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Plano de Manejo Uc Parque Jardim Botanico

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PREFEITA MUNICIPAL DE SINOP

Rosana Tereza Martinelli

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL
Ivete Mallmann Franke

COORDENADOR GERAL DO PLANO DE MANEJO


Rafael Soares de Arruda
Docente UFMT - Câmpus Sinop

COORDENADORAS EXECUTIVAS DO PLANO DE MANEJO


Christine Steiner São Bernardo
Pesquisadora Associada UFMT - Câmpus Sinop

Vanessa de Almeida Raia


Pesquisadora Associada UFMT - Câmpus Sinop

Sinop, Dezembro de 2020


AUXÍLIO À COORDENAÇÃO EXECUTIVA DO PLANO DE MANEJO
Ailton Santiago Oliveira – SDS
Bruna Maia de Freitas – SDS
Cristiane Cesco Diel – SDS
Ivete Mallmann Franke - SDS
Leonardo Jhulio Favero Lopes de Abreu - UFMT - Câmpus Sinop
Sérgio Mendes de Almeida - Prefeitura Municipal de Sinop - PNMF
Valdeci Pinheiro Jardim - Prefeitura Municipal de Sinop – PNMF

REVISÃO GERAL
Adriano Joel Sattler- SDS
Aline Magioni Gonçalves - SDS
Cristiane Cesco Diel- SDS
Graciela Decian Zanon- SDS
Gustavo Rodrigues Canale – UFMT Câmpus Sinop
Jeferson Odair Diel - UNEMAT – Câmpus Sinop
Juliano de Paulo dos Santos – UFMT Câmpus Sinop
Letícia Vallezzi Muller Seger- SDS

COMITÊ TÉCNICO-CIENTÍFICO
Arlindo de Paula M. Neto – Docente UFMT Câmpus Sinop (Incêndios/ Planejamento)
Bruna Vivian Miguel – Discente UFMT Câmpus Sinop (Avifauna/Mamíferos)
Dienefe Rafaela Giacoppini – Discente UFMT Câmpus Sinop (Incêndios/Vegetação)
Gustavo Rodrigues Canale– Docente UFMT Câmpus Sinop (Mamíferos/Planejamento)
Ivaldo Sergio Da Silveira – Cientista-Cidadão (Avifauna)
Juliano de Paulo dos Santos – Docente UFMT Câmpus Sinop (Vegetação/Aspectos
Físicos/Planejamento)
Mariana Nani Pinheiro De Souza – Discente UNEMAT Câmpus Cáceres (Mamíferos)
Pedro Henrique D. Sandmann – Discente UFMT Câmpus Sinop (Mamíferos/ Aspectos
Físicos)

PARTICIPANTES EM REUNIÕES
Ana Lúcia Tourinho – Pesquisadora Associada UFMT Câmpus Sinop
Andre Luiz Zanini* – Colonizadora Sinop
Angele T. Martins Oliveira – Projeto Arborescer UFMT Câmpus Sinop
Baltazar Casagrande* – SEDUC- MT
Caciara Gonzatto Maciel – UFMT Câmpus Sinop
Carlos Antônio M. da Cruz – Projeto Arborescer UFMT Câmpus Sinop
Caroline Mari de Oliveira Galina – PPGCA/UNEMAT Câmpus Sinop
Carlos Vinícius Vieira – APEES Sinop
Cristian Martorello* – Águas de Sinop
Dirceu Lucio C. de Miranda – UFMT Câmpus Sinop
Edneuza Alves Trugillo* - UNEMAT Câmpus Sinop
Edvaldo Bezerra Gama - Prefeitura Municipal de Sinop - PNMJB
Elaine Dione V. da Conceição - UFMT Câmpus Sinop
Fábio Henrique Della Justina do Carmo – PPGCAF/UFRRJ
Florides Berti Junior – APEES Sinop
Genivaldo R. Sobrinho* - UNEMAT Câmpus Sinop
Handrey Borges Araujo - UFMT Câmpus Sinop
Hebert Rondon Pereira da Silva* – IBAMA
Ingo Isernhagen – EMBRAPA agrosilvipastoril
Ivana de Avila Bastos – Floresta Urbana
Ivete Mallmann Franke - SDS
Janaina da Costa de Noronha – UFMT Câmpus Sinop
Jeferson Odair Diel – APEES/ UNEMAT Câmpus Sinop
Jessica Caroline Silva – SDS
Jessika Fernanda Nunes Ferreira – UFMT Câmpus Sinop
João Carlos Girardi* - ADESTEC
Juliana Inês Weber* - CNEC
Katiuscia C. de Carvalho*- Prefeitura Municipal de Sinop
Keila Cinthia da Silva Andrade - Escola Estadual Professora Zeni Vieira
Lucas Campos – Colégio Jean Piaget
Luziane de Abreu Nachbar* – ETE Sinop (SECITEC)
Marciane da Silva e Silva – Discente UFMT
Marilza Luzia de Oliveira Morais – Unemat Câmpus Sinop
Maristela Volpato – PPGCAF/UFRRJ
Milton Malheiros – Floresta Urbana
Milton Mauad* - SECITEC
Onice Teresinha Dall'oglio - UFMT Câmpus Sinop
Pastor Amador Mojena – Floresta Urbana
Paula Andrade Moreira - UFMT Câmpus Sinop
Rafaella Teles Arantes Felipe – UFMT
Reginaldo Vieira da Costa* - CEFAPRO/SEDUC
Rodrigo Colucci – Grupo Escoteiro Urubitinga – 18/MT
Rogerio B. Godoy* – Colonizadora Sinop
Rozangela Cristina Alves de Oliveira - SEDUC-MT
Suzana Prudente Corrêa – Colégio Jean Piaget
Tania Maria de Carvalho - UFMT Câmpus Sinop
Tiago Henicka – SEDUC-MT
*Representantes de instituições que constituem o Conselho Consultivo do PNMJB (Lei nº 2753
de 23 de setembro de 2019)

MEDIAÇÃO DE REUNIÕES
Christine Steiner São Bernardo - Pesquisadora Associada UFMT - Câmpus Sinop
Vanessa de Almeida Raia - Pesquisadora Associada UFMT - Câmpus Sinop

APOIO
Rádio 93 FM

FOTO DA CAPA
Araras-canindé Ara ararauna voando próximas à palmeira Buriti Mauritia flexuosa L.f.
(autor: Gustavo R. Canale).
Sumário

Página
Parte I - Diagnóstico
1. APRESENTAÇÃO……….……………………………….………………………….. 9
2. FICHA TÉCNICA………………………………………..………………….……….. 12
3. MISSÃO……………………………………….……….……………………….……….. 14
4. VISÃO…………………………………………………………………………..……….. 14
5. DECLARAÇÃO DE SIGNIFICÂNCIA……………………………….……….. 14
6. OBJETIVOS…………………………………………………………………..……….. 16
7. LEGISLAÇÃO PERTINENTE………………………….……………….……….. 17
8. ENFOQUE ESTADUAL DO PNMJB………………………………………….. 20
9. ANÁLISE DO PNMJB E ENTORNO………….………………………………. 21
9.1. HISTÓRICO DA REGIÃO……………………………………………………... 21
9.2. HISTÓRICO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO PNMJB..….. 23
9.3. INFRAESTRUTURA DO PNMJB……………………………………………. 25
9.4. POTENCIAL DE APOIO À UNIDADE DE CONSERVAÇÃO…….. 26
9.5. ASPECTOS FÍSICOS E ECOLÓGICOS…………………………………….. 27
9.5.1. Hidrografia……………………………………………………….………………… 27
9.5.2. Clima…………………………………………………………………………………. 30
9.5.3. Vegetação……………………………………………………………………………. 32
9.5.4. Invertebrados……………………………………………………….……………… 37
9.5.5. Aves…………………………………………………………………………………… 38
9.5.6. Mamíferos……..……………………………………………………………………. 39
9.5.7. Ameaças à fauna…………………………………………………………………… 43
Parte II - Planejamento
10. HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO…………………………………………. 46
11. ANÁLISE ESTRATÉGICA……………………………………………………….. 47
12. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PNMJB……………………………….. 53
13. ZONEAMENTO
13.1. Tipos de zonas de manejo e critérios utilizados…………………………… 53
13.2. Zonas de manejo internas do PNMJB……………………………………….. 57
13.3. Zona de amortecimento…………………………………………………………. 96
14. NORMAS GERAIS DA UC………………………………………………………. 98
15. PROGRAMAS DE GESTÃO…………………………………………………….. 100
15.1. Programa de Operacionalização……………..………………………………… 102
15.2. Programa de Prevenção e Controle de Incêndios Florestais…………... 104
15.3. Programa de Pesquisa, Monitoramento e Manejo……………………….. 105
15.4. Programa de Uso Público……………………………………………………….. 114
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………….. 120
ANEXOS……………………………………….…………………………………………… 125
APÊNDICE……………………………………….………………………………………… 140
SIGLAS
a.n.m. – Ao nível do mar
APEES – Associação do Parque Ecológico e Esportivo de Sinop
APP – Área de Preservação Permanente
Av. - Avenida
CDB – Convenção da Diversidade Biológica
COMAM – Conselho Municipal de Meio Ambiente de Sinop
GT – grupos de trabalho do Conselho Consultivo do PNMJB
ha - hectares
HOVET – Hospital Veterinário da UFMT
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ICMS – Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços
IFMT – Instituto Federal Mato Grosso
ITR – Imposto sobre a propriedade territorial rural
IUCN – International Union for Conservation of Nature
km - quilômetro
L - leste
m - metro
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MT – Mato Grosso
O – oeste
Pág. – página
PNMF – Parque Natural Municipal Florestal
PNMJB – Parque Natural Municipal Jardim Botânico
RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural
SDS – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
SEDEC – Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Sinop
SEDUC – Secretaria de Estado da Educação de Mato Grosso
SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso
SECITEC – Escola Técnica Estadual de Educação Profissional e Tecnológica
SMEEC – Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura
SMS – Secretaria Municipal de Saúde
SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação
UC – Unidade de Conservação
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso
UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso
Parte I - Diagnóstico

Nesta foto, o Udu-de-coroa-azul (Momotus momota), que ocorre no Parque Natural


Municipal Jardim Botânico, está se alimentando de um pequeno anfíbio (Foto:
Antonino Gonçalves Medina). É um bom exemplo da importância do parque e outras
áreas verdes de Sinop em manter a biodiversidade e suas interações ecológicas, e
simboliza o potencial turístico de observação de fauna do município.
1. APRESENTAÇÃO
O Parque Natural Municipal Jardim Botânico (PNMJB) é composto por três
remanescentes florestais que totalizam 90,9 ha: R-01 (21 ha), R-02 (21,2 ha) e R-03 (48,7
ha)1. Localiza-se na margem direita do Alto Teles Pires, na região sul da cidade de Sinop,
norte do MT-Brasil (Figura 1). O PNMJB faz parte de um corredor de biodiversidade
ligado à mata ciliar do Rio Teles Pires, sendo esta conexão interrompida em dois trechos
(futura Av. Oscar Niemeyer e Av. Itaúbas). O entorno do parque é urbanizado, com
presença de loteamentos ainda com solo exposto, com pegadas de animais como
capivara, anta e tamanduá-bandeira. A R-3 é isolada da R-2 pela Av. Itaúbas, uma avenida
asfaltada de cerca de 40 m de largura, com intenso fluxo de veículos durante o dia, e
maior movimento de pedestres e ciclistas das 17h às 20h na ilha central da avenida, por
conta do calçadão de pedestres e ciclovia.
O PNMJB é a segunda área protegida (unidade de conservação) criada no
município de Sinop, sendo o Parque Natural Municipal Florestal a primeira, em 2014.
Este Plano de Manejo é um documento que norteará as ações do Conselho Consultivo
do PNMJB e Grupos de Trabalho (GTs) que eventualmente poderão se formar. O leitor
interessado em participar de algum GT para auxiliar na implementação deste plano de
manejo e das reuniões do conselho pode obter mais informações junto à Secretaria de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Sinop (SDS). A gestão de uma
unidade de conservação é participativa e é um ato de cidadania.
Em 2018, este parque foi declarado uma unidade de conservação de proteção
integral, incluída na categoria “Parque Natural Municipal”. Esta categoria segue as
mesmas leis destinadas à categoria de “Parque Nacional”, de acordo com o artigo 11 da
lei federal nº. 9985/20002 e parágrafo 4:

“ Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de


ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a
realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e
interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo
ecológico.”
“§ 4º As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município,
serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal”.

9
Figura 1. Localização do Parque Natural Municipal Jardim Botânico (PNMJB), Sinop, MT, Brasil,
com seus limites representados pelos polígonos de contorno vermelho (canto superior direito).

Toda unidade de conservação necessita de um plano de manejo, um documento


técnico que assegura o cumprimento de seus objetivos estabelecidos em lei. Um plano de
manejo contém informações sobre o local, o entorno e os corredores ecológicos, o
zoneamento e planejamento de ações futuras de proteção da biodiversidade, manejo,
melhorias na infraestrutura de visitação, pesquisa e monitoramento, sempre respeitando
a legislação que cria a unidade de conservação1,2.

10
*Parte do material de divulgação feito pela equipe de elaboração do plano de manejo do PNMJB
como fase preparatória de oficinas participativas.

11
2. FICHA TÉCNICA

Ficha Técnica - Parque Natural Municipal Jardim Botânico (PNMJB)


ADMINISTRAÇÃO
Nome da unidade: Parque Natural Municipal Jardim Botânico
Endereço da sede: Av. Flamboyants, entrada em frente à rotatória com Av. Acácias, Bairro
Jardim Botânico, CEP 78557-673, Sinop-MT
Telefone: +55 (66) 3511-1876
Recursos humanos: O parque conta com 11 servidores públicos efetivos e três contratados
pela cooperativa COOPSERVS.
Infraestrutura atual: porteira de madeira na entrada principal, campo de futebol gramado,
estacionamento, sede administrativa com banheiro misto e bebedouro, barracão, viveiro de
mudas, poço de água, caixa d’água, quiosque. Estas infraestruturas encontram-se embaixo da
copa de árvores e o solo não é pavimentado, garantindo a absorção da água pluvial pelo solo.
No entorno da R-3 e R-2 há calçadão para caminhada e ciclovia com iluminação no canteiro
central da Av. Itaúbas. No entorno da R-1 há calçadão para caminhada e ciclovia com
iluminação no bairro Jardim Belo Horizonte.
Chefia da unidade
Nome: Ivete Mallmann Franke
Nível de instrução: Superior Completo
Tempo no cargo: Gestão 2017-2020
Vínculo com a SDS: Secretária municipal – Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável de Sinop (SDS)
A UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
Data de criação: 06 de setembro de 2018 (Lei 2606/2018)
Objetivos da UC: preservar e recuperar os ecossistemas naturais de grande relevância
ecológica e beleza cênica existentes, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em
contato com a natureza e de turismo ecológico (Lei 2606/2018).
Municípios abrangidos: Sinop
Situação fundiária: ( ) Não regularizada ( x ) Regularizada integralmente
( ) Regularizada parcialmente
Altitude (mínima-máxima): 200 - 400 m a.n.m.

12
Coordenadas do quadrante
Ponto superior esquerdo: 660648L, 8686657S; Ponto central esquerdo: 660649L, 8686499S;
Ponto inferior esquerdo: 660808L, 8686317S; Ponto superior direito: 662557L, 8687218S;
Ponto central direito: 662619L, 8686828; Ponto inferior direito: 662342L, 8686693S.
Sistema de referência de coordenadas projetadas: WGS84 - UTM 21S
Relevância: abriga representantes da fauna e flora dos biomas Amazônia e Cerrado por estar
localizada em área de transição (ecótono).
Biomas: Amazônia e Cerrado
Ecossistema: Florestas urbanas, ecossistema terrestre e aquático
Plano de manejo anterior: ( ) sim ( x ) não
Principais problemas: isolamento dos remanescentes florestais do PNMJB devido à existência
de avenidas asfaltadas e linhão de transmissão de energia, descarte de resíduos sólidos no
interior dos remanescentes florestais, erosão do solo e assoreamento de corpos d’água devido à
rede de drenagem construída para drenar águas pluvais, alimentação da fauna por visitantes
no interior e no entorno do parque, presença de usuários de entorpecentes, falta de segurança
e vulnerabilidade a vandalismo, que pode ocasionar incêndios florestais, falta de
infraestrutura no perímetro do parque, como calçada para caminhada com iluminação.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA O VISITANTE
Período de visitação e Atrativos
O parque pode ser visitado o ano todo. Atrativos: caminhada pela trilha principal para
observação da flora e da fauna arborícola, terrestre e aquática, visita ao viveiro de mudas
Roque Canelli, vista do lago, locais sombreados com árvores altas, garantindo microclima com
temperatura mais amena, visita a áreas de restauração florestal para observar diferentes
técnicas e situações ambientais do parque.
Atividades Desenvolvidas
-Aulas práticas ao ar livre com alunos de instituições de ensino e pesquisa locais. Ex.: UFMT,
UNEMAT, Escola Municipal de Educação Básica Basiliano do Carmo de Jesus, Escola
Adventista, SECITEC, IFMT, entre outras;
-Observação de Aves (https://www.wikiaves.com.br/municipio_5107909);
-Atividades de educação ambiental e arborização. Ex: Floresta Urbana (Instagram:
@florestaurbanasinop);
-Práticas de mountain bike e atividades de educação ambiental. Ex: APEES
(http://apees.com.br//);
-Práticas de escotismo, com desenvolvimento social físico e espiritual de jovens com atividades
ao ar livre. Ex.: Grupo de Escoteiro Urubitinga-18/MT (Instagram: @ge_urubitinga_18_mt).

13
3. MISSÃO
Conservar a biodiversidade da floresta de transição Amazônia-Cerrado,
proporcionando saúde, informação e lazer aos visitantes, através do turismo ecológico,
educação ambiental, pesquisa científica e incentivo à prática esportiva.

4. VISÃO
Ser um Parque Natural Municipal exemplo e modelo de conservação da
biodiversidade e de boas práticas sustentáveis, como restauração florestal e
preferencialmente bioconstruções baseadas em princípios de permacultura,
proporcionando interação com a comunidade local, pesquisa científica, desenvolvimento
sustentável e sensibilização ambiental das presentes e futuras gerações.

5. DECLARAÇÃO DE SIGNIFICÂNCIA
As declarações de significância justificam o PNMJB como uma Unidade de
Conservação (UC) e estão associadas diretamente à missão e à visão do parque e a sua
importância regional. Além disso, as declarações são importantes nas tomadas de decisão
que envolvam o manejo dos recursos naturais e o planejamento de ações no parque, pois
os valores e os aspectos regionais mais importantes do PNMJB devem ser mantidos no
centro das decisões. Podem ser citados dez aspectos de significância:

 Conservação de ecossistemas terrestres e aquáticos, que proporcionam abrigo para a


fauna e flora nativas da região;
 Abrigo para no mínimo 68 espécies de árvores, 13 espécies de mamíferos silvestres
de médio e grande porte, incluindo espécies ameaçadas de extinção, e no mínimo 85
espécies de aves. Esses grupos de fauna executam serviços ecossistêmicos importantes
como a dispersão de sementes e a polinização;
 Proteção das nascentes do Córrego Nilza;
 Desfrute do tempo livre das pessoas em meio à natureza e promoção da socialização
da comunidade Sinopense;
 Promoção de lazer aos visitantes através do turismo ecológico, no qual a
biodiversidade, suas interações ecológicas e a beleza cênica do local são os principais
atrativos;
 Ambiente propício à realização de pesquisas que levem em conta as interações
ecológicas que compõem as complexas relações de um ambiente florestal em meio
urbano;

14
 Local estratégico para a disseminação de conhecimento, como os conceitos
ecológicos e boas práticas visando a sensibilização ambiental ao ar livre;
 Local propício para aulas de campo relacionadas ao meio ambiente, como
restauração florestal, manejo e conservação da biodiversidade, do solo e da água;
 Contribuição para a melhoria da qualidade de vida e saúde da população do
entorno e de visitantes, uma vez que é um local que remete à tranquilidade e
relaxamento, devido ao contato com a natureza e ao microclima agradável;
 Local determinante para a contemplação da natureza e meditação, e prática de
atividades físicas em áreas de zoneamento específicas do parque, o que contribui
para reduzir o sedentarismo e diminuir as tensões do cotidiano urbano.

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*Parte do material de divulgação feito pela equipe de elaboração do plano de manejo do PNMJB
como fase preparatória de oficinas participativas.

6. OBJETIVOS

O objetivo básico do PNMJB é “preservar e recuperar os ecossistemas naturais de


grande relevância ecológica e beleza cênica existentes, possibilitando a realização de
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação
ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico” (lei nº.
2606/2018)1.
Cabe ressaltar que a categoria “Parque Natural Municipal” pertence ao grupo de
unidades de conservação de proteção integral, e segue as mesmas normativas de um
“Parque Nacional”, tendo objetivo básico de “preservar a natureza, sendo admitido
apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta
lei” (artigo 7 e parágrafo 1, lei federal nº. 9985/20002).

Objetivos específicos:
- Garantir a proteção da fauna, flora e suas interações ecológicas, bem como das
nascentes e microclima do entorno;
- Melhorar a qualidade de vida da população;
- Ampliar a eficiência da gestão pública na conservação do parque;
- Sensibilizar a população para a importância das unidades de conservação e áreas
verdes urbanas na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

7. LEGISLAÇÃO PERTINENTE

Os dispositivos legais que possuem relação direta ou indireta entre o PNMJB e o


município de Sinop, estado de Mato Grosso ou Brasil são apresentados nesta seção
(Tabela 1).
A lei municipal nº. 2606/2018 que cria o PNMJB 1 apresenta uma inconsistência,
que precisa ser corrigida oficialmente. Em seu artigo 4, é mencionado equivocadamente
o artigo 20 da lei federal nº. 9985/2000 2, que dispõe sobre a categoria de unidade de
conservação de uso sustentável denominada Reserva de Desenvolvimento Sustentável.
No entanto, é o artigo 11 da lei federal nº. 9985/2000 2 que dispõe sobre Parques
Nacionais/ Parques Naturais Municipais e que, portanto, deve ser mencionado na
referida lei municipal que cria o PNMJB. Assim, recomenda-se publicar novamente a lei,
mencionando o artigo 11 da lei federal em errata para sanar o equívoco.

16
Tabela 1. Legislação federal, estadual e municipal que possuem relação direta ou indireta com o Parque
Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop, MT, Brasil.

Dispositivos legais Assunto


INTERNACIONAL

Convenção sobre a diversidade biológica Tratado da Organização das Nações Unidas, que se estrutura
(CDB) na conservação da diversidade biológica, uso sustentável da
biodiversidade e repartição justa e equitativa dos benefícios
provenientes dos recursos genéticos
FEDERAL
Lei nº 5197 de 3 de janeiro de 1967 Código de Proteção à Fauna
Lei nº 6938 de 31 de agosto de 1981 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente
Constituição da República Federativa do Institui um Estado Democrático, destinado a assegurar o
Brasil de 5 de outubro de 1988 exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a
justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a
solução pacífica das controvérsias
Decreto nº 99274 de 6 de junho de Regulamenta a Política Nacional do Meio Ambiente e
1990 dispõe sobre a estrutura e funcionamento do SISNAMA
(Sistema Nacional do Meio Ambiente)
Resolução CONAMA nº 13 de 6 de Dispõe sobre a identificação e licenciamento de atividades
dezembro de 1990 num raio de dez quilômetros das Unidades de Conservação
que possam afetar a biota
Decreto nº 2 de 3 de fevereiro de 1994 Aprova o texto da CDB, assinada durante a Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
realizada no Rio de Janeiro em 1992
Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências
Decreto nº 2519 de 16 de março de 1998 Promulga a CDB
Lei nº 9985 de 18 de julho de 2000 Regulamenta o art. 225, § 1º, inciso I, II, III e IV da
Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza - SNUC
Decreto nº 4339 de 22 de agosto de 2002 Institui os princípios e diretrizes para a implementação da
Política Nacional da Biodiversidade, tendo em vista os
compromissos assumidos pelo Brasil ao assinar a CDB

Decreto nº 4340 de 22 de agosto de 2002 Regulamenta artigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de


2000, que dispõe sobre o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da

17
Natureza - SNUC
Decreto nº 5746 de 5 de abril de 2006 Regulamenta o art.21 da Lei nº 9985 de 18 de julho de
2000, que dispõe sobre o SNUC
Decreto nº 5758 de 13 de abril de Institui o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas –
2006 PNAP
Resolução CONAMA nº 369 de 28 de Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública,
março de 2006 interesse social ou baixo impacto ambiental, que
possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em
APP
Decreto Federal nº 6514 de 22 de julho de Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio
2008 ambiente, estabelece o processo administrativo federal para
apuração destas infrações, e dá outras providências
Resolução CONAMA nº 428 de 17 de Dispõe sobre a autorização e ciência do órgão responsável
dezembro de 2010 pela administração da UC no caso de licenciamento
ambiental de empreendimentos e dá outras providências
Lei nº 12651 de 25 de maio de 2012 Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa do Brasil; altera
as Leis nº 6938, 9393 e 11428; revoga as Leis nº 4771 e 7754
e a Medida Provisória nº 2166
ESTADUAL
Constituição do estado de Mato Grosso Seção IV- da repartição das receitas tributárias
de 5 de outubro de 1989
Lei Complementar nº 38 de 21 de Dispõe sobre o Código Estadual do Meio Ambiente e dá
novembro de 1995 outras providências
Lei Complementar nº 73 de 7 Dispõe sobre os critérios de distribuição da parcela de
dedezembro de 2000 receita do ICMS pertencente aos municípios, referente ao
ICMS ecológico no estado de Mato Grosso
Decreto nº 2758 de 16 de julho de2001 Regulamenta o artigo 8º da Lei Complementar 73/00.
Regulamenta o critério ambiental (unidades de conservação
e terras indígenas) para distribuição de parcela do ICMS dos
municípios de Mato Grosso
Decreto nº 1.795 de 4 de novembro de Dispõe sobre o Sistema Estadual de Unidades de
1997 e Lei nº 9.502 de 14 de janeiro de Conservação do Mato Grosso
2011
Decreto nº 76 de 03 de abril de 2019 Revoga o parágrafo único do art. 2º e o art. 7º do Decreto nº
2758 de 16 de julho de 2001
MUNICIPAL
Lei orgânica municipal de Sinop nº 1 de Dispõe sobe a lei orgânica do município de Sinop
05 de abril de 1990
Emenda à Lei orgânica municipal de Considera o PNMJB e outras áreas verdes como áreas de
Sinop nº 2 de 11 de junho de 1990 preservação permanente no projeto de loteamento urbano
da cidade.
Emenda à Lei orgânica municipal de Designa o PNMJB e outras áreas verdes como áreas com fins

18
Sinop nº 13 de 2004 de promover o desenvolvimento da pesquisa e do ensino.
Lei nº 866 de 25 de agosto de 2005 Dá nome de “Roque Canelli” ao Viveiro de Mudas
Municipal
Lei complementar nº 029 de 18 de Dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento
dezembro de 2006 Estratégico de Sinop
Lei complementar nº 116 de 14 de Dispõe sobre o Código Municipal de Meio Ambiente de
dezembro de 2015 Sinop
Lei nº 2606 de 6 de setembro de 2018 Transforma o parque Jardim Botânico em unidade de
conservação na categoria “Parque Natural Municipal”
Lei nº 2753 de 23 de setembro de 2019 Cria o Conselho Consultivo do PNMJB
Decreto nº 13 de 21 de janeiro de 2020 Dispõe sobre a nomeação dos membros do Conselho
Consultivo do PNMJB

8. ENFOQUE ESTADUAL DO PNMJB

Existem atualmente 111 unidades de conservação com ato legal de criação no


estado do MT, das quais 61 são de proteção integral e 50 de uso sustentável 3,4. O PNMJB
é uma das 43 unidades de conservação municipais existentes no MT (Figura 2, Anexo A).
Como qualquer unidade de conservação municipal, o PNMJB pode trazer benefícios
econômicos ao município, por meio do ICMS Ecológico, uma verba estadual derivada do
imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS). Um dos critérios para
redistribuição deste recurso financeiro aos municípios é a quantidade de florestas
protegidas legalmente5,6,7.

19
Figura 2. Unidades de Conservação do estado de Mato Grosso, indicando a localização do Parque
Natural Municipal Jardim Botânico (ID=2), município de Sinop, norte do MT, Brasil. Informação sobre
demais números podem ser encontrados no Anexo A.

9. ANÁLISE DO PNMJB E ENTORNO

9.1. HISTÓRICO DA REGIÃO


A zona urbana de Sinop, onde insere-se o PNMJB, é resultado da ocupação das
margens da rodovia BR 163 na década de 1970 por famílias que viviam em sua grande
maioria na região sul do Brasil, estimuladas pelo Plano de Integração Nacional, que
iniciou a política de ocupação da Amazônia Legal brasileira 8,9,10. Nesta época, povos
indígenas da etnia Kawaiweté (também chamados de Kaiabi), que habitavam
tradicionalmente esta região, entre outras etnias, já haviam sido levados pelos irmãos
Villas Bôas ao Parque Indígena Xingu11. Na década de 1950, grande parte do território
deles foi dividido em glebas e alienado pelo governo do estado de Mato Grosso para fins
de colonização. Assim, os Kawaiweté corriam risco de desagregação social e sofriam
redução em suas populações naquela época, principalmente provocados pelo contato
com seringueiros e garimpeiros em território indígena tradicional localizado na Bacia do
Teles Pires11 (Figura 3).

20
Na década de 1970, o projeto estrutural da cidade de Sinop 12 contemplava
proteger algumas florestas urbanas, como as reservas R-01, R-02 e R-03 (denominado
Parque Municipal Jardim Botânico desde 2009 13 e Parque Natural Municipal Jardim
Botânico desde 20181), bem como as reservas R-07 (Parque Ecológico Marlene,
conhecido como mata da UNEMAT), R-10, R-11 e R-12 (denominado Parque Natural
Municipal Florestal desde 2014). Estas áreas foram destinadas à preservação permanente
em 199014. Porém, as imagens satélite revelam que houve drástica redução de florestas
entre 1990 e 2000 na região onde insere-se o PNMJB (Figura 4).

Figura 3. Região de ocupação tradicional de povos indígenas no norte do Mato Grosso (em roxo) quando
os irmãos Villa Bôas chegaram ao Xingu. As setas ilustram a trajetória dos povos indígenas até o Parque
Indígena Xingu (em laranja), criado em 1961 11. A região de Sinop está localizada na mancha roxa mais à
esquerda da figura, que simboliza o território tradicional da etnia Kawaiweté.

21
A promoção de desenvolvimento da pesquisa e do ensino nestas áreas verdes é
incentivada pelo município desde 200415. São atividades que podem resultar em
produção e disseminação de conhecimentos importantes para planejar as ações de
manejo e fazer utilização adequada das áreas verdes, respeitando os objetivos de criação
da unidade de conservação.

9.2. HISTÓRICO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO PNMJB


No projeto estrutural da cidade de Sinop, concebido na década de 1970 10, já
estava prevista a fragmentação florestal do PNMJB. Houve um crescimento urbano e
populacional intenso em Sinop desde a década de 1990, que acelerou a degradação do
ambiente no PNMJB e entorno. De fato, Sinop consolidou-se como polo da região norte
de Mato Grosso na década de 1990, devido principalmente à atividade de extrativismo
madeireiro16. Entre 1995 e 2000, a floresta onde inseria-se o PNMJB foi bastante
reduzida devido à urbanização do entorno, dando lugar a loteamentos (Figura 4).
No ano de 2000, o fragmento florestal R-3 já se encontrava isolado dos
fragmentos R-2 e R-1, devido à abertura da Av. Itaúbas (Figura 4). Em 2014 houve a
pavimentação de calçadão para caminhada e ciclovia no canteiro central da Av. Itaúbas,
com plantio de árvores jovens, além de iluminação em 2015.

Figura 4. Histórico de desmatamento e fragmentação florestal do Parque Natural Municipal Jardim


Botânico e seu entorno, município de Sinop-MT, Brasil, de 1990 a 2019. A linha pontilhada representa a
unidade de conservação e seu entorno. As áreas de loteamento ou plantações estão representados na cor
branca.

22
A R-1 e o remanescente florestal mais próximo a esta reserva são separados pelo
linhão de transmissão de energia e pela futura Av. Oscar Niemeyer, atualmente em fase
de terraplanagem. Este remanescente é conectado à mata ciliar do rio Teles Pires (Figura
5), não apresentando ruas e avenidas asfaltadas que possam impedir a movimentação de
espécies de maior porte como mamíferos, que necessitam de grandes áreas de vida para
sobreviver.

Figura 5. Conectividade florestal do entorno do Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop-MT,
Brasil (polígonos laranja-escuro).

Desde 1985 o PNMJB apresenta áreas abertas 10 (Figura 6), caracterizadas


principalmente por capins exóticos de origem africana como Panicum maximum (Jacq.) e
Brachiaria (Trin.) Griseb. Em 1995, as áreas desmatadas na R-3 foram ampliadas, dando
lugar principalmente ao descarte de resíduos sólidos, como ferro-velho, pó de serra
(resíduos de madeira), entulhos de construção, lixo doméstico, pilhas, baterias e rejeitos
sólidos de indústria madeireiras10.

23
Figura 6. Uso e cobertura do solo de 1985 a 2015 no Parque Natural Municipal Jardim Botânico,
município de Sinop-MT, Brasil. Figura modificada dos mapas elaborados por R.B. Medeiros 10.

A maior alteração de uso do solo no entorno do PNMJB ocorreu entre os anos de


1995 e 2005 (Figura 6), quando houve crescimento da área urbanizada. Isso provocou
assoreamento do Córrego Nilza, aumentou a impermeabilização do solo e perda de
vegetação nativa10.

9.3. INFRAESTRUTURA DO PNMJB


A R-3 dispõe de um viveiro municipal, denominado “Roque Canelli” (Figura 7),
em homenagem ao servidor público que o administrou por muitos anos (Lei nº
866/2005). Há um estacionamento não-pavimentado na R-3, na sombra de árvores. Há
um quiosque na área de plantio de espécies nativas e exóticas de uso econômico (ver
seção 9.5.3, figura 14), que pode ser revitalizado como ponto de apoio à visitação.
Atualmente não há banheiro ou bebedouro exclusivo para visitantes, que compartilham
as estruturas básicas destinadas aos funcionários.
Há uma trilha principal na R-3 com cerca de 700m de comprimento e não-
pavimentada. Na R-1 também há trilhas não-pavimentada que somam aproximadamente
1200m de comprimento, atualmente utilizadas para caminhadas por moradores dos
bairros do entorno do parque.

24
Figura 7. Foto acima à esquerda: alunos e professores da Escola Municipal de Educação Básica Basiliano
do Carmo de Jesus em 2016 visitando o Viveiro Municipal Roque Canelli, localizado na R-3, Parque
Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, Brasil. (Fonte:
http://escolabasiliano.blogspot.com/2016/04/viveiro-roque-canelli.html). Acima à direita e fotos no meio:
viveiro localizado em meio a árvores nativas e exóticas de uso econômico, plantadas durante a
administração do Sr. Roque Canelli na década de 1990. Inferior: barracão para abrigo de maquinário e
estacionamento sombreado (Foto: Christine S. S. Bernardo).

9.4. POTENCIAL DE APOIO À UNIDADE DE CONSERVAÇÃO


O entorno do PNMJB é urbanizado e os cinco bairros vizinhos podem oferecer
serviços de apoio à UC, que incluem cinco unidades de saúde, a Escola Técnica Estadual

25
de Educação Profissional e Tecnológica de Sinop (SECITEC) e sete escolas públicas e
privadas (Figura 8). Há quatro delegacias de polícia e um corpo de bombeiros que poder
dar apoio à UC. Além disso, há universidades públicas na cidade de Sinop (câmpus da
UFMT, e dois campi da UNEMAT), além de cinco campi de universidades e faculdades
particulares (Figura 8). Os principais acessos viários são a BR 163 e a MT 222, além do
aeroporto de Sinop.

Figura 8. Serviços de apoio ao Parque Natural Municipal Jardim Botânico (polígonos verde-escuro)
existentes nos bairros do entorno e na cidade de Sinop.

9.5. ASPECTOS FÍSICOS E ECOLÓGICOS

9.5.1. Hidrografia
O PNMJB é banhado pelo córrego Nilza, um dos principais córregos no
perímetro urbano que contribuem significativamente para a Bacia Hidrográfica do Rio
Teles Pires. O córrego Nilza é um afluente do Ribeirão Preto, que deságua no Rio Teles
Pires. As águas do Rio Teles Pires desembocam no Rio Tapajós, pertencente à Bacia
Hidrográfica do Amazonas17,18.

26
A Lei nº 12651 de 25 de maio de 201219 define nascentes como “afloramento
natural do lençol freático que apresenta perenidade e dá início a um curso d’água”. Esta
mesma lei também define áreas de preservação permanente (APP) como “uma área
protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas”. Assim, são APP as áreas dentro de um raio de no mínimo 50 m ao redor de
nascentes, bem como a faixa de no mínimo 30 m de cada lado do córrego Nilza, que
possui largura de até 10 m. A faixa de 30 m de APP também abrange as áreas no entorno
dos lagos e dos campos úmidos do PNMJB (Figura 9).
Na reserva R-3, a equipe de elaboração do plano de manejo registrou afloramento
natural do lençol freático no trecho do córrego Nilza que banha a R-3 e R-1 (Figura 9),
em inspeção em campo tanto na estação chuvosa (fevereiro 2020) quanto no auge da
estação seca (agosto de 2020). Estes afloramentos naturais do lençol freático são
nascentes, segundo a definição da Lei nº 12651 de 25 de maio de 201219. Estas nascentes
se encontram em acelerado estado de degradação, por conta principalmente de
aterramentos, assoreamento devido à retirada da mata ciliar, construção de vias públicas,
extração de cascalho, e contaminação da água e do solo devido ao descarte de resíduos
sólidos10 (Figura 10). Um estudo técnico para catalogar todas as nascentes do PNMJB está
incluso como uma das atividades do Programa de Pesquisa, Monitoramento e Manejo
(ver Seção 15). A existência do PNMJB é relevante para a proteção de ecossistemas de
áreas úmidas, que são importantes por contribuírem para a regulação climática e
manutenção da biodiversidade, além de ampliarem a capacidade de retenção de água da
região.
A R-3 é isolada da R-2 pela Av. Itaúbas, que foi construída em cima de APP, o
que caracteriza uso conflitante por ser área ocupada por empreendimento de utilidade
pública que conflita com os objetivos de uma área protegida (ver seção 13). Em alguns
trechos, o córrego Nilza corre ao lado de barrancos com solo exposto, evidenciando um
dos processos erosivos que ocorre na área por conta do rompimento de uma antiga
barragem na R-1, que havia sido construída para captação de água, degradando as
margens. Era um local com trânsito de maquinário (ex. caminhões), que contribuiu para
a compactação do solo. Os poços com nascentes na R-1 atualmente encontram-se com
resíduos sólidos, assoreamento e eutrofização da água em muitos trechos. As amostras de
água coletada de nascentes em vários pontos do PNMJB apresentaram níveis de
coliformes fecais totais acima do limite estabelecido pela legislação (Resolução
CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005), o que sugere a contaminação de fontes
poluidoras dentro e no entorno do PNMJB 10. Em janeiro de 2020, a Prefeitura

27
Municipal de Sinop encomendou análises de água em diferentes pontos na R-3
(Apêndice).

Figura 9. Localização de indícios de nascentes, cursos d’água e áreas de preservação permanente


(APP) do córrego Nilza no Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop-MT, Brasil. Na
composição desta imagem satélite, a cor verde representa cobertura vegetal e os tons de rosa/roxo
representam solo exposto e construções.

Até meados da década de 1980, era realizada a captação de água da área de uma
das nascentes do córrego Nilza (R-3) para a caixa d’ água central de abastecimento da
cidade18. Em 1989, uma parte deste corpo d’água foi represado para utilizar na irrigação
de mudas e horta do Viveiro Municipal localizado na R-3, além de abastecer caminhões-
pipa para molhar as ruas ainda não-pavimentadas na estação seca 18.

28
Figura 10. Depósito de ferro velho em área próxima a uma nascente da R-3, o Parque Natural
Municipal Jardim Botânico, Sinop-MT, Brasil (foto retirada de Trugillo 2018 10).

9.5.2. Clima
O PNMJB é uma das maiores áreas verdes de Sinop, juntamente com o Parque
Natural Municipal Florestal e a R-7 (Parque Ecológico Marlene). Entre outros benefícios,
as áreas verdes contribuem para amenizar as temperaturas nas áreas de sua influência 20. A
região do PNMJB tem clima equatorial quente úmido, com o período mais seco
concentrando-se entre junho a agosto, e o período de chuvas entre os meses de setembro
a maio17. Durante o período de 2008 a 2018, a temperatura média foi de 26,3 o C e a
precipitação média de 127,8 mm 21. Neste período, a temperatura mínima do mês mais
frio (julho) foi de 16,2o C e a máxima do mês mais quente (setembro) foi de 37,1 o C21
(Figura 11).

29
Figura 11. Dados de armazenamento (A) de água no solo (mm) representados pela linha preta, em Sinop-
MT, de julho de 2015 a março de 2020. Vermelho indica períodos com deficiência (D) de água no solo
(mm) e azul indica períodos com excedente (E) de água no solo (mm) 22.

30
Os dados de armazenamento de água no solo foram registrados de julho de 2015
a março de 202022 (Figura 11) e revelaram que o período de deficiência de água no solo
normalmente se estende de abril a outubro (estação seca). A reposição hídrica do solo
geralmente inicia no mês de outubro (Figura 11). A partir de novembro (início da estação
chuvosa) geralmente ocorre reposição hídrica total do solo. Os dados também indicaram
que o período 2015-2016 apresentou regime atípico de chuvas, pois o início da reposição
hídrica do solo ocorreu tardiamente, em janeiro de 201622.

9.5.3. Vegetação
O PNMJB está situado em área de transição Amazônia-Cerrado, havendo a
presença de espécies vegetais e animais de ambos biomas17. O diagnóstico de avaliação
rápida de vegetação do PNMJB feito pela equipe de elaboração do plano de manejo em
companhia de especialistas. As visitas in loco revelaram no mínimo 68 espécies
pertencentes a 62 gêneros e 30 famílias (Anexo B). Há famílias pouco representadas,
como Fabaceae, Hypericaceae, Annonaceae e Sapindaceae, indicando a necessidade de
estudos de florística, inclusive com parcelas permanentes. Estes estudos são essenciais
para promover a recuperação da estrutura e funcionamento da vegetação nativa.
É notável o predomínio de árvores mais baixas no PNMJB em comparação com
seu corredor de biodiversidade associado, ilustrando maior nível de degradação
ambiental na R-1 e R-2. Uma pequena proporção de floresta com copas de árvores mais
altas se encontra na R-3 (Figura 12), onde foram registrados macacos-aranha-da-cara-
branca, uma espécie de primata ameaçado de extinção no Brasil (Ateles marginatus). Além
deste primata, sauá-de-vieira Plecturocebus vieirai também ocorre nesta porção de floresta,
além de onça-parda Puma concolor, fotografada em 201523 (ver seção 9.5.4). A maioria das
nascentes catalogadas na R-3 ocorre em áreas com árvores mais baixas, em vegetação de
campo úmido (Figura 12).

31
Figura 12. Altura da copa das árvores do Parque Natural Municipal Jardim Botânico e do corredor de
biodiversidade associado a esta unidade de conservação. Quanto mais claro é o tom de verde, menor é a
altura da vegetação24.

De sete áreas verdes de Sinop, a R-3 apresenta o quarto maior valor do índice de
integridade biótica, enquadrada na categoria “regular” devido principalmente à presença
de cipós e clareiras25. Em função da posição geográfica, é esperado que a flora do PNMJB
seja semelhante à do Parque Natural Municipal Florestal e R-7 (Parque Ecológico
Marlene). Nos fragmentos florestais do Parque Florestal há no mínimo 75 espécies
arbóreas26 e na R-7 já foram registradas 113 espécies arbóreas 27, o que reforça a
necessidade de amostragens mais intensivas no PNMJB.
Um mapeamento das diferentes situações ambientais do PNMJB foi feito,
indicando as áreas de preservação permanente (APP), locais com tipos de vegetação
dominante em diferentes estágios sucessionais, áreas de mata nativa e áreas com plantio
de espécies nativas e exóticas de uso econômico, entre outras situações (Figuras 13 e 14,
Tabela 2). A maior parte da R-2 e a R-3 é coberta por florestas, e a R-1 apresenta
tamanho semelhante de áreas cobertas com floresta e capins (Figura 13).

32
Em algumas regiões do PNMJB, em solo onde há resíduos sólidos expostos e
aterrados, há o predomínio de certas espécies arbóreas nativas e exóticas (Figura 14 e
Tabela 2). A sangra d’água Croton urucuruna Baill. é nativa da América do Sul; já a
Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (leucena) é originária das Américas e Ricinus
communis L. (mamona) é originária da África. A cobertura florestal do PNMJB, seja ela
composta de nativas ou exóticas, proporciona conectividade florestal, alimento e abrigo
para espécies de fauna.

Figura 13. Situações ambientais mais comuns no Parque Natural Municipal Jardim Botânico
(PNMJB), Sinop-MT, Brasil. APP= área de preservação permanente.

33
Figura 14. Situações ambientais encontradas no Parque Natural Municipal Jardim Botânico (PNMJB), Sinop-MT, Brasil. APP= área de preservação permanente.
A sangra d’água é uma árvore nativa da América do Sul, muito utilizada na
restauração de matas ciliares por sua tolerância a solos úmidos e seu rápido crescimento
em áreas com intensa luz solar28,29. No PNMJB (R-3), esta espécie regenerou naturalmente
em uma área úmida. Este adensamento populacional proporcionou uma rápida
recuperação da cobertura florestal, sendo fonte de alimento, ninho e abrigo para um
grande número de visitantes florais como abelhas, besouros, formigas e vespas, que
atuam na polinização de flores desta e de outras espécies de árvores 29.
A mamona é uma espécie exótica no Brasil, originária da Etiópia, leste da
30
África , e é usada no Brasil para produção de biodiesel e indústria química e
farmacêutica31,32. No PNMJB (R-3), esta espécie regenerou naturalmente em uma região
de maior altitude onde o solo é mais seco em relação às áreas de baixada do parque. A
mamona é resistente à seca 31 e apresenta uma substância tóxica chamada ricina, com alta
concentração nas sementes, sendo que a ingestão de pólen reduz significativamente a
sobrevivência de abelhas melíferas, importantes polinizadores32.
A leucena é uma espécie exótica pioneira usada em restauração florestal, por
apresentar simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio, o que promove a fertilidade
do solo33,34. Também é amplamente usada como sombra para cultivos, alimentação
animal e produção de energia (lenha e carvão) 33. Coloniza os ambientes perturbados ou
degradados com facilidade34, por meio de rebrota e dispersão de grande quantidade de
sementes (15 a 22 mil sementes/kg), que tem alta taxa de germinação quando a
dormência é quebrada (ex.: com imersão das sementes em água quente) 33. No PNMJB, a
área de leucenal apresenta regeneração natural com plântulas, jovens e adultos de pelo
menos treze espécies arbóreas nativas pertencentes a pelo menos 11 famílias e 12
gêneros, de estágios de sucessão mais avançados, que se beneficiam do sombreamento da
copa paucifoliada da leucena (pouco densa, com poucas folhas) (Anexo C). Assim, é
preciso realizar o enriquecimento com espécies nativas de estágios avançados de sucessão
ecológica e o manejo de leucenas, com o intuito de acelerar o processo de regeneração
natural da área, acompanhado de pesquisa e monitoramento. No PNMJB, ocorrem
espécies de aves que já foram observadas em outras áreas se alimentando dos frutos secos
imaturos e sementes de leucena, como a maracanã-pequena Diopsittaca nobilis35.

Tabela 2. Tamanho de área de cada situação ambiental caracterizada no Parque Natural


Municipal Jardim Botânico (PNMJB), Sinop-MT, Brasil. APP= área de preservação

35
Tamanho da área (ha)
Situação ambiental R-1 R-2 R-3 PNMJB
APP 7,70 4,45 7,60 19,76
Área úmida 3,01 - 3,20 6,21
Cobertura florestal de espécies nativas e exóticas 12,88 19,96 39,86 72,70
Cobertura florestal de espécies nativas 12,88 19,96 25,64 58,48
Cobertura florestal de espécie nativa dominante Croton - - 0,93 0,93
urucuruna Baill. (sangra d’água)
Cobertura florestal de espécie nativa dominante Ricinus - - 0,61 0,61
communis L. (mamona)
Cobertura florestal de espécie exótica dominante Leucaena - - 5,99 5,99
leucocephala (Lam.) de Wit (leucena)
Projetos antigos de restauração florestal - - 6,84 6,84
Veredas 0,39 - - 0,39
Áreas com dominância de gramíneas exóticas e nativas 0,90 - 0,35 1,26
Áreas com dominância de capins exóticos + regeneração de 11,36 6,17 2,10 19,63
espécies arbóreas
Áreas com dominância de capins exóticos - - 0,53 0,53
Gramado - - 0,22 0,22
Áreas com dominância de Ricinus communis L. + capins - - 1,56 1,57
exóticos
Infraestrutura com cobertura vegetal - - 0,67 0,67
Solo exposto 1,06 1,52 4,30 6,88

9.5.4. Invertebrados
Abelhas (Ordem Hymenoptera)
Abelhas são consideradas indicadoras de áreas de alta qualidade ambiental 36. Por
serem polinizadoras, as abelhas influenciam a composição e abundância de espécies
vegetais37. Estudos realizados no PNMJB e outras áreas verdes de Sinop revelaram a
importância de manter e conservar estes fragmentos florestais urbanos como áreas de
refúgios para as abelhas Euglossini38. O PNMJB apresentou a segunda maior abundância
de abelhas Euglossini na estação seca, perdendo apenas para a R-7 (Parque Ecológico
Marlene, também conhecido como Reserva da UNEMAT)38.

Mosquitos (Ordem Diptera)


Mosquitos são artrópodes e podem ser potenciais vetores de doenças tropicais
como as arboviroses39,40. Estas são doenças causadas por arbovírus, chamados assim

36
porque parte do seu ciclo de replicação ocorre nos artrópodes. A região amazônica é
considerada o maior reservatório destes vírus no mundo, especialmente dos arbovírus
transmitidos por mosquitos, devido em parte à grande diversidade de artrópodes
hematófagos (potenciais vetores) e vertebrados silvestres (potencias hospedeiros)
encontrados nesta região39,40
Arbovírus têm se tornado cada vez mais adaptados a diferentes vetores e
hospedeiros ao longo do tempo, e sabe-se que o desmatamento, urbanização acelerada,
condições sanitárias precárias, migração populacional e mudanças climáticas são alguns
dos motivos39. Assim, as informações epidemiológicas a respeito da circulação destes
vírus nas áreas rurais e urbanas são fundamentais para o planejamento de medidas de
prevenção e controle de doenças39,40.
Entre 2014 e 2015, armadilhas de luz foram colocadas em vários pontos de
Sinop por três noites consecutivas, inclusive no PNMJB, para captura de vetores com
potencial de transmissão de doenças39,40. Das 33 espécies capturadas em Sinop, oito
foram registradas no PNMJB, o que é menos da metade de espécies capturadas no
Parque Natural Municipal Florestal (20 espécies)39. Das oito espécies de mosquitos
capturados no PNMJB, duas foram detectadas com arbovírus, com taxa baixa de
infecção: mosquito Ochlerotatus (Och.) scapularis e Aedeomyia (Aedeomyia) squamipennis39.

9.5.5.Aves
O diagnóstico de avaliação rápida da avifauna do PNMJB foi realizado em
fevereiro, março (estação chuvosa), agosto e setembro (estação seca) de 2020. Uma dupla
de pesquisadoras percorreu a área durante sete manhãs (5:40h às 8:30h), anotando o que
foi visto e/ou ouvido. A lista de riqueza de espécies foi complementada com as
observações de um cientista-cidadão que frequenta a unidade de conservação para a
prática de birdwatching (observação e aves) e fotografia na região de Sinop. Combinando
os métodos utilizados, foram registradas 85 espécies de aves41, pertencentes a 18 ordens,
33 famílias e 73 gêneros (Anexo D). Todas elas estão enquadradas na categoria de pouca
preocupação de risco de extinção42,43. A maioria das espécies de aves do PNMJB se
alimenta de insetos (insetívoros) e frutos (frugívoros) (Figura 15A). Estas são as mesmas
guildas alimentares (conjunto de espécies que usam mesmo tipo de recurso alimentar)
encontradas no Parque Natural Municipal Florestal, outra unidade de conservação
urbana de Sinop–MT (Figura 15B)26. Assim, estes dois parques contribuem para a
permanência de aves que controlam populações de insetos e dispersam sementes em
áreas verdes da cidade de Sinop.

37
Figura 15. Representatividade das guildas alimentares das A= 85 espécies de aves registradas no Parque
Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop, MT, Brasil e B= 131 espécies de aves registradas no Parque
Natural Municipal Florestal, Sinop, MT, Brasil. FRU/GRA= espécies frugívoras (que se alimentam de
fruto) e granívoras (que se alimentam de sementes). Figura B retirada de UFMT (2020)26.

9.5.6. Mamíferos
Com o uso do método de transecção linear, uma dupla de pesquisadores
percorreu trilhas silenciosamente a fim de avistar mamíferos, anotando também os
rastros e outros vestígios como fezes e tocas. Foram registradas 13 espécies de mamíferos
silvestres de médio e grande porte no PNMJB e duas espécies domésticas (Tabela 3).
Foram avistadas quatro espécies de primatas nas áreas de floresta com copas mais altas
da R-3: o macaco-aranha-da-cara-branca Ateles marginatus (globalmente em perigo de
extinção), sauá-de-vieira Plecturocebus vieirai (dados insuficientes para definir o status de
conservação da espécie, já que foi descrita apenas em 2012 42), macaco-prego Sapajus
apella e mico-de-Snethlage Mico emiliae (ambos globalmente na categoria Pouco
Preocupante). Rastros encontrados indicam a presença de capivara Hydrochoerus
hydrochaeris nas três reservas do PNMJB, tamanduá-bandeira Myrmecophaga tridactyla na
região da R-2, anta Tapirus terrestris na região da R-1 e R-2 e paca Cuniculus paca na R-2 e
R-3 (Tabela 3).

Tabela 3. Lista de mamíferos registrados durante o diagnóstico de avaliação rápida da


mastofauna realizada em 2020 no Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop,
MT, Brasil (LC= Pouco preocupante, VU= vulnerável, EN= Em perigo, DD= Dados
insuficientes, NA= não se aplica). *=espécies registradas por armadilhas fotográficas em
novembro e dezembro de 201523.

38
Locais de Tipo de
Espécie Ordem Nome popular IUCN43
registro registro

Pecari tajacu Artiodactyla Cateto R-3 Rastros LC


Puma concolor Carnivora Onça-parda R-3 * LC
Cachorro NA
Canis lupus familiaris Carnivora R-3 Visual
doméstico
Gato NA
Felis silvestris catus Carnivora R-3 *
doméstico
R-1, R-2, R- LC
Dasypus kappleri Cingulata tatu-15kg Tocas*
3
Tapirus terrestris Perissodactyla anta R-1, R-2 Rastros VU
tamanduá- VU
Myrmecophaga tridactyla Pilosa R-2 Rastros
bandeira

macaco-aranha- EN
Ateles marginatus Primates R-3 Visual
da-cara-branca
mico-de- LC
Mico emiliae Primates R-3 Auditivo
Snethlage
Plecturocebus vieirai Primates sauá-de-Vieira R-3 Auditivo DD
Sapajus apella Primates macaco-prego R-3 Visual LC
Coendou prehensilis Rodentia porco-espinho R-2 * LC
R-1, R-2, R- Visual,
Hydrochoerus hydrochaeris Rodentia capivara LC
3 Rastros*
Dasyprocta azarae Rodentia cutia R-2, R-3 Rastros* DD
Cuniculus paca Rodentia paca R-2, R-3 Rastros* LC

Além do PNMJB abrigar um grupo de macaco-aranha-da-cara-branca, que é a


espécie que está em perigo de extinção, abriga também populações de antas e tamanduá-
bandeira, que são vulneráveis à extinção43,44. Estes animais estão ameaçados localmente
(ver seção 9.5.7.), principalmente por conta do isolamento da floresta e de potenciais
incêndios florestais devido a resíduos sólidos descartados ilegalmente na área e em seu
entorno.
Uma pesquisa com armadilhas fotográficas foi feita na R-3 entre novembro e
dezembro de 2015 e revelou a presença de sete espécies de mamíferos terrestres de
médio e grande porte23 (Tabela 3, Figura 16, Figura 17). Destaca-se a presença da onça-
parda, um predador do topo da cadeia alimentar que engloba a R-3 em sua área de
vida23. Na R-3, este felino tem a oportunidade de se alimentar de tatus Dasypus kappleri,
cutias Dasyprocta azarae e pacas Cuniculus paca (espécies mais fotografadas, Figura 16 e

39
Figura 17), além de catetos Pecari tajacu (Tabela 3), por exemplo. Catetos não foram
registrados por armadilhas fotográficas no Parque Natural Municipal Florestal 26, tido
como um parque em melhor estado de conservação ambiental, o que indica que o
PNMJB exerce papel importante para a persistência destas populações na região.

Figura 16. Espécies de mamíferos terrestres de médio e grande porte fotografados e número de fotos
obtidas com armadilhas fotográficas colocadas na R-3 entre novembro e dezembro de 201523.

O registro de onça-parda23 foi feito às 21:58h do dia 24/11/2015 (Figura 17) e é


necessário conduzir estudos futuros para investigar se espécies de animais atravessam a
Av. Itaúbas ou se passam subterraneamente pela manilha que escoa as águas da R-3 à R-
2 para se deslocarem pela paisagem. A movimentação da fauna entre diferentes áreas
florestais é benéfica ao ecossistema, uma vez que garante também o fluxo gênico da flora
por meio de dispersão de sementes por frugívoros como cutias e pacas.

Figura 17. Registro fotográfico de onça-parda Puma concolor (A), tatu-15-kg Dasypus kappleri (B) e paca
Cuniculus paca (C - canto inferior direito da foto) na R-3, Parque Natural Municipal Jardim Botânico,
Sinop-MT (fotos cedida por Msc. Mariana P.N. Souza).

40
Em comparação a outras áreas de floresta da região de Sinop, o PNMJB
apresenta poucas espécies de mamíferos terrestres fotografados com armadilhas
fotográficas23 (Figura 18 - ponto 31, representado por um círculo de diâmetro menor por
ter menos espécies em comparação a outras áreas da região).
Estes dados revelam que a R-3 é utilizada por duas espécies com maior
dependência de florestas para sobreviver, e que este número não é maior por conta da
pequena proporção de mata remanescente no entorno do PNMJB23.

Figura 18. Quantidade de espécies de mamíferos terrestres dependentes de floresta fotografados no Parque
Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop-MT (ponto 31), em comparação a outros remanescentes
florestais da região de Sinop. O tamanho do diâmetro dos círculos corresponde à riqueza total de espécies
(número de espécies registradas). As cores dos círculos (de branco a preto) simbolizam o número de
espécies com maior dependência de florestas para sobreviver. Figura retirada de Souza (2016)23.

É importante destacar o papel do corredor de água e biodiversidade associado ao


PNMJB, que abrange a APP do córrego Nilza e Rio Preto. Ainda que apresente vegetação
degradada em muitas regiões (Figura 1), este corredor continua garantindo o fluxo gênico
de espécies e mantendo uma comunidade de mamíferos com alta complexidade trófica
na R-3. Isto significa que o PNMJB abriga espécies de mamíferos de diferentes níveis
tróficos, formando uma cadeia alimentar de consumidores e predadores de topo. Estes
dados indicam que ações que restaurem áreas degradadas no PNMJB e corredor de
biodiversidade associado beneficiarão diretamente esta comunidade de mamíferos. Estes

41
estudos demonstram a importância do PNMJB como área utilizada pela fauna da região
para abrigo e fonte de alimento e água.
No PNMJB já existem grupos organizados de escotismo e ciclismo, sendo
potenciais cidadãos-cientistas: os ciclistas da APEES já visualizaram “pacas, antas, bicho-
preguiça e tamanduás” em suas visitas ao parque. Há aí uma grande parceria potencial
com pesquisadores de universidades locais, pois são atores essenciais para o catálogo das
espécies do parque e monitoramento da biodiversidade. A ciência cidadã tem o potencial
de aumentar a participação do público na gestão ambiental
(https://sibbr.gov.br/page/cadastro-ciencia-cidada.html).

9.5.7. Ameaças à fauna


A fragmentação florestal é a principal ameaça à fauna do PNMJB. A
biodiversidade da R-3 encontra-se isolada fisicamente por uma barreira de cerca de 40m
de largura (Av. Itaúbas) e há risco de extinção local de espécies caso as populações
permaneçam isoladas e indivíduos aparentados copulem com frequência, causando
diminuição da variabilidade genética em longo prazo. A perda de conectividade das
matas ciliares das APP do córrego Nilza e Rio Preto também ameaçam a fauna, que se
movimenta pela paisagem da Bacia do rio Teles Pires. A degradação de habitat é
prejudicial às espécies da fauna menos tolerantes à perturbações, que pode se agravar
com a ocorrência de incêndios florestais e falta de manejo de espécies vegetais
dominantes. O descarte de resíduos sólidos no PNMJB interferiu na qualidade de água e
do solo, que são recursos utilizados pela fauna, e o potencial impacto deve ser
averiguado. Os locais onde resíduos sólidos foram aterrados devem também ser
estudados, uma vez que há material combustível disponível em abundância e, portanto,
risco maior de incêndios florestais.
Orienta-se que a implementação de passagens de fauna seja feita antes de
realizar qualquer empreendimento no parque ou entorno, considerando que o barulho
do maquinário e a circulação de trabalhadores nas obras afugenta os animais, que ficam
vulneráveis a atropelamentos nas ruas e avenidas do entorno do parque. No caso de
implementação de infraestrutura na R-3, é necessário medidas cautelares para evitar
atropelamentos na Av. Itaúbas, visando redução de velocidade no período de obras.
A reconexão das florestas da R-3 com a R-2, bem como do remanescente que se
conecta à mata ciliar do rio Teles Pires com a R-1, pode ser feita por meio de adoção de
medidas mitigadoras para passagens de fauna terrestre e arborícola e por meio de
restauração florestal, com o enfoque na restauração de interações ecológicas como a
polinização e a dispersão de sementes. O corredor de água e biodiversidade associado ao
PNMJB deve ser mantido, recuperado e protegido. Para isso, é preciso que os

42
proprietários de terra ao longo do corredor de biodiversidade do PNMJB e as empresas
de loteamento do Sinop (AELOS, Sindicato Rural) sejam parceiros colaboradores do
parque, exercendo sua responsabilidade ambiental (ver seção 13 – zona de
amortecimento).

Parte II – Planejamento

43
Nesta foto, uma fêmea de Benedito-de-testa-vermelha (Melanerpes cruentatus), que
ocorre no Parque Natural Municipal Jardim Botânico, está próxima a seu ninho no
tronco de uma árvore morta em pé (Foto: Antonino Gonçalves Medina). Pica-paus
como este são engenheiros de ecossistemas porque modificam o ambiente,
beneficiando outras espécies que utilizam os buracos já feitos pelos pica-paus para
abrigo ou ninho. Isto evidencia que o planejamento do PNMJB deve ser feito
considerando o ecossistema com suas interações ecológicas associadas.

10. HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO


As ações para a elaboração deste Plano de Manejo iniciaram-se em novembro de
2019, com o levantamento de legislação pertinente, bibliografia relevante sobre a área e
reconhecimento de campo. Ao todo, 21 reuniões e oficinas participativas presenciais,
virtuais, formais e informais foram realizadas envolvendo servidores públicos, moradores,
funcionários públicos, pesquisadores e profissionais das áreas de geociências, ciências

44
biológicas, recursos hídricos e florestais, engenharia florestal, conservação da natureza e
áreas afins, docentes, conselheiros do Conselho Consultivo do PNMJB, grupos
organizados da sociedade civil, discentes, docentes e outros cidadãos de Sinop (Tabela 4).

Tabela 4. Reuniões e oficinas participativas realizadas para a elaboração do Plano de


Manejo do Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, Brasil.
No. da No. de Assunto Público-alvo
reunião pessoas
1 14 Papel do Conselho Consultivo, capacitação Conselho Consultivo e
sobre unidades de conservação, e planos de servidores públicos
manejo municipais
2 3 Acompanhamento do diagnóstico do Servidores públicos
plano de manejo do PMNJB municipais da SDS
3 6 Acompanhamento da etapa de Servidores públicos
planejamento do PMNJB municipais da SDS e
consultores associados
4 3 Normas gerais do PNMJB, Programas Servidores públicos
de gestão, Análise estratégica do municipais da SDS
PNMJB
5-8 11 Análise estratégica do PNMJB Servidores públicos
municipais da SDS,
associações sem fins
lucrativos
9-12 39 Zoneamento do PNMJB Pesquisadores e outros
profissionais ligados a área
de meio ambiente e afins
13 11 Programas de Gestão, Análise estratégica do Pesquisadores e outros
PNMJB profissionais ligados a área
de meio ambiente e afins
14 3 Diagnóstico da fauna Pesquisadores, professores,
estudantes
15 3 Diagnóstico de vegetação Pesquisadores, professores,
estudantes
16 3 Programa de gestão de incêndios florestais Docentes pesquisadores
17-20 15 Diagnóstico e Planejamento do PNMJB Docentes pesquisadores,
moradores do entorno e
funcionários
21 5 Revisão final do documento Servidores públicos
municipais da SDS

11. ANÁLISE ESTRATÉGICA


A análise estratégica é uma análise da situação geral da unidade de conservação
(UC), onde são identificadas as características positivas e negativas da UC e do entorno
que contribuem para ou que comprometem o alcance dos objetivos do parque45. A
análise estratégica do PNMJB foi realizada com base em informações obtidas por meio de

45
reuniões que envolveram representantes do poder público, instituições de ensino e
pesquisa, moradores e associações sem fins lucrativos, além de outros cidadãos de Sinop.
Os participantes identificaram as características positivas e negativas do PNMJB, as
ameaças externas que comprometem o alcance dos objetivos do parque, e as
oportunidades que contribuem para o alcance dos objetivos.
A matriz de análise estratégica do PNMJB foi preenchida com o objetivo de
sugerir ações para minimizar ou erradicar ameaças externas e características negativas do
parque que atualmente dificultam o alcance de seus objetivos (Tabela 5). Estas sugestões
foram feitas com base nas características positivas do parque e nas oportunidades que o
entorno pode oferecer. As ações sugeridas dependem de disponibilidade orçamentária,
busca de recursos financeiros e parcerias institucionais com a SDS para executá-las.

46
Tabela 5. Matriz da análise estratégica do Parque Natural Municipal Jardim Botânico (PNMJB), Sinop, MT, Brasil.

Pontos fortes do PNMJB Ameaças ao PNMJB Ações para minimizar ou erradicar as ameaças
-Uso do PNMJB como local de -Falta de sensibilidade de pessoas à importância -Atividades práticas de aprendizagem com alunos de
aprendizagem ao ar livre, com atividades de da existência do PNMJB; universidades e escolas, respeitando as normas de
extensão e aulas práticas de universidades e -Visitantes e moradores do entorno conduta destas atividades (seção 14);
escolas; desinformados; -Ações que envolvam a disseminação de informações
-Área de ecótono Amazônia-Cerrado, -Poucas pesquisas em relação à importância do sobre o PNMJB às pessoas que residem nos bairros do
contendo espécies dos dois biomas; PNMJB para a saúde pública; entorno e visitantes;
-Local com clima mais ameno e beleza -Desconhecimento ou desrespeito de pessoas às -Busca de recursos financeiros visando ampliar a
cênica para os cidadãos contemplarem o normas do PNMJB, em especial o descarte de infraestrutura ao redor do PNMJB, estimulando
meio ambiente e realizarem atividades em resíduos sólidos no entorno; atividades compatíveis com os objetivos da UC (ex.:
meio a natureza, o que eleva a qualidade de -Canais de drenagem construídos para calçadões para caminhada com acessibilidade e
vida; escoamento de águas pluviais são direcionados iluminação noturna);
-Local propício à sociabilização sadia das ao PNMJB; -Ciclo permanente de atividades de educação
pessoas; ambiental;
-Trilhas utilizadas por vistantes, como -Exposição de materiais visuais informativos aos
observadores de aves, ciclistas, visitantes, incluindo sinalizações de trilhas usadas
pesquisadores, escoteiros, alunos e comumente em unidades de conservação brasileiras e
professores de escolas; de outros países46;
-Facilidade de observar e fotografar espécies -Atividades de educação ambiental no entorno do
ameaçadas ou carismáticas geralmente PNMJB;
difíceis de se observar em outros locais; -Aumentar a qualidade das informações para os
-Local acessível; visitantes e moradores de bairros vizinhos ao PNMJB,
-Ambiente favorável à sensibilização utilizando diferentes meios de divulgação, tendo os
ambiental; estudos científicos como base de informação;
-Espaço ideal para praticar o escotismo, -Desenvolvimento de estudo científico para averiguar os
através da vivência do jovem em meio à canais de drenagem no interior do parque e propor
natureza; potenciais soluções para minimizar impactos como a
erosão e assoreamento, bem como avaliar
periodicamente a qualidade da água;

47
-Monitoramento das águas dos canais de drenagem, em
especial os trechos próximos a clínicas e hospitais no
entorno do PNMJB, como forma de mitigar e até
mesmo eliminar a ameaça de esgoto não tratado
percorrer os canais de .
- Abrigo de espécies de fauna e flora da - A movimentação de animais é dificultada por -Adoção de medidas mitigadoras para passagens de
Amazônia e Cerrado; conta de duas avenidas que cortam o PNMJB e fauna entre as avenidas, a fim de espécies arborícolas e
-Presença de espécies de grande porte que seu corredor de biodiversidade associado. terrestres se deslocarem entre a R-3 e R-2, bem como da
utilizam grandes áreas de vida, como onça- Como consequência, pode haver diminuição da R-1 para as matas ciliares do rio Teles Pires;
parda; diversidade genética de populações isoladas e, -Instalação de redutores de velocidade de veículos nas
-Proximidade com remanescentes florestais em última instância, levar estas populações mais avenidas;
conectados à mata ciliar do rio Teles Pires; vulneráveis à extinção local; -Propor ao Conselho Municipal do Meio Ambiente de
-Potencial para recolonização de populações -Existência de avenidas asfaltadas em APP do Sinop e à SDS que a maior parte das áreas verdes dos
de grandes mamíferos, dispersão e troca parque (áreas de preservação permanente); futuros loteamentos com cursos d’água que desaguam
gênica entre indivíduos de diferentes -As avenidas aumentam os riscos de no rio Teles Pires, como o córrego Nilza, esteja anexa à
remanescentes florestais caso a atropelamento de fauna; APP do curso d’água no momento da aprovação dos
conectividade florestal da Bacia loteamentos. No caso de construção de obras nas APP,
Hidrográfica do Teles Pires seja deverão ser adotadas obrigatoriamente medidas
restabelecida; mitigadoras para a garantia de fluxo gênico da
biodiversidade;
-Planejamento de conectividade florestal da Bacia
Hidrográfica do Teles Pires, visando a recuperação de
áreas de APP, principalmente de cursos d’água que
desaguam no Rio Teles Pires, estimulando os
proprietários de terra a se engajarem na conservação
dos corredores de água e de biodiversidade, podendo
incluir as áreas naturais de suas propriedades na rede
municipal de RPPNs, que resulta em captação de ICMS
ecológico para o município e a oportunidade
econômica de turismo nas áreas naturais.

48
Pontos fracos Oportunidades Ações para minimizar ou eliminar as fraquezas
-Falta de policiamento noturno no entorno -Existência de pesquisadores, voluntários, -Aumentar a vigilância dentro e no entorno do PNMJB,
do PNMJB; estagiários e/ou extensionistas universitários conforme disponibilidade de recursos financeiros e
-Falta de portaria, catraca e cerca; que levantam informações sobre o PNMJB; solicitando apoio de instituições de segurança pública;
-Queima de lixo dentro e ao redor do -Existência de grupos organizados que podem -Executar ações de prevenção e combate aos Incêndios
PNMJB; contribuir para disseminar informações de Florestais;
-Falta de manutenção das gramíneas que qualidade ao público, realizar o planejamento, o -Parceria de universidades, Corpo de Bombeiros e SDS;
crescem nos limites do PNMJB; monitoramento e a manutenção de trilhas, -Diagnóstico do escoamento de águas superficiais,
-Desconhecimento ou desrespeito de como por exemplo os grupos de escoteiros e planejamento e adoção de medidas de contenção de
pessoas às normas do PNMJB, em especial o ciclistas; erosão com práticas de conservação do solo e da água;
descarte de resíduos sólidos no entorno, -Estudos do ecossistema lêntico do córrego Nilza nas
que gera acúmulo de material combustível, estações seca e chuvosa, e consequência do deságue de
aumentando o risco de incêndio florestal; grande quantidade de águas pluviais neste sistema na
-Valas de drenagem de águas pluviais no época chuvosa;
entorno e dentro do PNMJB, que causam -Pesquisas no entorno do PNMJB com foco em
erosão do solo e assoreamento de corpos prevenção de doenças tropicais;
d’água; -Ações para erradicação e monitoramento de focos de
-Proliferação de insetos vetores nas valas de vetores;
drenagem no interior e no entorno da -Envolvimento da sociedade em atividades de prevenção
reserva; de doenças tropicais, em especial as pessoas residentes
nos bairros vizinhos ao PNMJB;
-Disseminação de informações so público visando
educação ambiental.
-Poucos atrativos, poucas atividades -Área protegida com facilidade de acesso pelo -Organização das pessoas que conduzem atividades no
culturais, baixa diversidade de atividades visitante, com aeroporto na cidade de Sinop; PNMJB para atraírem mais colaboradores e
esportivas; -Possibilidade do visitante observar espécies da aumentarem a frequência e diversidade de atividades a
-Falta de infraestrutura de apoio à Amazônia e do Cerrado ameaçadas de extinção; visitantes;
atividades executadas no parque, como por - Possibilidade do visitante refletir sobre a -Promoção de atividades culturais como peças teatrais e
exemplo aulas práticas de escolas, degradação ambiental causada pelos seres exposições de arte;
universidades e atividades de escotismo, humanos; -Organização de atividades para o público nacional e

49
sendo apontada a necessidade de espaço -Existência de pessoas que conduzem atividades internacional, incluindo atividades de observação de
para guardar pertences, locais cobertos para de educação ambiental, atividades esportivas, fauna mediante disponibilidade de recursos financeiros;
abrigar os frequentadores em dias chuvosos, escotismo, além de pesquisadores, voluntários, -Ênfase nas informações sobre algumas espécies de
bebedouros e banheiros; estagiários e/ou extensionistas universitários; interesse, como as espécies ameaçadas e emblemáticas,
-Falta de infraestrutura de apoio a -Existência de grupos de escoteiros e ciclistas que podem ser temas de peças de teatro, pinturas e
funcionários como internet; que frequentam o parque, sendo agentes outras atividades culturais;
multiplicadores de boas práticas e educação -Escotismo é uma atividade já praticada no parque,
ambiental; sendo os escoteiros por si só um atrativo turístico e
importantes aliados para o desenvolvimento de
atividades ligadas a visitas guiadas, manutenção de
trilhas, disseminação de boas práticas e auxílio em
elaboração e colocação de placas indicativas e
informativas ao público, entre outras atividades;
-Trilhas para ciclistas como possibilidade de lazer em
meio à natureza, visando benefício para a população,
incentivo ao uso de bicicleta e integração entre ciclista e
natureza;
-Local de apoio à ciclistas e frequentadores do parque
como escoteiros e turmas de estudantes, para que
possam descansar de suas atividades, por exemplo
contendo bebedouro, banheiros com chuveiro, bancos e
mesas.
-Ausência de canal de comunicação entre a -Existência de pesquisadores, voluntários, -Criação e distribuição de jornais informativos (mídia
administração do PNMJB e a sociedade. estagiários, escoteiros e/ou extensionistas digital ou impressa) do PNMJB aos visitantes;
universitários;
-Ausência de bancos de dados com registros -Existência de pesquisadores, voluntários, -Treinamento de funcionários preferencialmente por
sistemáticos de pesquisas, incêndios, estagiários, escoteiros e/ou extensionistas pesquisadores, voluntários, estagiários e/ou
atropelamentos e outras ocorrências e universitários que possuem conhecimento nas extensionistas universitários e Secretaria Municipal do
atividades do PNMJB; áreas de gerenciamento de bancos de dados, Meio Ambiente, conforme as demandas do PNMJB;
-Ausência de treinamento necessário para espacialização de informações em sistemas de -Levantamento de temas fundamentais para

50
funcionários orientarem os visitantes, informação geográfica, informação sobre treinamento dos funcionários, visando aumentar a
realizarem manutenção, ações de manejo e espécies de fauna e flora; eficiência e eficácia da gestão do PNMJB;
conservação do PNMJB;
-Vegetação ao redor das nascentes do -Existência de pesquisadores, voluntários, -Realização da restauração e monitoramento da
córrego Nilza carente de restauração e estagiários e/ou extensionistas universitários vegetação das nascentes;
preservação; que podem conduzir pesquisas e ações -Fiscalização de empreendimentos potencialmente
-Falta de diagnóstico do estado de relacionadas à recuperação de nascentes; poluidores localizados na zona de amortecimento do
degradação da vegetação de áreas de APP do parque;
córrego Nilza e outros corpos d’água do -Estímulo à recuperação de possíveis áreas degradadas
entorno do PNMJB; em APPs do córrego Nilza e APPs de outros corpos
d’água do entorno do PNMJB;
Resíduos sólidos aterrados no interior do -Existência de pesquisadores, voluntários, -Descarte adequado de resíduos sólidos;
PNMJB desde a década de 1990 com estagiários, escoteiros e/ou extensionistas -Sensibilização ambiental;
contaminação do solo e da água; universitários que podem conduzir pesquisas e -Monitoramento da qualidade da água e do solo e
propor ações; proposição de soluções adequadas;
-Condições difíceis para a realização de -Existência de pesquisadores, voluntários, -Implementação de parcelas permanentes e aplicação de
plantio (ex.: fertilidade do solo, presença de estagiários, escoteiros e/ou extensionistas diferentes técnicas de restauração florestal, manutenção
plantas invasoras e formigas cortadeiras). universitários que podem conduzir pesquisas e e monitoramento;
propor ações. -Atividades envolvendo boas práticas de restauração
florestal.

51
12. OBJETIVOS ESTRÁTEGICOS DO PNMJB
Os objetivos estratégicos do PNMJB estão listados abaixo e foram definidos
respeitando-se as leis 9985/2000 e 2606/2018, bem como a visão de futuro (seção
3). Estes objetivos estão contemplados em Programas de Gestão específicos (seção
15).

-Implementar o plano de manejo do PNMJB;


-Organizar e gerenciar bancos de dados visando aprimorar a gestão de informação e a
interação com os visitantes, comunidade local e pesquisadores, contribuindo para a
conservação e educação ambiental;
-Treinar funcionários do PNMJB;
-Incentivar a gestão participativa do PNMJB;
-Aprimorar a comunicação entre a gestão do PNMJB, pesquisadores e visitantes;
-Ampliar estruturas de apoio para visitação, educação ambiental e pesquisa;
-Proporcionar um ambiente ao ar livre que seja propício para divulgação aos
visitantes sobre as boas práticas de sustentabilidade e de restauração florestal, e para
a reflexão e realização de aulas práticas e aprendizagem em contato com a natureza;
-Acessar recursos financeiros, como aqueles provenientes de compensação e passivos
ambientais, de financiadores, de parcerias público privadas e outros recursos
externos;
-Proteger amostras de ecossistema terrestre e aquático dos biomas Amazônia e
Cerrado;
-Proteger espécies ameaçadas de extinção;
-Proteger e recuperar os recursos hídricos;
-Identificar a circulação de agentes zoonóticos no PNMJB e entorno, destacando as
características epidemiológicas;
-Incentivar a participação da sociedade nas atividades de visitação, educação,
pesquisa, proteção, monitoramento e gestão;
-Valorizar as manifestações culturais regionais.

13. ZONEAMENTO
13.1. Tipos de zonas de manejo e critérios utilizados
O zoneamento do Parque Natural Municipal Jardim Botânico (PNMJB) foi
realizado em quatro oficinas de planejamento participativo, realizadas na plataforma de
videoconferência Google Meet em setembro e outubro de 2020, e contou com 39

52
participantes no total. Foram convocados profissionais ligados às áreas de geociências,
ciências biológicas, recursos hídricos e florestais, engenharia florestal, conservação da
natureza e áreas afins. A proposta de zoneamento foi realizada baseando-se no roteiro
metodológico proposto pelo ICMBio 47, levando-se em consideração a legislação
ambiental vigente e pesquisas científicas realizadas na área, incluindo levantamentos da
biodiversidade e do meio físico, com documentação fotográfica, além de
fotointerpretação de imagem satélite com o software de código aberto QGIS e checagem
de campo.
Para cada situação ambiental do PNMJB (seção 9.5.3) foram definidos os tipos
de zona de manejo, que diferem em relação ao grau de proteção 47 (Tabela 6). Junto com
o tipo de zona de manejo, foram decididos os objetivos de cada zona, as atividades
permitidas e as restrições, sempre mantendo coerência com os objetivos que constam na
lei de criação do parque (Lei 2606/2018): “Preservar e recuperar os ecossistemas naturais
de grande relevância ecológica e beleza cênica existentes, possibilitando a realização de
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação
ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”.

Tabela 6. Definição de cada tipo de zonas de manejo que pode ser adotado no zoneamento de unidades de
conservação, como é o caso do Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop-MT, Brasil (retirado e
modificado de ICMBio 2018b47).

53
Os tipos de zonas de manejo foram definidos com base em critérios que levaram
em consideração os valores de cada região do parque para a conservação da
biodiversidade e a vocação de uso47 (Tabela 7).

Tabela 7. Critérios utilizados para a definição de zonas de manejo no Parque Natural Municipal Jardim
Botânico, Sinop- MT, Brasil (retirado e modificado de ICMBio 2018b47).

As áreas com alto valor para a conservação da biodiversidade incluíram as


regiões representativas de ecossistemas úmidos como os buritizais, campo úmido
antrópico, ambos atualmente degradados; áreas de cobertura florestal e de florestas
próximas a rios (áreas de preservação permanente), pois desempenham a função
ecológica de garantir a qualidade da água e auxiliar na manutenção de conectividade
florestal e fluxo gênico; áreas de grande fragilidade ambiental como as nascentes, que
necessitam ser restauradas; e regiões com estágios mais avançados de sucessão ecológica,
como as áreas de mata com copas mais altas do PNMJB. Estas áreas com alto valor para a
conservação da biodiversidade foram enquadradas nas zonas de manejo de mais alto grau
de proteção, como a zona intangível e a zona primitiva.
As áreas com alto potencial de vocação de uso são as destinadas para alocar
infraestruturas de apoio à visitação, para sensibilização ambiental e/ou turismo
ecológico. Incluem regiões de maior nível de degradação ambiental e menor valor para a

54
conservação da biodiversidade, e foram enquadradas nas zonas de manejo com graus
mais baixos de proteção, como as zonas de uso extensivo e intensivo. As áreas destinadas
ao uso intensivo são atualmente dominadas por capins exóticos, que inibem a
regeneração natural de muitas espécies arbóreas nativas, e algumas áreas com cobertura
florestal onde a espécie exótica Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (Fabaceae) é
dominante.
Trilhas construídas para acessibilidade e inclusão de pessoas portadoras de
necessidades especiais serão localizadas dentro das faixas de uso extensivo e recomenda-se
utilizar a sinalização padronizada de placas e trilhas adotada em outras unidades de
conservação brasileiras e por outros países46. Todas as faixas de uso extensivo foram
padronizadas com largura máxima de 5m, o que permite a escolha de melhores locais
para a construção de trilhas dentro desta faixa.
Em consonância com as normas da ABNT NBR 9050/2020A48, é recomendável
que estas trilhas tenham a largura máxima de 3m, que é suficiente para a passagem
simultânea de duas pessoas em cadeira de rodas, cada uma com um acompanhante ao
lado. Para que o objetivo destas trilhas dentro das faixas de uso extensivo seja cumprido,
recomenda-se projetar as trilhas preservando a cobertura florestal, de modo que o
visitante tenha a possibilidade de transitar por uma trilha sombreada. Orienta-se que a
construção destas trilhas deva respeitar a biodiversidade local de plantas, desviando de
espécies vegetais que estejam enquadradas em algum dos seguintes critérios: (1) espécies
pertencentes a alguma categoria de ameaça de extinção, (2) espécies que sejam de
importância para a fauna e/ou educação ambiental ou (3) espécies que tenham mais de
15 cm de diâmetro na altura do peito (DAP), sendo tal regra observada somente para
árvores nativas.
As oficinas virtuais resultaram não só no zoneamento do PNMJB, como
também no surgimento de um grupo engajado na conservação ambiental do parque. Em
reunião do zoneamento, este grupo se dispôs a formar uma comissão técnica ou grupo de
trabalho (GT) junto ao Conselho Consultivo do PNMJB, a fim de acompanhar o
planejamento e a execução de obras relacionadas a infraestrutura de apoio à visitação
pública, educação ambiental e pesquisa, principalmente as localizadas nas zonas de uso
intensivo e extensivo.

13.2. Zonas de manejo internas do PNMJB

55
A maior parte do PNMJB foi definida como zona intangível e primitiva, que
apresentam alto nível de proteção da biodiversidade, como já era esperado devido aos
objetivos de criação desta unidade de conservação (Figura 19, Tabela 8). Algumas destas
áreas necessitarão ser restauradas antes de serem incorporadas a estas zonas, tendo sido
designadas como zonas de recuperação. Todas as ações de manejo adaptativo 49, desde que
aprovadas pela SDS, com vistas a favorecer e potencializar processos ecológicos nas áreas
do parque, são atividades previstas em todas as zonas do plano de manejo, tanto
atualmente quanto no futuro.
Pouco mais de 55% da área do PNMJB foi destinada à zona de recuperação:
16,6% da área da R-1, 10,5% da R-2 e 28,6% da R-3. As três áreas do PNMJB (R-1, R-2 e
R-3) apresentam faixas de zona de uso extensivo, onde é permitido o uso público com
fins educativos e de recreação em contato com a natureza. Cerca de 10% da R-1 e R-3
foram definidas como zona de uso intensivo, onde é permitida a construção de
infraestrutura de apoio à visitação, educação ambiental e pesquisa, com harmonia entre
ambiente natural e construído.

Figura 19. Representatividade (% de área) de cada tipo de zona de manejo no Parque Natural
Municipal Jardim Botânico, Sinop, MT–Brasil.

56
Tabela 8. Tamanho da área e representatividade (%) de zonas de manejo do Parque Natural Municipal Jardim Botânico (PNMJB), Sinop–MT, Brasil.

Tamanho da área em hectares


Tipo de zona de
manejo Descrição
R-1 R-2 R-3 PNMJB
Intangível 5,2 4,2 32,81 42,21 -Áreas com cobertura florestal de espécies nativas, incluindo as APP;
Primitiva 14,55 16,88 7,31 38,74 -Áreas com cobertura florestal;
-Áreas a serem restauradas que são atualmente dominadas por capins exóticos com regeneração de espécies arbóreas;
Uso Extensivo 0,37 1,97 2,88 5,22 -Faixa em APP com áreas úmidas alteradas a serem restauradas;
-Faixa em áreas a serem restauradas, atualmente dominadas por capins exóticos com regeneração de espécies arbóreas;
-Faixa em áreas com cobertura florestal de espécies nativas e exóticas;
-Faixa em áreas de solo exposto;
-Faixa no perímetro do PNMJB;
Uso Intensivo 2,3 0 4,15 6,45 -Áreas que são atualmente dominadas por capins exóticos com regeneração de espécies arbóreas;
-Áreas com cobertura florestal de espécie exótica dominante e mata secundária regenerada;
-Áreas de solo exposto;
Recuperação 15,1 9,5 26 50,6 -APP alteradas a serem restauradas, incluindo áreas úmidas (futura zona intangível);
-Áreas dominadas por capins exóticos com regeneração de espécies arbóreas (futura zona de uso extensivo);
-Áreas de solo exposto (futura zona primitiva, de uso extensivo e intensivo);
Uso Conflitante 0,05 0,32 1,5 1,87 -Trilha de mountain bike (R-1 e R-2) e Avenida Itaúbas (R-3).
O zoneamento atual do PNMJB contém as zonas de manejo atuais do parque, incluindo a zona de recuperação. Também é apresentado o
zoneamento futuro, após as áreas terem sido recuperadas (Figuras 20 a 22). Com o intuito de facilitar a localização das páginas onde estão cada zona de
manejo neste plano, foi feita uma tabela (Anexo E).

Figura 20. Zoneamento atual (mapa da esquerda) e futuro (mapa da direita) do Parque Natural Municipal Jardim Botânico (R-1), Sinop–MT, Brasil. APP= área de preservação
permanente. Cada zona de manejo da R-1 foi enumerada, e as informações, tais como objetivos, atividades permitidas e restrições, encontram-se nas páginas deste documento indicadas
entre parênteses: 1= área de cobertura florestal com espécie exótica dominante (pág. 65); 2 e 3= áreas com dominância de capins exóticos como Brachiaria spp. e regeneração de espécies
arbóreas nativas (pág. 73-74; pág. 76-78); 4 e 6= APP com áreas úmidas alteradas (pág. 67-69); 5= APP com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas (pág. 62-64); 7=
áreas com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas (pág. 65-66).

58
Figura 21. Zoneamento atual (mapa da esquerda) e futuro (mapa da direita) do Parque Natural Municipal Jardim Botânico (R-2), Sinop–MT, Brasil. APP= área de preservação
permanente. Cada zona de manejo da R-2 foi enumerada, e as informações, tais como objetivos, atividades permitidas e restrições, encontram-se nas páginas deste documento indicadas
entre parênteses: 1= APP com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas (pág. 62-64); 2= áreas com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas (pág. 64-
65); 3= áreas com dominância de capins exóticos como Brachiaria spp. e regeneração de espécies arbóreas nativas (pág. 73-74); 4= APP com áreas úmidas alteradas (pág. 67-69); 5= Av.
Itaúbas como zona de uso conflitante (assim como a trilha de mountain bike representada pela linha vermelha – pág. 80-81).

59
Figura 22. Zoneamento atual (mapa da esquerda) e futuro (mapa da direita) do Parque Natural Municipal Jardim Botânico (R-3), Sinop–MT, Brasil. APP= área de preservação
permanente. Cada zona de manejo da R-3 foi enumerada, e as informações, tais como objetivos, atividades permitidas e restrições, encontram-se nas páginas deste documento indicadas
entre parênteses: 1 = áreas com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas (pág. 65-66); 2= APP com áreas úmidas alteradas (pág. 70-72); 3 e 6= áreas com dominância de
capins exóticos como Brachiaria spp. e regeneração de espécies arbóreas nativas (pág. 78-79; pág. 74-75); 4= APP com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas (pág. 62-
64); 5= Av. Itaúbas como zona de uso conflitante (assim como a trilha de mountain bike representada pela linha vermelha – pág. 80-81); 7= Cobertura florestal com espécies nativas
regeneradas; 8= Reflorestamentos com espécies nativas e exóticas de uso econômico; 9= Área de cobertura florestal de espécie nativa dominante (pág. 89-90); 10= Área de cobertura
florestal de espécie exótica dominante (pág. 91-93); 11= ambiente composto predominantemente por espécies exóticas dominantes (pág. 90-91) e 12= Área de solo exposto (pág. 94-95).
Informações sobre cada zona de manejo da R-1, R-2 e R-3 foram sintetizadas
abaixo, onde a cor do cabeçalho corresponde à cor da legenda do mapa de situações
ambientais encontradas atualmente no PNMJB (Figura 14).

Áreas de preservação permanente (APP) com cobertura florestal predominantemente


de espécies nativas

APP com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas encontrada na R-1, R-2 (fotos
acima) e R-3 (fotos abaixo). Fotos abaixo: Christine S. S Bernardo.

61
Tipo de zona de manejo Intangível
(R-1, R-2, R-3)
Localização no mapa R-1: Áreas representadas pelo número 5
(Figuras 20 a 22) R-2: Áreas representadas pelo número 1
R-3: Áreas representadas pelo número 4
Definição -Zona com grau máximo de proteção;
-A natureza permanece a mais preservada possível;
-Não se tolera quaisquer alterações antrópicas.
De acordo com a lei 12651/2012 e lei 12727/2012,
considera-se APP: (1) as faixas marginais de largura mínima
de 30m para qualquer curso d’água natural perene e
intermitente de menos de dez metros de largura; (2) as áreas
no entorno de lagos com superfície superior a 1 ha em zona
urbana com largura mínima de 30m; (3) áreas no entorno
de nascentes no raio mínimo de 50m; (4) áreas no entorno
de veredas, em faixa de no mínimo 50m a partir do espaço
permanentemente brejoso e encharcado.
Justificativa São regiões de mata próximas a cursos d’água, que
desempenham a função ecológica de garantir a qualidade da
água e auxiliar na manutenção de conectividade florestal e
fluxo gênico.
Objetivos -Proteger os recursos hídricos, a biodiversidade e a estrutura
da vegetação;
-Pesquisas científicas para compreensão dos ecossistemas e
das intervenções antrópicas, com monitoramento das ações
de manejo implementadas.
Atividades Permitidas -Pesquisas científicas, mediante autorização da SDS;
-Eventuais atividades de manejo visando o aumento de
biodiversidade acompanhadas de monitoramento, mediante
autorização da SDS, caso seja necessário (ex.: manejar uma
vegetação dominante, o solo ou corpos d’água (ex.
eutrofização);
- Chafariz no lago B com o objetivo de aeração da água e
beleza cênica;
- Estudos para caracterização dos recursos hídricos;
- Recuperação de nascentes, mediante autorização da SDS e
estudos científicos;
-Fiscalização.
Restrições - Uso público restrito às faixas de zona de uso extensivo;

62
- Qualquer infraestrutura a ser implementada nesta zona
deve ser acompanhada pela SDS, conselho consultivo do
PNMJB e COMAM;
- A implementação de qualquer infraestrutura deve seguir as
normas previstas neste plano de manejo e a legislação
ambiental pertinente. A implementação de infraestruturas
não deve gerar impacto no lençol freático e não deve colocar
em risco a integridade da biodiversidade do PNMJB;
- Não é permitido o uso de maquinário nesta zona com
cobertura florestal.

Áreas com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas (R-1 e R-2)

Áreas com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas na R-1 e R-2.


Tipo de zona de manejo Primitiva
(R-1 e R-2)
Localização no mapa R-1: Áreas representadas pelo número 7
(Figuras 20 e 21) R-2: Áreas representadas pelo número 2
Definição -Zona de alto grau de proteção;
-Regiões onde tenha ocorrido pouca intervenção humana, de
grande relevância ecológica e científica;
-Transição entre a zona intangível e a zona de uso extensivo.
Justificativa São regiões de mata que proporcionam abrigo e/ou recurso
alimentar para a fauna e auxiliam na manutenção de
conectividade florestal e fluxo gênico. Estas matas mantem a
fauna de médios e grandes mamíferos como antas,
tamanduás-bandeira, tamanduás-mirim e cutias, além de
avifauna incluindo as espécies de médio porte como
psitacídeos (araras, papagaios) e grande porte como cracídeos

63
e tinamídeos (mutuns, aracuãs, inhambús). As áreas de mata
da R-1 e R-2 também desempenham papel de corredor de
biodiversidade, tendo sido local de passagem para onça parda,
espécie que já foi fotografada na região de mata da R-3. Nas
árvores mortas em pé há ocos feitos por pica-paus, que são
aproveitados por outras espécies de aves como ararinha-nobre
e tucanos, para citar alguns. Isso destaca a importância de
árvores mortas em pé para a biodiversidade. Em alguns
trechos há domínio de leucenas (exemplo: R-1, área 1, Figura
20), que deve ser manejada apropriadamente com
enriquecimento de espécies nativas visando o aumento de
biodiversidade e a manutenção de cobertura florestal.
Objetivos -Promover continuidade de habitat, com o papel de corredor
de biodiversidade, garantindo fluxo gênico;
-Conservar a flora e a fauna;
-Recarga do lençol freático;
-Manter a integridade do ambiente natural.
-Restauração florestal de áreas dominadas por leucena (área 1,
Figura 20).
Atividades Permitidas -Pesquisas científicas, mediante autorização da SDS;
-Aulas com temáticas ambientais relevantes, respeitando-se a
conduta para este tipo de uso (seção 14);
-Fiscalização;
-As atividades permitidas não poderão comprometer a
integridade dos recursos naturais.
Restrições -Uso público;
-Construção de qualquer infraestrutura.

Áreas com cobertura florestal predominantemente de espécies nativas (R-3)

Áreas com cobertura florestal de espécies nativas na R-3 (Fotos: Christine S. S. Bernardo).

64
Tipo de zona de manejo Intangível
(R-3)
Localização no mapa Áreas representadas pelo número 1.
(Figura 22)
Definição -Zona com grau máximo de proteção;
-A natureza permanece a mais preservada possível;
-Não se tolera quaisquer alterações antrópicas.
Justificativa São regiões de mata que proporcionam abrigo e/ou recurso
alimentar para a fauna e auxiliam na manutenção de
conectividade florestal e fluxo gênico. Mantem a fauna de
médios e grandes mamíferos como onça-parda, cutias, pacas,
tatus e capivaras, além de avifauna incluindo psitacídeos
(araras, papagaios) e espécies que dependem de ecossistemas
aquáticos, como garças e socós.
Objetivos - Proteger os recursos hídricos, a biodiversidade e a estrutura
da vegetação;
- Pesquisa científica para compreensão dos ecossistemas e das
intervenções antrópicas, com monitoramento das ações de
manejo implementadas;
-preservação e recuperação das nascentes da área “1” da R-3
(Figura 22);
-Promover continuidade de habitat, com o papel de corredor
de biodiversidade, garantindo fluxo gênico;
-Recarga do lençol freático;
-Manter a integridade do ambiente natural.
Atividades Permitidas -Pesquisas científicas, mediante autorização da SDS;
-Eventuais atividades de manejo visando o aumento de
biodiversidade acompanhadas de monitoramento, mediante
autorização da SDS, caso seja necessário (ex.: manejar uma
vegetação dominante, o solo ou corpos d’água (ex.
eutrofização);
-Fiscalização.
Restrições -Uso público;
-Construção de qualquer infraestrutura.

65
Áreas de preservação permanente (APP) com áreas úmidas alteradas (R-1 e R-2)

APP com áreas úmidas alteradas na R-1 e R-2.


Tipo de zona de manejo Recuperação e futura zona intangível com uma faixa de uso
(R-1 e R-2) extensivo
Localização no mapa R-1: Áreas representadas pelos números 4 e 6
(Figuras 20 e 21) R-2: Áreas representadas pelo número 4
Definição -Zona provisória, que uma vez restaurada, será incorporada
novamente a uma das zonas permanentes;
-Contém áreas consideravelmente antropizadas com
resiliência comprometida e áreas com expressão média a
elevada de regeneração natural.
De acordo com a lei 12651/2012 e lei 12727/2012, considera-
se APP: (1) as faixas marginais de largura mínima de 30m
para qualquer curso d’água natural perene e intermitente de
menos de dez metros de largura; (2) as áreas no entorno de
lagos com superfície superior a 1 ha em zona urbana com
largura mínima de 30m; (3) áreas no entorno de nascentes no
raio mínimo de 50m; (4) áreas no entorno de veredas, em
faixa de no mínimo 50m a partir do espaço
permanentemente brejoso e encharcado.

66
Justificativa São regiões com vegetação alterada ou solo exposto próximas
a rios, com nascentes em diferentes níveis de degradação.
Englobam ecossistemas de campos úmidos e buritizais que
precisam ser restaurados, uma vez que são conhecidamente
importantes para a manutenção de nascentes. Em alguns
trechos o rio corre ao lado de barrancos com solo exposto,
evidenciando um dos processos erosivos que ocorre na área
por conta do rompimento de uma antiga barragem, que havia
sido construída para captação de água, degradando as
margens do córrego Nilza. Era um local com trânsito de
maquinário (ex. caminhões), compactando o solo. Tem poços
com nascentes que devem ser restaurados, pois atualmente
encontram-se com resíduos sólidos, assoreamento e
eutrofização da água em muitos trechos.
Objetivos -Restaurar e manejar a estrutura e a função da vegetação, para
futuramente ser incorporada como zona intangível (Figuras
20 e 21);
-Contemplação da natureza;
-Conservação da fauna e flora silvestre;
-Manutenção de conectividade florestal;
-Proteção dos recursos hídricos.
Atividades Permitidas -Pesquisa científica;
-Uso público com fins educativos e de contemplação da
natureza em trilha específica a ser designada no interior da
faixa de Zona de Uso Extensivo, respeitando-se a conduta
para este tipo de uso (seção 14);
-Construção de trilha sensitiva para acessibilidade e inclusão
de pessoas portadoras de necessidades especiais e pontos de
contemplação como um mirante ou um deque, devendo ser
uma construção simples de baixo impacto ambiental, em
harmonia entre ambiente natural e construído, respeitando a
resolução CONAMA no. 369/2006 e as normas e restrições
relacionadas à zona intangível;
-Eventuais atividades de manejo visando o aumento de
biodiversidade acompanhadas de monitoramento, mediante
autorização da SDS;
Restrições -Uso público é restrito a fins educativos e de contemplação da
natureza, em trilha específica a ser designada no interior da
faixa de Zona de Uso Extensivo, respeitando-se a conduta
para este tipo de uso (seção 14);
-O uso de maquinário na faixa de uso extensivo é restrito à

67
situações emergenciais como incêndio florestal, limpeza,
abertura e pavimentação de trilha.

68
Áreas de preservação permanente (APP) com áreas úmidas alteradas (R-3)

APPs com áreas úmidas alteradas na R-3 (Fotos na parte superior: Pedro H. D. Sandmann. Foto na parte inferior: Christine S. S. Bernardo)
Localização no mapa (Figura 22) Regiões inseridas em APP representadas pelo número 2.
Justificativa São regiões com vegetação alterada próximas ao córrego Nilza, frequentemente com nascentes em diferentes níveis de

69
degradação. Englobam ecossistemas de campos úmidos que precisam ser restaurados, uma vez que são conhecidamente
importantes para a manutenção de nascentes, além de proporcionar ninho e abrigo para espécies que dependem de
ambiente aquático como jaçanãs, socós e garças (seção 9.5.5).
Tipo de zona de Definição Objetivos Atividades Permitidas Restrições
manejo
Recuperação -Zona provisória, que uma FUTURA ZONA INTANGÍVEL
vez restaurada, será
-Restauração e manejo da estrutura e a - Pesquisa científica para compreensão - Infraestrutura;
incorporada novamente a
função da vegetação, para futuramente ser dos ecossistemas e das intervenções - Uso de maquinário.
uma das zonas
incorporada como zona intangível; antrópicas, com monitoramento das
permanentes;
-Conservação da fauna e flora silvestre; ações de manejo implementadas;
-Contém áreas
-Manutenção de conectividade florestal; - Estudos para caracterização dos
consideravelmente
-Proteção dos recursos hídricos. recursos hídricos;
antropizadas com
-Eventuais atividades de manejo visando
resiliência comprometida
o aumento de biodiversidade
e áreas com expressão
acompanhadas de monitoramento,
média a elevada de
mediante autorização da SDS;
regeneração natural.
- Recuperação de nascentes, mediante
autorização da SDS e estudos científicos.
De acordo com a lei
12651/2012 e lei
12727/2012), considera-se
APP: (1) as faixas FUTURA ZONA DE USO EXTENSIVO
marginais de largura
- Educação ambiental, contemplação da -Poderá ser feito uso público com fins -Uso público é restrito a fins
mínima de 30m para
natureza e reflexão sobre a degradação educativos e de contemplação da educativos e de contemplação da
qualquer curso d’água
ambiental causada pelos seres humanos; natureza dentro da faixa de zona de uso natureza e sensibilização
natural perene e
- Pesquisa científica para compreensão dos extensivo, respeitando-se a conduta para ambiental;
intermitente de menos de
ecossistemas e das intervenções este tipo de uso (seção 14); -A trilha deve ser restrita à área
dez metros de largura;
antrópicas, com monitoramento das ações -Construção de trilha sensitiva para de maior elevação, poupando as
(2) as áreas no entorno de
de manejo implementadas. acessibilidade e inclusão de pessoas áreas de campo úmido na
lagos com superfície

70
superior a 1 ha em zona portadoras de necessidades especiais e baixada, exceto trecho visando
urbana com largura ponto de contemplação como um sensibilização ambiental, que
mínima de 30m; (3) áreas deque, devendo ser uma construção pode ser localizado em uma área
no entorno de nascentes simples de baixo impacto ambiental, em de nascente a ser recuperada,
no raio mínimo de 50m; harmonia entre ambiente natural e para reflexão sobre a importância
(4) áreas no entorno de construído, respeitando a resolução de recuperação de nascentes em
veredas, em faixa de no CONAMA no. 369/2006 se for APP alterada e da proteção de
mínimo 50m a partir do necessário supressão de vegetação em áreas úmidas. Tal trilha está
espaço permanentemente APP; representada na figura 22
brejoso e encharcado. -A construção de trilha pavimentada (partindo da área “8” da R-3 em
deve prever práticas de conservação do direção à área “14”), mas seu
solo e da água; traçado é ilustrativo pois
-Infraestrutura para descanso e recomenda-se estudo para melhor
contemplação da natureza (ex.: local de visibilidade da beleza
Pergolados com bancos). cênica e viabilidade técnica do
terreno, em conjunto com a SDS
e COMAM;
- Maquinário pode ser usado,
desde que executado com menor
impacto possível.

71
Áreas dominadas por capins exóticos e regeneração de espécies arbóreas na R-1 e R-2

Áresa dominadas por capins exóticos e regeneração de espécies arbóreas na R-1, Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, Brasil (Fotos: Christine S. S. Bernardo)

Tipo de zona de manejo (R-1) Recuperação e futura zona primitiva


Localização no mapa (Figura 20 e R-1: Área representada pelo número 2
21) R-2: Área representada pelo número 3
Definição -Zona provisória, que uma vez restaurada, será incorporada à zona primitiva;
-Contém áreas consideravelmente antropizadas com resiliência comprometida e áreas com expressão média a
elevada de regeneração natural.
Justificativa Área com capins exóticos como Brachiaria spp. e regeneração de espécies arbóreas nativas. A vegetação alterada e
áreas de solo exposto precisam ser restauradas, incluindo regiões com processos erosivos ocasionados por
escoamento de água de superfície oriunda de chuvas. É utilizada por espécies de mamíferos de médio e grande
porte como antas, tamanduás-bandeira, tamanduás-mirim e cutias.
Objetivos -Restaurar e manejar a vegetação, para futuramente se tornar zona primitiva;
-Ao se tornar zona primitiva, serão considerados os objetivos, atividades permitidas e restrições designadas para

72
áreas de zona primitiva.
Atividades Permitidas -Pesquisas científicas, mediante autorização da SDS;
-Atividades de restauração da vegetação e manejo, acompanhadas de monitoramento, mediante autorização da
SDS;
-Fiscalização;
-É permitida a construção de infraestruturas provisórias de baixo impacto ambiental, que sejam indispensáveis aos
trabalhos de restauração florestal.
Restrições -Uso público
Área dominada por capins exóticos e regeneração de espécies arbóreas na R-3

Área dominada por capins exóticos e regeneração de espécies arbóreas na R-3, Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, Brasil (Fotos: Christine S. S. Bernardo)

Tipo de zona de manejo (R-3) Recuperação e futura zona intangível

73
Localização no mapa (Figura 22) Área representada pelo número 6
Definição -Zona provisória, que uma vez restaurada, será incorporada novamente a uma das zonas permanentes;
-Contém áreas consideravelmente antropizadas com resiliência comprometida e áreas com expressão média a
elevada de regeneração natural.
Justificativa Faixa de capins exóticos como Brachiaria spp. e regeneração de espécies arbóreas nativas, localizada entre áreas de
cobertura florestal nativa. Sua restauração implica no aumento de conectividade florestal e aumento de habitat
disponível para espécies arborícolas que utilizam a área (ex. macaco-aranha-da-cara-branca Ateles
marginatus,ameaçado de extinção, e outras 3 espécies de primatas.
Objetivos -Restauração e manejo da estrutura e a função da vegetação, para futuramente ser incorporada como zona
intangível;
-Ao se tornar zona intangível, serão considerados os objetivos, atividades permitidas e restrições designadas para
áreas de zona intangível
-Conservação da fauna e flora silvestre;
-Manutenção de conectividade florestal.
Atividades Permitidas - Pesquisa científica para compreensão dos ecossistemas e das intervenções antrópicas, com monitoramento das
ações de manejo implementadas, mediante autorização da SDS;
-Atividades de restauração da vegetação e manejo, acompanhadas de monitoramento, mediante autorização da
SDS;
-Fiscalização;
-É permitida a construção de infraestruturas provisórias de baixo impacto ambiental, que sejam indispensáveis aos
trabalhos de restauração florestal.
Restrições - Infraestrutura;
- Uso de maquinário;
-Uso público.

Área dominada por capins exóticos e regeneração de espécies arbóreas na R-1

74
Área dominada por capins exóticos e regeneração de espécies arbóreas na R-1 (Área “3”, Figura 20) (Foto: Christine S. S. Bernardo)

Tipo de zona de manejo (R-1 ) Recuperação e futura zona primitiva, de uso extensivo e de uso intensivo.
Localização no mapa (Figura 20) Área representada pelo número 3
Justificativa Apresenta predominância de capins exóticos como Brachiaria spp. e a regeneração de espécies arbóreas nativas, que
são esparsas em algumas regiões. O processo de restauração de áreas com predominância de capim é mais custoso,
o que faz esta área ter grande vocação para a alocação de infraestrutura que permita o desfrute do tempo livre das
pessoas em meio à natureza e a sensibilização dos visitantes para a importância de unidades de conservação como o
PNMJB. Áreas de capim com regeneração de espécies arbóreas nativas serão restauradas, com objetivo de
aumentar a disponibilidade de habitat florestal para espécies que utilizam a região como antas, tamanduás-
bandeira, tamanduás-mirim e cutias. Há regiões com processos erosivos ocasionados por escoamento de água de
superfície oriunda de chuvas que necessitam de atenção especial (ver seção 15 - Programas de Gestão).
Tipo de zona Definição Objetivos Atividades Permitidas Restrições

75
de manejo
Recuperação -Zona provisória; FUTURA ZONA PRIMITIVA: uma faixa de 30m a partir das áreas existentes de cobertura florestal
-Contém áreas terá restauração e manejo da vegetação, para futuramente se tornar zona primitiva.
consideravelmente -Restaurar e manejar a -Ao se tornar zona primitiva, serão -Ao se tornar zona
antropizadas com resiliência vegetação; consideradas as atividades permitidas para primitiva, serão
comprometida; -Ao se tornar zona áreas de zona primitiva. consideradas as restrições
-Contem áreas com expressão primitiva, serão designadas para áreas de
média a elevada de considerados os objetivos zona primitiva.
regeneração natural; designados para áreas de
-Uma vez restaurada, será zona primitiva da R-1.
incorporada novamente a uma
das zonas permanentes. FUTURA ZONA DE USO EXTENSIVO: algumas trilhas existentes serão mantidas como zona de uso
extensivo, atentando para as práticas de conservação do solo e da água.
-Promover a educação e a -Educação ambiental em trilha na faixa de -O uso de maquinário é
sensibilização ambiental; zona de uso extensivo; restrito à manutenção e
-Incentivar o lazer em -Recreação em contato com a natureza, como limpeza da área, ou em
contato com a natureza. caminhada, em trilha na faixa de zona de uso situações emergenciais
extensivo; como incêndio florestal.
-Aulas com temáticas ambientais relevantes, -As infraestruturas de
respeitando a conduta para este tipo de uso acessibilidade devem ser
(seção 14), em trilha na faixa de zona de uso simples e de baixo impacto
extensivo; ambiental.
-Desenvolvimento de projetos de ensino,
pesquisa e extensão, incluindo
monitoramento;
-É permitido pavimento para evitar erosão;
-Fiscalização.
FUTURA ZONA DE USO INTENSIVO

76
-Promover a educação e a -Infraestrutura de apoio à educação ambiental, -A implementação de
sensibilização ambiental; pesquisa científica e visitação. qualquer infraestrutura
-Incentivar o lazer em deve seguir as normas
contato com a natureza; previstas neste plano de
-Recuperar áreas com manejo e a legislação
erosão. ambiental pertinente. A
implementação da
infraestrutura não deve
gerar impacto no lençol
freático, e não deve colocar
em risco a integridade da
biodiversidade do PNMJB.
Área dominada por capins exóticos e regeneração de poucas espécies arbóreas na R-3

Área dominada por capins exóticos e regeneração de poucas espécies arbóreas na R-3, Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop-MT, Brasil (Fotos: Christine S. S. Bernardo)

Tipo de zona de manejo (R-3) Uso extensivo


Localização no mapa (Figura Área representada pelo número 3.

77
22)
Definição -Zona de proteção média;
-Constituída em sua maior parte por áreas não degradadas, podendo apresentar algumas alterações humanas;
-Diferentes potencialidades de conservação da biodiversidade e de uso para o lazer e a educação;
-Transição entre as zonas primitiva e de uso intensivo.
Justificativa Apresenta áreas com vegetação alterada, como por exemplo predominância de capins exóticos como Brachiaria spp., que
são de alto custo para restauração florestal. Esta área tem grande vocação para a alocação de infraestrutura que permita o
desfrute do tempo livre das pessoas em meio à natureza e a sensibilização dos visitantes para a importância de uma cidade
ter unidades de conservação como o PNMJB.
Objetivos -Promover a educação e a sensibilização ambiental;
-Incentivar o lazer em contato com a natureza.
Atividades Permitidas -É permitido trilha pavimentada para garantia de acessibilidade e práticas esportivas como caminhada;
-Restauração da vegetação para fins paisagísticos e de conforto térmico, além de eventuais atividades de manejo visando o
aumento de biodiversidade acompanhadas de monitoramento, mediante autorização da SDS;
-Atividades de educação e sensibilização ambiental.
Restrições - Maquinário pode ser usado, desde que executado com menor impacto possível.

78
Avenida Itaúbas e trilha de mountain bike na R-2 e R-1

Na foto à esquerda, fragmentação florestal do PNMJB, que ocorreu com a abertura da


Av. Itaúbas. À direita, trecho da trilha utilizada por ciclistas no interior da R-2 e R-1.
Tipo de zona de manejo Uso conflitante
(R-1, R-2 e R-3)
Localização no mapa R-1: Áreas representadas pela linha vermelha (trilha de
(Figuras 20 a 22) mountain bike)
R-2: Áreas representadas pela linha vermelha (trilha de
mountain bike) e número 5
R-3: Áreas representadas pelo número 5
Definição Zona de proteção mínima. São áreas ocupadas por
empreendimentos de utilidade pública que conflitam com
os objetivos da unidade de conservação, como linhas de
transmissão e vias públicas.
Justificativa A construção da Av. Itaúbas resultou na fragmentação
florestal do PNMJB em dois blocos de floresta (um bloco
formado pela R-1 e R-2, e um bloco formado pela R-3). Na
época não foi prevista nenhuma infraestrutura para
mitigação deste dano ambiental, que comprometeu a
mobilidade de algumas espécies menos tolerantes à
urbanização e áreas abertas. Em 2014 houve a pavimentação
de calçadão para caminhada e ciclovia no canteiro central
da avenida Itaúbas, com plantio de árvores jovens, além de
iluminação em 2015.
Na R-1 e R-2 há o circuito de trilha de mountain bike feito e
usado por associados da APEES (Figuras 20 e 21), e que
vem sendo mantido por este grupo esportivo. Partes desta
trilha sobrepõem a áreas de APP, que tem alta importância

79
para a biodiversidade. O traçado da trilha foi sendo
adaptado ao longo destas décadas pelo grupo, adotando-se
medidas para minimizar impactos potenciais como a erosão
e aproveitando-se a configuração do relevo, apropriada para
esta atividade esportiva. A presença deste grupo no PNMJB
minimiza algumas ameaças como incêndio florestal e
descarte de resíduos sólidos no interior do parque, bem
como inibe a entrada de pessoas para retirada ilegal de
recursos florestais. O grupo também realiza atividades de
educação e sensibilização ambiental
(http://apees.com.br/quem-somos/).
Objetivos Estabelecer procedimentos que minimizem os impactos
provocados por empreendimentos de utilidade pública e
atividades que conflitam com os objetivos de conservação
do PNMJB.
Atividades Permitidas -Pesquisa e monitoramento da movimentação da fauna
entre a R-3 e R-2 para potencial implementação de medidas
mitigadoras para passagem de fauna terrestre e arborícola;
-Pesquisa e monitoramento do potencial impacto da trilha
de mountain bike na biodiversidade e no meio físico, além
de estudos que determinam a capacidade de carga da trilha;
-Fiscalização.
Restrições -Qualquer intervenção para manutenção da avenida que
cause impactos ao parque deverá ser previamente autorizada
pela gestão do PNMJB;
-Para evitar exceder a capacidade de carga da trilha de
mountan bike e prejudicar o meio físico e a biodiversidade
do parque, o uso desta trilha deve ser feito por ciclistas
mediante comunicação prévia à SDS e APEES, que por sua
vez deverá atualizar periodicamente as informações de uso
da trilha ao Conselho Consultivo do PNMJB.

80
Cobertura florestal com espécies nativas regeneradas na R-3

Cobertura florestal com espécies nativas regeneradas na R-3 (Foto: Christine S.S. Bernardo)

Tipo de zona de manejo (R- Uso intensivo


3)
Localização no mapa Região indicada pelo número 7.
(Figura 22)
Definição -Zona de proteção mínima;
-Áreas parcialmente alteradas, onde se localizam as
estruturas serviços de apoio para visitação, mantendo o
ambiente mais próximo possível do natural.
Justificativa O bloco de mata regenerada está localizado na entrada do
parque, podendo ser suprimido para alocar infraestrutura de
apoio à uso público se necessário, desviando de árvores
nativas de importância para fauna e educação ambiental,
incluindo as ameaçadas de extinção.
Objetivos -Incentivar o lazer em contato com a natureza;
-Promover a educação e a sensibilização ambiental.
Atividades Permitidas -Infraestrutura de apoio e atividades de educação ambiental,
visitação e esporte em contato com a natureza.
Restrições -A implementação de qualquer infraestrutura deve seguir as
normas previstas neste plano de manejo e a legislação
ambiental pertinente. A implementação da infraestrutura
não deve gerar impacto no lençol freático, e não deve
colocar em risco a integridade da biodiversidade do PNMJB;
- Qualquer infraestrutura a ser implementada nesta zona
deve ser acompanhada pela SDS, conselho consultivo do
PNMJB e COMAM.

81
Reflorestamentos com espécies nativas e exóticas de uso econômico (R-3)

Restauração florestal com fins de ornamentação, educativos e de beleza cênica, feita desde a década de
2000 na R-3 do PNMJB, Sinop–MT, Brasil (Fotos: Christine S. S. Bernardo)

Tipo de zona Primitiva


de manejo (R-
3)
Localização no Região indicada pelo número 8.
mapa (Figura
22)
Definição -Zona de alto grau de proteção;
-Regiões onde tenha ocorrido pouca intervenção humana, de grande
relevância ecológica e científica;
-Transição entre a zona intangível e a zona de uso extensivo.
Justificativa Áreas com cobertura florestal resultantes de reflorestamentos com
espécies nativas e exóticas de uso econômico, sob coordenação de Roque
Canelli, importantes por serem habitat e recurso alimentar para a fauna.
Esta área de plantio de espécies nativas e exóticas de uso econômico
também conta um pouco da história de Sinop, sendo de relevância
histórico-cultural.
Objetivos -Contemplação da natureza;
-Conservação da fauna e flora silvestre;
-Manutenção de conectividade florestal;
Atividades -Uso público com fins educativos e de contemplação da natureza em

82
Permitidas área específica a ser designada no interior da faixa de Zona de Uso
Extensivo.
-Construção de trilhas sensitivas para acessibilidade e inclusão de
pessoas portadoras de necessidades especiais dentro da largura de faixa
de uso extensivo permitida;
-A construção de trilhas pavimentadas deve prever práticas de
conservação do solo e da água;
-Pesquisas científicas, mediante autorização da SDS;
-Aulas com temáticas ambientais relevantes, respeitando-se a conduta
para este tipo de uso (seção 14);
-Construção de estruturas abertas com telhado, em harmonia entre
ambiente natural e construído, sem a supressão de árvores, como ponto
de apoio para aulas práticas ao ar livre, assim como cursos e afins ligados
à temática ambiental e escotismo; este espaço deve ter bancos e mesas,
abrigados da chuva e sol;
-Fiscalização;
-As atividades permitidas não poderão comprometer a integridade dos
recursos naturais.
Restrições -Uso público restrito a fins educativos e de contemplação da natureza, na
faixa de Zona de Uso Extensivo;
- Qualquer infraestrutura a ser implementada nesta zona deve ser
simples de baixo impacto ambiental, sem supressão de árvores, em
harmonia entre ambiente natural e construído, acompanhada pela SDS
e COMAM.

83
Áreas de solo exposto na R-3 (região da área “8”)

Áreas de solo exposto na área 8 (Figura 22) da R-3 no Parque Natural Municipal Jardim Botânico,
Sinop–MT, Brasil (Foto: Christine S. S. Bernardo), classificado como solo nu (Figura 14) .
Tipo de zona de manejo Recuperação e futura zona primitiva com faixa de uso
extensivo
Localização no mapa Região da R-3 representada pela cor roxa (classe solo nu –
(Figura 14) Figura 14).
Definição -Zona provisória;
-Contém áreas consideravelmente antropizadas com
resiliência comprometida;
-Contem áreas com expressão média a elevada de regeneração
natural;
-Uma vez restaurada, será incorporada novamente a uma das
zonas permanentes.
Justificativa Estas áreas tem potencial de uso público visando educação e
sensibilização ambiental.
Objetivos -Restaurar e manejar a vegetação, para futuramente se tornar
zona primitiva;
-Ao se tornar zona primitiva, serão considerados os objetivos,
atividades permitidas e restrições designadas para áreas de
zona primitiva;
-Implementar unidades demonstrativas de projetos
sustentáveis como bioconstruções e princípios de
permacultura, com divulgação para a população sobre estas
boas práticas;
-Implementar unidades demonstrativas com diferentes
técnicas de restauração florestal;
-Parceria com universidades locais para o desenvolvimento de

84
projetos sustentáveis, que abrangem cursos de engenharia
civil, arquitetura e urbanismo, engenharia florestal, ciências
biológicas e áreas afins.
Atividades Permitidas -Pesquisas científicas, mediante autorização da SDS;
-Atividades de restauração da vegetação e manejo,
acompanhadas de monitoramento, mediante autorização da
SDS;
-Fiscalização;
-É permitida a construção de infraestruturas provisórias de
baixo impacto ambiental, que sejam indispensáveis aos
trabalhos de restauração florestal;
-Uso público com fins educativos e de contemplação da
natureza em área específica a ser designada no interior da
faixa de Zona de Uso Extensivo;
-Construção de trilhas sensitivas para acessibilidade e
inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais
dentro da largura de faixa de uso extensivo permitida;
-A construção de trilhas pavimentadas deve prever práticas de
conservação do solo e da água;
-Placas sinalizadoras e informativas ligadas à temática
ambiental;
-Demonstrações de projetos que visam a sustentabilidade
devem ser feitas mediante autorização da SDS, utilizando
tecnologias sustentáveis e materiais ecológicos, princípios de
permacultura e bioconstrução;
-Ao longo da faixa de uso extensivo podem ser estabelecidos
o total de três pontos de convivência de no máximo 15m de
diâmetro para colocação de infraestrutura de apoio à
visitação para descanso, prática de esportes em meio à
natureza, atividades de educação ambiental e/ou
contemplação da natureza (ex.: Pergolados com bancos);
-Placas informativas (ex.: placas de identificação de fauna e
flora, boas práticas sustentáveis, placas de sinalização).
Restrições -Uso público é restrito a fins educativos e de contemplação
da natureza, na faixa de Zona de Uso Extensivo;
- Qualquer infraestrutura a ser implementada nesta zona
deve ser simples de baixo impacto ambiental, sem a supressão
de árvores, e em harmonia entre ambiente natural e
construído, acompanhada pela SDS e COMAM.

85
Trilha principal já existente na R-3

Trilha principal na R-3, Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, Brasil
(Foto: Christine S. S. Bernardo)

Tipo de zona de manejo Uso extensivo


(R-3)

Localização no mapa Linha representada pela cor marrom (Figura 14)


(Figura 14)
Definição -Zona de proteção média;
-Constituída em sua maior parte por áreas não degradadas,
podendo apresentar algumas alterações humanas;
-Diferentes potencialidades de conservação da biodiversidade
e de uso para o lazer e a educação;
-Transição entre as zonas primitiva e de uso intensivo.
Justificativa A trilha já existe e dá acesso aos atrativos do PNMJB sem a
necessidade de suprimir a vegetação.
Objetivos -Promover a educação e a sensibilização ambiental;
-Incentivar o lazer em contato com a natureza;
-Dar acessibilidade para conhecer a biodiversidade regional;
-Servir como extensão das escolas, universidades e outras
instituições educativas para aulas práticas de meio ambiente
e boas práticas de sustentabilidade.
Atividades Permitidas -Uso público com fins educativos, de contemplação da

86
natureza, respeitando-se a conduta para este tipo de uso
(seção 14);
-Construção de trilhas sensitivas para acessibilidade e
inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais em
faixa de zona de uso extensivo;
-A construção de trilhas pavimentadas deve prever práticas de
conservação do solo e da água;
-Faixa de uso extensivo para alocar trilhas e infraestrutura de
apoio à visitação como bancos e pergolados;
-Ao longo da faixa de uso extensivo podem ser estabelecidos
o total de três pontos de convivência de no máximo 15m de
diâmetro para colocação de infraestrutura de apoio à
visitação para descanso, prática de esportes em meio à
natureza e/ou contemplação da natureza (ex.: Pergolados
com bancos);
-Placas informativas (ex.: placas de identificação de fauna e
flora, boas práticas sustentáveis).
Restrições -Uso público é restrito a pedestres, e com fins educativos e de
contemplação da natureza;
-Uso restrito à trilha já existente;
-A trilha deve respeitar a vegetação local, desviando de
árvores nativas com mais de 5 cm de DAP (diâmetro na atura
do peito), incluindo as ameaçadas de extinção e de
importância para fauna e educação ambiental;
-A construção de trilhas pavimentadas deve prever práticas de
conservação do solo e da água;
-Maquinário pode ser usado, desde que executado com
menor impacto possível;
-Intervenções nesta zona de manejo devem ser acompanhada
pela SDS e COMAM.

87
Área de cobertura florestal de espécie nativa dominante (R-3)

Área de floresta com predominância de Croton urucurana Baill. (sangra d’água) no PNMJB, Sinop–MT
(Foto: Christine S.S. Bernardo).

Tipo de zona de manejo (R- Recuperação e e futura zona primitiva


3)
Localização no mapa Região indicada pelo número 9.
(Figura 22)
Definição -Zona provisória;
-Contém áreas consideravelmente antropizadas com
resiliência comprometida;
-Contem áreas com expressão média a elevada de
regeneração natural;
-Uma vez restaurada, será incorporada novamente a uma
das zonas permanentes.
Justificativa Área de cobertura florestal com dominância da espécie
nativa Croton urucurana Baill. (sangra d’água) comum em
ambientes de solo mais úmido e melífera, com floração
durante um longo período do ano50.
Objetivos -Restaurar e manejar a vegetação, para futuramente se
tornar zona primitiva;
-Ao se tornar zona primitiva, serão considerados os
objetivos, atividades permitidas e restrições designadas para
áreas de zona primitiva.
Atividades Permitidas -Pesquisas científicas, mediante autorização da SDS;
-Atividades de restauração da vegetação e manejo,
acompanhadas de monitoramento, mediante autorização da
SDS;
-Fiscalização;

88
-É permitida a construção de infraestruturas provisórias de
baixo impacto ambiental, que sejam indispensáveis aos
trabalhos de restauração florestal.
Restrições -uso público permitido apenas na faixa de zona de uso
extensivo

Ambiente composto predominantemente por espécies exóticas dominantes (R-3)

Parte da região da área 11 na R-3 (Foto: Christine S.S. Bernardo)

Tipo de zona de manejo Zona de uso intensivo


Localização no mapa Região indicada pelo número 11
(Figura 22)
Definição -Zona de proteção mínima;
-Áreas parcialmente alteradas, onde se localizam as estruturas e
serviços de apoio para visitação, mantendo o ambiente mais
próximo possível do natural.
Justificativa Esta área designada como zona de uso intensivo tem uma
região com cobertura florestal onde leucenas são dominantes,
uma região de dominância de capins exóticos e uma região
com um misto de capins exóticos e dominância de mamona
Ricinus communis L. Uma parte da área 2 (mata nativa)
adjacente à área de gramíneas exóticas (Figura 22) pode ser
suprimida, caso necessário, desviando de espécies da vegetação

89
nativas com mais de 5 cm de DAP (diâmetro na atura do
peito), ameaçadas de extinção, de importância para a fauna
e/ou de relevância para a sensibilização ambiental.
Objetivos -Promover a educação e a sensibilização ambiental;
-Incentivar o lazer em contato com a natureza;
-Práticas esportivas.
Atividades Permitidas -Infraestrutura de apoio para atividades de contemplação da
natureza, práticas esportivas e lazer;
Restrições -A implementação de qualquer infraestrutura deve seguir as
normas previstas neste plano de manejo e a legislação
ambiental pertinente. A implementação da infraestrutura não
deve gerar impacto no lençol freático, e não deve colocar em
risco a integridade da biodiversidade do PNMJB no momento
da construção;
-As construções devem prever práticas de conservação do solo
e da água;
- Qualquer infraestrutura a ser implementada nesta zona deve
ser acompanhada pela SDS, conselho consultivo do PNMJB e
COMAM;
- Maquinário pode ser usado, desde que executado com
menor impacto possível;

Área de cobertura florestal de espécie exótica dominante (R-3)

Área de cobertura florestal de espécie exótica dominante na R-3 (Fotos: Christine S.S.Bernardo )
Tipo de zona de manejo Recuperação e futura zona primitiva
Localização no mapa Região indicada com o número 10.
(Figura 22)
Definição -Zona provisória;
-Contém áreas consideravelmente antropizadas com resiliência
comprometida;
-Contem áreas com expressão média a elevada de regeneração

90
natural;
-Uma vez restaurada, será incorporada novamente a uma das
zonas permanentes.
Justificativa Área com cobertura florestal dominada por Leucaena
leucocephala (Lam.) de Wit, que apresenta regeneração natural
com plântulas, jovens e adultos de pelo menos nove espécies
arbóreas nativas pertencentes a pelo menos 11 famílias e 12
gêneros, de estágios de sucessão mais avançados, que se
beneficiam do sombreamento da copa paucifoliada da leucena
(pouco densa, com poucas folhas) (Anexo C). No PNMJB,
ocorrem espécies de aves que já foram observadas em outras
áreas se alimentando dos frutos secos imaturos e sementes de
leucena, como a maracanã-pequena Diopsittaca nobilis35.
Portanto, esta cobertura florestal tem o potencial de abrigo e
recurso alimentar para algumas espécies da fauna. A
restauração de leucenais é uma prática que pode ser
estimulada, recomendando-se ter unidades demonstrativas de
restauração em áreas do leucenal, para que as diversas técnicas
de restauração florestal sejam difundidas entre as pessoas,
como o enriquecimento com espécies nativas de estágios mais
avançados de sucessão ecológica, com o intuito de acelerar o
processo de regeneração natural da área, acompanhado de
pesquisa e monitoramento.
Objetivos -Restaurar e manejar a vegetação, para futuramente se tornar
zona primitiva;
-Disseminar boas práticas de restauração florestal;
-Ao se tornar zona primitiva, serão considerados os objetivos,
atividades permitidas e restrições designadas para áreas de
zona primitiva.
Atividades Permitidas -Pesquisas científicas, mediante autorização da SDS;
-Atividades de restauração da vegetação e manejo,
acompanhadas de monitoramento, mediante autorização da
SDS;
-Implementação de unidades demonstrativas de restauração
em áreas do leucenal, para que as práticas e técnicas de
restauração florestal sejam difundidas;
-Fiscalização;
-Placas informativas e de sinalização esteticamente integradas
na paisagem (ex.: placas de identificação de fauna e flora, boas
práticas sustentáveis, orientações ao visitante, sinalização de
distância percorrida, etc), a exemplo do que já está sendo

91
realizado em outras unidades de conservação brasileiras e de
outros países44;
-Na faixa de uso extensivo é permitido a colocação de
estruturas de desncanso e contemplação, como por exemplo
bancos e pérgolas.
-É permitida a construção de infraestruturas provisórias de
baixo impacto ambiental, que sejam indispensáveis aos
trabalhos de restauração florestal.
Restrições -Uso público restrito à pedestres na faixa de uso extensivo,
com objetivo de promover a educação e a sensibilização
ambiental, incentivar o lazer em contato com a natureza,
respeitando-se a conduta para este tipo de uso (seção 14);
-A construção de trilhas pavimentadas deve prever práticas de
conservação do solo e da água;
-A trilha a ser construída na faixa de uso extensivo deve
respeitar a vegetação local, desviando de árvores nativas com
mais de 5 cm de DAP (diâmetro na atura do peito), incluindo
as ameaçadas de extinção e/ou de importância para fauna e
educação ambiental;
-A construção de trilhas pavimentadas deve prever práticas de
conservação do solo e da água;
-Maquinário pode ser usado, desde que executado com menor
impacto possível;
- Qualquer intervenção nesta zona de manejo deve ser
acompanhada pela SDS, conselho consultivo do PNMJB e
COMAM.

92
Solo exposto (R-3)

Área de solo exposto na R-3, ao lado da Av. Sibipirunas, Sinop, MT, Brasil (Foto: Christine S.S. Bernardo)

Localização no mapa (Figura 22) Região indicada pelo número 12.


Justificativa São regiões com solo exposto, na fronteira com o limite leste da R-3
Tipo de zona Definição Objetivos Atividades Permitidas Restrições
de manejo
Recuperação -Zona provisória, FUTURA ZONA DE USO EXTENSIVO
que uma vez
-Promover a educação e a -É permitido trilha pavimentada para - Maquinário pode ser usado, desde que executado
restaurada, será
sensibilização ambiental; práticas esportivas como caminhada e com menor impacto possível.
incorporada
-Incentivar o lazer em contato ciclismo, e para acessibilidade e inclusão
novamente a uma
com a natureza. de pessoas portadoras de necessidades
das zonas
especiais;
permanentes;
-A construção de trilhas pavimentadas
-Contém áreas
deve prever práticas de conservação do
consideravelmente
solo e da água;
antropizadas com
-Restauração da vegetação para fins

93
resiliência paisagísticos e de conforto térmico, além
comprometida e de eventuais atividades de manejo visando
áreas com o aumento de biodiversidade
expressão média a acompanhadas de monitoramento,
elevada de mediante autorização da SDS;
regeneração -Atividades de educação e sensibilização
natural. ambiental.
FUTURA ZONA DE USO INTENSIVO
-Promover a educação e a -Uso público com fins educativos e de - Maquinário pode ser usado, desde que executado
sensibilização ambiental; recreação em contato com a natureza; com menor impacto possível;
-Incentivar o lazer em contato -Infraestrutura de apoio à educação -A infraestrutura restringe-se a quadras esportivas,
com a natureza; ambiental e visitação. trilhas pavimentadas, equipamentos de uso público
(ex.: bancos em pergolados, academia ao ar livre,
parque infantil) e infraestrutura de apoio à
educação ambiental;
-A implementação de qualquer infraestrutura deve
seguir as normas previstas neste plano de manejo e
a legislação ambiental pertinente. A implementação
da infraestrutura não deve gerar impacto no lençol
freático, e não deve colocar em risco a integridade
da biodiversidade do PNMJB.

94
Figura 23. Zoneamento interno do Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, Brasil.

13.3. Zona de amortecimento


Além das zonas internas de manejo do PNMJB (Figura 23), foi delimitada a zona
de amortecimento (Figura 24), que é definida como o “entorno de uma unidade de
conservação onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas,
com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade” (Artigo 2 o, Inciso
XVIII, Lei 9985/2000). O objetivo da zona de amortecimento (ZA) é manter os processos
ecológicos no interior da unidade de conservação e minimizar os efeitos e as
consequências negativas provocadas por atividades humanas em seu entorno. Os processos
ecológicos envolvem a movimentação dos animais na paisagem, desempenhando papeis
relevantes ao ecossistema como a polinização e dispersão de sementes.
A ZA do PNMJB foi definida como sendo a área circundante de 3 km da UC,
composta em sua maior parte por área urbanizada (Figura 24). Desta forma, parte do
corredor de biodiversidade que conecta o PNMJB às matas ciliares do rio Teles Pires foi
contemplado na zona de amortecimento (3 km em linha reta a partir do limite oeste do
PNMJB). Os moradores de bairros contemplados nesta zona de amortecimento devem se
sentir parte do alcance dos objetivos do parque em proteger a biodiversidade, sendo um
dos atores responsáveis por cuidar da arborização, aumentar a quantidade de árvores na
região, dando suporte para manter a fauna na região, principalmente aves. As escolas e
demais instituições de ensino da ZA também são atores-chave que podem auxiliar na
gradativa mudança de atitude das pessoas que residem e trabalham na ZA. As pessoas vão
ser despertadas para os benefícios que uma área verde traz para a vida em uma cidade, e
para a importância do hábito de destinar tempo livre para atividades que envolvem a
observação da natureza.
Além da manutenção, recuperação e proteção das áreas verdes contempladas na
zona de amortecimento, é de suma importância que o restante do corredor de
biodiversidade que se estende até as margens do rio Teles Pires seja mantido, recuperado e
protegido. Para isso, é preciso que os proprietários de terra ao longo do corredor de
biodiversidade do PNMJB e as empresas de loteamento do Sinop (AELOS, Sindicato

95
Rural) se comprometam em ser parceiros colaboradores, exercendo sua responsabilidade
ambiental.
É preciso criar mecanismos municipais que estimulem os proprietários de terra a
se engajarem na conservação dos corredores de água e de biodiversidade, como os
programas municipais de incentivo econômico a proprietários rurais que protejam suas
nascentes e que tenham áreas excedentes de APPs e/ou de reservas legais. Programas de
incentivo à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) também
podem auxiliar na manutenção deste corredor, pois RPPNs são unidades de conservação
como o PNMJB, que trazem benefícios econômicos ao município, através de ICMS
ecológico. Corredores de água e de biodiversidade nas propriedades de terra podem ser
uma ótima oportunidade econômica para a implementação de turismo de observação de
fauna, tendo em vista a grande vocação ambiental da região.
Tanto na zona de amortecimento quanto no corredor de biodiversidade
associado ao PNMJB devem ser previstas a implementação de medidas mitigadoras para
passagens de fauna arborícola e terrestre, a fim de se manter o fluxo gênico de
biodiversidade da região.

Figura 24. Zona de amortecimento do Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, Brasil.

96
14. NORMAS GERAIS DA UC
As normas para utilização pública do PNMJB foram inspiradas na Lei 1154/2009,
que define normas no Parque Natural Municipal Florestal, uma outra unidade de
conservação urbana de Sinop (Tabela 9). Estas normas foram definidas em conjunto com
a SDS e estão em conformidade com os objetivos da categoria de manejo “Parque Natural
Municipal” (Lei 9985/2000 e Lei 2606/2018).

Tabela 9. Normas gerais do Parque Natural Municipal Jardim Botânico,


Sinop–MT, Brasil
Administração
Todo material técnico, científico, jornalístico, histórico ou cultural
produzido sobre o parque deverá ter uma cópia encaminhada à SDS
para compor o acervo bibliográfico.

É proibido:
 Praticar o comércio ambulante, bem como vender ou estacionar
mercadorias de qualquer espécie no interior e nos limites e
confrontações do parque, sem a autorização emitida pela SDS;
 Praticar atividades religiosas, reuniões de associações ou outros eventos,
sem a autorização da SDS;
Infraestrutura
É proibido:
 Implantar quaisquer obras de controle de alagamentos, de alterações de
margens, bem como outras atividades que possam alterar as condições
hídricas naturais do Parque, sem as licenças dos órgãos ambientais
competentes, em consonância com a legislação vigente;
 Implantar qualquer tipo de obra de alvenaria ou de madeira, sem a
autorização da Secretaria e do Conselho Municipal de Meio Ambiente.
 Instalar ou afixar placas, tapumes, avisos, sinais ou quaisquer outras
formas de comunicação audiovisual ou de publicidade que não tenham
relação direta com os programas de gestão do Parque (seção 15).
Ingresso
O uso público está restrito às zonas de uso extensivo e intensivo,
respeitando as placas de sinalização e placas de boas práticas
sustentáveis. O ingresso em áreas inseridas em outras categorias de
zonas de manejo deve ser feito mediante autorização da SDS.

É proibido:
 Animais domésticos sem guia e coleira, tendo em vista que são
hospedeiros de doenças tropicais que ainda não tem cura, predadores de
animais silvestres do parque;
 Ingressar ou permanecer no parque, na qualidade de visitante, portando
armas, materiais ou instrumentos destinados ao corte, caça, pesca ou
realizar quaisquer outras atividades prejudiciais a fauna e a flora;
 Ingressar no parque com rádios e demais instrumentos sonoros sem
autorização prévia da SDS.

97
Visitação
A visitação está restrita às zonas de uso extensivo e intensivo, respeitando as
placas de sinalização e de boas práticas.

Durante a visitação no PNMJB é proibido:

 Consumir e comercializar bebida alcoólica na área do Parque;


 Arremessar pedras ou qualquer outro objeto nos cursos d’água, mata ou
em direção aos animais;
 Abandonar lixo, detritos, dejetos ou outros materiais que maculem a
integridade paisagística, sanitária ou cênica do Parque;
 Sair das trilhas e adentrar no interior da mata, que é zona primitiva e
intangível do parque;
 Subir em árvores, balançar-se em galhos ou dependurar- se em cipós; a
prática de arvorismo pode ser autorizada previamente pela SDS,
mediante termo de parceria e de responsabilidade apresentado pelo
interessado;
 Nadar nos lagos, poços ou córregos;
 Promover qualquer tipo de atividade gastronômica, como festas,
comemorações entre outras; atividades de educação ambiental no parque
que incluam alimentação dos participantes podem ser autorizadas
previamente pela SDS, permanecendo-se proibido alimentar os animais
ou deixar alimentos no parque;
 Fica proibida a pesca de qualquer ser vivo do leito das águas dentro do
parque, salvo se para fins de pesquisa científica, mediante autorização da
SDS;
 Escrever, gravar, pintar palavras ou figuras de qualquer natureza nos
mobiliários e monumentos no interior do Parque;
 Acender cigarros ou praticar quaisquer atos que possam provocar a
ocorrência de incêndio nas áreas do Parque, incluindo fogueiras;
 Coletar espécimes animais e/ou vegetais sem autorização prévia da SDS;
 Causar qualquer dano à vegetação, assim como retirar mudas ou galhos
de plantas/árvores;
 Colher frutos, sementes, raízes, cascas e folhas, exceto se pesquisador
devidamente autorizado pela SDS;
 Recolher carcaças, crânios, esqueletos, peles ou couros de animais
mortos, exceto se pesquisador devidamente autorizado;
 Capturar, matar ou maltratar qualquer animal silvestre ou exótico
encontrado no interior do Parque;
 Montar acampamento.
Manejo
Em relação ao manejo do PNMJB, fica proibido:
 Alimentar os animais, salvo sob orientação da SDS;
 Explorar, de quaisquer formas, os recursos naturais, renováveis ou não;
translocar espécies da flora ou fauna, exceto sob autorização dos órgãos
competentes orientadas por projeto específico;
 Exercer a caça e pesca de qualquer modalidade;
 Utilizar produtos químicos perigosos como os agrotóxicos no interior e

98
nos limites e confrontações do parque, sem a licença prévia emitida pela
SDS;
Ensino, Pesquisa e Extensão
O docente/pesquisador deve seguir as normas contidas no protocolo
de solicitação e realização de aulas práticas e pesquisas em unidades de
conservação do município de Sinop (ver seção 15.1. Programa de
Gestão de Operacionalização). Cópia digital dos trabalhos derivados
destas pesquisas deverão ser encaminhados à SDS para compor o
acervo bibliográfico do PNMJB.

15. PROGRAMAS DE GESTÃO

Os programas de gestão do PNMJB foram elaborados por meio de oficinas


participativas envolvendo representantes do poder público e de instituições de ensino e
pesquisa, além de outros cidadãos de Sinop. São quatro programas de gestão, tendo alguns
programas sido divididos em subprogramas para facilitar a organização (Tabela 10). As
atividades listadas nestes programas servem de apoio para a elaboração e implementação
do Plano de Ação a ser elaborado pelo Conselho Consultivo do PNMJB e seus Grupos de
Trabalho (GTs)51,52. Os objetivos prioritários e as atividades prioritárias podem ser
especificados neste Plano de Ação, assim como os critérios para esta priorização.

Tabela 10. Organização dos programas e subprogramas de gestão do PNMJB


Programas de Gestão Subprogramas de Gestão
Operacionalização
Prevenção e Controle de Incêndios
Florestais
Pesquisa, Monitoramento e Manejo Monitoramento da Biodiversidade do
PNMJB
Gestão do Entorno do PNMJB
Mitigação de Ameaças
Saúde Pública
Programa de Uso Público Visitação
Educação Ambiental
Gestão Participativa
Divulgação e Comunicação
Voluntariado, Estágio e Extensão
Universitária

Objetivos específicos não contemplados neste plano de manejo podem ser


executados, desde que em conformidade com os objetivos de criação do PNMJB 1,
respeitando o zoneamento (seção 13) e as normas de utilização pública (seção 14),
definidos neste plano de manejo. Para o cumprimento de cada objetivo específico foram
associadas as atividades, atores responsáveis pela execução destas atividades e prazo para a
atividade ser concluída. Os prazos para cada atividade ser concluída foram divididos em:
- Imediato: a atividade deve ser concluída no próximo ano;

99
-Curto: a atividade deve ser concluída em 1-3 anos;
-Médio: a atividade deve ser concluída em 1-5 anos;
-Longo: a atividade deve ser concluída em 1-10 anos;
-Contínuo: a atividade deve ter execução contínua.

100
15.1. Programa de Operacionalização

PROGRAMA DE OPERACIONALIZAÇÃO
Objetivo geral: Prover estrutura física, equipamentos e capacidade gerencial de funcionários e de informações, visando o
aperfeiçoamento da gestão e conservação do PNMJB.
Objetivos específicos Atividades Atores Prazo
a) Implantação de estruturas necessárias previstas no
Ampliar as estruturas de Projeto de Revitalização em elaboração pela SDS, -Prefeitura de Sinop
apoio à administração do devendo estar este em total acordo com este plano de -SDS Curto
PNMJB manejo e conforme legislação ambiental vigente; -Secretaria de Obras e Serviços
b) Instalação de lixeiras anti-fauna no interior e ao redor Urbanos
do PNMJB; -Empresas contratadas pela SDS
Capacitar a equipe de a) Treinamento de pessoal conforme as demandas (ex.: -Prefeitura de Sinop Curto
funcionários do PNMJB apoio a pesquisadores, informação a visitantes); -SDS
para atendimento de
demandas
b) Acesso de funcionários à internet; -Prefeitura de Sinop Curto
-SDS

a) Criação de protocolo de solicitação e realização de


aulas práticas e pesquisas;
b) Treinamento de funcionários quanto ao protocolo de
solicitação e realização de aulas práticas e pesquisas no
PNMJB; -SDS
c) Divulgação do protocolo de solicitação e realização de -Prefeitura de Sinop Contínuo
Controlar a realização de aulas práticas e pesquisas no site da SDS;
aulas práticas e pesquisas d) Avaliação das solicitações de aulas práticas e
científicas no PNMJB pesquisa e emitir parecer, de acordo com o proto-
colo a ser elaborado;
e) Acompanhamento do andamento das
pesquisas autorizadas;

101
f) Organização e atualização do banco de trabal-
hos científicos e publicações sobre o PNMJB;
g) Obtenção de cópias dos trabalhos científicos
realizados no PNMJB, mantendo-as em arquivo
organizado e acessível à equipe do PNMJB;
h) Elaboração e atualização de informações geor-
referenciadas derivadas de pesquisas realizadas e
em andamento no PNMJB utilizando sistema de
informação geográfica;
Aprimorar o a) Busca de financiamento para a produção de material -SDS Contínuo
gerenciamento de informativo; -Prefeitura de Sinop
informações para
visitantes do PNMJB
Garantir a segurança de a) Presença de vigilantes na entrada, zona intensiva,
visitantes e pesquisadores ponte e trilhas do PNMJB de maneira rotativa; -SDS Contínuo
do PNMJB b) Contratação de vigilantes conforme disponibilidade -Prefeitura de Sinop
orçamentária e de recursos financeiros;
a) Manutenção periódica das trilhas do PNMJB;
Intensificar as atividades b) Contratação de pessoal para manutenção geral e -SDS
de manutenção geral e limpeza conforme disponibilidade orçamentária e de -Prefeitura de Sinop Contínuo
limpeza do PNMJB recursos financeiros;

102
15.2. Programa de Prevenção e Controle de Incêndios Florestais

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

Objetivo geral: Prevenção e Controle de incêndios na área do Parque Natural Municipal Jardim Botânico de Sinop

Objetivos específicos Atividades Atores Prazo


Criar um banco de dados a) Treinamento de funcionários do Jardim - Universidades Contínuo
referente ao histórico de Botânico para criação e gerenciamento do banco - Instituições de Pesquisa
incêndios florestais no de dados; - Corpo de Bombeiros
Jardim Botânico de Sinop - SDS
b) Preenchimento sistemático dos Registros de
Ocorrência de Incêndios (ROI); - SDS
Articular parceria entre a a) Treinamento de funcionários do Jardim Botânico e - Universidades
SDS e o Tiro de Guerra, parceiros para que componham a Brigada de Combate a - Instituições de Pesquisa
Grupos de Escoteiros Incêndios; - SDS Curto
locais e Corpo de -Prefeitura de Sinop
Bombeiros -Corpo de Bombeiros
a) Realização de inventário de materiais de com-
bate a incêndios;
Combater incêndios no b) Aquisição de materiais necessários ao combate - SDS
Jardim Botânico e entorno a incêndios, como extintor costal, abafador e -Prefeitura de Sinop Curto
com o uso de equipamentos de proteção individual;
equipamentos apropriados

a) Aumento de fiscalização no interior e entorno do


Jardim Botânico, principalmente nos meses mais se- - SDS
Prevenir incêndios no cos do ano; - Prefeitura de Sinop Contínuo
Jardim Botânico de Sinop b) Inspeção física e manutenção das linhas de transmis-
são no entorno do Jardim Botânico, verificando seu

103
estado de conservação;
c) Implementação de atividades de educação ambiental -Universidades
voltada para prevenção de incêndios, com os visit- -Instituições de Pesquisa Curto
antes do Jardim Botânico; -SDS
d) Implementação de Programas de Educação Ambiental -Corpo de Bombeiros
com moradores do entorno;
e) Monitoramento da deposição de materiais combustí- -Universidades
veis no interior e entorno do Jardim Botânico; -Instituições de Pesquisa Contínuo
-SDS
f)Manejo de gramíneas do entorno do Jardim Botânico; - SDS
- Prefeitura de Sinop Contínuo

Elaborar mapa de risco de a) Criação de mapa de risco de incêndios utiliz- - Universidades


incêndios para o Parque ando sistema de informação geográfica; - Instituições de Pesquisa Médio
Jardim Botânico de Sinop - SDS

15.3. Programa de Pesquisa, Monitoramento e Manejo

PROGRAMA DE PESQUISA, MONITORAMENTO E MANEJO


Objetivo geral: Propor e executar ações de pesquisa e monitoramento que contribuam para o manejo adequado e o aumento do
conhecimento sobre a UC e seu entorno.
Subprograma de Monitoramento da Biodiversidade do PNMJB
Objetivos específicos Atividades Atores Prazo
a) Estimativas de populações de espécies da fauna do PN-
MJB, uso do habitat e georreferenciamento dos dados; -Universidades
Analisar a viabilidade de b) Quantificação de recursos alimentares utilizados por espé- -Instituições de Pesquisa Médio
populações do PNMJB cies do PNMJB; -Prefeitura de Sinop
c) Análise de viabilidade populacional: estimativa da probab- -SDS
ilidade de extinção de determinada espécie em longo prazo;

104
a) Registros visuais, vocais e rastros com método sistemático apropri- -Universidades
ado e georreferenciamento dos dados; -Instituições de Pesquisa Contínuo
Realizar o levantamento e -Cientistas-Cidadãos
posterior monitoramento -SDS
da biodiversidade do b) Pesquisas de história natural (autoecologia) das espécies do -Universidades Curto
PNMJB PNMJB e suas interações ecológicas; -Instituições de Pesquisa
-SDS
c) Desenvolvimento de protocolo para monitoramento da biodiver- -SDS Médio
sidade para Cientistas-Cidadãos (moradores do entorno, obser- -Universidades
vadores de fauna amadores e visitantes); -Instituições de Pesquisa
Criar e atualizar banco de a) Treinamento de pesquisadores quanto ao protocolo de solicitação -SDS Contínuo
dados de pesquisas do e realização de pesquisas no PNMJB; -Prefeitura de Sinop
PNMJB -Universidades
-Instituições de Pesquisa
Estudar as interações que a) Registro das interações ecológicas envolvendo o maior -Universidades Contínuo
moldam os processos número de grupos taxonômicos; -Instituições de Pesquisa
ecológicos no PNMJB (ex: -SDS
frugivoria, polinização,
etc)
a) Levantamento e monitoramento de espécies da flora; -Universidades
-Instituições de Pesquisa
-SDS
Estudar a fenologia das b) Georreferenciamento dos indivíduos estudados; -Universidades Contínuo
espécies da flora do -Instituições de Pesquisa
PNMJB -Prefeitura de Sinop
-SDS
a) Estabelecimento de parcelas permanentes na borda e no -Universidades
Avaliar o estágio interior dos remanescentes florestais do PNMJB; -Instituições de Pesquisa
sucessional da b) Identificação de espécies vegetais; -SDS
comunidade vegetal c) Mensuração de parâmetros fitossociológicos como o diâ- -Universidades
(Dinâmica da vegetação) metro e altura das formas de vida; -Instituições de Pesquisa Contínuo

105
d) Obtenção de variáveis climáticas nas parcelas;
Aumentar o a) Criação de mecanismos de arrecadação de verba que fomente o -Universidades Contínuo
conhecimento sobre desenvolvimento de pesquisas e atividades de educação ambiental -Instituições de Pesquisa
biodiversidade do PNMJB que revertam para a gestão e o manejo adequado do PNMJB; -SDS
-Prefeitura Municipal
a) Restauração florestal com ênfase nas zonas de recuperação do PN-
Realizar o enriquecimento MJB, com o plantio e monitoramento de árvores zoocóricas (árvores -Universidades
da vegetação no interior que produzem frutos que são alimento para a fauna dispersora de se- -Instituições de Pesquisa Contínuo
dos remanescentes mentes) com diferentes técnicas de restauração florestal; -SDS
florestais do PNMJB b) Plantio e monitoramento de espécies com flores atrativas a
polinizadores nos remanescentes florestais no PNMJB;
c) Monitoramento de espécies da fauna que utilizam estes locais de
enriquecimento da vegetação;
Subprograma de Gestão do Entorno do PNMJB
Objetivos específicos Atividades Atores Prazo
Avaliar atividades a) Identificação qualitativa e quantitativa de atividades no -Universidades Médio
compatíveis e danosas ao entorno que geram potenciais efeitos e consequências no PN- -Instituições de Pesquisa
PNMJB MJB; -Prefeitura de Sinop
-Órgãos ambientais
competentes
b) Criação e atualização de banco de dados de atropelamen- -Universidades
tos de animais silvestres no entorno do PNMJB, conforme -SEMA
protocolo a ser desenvolvido; -Clínicas veterinárias
-Instituições de Pesquisa
c) Desenvolvimento de protocolo de resgate e destinação de -Universidades
animais, incluindo procedimentos para reportar espécies -SDS
Monitorar a fauna ameaçadas de extinção aos centros de fauna do ICMBio; -Corpo de bombeiros Contínuo
atropelada no entorno do -Secretaria Municipal de
PNMJB Trânsito e Transporte
Urbano de Sinop
-SEMA

106
-Funcionários do PNMJB
-Clínicas veterinárias
-Polícia ambiental
-Centros de fauna do
ICMBio
-CETAS
d) Orientação da sociedade quanto aos procedimentos a -Universidades
serem adotados em acidentes com animais; -Instituições de Pesquisa
-SDS
- Funcionários do PNMJB
-Clínicas veterinárias
a) Análise da qualidade da água do córrego Nilza; -Universidades Contínuo
b) Levantamento de dados da micro bacia com tecnologia de alta -Instituições de Pesquisa Médio
resolução; -SDS
c) Monitoramento das áreas degradadas para restauração da veget- -Secretaria Municipal de Contínuo
Monitorar alterações de ação; Desenvolvimento
uso do solo e cobertura Econômico
vegetal da micro bacia -Universidades
hidrográfica -Instituições de Pesquisa
-SDS
d) Mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal, com ênfase nas -Universidades Contínuo
áreas degradadas; -Instituições de Pesquisa
e) Mapeamento da temperatura de superfície; -SDS
a) Identificação e mapeamento das áreas de APP; -Universidades
b) Identificação e mapeamento de áreas prioritárias para a conectivi- -Instituições de Pesquisa
dade; -SDS Longo
-Secretaria Municipal de
Realizar estudos de Trânsito e Transporte
viabilidade para restaurar Urbano de Sinop
a conectividade florestal - SEMA
do PNMJB a áreas de APP c) Instalação e monitoramento das medidas mitigadoras para pas- -Universidades Contínuo

107
sagens de fauna terrestre e arborícola; -Instituições de Pesquisa
-Secretaria Municipal de
Trânsito e Transporte
Urbano de Sinop
-SDS
a) Registros do trânsito da fauna nas ruas e avenidas do -Universidades Contínuo
entorno do PNMJB e áreas verdes do entorno; -Instituições de Pesquisa e
b) Entrevistas com moradores e comerciantes dos bairros do outras associações
entorno do PNMJB; -Secretaria Municipal de
Realizar o levantamento Trânsito e Transporte
de fauna que transita Urbano de Sinop
entre os remanescentes -SDS
florestais do PNMJB e c) Implantação de sinalização e redutor de velocidade para -Universidades Curto
áreas verdes próximas evitar atropelamentos de fauna nas avenidas e ruas entre os -Instituições de Pesquisa
remanescentes florestais do PNMJB; -Secretaria Municipal de
Trânsito e Transporte
Urbano de Sinop
-SDS
d) Sensibilização de pessoas para conhecerem a fauna que transita -Universidades Contínuo
no entorno do PNMJB; -Instituições de Pesquisa e
outras associações
-SDS
a) Estudos para testar as potenciais medidas mitigadoras para pas- -Universidades Médio
sagens de fauna terrestre e arborícola; -Instituições de Pesquisa
-SDS
-Prefeitura de Sinop
b) Implantação e manutenção das estruturas de passagem de fauna -Universidades Contínuo
terrestre e arborícola, podendo ser ponto de observação de fauna -Instituições de Pesquisa
por cientistas-cidadãos; -Secretaria Municipal de
Garantir o fluxo gênico Trânsito e Transporte
da biodiversidade nos Urbano de Sinop

108
remanescentes florestais -SDS
do PNMJB -Prefeitura de Sinop

c) Monitoramento da fauna que utiliza as estruturas de passagem de -Universidades Contínuo


fauna terrestre e arborícola; -Instituições de Pesquisa
-SDS
-Prefeitura de Sinop
-Cientistas-cidadãos
d) Plantio de espécies com flores atrativas a polinizadores nos reman- -Universidades Contínuo
escentes florestais no entorno do PNMJB; -Instituições de Pesquisa
-SDS
-Prefeitura de Sinop
a) Estimativa populacional de espécies candidatas à translocação;
Analisar a viabilidade dos b) Estudos prévios com potenciais espécies competidoras e pre-
remanescentes florestais dadoras; -Universidades Longo
do entorno visando futura c)Estudo da variação sazonal de recursos alimentares; -Instituições de Pesquisa
translocação de espécies d) Análise de viabilidade populacional: tamanho mínimo de um re- -SDS Médio
manescente florestal necessário para abrigar populações viáveis em
longo prazo; tamanho mínimo da população para permanecer na
área em longo prazo;
Realizar o levantamento e a) Registros de presença de fauna nos remanescentes florestais -Universidades Contínuo
posterior monitoramento próximos ao PNMJB; -Instituições de Pesquisa
da biodiversidade do -SDS
entorno do PNMJB
a) Registros de presença de fauna nas residências de moradores dos -Universidades
bairros do entorno do PNMJB; -Instituições de Pesquisa
Realizar o levantamento -SDS
de fauna nos quintais, -Cientistas-Cidadãos Médio
áreas verdes do entorno b) Identificação de alimentos disponíveis para a fauna nos quintais; -Universidades
incluindo praças, -Instituições de Pesquisa
redondos etc de -Cientistas-Cidadãos

109
moradores do entorno do c) Avaliação dos quintais como trampolins ecológicos para a fauna; -Universidades
PNMJB -Instituições de Pesquisa

Buscar parcerias para a) Acompanhamento, enriquecimento nos PRADs estabelecidos ao -Universidades Contínuo
acompanhamento e longo do corredor de biodiversidade da Zona de Amortecimento do -Instituições de Pesquisa
enriquecimento dos PNMJB; -SDS
Planos de Recuperação de -Proprietários rurais
Áreas Degradadas -Loteadoras e afins (AELOS
(PRADs) estabelecidos no e sindicato rural)
corredor de
biodiversidade da Zona de
Amortecimento do
PNMJB
Subprograma de Mitigação de Ameaças
Objetivos específicos Atividades Atores Prazo
Identificar e recuperar a) Levantamento das áreas degradadas do PNMJB; Médio
áreas degradadas do b) Recuperação e manutenção de áreas degradadas, preferencial- Longo
PNMJB, incluindo estudo mente com regeneração natural ou o plantio de espécies nativas -Universidades
técnico para catalogação de atrativas para a fauna; -Instituições de Pesquisa
todas as nascentes do PNMJB c) Manejo de lianas e cipós hiperabundantes e de espécies exóticas; -SDS Médio
d) Monitoramento dos projetos de recuperação de áreas degradadas; Contínuo
Promover a restauração e a) Plantio, monitoramento e manutenção de espécies de vegetação -Universidades Médio
o enriquecimento florestal nativas atrativas para a fauna, com aplicação de diferentes téc- -Instituições de Pesquisa
com espécies utilizadas nicas de restauração florestal; -SDS
pela fauna (dispersores de -Cientistas-Cidadãos
sementes, polinizadores
etc)
Realizar o levantamento a) Estimativas populacionais; -Universidades Médio
de espécies animais b) Avaliação clínica das espécies; -Instituições de Pesquisa Curto
potencialmente c) Avaliação do comportamento alimentar das espécies; -SDS Curto
superabundantes

110
Manter a vegetação ciliar a a) Determinação da extensão da área manejada; -Universidades Curto
fim de preservar as b) Recuperação da vegetação da área manejada, se necessário; -Instituições de Pesquisa Curto
nascentes do Córrego c) Análise da qualidade da água; -SDS Contínuo
Nilza d) Monitoramento das intervenções de manejo; Contínuo
a) Sensibilização da sociedade sobre as consequências de descarte de -Universidades Imediato
Inibir o descarte de resíduos sólidos; -Instituições de Pesquisa
resíduos sólidos no b) Aumento de fiscalização; -SDS Contínuo
interior e no entorno do -Cientistas-Cidadãos
PNMJB -Polícia militar ambiental
a) Sensibilização da sociedade sobre as consequências de alimentar Imediato
Proibir a oferta de os animais; -Universidades
alimentos por pessoas a b) Aumento de fiscalização; -Instituições de Pesquisa Contínuo
animais no interior e no c) Treinamento de funcionários do PNMJB para informarem os -SDS Contínuo
entorno do PNMJB d) visitantes baseados em pesquisas confiáveis; -Cientistas-Cidadãos
a) Identificação do escoamento de águas superficiais que atinge a
área;
b) Diagnóstico para verificar se a erosão atingiu o lençol -Universidades
freático, análise de fertilidade do solo, identificação de pro- -Instituições de Pesquisa Contínuo
Restaurar as áreas fundidade do perfil do solo, identificação do processo -SDS
degradadas por erosão erosivo local e se está avançado; -Cientistas-Cidadãos
c) Práticas conservacionistas do solo vegetativas ou mecân-
icas, como a construção de estruturas para destinar o escoa-
mento superficial para outra áreas;
d) Contenção do processo erosivo com curvas de nível e ve-
getação com espécies já conhecidamente indicadas para este
fim;
e) Monitoramento das intervenções de manejo;
Evitar e reduzir o a) Diagnóstico para identificação da causa de assoreamento; -Universidades Curto
assoreamento do córrego -Instituições de Pesquisa
Nilza b) Planejamento de práticas conservacionistas de solo conforme -SDS Contínuo
diagnóstico; -Cientistas-Cidadãos

111
a) Remoção de resíduos sólidos; -Universidades Curto
Restaurar as áreas com -Instituições de Pesquisa
poços naturais atualmente b) Recuperação da área do entorno dos poços; -SDS Contínuo
degradadas -Cientistas-Cidadãos
c) Diagnóstico: identificação da causa da eutrofização da -Universidades Curto
água; -Instituições de Pesquisa
-SDS
d) Retirada mecânica de algas; -Universidades Curto
-Instituições de Pesquisa
-SDS
e) Monitoramento de qualidade de água; -Universidades Contínuo
-Instituições de Pesquisa
-SDS
-Cientistas-Cidadãos
a) Diagnóstico para definir os limites das margens do lago formado e
recomendações de manejo, analisar compactação e fertilidade do Curto
Recuperar a área atingida solo, identificação de profundidade do perfil do solo, identificação -Universidades
pela antiga barragem, do processo erosivo local e estágio; -Instituições de Pesquisa
localizada em APP com b) Planejamento de práticas conservacionistas de solo conforme -SDS Longo
áreas úmidas alteradas na diagnóstico; -Cientistas-Cidadãos
R-1. c) Planejamento de técnicas de plantio de espécies vegetais
mais adequadas para a restauração florestal, levando em Longo
conta a manutenção da biodiversidade e suas interações eco-
lógicas;
d) Monitoramento das intervenções de manejo; Contínuo
Subprograma de Saúde Pública
Objetivos Atividades Atores Prazos
a) Coleta, georreferenciamento e identificação de ectoparasitos;
b) Estimativa da prevalência de agentes etiológicos em vetores coleta- -Universidades
Compreender a dinâmica dos e identificados; -Instituições de Pesquisa
de zoonoses e c) Estimativa da prevalência de agentes etiológicos em reservatórios -SDS Médio

112
antroponoses no PNMJB silvestres e domésticos conhecidos e potenciais; -Secretaria Municipal de
e entorno d) Estimativa da soroprevalência em relação a agentes etiológicos em Saúde
reservatórios silvestres e domésticos conhecidos e potenciais;

15.4. Programa de Uso Público

PROGRAMA DE USO PÚBLICO


Objetivo geral: incentivar e ordenar a visitação no PNMJB, proporcionando lazer e educação ambiental, garantindo a segurança do
visitante e o cumprimento das normas do parque.
Subprograma de Visitação
Objetivos específicos Atividades Atores Prazo
Ampliar as estruturas de a) Implantação de estruturas necessárias previstas no Projeto -Prefeitura de Sinop Curto
apoio à visitação de Revitalização em elaboração pela SDS, devendo estar este -SDS
em total acordo com este plano de manejo e conforme -Secretaria de Obras e
legislação ambiental vigente; Serviços Urbanos
-Empresas contratadas pela
SDS
a) Organização de exposições artísticas, de painéis, de acervo bioló- -Universidades
gico e histórico e de fotos do PNMJB; -Instituições de Pesquisa
Oferecer atrativos para b) Criação de material audiovisual do PNMJB; -SDS Contínuo
visitantes ao ar livre c) Comemoração de datas simbólicas como o Dia do Consumo -SEDUC
Consciente (15 de outubro), Saúde Única (03 de novembro) e -SMEEC
Saúde Mental e Bem-Estar (Janeiro Branco); -Mídia Local
a) Instalação de câmeras de vigilância nas ruas do entorno do -Prefeitura de Sinop Longo
PNMJB; -SDS
- Secretaria Municipal de
Garantir a segurança de Trânsito e Transporte
visitantes do PNMJB Urbano de Sinop
b) Monitoramento por meio de rondas com parceria da -Prefeitura de Sinop Curto
Guarda Civil Municipal; -SDS
-Guarda Civil Municipal

113
Informar e orientar a) Distribuição de material informativo e confecção de placas de sin- -Prefeitura de Sinop Contínuo
quanto aos objetivos e alização e orientação de boas práticas em unidades de conser- -SDS
normas do PNMJB vação; -Universidades
-Instituições de pesquisa
Criar e atualizar banco de a) Treinamento de funcionários; -Prefeitura de Sinop Contínuo
dados de visitação -SDS
-Universidades
-Instituições de pesquisa
Organizar visitas a) Treinamento de possíveis parceiros; -Prefeitura de Sinop Contínuo
orientadas no PNMJB -SDS
-Universidades
-Instituições de pesquisa
Avaliar o perfil e a a) Aplicação de questionários e entrevistas para os visitantes; -Universidades Contínuo
percepção dos visitantes -Instituições de Pesquisa
sobre o PNMJB -SDS
Informar ao público a) Estabelecer um canal de comunicação com o público, in- -Prefeitura de Sinop Contínuo
informações essenciais e formando as atividades desenvolvidas no parque, horários de -SDS
pertinentes do parque funcionamento, etc.
B) Subprograma de Educação Ambiental
Objetivos específicos Atividades Atores Prazo
a) Manutenção de trilhas; -Universidades Curto
-Instituições de Pesquisa e
outras associações
-SDS
- SMEEC
b) Treinamento de monitores e guias turísticos; -Universidades Médio
Estruturar o PNMJB para -Instituições de Pesquisa e
as atividades de educação e outras associações
sensibilização ambiental -SDS
c) Montagem de acervo biológico e histórico sobre o PNMJB; -Universidades Médio
-Instituições de Pesquisa e

114
outras associações
-SDS
d) Estruturação da trilha interpretativa em atendimento a pessoas -SDS Curto
com necessidades especiais; -SMEEC
e) Identificação e sinalização de pontos atrativos; -Universidades Curto
-Instituições de Pesquisa e
outras associações
-SDS
Avaliar as atividades de a) Aplicação de questionários e entrevistas para os visitantes antes e -Universidades Contínuo
Educação Ambiental após as atividades; -Instituições de Pesquisa
-Escolas públicas e privadas
-Associações sem fins
lucrativos
-SDS
a) Avaliação da percepção de visitantes, moradores e comerciantes -Universidades Curto
do entorno em relação a importância da prevenção de incêndios; -Instituições de Pesquisa
Prevenir incêndios -SDS
florestais -Corpo de Bombeiros
b) Fixação de placas informativas sobre o “grau de perigo de incên- -SDS Curto
dios” e de “não fumar” na entrada do PNMJB; -Associações sem fins
lucrativos
Avaliar o perfil e a a) Aplicação de questionários e entrevistas para os moradores e -Universidades Contínuo
percepção dos moradores e comerciantes; -Instituições de Pesquisa
comerciantes do entorno -SDS
sobre o PNMJB
Firmar parcerias entre o a) Elaboração do Plano Anual de Educação Ambiental; -Universidades
PNMJB, universidades e b) Treinamento de professores; -Instituições de Pesquisa
escolas municipais c) Desenvolvimento de projetos científicos, visando a integração dos -SDS Curto
estaduais públicas e estudantes às pesquisas desenvolvidas no parque; - SEDUC
privadas - SMEEC
Firmar parcerias entre o a) Realização do projeto “Saúde na Escola” no PNMJB envolvendo -SDS Contínuo

115
PNMJB e SMS questões de poluição ambiental/incendios e doenças; -SMS
- SEDUC
- SMEEC
-Universidades
-Instituições de Pesquisa
a) Realização de concursos relacionados à biodiversidade do
Aumentar o conhecimento PNMJB; -Universidades
dos visitantes sobre a b) Realização de palestras no PNMJB e em escolas; -Instituições de Pesquisa
biodiversidade do PNMJB c) Elaboração de material audiovisual; -SDS Contínuo
com atividades ao ar livre d) Realização de exposições artísticas, de painéis, de acervo biológico - SEDUC
e de fotos do PNMJB; - SMEEC
e) Elaboração e publicação de guias de fauna, flora e de outros
grupos de interesse;
Subprograma de Gestão Participativa
Objetivos Atividades Atores Prazo
a) Comunicação da existência e dos objetivos do Conselho -Prefeitura de Sinop
Estimular a participação Consultivo do PNMJB para a sociedade; -SDS
da sociedade -mídia local Imediato
na gestão do PNMJB -redes sociais
b) Divulgação do calendário de reuniões dos Grupos de Trabalho do -Conselho Consultivo do
Conselho Consultivo do PNMJB para a sociedade; PNMJB
D) Subprograma de Divulgação e Comunicação
Objetivos específicos Atividades Atores Prazo
a) Divulgação das espécies da fauna existentes no PNMJB com foco -Universidades Curto
nas espécies emblemáticas e carismáticas; -Prefeitura de Sinop
Estimular o ecoturismo -Instituições de Pesquisa
-SDS
b) Divulgação de atividades nas trilhas do PNMJB; -Prefeitura de Sinop Curto
-SDS
c) Divulgação das espécies que prestam serviços ecossistêmicos no -Universidades Curto
PNMJB (ex. polinização, dispersão de sementes); -Prefeitura de Sinop

116
-Instituições de Pesquisa
-SDS
d) Divulgação dos atrativos do PNMJB em pontos estratégicos de -Prefeitura de Sinop Contínuo
Sinop (ex. aeroporto, universidades); -SDS
-SEDEC
a) Divulgação das atividades do PNMJB em redes sociais, estabele- -Prefeitura de Sinop Imediato
cendo um canal de comunicação direto com o público; -SDS
-Universidades
Aperfeiçoar a -Instituições de Pesquisa
comunicação com o -SEDEC
público visitante b) Seleção dos “embaixadores” do parque: estudantes de escolas re- -Universidades
sponsáveis por representar o PNMJB nas redes sociais; -Prefeitura de Sinop
-Instituições de Pesquisa
-SDS
-SEDEC
Divulgar pesquisas a) Realização de mostra científica, exposição de materiais didáticos, -Universidades Contínuo
realizadas no PNMJB de elaboração de jornal informativo; -Prefeitura de Sinop
forma acessível para a -Instituições de Pesquisa
sociedade -SDS
-SEDEC
Realizar eventos que a) Realização de eventos relacionados a meio ambiente e saúde em -Universidades Contínuo
divulguem a Sinop; -Prefeitura de Sinop
biodiversidade do PNMJB -Instituições de Pesquisa
-SDS
-Cientistas-Cidadãos
-SEDEC
E) Subprograma de Voluntariado, Estágio e Extensão Universitária
Objetivos específicos Atividades Atores Prazo
Implantar o programa de a) Parceria com os observadores de fauna para guiarem visitantes; -Universidades
observação de fauna no -Prefeitura de Sinop
PNMJB b) Auxílio dos observadores de fauna na elaboração de placas -Instituições de Pesquisa Contínuo

117
informativas e sinalizadoras; -SDS
-Cientistas-Cidadãos
c) Confecção e implantação de placas informativas e sinalizadoras -Universidades Continuo
no PNMJB e entorno; -Prefeitura de Sinop
-Instituições de Pesquisa
-SDS
-Cientistas-Cidadãos
a) Treinamento de funcionários do PNMJB quanto ao uso da placa -Universidades Curto
Prevenir incêndios informativa de “grau de perigo de incêndios”; -Instituições de Pesquisa
florestais b) Informação de prevenção de incêndios florestais aos visitantes e -Prefeitura de Sinop Imediato
moradores e comerciantes do entorno; -SDS
a) Palestras nas escolas; -Universidades
Informar a população b) Exposição de painéis no PNMJB; -Instituições de Pesquisa
sobre os cuidados de c) Criação de vídeos educativos junto às escolas; -SDS
prevenção de doenças d) Esclarecimentos para a sociedade sobre os riscos de jogar resíduos - SEDUC
sólidos no entorno do PNMJB; - SMEEC Contínuo
Estimular cidadãos a a) Implementação de um programa Ciência-Cidadã; -Universidades
participarem de pesquisas b) Treinamento de voluntários para o uso de plataformas e aplicat- -Instituições de Pesquisa
científicas no PNMJB ivos voltados para o registro de dados de biodiversidade do PN- -SDS Contínuo
MJB; -SEDEC
-SMEEC

118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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B80ABD7C2D2B5BC304256A8D005136C5

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http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/legislacao/legislacaotribut.nsf/
7c7b6a9347c50f55032569140065ebbf/9049100424ca0736842583d200436368?OpenDocument

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11.Instituto Socioambiental (ISA). 2011. Almanaque Socioambiental Parque Indígena do Xingu: 50 anos.
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21. INMET - Instituto Nacional de Meteorologia. Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa
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120
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conservação federais. A.R. D'Amico, E.O. Coutinho e L. F. Pimenta de Moraes (orgs). Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade, Brasília, DF: 208p.

122
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49. Durigan G. & Soares V. 2013. Manejo adaptativo: primeiras experiências na restauração de
ecossistemas. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica. 50p.

50. Lorenzi H. 2002. Árvores Brasileiras - Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas
do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 4ed. 380p.

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conselheiros. Brasília: ICMBio – Coordenação de Gestão Participativa. 42p. Disponível em:

https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/guia-conselhos-2014.pdf.
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funcionamento/. Acesso em 20 de agosto de 2020.

123
ANEXOS

ANEXO A

Informação sobre as unidades de conservação do Estado do Mato Grosso, Brasil. (ID = identificação). A localização encontra-se na Figura 2.

ID Nome Municípios Tipo Administração


1 Parque Natural Municipal Florestal Sinop Proteção integral Municipal
2 Parque Natural Municipal Jardim Botânico Sinop Proteção integral Municipal
3 Parque Municipal Vale do Esperança Terra Nova do Norte Proteção integral Municipal
4 Parque Municipal Claudino Frâncio Sorriso Proteção integral Municipal
5 Refúgio da Vida Silvestre de Colíder Colíder Proteção integral Municipal
7 Parque Municipal da Cabeceira do Coxipozinho Chapada dos Guimarães Proteção integral Municipal
8 Parque Municipal da Quineira Chapada dos Guimarães Proteção integral Municipal
9 Parque Municipal das Araras Pedra Preta Proteção integral Municipal
10 Parque Municipal de Jaciara Jaciara Proteção integral Municipal
11 Parque Municipal do Bacaba Nova Xavantina Proteção integral Municipal
12 Parque Municipal do Córrego Boiadeiro Alto Araguaia Proteção integral Municipal
13 Parque Municipal do Córrego Lucas Lucas do Rio Verde Proteção integral Municipal
15 Parque Natural Municipal Antônio Luiz Pereira Filho Marcelândia Proteção integral Municipal
16 Parque Natural Municipal Celebra Tesouro Proteção integral Municipal
17 Parque Natural Municipal do Distrito de Progresso Tangará da Serra Proteção integral Municipal
18 Parque Natural Municipal Flor do Ipê Várzea Grande Proteção integral Municipal
19 Parque Natural Municipal Ilto Ferreira Coutinho Tangará da Serra Proteção integral Municipal
20 Parque Natural Municipal Macaco-Aranha-de-Testa-Branca Colíder Proteção integral Municipal
21 Parque Natural Municipal Residencial do Alto da Boa Vista Tangará da Serra Proteção integral Municipal
22 Parque Natural Municipal Uirapuru Nova Lacerda Proteção integral Municipal
23 Parque Florestal Paulo Viriato Corrêa da Costa Cláudia Proteção integral Municipal

124
24 Parque Ambiental de Juína Juína Proteção integral Municipal
25 Parque Estadual Águas do Cuiabá Nobres e Rosário Oeste Proteção integral Estadual
26 Parque Estadual Cristalino II Novo Mundo Proteção integral Estadual
27 Parque Estadual da Serra Azul Barra do Garças e Araguaiana Proteção integral Estadual
28 Parque Estadual de Águas Quentes Santo Antônio de Leverger e Cuiabá Proteção integral Estadual
29 Parque Estadual do Araguaia Novo Santo Antônio Proteção integral Estadual
30 Parque Estadual do Xingu Santa Cruz do Xingu Proteção integral Estadual
31 Parque Estadual Dom Osório Stoffel Rondonópolis Proteção integral Estadual
32 Parque Estadual Encontro das Águas Poconé e Barão de Melgaço Proteção integral Estadual
33 Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul Nobres Proteção integral Estadual
34 Parque Estadual Guirá Cáceres Proteção integral Estadual
35 Parque Estadual Igarapés do Juruena Colniza e Cotriguaçu Proteção integral Estadual
36 Parque Estadual Mãe Bonifácia Cuiabá Proteção integral Estadual
37 Parque Estadual Massairo Okamura Cuiabá Proteção integral Estadual
38 Parque Estadual Serra de Santa Bárbara Pontes e Lacerda e Porto Esperidião Proteção integral Estadual
39 Parque Estadual Serra Ricardo Franco Vila Bela da Santíssima Trindade Proteção integral Estadual
40 Parque Estadual Tucumã Colniza Proteção integral Estadual
41 Parque Estadual Zé Bolo Flô Cuiabá Proteção integral Estadual
42 Parque Estadual Cristalino Alta Floresta e Novo Mundo Proteção integral Estadual
43 Parque Nacional da Chapada dos Guimarães Cuiabá e Chapada dos Guimarães Proteção integral Federal
44 Parque Nacional do Juruena Apiacás, Nova Bandeirantes, Proteção integral Federal
Cotriguaçu e Estado do Amazonas
45 Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense Poconé Proteção integral Federal
46 Parque Nacional dos Campos Amazônicos Colniza e estados do Amazonas e Proteção integral Federal
Rondônia
47 Estação Ecológica da Serra das Araras Porto Estrela e Cáceres Proteção integral Federal
48 Estação Ecológica do Rio Ronuro Nova Ubiratã Proteção integral Estadual
49 Estação Ecológica do Rio Madeirinha Colniza Proteção integral Estadual

125
50 Estação Ecológica de Iquê Juína Proteção integral Federal
51 Estação Ecológica do Rio Flor do Prado Aripuanã Proteção integral Estadual
52 Estação Ecológica do Rio da Casca Chapada dos Guimarães e Campo Proteção integral Estadual
Verde
53 Estação Ecológica do Rio Roosevelt Colniza Proteção integral Estadual
54 Estação Ecológica de Taiamã Cáceres Proteção integral Federal
55 Monumento Natural da Caverna do Jabuti Curvelândia Proteção Integral Municipal
56 Monumento Natural Confusão Tesouro Proteção integral Municipal
57 Monumento Natural Estadual Morro de Santo Antônio Santo Antônio do Leverger Proteção integral Estadual
58 Refúgio da Vida Silvestre Corixão da Mata Azul Novo Santo Antônio e Cocalinho Proteção integral Estadual
59 Refúgio da Vida Silvestre Quelônios do Araguaia Cocalinho e Ribeirão Cascalheira Proteção integral Estadual
60 Reserva Ecológica de Apiacás Apiacás Proteção integral Estadual
61 Reserva Biológica do Culuene Paranatinga Proteção integral Estadual
62 Área de Proteção Ambiental Córrego Boiadeiro e Gordura Alto Araguaia Uso sustentável Municipal
63 Área de Proteção Ambiental do Rio da Casca Chapada dos Guimarães Uso sustentável Estadual
64 Área de Proteção Ambiental Nascente do Rio Araguaia Alto Taquari Uso sustentável Municipal
65 Área de Proteção Ambiental dos Meandros do Rio Araguaia Cocalinho, Novo Santo Antônio, Uso sustentável Federal
estados de Goiás e Tocantins
66 Área de Proteção Ambiental Nascentes do Rio Paraguai Alto Paraguai e Diamantino Uso sustentável Estadual
67 Área de Proteção Ambiental Parque Natural Municipal Nascente Alto Taquari Uso sustentável Municipal
do Rio Taquari
68 Área de Proteção Ambiental do Salto Magessi Santa Rita do Trivelato e Sorriso Uso sustentável Estadual
69 Área de Proteção Ambiental Tanque de Fancho Várzea Grande Uso sustentável Municipal
70 Área de Proteção Ambiental das Cabeceiras do Rio Cuiabá Rosário Oeste, Nobres, Nova Uso sustentável Estadual
Brasilândia, Santa Rita do Trivelato
e Área isolada de Rosário Oeste.
71 Área de Proteção Ambiental do Ribeirão do Sapo Alto Araguaia Uso sustentável Municipal
72 Área de Proteção Ambiental Chapada dos Guimarães Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Uso sustentável Estadual

126
Campo Verde, Santo
73 Área de Proteção Ambiental do Córrego do Mato e Rio Araguaia Ponte Branca Uso sustentável Municipal
74 Área de Proteção Ambiental Cachoeira do Ribeirão da Laje do Alto Taquari Uso sustentável Municipal
Rio Taquari e Ribeirão das Furnas
75 Área de Proteção Ambiental Tadarimana Guiratinga Uso sustentável Municipal
76 Área de Proteção Ambiental Cachoeira da Fumaça Tesouro Uso sustentável Municipal
77 Área de Proteção Ambiental Municipal do Aricá-Açu Cuiabá Uso sustentável Municipal
78 Área de Proteção Ambiental Rio Bandeira-Rio das Garças e Guiratinga Uso sustentável Municipal
Taboca
79 Área de Proteção Ambiental Ribeirão Claro, Água Emendada, Alto Araguaia Uso sustentável Municipal
Paraíso e Rio Araguainha
80 Área de Proteção Ambiental do Ribeirãozinho e Alcantilados do Ribeirãozinho Uso sustentável Municipal
Rio Araguaia
81 Área de Proteção Ambiental da Serra das Araras Nossa Senhora do Livramento Uso sustentável Municipal
82 Área de Proteção Ambiental Rio Araguaia-Córrego Rico-Couto Alto Araguaia Uso sustentável Municipal
Magalhães e Araguainha
83 Área de Proteção Ambiental do Ribeirão do Sapo (margem Alto Taquari Uso sustentável Municipal
direita)
84 Área de Proteção Ambiental Pé da Serra Azul Barra do Garças e Araguaiana Uso sustentável Estadual
85 Área de Proteção Ambiental Ribeirão da Aldeia e Rio das Garças Guiratinga Uso sustentável Municipal
86 Estrada Parque Vereador José Caiçara Jaciara Uso sustentável Estadual
87 Estrada Parque Cuiabá-Chapada dos Guimarães-Mirante Cuiabá e Chapada dos Guimarães Uso sustentável Estadual
88 Estrada Parque Santo Antônio-Porto de Fora-Barão de Melgaço Santo Antônio de Leverger e Barão Uso sustentável Estadual
de Melgaço
89 Estrada Parque Transpantaneira Poconé Uso sustentável Estadual
90 Estrada Parque Poconé-Porto Cercado Poconé Uso sustentável Estadual
91 Reserva Extrativista Guariba Roosevelt Aripuanã, Colniza e Rondolândia Uso sustentável Estadual
92 Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Ecológica Apiacás Uso sustentável Particular
Verde Amazônia
93 Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Ecológica Apiacás Uso sustentável Particular

127
América Amazônica
94 Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Ecológica da Chapada dos Guimarães Uso sustentável Particular
Mata Fria
95 Reserva Particular do Patrimônio Natural Peugeot ONF Brasil Cotriguaçu Uso sustentável Particular
96 Reserva Particular doPatrimônioNatural Hotel Mirante Chapada dos Guimarães Uso sustentável Particular
97 Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Jubran Cáceres Uso sustentável Particular
98 Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Estância Poconé Uso sustentável Particular
Dorochê
99 Reserva Particular do Patrimônio Natural Parque Ecológico João Rondonôpolis Uso sustentável Particular
Basso
100 Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Ecológica Nova Cana do Norte Uso sustentável Particular
Lourdes Félix Soares
101 Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Ecológica José Nova Cana do Norte Uso sustentável Particular
Gimenez Soares
102 Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Rama Água Boa Uso sustentável Particular
103 Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda São Luiz Cuiabá Uso sustentável Particular
104 Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Vale do Tangará da Serra Uso sustentável Particular
Sepotuba
105 Reserva Particular do Patrimônio Natural Cachoeira do Nobres e Diamantino Uso sustentável Particular
Tombador
106 Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Loanda Nova Maringá Uso sustentável Particular
107 Reserva Particular do Patrimônio Natural Lote Cristalino Alta Floresta Uso sustentável Particular
108 Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Terra Nova Porto Alegre do Norte e São José do Uso sustentável Particular
Xingu
109 Reserva Particular do Patrimônio Natural Cristalino I Novo Mundo Uso sustentável Particular
110 Reserva Particular do Patrimônio Natural Cristalino III Novo Mundo Uso sustentável Particular
111 Reserva Particular do Patrimônio Natural Estância Ecológica Barão de Melgaço Uso sustentável Particular
SESC-Pantanal

128
ANEXO B

Espécies de árvores registradas no Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, seus nomes vulgares e categoria de ameaça de extinção (LC= pouco preocupante, NT= quase
ameaçada, VU= vulnerável, NA= não avaliada, X=identificação a nível de gênero. *Flora do Brasil 2020. Disponível em:
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/ResultadoDaConsultaNovaConsulta.do#CondicaoTaxonCP.

Família Gênero Epíteto específico Autores Nome vulgar Categoria*


Astronium sp. - Guarita X
Anacardiaceae
Myracrodruon urundeuva Allemão Aroeira LC

Annonaceae Xylopia sericea A. St.-Hil. Embieira NA


Guatteria sp - Imbira X
Aspidosperma discolor A.DC. Guarantã NA
Apocynaceae Aspidosperma macrocarpon Mart. & Zucc. Peroba-mica LC
Himatanthus articulatus (Vahl) Woodson Leiteiro NA
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. Mandiocão NA
Bactris gasipaes Kunth Pupunha NA
Astrocaryum aculeatum G.Mey. Tucum NA
Arecaceae
Euterpe oleracea Mart. Açaí NA
Mauritia flexuosa L.f. Buriti NA
Asteraceae Vernonanthura sp H. Rob. Vermona X
Jacaranda copaia (Aubl.) D.Don. Parapará NA
Bignoniaceae
Tabebuia sp. - Ipê X
Cordia sp. - Grão de galo X
Boraginaceae Cordia bicolor A.DC. Louro-branco NE
Cordia nodosa Lam. Louro NA

129
Protium pilosissimum Engl. Amesclinha NA
Protium sagotianum Marchand - NA
Burseraceae Amescla, Amescla
Trattinnickia burserifolia Mart. morcegueira NA

Trattinnickia rhoifolia Willd. Amesclão NA


Calophyllaceae Calophyllum brasiliense Cambess. Guanandi NA
Caryocaraceae Caryocar brasiliense Cambess. Pequi mata LC
Celastraceae Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C.Sm. Uaratama NA
Chrysobalanaceae Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. Oiti NA
Combretaceae Buchenavia tetraphylla (Aubl.) R.A.Howard Mirindiba NA
Croton urucurana Baill. Sangra d’água NA

Euphorbiaceae Croton palanostigma Klotzsch Sangue-de-dragão NA


Hevea brasiliensis (Willd. ex A.Juss.) Müll.Arg. Seringueira NA
Mabea fistulifera Mart. Mamoninha-do-mato NA
Copaifera langsdorffii Desf. Copaíba NA
Fabaceae
Dialium sp. - Jutaí pororoca NA
Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff Sucupira amarela NA
Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Cumaru NA
Hymenaea courbaril L. Jatobá LC
Hymenolobium modestum Ducke Angelim-pedra NA
Inga panurensis Spruce ex Benth Inga NA
Inga cylindrica (Vell.) Mart. Inga NA
Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Leucena NA
Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. Angelim-saia NA
Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby Pinho cuiabano NA

130
Tachigali sp. - Tachi X
Goupiaceae Goupia glabra Aubl. Peroba bosta NA
Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez Itaúba VU
Lauraceae
Nectandra cissiflora Nees Canelão LC
Lecythidaceae Bertholletia excelsa Bonpl. Castanheira do Brasil VU
Apeiba echinata Gaertn. Pente-de-macaco NA
Malvaceae Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna Paineira NA
Pachira aquatica Aubl. Munguba NA
Melastomataceae Bellucia grossularioides (L.)Triana Jambo do mato NA
Artocarpus heterophyllus Lam. Jaqueira NA
Bagassa guianensis Aubl. Garrote NA
Moraceae
Brosimum sp. - Leiteiro X
Ficus sp. - Figueira X
Calyptranthes sp. - Goiabinha X
Myrcia sp. - Vermelhinho X
Myrtaceae
Psidium sp. - Goiabinha X
Syzygium jambolanum Lam. Jambolão NA
Polygonaceae Triplaris weigeltiana (Rchb.) Kuntze Tachi Branco NA
Matayba arborecens (Aubl.) Radlk. - NA
Sapindaceae
Talisia retusa Cowan Pitomba NA
Sapotaceae Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. Abiurana NA
Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. Marupá NA
Solanaceae Solanum sp. L. - X
Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul Embaúba NA

131
Cecropia sp. - Embaúba X
Erisma uncinatum Warm. Cedrinho NA
Vochysiaceae Qualea paraensis Ducke Cambará rosa NA
Vochysia guianensis Aubl. Cambará NA

132
ANEXO C

Exemplo de algumas espécies de árvores com regeneração natural na área de leucenal da R-3, no Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, bem como seus
nomes vulgares e categoria de ameaça de extinção (LC= pouco preocupante, NT= quase ameaçada, VU= vulnerável, NA= não avaliada, X=identificação a nível de gêner o.
*Flora do Brasil 2020. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/
ResultadoDaConsultaNovaConsulta.do#CondicaoTaxonCP.

Família Gênero Epíteto específico Autores Nome vulgar Categoria*


Xylopia sericea A. St.-Hil. Embieira NA
Annonaceae Guatteria sp - Imbira X
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. Mandiocão NA
Asteraceae Vernonanthura sp. H. Rob. Vermona X
Chrysobalanaceae Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. Oiti NA
Fabaceae Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Cumaru NA
Moraceae Artocarpus heterophyllus Lam. Jaqueira NA
Myrtaceae Syzygium jambolanum Lam. Jambolão X
Sapindaceae Talisia retusa Cowan Pitomba NA
Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. Marupá NA
Solanaceae Solanum sp. L. - X
Cecropia pachystachya Trécul Embaúba NA
Urticaceae
Cecropia sp. - Embaúba X

133
ANEXO D

Aves registradas no Parque Natural Municipal Jardim Botânico, Sinop–MT, Brasil. Habitat: Florestal (FL), Área aberta (AB), Ambiente aquático (AQ); Status: residente (R),
residente e endêmico do Brasil (R.E), visitante da América do Norte (VN); Grau de Sensibilidade a alterações ambientais (G.S.): Alto (A), Médio (M) e Baixo (B);
Categorias de ameaça de acordo com lista da IUCN, IBAMA e SEMA/MT: Em perigo de extinção (EN), Vulnerável à extinção (VU), Quase ameaçada de extinção (NT),
Pouco Preocupante (LC) e Não avaliada (NA); Guilda alimentar: Carnívoro (CAR), Detritívoro (DET), Frugívoro (FRU), Granívoro (GRA), Insetívoro (INS), Nectarívoro
(NEC), Onívoro (ONI), Piscívoro (PIS) e Frugívoro/Granívoro (FRU/GRA).
ORDEM/Família/Espécie nome-popular Habitat Status G.S. IUCN IBAMA SEMA/MT Guilda
TINAMIFORMES
Tinamidae
Crypturellus parvirostris inhambu-chororó FL R M LC LC LC ONI
Crypturellus tataupa inhambu-chintã FL R M LC LC LC ONI
GALLIFORMES
Cracidae
Ortalis guttata aracuã-pintado FL R M LC LC LC FRU
PODICIPEDIFORMES

Podicipedidae
Tachybaptus dominicus AQ
mergulhão-pequeno R B LC LC LC PIS
PELECANIFORMES
Ardeidae
Ardea alba garça-branca-grande AQ R B LC LC LC PIS
Butorides striata socozinho FL,AB R B LC LC LC PIS
Egretta thula garça-branca-pequena AQ R B LC LC LC PIS
Tigrisoma lineatum socó-boi AB,AQ R M LC LC LC PIS
CATHARTIFORMES
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha AB R B LC LC LC DET
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela AB R M LC LC LC DET
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta AB R B LC LC LC DET
ACCIPITRIFORMES
Accipitridae
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta FL, AB R B LC LC LC CAR
Ictinia plumbea sovi AB R M LC LC LC INS
Rupornis magnirostris gavião-carijó FL,AB R B LC LC LC CAR
GRUIFORMES
Heliornithidae
Laterallus viridis sanã-castanha AB R M LC LC LC INS
CHARADRIIFORMES
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero AB R B LC LC LC INS
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã AB,AQ R B LC LC LC INS
COLUMBIFORMES
Columbidae
Columba livia pombo-doméstico AB EX B LC LC LC FRU/GRA
Columbina squammata fogo-apagou AB R B LC LC LC GRA
Columbina talpacoti rolinha-roxa AB R B LC LC LC GRA
Patagioenas picazuro pombão AB R M LC LC LC GRA
Patagioenas speciosa pomba-trocal FL,AB R M LC LC LC FRU/GRA
CUCULIFORMES
Cuculidae
Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado FL,AB R B LC LC LC INS
Crotophaga ani anu-preto AB R B LC LC LC INS
Crotophaga major anu-coroca FL,AQ R M LC LC LC ONI

135
Piaya cayana alma-de-gato FL,AB R B LC LC LC INS
Tapera naevia saci
STRIGIFORMES
Strigidae
Athene cunicularia coruja-buraqueira AB R B LC LC LC CAR
Glaucidium brasilianum caburé FL,AB R B LC LC LC CAR
Megascops choliba corujinha-do-mato FL,AB R B LC LC LC INS
Trochilidae
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta FL,AB R B LC LC LC NEC
Heliomaster furcifer bico-reto-azul FL,AB R B LC LC LC NEC
CORACIIFORMES
Alcedinidae
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde AQ R B LC LC LC PIS
Momotidae
Momotus momota udu-de-coroa-azul FL,AB R M LC LC LC INS
GALBULIFORMES
Galbulidae
Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva FL,AB R B LC LC LC INS
Bucconidae
Monasa morphoeus chora-chuva-de-cara-branca FL R A LC LC LC INS
Monasa nigrifrons chora-chuva-preto FL,AB R M LC LC LC INS
PICIFORMES
Ramphastidae
Pteroglossus castanotis araçari-castanho FL R M LC LC LC FRU
Ramphastos toco tucanuçu FL, AB R M LC LC LC FRU
Picidae
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca FL,AB R B LC LC LC INS
Melanerpes candidus pica-pau-branco AB R M LC LC LC ONI
Melanerpes cruentatus benedito-de-testa-vermelha FL,AB R B LC LC LC INS
Picumnus albosquamatus pica-pau-anão-escamado FL R M LC LC LC INS
FALCONIFORMES
Falconidae
Caracara plancus carcará AB R B LC LC LC ONI
PSITTACIFORMES
Psittacidae
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro FL,AB R M LC LC LC FRU
Ara ararauna arara-canindé FL,AB R M LC LC LC FRU
periquito-de-encontro- FL,AB
Brotogeris chiriri amarelo R M LC LC LC FRU
Diopsittaca nobilis maracanã-pequena FL,AB R M LC LC LC FRU
Pionus menstruus maitaca-de-cabeça-azul FL,AB R B LC LC LC FRU
PASSERIFORMES
Thamnophilidae
Thamnophilus doliatus choca-barrada AB R B LC LC LC INS
Dendrocolaptidae
Dendrocolaptes picumnus arapaçu-meio-barrado FL R M LC LC LC INS
Tityridae
anambé-branco-de- FL,AB
Tityra inquisitor bochecha-parda R M LC LC LC FRU,INS
anambé-branco-de-máscara- FL,AB
Tityra semifasciata negra R M LC LC LC FRU,INS
Xenopsaris albinucha tijerila FL, AB R M LC LC LC INS
Tyrannidae
Camptostoma obsoletum risadinha FL,AB R B LC LC LC INS
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu FL,AB R M LC LC LC ONI
Griseotyrannus FL,AB
aurantioatrocristatus peitica-de-chapéu-preto R B LC LC LC INS

137
Myiarchus ferox maria-cavaleira FL,AB R B LC LC LC INS
maria-cavaleira-de-rabo- FL,AB
Myiarchus tyrannulus enferrujado R B LC LC LC INS
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado FL R M LC LC LC INS
Myiophobus fasciatus filipe AB R B LC LC LC INS
bentevizinho-de-asa- FL,AB
Myiozetetes cayanensis ferrugínea R B LC LC LC INS
Pitangus sulphuratus bem-te-vi FL,AB R B LC LC LC INS
Pyrocephalus rubinus príncipe FL,AB R B LC LC LC INS
Tyrannus melancholicus suiriri AB R B LC LC LC INS
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari FL,AB R B LC LC LC INS
Hirundinidae
Atticora tibialis calcinha-branca FL R M LC LC LC INS
andorinha-doméstica- AB
Progne chalybea grande R B LC LC LC INS
Progne subis andorinha-azul AB VN B LC LC LC INS
Troglodytidae
Campylorhynchus turdinus catatau FL,AB R B LC LC LC INS
Pheugopedius genibarbis garrinchão-pai-avô FL,AB R B LC LC LC INS
Troglodytes musculus corruíra AB R B LC LC LC INS
Turdidae
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira AB R B LC LC LC INS
Parulidae
Basileuterus culicivorus pula-pula FL R M LC LC LC INS
Icteridae
Molothrus bonariensis chupim FL,AB R B LC LC LC ONI
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica FL,AB R B LC LC LC NEC
Lanio cristatus tiê-galo FL R M LC LC LC INS
Ramphocelus carbo pipira-vermelha FL,AB R B LC LC LC FRU
Saltator maximus tempera-viola FL,AB R B LC LC LC FRU
Sporophila nigricollis baiano AB R B LC LC LC GRA
Tangara cyanicollis saíra-de-cabeça-azul FL,AB R B LC LC LC FRU
Tangara episcopus sanhaçu-da-amazônia FL,AB R B LC LC LC FRU
Tangara mexicana saíra-de-bando FL,AB R M LC LC LC FRU
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro FL,AB R B LC LC LC FRU
Volatinia jacarina tiziu AB R B LC LC LC GRA
Passeridae
Passer domesticus pardal AB EX B LC LC LC ONI

139
APÊNDICE

Resultados laboratoriais das análises de água em diferentes pontos na R-3, encomendado pela Prefeitura Municipal de Sinop em janeiro de 2020. Os corpos d’água
analisados pertencem à Classe Especial, pois são águas destinadas à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral e à preservação
do equilíbrio natural das comunidades aquáticas (Resolução CONAMA no. 357, de 17/03;/2005, artigo 4 o). Ressalva-se, entretanto, que os valores máximos permitidos
considerados pelos laboratórios são referentes à Classe 2.
LABORAT ÓRIO DE ANÁLISE DE ÁGUA
CNPJ:05.539.974/0001-61
Rua dos Cajueiros Nº899 Setor Residencial
Norte Sinop-MT
Fone(66)3531-4289 – (66)99995-6778 –
(66)99982-2244

BOLETIM TÉCNICO DE ANÁLISE N°8501/2020

Identificação Cliente
Cliente: Município de Sinop CNPJ/CPF: 15.024.003/0001-32
Endereço: AV Embaubas 1386 Setor Comercial Sinop MT

Nº Amostra: 850120
Tipo de Amostra: Água Superficial AM-01
Data Coleta: 19/01/2020 14:00 Data Recebimento: 21/01/2020 8:00
Técnico da Coleta: Pablo Sacomano Responsável pelo Transporte: Maria Fernanda Canabarro
Chuva Últimas 24 Horas?: Não Local da Coleta: Leito de Rio Nilza Viveiro Municipal de Sinop

Resultados Analíticos

Portaria de
Consolidação
Unidade
nº 05/2017
Análise LD de Resultado² Referência Data Análise
MS -
Medida
Completa -
VMP⁴

SMEWW 4500
pH 2 - 6,04 6a9 21/01/2020
H+ B

DBO 1,00 mg /L 105 5 mg/L SMEWW 5210 B 21/01/2020

DQO 1,00 mg /L 44,8 - SMEWW 5220 D 21/01/2020

Sólidos Totais SMEWW 2540 B


4,93 mg/L 20 - 23/01/2020
eE

Especificações
CONAMA 357/2005-Tabela I e II-Classe 2-VMP:CONAMA 357/2005-Tabela I e II-Casse 2-Aguas Doces

Interpretação
Os resultados dos parâmetros analisados na amostra atendem aos padrões especificados na Resolução do CONAMA n° 357/2005

LEGENDA:

(1)
LD = Limite de Detecção do Método.

(2)
A forma de expressão dos resultados pode contemplar também: NA= Não Avaliado/ND=Não Detectado.
(3)
VMP= Valor Máximo Permitido.
(4)
NA: Não se Aplica.

OBSERVAÇÕES: Quando amostragem realizada pelo cliente, o AGROLAB se responsabiliza pelos resultados dos ensaios a partir da
entrada das amostras no laboratório.
Os resultados referem-se única e exclusivamente a amostra analisada. É expressamente proibida a reprodução parcial deste
documento.

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BOLETIM TÉCNICO DE ANÁLISE N°8501/2020

Metodologia de Referência
Standart Methods For the Examination of Water and Wastewater 22 Edition 2017. Manual de
Procedimento Hach,4ª Edição, 2005.

Sinop, 31 de Janeiro de 2020

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Identificação Cliente
Cliente: Município de Sinop CNPJ/CPF: 15.024.003/0001-32
Endereço: AV Embaubas 1386 Setor Comercial Sinop MT

Nº Amostra: 850120
Tipo de Amostra: Água Superficial AM-01
Data Coleta: 19/01/2020 14:00 Data Recebimento: 21/01/2020 8:00
Técnico da Coleta: Pablo Sacomano Responsável pelo Transporte: Maria Fernanda Canabarro
Chuva Últimas 24 Horas?: Não Local da Coleta: Leito de Rio Nilza Viveiro Municipal de Sinop

Resultados Analíticos

Portaria de
Consolidação
Unidade
nº 05/2017
Análise LD de Resultado² Referência Data Análise
MS -
Medida
Completa -
VMP⁴
Óleos e Graxas 2,00 mg/L 4,83 0 mg/L SMEWW 5520 B 24/01/2020
Oxigênio Dissolvido 0,48 mg/L 0,9 5 mg/L SMWW 4500 OC 21/01/2020
Contagem de Coliformes 1,00 NMP/10 <1,00 1000 SMEWW 9223 B 21/01/2020
Termotolerantes 0 mL NMP/100mL
Contagem de Coliformes 1,00 NMP/10 <1,00 SMEWW 9223 B 21/01/2020
-
Totais 0 mL

Especificações
CONAMA 357/2005-Tabela I e II-Classe 2-VMP:CONAMA 357/2005-Tabela I e II-Casse 2-Aguas Doces

Interpretação
Os resultados dos parâmetros analisados na amostra atendem aos padrões especificados na Resolução do CONAMA n° 357/2005

LEGENDA:

(1)
LD = Limite de Detecção do Método.

(2)
A forma de expressão dos resultados pode contemplar também: NA= Não Avaliado/ND=Não Detectado.
(3)
VMP= Valor Máximo Permitido.
(4)
NA: Não se Aplica.

OBSERVAÇÕES: Quando amostragem realizada pelo cliente, o AGROLAB se responsabiliza pelos resultados dos ensaios a partir da
entrada das amostras no laboratório.
Os resultados referem-se única e exclusivamente a amostra analisada. É expressamente proibida a reprodução parcial deste
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Metodologia de Referência
Standart Methods For the Examination of Water and Wastewater 22 Edition 2017. Manual de
Procedimento Hach,4ª Edição, 2005

Sinop, 31 de Janeiro de 2020

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Nº Amostra: 8601220
Tipo de Amostra: Água Superficial AM-02
Data Coleta: 19/01/2020 14:30 Data Recebimento: 21/01/2020 8:00
Técnico da Coleta: Pablo Sacomano Responsável pelo Transporte: Maria Fernanda Canabarro
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Resultados Analíticos

Portaria de
Consolidação
Unidade
nº 05/2017
Análise LD de Resultado² Referência Data Análise
MS -
Medida
Completa -
VMP⁴

SMEWW 4500
pH 2 - 6,45 6a9 21/01/2020
H+ B

DBO 1,00 mg /L 220 5 mg/L SMEWW 5210 B 21/01/2020

DQO 1,00 mg /L 64 - SMEWW 5220 D 21/01/2020

Sólidos Totais SMEWW 2540 B


4,93 mg/L 20 - 23/01/2020
eE

Especificações
CONAMA 357/2005-Tabela I e II-Classe 2-VMP:CONAMA 357/2005-Tabela I e II-Casse 2-Aguas Doces

Interpretação
Os resultados dos parâmetros analisados na amostra atendem aos padrões especificados na Resolução do CONAMA n° 357/2005

LEGENDA:

(1)
LD = Limite de Detecção do Método.

(2)
A forma de expressão dos resultados pode contemplar também: NA= Não Avaliado/ND=Não Detectado.
(3)
VMP= Valor Máximo Permitido.
(4)
NA: Não se Aplica.

OBSERVAÇÕES: Quando amostragem realizada pelo cliente, o AGROLAB se responsabiliza pelos resultados dos ensaios a partir da
entrada das amostras no laboratório.
Os resultados referem-se única e exclusivamente a amostra analisada. É expressamente proibida a reprodução parcial deste
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Metodologia de Referência
Standart Methods For the Examination of Water and Wastewater 22 Edition 2017. Manual de
Procedimento Hach,4ª Edição, 2005.

Sinop, 31 de Janeiro de 2020

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BOLETIM TÉCNICO DE ANÁLISE N°8601/2020

Identificação Cliente
Cliente: Município de Sinop CNPJ/CPF: 15.024.003/0001-32
Endereço: AV Embaubas 1386 Setor Comercial Sinop MT

Nº Amostra: 860120
Tipo de Amostra: Água Superficial AM-02
Data Coleta: 19/01/2020 14:30 Data Recebimento: 21/01/2020 8:00
Técnico da Coleta: Pablo Sacomano Responsável pelo Transporte: Maria Fernanda Canabarro
Chuva Últimas 24 Horas?: Não Local da Coleta: Leito de Rio Viveiro Municipal de Sinop

Resultados Analíticos

Portaria de
Consolidação
Unidade
nº 05/2017
Análise LD de Resultado² Referência Data Análise
MS -
Medida
Completa -
VMP⁴
Óleos e Graxas 2,00 mg/L 11,56 0 mg/L SMEWW 5520 B 24/01/2020
Oxigênio Dissolvido 0,48 mg/L 2,5 5 mg/L SMWW 4500 OC 21/01/2020
Contagem de Coliformes 1,00 NMP/10 <1,00 1000 SMEWW 9223 B 21/01/2020
Termotolerantes 0 mL NMP/100mL
Contagem de Coliformes 1,00 NMP/10 <1,00 SMEWW 9223 B 21/01/2020
-
Totais 0 mL

Especificações
CONAMA 357/2005-Tabela I e II-Classe 2-VMP:CONAMA 357/2005-Tabela I e II-Casse 2-Aguas Doces

Interpretação
Os resultados dos parâmetros analisados na amostra atendem aos padrões especificados na Resolução do CONAMA n° 357/2005

LEGENDA:

(1)
LD = Limite de Detecção do Método.

(2)
A forma de expressão dos resultados pode contemplar também: NA= Não Avaliado/ND=Não Detectado.
(3)
VMP= Valor Máximo Permitido.
(4)
NA: Não se Aplica.

OBSERVAÇÕES: Quando amostragem realizada pelo cliente, o AGROLAB se responsabiliza pelos resultados dos ensaios a partir da
entrada das amostras no laboratório.
Os resultados referem-se única e exclusivamente a amostra analisada. É expressamente proibida a reprodução parcial deste
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LABORAT ÓRIO DE ANÁLISE DE ÁGUA
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BOLETIM TÉCNICO DE ANÁLISE N°8601/2020

Metodologia de Referência
Standart Methods For the Examination of Water and Wastewater 22 Edition 2017. Manual de
Procedimento Hach,4ª Edição, 2005

Sinop, 31 de Janeiro de 2020

Rua dos Cajueiros, N° 899 Setor Residencial Norte - Sinop/MT - CEP: 78.550-366 - Fone: (66)3531-4289/99995-6778/99982-2244 Pag 2/2

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RELATÓRIO DE ENSAIO Nº 20070209 - A
Proposta nº 0189/2020 Data de Emissão do Relatório: 07/02/2020
DADOS REFERENTE AO SOLICITANTE
Solicitante: PREFEITURA MUNICIPAL DE SINOP
CNPJ/CPF: 15.024.003/0001-32
Endereço: VIVEIRO MUNICIPAL DE SINOP-MT
Número: NI Bairro: NI Município: SINOP Estado: MT
DADOS REFERENTE A AMOSTRA
Protocolo: 78382 Matriz: APÇ - Água de Poço
Identificação da Amostra: POÇO 01 Responsável Amostragem: CLIENTE
Data da Coleta: 29/01/2020 Horas: 15:30 Chuva nas últimas 24hs: SIM
Local Amostragem (GPS-UTM): NI Data Recebimento: 30/01/2020 10:32:48
Plano de Amostragem / Procedimento: NI Cód. Interno Amostra: 20070209
Condições ambientais durante amostragem: 28.0 °C
Condições de recebimento da amostra: 26.6 °C
PARÂMETROS UNIDADE LQ (1) VMP (2) RESULTADO INCERTEZA(5) DATA ENSAIO MÉTODO
Coliformes Totais UFC/100mL 1 Ausência <1 [0;0] 30/01/2020 SMWW23nd³ 9222B
Coliformes Termotolerantes UFC/100mL 1 Ausência <1 [0;0] 30/01/2020 SMWW23nd³ 9222D
Escherichia Coli -- -- Ausência Ausência n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 9223B
Manganês (Mn) mg/L 0.010 0.1 <0.010 n.a. 31/01/2020 SMWW23nd³ 3120B
Ferro (Fe) mg/L 0.050 0.3 <0.050 n.a. 31/01/2020 SMWW23nd³ 3120B
Sílica mg/L 0.50 -- 13.97 0.50 31/01/2020 SMWW23nd³ 3120B
Cálcio (Ca) mg/L 0.50 -- <0.50 n.a. 31/01/2020 SMWW23nd³ 3120B
Sódio (Na) mg/L 0.53 200 1.39 0.18 31/01/2020 SMWW23nd³ 3120B
Potássio (K) mg/L 0.53 -- <0.53 n.a. 31/01/2020 SMWW23nd³ 3120B
Magnésio (Mg) mg/L 0.50 -- <0.50 n.a. 31/01/2020 SMWW23nd³ 3120B
Dureza Total mg/L 1.80 500 <1.80 n.a. 31/01/2020 SMWW23nd³ 2340B
Fluoreto mg/L 0.06 1.5 <0.06 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 4110C
Cloreto mg/L 0.06 250 0.20 0.06 30/01/2020 SMWW23nd³ 4110C
Nitrito mg/L 0.07 1 <0.07 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 4110C
Nitrato mg/L 0.05 10 <0.05 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 4110C
Sulfato mg/L 0.05 250 <0.05 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 4110C

Revisado por : RAYANE ALEXANDRA MIRANDA


Notas:
Os resultados se referem somente ao item ensaiado conforme recebido.
1 = LQ - Limite de Quantificação.
2 = VMP - Valor Máximo Permitido para consumo humano conforme Portaria de Consolidação nº5- Anexo XX
3 = Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23 nd Washigton, DC:American Public Health Association, 2017.
4 = n.a = Não Aplicável
5 = Incerteza = Incerteza expandida (U), que é baseada na incerteza padrão combinada, com um nível de segurança de 95% (k=2).
"A declaração de conformidade não faz parte do escopo de acreditação deste laboratório."
O local de realização dos ensaios é nas instalações da Agroanalise Laboratórios Integrados situada conforme endereço no rodapé, excetuando os ensaios realizados nas
instalações do cliente quando de responsabilidade do laboratório.

Declaração de Conformidade
Para os parâmetros analisados a amostra atende a Portaria de Consolidação nº5- Anexo XX, que dispõe sobre o controle de qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Signatário Autorizado
ISABELLA MARIA PEREIRA DE SOUZA
QUÍMICA - CRQ - XVI - 16100155 - MT
A temperatura de recebimento da amostra está fora da faixa estabelecida pelo Standard Method 23nd entre 0 a 6 ºC.

Verifique a autenticidade do Laudo no nosso site pelo Código:20070209263326149706022020174507


www.agroanalise.com.br

"O Relatório de ensaio deverá ser reproduzido completo. Reprodução de partes requer aprovação escrita do laboratório"
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SOUZA NETO & SOUZA LTDA - CNPJ: 37.443.074/0001-02 - Av. Fernando Correa da Costa, 7.421 - Bairro São José - Cep:78080-535 - Cuiabá - MT
Inscrição Estadual: Isento Inscrição Municipal: 45184 - Fone: (65) 3634-3893 - E-mail de contato: agroanalise@agroanalise.com.br
RELATÓRIO DE ENSAIO Nº 20070209 - A
Proposta nº 0189/2020 Data de Emissão do Relatório: 07/02/2020
DADOS REFERENTE AO SOLICITANTE
Solicitante: PREFEITURA MUNICIPAL DE SINOP
CNPJ/CPF: 15.024.003/0001-32
Endereço: VIVEIRO MUNICIPAL DE SINOP-MT
Número: NI Bairro: NI Município: SINOP Estado: MT
DADOS REFERENTE A AMOSTRA
Protocolo: 78382 Matriz: APÇ - Água de Poço
Identificação da Amostra: POÇO 01 Responsável Amostragem: CLIENTE
Data da Coleta: 29/01/2020 Horas: 15:30 Chuva nas últimas 24hs: SIM
Local Amostragem (GPS-UTM): NI Data Recebimento: 30/01/2020 10:32:48
Plano de Amostragem / Procedimento: NI Cód. Interno Amostra: 20070209
Condições ambientais durante amostragem: 28.0 °C
Condições de recebimento da amostra: 26.6 °C
PARÂMETROS UNIDADE LQ (1) VMP (2) RESULTADO INCERTEZA(5) DATA ENSAIO MÉTODO
Ortofosfato mg/L 0.06 -- <0.06 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 4110C
Cor Aparente UC 5 15 <5 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 2120B
Turbidez NTU 0.6 5 <0.6 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 2130B
Condutividade Elétrica µS/cm 1.07 -- 7.72 0.42 30/01/2020 SMWW23nd³ 2510B
Alcalinidade Total mg/L 10.3 -- <10.3 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 2320B
Sólidos Totais mg/L 4.5 -- 48.01 0.10 05/02/2020 SMWW23nd³ 2540B
Sólidos Totais Dissolvidos mg/L 6.2 1000 36.01 0.43 05/02/2020 SMWW23nd³ 2540C
Sólidos Totais Suspensos mg/L 4.6 -- 12.00 0.12 05/02/2020 SMWW23nd³ 2540D

Revisado por : RAYANE ALEXANDRA MIRANDA


Notas:
Os resultados se referem somente ao item ensaiado conforme recebido.
1 = LQ - Limite de Quantificação.
2 = VMP - Valor Máximo Permitido para consumo humano conforme Portaria de Consolidação nº5- Anexo XX
3 = Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23 nd Washigton, DC:American Public Health Association, 2017.
4 = n.a = Não Aplicável
5 = Incerteza = Incerteza expandida (U), que é baseada na incerteza padrão combinada, com um nível de segurança de 95% (k=2).
"A declaração de conformidade não faz parte do escopo de acreditação deste laboratório."
O local de realização dos ensaios é nas instalações da Agroanalise Laboratórios Integrados situada conforme endereço no rodapé, excetuando os ensaios realizados nas
instalações do cliente quando de responsabilidade do laboratório.

Declaração de Conformidade
Para os parâmetros analisados a amostra atende a Portaria de Consolidação nº5- Anexo XX, que dispõe sobre o controle de qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Signatário Autorizado
ISABELLA MARIA PEREIRA DE SOUZA
QUÍMICA - CRQ - XVI - 16100155 - MT
A temperatura de recebimento da amostra está fora da faixa estabelecida pelo Standard Method 23nd entre 0 a 6 ºC.

Verifique a autenticidade do Laudo no nosso site pelo Código:20070209263326149706022020174507


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"O Relatório de ensaio deverá ser reproduzido completo. Reprodução de partes requer aprovação escrita do laboratório"
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SOUZA NETO & SOUZA LTDA - CNPJ: 37.443.074/0001-02 - Av. Fernando Correa da Costa, 7.421 - Bairro São José - Cep:78080-535 - Cuiabá - MT
Inscrição Estadual: Isento Inscrição Municipal: 45184 - Fone: (65) 3634-3893 - E-mail de contato: agroanalise@agroanalise.com.br
RELATÓRIO DE ENSAIO Nº 20070209 - B
Proposta nº 0189/2020 Data de Emissão do Relatório: 07/02/2020
DADOS REFERENTE AO SOLICITANTE
Solicitante: PREFEITURA MUNICIPAL DE SINOP
CNPJ/CPF: 15.024.003/0001-32
Endereço: VIVEIRO MUNICIPAL DE SINOP-MT
Número: NI Bairro: NI Município: SINOP Estado: MT
DADOS REFERENTE A AMOSTRA
Protocolo: 78382 Matriz: APÇ - Água de Poço
Identificação da Amostra: POÇO 01 Responsável Amostragem: CLIENTE
Data da Coleta: 29/01/2020 Horas: 15:30 Chuva nas últimas 24hs: SIM
Local Amostragem (GPS-UTM): NI Data Recebimento: 30/01/2020 10:32:48
Plano de Amostragem / Procedimento: NI Cód. Interno Amostra: 20070209
Condições ambientais durante amostragem: 28.0 °C
Condições de recebimento da amostra: 26.6 °C
PARÂMETROS UNIDADE LQ (1) VMP (2) RESULTADO INCERTEZA(5) DATA ENSAIO MÉTODO
pH -- 1-13 6-9.5 4.33 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 4500H+ B
Alcalinidade Carbonato mg/L 10.3 -- <10.3 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 2320B
Alcalinidade Hidróxido mg/L 10.3 -- <10.3 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 2320B
Alcalinidade Bicarbonato mg/L 10.3 -- <10.3 n.a. 30/01/2020 SMWW23nd³ 2320B
Nitrogênio Amoniacal mg/L 0.28 1.5 <0.28 n.a. 31/01/2020 SMWW23nd³ 4500 NH3 D

Revisado por : RAYANE ALEXANDRA MIRANDA


Notas:
Os resultados se referem somente ao item ensaiado conforme recebido.
1 = LQ - Limite de Quantificação.
2 = VMP - Valor Máximo Permitido para consumo humano conforme Portaria de Consolidação nº5- Anexo XX
3 = Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23 nd Washigton, DC:American Public Health Association, 2017.
4 = n.a = Não Aplicável
5 = Incerteza = Incerteza expandida (U), que é baseada na incerteza padrão combinada, com um nível de segurança de 95% (k=2).
"A declaração de conformidade não faz parte do escopo de acreditação deste laboratório."
O local de realização dos ensaios é nas instalações da Agroanalise Laboratórios Integrados situada conforme endereço no rodapé, excetuando os ensaios realizados nas
instalações do cliente quando de responsabilidade do laboratório.
B = Os Ensaios listados neste Relatório não fazem parte do nosso escopo de acreditação

Declaração de Conformidade
Para os parâmetros analisados a amostra atende a Portaria de Consolidação nº5- Anexo XX, que dispõe sobre o controle de qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Signatário Autorizado
ISABELLA MARIA PEREIRA DE SOUZA
QUÍMICA - CRQ - XVI - 16100155 - MT
A temperatura de recebimento da amostra está fora da faixa estabelecida pelo Standard Method 23nd entre 0 a 6 ºC.

Verifique a autenticidade do Laudo no nosso site pelo Código:20070209263326149706022020174507


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"O Relatório de ensaio deverá ser reproduzido completo. Reprodução de partes requer aprovação escrita do laboratório"
FORM - 106 REV 06 Pag. 1 de 1

SOUZA NETO & SOUZA LTDA - CNPJ: 37.443.074/0001-02 - Av. Fernando Correa da Costa, 7.421 - Bairro São José - Cep:78080-535 - Cuiabá - MT
Inscrição Estadual: Isento Inscrição Municipal: 45184 - Fone: (65) 3634-3893 - E-mail de contato: agroanalise@agroanalise.com.br

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