Centro Universitário Una Faculdade de Biomedicina: Sarah Bianca Fernandes
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Centro Universitário Una Faculdade de Biomedicina: Sarah Bianca Fernandes
FACULDADE DE BIOMEDICINA
JATAÍ
2022
SARAH BIANCA FERNANDES
JATAÍ
2022
RESUMO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................6
3. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA....................................................................22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................37
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1 FUNÇÃO HEPÁTICA
A Administração Pública junto com a ação administrativa e todos aqueles que
desempenham o poder público precisa atuar baseada em padrões, assim é possível
afirmar que os princípios são relevantes, principalmente para garantir a resolução
de casos não previstos, para proporcionar melhor compreensão dos textos esparsos
e para conferir segurança aos cidadãos no tocante à extensão dos seus direitos e
deveres” (MEDAUAR, 2015, p.148).
A função dos princípios no campo administrativo é destacada por José Afonso
da Silva (2009, p. 614):
A Administração Pública é informada por diversos princípios, destinados, de
um lado, a orientar a ação do administrador na prática do atos
administrativos e, de outro lado, a garantir a boa administração que se
consubstancia na correta gestão dos negócios públicos e no manejo dos
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2.1.2. Princípio da impessoalidade
opção dos meios necessários para a satisfação do bem comum; o dever e obrigação
de imparcialidade do administrador quando da prática de atos e decisões que afetem
interesses privados perante a Administração, e, inclusive, na decisão sobre o
conteúdo dos interesses públicos em concreto; o dever de neutralidade do
administrador, que deve caracterizar a postura institucional da Administração e
determinar aos agentes públicos o dever de não deixar que suas
convicções políticas, partidárias ou ideológicas interfiram no desempenho de sua
atividade funcional; e, ainda, na sua exteriorização, o dever de transparência
(ÁVILA, 2004).
2.4. ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
A história mostra que a convivência dos seres humanos em coletividade
concorreu significativamente para se tornarem seres políticos e sociais
(ALENCASTRO, 1997). Dessa maneira, o ser humano, busca segurança que possa
assegurar sua sobrevivência, formando agrupamentos, e que acabam aflorando seu
oportunismo e individualismo para conseguir benefícios da Administração.
Portanto, regulamentos, normas, leis, regras, e devem existir para que
disciplinem as relações humanas e que ajudem para nortear o que é lícito ou ilícito,
justo ou injusto, certo ou errado.
É a partir desse pressuposto, que surge a ética profissional, uma deontologia,
isto é, segundo Kant, uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea,
que significa ciência do dever e da obrigação, também conhecida como “Teoria do
dever” que foca nos deveres e normas estabelecidos a priori e que precisam ser
observados por todos.
Portanto, a ética profissional como leciona Silva (2004, p.72), “é um conjunto
de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer
profissão”. Dessa forma, a ética compõe-se de solução para os problemas que
alcançam o servidor no cumprimento do seu ofício, obrigando aos profissionais
respeitem uns aos outros no ato de exercerem suas funções. Nesse sentido, a ética
profissional: estudaria e regularia o relacionamento do profissional com aqueles que
usufruem do seu trabalho, visando à dignidade humana e a construção do bem-estar
no contexto sociocultural onde exerce sua profissão (SILVA, 2004). Nessa
perspectiva:
O viés subjetivo da moralidade administrativa se mostra como a obrigação
dos agentes públicos de comportar-se em conformidade com as regras
éticas (não só o Estado, enquanto pessoa jurídica), donde deriva outro
subprincípio – a probidade administrativa, que veda atos desonestos ou
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Destaca-se que o “procedimento de alguém face a estímulos sociais ou a
sentimentos e necessidades íntimos ou uma combinação dos dois” (HOUAISS,
2009). Dessa forma, pode-se interpretar que as dinâmicas comportamentais de
interação do trabalhador no meio organizacional mostram fatores que buscam
influenciar em sua produtividade e o bom relacionamento interpessoal dentro da
instituição. Outra ideia que se pode destacar como ensina Robbins (2009, p.2) que
“a compreensão do comportamento individual se inicia pela revisão de alguns
conceitos, tais como: valores, atitudes, percepção e aprendizagem”.
O comportamento ético destacado por Cohen (2003) tornou-se relevante
dentro das instituições públicas ou não por ser um valor substancial da sociedade
contemporânea, e que mesmo com a possibilidade de desvios morais e éticos
vindos dos indivíduos torna-se imperativo transformações profundas no interior das
instituições para que seja permeado de éticos e morais e reconhecidos pela
sociedade.
O comportamento ético associado às escolhas morais das pessoas, isto é,
não depende das escolhas realizadas pelo indivíduo, pois deverá saber ter uma
conduta ético que lhe auxilie a permanecer no convívio em sociedade/organização
(DUBRIN, 2010). Ainda nesse sentido,
[...] Note-se que a causa para falha ou ausência de postura ética pelos
ocupantes de cargos públicos, no Brasil, não pode ser atribuída à
insuficiência de ditames legais, em face de todos que foram arrolados; a
questão cultural enraizada na sociedade é tão importante quanto a
existência de preceitos normativos, sem esquecer que a deficiência da
educação formal e o descaso com a coisa pública contribuem deveras para
tal efeito. (FERREIRA, 2009, p.47).
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Nesse sentido, as normas e princípios são criados para serem seguidos pelos
servidores e cabe à própria Administração realizar a fiscalização, diuturnamente, a
conduta desses servidores sob o código de ética da instituição.
Portanto, é possível afirmar que tanto as relações, quanto a conduta ética são
fatores imprescindíveis e que precisam estar presentes nos serviços oferecidos pela
Administração Pública, com isso “ [...] os relacionamentos entre as pessoas
constituem fatores importantes para o funcionamento correto da empresa, e a ética
da organização pode sofrer influência decisiva dos relacionamentos interpessoais”.
(GODOY; MASCARENHAS; PINTO, 2007, p. 25).
Pelo exposto, é imperativo, dado o amparo ético, moral, legal é competência
dos gestores da Administração Pública, divulgar, continuamente, todas as
prestações de contas da instituição administrativa. Caso contrário, “poderá
responder por crime de responsabilidade” (BRASIL, 1988).
Com isso os servidores públicos precisam ter uma formação ética, com o
objetivo de conhecerem melhor os valores da organização. De tal forma que, o
cumprimento da conduta ética faz-se imprescindível para o funcionamento das
instituições públicas. (FILGUEIRAS; ARANHA, 2011),
Ferrel, Fraedrich e Ferrel (2001) destacam que a ética e os princípios morais
surgiram para também normatizar o padrão de conduta dos servidores públicos,
tornando-se norteadores para a comportamento social profissional. Com isso, a
Administração Pública tem o dever de privilegiar a disseminação e observância do
código de ética pelos servidores.
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3. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
a natureza dos atos que implicam sobretudo nas questões que determinam as
sanções previstas para esses casos.
Como uma forma de restringir a capacidade do Estado de processar seus
cidadãos e ao mesmo tempo dar-lhes maior controle, o “sistema de impunidade
administrativa” aceitou legalmente os conceitos da Lei de Sanção Administrativa.
Considerando que a maioria das leis disciplinares administrativas estão disponíveis
para revisão pública, isto foi feito. A fim de oferecer às pessoas mais controle sobre
sua vida, esta medida foi tomada. As razões de tal reformulação se deu diante das
necessidades ocorridas na sociedade e que decorre da importância de discutir
coletivamente diferentes opiniões em torno da reelaboração da Lei, dada a sua
existência há vinte cinco anos. A saber:
público, em que o agente público comete ato ímprobo de forma dolosa, contrariando
dessa forma a conduta humana perante administração pública.
dizendo que: "A alegação de que a DL 201/67 não foi recebida pela atual ordem
constitucional requer, em de sua complexidade, o exame aprofundado, inviável
nesta fase do procedimento".
De fato, o precedente 496-STF trata expressamente da validade jurídica do
Decreto-Lei. Assim apresenta-se o conteúdo do precedente 496-STF, com a
correspondente anotação de Roberto Rosas, "São válidos, já resguardados pelas
"Disposições Constitucionais" da Constituição de 1967, decretos de leis emitidos
entre 24 de janeiro e 15 de março de 1967". "Tanto o artigo 173, I da Constituição
de 1967 quanto o artigo 181 da Emenda de 1969 que protege as leis de decretos
publicados desde a promulgação da Constituição de 1967 e sua entrada em vigor."
Portanto, apesar das discussões sobre a constitucionalidade do Decreto-Lei 201/67,
isso é eficaz, sem o vício de sua origem, como é o entendimento do Supremo
Tribunal Federal do Brasil.
Assim, retomando-se o debate sobre a responsabilidade política dos prefeitos
e vereadores, o Decreto-Lei, no artigo 5º estabelece o curso do processo de
julgamento político de interesse, outro rito não foi adotado pelo Conselho da Cidade,
a saber:
I - Uma denúncia por escrito da violação pode ser feita por qualquer
eleitor, com a ex-exibição dos fatos e uma indicação das provas. Se o autor
da denúncia for conselheiro, ele fica impedido de votar a denúncia e
ingressar na Comissão, ele pode, no entanto, realizar todos os atos de
acusação. Se o autor for o Presidente da Câmara Municipal, ele passará o
Presidente ao substituto legal, pelos atos do processo, e votará somente se
necessário para completar o quórum do julgamento. O Conselheiro Adjunto
do Conselheiro será convocado, impossibilitado de ingressar na Comissão.
II - Em posse da denúncia, o Presidente do Conselho Municipal, na
primeira sessão, determinará sua leitura e consultará o Conselho sobre sua
admissão. Determinou a admissão, por maioria dos votos dos presentes, a
Comissão será constituída na mesma reunião, com três conselheiros
desamparados, que elegerão no primeiro momento, o Presidente e o
Relator.
III – Ao receber o processo, o Presidente da Comissão iniciará os
trabalhos no prazo de cinco dias, notificando o autor da denúncia com cópia
da denúncia e documentos de acompanhamento, de modo que, no prazo de
dez dias, ele apresente a defesa prévia, por escrito, indicando as provas a
serem produzidas e lista testemunhas, até um máximo de dez. Se você
estiver ausente do município, a notificação será por propaganda publicada
duas vezes no jornal oficial, com intervalo de pelo menos três dias a partir
do prazo da primeira publicação. Após o término do prazo de resposta, a
Comissão apresentará um parecer no prazo de cinco dias, tendo em vista a
continuação ou arquivamento do pedido, que neste caso será submetido ao
plenário. Se a Comissão for do parecer sobre a continuação, o Presidente
nomeará imediatamente a investigação e determinará os atos, investigações
e audiências necessários, para o depoimento do acusado e o interrogatório
de testemunhas.
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réu em relação à prática que pode ser atribuída a qualquer uma das violações
político-administrativas previstas em lei). Expressa-se, repetidamente, a estranheza
no assunto. É verdade, porém, que se entende que esse julgamento apresentado
pela Câmara é político, que gira em torno de violações político-administrativas. De
qualquer forma, o resultado do julgamento é definitivo: destituiu o prefeito de sua
posição de eleição popular, tira-o de seu exercício, sendo que ele poderia retornar
por ordem judicial, somente quando as formalidades essenciais do processo de
validade não foram observadas pela Câmara, ou a falta de justa causa para o
tribunal (COSTA, 2011).
Assim, tem-se demonstrado que a legislação brasileira prevê instrumentos
para responsabilizar o funcionário público administrativo municipal (prefeito e
vereador), com mandato de sanções políticas de recurso quando comete atos
ilegais, especialmente aqueles permeados por atos de corrupção quando se trata da
gestão e controle de compras de bens, serviços e obras.
Diante da racionalização da história legislativa, é simples antecipar as
modificações da LIA feitas pela Lei nº 14.230/21. De certa forma, é necessário um
esforço de sistematização para delimitar as complicações que resultam da aceitação
de novas normas ao longo do tempo. Para isso, as mudanças normativas
substantivas e procedimentais devem ser diferenciadas. A identificação de toda a
amplitude de desafios causados pela implementação contínua de novas leis estará
entre os resultados mais importantes do presente estudo. Mesmo que as anteriores
(inovações procedimentais) possam ser adotadas retroativa e imediatamente,
mesmo para as atividades atuais, parece necessário organizar as ações
procedimentais realizadas sob a norma anterior e os requisitos legais acumulados
(BENEDETTI, 2021).
Os artigos 14-18 do Capítulo V (Procedimento Administrativo e
Procedimentos Judiciais) tratam de ações administrativas irregulares e seus
correspondentes requisitos processuais. Este capítulo pode sofrer modificações
processuais ou substantivas com base na resolução legal intertemporal adjetivada. A
Lei 8.429/92 (Procedimento Administrativo e Processo Judicial) delineia os
procedimentos que regem as ações de improbabilidade administrativa (art. 14 do
CPC).
Um conjunto mais detalhado, preciso e exaustivo de regras sobre
indisponibilidade de ativos (artigo 16), com maior ênfase na densidade de provas
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro. 15º ed. atualizado por
Márcio Schneider Reis e Edgar Neves da Silva. São Paulo: Malheiros Editores,
2006, p. 768-769.
SENADO FEDERAL. Lei define novas regras para improbidade administrativa. [s.
D.]. Senado federal. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/10/26/lei-define-novas-regras-
para-improbidade-administrativa.