmico;

• Visa obter a estrutura bainita no aço, que não é tão


dura quanto a martensita, porém é mais tenaz.

• Assim, a bainita substitui a martensita revenida;

• Dispensa o revenido posterior;

• Os aços indicados para a operação de austêmpera


devem possuir elevado teor de carbono juntamente
com determinados elementos de liga que desloquem
as curvas em C para a direita o suficiente.
11.9 Austêmpera

Figura 11.17 – Diagrama isotérmico da austêmpera.


11.9 Austêmpera
Tabela 11.2 – Propriedades mecânicas do aço SAE 1095.
Resistência
ao
Amostr Dureza choque
Tratamento Alongamento [%]
a [R.C.]
Kgf.
Joule
m

1 Temperado em água e revenido 53 1,66 16,3 0

2 Temperado em água e revenido 52,5 1,94 19,0 0

3 Martemperado e revenido 53 3,88 38,1 0

4 Martemperado e revenido 52,8 3,32 32,6 0

5 Austemperado 52 6,23 61,1 11

6 Austemperado 52,3 5,54 54,3 8


11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.10 Têmpera Superficial
• Consiste em produzir uma têmpera localizada apenas
na superfície das peças de aço;

• Objetiva-se apenas a criação de uma superfície dura


e de grande resistência ao desgaste.
11.10 Têmpera Superficial

Figura 11.18 – Representação esquemática dos processos


principais de têmpera superficial
11.10 Têmpera Superficial

Figura 11.19 – Formas típicas


de bobinas de indução para
têmpera por indução.
11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.11 Tratamento
Termoquímico
• Visam o endurecimento superficial dos aços, pela
modificação parcial da sua composição química nas
seções que se deseja endurecer;

• O objetivo principal é aumentar a dureza e a


resistência ao desgaste superficial ao mesmo tempo
em que o núcleo do material permanece dúctil e
tenaz.
11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
• 11.8 Martêmpera
• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.12 Cementação
• Consiste na introdução de carbono na superfície do
aço;

• Depois de temperado apresenta uma superfície muito


mais dura;

• A profundidade de penetração do carbono depende


da temperatura e do tempo;

• Devem elevar o teor superficial de carbono até 0,8%


ou 1,0%;

• A cementação é um fenômeno de difusão.


11.12 Cementação

Figura 11.20 – Influência do tempo e da temperatura na


penetração superficial do carbono
11.12 Cementação

Figura 11.21 – Gradiente de carbono obtido em cementação durante 4


horas, a 1050 ºC
11.12 Cementação

Figura 11.22 –
Profundidade de
cementação obtida em aço
AISI 4615
11.12 Cementação
Outros fatores, além da temperatura e do tempo, influem
na velocidade de enriquecimento superficial do carbono:

• Teor inicial de carbono: quanto menor, maior a velocidade


de carbonetação.

• Coeficiente de difusão do carbono no aço: a velocidade de


difusão do carbono no ferro gama depende do coeficiente
de difusão, que por sua vez, depende da temperatura e da
concentração de carbono.

• Natureza do agente carbonetante.


11.12 Cementação
Aços para cementação:

• baixo carbono;

• preferivelmente uma granulação fina;

• Aços de granulação fina exigem normalmente uma


única operação de têmpera
11.12 Cementação
Cementação sólida:

• É o mais simples;

• Não proporciona o melhor controle da camada


cementada dentro de tolerâncias rigorosas, nem do
teor de carbono superficial;

• Muito empregado.
11.12 Cementação
Cementação a gás:

• os agentes carbonetantes são monóxido de


carbono (CO) e os gases metano, etano, propano
e derivados de hidrocarbonetos;
• É mais oneroso e exige controle mais rigoroso
que a cementação sólida;
• Permite a cementação de peças mais delicadas;
• Teor de carbono e espessura da camada
cementada mais uniforme;
• Apresenta maior velocidade de penetração de
carbono;
• Previne a oxidação das peças, pois os gases
empregados são protetores.
11.12 Cementação
Cementação líquida:

• o meio carburizante é um sal;

• A cementação líquida apresenta as mesmas


vantagens da cementação a gás;

• Deve-se preferir a têmpera direta (o sal aderente às


peças não as protege suficientemente, correndo-se o
risco de oxidação).
11 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
E TERMOQUÍMICOS
• 11.1 Introdução
• 11.2 Variáveis
• 11.3 Recozimento
• 11.4 Normalização
• 11.5 Esferoidização
• 11.6 Têmpera
• 11.7 Revenido
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• 11.9 Austêmpera
• 11.10 Têmpera Superficial
• 11.11 Tratamento Termoquímico
• 11.12 Cementação
• 11.13 Nitretação
11.13 Nitretação
• O endurecimento superficial é promovido pelo
nitrogênio;

• Ocorre a difusão a partir da superfície das


peças para o seu interior;

• Forma nitretos de elevadas dureza e resistência


ao desgaste;

• Não requer têmpera posterior, pois o


endurecimento obtido não envolve a formação
de martensita.
11.13 Nitretação
Objetivos:

• produzir superfície de alta dureza e resistência


ao desgaste;

• melhorar a resistência à fadiga;

• melhorar a resistência à corrosão;

• melhorar a resistência ao calor até


temperaturas equivalentes à da nitretação.
11.13 Nitretação
Nitretação a gás:

• O meio nitretante é a amônia;

• A temperatura de nitretação está entre 500º e


570ºC;

• O tempo varia geralmente de 48 a 72 horas;

• a espessura da camada nitretada dificilmente


ultrapassa 0,8 mm.
11.13 Nitretação

Figura 11.23 – Efeito da temperatura de nitretação a gás


11.13 Nitretação
Nitretação líquida:
• o meio nitretante é uma mistura de sais;

• O tempo é normalmente menor que a nitretação a


gás;

• As curvas obtidas (próxima figura) revelam que, pelo


menos nas primeiras seis horas, a nitretação líquida é
mais eficiente, sob o ponto de vista de resistência a
fadiga.
11.13 Nitretação

Figura 11.24 – Curvas comparativas do limite de fadiga na nitretação

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