Manual de Procedimentos de Contratação Pública Das Autarquias Locais 2019

Manual de Procedimentos
de Contratação Pública
das Autarquias Locais
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA DAS AUTARQUIAS LOCAIS
ÍNDICE 2.2.1. ESCOLHA DO PROCEDIMENTO EM FUNÇÃO DO

VALOR..................................................................................................... 11
1. CONTRATAÇÃO PÚBLICA........................................2
2.2.1.1. CRITÉRIO DO VALOR DO CONTRATO......................................... 11
1.1. PRINCÍPIOS E REGRAS GERAIS................................................2
2.2.1.2. DIVISÃO DE LOTES ........................................................................... 13
1.1.1. OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO........................................2
2.2.1.3. CONTRATOS MISTOS......................................................................... 13
1.1.2. CONTRATOS ABRANGIDOS ......................................................2
2.2.2. ESCOLHA DO PROCEDIMENTO EM FUNÇÃO DE
1.1.3. CONTRATOS EXCLUÍDOS............................................................2 CRITÉRIOS MATERIAIS....................................................................14
1.2. PRINCÍPIOS E DEVERES RELATIVOS À CONTRATAÇÃO 2.2.2.1. DISPENSA DA REALIZAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO.... 14
PÚBLICA............................................................................................3
2.2.2.2. ESCOLHA DO CONCURSO PÚBLICO EM DUAS FASES..... 15
1.3. REGULAÇÃO DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA - SISTEMA
2.2.2.3. ESCOLHA DO CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA
NACIONAL DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA..............................7
QUALIFICAÇÃO............................................................................................ 15
1.4. PUBLICIDADE............................................................................... 8
2.2.2.4. ESCOLHA DO CONCURSO RESTRITO...................................... 15
1.4.1. PUBLICIDADE DOS PLANOS ANUAIS DE AQUISIÇÕES.8
2.2.2.5. ESCOLHA DO AJUSTE DIRETO.................................................... 15
1.4.2. PUBLICIDADE DOS PROCEDIMENTOS............................... 8
2.3. DOCUMENTOS DE PROCEDIMENTOS................................ 17
1.4.3. PUBLICIDADE DOS DOCUMENTOS DO
2.3.1. TIPOS DE DOCUMENTOS......................................................... 17
PROCEDIMENTOS E DOS CONTRATOS.................................... 9
2.3.2. PREPARAÇÃO E APROVAÇÃO DOS DOCUMENTOS.. 18
1.4.4. OUTRAS PUBLICAÇÕES........................................................... 9
2.3.3. DOCUMENTOS ESTANDARDIZADOS DE
1.4.5. REGISTO DAS CONTRATAÇÕES............................................ 9
PROCEDIMENTO................................................................................ 18
1.4.6. ACESSO AOS DOCUMENTOS DE PROCEDIMENTOS..10
2.3.4. CONVITE........................................................................................ 18
2. TIPOS E ESCOLHAS DE PROCEDIMENTOS........10
2.3.5. PROGRAMA DO CONCURSO E CADERNO DE
2.1. TIPOS DE PROCEDIMENTOS..................................................10 ENCARGOS.......................................................................................... 18
2.2. CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DOS 2.3.6. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS................................................ 19
PROCEDIMENTOS.......................................................................... 11
I
2.3.7. DOCUMENTOS DO PROCEDIMENTO RELATIVOS A 3.1.5. FRACCIONAMENTO DA DESPESA...................................... 26

CONTRATOS DE EMPREITADAS DE OBRAS PÚBLICAS E 3.2. PROGRAMAÇÃO DAS AQUISIÇÕES................................... 26
CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS........................................20
3.2.1. PREPARAÇÃO E EXECUÇÃO DO PLANO ANUAL DE
2.3.8. APRESENTAÇÃO DO PROJETO BASE PELOS CON- AQUISIÇÃO......................................................................................... 26
CORRENTES ....................................................................................... 21
3.2.2. RECURSO A AQUISIÇÕES AGRUPADAS ........................ 26
2.3.9. VARIANTES DO PROJETO..................................................... 22
3.2.3. PREPARAÇÃO DAS AQUISIÇÕES AGRUPADAS........... 27
2.3.10. ELEMENTOS E MÉTODO DE CÁLCULO DO PROJETO
3.2.4. ELABORAÇÃO DOS PLANOS ANUAIS DE
BASE E VARIANTES........................................................................ 22
AQUISIÇÕES AGRUPADAS........................................................... 27
2.3.11. CADERNOS DE ENCARGOS RELATIVOS A CONTRA-
3.2.5. CONDUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE
TOS DE CONCESSÃO..................................................................... 23
AQUISIÇÕES AGRUPADAS........................................................... 27
2.3.12. TERMOS DE REFERÊNCIA.................................................... 23
3.3. PREPARAÇÃO E CONDUÇÃO DOS
2.3.13. ESCLARECIMENTOS SOBRE OS DOCUMENTOS DE PROCEDIMENTOS........................................................................ 28
PROCEDIMENTO............................................................................... 23
3.3.1. CONDUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS................................. 28
2.3.14. RETIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO
3.4. REGRAS DE PARTICIPAÇÃO NO PROCEDIMENTO....... 28
PROCEDIMENTO............................................................................... 24
3.4.1. AGRUPAMENTOS........................................................................ 28
3. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS - DILIGÊNCIAS
3.4.2. IMPEDIMENTOS DOS CANDIDATOS E
ADMINISTRATIVAS PRÉVIAS................................ 24
CONCORRENTES.............................................................................. 29
3.1. DECISÃO DE CONTRATAR E AUTORIZAÇÃO DE
3.4.2.1. SERVIÇOS DE CONSULTORIA......................................................30
DESPESAS...................................................................................... 24
3.4.2.2. IRREGULARIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES DE
3.1.1. INÍCIO DO PROCEDIMENTO.................................................... 24
IMPOSTOS E DA SEGURANÇA SOCIAL.............................................30
3.1.2. COMPETÊNCIAS PARA A DECISÃO DE CONTRATAR.24
3.4.2.3. CONTRATOS DE EMPREITADA OU DE CONCESSÃO DE
3.1.3. DESPESA AUTORIZADA.......................................................... 24
OBRAS PÚBLICAS......................................................................................30
3.1.4. CONFORMIDADE ORÇAMENTAL......................................... 25
II
3.4.2.4. EMPREITEIROS DE OBRAS PÚBLICAS..................................... 31 3.5.3.3. DECISÃO DE PRÉ-QUALIFICAÇÃO........................................... 38
3.4.3. COMPROVAÇÃO DA NÃO EXISTÊNCIA DE 3.6. PROPOSTAS............................................................................... 39

IMPEDIMENTOS.................................................................................. 31 3.6.1. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM E INSTRUEM A
3.4.4. LISTA DE ENTIDADES NÃO ELEGÍVEIS........................... 32 PROPOSTA..........................................................................................39
3.4.5. HABILITAÇÕES E AUTORIZAÇÕES 3.6.2. PROPOSTAS VARIANTES...................................................... 40

PROFISSIONAIS................................................................................. 32 3.6.3. APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA POR
3.4.6. ANÁLISE DA CAPACIDADE TÉCNICA E DA AGRUPAMENTO................................................................................. 41
CAPACIDADE FINANCEIRA.......................................................... 32 3.6.4. PREÇO DA PROPOSTA...........................................................42
3.4.6.1. CAPACIDADE TÉCNICA................................................................... 33 3.6.5. PREÇO ANORMALMENTE BAIXO......................................42
3.4.6.2. CAPACIDADE FINANCEIRA.......................................................... 35 3.6.6. CONFIDENCIALIDADE DOS DOCUMENTOS DA CAN-
3.4.6.3. ANÁLISE DA CAPACIDADE DOS AGRUPAMENTOS DE DIDATURA E DA PROPOSTA.......................................................43
CANDIDATOS................................................................................................ 36 3.6.7. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS...............43
3.4.6.4. RECURSO À CAPACIDADE DE TERCEIROS.......................... 36 3.7. APRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURAS E DAS
3.5. CANDIDATURAS....................................................................... 36 PROPOSTAS..................................................................................44
3.5.1. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A 3.7.1. IDIOMA DAS CANDIDATURAS E DAS PROPOSTAS..... 44
CANDIDATURA..................................................................................36 3.7.2. ENTREGA DAS CANDIDATURAS E PROPOSTAS ....... 44
3.5.2. APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURA POR 3.7.3. RECEPÇÃO DAS CANDIDATURAS E DAS PROPOSTAS.
AGRUPAMENTO................................................................................ 37 46
3.5.3. SISTEMA DE PRÉ - QUALIFICAÇÕES CONJUNTAS.... 37 3.7.4. PRAZOS PARA A APRESENTAÇÃO DAS
3.5.3.1. INSTITUIÇÃO DO SISTEMA DE PRÉ-QUALIFICAÇÕES CANDIDATURAS E DAS PROPOSTAS......................................46
CONJUNTA.................................................................................................... 37 3.8. AVALIAÇÃO E EXCLUSÃO DAS PROPOSTAS E
3.5.3.2. REGRAS PARA O SISTEMA DE PRÉ-QUALIFICAÇÕES ADJUDICAÇÃO.............................................................................46
CONJUNTA.................................................................................................... 38
III
3.8.1. DECISÃO DE ADJUDICAÇÃO................................................46 4.2.1. PROGRAMA DE CONCURSO................................................. 55
3.8.2. CADUCIDADE DA ADJUDICAÇÃO..................................... 47 4.2.2. MODIFICAÇÃO DO CADERNO DE ENCARGOS...........56
3.8.3. CAUSAS DE CANCELAMENTO DO 4.2.3. CONVITE PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS

PROCEDIMENTO...............................................................................48 TÉCNICAS FINAIS E DAS PROPOSTAS FINANCEIRAS....56
3.9. CAUÇÃO......................................................................................49 4.3. CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA
3.9.1. PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DE MANUTENÇÃO DA QUALIFICAÇÃO............................................................................ 56
PROPOSTA..........................................................................................49 4.3.1. PROGRAMA DE CONCURSO................................................. 57
3.9.2. PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DE BOA EXECUÇÃO DO 4.3.2. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS
CONTRATO..........................................................................................50 CANDIDATURAS............................................................................... 57
3.9.3. CASOS DE DISPENSA DE CAUÇÃO DE BOA 4.3.3. CONVITE PARA A APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS
EXECUÇÃO DO CONTRATO........................................................50 57
3.9.4. VALOR DA CAUÇÃO................................................................. 51 4.3.4. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS....58
3.9.5. MODO DE PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DA CAUÇÃO... 51 4.4. CONCURSO RESTRITO........................................................... 59
3.9.6. FALTA DE PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO ............................. 52 4.4.1. CONVITE PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS.59
3.9.7. LIBERAÇÃO DA CAUÇÃO DE BOA EXECUÇÃO DO 4.4.2. ESCOLHA DAS ENTIDADES A CONVIDAR.................... 60
CONTRATO.......................................................................................... 52 4.4.3. PRAZO PARA A ENTREGA DAS PROPOSTAS............. 60
4. TRAMITAÇÃO DO PROCEDIMENTO................... 53 4.5. AJUSTE DIRETO.......................................................................60
4.1. CONCURSO PÚBLICO.............................................................. 53 4.5.1. TRAMITAÇÃO SIMPLIFICADA.............................................. 60
4.1.1. ANÚNCIO DO CONCURSO....................................................... 53 4.6. CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS DE CONSULTORIA.... 61
4.1.2. PROGRAMA DO CONCURSO................................................ 53 4.6.1. RECURSO A EMPRESAS DE CONSULTORIA OU A
4.1.3. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA..........54 CONSULTORES INDIVIDUAIS...................................................... 62
4.2. CONCURSO PÚBLICO EM DUAS FASES........................... 55 4.6.2. ANÚNCIO DO PROCEDIMENTO.......................................... 62
IV
4.6.3. TERMOS DE REFERÊNCIA ................................................... 62 5. CELEBRAÇÃO DO CONTRATO ........................... 66

4.6.4. APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS.................................63 5.1. FORMA DO CONTRATO.......................................................... 66
4.6.4.1. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS............ 63 5.2. CONTEÚDO DO CONTRATO................................................. 66
4.6.4.2. DOCUMENTOS E MODO DE APRESENTAÇÃO DAS 5.3. APROVAÇÃO DA MINUTA DO CONTRATO...................... 68
PROPOSTAS.................................................................................................. 63
5.4. NOTIFICAÇÃO DA MINUTA AO ADJUDICATÁRIO......... 68
4.6.5. NEGOCIAÇÃO DO CONTRATO...........................................63
5.5. RECLAMAÇÃO RELATIVAMENTE A MINUTA
4.6.5.1. REPRESENTAÇÃO NAS SESSÕES DE NEGOCIAÇÃO........ 64 DO CONTRATO............................................................................. 68
4.6.5.2. SESSÃO DE NEGOCIAÇÃO.......................................................... 64 5.6. CELEBRAÇÃO DO CONTRATO............................................ 68
4.7. ACORDO-QUADRO..................................................................64 5.7. REPRESENTAÇÃO NA CELEBRAÇÃO
4.7.1. PROCEDIMENTOS DE FORMAÇÃO DE DO CONTRATO............................................................................. 69
ACORDOS-QUADROS....................................................................64 6. MODELOS E MINUTAS.......................................... 69
4.7.2. OBRIGAÇÃO DE CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS AO
ABRIGO DE ACORDOS-QUADRO.............................................65
4.7.3. PRAZO MÁXIMO DE VIGÊNCIA DOS

ACORDOS-QUADROS....................................................................65
4.7.4. REGRAS GERAIS APLICÁVEIS À CELEBRAÇÃO DE

CONTRATOS AO ABRIGO DE ACORDOS-QUADROS.......65
4.7.5. CELEBRAÇÃO AO ABRIGO DE ACORDO-QUADRO

CELEBRADO COM UM ÚNICO CO-CONTRATANTE...........66
4.7.6. CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS AO ABRIGO DE

ACORDOS-QUADRO COM CELEBRADOS COM VÁRIOS
CO-CONTRATANTES.......................................................................66
V
NOTA JUSTIFICATIVA
Visando a modernização dos procedimentos de O presente Manual de Boas Práticas, contém uma
contratação pública, tornando-os mais simples, explicação detalhada dos procedimentos de con-
rigorosos e céleres, o Código de Contratação Pú- tratação pública, aos quais se aplica o Código da
blica, estabelece um conjunto de regras a serem Contratação Pública (CCP), assim como das for-
adotadas pelos intervenientes no procedimento malidades que deverão ser observadas numa fase
de contratação pública, de forma a que todo o prévia e numa fase posterior ao procedimento.
processo seja conduzido de forma clara e trans- O Manual de Júri, elaborado num documento au-
parente. tónomo, debruça-se essencialmente, sobre as fa-
Assim sendo, torna-se necessário dotar às ses do procedimento relativos às candidaturas,
Autarquias Locais, aos seus órgãos e aos análise e avaliação de propostas e a elaboração
responsáveis pela condução dos procedimentos de relatórios de análise e avaliação.
de contratação pública, de instrumentos que os A Produção do Manual é financiado pelo Programa
auxiliem no exercício das suas funções, facilitando Plataformas para o Desenvolvimento Local e
o desenvolvimento das tarefas respetivas. Objetivos 2030 em Cabo Verde.
1
1. CONTRATAÇÃO PÚBLICA f. Concessão de serviços públicos.

A contratação pública é o processo através do É proibido a prática de atos administrati-
qual, as Autarquias locais, adquirem obras, bens vos, com o objetivo de evitar a aplicação das
e serviços a operadores económicos previamente regras estabelecidas para o processo de forma-
selecionados para o efeito. ção de contratos, nas prestações de contratos,
abrangidos pelo CCP.
1.1. PRINCÍPIOS E REGRAS GERAIS
1.1.3. CONTRATOS EXCLUÍDOS
1.1.1. OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO
A formação de contratos financiados por
As Autarquias locais, estão sujeitas às regras
entidades externas, é também regulada pelo
estipuladas no Código da Contratação Pública,
CCP. Não sendo regulada pelo CCP, apenas os
no que diz respeito ao processo de formação
casos em que o contrato a ser celebrado deva
dos contratos, sendo consideradas entidades
obedecer a regras específicas de uma organiza-
adjudicantes no âmbito do disposto no artigo 5º
ção internacional da qual Cabo Verde faça parte,
do CCP.
conforme disposto no artigo 4º do CCP.
1.1.2. CONTRATOS ABRANGIDOS O CCP não é igualmente aplicável, aos contratos
As Autarquias, devem aplicar as regras previstas que tenham os seguintes objetivos:
artigo 3º do CCP, na formação dos seguintes
a. Aquisição de serviços de arbitragem e
tipos de contratos:
conciliação;
a. Empreitada de obras públicas;
b. Aquisição de serviços financeiros relativos à
b. Locação e aquisição de bens móveis; emissão, compra, venda, ou transferência de
c. Aquisição de serviços; títulos e outros produtos financeiros, assim
como serviços prestados pelo Banco de Cabo
d. Serviços de consultoria;
Verde;
e. Concessão de obras públicas; e
2
c. Contratos celebrados com um fornecedor de a. Princípio do interesse público - os procedi-

bens ou de serviços, que seja ele próprio, uma mentos de contratação pública devem ter
entidade adjudicante, nos termos definidos como objetivo, a obtenção de melhorias na
no artigo 5º do CCP1, quando esta tenha satisfação das necessidades públicas, dentro
exclusividade no fornecimento desses bens das atribuições das Autarquias. Este princí-
ou serviços; pio obriga à máxima utilidade, à proporcio-
d. Os contratos em que a sua execução deva ser nalidade, ao rigor das despesas públicas e ao
acompanhada de medidas especiais de segu- controlo, sendo contra as aquisições que não
rança, ou quando a proteção dos interesses proporcionem a mesma contrapartida relati-
essenciais de segurança do Estado cabover- vamente ao valor pelo qual foi adquirido, ou
diano o exigir, mediante reconhecimento em não tenham utilidade nos planos social, cul-
despacho fundamentado da entidade com- tural ou económico, conforme o disposto no
petente para efeito; ou artigo 6º do CCP;
e. Os contratos-programa previstos em legisla- b. Princípio da boa-fé - na formação de contra-

ção especial2. tos, as entidades públicas e privadas devem
agir de acordo com as regras da boa-fé,
1.2. PRINCÍPIOS E DEVERES RELATIVOS À ou seja, de acordo com as exigências de
CONTRATAÇÃO PÚBLICA identidade, autenticidade e a veracidade da
Conforme previsto no CCP, o processo de comunicação, conforme o disposto no artigo
formação de contratos, deve obedecer aos 7º do CCP;
seguintes princípios e deveres: c. Princípio da concorrência - as Autarquias de-
vem zelar pela promoção da real concorrência
1 - Estado e os serviços da sua Administração Direta; Os Institutos Públicos, seja qual for o respetivo grau de autonomia, incluindo as Fundações
Públicas e as Entidades Reguladoras; as Empresas Públicas do setor empresarial estadual ou autárquico; e as Associações Públicas, as Associações
de Entidades Públicas e Privadas que sejam financiadas maioritariamente por entidades previstas no CCP ou sujeitas ao seu controlo de gestão.
2 - No entanto, aplica-se às aquisições públicas financiadas no âmbito da execução dos contratos programa, celebrados com as Autarquias.
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na adjudicação dos contratos públicos, deve mentos, devem ser realizadas as diligências,
ser garantido que os interessados em contratar e praticados os atos considerados indis-
tenham acesso sempre que solicitado, a todos pensáveis e adequados para se alcançar os
o procedimentos pré - contratuais, conforme objetivos pretendidos, conforme o disposto
o disposto no artigo 8º do CCP; no artigo 10º do CCP;
d. Princípio da igualdade - nos procedimentos f. Princípio da transparência e publicidade -
de contratação, devem ser garantidos condi- conforme o disposto no artigo 11º do CCP, os
ções igualitários de acesso e de participação critérios de adjudicação, as regras especiais
dos interessados em contratar, desde que essenciais do procedimento, assim como as
preencham os requisitos previstos na lei e nos condições essenciais do contrato a celebrar,
documentos do procedimento. Não deve haver devem ser definidos antes do lançamento do
qualquer discriminação, nem a possibilidade procedimento e dados a conhecer a todos
de qualquer tipo de interpretação das regras os interessados nos documentos do procedi-
de contratação pública, que possam gerar mento. As Autarquias, devem garantir que a
uma discriminação entre os interessados em publicidade seja efetuada de forma adequa-
contratar ou entre os concorrentes, consoan- da, no sentido de dar conhecimento a todos
te seja o caso, conforme o previsto artigo 9º os interessados, consoante o tipo de procedi-
do CCP; mento adotado, da respetiva decisão de con-
e. Princípio da proporcionalidade - respeitados tratar e das decisões tomadas no decorrer do
os limites legais e ponderados os respetivos procedimento, incluindo a decisão de adjudi-
custos e benefícios, não devem ser inscritas cação. Os programas de concurso, cadernos
nos procedimentos de contratação pública, de encargos, os termos de referência, e de-
exigências que não sejam adequadas e pro- mais documentos do procedimento devem
porcionais, ao objeto do contrato que se pre- conter disposições claras e precisas;
tende celebrar. Na tramitação dos procedi- g. Princípio da imparcialidade - conforme o dis-
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posto no artigo 12º do CCP, a Autarquia deve do desenvolvimento económico nacional, do

nos procedimentos de contratação pública, desenvolvimento da produção, da contrata-
ponderar de forma adequada e imparcial, to- ção, da indústria e dos serviços de Cabo Ver-
dos os interesses públicos e privados relevan- de, e do respeito pelas políticas nacionais de
tes. Os programas de concurso, cadernos de natureza social, conforme o disposto no arti-
encargos, termos de referência e outros docu- go 13º do CCP;
mentos que sirvam de base ao procedimento, i. Princípio da proteção do ambiente - nos pro-
não podem conter qualquer cláusula destina- cedimentos de formação dos contratos, as
da a favorecer ou prejudicar ilegitimamente entidades públicas e privadas envolvidas, de-
um determinado interessado, ou categoria de vem sempre que aplicável, dar prioridade a
interessados em contratar, nem é permitida aquisições, obras, soluções e atuações eco-
qualquer interpretação ou aplicação que con- lógicas, ou seja, as que contribuam de forma
duza a tal resultado. É aplicável aos membros mais significativas para a redução dos impac-
e funcionários das Autarquias, das entidades tos ambientais negativos, conforme o dispos-
responsáveis pela condução do procedimen- to no artigo 14º do CCP;
to, do júri ou de quaisquer entidades inter-
j. Princípio da economia e eficiência - nos pro-
venientes no procedimento, o disposto na lei
cedimentos de formação de contratos abran-
geral sobre impedimentos e suspeições dos
gidos pelo CCP, as Autarquias devem garantir
titulares de órgãos públicos e de funcionários
a optimização da utilização dos recursos dis-
da Administração Pública, como forma de ga-
poníveis e uma adequada economia de meios
rantia de imparcialidade.
e bem assim, a otimização da satisfação das
h. Princípio da promoção do desenvolvimento necessidades coletivas. As Autarquias, en-
económico e social - nos procedimentos de contram-se ainda obrigadas a assegurar no
formação dos contratos, devem ser conside- âmbito dos procedimentos de contratação
rados e ponderados os fatores de promoção pública, o respeito por princípios de raciona-
5
lidade, controlo da despesa e disciplina orça- mesma composição, durante a pendência dos
mental, conforme o disposto no artigo 15º do procedimentos de formação de contrato em
CCP; que participem.
k. Princípio da programação anual - os processos m. Princípio do favor do procedimento, dos con-
de contratação devem ser programados e correntes e das propostas - em caso de dúvida,
planificados, através da elaboração de planos quando não exista a possibilidade de esclare-
anuais de aquisições e de outros instrumen- cimento sobre a interpretação da lei, ou sobre
tos e meios previstos na legislação de contra- o disposto nos documentos do procedimento,
tação pública. Sempre que possível, tendo em a Autarquia deve adotar uma posição favorá-
conta a natureza das prestações a adquirir, vel à manutenção do procedimento dos con-
devem ser privilegiadas as aquisições agru- correntes e das respetivas propostas. Deve
padas de bens, serviços ou obras, nos termos ser tomado a decisão de não adjudicação e o
previstos na programação de aquisições, con- consequente cancelamento do procedimen-
forme o disposto no artigo 16º do CCP; to, apenas nos casos previstos no CCP, con-
l. Princípio da estabilidade - conforme dispos- forme o disposto no artigo 18º do CCP;
to no artigo 17º do CCP, exeptuando-se as n. Princípio da responsabilidade - conforme
circunstâncias específicas previstas no CCP, o disposto no artigo 19º do CCP, as Autar-
designadamente, quando exista a possibilida- quias e os respetivos funcionários, devem ser
de de negociação do contrato, deve-se ga- responsabilizados civil, financeira e discipli-
rantir que durante todo o procedimento, os narmente pela prática de atos que violem as
documentos do procedimento permaneçam regras previstas no CCP. Os atos anteriormen-
inalterados. Os candidatos e concorrentes, te referidos, devem ser comunicados à ARAP,
assim como os agrupamentos de candidatos para além das demais comunicações exigidas
ou de concorrentes, devem manter a mes- por lei;
ma identidade e no caso de agrupamentos, a
6
o. Dever de atuação ética - conforme disposto devem estar consagrados no Código de Con-
no artigo 20º do CCP, as Autarquias, as enti- duta elaborado pela ARAP.
dades responsáveis pelo condução do proce- p. Dever de confidencialidade - conforme o
dimento, o júri, assim como quaisquer enti- disposto no artigo 21º do CCP, as Autarquias,
dades envolvidas, direta ou indiretamente em as entidades responsáveis pela condução
processos de contratação, devem agir com do procedimento, o júri, quaisquer entida-
seriedade e honestidade na sua relação com des envolvidas, direta ou indiretamente, no
todos os intervenientes nos procedimentos. procedimento de contratação pública, bem
As Autarquias e as entidades responsáveis como os funcionários chamados a colaborar
pela condução do procedimento, devem con- no procedimento, estão obrigados a guardar
duzir os procedimentos e o júri deve avaliar sigilo e a assegurar a confidencialidade dos
as candidaturas e propostas, com absoluta elementos do procedimento, antes do respeti-
integridade, não devendo em nenhum mo- vo lançamento. Após o início do procedimento
mento praticar atos que ponham em causa a e até à decisão de adjudicação, não podem
sua isenção e autonomia. Quaisquer funcio- ser divulgadas, fora dos momentos expressa-
nários de entidades públicas, envolvidas num mente previstos no CCP, quaisquer informa-
determinado procedimento de contratação ções relativas à tramitação do procedimento,
pública devem mencionar por escrito, qual- designadamente no que respeita à avaliação
quer interesse pessoal resultante de ligações das candidaturas e das propostas.
especiais com algum concorrente ou poten-
cial concorrente envolvido no mesmo, pedin- 1.3. REGULAÇÃO DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA
do, nesse caso, exclusão de participação no - SISTEMA NACIONAL DE CONTRATAÇÃO
procedimento, devendo constar do proces- PÚBLICA
so individual do funcionário e do ficheiro do O Sistema Nacional de Contratação Pública,
procedimento. Os deveres da atuação ética é regulado pela Autoridade Reguladora das
Aquisições Públicas - ARAP. Fazem parte do
7
Sistema Nacional de Contratação Pública, con- público em duas fases e de concurso limitado por
forme o previsto no artigo 22º do CCP, todos prévia qualificação, de âmbito nacional e interna-
os intervenientes diretos num determinado cional, devem ser publicitados mediante anúncio
procedimento, nomeadamente, as Autarquias, no portal de contratação pública.
as entidades de controlo, as entidades respon- Nos procedimentos de âmbito internacional, para
sáveis pela condução de procedimento, os júris, além da publicação no portal de contratação pú-
os operadores económicos e os interessados no blica, o anúncio deve também ser publicado num
procedimento. site internacional.
Os procedimentos de contratação pública são As Autarquias, podem ainda publicitar o
regulados pela ARAP, nos termos do CCP e do procedimento em qualquer outro meio que con-
diploma que aprova os estatutos da ARAP. siderar adequado.
1.4. PUBLICIDADE Conforme o disposto no artigo 200º do CCP, na
contagem dos prazos deve-se ter em contas as
1.4.1. PUBLICIDADE DOS PLANOS ANUAIS DE
seguintes regras:
AQUISIÇÕES
a. Não se inclui na contagem, o dia em que ocor-
Os planos anuais de aquisição e planos
rer o evento a partir do qual o prazo começa
anuais agrupados, devem ser publicados no
a correr;
portal de contratação pública, alojado no
www.mf.gov.cv - www.mf.gov.cv/web/ecompras, b. O prazo começa a correr independentemente
e devem estar em conformidade com regras de quaisquer formalidades e suspende-se nos
previstas no artigo 23º do CCP. sábados, domingos e feriados nacionais; e
c. O termo do prazo que caia em dia em que o
1.4.2. PUBLICIDADE DOS PROCEDIMENTOS
serviço perante o qual deva ser praticado o
Conforme o previsto no artigo 24º do CCP, os
ato, não esteja aberto ao público, transfere-se
procedimentos de concurso público, de concurso
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para o primeiro dia útil seguinte. 1.4.5. REGISTO DAS CONTRATAÇÕES
Os prazos fixados para a apresentação de pro- As Autarquias e/ou as entidades responsáveis

postas, de candidaturas, eventuais prorrogações pela condução do procedimento, devem man-
dos referidos prazos, bem como o prazo durante ter um registo detalhado das suas contratações.
o qual o concorrente fica vinculado a manter a Para cada procedimento lançado e/ou contrato
proposta ou candidatura, são contínuos ou cor- celebrado, devem constar do registo das contra-
ridos, não se suspendendo nos sábados, domin- tações, as seguintes informações:
gos e feriados. a. Identificação das prestações objeto do pro-
cedimento;
1.4.3. PUBLICIDADE DOS DOCUMENTOS DO
PROCEDIMENTOS E DOS CONTRATOS
b. Decisão de contratar, decisão de aprova-
ção da despesa e decisão de escolha do
A entidade responsável pela condução do pro-
procedimento;
cedimento, é responsável pela gestão de todo
o processo de contratação pública, devendo c. Financiador e rubrica económica;
publicitar de forma adequada, os documentos do d. Documentos do procedimento;
procedimento, as suas alterações, assim como as e. Esclarecimentos sobre os documentos do
fichas dos contratos adjudicados, no portal de procedimento;
contratação pública, conforme previsto no artigo
f. Retificação aos documentos do procedimento;
25º do CCP.
g. Identificação dos candidatos e/ou dos
1.4.4. OUTRAS PUBLICAÇÕES concorrentes;
As Autarquias, devem ainda promover as
h. Candidaturas, caso aplicável e propostas;
publicações exigidas por acordos internacionais,
e bem assim, as que sejam consideradas conve- i. Esclarecimentos relativamente às candidatu-
nientes para garantir uma publicidade adequada. ras, e às propostas quando aplicável;
9
j. Atas do ato público, quando aplicável, assim ou do envio do convite para a apresentação
como outras atas relevantes do procedimen- de propostas, nas instalações da Autarquia, no
to; portal de contratação pública, ou em outro lu-
k. Relatórios de avaliação das candidaturas, gar indicado nos documentos de procedimento.
quando aplicável, e avaliação das propostas; Estes documentos, podem ainda ser disponibili-
zados por meios eletrónicos.
l. Documentos das negociações, quando apli-
cável; 2. TIPOS E ESCOLHAS DE PROCEDIMENTOS
m. Decisão sobre a adjudicação; 2.1. TIPOS DE PROCEDIMENTOS
n. Identificação do adjudicatário; Existem regras especiais para os processos de
o. Valor do contrato; contratação de serviços de consultoria, relati-
vamente à celebração de contratos abrangidos
p. Minuta do contrato e contrato; e
pelo CCP.
q. Outros documentos relevantes.
Regra geral, para os contratos de empreitada de
Os registos das contratações, devem ser obras públicas, locação e aquisição de bens mó-
disponibilizadas à ARAP no âmbito da solicitação veis, aquisição de serviços, concessão de obras
de informações, visando a preparação das públicas e concessão de serviços públicos, de-
auditorias aos procedimentos de contratação vem ser selecionados um dos seguintes tipos de
pública. procedimentos:
1.4.6. ACESSO AOS DOCUMENTOS DE

a. Concurso público;
PROCEDIMENTOS b. Concurso público em duas fases;
Os documentos de procedimentos, podem ser c. Concurso limitado por prévia qualificação;
consultados por quaisquer interessados, desde a d. Concurso restrito; ou
data da publicação do anúncio do procedimento, e. Ajuste direto.
10
No concurso público - qualquer interessado b. Internacionais - quando qualquer interessado,

que reúna os requisitos previstos na lei e nos pode apresentar candidatura e/ou proposta,
documentos do procedimento, pode apresentar desde que reúna as condições previstas na lei
a proposta. e nos documentos do procedimento.
No concurso público em duas fases - os concor- 2.2. CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DOS
rentes apresentam na primeira fase a proposta
PROCEDIMENTOS
técnica inicial, e numa segunda fase, a proposta
A escolha do procedimento, pode ser feita com
técnica final e proposta financeira.
base em dois critérios :
No concurso limitado por prévia qualificação -
zz Critério do valor do contrato;
apenas os candidatos qualificados após a apre-
zz Critério material (excepcional).
sentação de candidaturas, são convidados para
apresentar propostas. 2.2.1. ESCOLHA DO PROCEDIMENTO EM FUNÇÃO DO
No concurso restrito - são convidados para apre- VALOR
sentar propostas o número de operadores eco- A escolha do procedimento em função do valor, é
nómicos necessários, para que haja pelo menos o critério regra. Deve ser preferencial no que tan-
três propostas para serem avaliadas. ge à escolha do procedimento, exceptuando-se
No ajuste direto - pode ser convidado a apresen- os casos em que houver dispensa da realização
tar proposta, apenas um operador económico. de concurso público e ajuste direto, conforme
previsto no CCP, nos artigos 35º e 39º respetiva-
Os procedimentos podem ser nacionais ou inter-
mente.
nacionais:
a. Nacionais - quando apenas podem apre- 2.2.1.1. CRITÉRIO DO VALOR DO CONTRATO
sentar candidatura e/ou proposta, pessoas O valor do contrato, é o valor económico total de
singulares ou empresas com domicílio, sede que o concorrente selecionado pode beneficiar,
ou estabelecimento principal em Cabo Verde. isento de quaisquer impostos.
11
O valor económico, é o preço a pagar pela Concurso a. Contratos de empreitada de

Autarquia durante o período de vigência de Restrito obras públicas - com valor igual
contrato, incluindo eventuais prorrogações, ou superior a 3.500.000$00 (três
renovações ou opções, assim como quaisquer milhões e quinhentos mil escu-
contra-prestações ou vantagens, mesmo que dos) e inferior a 10.000.000$
não tenham caráter monetário, de que o adjudi- (dez milhões de escudos); e
catário beneficie ao celebrar do contrato.
b. Contratos de locação, de aqui-
Excepto nos casos expressamente previstos no sição de bens móveis e serviços
CCP, a escolha do tipo de procedimento é feita - com valor igual ou superior a
em função do valor do contrato. 2.000.000$00 (dois milhões de
Deve adoptar-se os procedimentos do concur- escudos) e inferior a 5.000.000.$
so público, concurso restrito e ajuste direto, para (cinco milhões de escudos).
a celebração dos seguintes tipos de contratos e Ajuste a. Contratos de empreitada de obras
nos seguintes valores: Direto públicas, cujo o valor seja inferior
a 3.500.000$00; e
Concurso a. Contratos de empreitada de b. Contratos de locação, de aqui-
Público obras públicas - com valor igual sição de bens móveis e de
ou superior a 10.000.000$00 serviços, cujo valor seja inferior a
(dez milhões de escudos); e 2.000.000$00.
b. Contratos de locação, de aqui- Para a formação de contratos de concessão de
sição de bens móveis e servi- obras públicas ou de concessão de serviços pú-
ços - com valor igual ou superior blicos, deve ser adoptado sempre o concurso
5.000.000$ (cinco milhões de público de duas fases ou concurso limitado por
escudos). prévia qualificação.
12
Os valores acima indicados, podem ser atualiza- para aquisição de bens móveis, for organizado
dos por Decreto-Lei. em dois lotes e os valores previstos para cada
lote corresponderem a 1.700.000$00, significa
2.2.1.2. DIVISÃO DE LOTES
que não pode ser feito o ajuste direto, apesar do
As prestações do mesmo tipo, que podem fazer valor do lote ser inferior a 2.000.000$00, vis-
parte de um único contrato, podem ser divididas to que a soma dos dois lotes perfaz o valor de
em vários lotes. Estes lotes, podem ser adjudica- 3.400.000$00, devendo ser adotado o concurso
dos separadamente, quando o objeto do contra- restrito.
to tiver natureza divisível, e não houver prejuízo
Nenhuma aquisição pode ser dividida em lotes,
para o concurso a ser adquirido.
com o objetivo de evitar a aplicação das regras
Por exemplo, a aquisição de materiais de escri- previstas no CCP, para um determinado tipo de
tórios e consumíveis, pode ser dividido em lotes, procedimento.
podendo os lotes serem constituídos da seguinte
forma: 2.2.1.3. CONTRATOS MISTOS
zz Lote 1 - Resmas de papel e envelopes; Apenas é permitida a celebração de contratos,
zz Lote 2 - Tintas e toners; em que objeto contenha simultaneamente, pres-
tações típicas de vários dos contratos de em-
zz Lote 3 - Lápis, canetas, borrachas e afiado-
res. preitadas de obras públicas, locação e aquisição
de bens móveis e aquisição de serviços, se estas
Nos casos de divisão em lotes por contratos
prestações forem técnica ou funcionalmente in-
celebrados ao longo do período de um ano, o
separável ou, apesar de o não serem, se for de-
valor a considerar, para que seja efetuada a
monstrado que a sua separação causaria graves
escolha do tipo de procedimento a ser aplicado
inconvenientes para a Autarquia.
a cada lote, é o valor resultante da soma dos va-
lores dos vários lotes. Na adjudicação de contratos, que tenham simul-
taneamente como objeto, a execução de pres-
Exemplo: Se no âmbito de um procedimento
13
tações típicas de vários contratos, conforme CCP; e

anteriormente referido, deve ser adoptado o pro- zz Escolha do ajuste direto - artigo 39º do CCP.
cedimento que deverá ser aplicado à componen-
te de maior expressão financeira. 2.2.2.1. DISPENSA DA REALIZAÇÃO DE CONCURSO
PÚBLICO
Exemplo: Compra de painéis solares e instalação
Independentemente do valor do contrato, a
2.2.2. ESCOLHA DO PROCEDIMENTO EM FUNÇÃO DE Autarquia pode autorizar a dispensa da realização
CRITÉRIOS MATERIAIS de concurso público, nas seguintes situações:
Conforme previsto no artigo 34º do CCP, a esco- a. Quando tal for exigido por razões relativos à
lha do procedimento com base no critério mate- segurança pública interna ou externa; e
rial, deverá ser precedida de um despacho fun-
b. Em caso de término antecipado de contrato
damentado, emitido pela Autarquia, justificando
celebrado na sequência de concurso público,
os motivos que fundamentam a escolha do pro-
concurso público em duas fases, ou de con-
cedimento com base num critério excepcional.
curso limitado por prévia qualificação, devido
A escolha do procedimento com base no critério ao facto de o co-contratante não ter cumpri-
material, pode ocorrer nos termos do disposto do o contrato, tendo assim, ficado incompleta
nos artigos 35º a 39º, podendo ocorrer uma das a sua execução.
seguintes situações:
Em casos de término antecipado de contrato,
zz Dispensa da realização do concurso público pode ser adjudicado por ajuste direto, ao con-
- artigo 35º do CCP;
corrente que tenha apresentado a proposta
zz Escolha do concurso público em duas fases - classificada em segundo lugar, desde que o pre-
artigo 36º do CCP;
ço da proposta por ele apresentado, não seja su-
zz Escolha do concurso limitado por prévia qua- perior em mais do que 10% do preço da proposta
lificação - artigo 37º CCP;
vencedora, e ofereça as mesmas garantias.
zz Escolha do concurso restrito - artigo 38º do
14
2.2.2.2. ESCOLHA DO CONCURSO PÚBLICO EM DUAS 2.2.2.4. ESCOLHA DO CONCURSO RESTRITO

FASES Independentemente do valor do contrato, pode
Independentemente do valor do contrato, deve ser adoptado o procedimento de concurso
ser adoptado o concurso público em duas fases, restrito, quando no mercado nacional, exista um
nas seguintes situações: número reduzido de operadores capazes de ofe-
recer o bem, serviço, ou obra em questão.
a. Quando seja absolutamente impossível defi-
nir, a solução técnica mais adequada para a 2.2.2.5. ESCOLHA DO AJUSTE DIRETO
satisfação das necessidades da Autarquia; ou Pode ser adoptado o procedimento de ajuste
b. Quando o conteúdo, ou complexidade técni- direto, independentemente do valor do contrato,
ca das prestações relativamente ao qual vai nas seguintes situações:
ser celebrado o contrato, não permita a defini- a. Quando por motivos de urgência inevitável
ção precisa das especificações técnicas mais e imprevisível, não possam ser cumpridos
adequadas às necessidades da Autarquia. os prazos exigidos pelo concurso público,
2.2.2.3. ESCOLHA DO CONCURSO LIMITADO POR pelo concurso público em duas fases, pelo
concurso limitado por prévia qualificação,
PRÉVIA QUALIFICAÇÃO
ou pelo concurso restrito, e desde que essas
Independentemente do valor do contrato, deve
circunstâncias não sejam, em caso algum, da
ser adoptado o concurso limitado por prévia
responsabilidade da Autarquia;
qualificação, quando os trabalhos a realizar, os
equipamentos e serviços a fornecer, sejam espe- b. Quando por motivos técnicos, artísticos ou
cialmente complexos ou exijam uma técnica es- relacionados com a proteção de direitos ex-
pecífica, ou quando o montante envolvido seja clusivos à execução do contrato, apenas pos-
muito elevado. sa ser atribuída a um único operador econó-
mico;
c. Quando em concurso público, concurso
15
público em duas fases ou concurso limitado desde que possam ser técnica ou economi-
por prévia qualificação, não se tenha apre- camente separados do contrato inicial, sem
sentado nenhum candidato ou concorrente, grave inconveniente para a Autarquia. Nesses
ou todas as propostas tenham sido excluídas, casos, só é aceitável a adoção do ajuste dire-
desde que o caderno de encargos não seja to, se o valor total dos contratos relativos às
muito alterado em relação ao caderno de en- obras ou serviços complementares, não for
cargos daquele concurso; superior a 70% do valor do contrato inicial.
d. Quando, conforme previamente determinado g. No âmbito de contratos de aquisição de bens
pelos órgãos competentes, se aceite a aqui- móveis, quando se trate de entregas comple-
sição de bens móveis, a execução de obras mentares a realizar pelo fornecedor inicial,
a realizar ao abrigo de um acordo-quadro, destinadas à substituição parcial, de bens
celebrado com apenas uma entidade; móveis ou de instalações existentes, se a mu-
e. Quando se trate de obras, prestações de ser- dança de fornecedor obrigar a Autarquia a
viços, aquisições ou locações de bens móveis adquirir material com perfil tecnicamente
a realizar ao abrigo de um acordo-quadro, ce- diferenciado, capaz de gerar incompatibilida-
lebrado com apenas uma entidade; des ou dificuldades técnicas exageradas, de
utilização e manutenção. Nesses casos, ape-
f. No âmbito de contratos de empreitada de
nas é aceitável a adoção do ajuste direto, se
obras públicas e de contratos de prestação
o valor total dos contratos relativos aos bens
de serviços, tendo em vista a adjudicação de
complementares não for superior a 70% do
obras ou serviços complementares, não in-
valor do contrato inicial, e deve estar indica-
cluídos no contrato ou no projeto inicial, mas
do no anúncio ou no programa de concurso
que na sequência de circunstância imprevisí-
do concurso público, do concurso público em
vel, se tornem necessários para a execução da
duas fases ou do concurso limitado por prévia
empreitada ou para a prestação dos serviços,
qualificação.
16
h. No caso de serviços novos, que consistam na Concurso zz Programa do concurso;

repetição de serviços similares, contratados público em zz Caderno de encargos; e
entre as mesmas entidades, desde que: duas fases
zz Convite para a apresenta-
|| Esses
serviços estejam em conformidade ção da propostas técnica fi-
com um projeto base comum; nal e da proposta financeira.
|| Oanterior contrato tenha sido adjudicado
mediante concurso público em duas fases
ou concurso limitado por prévia qualifica- Concurso limi- zz Programa de concurso;
ção; e tado por pré- zz Caderno de encargos; e
via
|| Não tenham decorrido mais de três anos zz Convite para apresentação
sobre a data da celebração do contrato qualificação de propostas.
inicial.
Concurso zz Convite para apresentação
Nestes casos, é apenas aceitável o recurso ao
restrito de propostas; e
ajuste direto, se o valor total dos contratos rela-
zz Caderno de encargos.
tivos às obras, serviços ou bens complementares
não for superior em mais do que 70% do valor do Ajuste zz Convite para apresentação
contrato inicial. direto de propostas; e
2.3. DOCUMENTOS DE PROCEDIMENTOS
Contratação zz Convite; e
2.3.1. TIPOS DE DOCUMENTOS
de serviços de zz Termos de referência.
Para cada procedimento a Autarquias devem consultoria
preparar os seguintes documentos:
Concurso No concurso restrito ou ajuste direto, a entida-
zz Programa de concurso; e
público de responsável pela condução do procedimento
pode optar por elaborar apenas o convite, nos
17
casos em que a natureza do produto ou serviço 2.3.3. DOCUMENTOS ESTANDARDIZADOS DE

objeto do contrato, assim permitir. PROCEDIMENTO
2.3.2. PREPARAÇÃO E APROVAÇÃO DOS

Os documentos estandardizados de procedi-
mento, são de uso obrigatório, podendo apenas
DOCUMENTOS
ser introduzidas as regras especiais relativas ao
Os documentos de procedimentos, são prepa- contrato em específico a ser celebrado. Estão
rados pela entidade responsável pela condução aprovadas e publicadas no Boletim Oficial pela
do procedimento, nos termos previstos no artigo Portaria nº60/15, de 9 de setembro e podem ser
66.º do CCP, com a necessária colaboração da consultadas no site da Autoridade Reguladora
Autarquia. das Aquisições Públicas - www.arap.cv
Os documentos de procedimento, devem conter
2.3.4. CONVITE
toda a informação necessária para a preparação
e apresentação da candidatura e/ou proposta, O Convite contém as condições que devem ser
respeitando rigorosamente os princípios e regras seguidas, no procedimento de formação do con-
aplicáveis, de modo a garantir as condições de trato.
plena concorrência entre todos os operadores 2.3.5. PROGRAMA DO CONCURSO E CADERNO DE
económicos.
ENCARGOS
Os documentos de procedimento podem ser O Programa do Concurso - define os termos que
colocados à consulta pública pelas Autarquias, devem ser seguidos, no procedimento de forma-
sempre que necessário, e são aprovados pela ção do contrato.
Autarquia relativamente ao qual diz respeito o
contrato a celebrar. O Caderno de Encargos - é o documento que
contém as cláusulas jurídicas, financeiras e técni-
cas a incluir no contrato a celebrar.
No caso de concurso público em duas fases, o
18
caderno de encargos contém o objeto do con- de forma clara, imparcial e precisa, a prestação a
trato a adjudicar, os objetivos que se pretende ser executada e/ou os bens a serem fornecidos, o
atingir com a celebração do contrato, os termos local de execução da prestação, ou de entrega ou
do contrato que devem ser respeitados nas pro- instalação dos bens, os prazos de conclusão da
postas técnicas a apresentar, bem como os ter- prestação ou de entrega dos bens, as exigências
mos para a apresentação da proposta. mínimas aceitáveis, assim como quaisquer ter-
mos e condições relevantes, incluindo a definição
2.3.6. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
de quaisquer testes, padrões e métodos a serem
As especificações técnicas definem as caracte- utilizados, para avaliar a conformidade das pres-
rísticas exigidas de um produto, serviço ou obra, tações objeto do contrato.
tais como, os níveis de qualidade ou de proprie-
As especificações técnicas são efetuadas, tendo
dade de utilização, as características ambientais,
como referência:
a segurança, as dimensões, as prescrições apli-
cáveis relativamente ao sistema de garantia de a. Especificações técnicas nacionais, em maté-
qualidade, à terminologia, aos símbolos, aos en- ria de conceção e de utilização de produtos;
saios e métodos de ensaio, à embalagem, à mar- e
cação e rotulagem às quais permitem caracteri- b. Outros documentos tais como, as normas na-
zar objetivamente um material, um produto ou cionais que transponham normas aceites in-
um bem a fornecer, um serviço a prestar ou uma ternacionalmente, ou na falta destas, outras
obra a realizar, de forma a que corresponda à normas ou condições internas de validação
utilização a que é destinado pela Autarquia. técnica.
As especificações técnicas, podem ser comple- Os desenhos que venham a integrar as especi-
tadas por um protótipo do material ou elemen- ficações técnicas, têm de ser coerentes com o
to, e deve ser expressamente identificada nos texto das mesmas. Deve ser definido nas especi-
documentos do procedimento. Devem descrever ficações técnicas, a ordem de precedência entre
19
os desenhos e textos, no caso de existirem diver- sua execução. Deve indicar, nomeadamente, a
gências. qualidade dos materiais a aplicar, o volume dos
Não é permitido fixar especificações técnicas, trabalhos a executar, a natureza do terreno, o tra-
que mencionem produtos de uma dada marca ou çado geral e os pormenores construtivos.
proveniência, ou mencionar processos de fabrico O caderno de encargos deve incluir, para além
particulares que possa favorecer ou eliminar de- de outros elementos considerados necessários,
terminadas empresas ou produtos, sendo tam- os seguintes:
bém proibido utilizar marcas, patentes ou tipos a. O projeto;
de marca, ou indicar uma origem ou produção
b. A memória ou nota descritiva, assim como os
determinada, excepto quando seja impossível de
cálculos justificativos;
descrever as especificações.
c. Os mapas de medições discriminadas e
Nos casos em que seja impossível descrever as
referenciadas, e respetivos mapas-resumos
especificações, é permitido o uso das referên-
de quantidades de trabalhos, contendo, com
cias, acima mencionadas, acompanhadas da ex-
o grau de decomposição adequado, a quan-
pressão “ou equivalente”.
tidade e qualidade dos trabalhos necessários
2.3.7. DOCUMENTOS DO PROCEDIMENTO RELATIVOS para a execução da obra; e
A CONTRATOS DE EMPREITADAS DE OBRAS d. O programa de trabalhos, quando este tiver
PÚBLICAS E CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS caráter vinculativo.
Os elementos escritos e desenhados do proje- Para além de outros elementos considerados ne-
to, assim como o caderno de encargos, relativos cessários, devem constar das peças desenhadas
a contratos de empreitada de obras públicas e os seguintes elementos:
de concessão de obras públicas, devem definir
a. A planta de localização;
de forma suficientemente adequada, as carac-
terísticas da obra e as condições técnicas da b. As plantas alçados;
20
c. Cortes e pormenores indispensáveis, para los elementos escritos e desenhados necessá-

uma exata e pormenorizada definição da rios, para definir com exatidão os objetivos e as
obra, e ainda, quando existirem; características fundamentais da obra objeto de
d. A planta de sondagens; e concurso, que integram os termos de referência.
e. Os perfis geológicos. Quando for adjudicado um projeto base, deve ser

este o projeto base a ser considerado pelo em-
Caso não forem exibidos os estudos anteriormen-
preiteiro, para a elaboração do projeto de exe-
te referidos, a Autarquia deve definir no caderno
cução. O projeto base, deve ser elaborado tendo
de encargos, as características geológicas do
em atenção as regras definidas, nomeadamente,
terreno.
as relativas à segurança da obra, e à higiene, saú-
As peças do projeto patenteadas, devem ser enu- de e segurança no trabalho.
meradas no caderno de encargos.
Caso seja da responsabilidade do empreiteiro a
2.3.8. APRESENTAÇÃO DO PROJETO BASE PELOS elaboração do projeto base, o caderno de encar-
CONCORRENTES gos pode impor a realização de contrato de se-
guro, que garanta a cobertura dos riscos e danos,
Quando se trate de obras de complexidade téc-
direta ou indiretamente emergentes de deficien-
nica e elevado grau de especialização, e caiba
te conceção do projeto, e da execução da obra.
aos concorrentes a apresentação do projeto
base, a Autarquia deve definir nos documentos O dono da obra pode atribuir prémios aos con-
de procedimento, de forma precisa, os objetivos correntes em que projetos tenham sido admiti-
que deseja atingir, especificando os aspetos que dos no âmbito do procedimento. Nestes casos,
considera vinculativos. deve ser fixado no programa de concurso, os cri-
térios para a atribuição dos referidos prémios. O
Quando o projeto base deva ser elaborado pelo
concorrente escolhido como adjudicatário, não
concorrente, o projeto e o caderno de encargos
tem direito a prémio.
são substituídos na fase inicial do concurso, pe-
21
2.3.9. VARIANTES DO PROJETO -Lei nº 50/2015, de 23 de Setembro (consultar em

O dono da obra, pode prever no programa do http://www.arap.cv/images/Decretos/ARAP_Re-
concurso, a apresentação pelos concorrentes gime_Juridico_dos_Contratos_Administrativos_
de variantes relativas à totalidade ou a parte do RJCA.pdf ):
projeto, para além do dever de apresentação de zz Designa-se por preço global a empreitada
proposta base, para a execução da empreitada, cujo montante da remuneração, correspon-
tal como foi patenteada pela Autarquia. dente à realização de todos os trabalhos ne-
cessários para a execução da obra ou da par-
A variante do projeto aprovada, substitui para te da obra objeto do contrato é previamente
todos os efeitos, o projeto patenteado pela fixado, conforme o disposto no artigo 76º.
Autarquia, na parte respetiva. zz A empreitada é estipulada por série de preços
No caso de empreitada por série de preços, a va- quando a remuneração do empreiteiro resulta
da aplicação dos preços unitários, previstos
riante deve prever as espécies e quantidades dos
no contrato, para cada espécie de trabalho,
trabalhos necessários para a execução da obra, e às quantidades desses trabalhos efetivamen-
a respetiva lista de preços unitários. te executados, conforme o disposto no artigo
Nas empreitadas por série de preços, os traba- 78º.
lhos correspondentes ao projeto ou variantes, 2.3.10. ELEMENTOS E MÉTODO DE CÁLCULO DO
são executados em regime de preço global, se o
PROJETO BASE E VARIANTES
empreiteiro o propuser e o dono da obra aceitar,
Os projetos base e as variantes da autoria do
o empreiteiro deve apresentar um plano de
empreiteiro, devem conter todos os documentos
pagamentos do preço global, e este é calculado
necessários para a sua perfeita apreciação e para
pela aplicação dos preços unitários ás quantida-
a justificação do método de cálculo utilizado, po-
des previstas.
dendo a Autarquia solicitar quaisquer esclareci-
Conforme o disposto no Regime jurídico dos con- mentos, assim como a apresentação de porme-
tratos administrativos, aprovado pelo Decreto- nores, planos e desenhos explicativos adicionais.
22
2.3.11. CADERNOS DE ENCARGOS RELATIVOS A CON- e. Indicar o período de prestação dos serviços e
TRATOS DE CONCESSÃO eventuais prazos/metas parcelares;
Os cadernos de encargos, para os procedimen- f. Indicar os deveres dos consultores; e
tos de formação de contratos de concessão, de- g. Indicar os meios que serão disponibilizados
vem ser integrados por um código de exploração, pela entidade contratante, para a prestação
contendo os direitos e obrigações das partes, as- dos serviços.
sim como, nos casos justificados, as normas de
exploração da obra ou do serviço público em 2.3.13. ESCLARECIMENTOS SOBRE OS DOCUMENTOS
causa, tendo em vista os interesses dos respeti- DE PROCEDIMENTO
vos utentes. As solicitações de esclarecimentos necessários
2.3.12. TERMOS DE REFERÊNCIA
à boa compreensão e interpretação dos docu-
mentos do procedimento, devem ser apresenta-
Os termos de referência, contêm as condições
dos até ao fim do primeiro terço do prazo fixado
dos serviços de consultoria a prestar, bem como
para a apresentação das propostas.
os elementos necessários para a preparação das
propostas, devendo designadamente: Os esclarecimentos são prestados até ao fim do
segundo terço do prazo fixado, para a apresenta-
a. Indicar as regras do procedimento, incluindo
ção das propostas. Os esclarecimentos são pres-
os critérios de avaliação das propostas e a
tados sem identificação de quem os solicitou, e
respetiva ponderação, por ordem decrescen-
são comunicados a todos os interessados.
te de importância e da grelha de avaliação;
Os esclarecimentos devem ser também divul-
b. Descrever os serviços compreendidos no
gados através de aviso publicitado no portal de
contrato de consultoria a celebrar;
contratação pública, nos casos do procedimento
c. Definir o perfil dos consultores; adoptado ser o concurso público, concurso pú-
d. Definir com precisão, os objetivos, produtos e blico em duas fases e prévia qualificação.
extensão dos trabalhos a executar;
23
Para materialização desse normativo, as autar- 3. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS - DILI-

quias devem indicar nos documentos de proce-
GÊNCIAS ADMINISTRATIVAS PRÉVIAS
dimento as datas exatas para o efeito (dia/hora)
3.1. DECISÃO DE CONTRATAR E AUTORIZAÇÃO
2.3.14. RETIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO
DE DESPESAS
PROCEDIMENTO
Os documentos do procedimento podem ser 3.1.1. INÍCIO DO PROCEDIMENTO
retificados pela Autarquia, até ao prazo fixado Conforme o disposto no artigo nº 54 do CCP,
para a apresentação das propostas, mediante a dá-se início ao procedimento de contratação pú-
devida fundamentação. Qualquer retificação dos blica com o envio do anúncio do procedimen-
documentos do procedimento, deve ser comuni- to para publicação, ou com o envio de convites
cada imediatamente a todos os interessados, e para apresentação de propostas.
devem ser divulgadas nos termos previstos no nº
3.1.2. COMPETÊNCIAS PARA A DECISÃO DE
2, do artigo 52.º do CCP.
CONTRATAR
Caso as retificações envolvam a modificação
A decisão de contratar cabe às Autarquias, nos
de aspetos fundamentais, dos documentos do
termos dispostos na Lei de Finanças Locais - Lei
procedimento, o prazo para a apresentação das
Nº 79/VI/2005 de 5 de Setembro, mediante a
propostas deve ser prorrogado no mínimo, pelo
proposta da entidade responsável pela condu-
período decorrido desde o início do prazo para
ção do procedimento, conforme o disposto no
a apresentação das propostas, até à data da co-
artigo 55º do CCP.
municação das retificações.
Por exemplo, nos casos de contratos de em- 3.1.3. DESPESA AUTORIZADA
preitadas, em que seja necessária alterar as A despesa autorizada, diz respeito ao valor do
características da obra ou as condições técnicas contrato a celebrar, de acordo com os limites
para a sua execução. de competência para a autorização de despesa
24
prevista no artigo 42º do Decreto-Lei nº 1/2009, b. O cronograma de recursos orçamentais, ten-

de 5 de janeiro (consultar no site da ARAP em do em conta a sua disponibilidade de facto,
www.arap.cv/images/Decretos/Regulamento_ de acordo com o respetivo plano de tesoura-
da_Lei_das_Aquisicoes_Publica.pdf), conforme ria.
previsto nas disposições transitórias do CCP. Quando o montante constar do orçamento, a
Caso o valor da despesa autorizada, for infe- Autarquia apenas pode se comprometer ao pa-
rior ao limite da sua competência, o montante gamento dos montantes inscritos, ou em lei ou
da despesa autorizada pode ser estabelecido no resolução adotada para tal, e desde que haja
caderno de encargos, ou no documento de pro- saldo disponível para a categoria orçamental
cedimento quando não houver caderno de en- correspondente, excepto nos casos de regime
cargos, como preço limite do contrato. de excepções, presente na lei de base do orça-
As despesas relativas a acréscimos de preços, mento, podendo as Autarquias recorrer a crédito
devem ser autorizadas pelo órgão competen- bancário para fazer face às despesas, conforme
te para autorizar a despesa global, incluindo o o disposto na Lei de Finanças Locais - LEI Nº 79/
acréscimo do preço contratual, nos termos pre- VI/2005.
vistos na lei ou nos documentos do procedimen- Nos casos em que for aplicado o regime
to. de exceções, deve constar no anúncio do
procedimento, ou nos documentos do procedi-
3.1.4. CONFORMIDADE ORÇAMENTAL
mento, que a adjudicação dependerá da aprova-
A despesa relativa ao contrato a ser celebrado, ção da correspondente categoria orçamental.
conforme o disposto no artigo 57º do CCP, tem
Se por algum motivo imprevisto, os fundos ou o
que ter em conta os seguintes aspectos:
financiamento obtido para satisfazer as despe-
a. As previsões e políticas para a aplicação de sas relativas ao contrato a celebrar, deixarem de
recursos inscritos nos respetivos orçamentos estar disponíveis, o procedimento de formação
da Autarquia.
25
do contrato deve ser imediatamente interrompi- As indicações que devem constar do plano são
do, deixando de existir a adjudicação, conforme as seguintes:
o disposto nos artigos 57º e 102º do CCP. a. Tipo;
3.1.5. FRACCIONAMENTO DA DESPESA b. Categoria;
O CCP estabelece que a despesa que deve ser c. Bem, serviço, ou empreitada de obra pública,
considerada, é a do preço total do contrato, sen- devidamente especificado;
do proibido o fracionamento da despesa, com
d. Data e local estimada de entrega;
intenção de evitar com que seja sujeito à aplica-
ção do regime previsto no CCP. e. Unidade de medida; e
f. Tipo de procedimento.
3.2. PROGRAMAÇÃO DAS AQUISIÇÕES
3.2.2. RECURSO A AQUISIÇÕES AGRUPADAS
3.2.1. PREPARAÇÃO E EXECUÇÃO DO PLANO ANUAL
Ocorre aquisição agrupada, quando Autarquias
DE AQUISIÇÃO
concentram num único procedimento de forma-
As Autarquias devem elaborar um plano anual,
ção de contrato, a contratação de empreitadas
onde deve ser indicado os bens móveis e servi-
de obras públicas, de locação ou aquisição de
ços a adquirir, ou a alugar no ano seguinte, assim
bens móveis, com o mesmo fim ou natureza, con-
como as empreitadas de obras a serem realiza-
forme o disposto no artigo 62º do CCP.
das, devidamente aprovados pela entidade com-
petente para a autorização das despesas. As aquisições agrupadas, devem estar de acordo
com regras estabelecidas no CCP, relativamente
A responsabilidade de execução do plano anual
a escolha de procedimento e sua tramitação, e
de aquisição, cabe à entidade responsável pela
com as especificidades previstas.
condução dos procedimentos, conforme o pre-
visto no CCP.
26
3.2.3. PREPARAÇÃO DAS AQUISIÇÕES AGRUPADAS 3.2.4. ELABORAÇÃO DOS PLANOS ANUAIS DE AQUI-
O período de execução de contratos para a aqui- SIÇÕES AGRUPADAS
sição de bens e serviços de uso comum, não deve A entidade responsável pela preparação do
ser superior a um ano, existindo a possibilidade plano anual agrupado, e pela condução do
de ser renovado por um período igual, até o má- procedimento agrupado, deve identificar para
ximo de três anos. além do previsto no nº 3, do artigo 63º do CCP
O plano anual agrupado deve detalhar para cada acima indicados, os seguintes:
categoria de bens a agrupar, conforme previsto a. As entidades adjudicantes;
o nº 3, do artigo 63º do CCP, os seguintes ele-
b. O valor total de cada aquisição agrupada; e
mentos:
c. A data estimada de início do procedimento.
a. As características essenciais;
As aquisições agrupadas, podem também ser or-
b. A quantidade;
ganizadas ao abrigo do Regime de Acordo Qua-
c. O local e a data pretendida de entrega de dro, previsto no CCP.
bens, ou prestação de serviços, consoante o
caso; e 3.2.5. CONDUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AQUISI-
ÇÕES AGRUPADAS
d. O valor estimado da aquisição.
A entidade responsável pela condução do pro-
As aquisições agrupadas, podem também ser or-
cedimento, deve recolher junto das Autarquias,
ganizadas ao abrigo do regime de acordos qua-
todos os elementos necessários para a prepara-
dro, previsto no CCP.
ção dos documentos de procedimento agrupa-
do, nomeadamente, as suas necessidades espe-
cíficas relativamente ás obras, bens ou serviços
a adquirir, ao abrigo das aquisições agrupadas,
incluindo as cláusulas essenciais do contrato a
celebrar.
27
3.3. PREPARAÇÃO E CONDUÇÃO DOS A entidade responsável pela condução do proce-

PROCEDIMENTOS dimento, deve exercer as suas funções de acor-
do com as regras previstas no CCP. Desenvolvem
3.3.1. CONDUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS todo o seu trabalho, desde a fase administrativa
A condução dos procedimentos de contratação de formação dos contratos até à sua celebração,
pública, cabe às entidades responsáveis pela em estreita articulação com as Autarquias onde
condução procedimento, constituídas junto das funcionam.
Autarquias. A Autarquia, deverá disponibilizar todos os
Para além de outras competências expressamen- elementos necessários para a preparação dos
te previstas no CCP e na lei aplicável, as entidades documentos de procedimentos, e bem assim, o
responsáveis pela condução de procedimento, seu lançamento.
possuem as seguintes competências:
3.4. REGRAS DE PARTICIPAÇÃO NO
a. Escolher procedimento;
PROCEDIMENTO
b. Designar os membros de júri;
3.4.1. AGRUPAMENTOS
c. Preparar os documentos de procedimento; e
É permitido apresentar candidaturas ou propostas
d. Prestar os esclarecimentos necessários à boa
por um agrupamento de candidatos ou concor-
compreensão, e interpretação dos documen-
rentes, no entanto, a adoção da forma jurídica
tos do procedimento.
exigida nos documentos de procedimento só
Para auxiliá-las nas tarefas acima referidas, será obrigatória depois da adjudicação, e antes
as entidades responsáveis pela condução de da celebração do contrato.
procedimento, podem requerer a nomeação de
Os candidatos ou concorrentes membros de um
peritos que integrem os quadros de entidades
agrupamento, não podem apresentar candidatu-
públicas, ou de quaisquer outras entidades,
ra ou proposta e nem fazer parte de outro agru-
podendo ainda recorrer a outras fontes de
pamento candidato ou concorrente, no mesmo
aconselhamento especializado.
procedimento.
28
Os membros do agrupamento são solidaria- que se encontrem em exercício de funções na

mente responsáveis perante a entidade adjudi- empresa, por sentença transitada em julgado,
cante, pela manutenção da candidatura e/ou da por crime ou ofensa relacionado com a sua
proposta. As entidades que constituem o agru- conduta profissional;
pamento devem designar um representante co- c. Estar impedido de participar em procedimen-
mum, com poderes suficientes, que lhe permita tos de contratação nos termos da lei;
representar todos os membros do agrupamento, d. Não tenha regularizado as contribuições
durante a formação e execução do contrato, e para a segurança social em Cabo Verde, ou
constituem um domicílio único. no Estado de onde é nacional, ou onde fica
situado o seu estabelecimento principal;
3.4.2. IMPEDIMENTOS DOS CANDIDATOS E
CONCORRENTES
e. Não tenha regularizado os impostos devidos
ao Estado de Cabo Verde, ou o Estado de
Não podem apresentar candidaturas ou propos-
onde é nacional ou onde fica situado o seu
tas, ou fazer parte de agrupamento de candidato
estabelecimento principal;
ou concorrente, conforme o disposto no artigo
f. Tenham sido condenados, no caso das em-
70º do CCP:
presas, os membros dos seus órgãos de ge-
a. Se encontrar em estado de insolvência ou rência ou de administração em exercício de
situação de falência, de liquidação, de ces- funções, por sentença transitado em julgado,
sação de atividade, sujeita a qualquer meio pela participação em atividades de uma or-
preventivo de liquidação de patrimónios ou ganização criminosa, de corrupção, de fraude
qualquer situação semelhante, nem ter o res- ou de branqueamento de capitais, ou no caso
petivo processo pendente; de um contrato de empreitada de obras pú-
b. Tenha sido condenado, ou no caso de empre- blicas, pela prática de crimes que nos termos
do regime jurídico de acesso e permanência
sas, tenham sido condenados os membros
na atividade, impeçam o acesso a essa ativi-
dos órgãos de gerência ou de administração,
dade.
29
Não podem igualmente participar, as pessoas, A situação do candidato ou concorrente é con-

empresas ou qualquer representante ou funcio- siderado regular quanto ás contribuições, quan-
nário da empresa que tenham participado, ou do existir um acordo entre estes e as entidades
venham a participar direta ou indiretamente, na acima mencionadas, para a liquidação em pres-
preparação do procedimento. tações de pagamentos atrasados, ou quando for
apresentada reclamação, recurso ou qualquer
3.4.2.1. SERVIÇOS DE CONSULTORIA
outra forma de contestação legal, aceite em
Não podem participar em procedimentos para a Cabo Verde, ou do Estado de que o concorrente
contratação de serviços de consultoria, confor- seja nacional, ou onde fica situado o seu estabe-
me disposto no artigo 70º do CCP, as pessoas lecimento principal.
singulares ou empresas, assim como qualquer re-
No entanto, caso a entidade gestora do sistema
presentante, funcionário dessa empresa, que te-
de Previdência Social ou Serviço das Finanças,
nham participado ou venham a participar direta
enviar uma comunicação à entidade responsável
ou indiretamente, em contrato relativamente ao
pela condução do procedimento, onde conste
qual vai ser realizado o procedimento.
que não foi cumprida qualquer prestação, ou de
3.4.2.2. IRREGULARIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES DE que a situação do candidato ou concorrente é
IMPOSTOS E DA SEGURANÇA SOCIAL irregular, ele deve ser excluído do procedimento.
Para os casos de situação de irregularidade das 3.4.2.3. CONTRATOS DE EMPREITADA OU DE
contribuições dos impostos e segurança social,
CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS
existem exceções. Conforme o disposto no arti-
Nestes tipos de contratos, conforme disposto
go 70º do CCP, a situação pode ser considerada
de artigo 70º do CCP, quando existam senten-
regular, se a entidade gestora do sistema de
ças transitados em julgado, que dão por termi-
Previdência Social ou o Serviço de Finanças
nado os processos-crime relativamente a indiví-
competente, declarar que estão em situação de
duos ou empresas que realizam a atividade de
regularidade.
30
obras públicas, ou aos seus respetivos gerentes sentar no prazo de dez dias depois da notifica-
ou administradores, caberá ao Ministério Público ção de decisão de adjudicação, uma nova decla-
dar conhecimento à entidade com competência ração e documentos comprovativos de que não
legal para efetuar inspeção de obras públicas e se encontra nas situações que constituem impe-
à ARAP. dimentos para a participação no procedimento
(situações indicadas nas alíneas b), d), e) e f) do
3.4.2.4. EMPREITEIROS DE OBRAS PÚBLICAS
ponto anterior).
Quando existam suspeitas de que empreiteiros
que façam parte de entidades candidatos ou
concorrentes, tenham apresentado documentos
e estes tenham sido falsificados, deve ser comu-
nicado à entidade com competências legais para
a inspeção de obras públicas e à ARAP. A comu-
nicação, deve ser acompanhada dos elementos
de prova e cópia da denúncia dirigida ao Minis-
tério Público.
3.4.3. COMPROVAÇÃO DA NÃO EXISTÊNCIA DE IMPE-

DIMENTOS
Os interessados em participar no procedimento,
devem apresentar juntamente com a sua candi- Quando for comprovado em qualquer momento,
datura ou proposta, uma declaração em como que num determinado procedimento, um con-
não se encontra em nenhuma das situações, an- corrente ou candidato encontrava-se impedido
teriormente referidas. de participar, deverá tal facto ser comunicado
ao Ministério Público, para que seja instaurado o
O candidato ou concorrente, deve ainda apre-
procedimento criminal.
31
3.4.4. LISTA DE ENTIDADES NÃO ELEGÍVEIS ou alvará de empreiteiro de obras de construção

As Autarquias devem remeter à ARAP informa- civil, emitido pela entidade com competências
ções sobre os incumprimentos dos contratos, legais para o fazer, e deve conter as autorizações
nos termos do artigo 190º e 191º do regime de para executar os trabalhos indicados no anúncio
contraordenações, conjugados com o artigo 72º e no programa do concurso.
do CCP, e devem ser igualmente disponibiliza- Fora os casos em que for estabelecido em senti-
das no portal de contratação pública. A lista de- do contrário nos documentos de procedimento,
verá conter a identificação dos fornecedores do os documentos comprovativos das habilitações
Estado, incumpridores, explicar os motivos pelas ou autorizações profissionais, apenas devem
quais a entidade dela consta e o período duran- ser apresentados pelo candidato ou concorren-
te o qual se encontra impedida de participar em te após notificação da decisão de adjudicação,
procedimentos para contratação pública, e qual- conforme as alíneas do nº 2 do artigo 100º do
quer outra informação considerada importante. CCP, e nos termos do artigo 71º do CCP.
3.4.5. HABILITAÇÕES E AUTORIZAÇÕES 3.4.6. ANÁLISE DA CAPACIDADE TÉCNICA E DA
PROFISSIONAIS CAPACIDADE FINANCEIRA
Quando for legalmente exigido, os candida- No concurso limitado por prévia qualificação, as-
tos ou concorrentes devem ter habilitações ou sim como em todos os procedimentos em que a
autorizações profissionais específicas, ou devem entidade adjudicante pretenda avaliar a capaci-
ser membros de determinadas organizações pro- dade técnica e/ou financeira dos candidatos ou
fissionais. concorrentes, deve estar fixado nos documentos
Nos procedimentos que tem como objetivo con- do procedimento, os requisitos mínimos de ca-
tratar uma empreitada ou concessão de obras pacidade técnica e/ou financeira que os candi-
públicas, os candidatos ou concorrentes devem datos ou concorrentes devem satisfazer.
ter títulos de registo, certificado de classificação
32
Os requisitos técnicos e/ou financeiros, assim dos destinatários dos bens ou serviços, ou
como os meios a apresentar para a sua compro- por simples declaração do candidato ou con-
vação, devem estar claramente identificados no corrente, no caso de os destinatários serem
anúncio, quando existir, assim como nos docu- particulares;
mentos do procedimento. b. Descrição do equipamento técnico utilizado
Os documentos comprovativos dizem respeito a: pelo candidato ou concorrente, ou em caso
a. A experiência na execução de prestações de procedimentos para a celebração de con-
semelhantes às do contrato a celebrar; tratos de empreitada, descrição do equipa-
mento e a ferramenta especial a ser utilizada
b. Os recursos humanos, equipamentos técnicos
na obra, seja próprio, alugado, ou com direito
ou outros meios ao dispor do candidato ou
de uso de qualquer outra forma que seja le-
concorrente;
gal;
c. A situação financeira do candidato ou con-
c. Indicação dos técnicos ou dos órgãos téc-
corrente;
nicos que fazem parte ou não do candi-
d. As medidas de gestão ambiental que o can- dato e, mais especificamente, aqueles que
didato ou concorrente tenha implementado. são responsáveis pelo controlo de qualida-
de, assim como das habilitações literárias e
3.4.6.1. CAPACIDADE TÉCNICA
profissionais desses técnicos, especialmente
A capacidade técnica dos candidatos ou concor-
aqueles que estão ligados ao fornecimento
rentes, poderá ser analisada através da apresen-
dos bens e serviços, ou à realização de obras;
tação dos seguintes documentos:
d. Indicação do pessoal efetivo médio anual do
a. Lista dos principais bens ou serviços forne-
candidato ou concorrente, nos últimos três
cidos nos últimos três anos, os respetivos
anos;
montantes, datas e destinatários, deve estar
acompanhado de certificado de declaração
33
e. Descrição dos métodos utilizados pelo Se as prestações do contrato forem complexas

candidato ou concorrente, para a garantia da ou se excecionalmente, tenham um objetivo mui-
qualidade e dos meios de estudos e investi- to específico, pode ser exigido que se faça um
gação que utiliza; controlo pela Autarquia ou em nome desta, por
f. Certificado emitido por organismos indepen- um organismo oficial com competências para tal,
dentes, para a certificação de que o candi- do país onde o candidato ou concorrente esti-
dato ou concorrente, está em conformidade ver estabelecido e, para tanto, deve haver acordo
com determinadas normas de garantia de prévio desse organismo.
qualidade. O controlo acima referido, tem a ver com a capa-
Nos procedimentos para a celebração de con- cidade de produção ou a capacidade técnica do
tratos de empreitada de obras públicas, a capa- candidato ou concorrente, assim como os meios
cidade técnica dos candidatos ou concorrentes, de estudo e de investigação, de que o candida-
poderá ainda ser analisada através da apresenta- to ou concorrente dispõe, caso for necessário,
ção dos seguintes documentos: ou das medidas de controle de qualidade imple-
mentadas por ele.
a. Lista de obras executadas nos últimos cinco
anos, acompanhada de certificados de boa Quando o candidato ou concorrente, de forma
execução das obras mais importantes e os justificada, não estiver em condições de apre-
certificados devem mencionar o montante, a sentar os documentos exigidos, pode provar a
data e local de execução das obras, e se estas sua capacidade através de outros documentos,
foram executadas de acordo com as regras de acordo com os termos e condições permiti-
da arte e concluídas em conformidade; das nos documentos do procedimento, e a sua
credibilidade será analisada pelo júri.
b. Lista das obras semelhantes à obra pos-
ta a concurso, executada nos últimos três Podem ser exigidos ainda outros comprovantes,
anos, acompanhada de certificados de boa desde que sejam importantes para garantir os
execução. objetivos do contrato.
34
3.4.6.2. CAPACIDADE FINANCEIRA Nos casos de procedimentos para a celebração

Para avaliação da capacidade financeira dos de contratos de empreitada de obras públicas,
candidatos ou concorrentes, pode ser exigida a de concessão de obras públicas, ou de conces-
apresentação de um ou mais dos seguintes do- são de serviços públicos, poderá ainda ser exigi-
cumentos: do documento emitido pelo Banco de Cabo Ver-
a. Declarações bancárias adequadas, ou prova de ou por entidade competente, no mês em que
da subscrição de um seguro de riscos profis- foi aberto o procedimento ou no mês anterior,
sionais ou seguro de responsabilidade civil; que demonstre as responsabilidades da empre-
sa no sistema financeiro e, se for o caso, um do-
b. No caso de empresas, documentos de pres- cumento semelhante emitido pelo Banco Central
tação de contas dos três últimos exercícios ou por entidade competente do Estado de que
findos ou dos exercícios findos desde a sua a empresa seja nacional, ou onde está situado o
constituição, caso tenha sido constituída a seu estabelecimento.
menos de três anos;
Quando o candidato ou concorrente, de forma
c. No caso de pessoas singulares, declaração justificada, não estiver em condições de apre-
do imposto único sobre os rendimentos apresentar os documentos exigidos, pode provar
sentadas nos últimos três anos, ou desde o a sua capacidade através de outros documen-
início de exercício da profissão, caso este te- tos, de acordo com os termos e condições fixa-
nha ocorrido há menos de três anos; e dos nos documentos do procedimento, e a sua
d. Indicação do volume de negócios dos três úl- credibilidade será analisada pelo júri.
timos anos do candidato ou concorrente e, Podem ser exigidos ainda outros comprovantes,
eventualmente do volume de negócios, das desde sejam importantes para os objetivos do
atividades para as quais se pretende celebrar contrato.
o contrato, nos últimos três exercícios findos
desde o início da sua atividade, se for menor
do que três anos.
35
3.4.6.3. ANÁLISE DA CAPACIDADE DOS 3.5. CANDIDATURAS

AGRUPAMENTOS DE CANDIDATOS
3.5.1. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A
Em caso de apresentação de candidatura ou pro- CANDIDATURA
posta por um agrupamento, caso nada for dito
A candidatura deve ser acompanhada dos
em sentido contrário no programa de concurso,
seguintes documentos, conforme o previsto no
os requisitos de capacidade técnica e/ou finan-
artigo 79º do CCP:
ceira exigidos, podem ser preenchidos por ape-
nas um dos membros do agrupamento ou por a. Declaração subscrita pelo candidato, onde
todos membros em conjunto. deve constar as seguintes informações:
|| No caso de pessoas singulares: nome, nú-
3.4.6.4. RECURSO À CAPACIDADE DE TERCEIROS mero de contribuinte (NIF), estado civil e
O candidato ou concorrente, pode recorrer à ca- domicílio;
pacidade técnica de outras entidades, indepen- || No caso de empresas: a denominação,
dentemente do tipo de vínculo que tenha com a sede social, as filiais relevantes para a
elas, como por exemplo, as sub-empreitadas. execução do contrato, caso for necessá-
rio, assim como os nomes dos titulares
Nesses casos, o candidato ou concorrente, deve dos órgãos de gerência, administração ou
demonstrar à entidade que terá os recursos ne- direção e a identificação de outras pessoas
cessários, através da apresentação de declara- para vincular o concorrente no âmbito do
ção de compromissos assinada pelas entidades. procedimento.
b. Declaração do candidato de aceitação dos
termos e condições, fixados no caderno de
encargo;
c. Documentos comprovativos da capacidade
técnica e/ou financeira do candidato, exigi-
dos no programa de concurso de acordo com
os artigos 75º e 76º do CCP.
36
A declaração subscrita pelo candidato (a) e a c. Referência a que cada um dos membros do
declaração do candidato de aceitação dos ter- agrupamento, fica obrigado de forma solidá-
mos e condições do caderno de encargos (b), ria com os demais membros do agrupamen-
devem ser assinadas pelo candidato ou por to, perante a Autarquia, pela manutenção da
representante que tenha poderes para o fazer. candidatura e pelo cumprimento das obriga-
Os outros documentos que acompanham as can- ções das mesmas decorrentes; e
didaturas, devem ser assinados pelas entidades d. Quaisquer outros elementos expressamente
que os emitem. previstos, nos documentos do procedimento.
3.5.2. APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURA POR 3.5.3. SISTEMA DE PRÉ - QUALIFICAÇÕES

AGRUPAMENTO CONJUNTAS
Para além dos acima identificados, as candida- 3.5.3.1. INSTITUIÇÃO DO SISTEMA DE PRÉ-
turas apresentadas por agrupamentos, devem
-QUALIFICAÇÕES CONJUNTA
ser igualmente acompanhadas dos seguintes
O objetivo do sistema de pré-qualificação con-
elementos:
junta é a apreciação das capacidades técnicas
a. Identificação dos membros do agrupamento e financeiras dos interessados, e selecionar enti-
e respetivos domicílios ou sedes assim como, dades qualificadas para futura apresentação de
no caso das empresas, a identificação dos re- propostas em concursos restritos.
presentantes legais;
A instituição do sistema de pré-qualificações
b. Documentos comprovativos dos poderes de conjunta, as regras que devem ser aplicadas à
representação, dos representantes de cada pré-qualificação, os critérios de pré-qualifica-
um dos membros do agrupamento, e/ou do ção, bem como as regras de seleção dos pré-
representante comum do agrupamento e sua -qualificados para a apresentação de proposta,
identificação; nos termos previstos no artigo 92º do CCP, são
37
publicados tendo em conta as regras relativas à capacidade técnica ou de capacidade financeira

publicidade previstas no CCP. dos interessados, devendo ser aplicados em con-
Quando o sistema de pré-qualificação conjun- dições de igualdade.
tas tiver uma duração superior a três anos, a O incumprimento das regras acima menciona-
publicação acima mencionada, deve ser realizadas, pode ter como resultado a revogação e/
da anualmente. ou caducidade da decisão de pré-qualificação,
e consequente remoção da lista de interessados
3.5.3.2. REGRAS PARA O SISTEMA DE PRÉ-
pré-selecionados.
-QUALIFICAÇÕES CONJUNTA
As regras e os critérios de pré-qualificações 3.5.3.3. DECISÃO DE PRÉ-QUALIFICAÇÃO
conjunta, devem ser adequadas aos tipos e Qualquer entidade interessada pode a qualquer
características dos contratos a celebrar, e devem momento, durante a vigência do sistema de pré-
estar em conformidade com as regras e princí- -qualificação conjunta, submeter um pedido de
pios previstos no CCP. pré-qualificação, conforme o disposto no artigo
83º do CCP.
No sistema de pré-qualificações conjunta, deve
haver o cumprimento dos requisitos de capaci- O órgão da Autarquia competente para o efei-
dade técnica e/ou financeira fixados no anúncio, to, deve pronunciar-se sobre o pedido de pré-
conforme o disposto no artigo 73º do CCP, à se- -qualificação no prazo de quinze dias, a contar
melhança das demais formas de candidatura. da data da respetiva solicitação, desde que o pe-
dido contenha todos os elementos necessários à
O sistema das pré-qualificações conjunta pode
decisão de pré-qualificação.
compreender várias fases de qualificação, de-
vendo basear-se em regras e critérios objetivos A decisão de pré-qualificação deve ser funda-
e não discriminatórios, nomeadamente, as re- mentada com base nas regras e nos critérios
gras relativas ao preenchimento de requisitos de aplicáveis, e notificada aos interessados.
38
O órgão competente para pronunciar sobre o pe- b. Declaração do candidato de aceitação dos
dido de pré-qualificação, apenas pode revogar a termos e condições fixados nos cadernos de
decisão de pré-qualificação, quando não forem encargos;
cumpridas as regras ou critérios definidos. c. Documentos comprovativos da capacidade
Cabe à entidade responsável pela condução do técnica e/ou financeira, excepto nos casos
procedimento que lançou a pré-qualificação, a de concurso limitado por prévia qualificação,
elaboração de uma lista com os interessados pré- em que estes foram apresentados na fase de
-selecionados. Os interessados pré-qualificados, candidatura.
são selecionados pela entidade responsável pela Os documentos que instruem as propostas, são
condução do procedimento, em conformidade os seguintes:
com as regras previstas no anúncio de pré-quali-
a. Os documentos exigidos no programa de
ficação, para apresentarem proposta em concur-
concurso, que contenham os termos e condi-
so restrito.
ções exigidos ao concorrente, de acordo com
3.6. PROPOSTAS o objetivo do contrato a celebrar e o conteú-
do do caderno de encargos;
3.6.1. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM E INSTRUEM
A PROPOSTA b. Comprovativo da prestação da caução para
a garantia de manutenção das propostas,
As propostas devem ser acompanhadas, dos se-
quando for exigida; e,
guintes documentos:
c. Documento com a justificação da apresenta-
a. Declaração do concorrente (declaração subs-
ção de preço anormalmente baixo, se este for
crita pelo candidato, conforme o disposto no
o caso, conforme previsto no artigo 88º do
artigo 79º do CCP). Não é necessário apre-
CCP.
sentar esta declaração, no caso de concurso
limitado por prévia qualificação, em que estes
foram apresentados na fase de candidatura;
39
Caso o objetivo do procedimento for a celebra- Devem também fazer parte da proposta, quais-
ção de um contrato de empreitada ou de con- quer outros documentos apresentados pelo con-
cessão de obras públicas, a proposta deve ainda corrente, caso este considerar que sejam indis-
ser instruída com os seguintes elementos: pensáveis.
a. Declaração de compromisso assinada pelo A Declaração do concorrente, Declaração do
concorrente e por cada um dos subemprei- concorrente de aceitação dos termos e condi-
teiros, caso estiverem previstos as subem- ções fixados no caderno de encargo e Declara-
preitadas, e este documento tem que ter os ção de compromisso subscrita pelo concorrente
seguintes elementos: e por cada um dos subempreiteiros, devem ser
|| Identificaçãodas autorizações neces- assinados pelo concorrente ou por um seu repre-
sárias para o exercício da atividade de sentante com poderes para tal.
empreiteiro de construção;
A Declaração de compromisso subscrita pelo
|| Especificação
técnica da obra que se vai concorrente e por cada um dos subempreiteiros,
executar com o contrato de subempreita-
deve ainda ser assinada pelo subempreiteiro ou
da.
pelo seu representante legal, caso estiver previs-
b. Programa de trabalhos incluindo plano de to subempreitadas.
trabalhos, plano de mão-de-obra e plano de
Os outros documentos que acompanham ou
equipamento;
instruem as propostas, devem ser assinados pe-
c. Memória justificativa e descritiva do modo de las entidades que emitem esses documentos.
execução da obra, com especificação dos as-
petos técnicos essenciais; e 3.6.2. PROPOSTAS VARIANTES
d. Projeto de execução, quando o projeto tiver As propostas variantes são propostas que apre-
sido submetido à concorrência. sentam condições diferentes das existentes na
proposta base, apresentada pelo mesmo concor-
rente.
40
No anúncio do procedimento ou no programa de 3.6.3. APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA POR

concurso, deve ser indicado a possibilidade de AGRUPAMENTO
serem apresentadas ou não, propostas varian- Para além dos documentos anteriormente refe-
tes. Nos casos em que podem ser apresentadas, ridos, as propostas apresentadas por agrupa-
devem ser mencionados sobre que aspetos da mento devem também ser acompanhadas dos
execução do contrato, devem ser apresentadas. seguintes documentos:
Caso não houver indicação sobre propostas va- a. Identificação dos membros do agrupamento
riantes, significa que não podem ser apresenta- e os seus domicílios ou sede, no caso de em-
das. presas, devem também apresentar a identifi-
Quando existir possibilidade de apresentação de cação dos representantes legais. Exceptuam-
propostas variantes, deve ser indicado no cader- -se os casos do concurso limitado por prévia
no de encargos os requisitos mínimos que estes qualificação, em que estes documentos de-
devem cumprir, assim como as regras que devem vem ser apresentados na fase de candidatura;
ser seguidas para a sua apresentação. b. Documentos comprovativos dos poderes de
Nos procedimentos para a celebração de contra- representação dos representantes de cada
to de empreitada ou de concessão de obras pú- um dos membros do agrupamento, e/ou do
blicas, a proposta base e as variantes feitas pelo representante comum do agrupamento e sua
concorrente, devem incluir todos os documentos identificação. Não é necessário apresentar
necessários para que a sua análise seja feita da estes documentos, nos casos de concurso
melhor forma possível, e para a justificação do limitado por prévia qualificação, em que fo-
método de cálculo. ram apresentados na fase de candidatura;
c. Descrição das prestações e obrigações de
cada um dos membros do agrupamento;
41
d. Referir que cada um dos membros do agru- disposta a pagar, pela execução de todas as
pamento fica obrigado de forma solidária prestações incluídas no contrato;
(de igual forma) com os outros membros do e. Quando o preço base não estiver previsto no
agrupamento, perante a entidade adjudican- documento do procedimento, o preço pro-
te, pela manutenção da proposta e pelo cum- posto não pode ser superior aos seguintes
primento das suas obrigações; e valores:
e. Quaisquer outros elementos expressamente || O valor máximo do contrato a celebrar
previstos nos documentos do procedimento. permitido pelo tipo de procedimento es-
colhido;
3.6.4. PREÇO DA PROPOSTA
|| O valor máximo do órgão competente
a. O preço total da proposta deve ser indica- para autorizar a despesa do contrato, para
do em algarismos e por extenso, e não inclui o qual se realiza o procedimento;
qualquer imposto; || O valor concreto da despesa autorizada,
b. Em caso de se verificar diferença entre os quando for menos do que o valor máximo
que o órgão competente pode autorizar a
preços indicados em algarismos e por exten- despesa.
so, deve ser considerado o preço por extenso;
3.6.5. PREÇO ANORMALMENTE BAIXO
c. Caso nada for dito em sentido contrário nos
documentos do procedimento, o preço pro- Nos casos em que for fixado o preço base, consi-
posto inclui todos os custos da execução do dera-se que o preço total é anormalmente baixo
contrato, incluindo também custos como ta- quando seja:
xas, seguros e transportes; a. Menos de 40% ou mais, do que o preço base
d. Os documentos do procedimento podem no caso de contratos de empreitada;
fixar o preço base, e este representa o pre- b. Menos de 50% ou mais, do que o preço base
ço máximo que a entidade adjudicante está no caso de quaisquer outros contratos.
42
Quando não for fixado o preço base, e depois cialidade, e notifica a sua decisão a todos os
do parecer do júri, a Autarquia considerar o pre- interessados no procedimento ao fim do segun-
ço da proposta anormalmente baixo, a Autarquia do terço do prazo, para a apresentação das pro-
deve fundamentar porque motivos considera o postas. Caso não for autorizado expressamente
preço é anormalmente baixo. a confidencialidade no prazo mencionado, con-
Uma proposta com o preço anormalmente baixo, sidera-se não declarada a confidencialidade dos
pode ser excluída, caso o concorrente median- documentos da proposta.
te o pedido de esclarecimentos, não apresentar A confidencialidade da proposta, pode ser le-
uma justificação que seja considerada satisfató- vantada a qualquer momento no decurso do
ria. procedimento, se as causas que a motivaram
deixarem de existir.
3.6.6. CONFIDENCIALIDADE DOS DOCUMENTOS DA
CANDIDATURA E DA PROPOSTA 3.6.7. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS
Conforme dispõe o artigo 89º do CCP, o interes- Os concorrentes devem manter as suas propos-
sado em concorrer pode requerer confidenciali- tas durante sessenta dias, contados da data li-
dade dos documentos que integram a proposta, mite para a sua entrega. Nos casos em que os
à entidade responsável pela condução do proce- procedimentos sejam mais complexos pode,
dimento, durante o primeiro terço do prazo para no entanto, ser fixado nos documentos de
a apresentação das candidaturas e das propos- procedimentos, um prazo maior do que sessenta
tas, nos aspetos que forem realmente necessá- dias para manutenção de propostas.
rios, pelo facto de conterem segredos técnicos, Caso houver pedido de prorrogação do prazo de
de indústria, comerciais, militares ou outros juri- manutenção da proposta por parte de um con-
dicamente aceitáveis. corrente, e este for permitido, o prazo de manu-
A entidade responsável pela condução do pro- tenção das propostas considera-se prorrogado
cedimento, decide sobre o pedido de confiden- por iguais períodos para todos os concorrentes,
43
mesmo os que não tenham requerido a prorro- crito nos documentos traduzidos, e não o que
gação, conforme o disposto no nº 2 do artigo 90º consta nos documentos originais.
CCP. De forma excepcional, pode-se admitir que
3.7. APRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURAS E determinados documentos da candidatura ou
da proposta, sejam apresentadas em língua es-
DAS PROPOSTAS
trangeira, desde que no programa de concurso
estejam especificados estes documentos e os
idiomas admitidos.
3.7.2. ENTREGA DAS CANDIDATURAS E PROPOSTAS

As candidaturas e as propostas, podem ser apre-
sentadas presencialmente, contra a entrega de
um recibo pelos serviços da entidade responsá-
vel pela condução do procedimento, com indica-
ção da data e hora da recepção, ou por correio
registado com aviso de recepção, conforme o
disposto no artigo 92º do CCP.
3.7.1. IDIOMA DAS CANDIDATURAS E DAS PROPOSTAS Nos caso anteriormente mencionado, para o
procedimento de concurso limitado por prévia
Os documentos que acompanham ou instruem
qualificação, devem ser seguidas as regras abai-
a candidatura e a proposta, devem ser redigidos
xo indicadas:
em língua portuguesa. Caso forem redigidos em
língua estrangeira, devem ser acompanhadas de a. As candidaturas e os documentos que a acom-
tradução legalizada, ou acompanhada de uma panham devem ser encerrados em sobrescrito
declaração do candidato ou concorrente, onde opaco, fechado e lacrado (pode ser utilizan-
admite que deve ser considerado o que está es- do fita colas), no rosto do sobrescrito deve
44
ser escrita a palavra “candidatura”, e deve ser deve ser escrito a palavra “Documentos”.
também indicado o nome ou denominação b. A proposta e os documentos que a instruem,
social do concorrente, a designação do pro- devem ser encerrados em sobrescritos opaco,
cedimento e o nome da Autarquia; fechado e lacrado, no rosto deve ser escrita
b. Caso a entidade responsável pela condução a palavra “Proposta”, e deve ser indicado o
do procedimento tenha deferido o pedido de nome ou denominação social do concorrente,
reserva de confidencialidade, os documen- a designação do procedimento e a identifica-
tos com informação confidencial devem ser ção da Autarquia;
encerrados em sobrescrito opaco, fechado c. Caso a entidade responsável pela condução
e lacrado, com a menção no respetivo rosto do procedimento, tenha deferido o pedido de
“Candidatura - Documentos Confidenciais”, o reserva de confidencialidade de documentos
qual deverá ficar encerrado no subscrito refe- da proposta, os documentos com a informa-
rido na alínea a); e ção confidencial devem ser encerrados em
c. Às propostas aplica-se o disposto nas alíneas sobrescrito opaco, fechado e lacrado, com
b) a e) do nº 3 do artigo 92º do CCP, com as a menção no respetivo rosto “Propostas -
necessárias adaptações. Documentos Confidenciais”;
Nos casos previstos acima, para os demais tipos d. Caso esteja prevista a apresentação de uma
de procedimentos: ou mais propostas variantes, estas e os ele-
a. Os documentos que acompanham as propos- mentos que a acompanham devem ser encer-
tas: a declaração subscrita de candidatura, rados em sobrescrito opaco, fechado e lacra-
declaração de aceitação dos termos e docu- do, no rosto do qual deve ser escrita a palavra
mentos comprovativos da capacidade técni- “Proposta Variante 1”, “Proposta Variante 2”
ca, devem ser encerrados noutro sobrescrito e assim por diante, consoante o número de
opaco, fechado e lacrado, no rosto do qual propostas variantes apresentadas; e
45
e. Os sobrescritos anteriormente referidos, de- apresentadas, assim como o dia e hora em que
vem ser encerrados num sobrescrito que se foram recebidas.
denominará “Invólucro Exterior”, e deve ser in-
3.7.4. PRAZOS PARA A APRESENTAÇÃO DAS
dicado no seu rosto o nome ou denominação
social do concorrente, a designação do pro- CANDIDATURAS E DAS PROPOSTAS
cedimento e o nome da Autarquia. O prazo para a apresentação das candidaturas
e das propostas, deve estar claramente fixado
O programa do concurso ou o convite, consoan-
no anúncio e nos documentos do procedimento,
te o caso, pode prever que os documentos da
sendo fixado de acordo com a complexidade do
candidatura e da proposta, quando formados
contrato a celebrar, e do tempo necessário para
por mais de uma folha, devem ser entregues em
a sua preparação.
forma de fascículos, com todas as páginas nu-
meradas através de processo que impeça a se- 3.8. AVALIAÇÃO E EXCLUSÃO DAS
paração ou acréscimo de folhas, e a primeira pá- PROPOSTAS E ADJUDICAÇÃO
gina de cada fascículo deve mencionar o número
total de folhas existentes. 3.8.1. DECISÃO DE ADJUDICAÇÃO
A decisão de adjudicação é tomada pela Autar-
3.7.3. RECEPÇÃO DAS CANDIDATURAS E DAS PRO- quia. A entidade responsável pela condução do
POSTAS procedimento, envia uma notificação ao concor-
Após a recepção das candidaturas e das propos- rente selecionado e aos demais concorrentes,
tas, pela entidade responsável pela condução do juntamente com o relatório final da avaliação.
procedimento, esta deve mantê-las guardadas Com a notificação da decisão de adjudicação, o
em local fechado, até à data da respetiva abertu- concorrente selecionado é também notificado
ra, no ato público, pelo júri do procedimento. para apresentar no prazo máximo de dez dias,
A entidade responsável pela condução do proce- conforme o disposto no artigo 100º do CCP, os
dimento, deve manter um registo das propostas seguintes documentos:
46
a. A declaração e os documentos comprovati- Em caso de dúvida, relativamente a manuten-

vos, de que não se encontra nas situações de ção do cumprimento dos requisitos, da capa-
impedimento dispostos no artigo 70º do CCP; cidade técnica e/ou financeira do concorrente
b. Os documentos comprovativos da titularidade selecionado, para a boa execução do contrato, é
das habilitações, ou autorizações necessárias notificado para apresentar novamente, no prazo
para a execução das prestações do contrato máximo de dez dias, os documentos solicitados
previstos nos documentos de procedimento, no âmbito do procedimento, para a demonstração
como por exemplo, o alvará, no caso de con- dos requisitos exigidos.
tratos de empreitada de obras públicas; 3.8.2. CADUCIDADE DA ADJUDICAÇÃO
c. O documento comprovativo da prestação da A decisão de adjudicação é considerada caduca-
caução de garantia de boa execução do con- da quando:
trato; ou
a. O concorrente selecionado não apresentar
d. Quaisquer outros documentos exigidos pelos os documentos acima referidos, conforme o
documentos do procedimento. previsto no artigo 100º do CCP;
Nos casos em que tenham sido apresentados, b. O concorrente selecionado for um agru-
juntamente com a proposta, documentos com- pamento, e os respetivos membros não se
provativos da capacidade técnica e/ou financei- constituírem na forma jurídica exigida nos do-
ra, ou tenha sido adotado o procedimento de cumentos de procedimento, antes da data es-
concurso limitado por prévia qualificação, o con- tipulada para a assinatura do contrato, e sem
corrente selecionado deve ainda apresentar no apresentar motivo justificativo considerado
prazo de dez dias, declaração sob compromisso aceitável, pela entidade responsável pela
de honra na qual confirme que mantém as condi- condução de procedimentos.
ções de capacidade técnica e/ou financeira, an-
Em caso de caducidade da adjudicação, pode
teriormente apresentados no procedimento.
ser considerado a proposta do concorrente que
47
tenha ficado em segundo lugar, desde que o pre- financiamentos obtidos ou que se pretendia
ço não ultrapasse em mais do que 10% o preço obter, para satisfazer as despesas relativos ao
da proposta vencedora. contrato a celebrar;
3.8.3. CAUSAS DE CANCELAMENTO DO e. Caso for um procedimento por ajuste direto, e

tenha sido apresentada apenas uma proposta
PROCEDIMENTO
e, não tenha sido indicado o preço base do
Após o início do procedimento, conforme o dis-
contrato, ou o preço apresentado seja consi-
posto no artigo 102º do CCP, a Autarquia tem
derado muito exagerado pela Autarquia; ou
o dever de tomar a decisão de adjudicação. A
adjudicação não será efetuada, e será cancelado f. Caso os fundos ou financiamento obtido para
o procedimento, nos seguintes casos: satisfazer as despesas relativas ao contrato a
celebrar, deixarem de estar disponíveis, con-
a. Não tenha sido apresentada qualquer pro-
forme o disposto no artigo 57º do CCP.
posta;
Para além dos motivos acima mencionados, nos
b. Todas as propostas tenham sido excluídas;
procedimentos para a celebração de contratos
c. Caso tenha ocorrido algum imprevisto, que de empreitada ou de concessão de obras públi-
faça com que haja a necessidade de se cas, também não será efetuada a adjudicação
modificar aspetos fundamentais dos docu- quando:
mentos de procedimentos, depois de termi-
g. Por algum motivo, a Autarquia resolva adiar a
nado o prazo de apresentação das propostas;
execução da obra pelo prazo mínimo de um
d. Quando as circunstâncias que determinaram ano; ou
a intenção da decisão de contratar deixarem
h. Nos casos de projetos ou variantes da auto-
de existir, designadamente, a perda de in-
ria dos concorrentes, os projetos e variantes
teresse no contrato por parte da Autarquia,
apresentados não sejam convenientes para a
ou deixar de ter disponíveis os fundos ou
Autarquia.
48
A decisão de cancelamento do procedimento e da manutenção das propostas, estes contratos

os respetivos fundamentos, devem ser notifica- são os seguintes:
dos a todos os concorrentes. a. Contratos de empreitada, ou de concessão
Nos casos em que ocorram circunstâncias im- de obras ou de serviços públicos, com valor
previstas, que façam com que seja necessário superior 5.000.000$00 (cinco milhões de es-
modificar aspetos fundamentais dos documentos cudos);
de procedimento, depois de terminado o prazo b. Contratos de locação, de aquisição de bens
para a apresentação das propostas, deve ser lan- móveis e serviços, com valor superior a
çado novo procedimento, no prazo máximo de 2.000.000$00 (dois milhões de escudos).
seis meses, a contar da data da notificação da
A caução deve ser prestada, por algumas das
decisão de não adjudicação.
formas previstas no artigo 107º do CCP (ver
No caso de celebração de contrato de empreita- modo de prestação de caução abaixo), e deve
da de obras públicas, ou de concessão de obras ser apresentado juntamente com a proposta, o
públicas, a decisão de não adjudicação pelos mo- documento que comprove sua prestação.
tivos acima mencionados, deve ser também co-
Os concorrentes têm direito à restituição da cau-
municada à entidade com competências legais
ção, nos seguintes casos:
para a inspeção de obras públicas.
c. Se depois decorrido o prazo de manutenção
3.9. CAUÇÃO das propostas, o concorrente não estiver in-
3.9.1. PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DE MANUTENÇÃO DA teressado na prorrogação do prazo;
PROPOSTA d. Em caso de exclusão da proposta apresenta-
Nos procedimentos para a formação de al- da pelo concorrente; ou
guns tipos de contratos, pode ser exigido aos e. Após a notificação da decisão de adjudica-
concorrentes que juntamente com a proposta, ção a favor de outro concorrente.
procedam à prestação de caução para a garantia
49
A Autarquia deve diligenciar, independentemen- a. Em caso de não comparência injustificada no

te de o interessado ter requerido, pela libera- dia, hora e local estabelecidos para a celebra-
ção da caução no prazo de dez dias, a contar ção do contrato; ou
da ocorrência de qualquer das situações acima b. Em casos de incumprimento do contrato.
referidas.
3.9.3. CASOS DE DISPENSA DE CAUÇÃO DE BOA
A caução prestada, apenas poderá ser devolvida,
contra a prestação de caução para garantia de EXECUÇÃO DO CONTRATO
boa execução do contrato. Não é exigível a prestação de caução nos seguin-
tes casos, conforme o disposto no artigo 105º do
3.9.2. PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DE BOA EXECUÇÃO CCP:
DO CONTRATO
a. Contratos de valor inferior a 2.000.000$00
Deve ser exigido ao concorrente seleccionado, (dois milhões de escudos);
a prestação de uma caução com o objetivo de
b. Contratos para prestação de serviços de con-
garantir a celebração do contrato, bem como o
sultoria, desde que não exista adiantamentos;
exato e pontual cumprimento das obrigações le-
ou
gais e contratuais, assumidas com a celebração
do contrato. c. Contratos de aquisição de bens móveis ou de
prestação dos serviços, quando a prestação a
Nos contratos em que sejam efetuados adianta-
cargo do adjudicatário seja realizada dentro
mentos de preço, deve ser prestada caução de
de dez dias, após a celebração do contrato.
valor igual ao dos adiantamentos prestados.
É dispensada a prestação de caução, ao adjudi-
A Autarquia pode acionar de imediato, e sem
catário que apresente contrato de seguro ade-
questionar previamente ao adjudicatário, parte
quado da execução da obra, com base no preço
ou a totalidade da caução prestada, independen-
total do respetivo contrato, e também do respe-
temente de decisão judicial, conforme previsto
tivo projeto, se for o caso.
no artigo 104º do CCP, nas seguintes situações:
50
Nos contratos de empreitada de valor inferior 3.9.5. MODO DE PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DA

a 2.500.00$00 (dois milhões e quinhentos mil CAUÇÃO
escudos), a caução pode ser substituída pela O adjudicatário, deve demonstrar a prestação da
retenção de 10% dos pagamentos a efetuar. caução junto da entidade responsável pela con-
3.9.4. VALOR DA CAUÇÃO
dução do procedimento, no prazo de dez dias,
conforme disposto no nº 2, do artigo 100º do CCP.
O valor a prestar da caução de boa execução do
contrato, é de 5% do preço do contrato, confor- As cauções exigidas, conforme o previsto no CCP,
me disposto no artigo 106º do CCP. podem ser prestadas por depósito em dinheiro,
ou em títulos emitidos ou garantidos pelo Esta-
Nos casos em que o adjudicatário, tenha propos-
do, ou mediante garantia bancária ou seguro-
to um preço considerado anormalmente baixo
-caução.
nos termos do CCP, deve ser exigido ao adjudi-
catário, a prestação de caução no valor de 10% O depósito de dinheiro ou em títulos, é efetuado
do preço do contrato. numa instituição de crédito, à ordem da entida-
de indicada nos documentos do procedimento,
Nos contratos de empreitadas de obras públicas
devendo ser especificado o fim a que se destina.
e de concessões de obras públicas e de serviços
públicos, a Autarquia pode excepcionalmente e Em caso de prestação de caução mediante ga-
devidamente justificado e publicitado, estipular rantia bancária, o adjudicatário deve apresentar
um valor mínimo mais elevado para a caução, não um documento pelo qual um estabelecimento
podendo este, no entanto, exceder a 30% do pre- bancário, legalmente autorizado, assegure até ao
ço total do respetivo contrato, mediante prévia limite do valor da caução, o imediato pagamento
autorização das entidades tutelar quando existir. de quaisquer importâncias exigidas pela entida-
de adjudicante, por simples alegação de incum-
primento das obrigações.
51
Nos casos de seguros seguro-caução, o adjudi- 3.9.7. LIBERAÇÃO DA CAUÇÃO DE BOA EXECUÇÃO
catário deve apresentar a apólice, pela qual uma DO CONTRATO
entidade legalmente autorizada a realizar esse A Autarquia deve promover a liberação da cau-
seguro, assuma, até ao limite do valor da caução, ção:
o encargo de satisfazer de imediato, o pagamen-
a. Após o cumprimento de todas as obrigações
to de quaisquer importâncias exigidas pela Au-
exigidas no âmbito contrato por parte do
tarquia, por simples alegação de incumprimento
adjudicatário; ou
das obrigações.
b. Se por algum motivo da responsabilidade da
Das condições de garantia bancária, ou da apóli-
Autarquia, esta não celebrar o contrato no
ce de seguro-caução, não pode, em caso algum,
prazo fixado.
resultar uma diminuição das garantias da Autar-
quia, nos moldes em que são assegurados pelas No caso dos contratos de empreitada de obra
outras formas admitidas de prestação da caução, pública, consideram-se cumpridas todas as obri-
mesmo que no que respeita ao seguro-caução, gações contratuais, quando ocorra a receção de-
não tenha sido pago o respetivo prémio. finitiva da obra, nos termos estipulados no regi-
me jurídico das empreitadas de obras públicas. A
O adjudicatário é responsável por quaisquer
caução deve ser liberada, no prazo de trinta dias.
despesas relativos à prestação e manutenção da
caução. O anteriormente mencionado, não invalida a pos-
sibilidade de ao abrigo de outros diplomas legais
3.9.6. FALTA DE PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO aplicáveis, se proceder a liberações parciais da
A falta de prestação da caução de boa execução caução, de forma faseada, em função do níveis
do contrato, no prazo devido, por algum motivo de cumprimento das prestações contratuais.
da responsabilidade do adjudicatário, terá com No caso de por fato da responsabilidade da Au-
consequência a caducidade da adjudicação, nos tarquia, não for celebrado o contrato no prazo
termos previstos no artigo 101º do CCP. fixado, o adjudicatário pode exigir o reembolso
52
de todas as despesas e encargos comprovada- devem ser seguidos no concurso, e deve integrar
mente suportados, com a prestação da caução, os seguintes elementos:
tendo ainda direito a justa indemnização. a. A identificação do concurso;
4. TRAMITAÇÃO DO PROCEDIMENTO b. A identificação da Autarquia e da entidade
que autorizou a despesa;
4.1. CONCURSO PÚBLICO
c. O nome, morada, endereço de e-mail e núme-
ro de fax da entidade responsável pela con-
dução do procedimento;
d. Os impedimentos à participação no procedi-
mento, conforme o previsto no artigo 70º do
CCP;
e. O modo e local de apresentação das propos-
tas;
f. Os prazo de apresentação das propostas;
g. Os documentos que devem acompanhar e in-
tegrar a proposta;
4.1.1. ANÚNCIO DO CONCURSO h. Os documentos que acompanham e integram
O anúncio do concurso, deve ser publicado tendo a proposta, que podem ser redigidos em lín-
em conta as regras previstas CCP, relativamente gua estrangeira, nos termos do artigo 91º do
a publicidade. CCP;
4.1.2. PROGRAMA DO CONCURSO i. Indicação da forma jurídica que deve ser

O programa do concurso, define os termos que adotado pelo agrupamento adjudicatário;
53
j. A moeda ou moedas em que deve ser o. O prazo durante o qual os concorrentes ficam
indicado o preço, bem como, se for o caso, o obrigados a manter as propostas, se superior
procedimento para a conversão dos preços ao prazo legal;
expressos em diferentes moedas numa única p. O valor e o modo de prestação da caução de
moeda, com o propósito de comparar pro- garantia da manutenção da proposta, quando
postas e a moeda na qual deve ser pago o exigida;
preço do contrato;
q. O modo de prestação da caução de garantia
k. Indicação de profissões específicas e/ou da boa execução do contrato, quando exigi-
habilitações ou autorizações profissionais es- da; e
pecíficas, exigidas para a execução das pres-
r. A data, hora e local do ato público de abertu-
tações do contrato a celebrar, conforme pre-
ra das propostas.
visto no artigo 73º;
As normas do programa do concurso prevalecem
l. A possibilidade de apresentação de propos-
sobre as disposições do anúncio, casos estas não
tas variantes e caso exista esta possibilidade,
estiverem em conformidade com o programa de
o número máximo de variantes admitidos, e
concurso.
as condições para a sua aceitação;
m. O critério de adjudicação, com explicita- 4.1.3. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
ção, no caso de o mesmo ser o da propos- O prazo para a apresentação das propostas é o
ta economicamente mais vantajosa, dos fa- fixado no anúncio e no programa do concurso, e
tores de avaliação das propostas e respetiva começa a correr a partir da data da publicação
ponderação e da grelha de avaliação; do anúncio, devendo ser respeitados os seguin-
n. A possibilidade de existir adjudicações de tes prazos mínimos:
propostas por lotes, devendo, nesse caso, 1. No caso de concurso público nacional:
serem indicadas as regras aplicáveis a cada a. Trinta e cinco dias, se concurso tiver como
lote;
54
objeto a celebração de contrato de emprei- da publicação do último anúncio.

tada de obras públicas, de concessão de
4.2. CONCURSO PÚBLICO EM DUAS FASES
obras públicas ou de serviços públicos; ou
b. Vinte dias, se o concurso tiver como objeto
a celebração do contrato de aquisição ou
locação de bens móveis ou de aquisição de
serviços; e
2. No caso de concurso público internacional:
a. Quarenta e cinco dias, se o concurso tiver
como objeto a celebração de contrato de
empreitada de obras públicas, de conces-
são de obras públicas ou serviços públicos;
b. Trinta dias, se o concurso tiver como objeto
a celebração de contrato de aquisição ou O concurso público em duas fases, segue com as
locação de bens móveis ou de aquisição de adaptações necessárias, as regras do concurso
serviços; público, com as devidas especificidades previs-
tas no CCP.
Excecionalmente, em casos de urgência
devidamente fundamentada pela Autarquia, o 4.2.1. PROGRAMA DE CONCURSO
prazo para a apresentação das propostas pode Para além dos elementos anteriormente referi-
ser reduzido para dez dias, independentemente dos, para o programa de concurso para concur-
do tipo e valor contrato. so público, conforme disposto no artigo 118º do
Nos casos em que for publicado mais do que um CCP, deve ser ainda indicado:
anúncio, o prazo para a apresentação das pro- a. O prazo e modo de apresentação da propos-
postas apenas começa a correr a partir da data ta técnica inicial;
55
b. O prazo e modo de apresentação da propos- apresentação das propostas, os documentos que

ta técnica final e da proposta financeira; e devem instruir a proposta técnica final e a pro-
c. Os documentos que devem acompanhar a posta financeira, e bem assim, deve ser acompa-
proposta técnica inicial, a proposta técnica fi- nhado das correções ao caderno de encargos e/
nal e a proposta financeira. ou programa de concurso, ou da indicação de
como poderão ser obtidas.
4.2.2. MODIFICAÇÃO DO CADERNO DE ENCARGOS
4.3. CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA
Em função do teor das propostas técnicas ini-
ciais apresentadas, conforme disposto no artigo QUALIFICAÇÃO
136º do CCP, a entidade responsável pela con-
dução do procedimento pode inserir as modifi-
cações consideradas pertinentes no caderno de
encargos e/ou programa de concurso.
4.2.3. CONVITE PARA APRESENTAÇÃO DAS

PROPOSTAS TÉCNICAS FINAIS E DAS
PROPOSTAS FINANCEIRAS
Juntamente com o relatório final de análise das
propostas técnicas iniciais, a entidade responsável
pela condução do procedimento envia o convite,
em simultâneo, aos concorrentes cujas propostas O concurso limitado por prévia qualificação,
técnicas iniciais tenham sido admitidas, para a segue com as necessárias adaptações as dispo-
apresentação da proposta técnica final e da pro- sições que regulam o concurso público, com as
posta financeira. especificidades necessárias, conforme disposto
O convite deve indicar o prazo e o modo de no artigo 139º do CCP.
56
4.3.1. PROGRAMA DE CONCURSO responsável pela condução do procedimento en-

Para além dos elementos referidos para o pro- via aos candidatos qualificados, em simultâneo,
grama de concurso público, o programa deve o convite para apresentação das propostas.
ainda indicar, conforme disposto no artigo 140º O convite para a apresentação das propostas
do CCP, os seguintes: deve conter, designadamente:
a. Os documentos necessários para a qualifica- a. A identificação do concurso;
ção dos candidatos;
b. A referência ao anúncio do concurso;
b. O modo de apresentação das candidaturas;
c. Os documentos que devem integrar as pro-
c. O prazo de apresentação das candidaturas; e postas;
d. Os requisitos de capacidade técnica e/ou fi- d. O prazo de apresentação das propostas;
nanceira exigidos para efeito de qualificação.
e. O modo de apresentação das propostas;
4.3.2. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS f. A data, hora e local do ato público de abertu-
CANDIDATURAS ra das propostas;
O prazo de apresentação das candidaturas é fi- g. O critério de adjudicação com explicita-
xado livremente no programa de concurso, tendo ção, no caso de o mesmo ser o da propos-
em conta a natureza, as características, o volume ta economicamente mais vantajosa, dos fa-
e a complexidade dos documentos que devem tores de avaliação das propostas e respetiva
integrar as candidaturas, e não deve ser inferior ponderação e da grelha de avaliação;
a quinze dias.
h. O prazo durante o qual os concorrentes ficam
4.3.3. CONVITE PARA A APRESENTAÇÃO DAS PRO- vinculados a manter as propostas, se for di-
POSTAS ferente de sessenta dias, conforme o previsto
no artigo 90º do CCP.
Depois da decisão de qualificação, a entidade
57
i. O modo de prestação da caução de garantia e. Quarenta e cinco dias, se o concurso tiver

da manutenção da proposta, quando exigida como objeto a celebração de contrato de em-
e o respetivo valor; e preitada de obras públicas, de concessão de
j. O modo de prestação da caução de boa obras públicas ou de serviços públicos; ou
execução do contrato, quando exigida, e o f. Trinta dias, se o concurso tiver como obje-
respetivo valor. to a celebração de contrato de aquisição ou
4.3.4. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS
serviços
PROPOSTAS
Excepcionalmente, em casos de urgência,
O prazo para apresentação das propostas é o
devidamente fundamentada pela Autarquia, o
fixado no convite e no programa do concurso,
prazo para a apresentação das propostas pode
e começa a correr a partir da data de envio do
ser reduzido para dez dias, independentemente
convite para a apresentação da proposta, deven-
do tipo e valor do contrato.
do ser respeitados os seguintes prazos mínimos:
Caso haja lugar à publicação de mais do que um
a. No caso de concurso público nacional:
anúncio, o prazo para a apresentação das pro-
b. Trinta e cinco dias, se o concurso tiver como postas apenas começa a correr a partir da data
objeto a celebração de empreitada de obras da publicação do último anúncio.
públicas, de concessão de obras públicas ou
de concessão de serviços públicos; ou
c. Vinte dias, se o concurso tiver como objeto
a celebração de contratos de aquisição ou
serviços;
d. No caso de concurso público internacional:
58
4.4. CONCURSO RESTRITO O convite deve conter os seguintes elementos:

a. A Autarquia e entidade que autorizou a des-
pesa;
b. O fundamento de escolha do concurso res-
trito, quando escolhido com base no critério
material;
c. O prazo de apresentação das propostas;
d. O modo de apresentação das propostas;
e. Os documentos que devem integrar a pro-
posta;
f. A data, hora e local do ato público de abertu-
O concurso restrito segue com as necessárias
ra das propostas;
adaptações, as regras do concurso público, se-
guindo as devidas especificidades relativas ao g. O critério de adjudicação com explicita-
concurso restrito, conforme o previsto no artigo ção no caso de o mesmo ser o da propos-
149º do CCP. ta economicamente mais vantajosa, dos fa-
tores de avaliação das propostas e respetiva
4.4.1. CONVITE PARA APRESENTAÇÃO DAS ponderação, por ordem decrescente de im-
PROPOSTAS portância e da grelha de avaliação;
O convite para a apresentação das propostas h. O prazo durante o qual os concorrentes fi-
é enviado em simultâneo às entidades a convi- cam vinculados a manter as propostas, quan-
dar, juntamente com o caderno de encargos, por do diferente dos sessenta dias, conforme
correio registado com aviso de receção ou por disposto no artigo 90º do CCP; e
correio eletrónico.
59
i. O modo de prestação da caução de manu- 4.5. AJUSTE DIRETO

tenção da proposta, quando exigida.
4.4.2. ESCOLHA DAS ENTIDADES A CONVIDAR

A Autarquia escolhe as entidades a convidar para
a apresentação da proposta, de acordo com o
conhecimento e experiência que delas tenha, sob
proposta da entidade responsável pela condução
do procedimento.
A Autarquia indica à entidade responsável pela
condução do procedimento, a identidade e os
contactos das entidades a convidar.
4.4.3. PRAZO PARA A ENTREGA DAS PROPOSTAS

O ajuste direto segue com as necessárias
adaptações, as disposições que regulam o con-
O prazo para a entrega das propostas, não pode
curso restrito, podendo ser um único operador.
ser inferior a dez dias, a contar da data do envio
do convite. 4.5.1. TRAMITAÇÃO SIMPLIFICADA
No caso de o procedimento ter em vista a for-
mação de contratos de locação, ou aquisição
de bens móveis ou de aquisição de serviços, de
valor igual ou inferior a 300.000 (trezentos mil
escudos), o órgão competente para a decisão de
contratar, pode adjudicar o contrato diretamente
sobre convite apresentado pela pessoa singular
ou coletiva convidada, conforme o disposto no
artigo 154º do CCP.
60
A decisão de adjudicação acima referida, depen- A qualificação dos concorrentes deve ter por
de da decisão de contratar e da decisão de esco- base, entre outros, os seguintes requisitos em
lha de procedimento. função do objeto e dos fins do contrato a cele-
brar:
4.6. CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
a. A experiência curricular; e
CONSULTORIA
b. As qualificações dos consultores individuais
ou dos recursos humanos propostos para a
prestação de serviços.
Para as contratações de serviços de consultoria
de valor igual ou inferior a 4.000.000$00 (quatro
milhões de escudos), a Autarquia deve elaborar
uma lista curta, de no mínimo três convidados
sem necessidade de realização de uma prévia-
-qualificação.
Para os casos acima referidos, a qualificação dos
consultores deve ter por base alguns requisitos,
em função do objeto e dos fins do contrato a
O procedimento para contratação de serviços celebrar, nomeadamente, a experiência e com-
de consultoria, para valor estimado superior a petência dos consultores em relação ao serviço
4.000.000$00 (quatro milhões de escudos), que a ser prestado.
deve ser precedido de uma prévia-qualificação,
Os contratos celebrados com quadros qualifica-
conforme disposto no artigo 155º do CCP.
dos para a execução de trabalho de caráter inte-
No procedimento devem ser qualificados no lectual e continuado, estão dispensados de seguir
mínimo três, e no máximo de seis concorrentes o regime do CCP devendo, no entanto, respeitar
para a devida avaliação. os princípios gerais de contratação pública.
61
4.6.1. RECURSO A EMPRESAS DE CONSULTORIA OU A de dependência jurídica com estas.

CONSULTORES INDIVIDUAIS As regras de contratação de firmas de consul-
Os serviços de consultoria podem ser prestados toria, aplicam-se com as devidas adaptações à
por empresas, que se designarão por firmas de contratação de consultores individuais.
consultoria ou por pessoas singulares, que serão
4.6.2. ANÚNCIO DO PROCEDIMENTO
designados por consultores individuais.
O procedimento para a contratação de serviços
Os serviços de consultoria devem ser prestados
de consultoria, quando seja necessário uma pré-
com recurso a firmas de consultoria, quando os
via-qualificação, é publicitado através de anún-
trabalhos a desenvolver envolvam o recurso a
cio, nos termos previstos no CCP relativamente à
conhecimentos multi-disciplinares, ou quando o
publicidade.
volume ou complexidade dos trabalhos, exija o
apoio de uma organização com pessoal com de- O anúncio, conforme o disposto no artigo 157º do
terminado perfil técnico e/ou académico, e tenha CCP, deve conter:
uma estrutura logística mais ampla e sofisticada. a. A indicação do prazo para a manifestação de
Os serviços de consultoria devem ser prestados interesse, em particular no procedimento de
com recurso a consultores individuais, nos casos prévia-qualificação não inferior a dez dias; e
em que seja mais adequado a contratação de b. A descrição sucinta do alcance da consulto-
uma pessoa singular, com experiência e conhe- ria.
cimentos aprofundados numa determinada área.
4.6.3. TERMOS DE REFERÊNCIA
Tanto as firmas de consultoria, como os consul-
Para além dos elementos previstos nos artigos
tores individuais a contratar nos termos do CCP,
51º e 118º do CCP e havendo prévia-qualificação,
não podem estar integrados na estrutura orgâ-
os termos de referência devem indicar ainda:
nica da Autarquia, ou da entidade à qual serão
prestados os serviços, nem estar numa relação a. Os requisitos de capacidade técnica e/o fi-
nanceira exigidos;
62
b. O modelo de avaliação da qualidade técnica 4.6.5. NEGOCIAÇÃO DO CONTRATO

e/ou financeira dos candidatos; e Os termos de referência podem prever a realização
c. O prazo limite para a sua apresentação. de uma fase de negociação do contrato, exclusi-
vamente para o concorrente cujo a proposta te-
4.6.4. APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS nha sido classificado em primeiro lugar, devendo
4.6.4.1. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS ocorrer antes da assinatura do contrato.
PROPOSTAS Os termos de referência podem igualmente, es-
As propostas devem ser apresentadas no prazo tabelecer os aspetos da execução do contrato
indicado nos documentos de procedimento, e o que não poderão ser negociados.
prazo deve ser fixado tendo em atenção a natu- Para além do anteriormente referido, são apenas
reza e complexidade dos serviços a serem pres- objeto de negociação, os elementos do contra-
tados, não podendo ser inferior a quinze dias. to que não foram objeto de avaliação no âmbito
critério da avaliação adoptado, designadamente:
4.6.4.2. DOCUMENTOS E MODO DE APRESENTAÇÃO
a. Pequenas alterações às especificações técni-
DAS PROPOSTAS
cas, ao objeto dos trabalhos ou aos requisitos
A apresentação das propostas segue o disposto
previstos;
no artigo 92º do CCP, devendo as mesmas serem
instruídas com os elementos definidos nos docu- b. Pequenas alterações aos termos e condições
mentos do procedimento. de contrato propostos;
Quando for necessária a apresentação de pro- c. Acordos quanto ao pagamento final;

posta técnica e proposta financeira, as propostas d. Acordo para a mobilização de pessoal;
devem ser apresentadas em sobrescritos selados e. Clarificação de aspetos que não puderam ser
e separados, devidamente identificados e com as considerados no procedimento.
devidas adaptações, conforme dispõe o artigo
92º do CCP.
63
4.6.5.1. REPRESENTAÇÃO NAS SESSÕES DE As modificações resultantes da negociação, são

NEGOCIAÇÃO introduzidas nos registos das contratações, nos
O concorrente deve estar representado nas ses- termos do artigo 27º do CCP.
sões de negociação, pelos respetivos represen- O resultado da negociação do contrato, não deve
tantes legais, ou representantes devidamente alterar a classificação final dos concorrentes.
credenciados para o efeito.
4.7. ACORDO-QUADRO
4.6.5.2. SESSÃO DE NEGOCIAÇÃO O acordo-quadro é o contrato celebrado entre
A entidade adjudicante notifica o concorrente uma, ou várias entidades adjudicantes e um ou
com antecedência mínima de três dias, do lo- mais operadores económicos, que tem como
cal, dia e hora da primeira sessão de negocia- objetivo fixar os termos dos contratos a celebrar
ção, sendo marcadas as sessões seguintes nos durante um determinado período de tempo, de-
termos que considerar convenientes. signadamente, nos aspetos relativos aos preços
Na notificação anteriormente mencionada, deve e/ou quantidades de a fornecer.
ser indicado o formato das negociações. As Autarquias podem celebrar acordos-quadro,
É lavrada ata das sessões de negociação, a qual com uma ou mais entidades.
deve ser assinada pela entidade adjudicante e 4.7.1. PROCEDIMENTOS DE FORMAÇÃO DE
pelo representante do adjudicatário.
ACORDOS-QUADROS
O conteúdo das atas, bem como qualquer A escolha do procedimento para a formação
informação ou documentos disponibilizados du- de um acordo-quadro e a respetiva tramitação,
rante as sessões de negociação, são confiden- seguem com as necessárias adaptações, as nor-
ciais, podendo ser divulgados após a aprovação mas previstas no CCP, exceptuando-se as regras
da versão final do contrato. Finda a sessão de especialmente previstas para os acordos-qua-
negociação, a entidade adjudicante deve apre- dro.
sentar a versão final do contrato.
64
Na escolha do procedimento de formação de prorrogações expressas ou tácitas, salvo em ca-

acordos-quadro, apenas é permitido a celebra- sos excecionais, nomeadamente, em função do
ção de contratos utilizando o critério do valor objeto do acordo-quadro.
do contrato, quando o somatório dos respetivos A fixação do prazo de vigência superior a qua-
preços contratuais, seja inferior aos valores refe- tro anos, deve ser fundamentada pela entidade
ridos no âmbito do critério do valor do contrato adjudicante.
previstos no artigo 30º do CCP, conforme o caso.
4.7.4. REGRAS GERAIS APLICÁVEIS À CELEBRAÇÃO
O programa do procedimento de formação de
acordos-quadro, deve indicar o número de pro- DE CONTRATOS AO ABRIGO DE ACORDOS-
postas a adjudicar. -QUADROS
Apenas as partes num acordo-quadro, podem
4.7.2. OBRIGAÇÃO DE CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS
celebrar contratos do âmbito de acordos-quadro.
AO ABRIGO DE ACORDOS-QUADRO Na celebração destes tipos de contratos, as partes
O co-contratante no acordo-quadro, obriga-se não podem introduzir alterações consideráveis
a celebrar contratos nas condições previstas no nos termos fixados nos acordos-quadro.
acordo-quadro, à medida que a entidade adjudi-
Nos casos expressamente previstos no caderno
cante parte no acordo-quadro o requeira.
de encargos relativamente ao acordo-quadro, a
As Autarquias não são obrigadas a celebrar con- Autarquia pode atualizar as características dos
tratos ao abrigo do regime relativo ao acordo- bens, ou dos serviços a adquirir ao abrigo acordo-
-quadro. -quadro, modificando-as ou substituindo-as por
outras, desde que se mantenha o tipo de presta-
4.7.3. PRAZO MÁXIMO DE VIGÊNCIA DOS ACORDOS-
ção e os objetivos das especificações fixadas no
-QUADROS
procedimento de formação de acordo-quadro, e
O prazo de vigência dos acordos-quadro não pode desde que tal se justifique devido a ocorrência
ser superior a quatro anos, incluindo quaisquer de inovações tecnológicas.
65
4.7.5. CELEBRAÇÃO AO ABRIGO DE ACORDO-QUA- à apresentação de propostas, contendo os aspe-

DRO CELEBRADO COM UM ÚNICO CO-CONTRA- tos que serão objeto de avaliação, para efeitos
TANTE
de adjudicação do contrato.
O tipo de procedimento a ser adotado, para a O convite deve indicar o prazo e o modo de apre-
formação de contratos a celebrar ao abrigo de sentação das propostas, bem como os aspetos
acordos-quadro com apenas uma entidade, de- acima mencionados, o critério de adjudicação e
o modelo de avaliação das propostas, estabele-
ver ser o ajuste direto. O conteúdo destes tipos
cidas nos documentos do procedimento de for-
de contratos, deve estar em conformidade com
mação de acordo-quadro.
as condições contratuais estabelecidas no acor-
do-quadro, e não é necessário a elaboração de 5. CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
um caderno de encargo.
5.1. FORMA DO CONTRATO
Caso seja necessário, a Autarquia pode solicitar
O contrato deve ser por escrito, conforme o dis-
por escrito, ao co-contratante do acordo-quadro
posto no artigo 110º do CCP, excepto nos casos
que pormenorize também por escrito, os aspe-
em o preço ou valor estimado não seja superior a
tos constantes da sua proposta.
300.000$00 (trezentos mil escudos), tendo em
4.7.6. CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS AO ABRIGO DE conta o disposto no artigo 154º do CCP.
ACORDOS-QUADRO COM CELEBRADOS COM
5.2. CONTEÚDO DO CONTRATO
VÁRIOS CO-CONTRATANTES
O contrato por escrito, deve incluir as cláusulas
Para a formação de contratos a celebrar ao abri- técnicas, jurídicas e financeiras do caderno de
go de acordos-quadro celebrados com vários co- encargos e ainda, sob pena de nulidade, os se-
-contratantes, a Autarquia deve dirigir a todos os guintes elementos:
co-contratantes do acordo-quadro, que reúnam
a. A identificação das partes e dos respetivos
as condições necessárias para a execução das
representantes, assim como do título em que
prestações objeto desses contratos, um convite
intervêm;
66
b. A identificação da decisão de adjudicação e k. As condições vinculativas do programa de

do ato de aprovação da minuta do contrato; trabalhos;
c. A referência à caução prestada pelo adjudi- l. A forma, os prazos e demais condições sobre
catário; o regime de pagamento e de revisão de pre-
d. A descrição do objeto do contrato; ços.
e. O preço, ou na impossibilidade da sua indi- Caso não conste do contrato de empreitada ou
cação, os elementos necessários para o seu de concessão de obra pública, a especificação
apuramento; e das condições a serem cumpridas do programa
f. O prazo de execução das prestações princi- de trabalhos, considera-se para todos os efeitos
pais do contrato. neles integrados, as condições constantes da
Os contratos de empreitada e de concessão de memória descritiva e justificativa do programa
obras públicas, devem também conter, sob pena de trabalhos.
de serem anuladas: Fazem parte integrante do contrato, indepen-
g. A indicação do número de alvará de dentemente de estarem por escritos ou não:
empreiteiro, bem como de eventuais sub- a. Os esclarecimentos e as retificações aos
-empreiteiros que intervenham na empreita- documentos do procedimento;
da;
b. O caderno de encargos ou convite nos casos
h. A especificação dos trabalhos que consti- de tramitação simplificada;
tuem objeto do contrato, com referência ao
c. A proposta adjudicada; e
projeto, quando exista;
i. A identificação da lista contratual dos preços d. Os esclarecimentos sobre a proposta adjudi-
unitários; cada, prestados pelo adjudicatário.
j. Prazo de execução da obra, com as datas Em caso de divergência entre os documentos

previstas de início e termo; acima referidos, a prevalência é determinada
67
pela ordem pela qual são indicados. Em caso de haja reclamação, nos cinco dias subsequentes à
divergência entre estes documentos e o contra- respetiva notificação.
to, prevalecem os documentos.
5.5. RECLAMAÇÃO RELATIVAMENTE A MINUTA
5.3. APROVAÇÃO DA MINUTA DO CONTRATO DO CONTRATO
Nos casos em que o contrato deva ser por escri- O adjudicatário apenas pode reclamar do conteú-
to, a minuta é aprovada pelo órgão competen- do da minuta do contrato, quando dela constem
te para autorizar a despesa, após a decisão de obrigações não contidas na proposta, ou nos do-
adjudicação ou em simultâneo com esta. cumento que serviram de base ao procedimento.
Nos casos de aquisições agrupadas, a minuta do A reclamação é dirigida à entidade que aprovou a
contrato é aprovada pelo órgão competente para minuta do contrato, à qual decidirá da reclamação
autorizar a despesa, e pelas Autarquias abrangi- apresentada no prazo de dez dias, caso nada for
das. dito, a reclamação considera-se deferido.
Nos casos em que deva ser prestada caução, nos
5.6. CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
termos previstos no CCP, a minuta do contrato
O contrato deve ser celebrado no prazo máxi-
apenas deve ser aprovada depois de comprova-
mo de trinta dias, a contar da data da aceita-
da pelo adjudicatário, a prestação da caução.
ção da minuta do contrato, ou da decisão sobre
5.4. NOTIFICAÇÃO DA MINUTA AO ADJUDICA- a reclamação relativamente à minuta.
TÁRIO A Autarquia comunica ao adjudicatário, com a
Após a aprovação da minuta, nos termos previs- antecedência mínima de cinco dias, o dia, hora e
tos no artigo 112º do CCP, esta é notificada ao local da celebração do contrato.
adjudicatário. Se a Autarquia não celebrar o contrato no pra-
A minuta considera-se aceite pelo adjudicatário, zo fixado, o adjudicatário pode desvincular-se
quando haja aceitação expressa ou quando não da proposta, devendo nesse caso ser liberada a
68
caução de garantia de boa execução do contra- Nos contratos de aquisição agrupadas, a repre-
to prestada, no prazo máximo de dez dias, não sentação e execução cabe a cada uma das enti-
invalidando a possibilidade de o adjudicatário dades adjudicantes abrangidas.
poder ser compensado das despesas e encargos A competência para a celebração do contrato
comprovadamente incorridos, com a apresenta- pode ser delegada nos termos gerais.
ção da proposta e com a prestação da caução.
No caso de o adjudicatário não comparecer in- 6. MODELOS E MINUTAS
justificadamente à celebração do contrato, a Quando existem documentos de procedimentos
adjudicação caduca, conforme o disposto no ar- estandardizados, as Autarquias devem fazer uso
tigo 101º do CCP. Obrigatório dos mesmos, nos termos do nº 2 do
artigo 42º, pelo que deve-se consultar as minu-
O contrato apenas pode ser celebrado depois
tas e modelos disponibilizadas no site da ARAP -
de passados dez dias úteis da data da notifica-
ção da decisão de adjudicação, e desde que o https://www.arap.cv/index.php/planos-anuais-
adjudicatário tenha apresentado os documentos -de-aquisicoes
de habilitação, e os comprovativos da prestação
da caução de garantia de boa execução do con-
trato.
5.7. REPRESENTAÇÃO NA CELEBRAÇÃO DO
CONTRATO
A representação das Autarquias na celebração
do contrato, cabe ao órgão competente pela de-
cisão de contratar. No caso desse órgão ser um
órgão colegial, a representação cabe ao respeti-
vo presidente.
69
Autoridade Reguladora das Aquisições Públicas
Rua Neves Ferreira nº 5- Ténis/Plateau - Praia
Tel. (+238) 260 04 07 – Fax: (+238) 261 56 66
Site: www.arap.cv
www.facebook.com/ARAP.CV
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ÍNDICE 2.2.1. ESCOLHA DO PROCEDIMENTO EM FUNÇÃO DO

2.3.7. DOCUMENTOS DO PROCEDIMENTO RELATIVOS A 3.1.5. FRACCIONAMENTO DA DESPESA...................................... 26

3.4.2.4. EMPREITEIROS DE OBRAS PÚBLICAS..................................... 31 3.5.3.3. DECISÃO DE PRÉ-QUALIFICAÇÃO........................................... 38

3.4.3. COMPROVAÇÃO DA NÃO EXISTÊNCIA DE 3.6. PROPOSTAS............................................................................... 39

3.4.5. HABILITAÇÕES E AUTORIZAÇÕES 3.6.2. PROPOSTAS VARIANTES...................................................... 40

3.8.1. DECISÃO DE ADJUDICAÇÃO................................................46 4.2.1. PROGRAMA DE CONCURSO................................................. 55

3.8.2. CADUCIDADE DA ADJUDICAÇÃO..................................... 47 4.2.2. MODIFICAÇÃO DO CADERNO DE ENCARGOS...........56

3.8.3. CAUSAS DE CANCELAMENTO DO 4.2.3. CONVITE PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS

3.9. CAUÇÃO......................................................................................49 4.3. CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA

3.9.1. PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DE MANUTENÇÃO DA QUALIFICAÇÃO............................................................................ 56

PROPOSTA..........................................................................................49 4.3.1. PROGRAMA DE CONCURSO................................................. 57

3.9.4. VALOR DA CAUÇÃO................................................................. 51 4.3.4. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS....58

3.9.5. MODO DE PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DA CAUÇÃO... 51 4.4. CONCURSO RESTRITO........................................................... 59

4.2. CONCURSO PÚBLICO EM DUAS FASES........................... 55 4.6.2. ANÚNCIO DO PROCEDIMENTO.......................................... 62

4.6.3. TERMOS DE REFERÊNCIA ................................................... 62 5. CELEBRAÇÃO DO CONTRATO ........................... 66

4.7.3. PRAZO MÁXIMO DE VIGÊNCIA DOS

4.7.4. REGRAS GERAIS APLICÁVEIS À CELEBRAÇÃO DE

4.7.5. CELEBRAÇÃO AO ABRIGO DE ACORDO-QUADRO

4.7.6. CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS AO ABRIGO DE

1. CONTRATAÇÃO PÚBLICA f. Concessão de serviços públicos.

c. Contratos celebrados com um fornecedor de a. Princípio do interesse público - os procedi-

e. Os contratos-programa previstos em legisla- b. Princípio da boa-fé - na formação de contra-

posto no artigo 12º do CCP, a Autarquia deve do desenvolvimento económico nacional, do

para o primeiro dia útil seguinte. 1.4.5. REGISTO DAS CONTRATAÇÕES

Os prazos fixados para a apresentação de pro- As Autarquias e/ou as entidades responsáveis

1.4.6. ACESSO AOS DOCUMENTOS DE

No concurso público - qualquer interessado b. Internacionais - quando qualquer interessado,

O valor económico, é o preço a pagar pela Concurso a. Contratos de empreitada de

tações típicas de vários contratos, conforme CCP; e

2.2.2.2. ESCOLHA DO CONCURSO PÚBLICO EM DUAS 2.2.2.4. ESCOLHA DO CONCURSO RESTRITO

h. No caso de serviços novos, que consistam na Concurso zz Programa do concurso;

casos em que a natureza do produto ou serviço 2.3.3. DOCUMENTOS ESTANDARDIZADOS DE

2.3.2. PREPARAÇÃO E APROVAÇÃO DOS

c. Cortes e pormenores indispensáveis, para los elementos escritos e desenhados necessá-

e. Os perfis geológicos. Quando for adjudicado um projeto base, deve ser

2.3.9. VARIANTES DO PROJETO -Lei nº 50/2015, de 23 de Setembro (consultar em

Para materialização desse normativo, as autar- 3. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS - DILI-

prevista no artigo 42º do Decreto-Lei nº 1/2009, b. O cronograma de recursos orçamentais, ten-

3.3. PREPARAÇÃO E CONDUÇÃO DOS A entidade responsável pela condução do proce-

Os membros do agrupamento são solidaria- que se encontrem em exercício de funções na

Não podem igualmente participar, as pessoas, A situação do candidato ou concorrente é con-

3.4.3. COMPROVAÇÃO DA NÃO EXISTÊNCIA DE IMPE-

3.4.4. LISTA DE ENTIDADES NÃO ELEGÍVEIS ou alvará de empreiteiro de obras de construção

e. Descrição dos métodos utilizados pelo Se as prestações do contrato forem complexas

3.4.6.2. CAPACIDADE FINANCEIRA Nos casos de procedimentos para a celebração

3.4.6.3. ANÁLISE DA CAPACIDADE DOS 3.5. CANDIDATURAS

3.5.2. APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURA POR 3.5.3. SISTEMA DE PRÉ - QUALIFICAÇÕES

publicados tendo em conta as regras relativas à capacidade técnica ou de capacidade financeira

No anúncio do procedimento ou no programa de 3.6.3. APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA POR

3.7.2. ENTREGA DAS CANDIDATURAS E PROPOSTAS

a. A declaração e os documentos comprovati- Em caso de dúvida, relativamente a manuten-

3.8.3. CAUSAS DE CANCELAMENTO DO e. Caso for um procedimento por ajuste direto, e

A decisão de cancelamento do procedimento e da manutenção das propostas, estes contratos

A Autarquia deve diligenciar, independentemen- a. Em caso de não comparência injustificada no

Nos contratos de empreitada de valor inferior 3.9.5. MODO DE PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO DA

4.1.2. PROGRAMA DO CONCURSO i. Indicação da forma jurídica que deve ser

objeto a celebração de contrato de emprei- da publicação do último anúncio.