Universidade Tecnológica Federal Do Paraná Programa de Pós Gradução em Inovações Tecnológicas Mestrado em Inovações Tecnológicas
Universidade Tecnológica Federal Do Paraná Programa de Pós Gradução em Inovações Tecnológicas Mestrado em Inovações Tecnológicas
Universidade Tecnológica Federal Do Paraná Programa de Pós Gradução em Inovações Tecnológicas Mestrado em Inovações Tecnológicas
CAMPO MOURÃO
2019
2
CAMPO MOURÃO
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
S586 Silva, Melchior Gonçalves Moreira da
TERMO DE APROVAÇÃO
Por
Esta dissertação foi apresentada às quinze horas e trinta minutos, do dia vinte e três de agosto de
dois mil e dezenove, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Inovações
Tecnológicas, Linha de Pesquisa Inovações Tecnológicas em Gestão da Produção e Qualidade, no
Programa de Pós-Graduação em Inovações Tecnológicas - PPGIT, da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores
abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.
__________________________________
Prof. Dr. Marcelo Guelbert (Orientador - PPGIT)
___________________________________
Profª. Drª. Tanatiana Guelbert (PPGIT)
___________________________________
Prof. Dr. Heron Oliveira dos Santos Lima (UTFPR-CM)
___________________________________
Prof. Dr. Márcio Carvalho dos Santos (Membro Externo - UNESPAR)
AGRADECIMENTOS
SILVA, Melchior Gonçalves Moreira da. Prevenção a quedas da própria altura sob
preceitos da norma ISO 45001/2018: um estudo de caso no Campus Campo Mourão da
UTFPR. 2019. 151 p. Dissertação (Mestrado em Inovações Tecnológicas) – Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campo Mourão, 2019.
RESUMO
SILVA, Melchior Gonçalves Moreira da. Prevention of falls on the same level under
precepts of the standard ISO 45001/2018: a case of study at UTFPR Campus Campo
Mourão. 2019. 151 p. Dissertation (Master Degree in Technological Innovations) – Federal
Technological University of Paraná, Campo Mourão. 2019.
ABSTRACT
The work accident classified as falling from height itself is widely discussed in both
academically, by State in the European Union, and the United States of America. Is a
classification of a work accident that the fall occurs at the same level at which the victim is
found, usually after trips or slips. In Brazil, the academic and governmental efforts related to
falls are focused on the elderly and work at height, depending on the involvement of high-risk
factors and consequences. Referring to the data source, the Brazilian reference institutes that
approach security and work accidents do not offer objective numbers that enable the
identification of the causes of accidents. This fact contributes for in Brazil the theme falls
from height itself not receive importance, resulting in the impossibility of proof of eventual
high numbers of occurrences and their social and economic consequences. Another factor that
represents an obstacle to deserved attention to the subject in Brazil, is the non-fatal aspect
from the falls from height itself. In the European Union, falls from heights itself causes,
between January 2017 and October 2018, accidents that resulted in 31% of the total of work
leaves for up to seven days. The present research is based on a case study in the environments
of the Federal Technological University of Paraná, at Campus Campo Mourão, having as
objective the development of a methodology to analyze, identify and implement preventive
actions against falls from height itself. For the purpose of the organization of the preventive
actions, the study utilized the requirements of the international standard ISO 45001:2018
regarding the system of management of safety and health at work. For the lifting of materials
and methods that will compose the preventive actions, the study constituted, at first, in
systematic bibliographical and documentary analysis. The sequence of efforts was carried out
in loco for the recognition of environments and potentially hazardous processes. The data
collection technique was the systematic observational research, whose information was
recorded in forms specifically elaborated to meet the needs of the investigation. After
gathered the information and analyzing it, the final step consisted in the elaboration of a
system of occupational safety and health management, appropriate to avoid, including, falls
from the height itself in the environments determined as scope. The management system
provided contains a manual responsible for the conduction of the entire system, a security and
health procedure of specific work to prevent falls from their height.
LISTA DE ILUSTRUÇÕES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 16
1.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 18
1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 18
2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................... 20
2.1 Segurança do Trabalho: arcabouço conceitual e histórico.............................................. 20
2.1.1 Aspectos Legais e Evolutivos da Segurança do Trabalho no Brasil............................ 21
2.2 Quedas Humanas na Condição de Acidente................................................................... 26
2.2.1 Quedas da Própria Altura em Ambiente Ocupacional................................................. 27
2.3 Norma ISO 45001:2018: Origem, Vínculos e Aplicabilidade........................................ 30
2.3.1 Instituição ISO: Principais Normas e Forma de Relação com o Mundo..................... 30
2.3.2 Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho ISO 45000:2018.................... 33
2.4 Instrumentos Legais Aplicáveis ao Tema Queda da Própria Altura............................... 37
2.4.1 ABNT NBR 9050 Acessibilidade ............................................................................... 37
2.4.2 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho: NR6, NR8 e NR26............... 41
46
3 MEDODOLOGIA............................................................................................................
3.1 Classificação da Pesquisa................................................................................................ 46
3.1.1 Procedimentos Técnicos.............................................................................................. 48
3.2 Elaboração de Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho........................... 56
3.3 Caracterização do Campus Campo Mourão da UTFPR................................................. 56
3.3.1 Pisos dos Ambientes das Áreas de Circulação do Campus......................................... 57
3.3.2 Processo de Limpeza e Conservação do Campus........................................................ 58
4. RESULTADOS E DISCUÇÃO..................................................................................... 60
4.1 Iluminação....................................................................................................................... 60
4.1.1 Iluminação dos Ambientes Internos do Campus.......................................................... 61
4.1.2 Iluminação dos Ambientes Externos............................................................................ 64
15
104
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................
5.1 Sugestões para Trabalhos Futuros................................................................................... 106
107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................
APÊNDICE A - Diagnóstico Inicial - Lista de verificação dos pontos de perigo ............... 116
APÊNDICE B - Formulário - descrição dos pontos de perigo detectados........................... 118
APÊNDICE C - Formulário - registro da iluminância dos ambientes.................................. 119
APÊNDICE D - Formulário - observação in loco ............................................................... 120
APÊNDICE E - Manual de sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho ............... 121
APÊNDICE F – Procedimento de segurança e saúde do trabalho – quedas da própria
141
altura .....................................................................................................................................
16
1 INTRODUÇÃO
- Identificar no Campus Campo Mourão da UTFPR pontos de perigo que possam causar
quedas da própria altura, seja em ambientes externos ou internos, bem como administrativos
ou acadêmicos;
2 REVISÃO DE LITERATURA
A mesma lei federal tipifica três classificações para acidentes de trabalho: acidente
típico, doenças profissionais e acidentes de percurso.
O acidente típico é o que representa as lesões imediatas como cortes, fraturas ou
outros sintomas de fácil percepção (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2012a).
As doenças profissionais representam o segundo tipo de acidente de trabalho. Estas
são aquelas em que o trabalhador adquire a doença após determinado tempo de exposição a
agentes agressores, sejam químicos, físicos, biológicos ou ergonômicos (CABRAL et al.,
2014).
O terceiro e último tipo de acidente de trabalho é o de trajeto. Segundo Mattos e
Másculo (2011, p.35) acidentes de percurso são “os acidentes sofridos pelo empregado ainda
que fora do local e horário de trabalho, como os ocorridos no percurso da residência para o
trabalho ou deste para aquele”.
Em um sentido lógico, quanto maior for a quantidade de medidas prevencionistas de
segurança no trabalho implementadas em um sistema, menor será a probabilidade de
ocorrências de acidentes de trabalho.
Visto como um indesejado passivo às empresas empregadoras e ao Estado, os
acidentes de trabalho, além dos males físicos causados ao trabalhador, implicam em
consequências negativas de proporções econômicas, sociais, políticas e jurídicas.
No Brasil a adesão à segurança do trabalho não é opcional às empresas perante os
funcionários. Até se tornar assunto compulsório, décadas de paulatinas conquistas legais
foram registradas. A próxima seção aborda os principais avanços neste aspecto, desde as
primeiras décadas do Século XX até o advento das normas regulamentadoras do Ministério do
Trabalho.
Art. 2º O accidente, nas condições do artigo anterior, quando occorrido pelo facto do
trabalho ou durante este, obriga o patrão a pagar uma indemnização ao operario ou á
sua familia, exceptuados apenas os casos de força maior ou dolo da propria victima
ou de estranhos (BRASIL, 1919, p.1).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei (BRASIL, 1988).
É importante enfatizar que a HSE conta com uma metodologia consistente para
levantamentos de dados referentes a acidentes de trabalho.
Trata-se da metodologia ESAW. European Statistics on Accidents at Work (ESAW) -
sigla internacional para Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho. Tal metodologia é
aplicada por toda a União Europeia nos atos de registos de acidentes de trabalho
(EUROSTAT, 2012a).
Os códigos ESAW são utilizados na União Europeia para registrar as causas dos
acidentes. A título de exemplo, uma queda da própria altura pode ser a causa de um acidente
capaz de resultar em uma lesão - efeito - no quadril de um trabalhador.
Para exemplificar a consistência e tecnicidade da metodologia de registros da ESAW
bem como demonstrar relação com o tema do presente estudo, cita-se o detalhamento e a
distinção entre os códigos ESAW 51 e 52, sendo o último apropriado à QPA:
O código 51 deve ser usado quando a pessoa lesionada escorrega, tropeça ou cai
para um nível inferior, medido em relação ao seu sua posição antes do evento
desviante. Este código é usado independentemente da distância da queda, seja a
partir de uma cadeira, uma escada vertical móvel ou fixa, andaimes ou escadarias.
O código 52 se aplica quando a pessoa lesionada escorrega, tropeça ou cai no
mesmo nível, medido em relação à sua posição anterior ao evento desviante. Inclui-
se terreno irregular. No entanto, o código 52 sempre envolve necessariamente uma
queda, diferentemente do código 75 que deve ser usado onde a vítima não cai, mas
pisa mal causando uma luxação ou entorse (lesão interna) (EUROSTAT, 2012,
p.46).
Obesidade E T F -
Sedentarismo E T F -
Pressa E T F -
Fadiga E T F -
Piso úmido E - - A
Desgaste do piso - T - A
Desníveis no piso - T - A
Fios e cabos pelo caminho - T - A
Ergonomia do calçado E T - A
Desgaste do calçado E - - A
Contaminação sólida do piso (farinha,
E - - A
areia, açúcar, outros)
Para resolver tal impasse a nível mundial, a instituição adotou a terminologia ISO, que
é derivada do termo grego ISOS (MARSDEN; SHAHTOUT, 2014), que significa igual.
Precisamente em outubro de 2018, a ISO contava com 22.355 (vinte duas mil, trezentas e
cinquenta e cinco) normas técnicas vigentes disponibilizadas ao mercado (ISO, 2018c).
A organização certificadora BSI GROUP (2018) demonstra que entre as normas ISO
mais conhecidas e aplicadas estão: ISO 9001 Gestão da Qualidade; ISO 14001 Gestão
Ambiental; ISO 31000 Gestão de Risco, ISO 22000 Gestão de Segurança de Alimentos e ISO
45001 Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional.
Todas as normas ISO são desenvolvidas e atualizadas a partir dos denominados
comitês técnicos da própria organização. São 249 comitês técnicos instituídos. Entre os mais
conhecidos estão (ISO, 2018d):
ISO/TC 176: Gestão e garantia da qualidade
ISO/TC 207: Gestão ambiental
ISO/TC 283: Gestão de segurança e saúde do trabalho
É oportuno incrementar neste momento do estudo sobre a existência dos Comitês
Técnicos da ABNT (SILVA et al., 2004). Tais comitês são classificados em: Comitês
Brasileiros - CB; Organismos de Normatização Setorial - ONS; e Comissão de Estudos
Especiais - CEE (ABNT, 2018a).
A importância destes comitês pode ser compreendida a partir da atuação do
ABNT/CB25, Comitê Brasileiro da Qualidade, que perfila como membro brasileiro junto à
ISO/TC-176 (NASCIMENTO et al., 2017).
A atuação do ABNT/CB25 perante a organização ISO consiste em interagir
diretamente no desenvolvimento dos documentos e normas ISO relacionados à qualidade, por
meio de emissão de votos, participação de reuniões internacionais e acompanhamento do
desenvolvimento de projetos (ABNT, 2018b).
De maneira semelhante atua o Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental - CB38 - junto
à ISO/TC 207 (POMBO; MAGRINI, 2004), bem como a Comissão de Estudos Especiais de
Segurança e Saúde Ocupacional - CEE109 - junto à ISO/TC 283; (ABNT, 2018c) além de
outros comitês específicos existentes, conforme demonstrado na Tabela 1.
Gestão da Segurança de
CEE104 ISO/TE 34 ISO 22000
Alimentos
A organização ISO não realiza certificações de suas próprias normas. Empresas que
desejam obter a certificação de um determinado padrão ISO devem recorrer às organizações
certificadoras independentes (ISO, 2018e).
O Brasil conta atualmente com 29 organizações certificadoras independentes, todas
elas devidamente acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia -
INMETRO. Entre as organizações certificadoras estão a Bureau Veritas, BSI Group, ABS
Group e TECPAR (INMETRO, 2018).
A condição exercida pelo INMETRO como órgão acreditador único no Brasil é dado
ao fato do órgão brasileiro ser membro do Fórum Internacional de Acreditação (IAF). Este
órgão é alinhado aos objetivos da instituição ISO contribuindo inclusive com o
desenvolvimento das normas ISO (IAF, 2018a).
Especificamente relacionado ao ramo de certificações, o IAF oferece a seguinte
contribuição sobre o conceito do termo acreditação:
Devidamente explanadas as relações que a norma ISO 45001 possui com a instituição
ISO e as demais principais normas de referência, a seção a seguir é dedicada especificamente
à estrutura e principais conteúdos na norma ISO 45001.
Publicada oficialmente em março de 2018, a norma ISO 45001 define requisitos para
sistemas de gestão da segurança e saúde ocupacional, também podendo-se pronunciar gestão
da segurança e saúde no trabalho (ŽIVKOVIĆ; PETROVIĆ, 2015; SOUZA; ALVES, 2017).
Concernente ao objetivo de um sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho, a
própria norma ISO 45001:2018 transmite a partir de seu item 0.2 o seguinte conceito:
A ISO 45001 foi elaborada para substituir a norma britânica OHSAS 18001:2007
(DARABONT et al., 2017) que trata justamente do mesmo tema desde a primeira versão
publicada no ano de 1999 (YAHYA et al., 2018).
Conforme determinado pela instituição ISO, todas as empresas que já haviam obtido a
certificação OHSAS 18001, devem realizar a migração em até 36 meses (DARABONT et al.,
2017) após a data da publicação da ISO 45001. Enfatiza-se que até o esgotamento do prazo,
ambas as normas permanecem vigentes.
Conforme demonstrado pelo Quadro 3, a estrutura da norma ISO 45001 foi
desenvolvida estrategicamente pelo comitê técnico ISO/PC 283 de modo a permitir o
processo de implementação de outros padrões ISO em um mesmo sistema de gestão, de
maneira compatível e unificada. São os denominados Sistemas de Gestão Integrados
(BALABANOV; DAVLETSHIN, 2018).
Da mesma forma que todas as demais normas ISO voltadas a requisitos para sistemas
de gestão, a ISO 45001 apresenta um conteúdo genérico e de caráter estruturante (ISO, 2018f)
de tal forma que a norma possa ser utilizada por qualquer segmento de negócio, seja privado
ou público, com ou sem fim lucrativo, administrativo ou industrial, desde que voltado à saúde
e segurança no trabalho.
Os denominados requisitos, identificados no texto da norma por serem precedidos por
palavras derivadas do verbo dever, representam condições compulsórias. Não há aspectos
facultativos envolvidos.
35
Conforme já abordado no início da seção, é permitido que somente parte dos requisitos
da norma sejam atendidos no interesse de melhorar desempenho de segurança e saúde do
trabalho da empresa. Tal medida tende a tornar a burocracia do sistema de gestão menos
regrada e eficiente para os fins definidos.
Ao sistema de gestão de SST podem ser incluídas condições internas, ou seja,
requisitos definidos pela própria empresa, que não se confundem com os requisitos do texto
da norma ISO 45001.
37
Para fins de definição dos requisitos próprios, a próxima seção reúne instrumentos
legais compatíveis com o tema queda da própria altura.
b) Rampas
A caracterização da rampa ocorre quando a superfície do piso registra a declividade
igual ou superior a 5% (ABNT, 2015). O item 6.2.2 da NBR 9050/2015 demonstra a maneira
de calcular o grau de inclinação da superfície, onde, a inclinação se dá a partir da
39
onde:
As rampas tanto podem ter seu comprimento em linha reta ou em curva. Em caso de
rampas em curva a projeção horizontal deverá ser alcançada para o cálculo do grau de
declividade longitudinal.
c) Iluminação
A iluminação do ambiente é fator relevante para a segurança no trabalho.
Especificamente a rotas acessíveis a norma NBR 9050/2015, a partir do item 6.1.2 estabelece
que o trajeto deve contar com iluminação natural ou artificial como nível mínimo de
iluminância de 150 lux medidos a 1 metro do piso (ABNT, 2015).
f) Piso tátil
O piso tátil tem sua funcionalidade destinada principalmente a pessoas com
deficiência visual ou de baixa visão. O piso tátil é “caracterizado por textura e cor
contrastantes em relação ao piso adjacente, destinado a constituir alerta ou linha-guia”
(ABNT, 2015, p.5). São dois os tipos de piso tátil: de alerta e direcional.
O piso tátil de alerta é previsto no item 5.4.6.3 e tem por objetivo principal alertar a
pessoa com deficiência visual sobre a existência de desníveis, equipamentos, escadarias,
mudança de direção ou opções de percursos, entre outras opções que demandam análise e
atenção especial do pedestre (ABNT, 2015).
O contraste tátil e visual da sinalização de alerta é formado em um conjunto de relevos
tronco-cônicos conforme demonstrado na Figura 4:
O outro tipo de piso tátil é o direcional. O piso tátil direcional é contemplado pelo item
5.4.6.4 da NBR 9050/2015 e tem por objetivo principal a indicação às pessoas com
deficiência visual sobre o sentido preferencial de deslocamento das pessoas dentro da rota de
acesso.
O contraste tátil e visual da sinalização de direcional é formado em um conjunto de
relevos lineares, regularmente dispostos, conforme demonstrado na Figura 5:
41
b) NR8 - Edificações
A norma regulamentadora do ministério do trabalho número 8 - NR8 - versa sobre
edificações. O objetivo da NR8 é estabelecer condições mínimas para garantir segurança e
conforto aos trabalhadores ocupantes da respectiva edificação (MINISTÉRIO DO
TRABALHO, 2011).
A NR8 prevê critérios de atendimento referente à altura do piso ao teto e pé direito em
conformidade com o respectivo código de posturas municipais, para o pretendido alcance das
condições de conforto, segurança e insalubridade.
A adequação da qualidade dos pisos de modo a evitar acidentes de trabalho com
quedas está previsto no item 8.3 da NR8, dedicado exclusivamente a circulação de
trabalhadores em ambientes edificados a partir de pisos, rampas e escadas fixas
(NASCIMENTO, 2007).
O item 8.3.1 especifica que os pisos “dos locais de trabalho não devem apresentar
saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de
materiais” (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2011, p.1).
Já o item 8.3.5 envolve o tema escorregamento ao prever que nos “pisos, escadas,
rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de escorregamento,
serão empregados materiais ou processos antiderrapantes” (MINISTÉRIO DO TRABALHO,
2011, p.1).
Apesar da NR8 apresentar apenas quatro seções organizadas em uma única lauda, a
importância do instrumento pode ser considerada elevada em razão das necessidades humanas
vinculadas aos preceitos, e também por servir de fundamento em decisões judiciais em
processos de indenizatórios em casos de acidentes com quedas humanas (TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO 4, 2018).
43
c) NR 26 - Sinalização em Segurança
A norma regulamentadora do ministério do trabalho número 26 - NR26 - versa sobre
sinalização em segurança. A estruturação da NR26 é resumida a dois itens: 26.1 e 26.2. A
partir destes dois itens vários subitens formam o detalhamento da NR26.
O item 26.1 refere-se à utilização de cores para proporcionar segurança no trabalho,
enquanto o item 26.2 contempla a classificação, rotulagem preventiva e ficha com dados de
segurança de produto químico (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2015).
A existência de correlação entre a NR26 e o tema do presente estudo - queda da
própria altura - limita-se ao item 26.1. Segundo o item 26.1.1 devem “ser adotadas cores para
segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos
riscos existentes” (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2015, p.1).
A NR26 enfatiza que a “utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas
de prevenção a acidentes” e que o “uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de
não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador” (MINISTÉRIO DO TRABALHO,
2015, p.1).
Para o alcance ideal do desempenho do sistema de sinalização em segurança da
organização considera-se positiva a adesão aos critérios da norma ANBT NBR 7195:2018 que
versa sobre cores em segurança, confirme demonstrado no Quadro 5.
A NBR 7195/2018 determina em sua seção 3.1.3 a cor amarela para sinalizações de
advertência, a exemplo de placas de sinalizações de trânsito, e também sinalizações de pisos
escorregadios.
44
3 MEDODOLOGIA
O cenário definido como escopo para o presente estudo é o Campus Campo Mourão
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná; mais precisamente os ambientes que possam
de alguma forma representar riscos de quedas ou oportunidades de prevenção a quedas da
própria altura na condição de acidente de trabalho.
A caracterização do acidente queda da própria altura requer que este ocorra em área
plana ou com baixo declive. As quedas ocorridas, por exemplo, em rampas ou escadarias,
bem como quedas ocorridas em trabalhos em altura, são consideradas quedas com diferença
de nível.
Por este motivo, não foram incluídos como objetos de pesquisa os ambientes do
Campus compostos por escadarias e rampas. O anfiteatro e o ginásio de esportes também não
foram incluídos na pesquisa.
O espaço do anfiteatro é composto por cadeiras, palco e corredores. Os corredores são
estreitos e inclinados, o que faz divergir, por exemplo, das frequências de circulações de
pessoas em áreas planas nos laboratórios e corredores internos dos blocos A a H, objetos do
estudo.
O ginásio de esportes é composto por arquibancadas, quadra de esportes, vestiários,
cabine de esporte e uma menor parcela plana localizada nos entornos da quadra destinada a
árbitros auxiliares, comissões técnicas e profissionais afins.
A não inclusão das escadarias, rampas, anfiteatro e ginásio de esportes, apresenta-se
plausível partindo do princípio de que as biomecânicas exercidas pelas pessoas que circulam
em tais ambientes, são distintas das biomecânicas das pessoas que circulam em áreas planas
sob risco de quedas no mesmo nível.
Para a realização da pesquisa dos ambientes definidos como escopo do presente
estudo, a estrutura metodológica foi devidamente definida e será demonstrada a partir das
próximas subseções.
a) Pesquisa Bibliográfica:
Segundo Gil (2010) a pesquisa bibliográfica é aquela realizada com base em material
já publicado. Livros, anais, artigos, dissertações, teses, leis, e materiais dotados de cuidados
acadêmicos e especializados, inclusive disponíveis pela internet.
A execução da pesquisa bibliográfica se deu a partir da leitura de livros, artigos e
instrumentos legais como leis, decretos, portarias e normas regulamentadoras, conforme
organizados no Quadro 6. Os instrumentos legais foram visualizados nos sítios eletrônicos
oficiais do governo federal.
49
b) Pesquisa Documental
O prosseguimento da busca por materiais envolveram pesquisas documentais. Tal
pesquisa é aquela realiza a partir de fontes documentais que ainda não tenham recebido o
devido tratamento analítico por autores. Manuais de rotina de trabalho, tabelas, matérias de
notícia e relatórios de empresas são exemplos de fontes para pesquisas documentais
(MARCONI; LAKATOS, 2012).
51
c) Estudo de Caso
A sequência da pesquisa se deu a partir da realização de um estudo de caso. Tal
procedimento técnico de pesquisa permite o relato de um fenômeno ou história do passado ou
atual, elaborado a partir de distintas fontes, que pode incluir desde dados da observação direta
e entrevistas sistemáticas, bem como pesquisas em arquivos públicos e privados (VOSS et al.,
2002).
O estudo de caso foi realizado nos ambientes do Campus da Universidade, objeto da
pesquisa, que podem ensejar riscos de quedas da própria altura, a exemplo de salas de aula,
departamentos administrativos, corredores internos e externos, laboratórios e
estacionamentos.
Para a obtenção de dados e informações foram realizadas as ações: leitura de contratos
administrativos e termos de referência - documentos de domínio público -, averiguação de
defeitos nos pisos, medição de níveis de iluminação de ambientes, análise de equipamentos de
proteção individual e observação in loco de realizações de processos de limpeza de pisos e
manutenções prediais.
Durante a realização do estudo de caso foram necessárias pesquisas observacionais
para fins de coleta de dados referente a caracterização dos ambientes internos e externos do
Campus, bem como constatações de não conformidades em pisos.
presença de escadaria e tipos de pisos. As opções de respostas são: sim, não e observação. A
opção observação tem a função de suprir ou complementar, informações relevantes à pesquisa
não previstas inicialmente pelo autor.
As pesquisas dos diagnósticos iniciais foram realizadas entre os dias de 2 de abril a 6
de maio de 2018.
Devidamente concluído o diagnóstico inicial de cada ambiente, utilizando o
instrumento lista de verificação dos pontos de perigo (apêndice A), foi realizada a etapa de
registros específicos em torno do referido ambiente, acerca de cada ponto de perigo
identificado.
O documento de coleta do presente estudo é denominado formulário de descrição dos
pontos de perigo detectados (apêndice B). Cada página do documento tem espaço para quatro
registros de perigos. Cara registro contempla campos para preenchimento do local, sujeição a
tropeços ou escorregões, descrição detalhada do perigo, quantidade de perigos similares
detectados na mesma área delimitada - a exemplo dos pisos táteis -, critérios transgredidos e
data do registro.
As pesquisas para fins de detecção dos pontos de perigos foram realizadas entre os
dias de 7 de maio a 15 de maio de 2019.
Os critérios para identificação de riscos de escorregões foram estabelecidos a partir da
tipicidade do piso e fatores de potencialização do estado escorregadio dos mesmos, a exemplo
de umidade, poeira entre outros fatores.
Já o critério para identificação de riscos de tropeços será pautado em constatações de
pequenos obstáculos à circulação de pessoas em rotas de acesso, a exemplo de desníveis e
defeitos em pisos. Para auxiliar a constatação de desníveis nos pisos, foi utilizado um
instrumento de medição denominado paquímetro, da marca mitotoyo, devidamente calibrado.
A iluminação do ambiente representa um importante fator na prevenção a quedas da
própria altura nos ambientes de trabalho. Em relação ao fator iluminância, a pesquisa será
realizada nos ambientes de circulação de pessoas, ou seja, as rotas acessíveis.
Para cada ambiente houve medição de 4 pontos de localização, com espaçamentos
proporcionais ao tamanho do ambiente pesquisado. A medição de mais de um ponto de
localização tem por objetivo a verificação da homogeneidade de iluminância nas extensões
dos ambientes pesquisados.
As coletas realizadas nas rotas acessíveis foram registradas a partir do documento
denominado formulário - registro da iluminância dos ambientes (apêndice C). Para a
55
realização das medições foi utilizado um instrumento denominado luxímetro digital, da marca
instrutemp, devidamente calibrado.
As pesquisas das iluminâncias dos ambientes foram realizadas entre os dias de 17 a 20
de maio de 2018.
Salienta-se que a medição da iluminância em ambientes internos de trabalho não
compõe o objetivo do presente estudo. Tal tema é abordado pela norma internacional ISO/CIE
8995-1:2013, determinando elevada tecnicidade nos critérios de iluminação para cada tipo de
ambiente de trabalho sob aspectos inclinados à produtividade.
Efetivamente, em direção aos objetivos do presente estudo, o critério aplicado na
pesquisa foi o item 6.1.2 da NBR 9050/2015 em que para as rotas acessíveis é determinado a
iluminância mínima de 150 lux medidos a 1 metro do chão.
Por não representarem rotas acessíveis, a verificação da iluminância de ambientes
como salas de aula, laboratórios, setores acadêmicos e administrativos, foram excluídos do
presente estudo, haja vista que as exigências de iluminância para ambientes internos de
trabalho são substancialmente superiores a 150 lux.
Os ambientes pesquisados quanto às respectivas iluminâncias envolveram os corredores
internos dos blocos, plataformas de acesso, corredor central interblocos, calçadas e
estacionamentos.
Processos práticos que influenciam na condição dos pisos do Campus, a exemplo de
limpeza e conservação de pisos e manutenção predial de pisos, foram pesquisados em duas
fases.
A primeira fase consistiu na leitura de contratos e termos de referências, fornecidos pelo
Departamento de Serviços Gerais do Campus. Tais documentos contém informações referente
equipamentos de proteção individual, ferramentas de trabalho, insumos, entre outros
conteúdos teóricos relacionados à execução dos processos.
A segunda fase envolveu a observação dos processos em plena execução. As
observações foram precedidas de autorização formal das autoridades do Campus Campo
Mourão e prepostos das contratadas Orbenk e Tecnolimp.
As execuções dos processos realizados se passaram em horários de expediente dos
funcionários das empresas contratadas. Não houve entrevistas nem qualquer intervenção que
interferisse no desempenho dos serviços prestados ao Campus.
Os processos pesquisados foram: limpeza de pisos, impermeabilização de pisos e
manutenção predial. As pesquisas foram realizadas entre os dias 02 de abril e 23 de maio de
2019.
56
Para a coleta dos conteúdos constatados nas observações, foi utilizado o documento
disponível denominado formulário - observação in loco (apêndice D).
Trata-se de um formulário com três campos pré-determinados para preenchimento do
nome do ambiente, nome do processo observado e data. O restante do formulário conta com
um campo para preenchimento de texto livre; cujo objetivo foi registrar os detalhes do
processo que interferem em fatores ensejadores de quedas da própria altura, baseados na
literatura consultada (artigos científicos e nas NBRs).
238 servidores, mais 2000 alunos e um total de 14.090,31m2 de área construída em uma área
territorial de 63.888,00 m2 (UTFPR, 2018a).
A totalidade da área predial do Campus está preponderantemente distribuída entre os
blocos A, B, C, D, E, F, G, H, Restaurante Universidade e Ginásio de Esportes. Com exceção
do bloco A, todos os blocos possuem dois pavimentos, térreo e primeiro andar. A noção de
distribuição dos blocos e extensão do Campus pode ser verificada a partir da Figura 8.
Para acessar o segundo piso de cada bloco, escadarias e rampas de acesso são as
maneiras existentes. Já as circulações horizontais contam com pisos de diferentes qualidades,
cada um de acordo com a finalidade de uso.
O estacionamento principal, conforme já demonstrado pela Figura 8, é asfaltado. Já as
passarelas não cobertas que ligam o estacionamento principal às áreas edificadas, contam com
calçamento de concreto.
58
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Iluminação
Corredor bloco A 355 221 185 227 350 220 182 225
Corredor bloco B - 1º piso 132 119 179 165 129 116 175 163
Corredor bloco B - 2º piso 135 48 156 157 133 45 151 152
Corredor bloco C - 1º piso 110 27 103 99 106 24 100 95
Corredor bloco C - 2º piso 105 103 121 26 101 100 117 21
Corredor bloco D - 1º piso 194 286 202 279 190 283 197 276
Corredor bloco D - 2º piso 231 212 207 220 227 209 204 217
Corredor bloco E - 1º piso 137 151 126 186 133 147 122 182
Corredor bloco E - 2º piso 91 134 135 161 87 130 131 158
Corredor bloco F - 1º piso 68 27 179 199 66 23 176 196
Corredor bloco F - 2º piso 108 104 006 100 103 100 002 96
Corredor bloco G - 1º piso 179 194 159 202 174 192 153 201
Corredor bloco G - 2º piso 186 178 203 214 185 173 197 210
62
As rotas acessíveis presentes nos ambientes externos do Campus são compostas por
ambientes cobertos e não cobertos que exercem a função de interligação de um acesso a outro.
No Campus Campo Mourão da UTFPR são exemplos de rotas acessíveis em ambientes
externos: corredor central interblocos, os estacionamentos e as calçadas limítrofes aos blocos
didáticos.
Representam especificamente ambientes externos cobertos o corredor central
interblocos, calçadas compreendidas entre: blocos A ao G; guarita ao corredor central
interblocos; estacionamento principal ao bloco F e gabinete da direção; restaurante
universitário ao corredor central interblocos.
Da mesma forma que praticada nas rotas acessíveis dos ambientes internos, os
ambientes externos cobertos contam com sistema de iluminação composto por lâmpadas
tubulares linearmente distribuídas a partir de eletrocalhas conforme demonstrado nas Figuras
11 e 12, respectivamente, acesso do corredor central à guarita e corredor central interblocos.
A cobertura do ambiente é formada por estrutura metálica e telhas de zinco. O acionamento
da iluminação é realizado manualmente.
65
Corredor central
91 97 71 99 85 91 88 92
interblocos
Calçada do corredor
central ao restaurante 69 64 66 67 58 47 39 57
universitário
Calçada do acesso
corredor central 59 55 59 50 328 34 41 44
interblocos ao bloco G
Calçada do corredor
central à guarita do 65 61 67 68 103 15 96 48
Campus
Plataforma de acesso
24 98 22 23 11 12 11 13
entre blocos B, C e D
Plataforma de acesso
25 97 26 29 21 14 23 26
entre blocos E, F e H
66
Plataforma de acesso
27 71 26 28 25 25 24 22
em frente ao bloco G
Legenda: iluminância igual ou acima de 150 lux - conforme - item 6.1.2 NBR 9050
Fonte: Próprio autor (2019)
As medições realizadas durante o dia não contaram com qualquer iluminação artificial.
Mesmo o ambiente sendo coberto, o reflexo da iluminação natural proporciona medições
semelhantes ou até melhores do que as medições noturnas onde a iluminação artificial é
necessária.
Ainda sobre as medições diurnas - sem iluminação artificial - constatou-se que os
resultados em áreas mais sombreadas apresentaram iluminâncias entre 23 e 29 lux, enquanto
nas áreas menos sombreadas a variação ocorreu entre 55 e 99 lux.
O corredor central interblocos conta com lâmpadas florescentes modelo HO com 110
watts de potência. A percepção da presença de uma boa iluminação no período noturno está
evidente na Figura 12. Entretanto, todas as medições apresentaram-se abaixo do critério da
NBR 9050/2015, tanto diurnas quanto noturnas.
As plataformas de acesso, também chamadas de passarelas de acessibilidade entre
blocos, apresentaram medições noturnas de iluminância muito baixas, oscilando entre 11 e 26
lux. Tal resultado se deve ao fato de não haver a disposição de lâmpadas sobre as plataformas.
A pouca iluminação recebidas nas plataformas em período noturno tem origem a partir das
lâmpadas do corredor central interblocos e corredores internos dos blocos.
As áreas referente às calçadas cobertas do Campus apresentaram resultados de
medições noturnas variados.
A rota da calçada que dá acesso ao restaurante universitário apresentou resultado de
iluminância que oscilou entre 58 a 57 lux. Já a área da calçada até a guarita oscilou entre 15 e
103 lux. Por fim, a calçada localizada entre o bloco A e bloco G oscilou entre 34 e 44 lux.
Ressalta-se que a medição de 328 lux destoa de todos os demais resultados pelo fato
da medição ter sido realizada sob duas lâmpadas tubulares fluorescentes, modelo T10, de 40
watts de potência cada, 10000 kelvin de temperatura de cor e dispostas a 2,15 metros de altura
em relação ao solo. Foi a única medição noturna em área coberta que apresentou
conformidade à NBR 9050/2015.
Representam rotas acessíveis em ambientes externos não cobertos: os estacionamentos
principal e secundário, maior parcela das calçadas limítrofes aos blocos didáticos, calçadas
67
Quadro 10: Iluminâncias das Rotas Acessíveis - Ambientes Externos não Cobertos
Revestimento
Laboratórios C101, C105, C106
Cerâmico
Bloco C - 2º piso
Paviflex Laboratórios C102, C103, C104
74
Os setores do bloco C e A com piso revestido com paviflex apresentaram leves sinais
de desgastes evidenciando a proximidade do final da vida útil das lâminas do produto. Os
desgastes constatados referente os piso paviflex não oferecem riscos de tropeços, se tratando
apenas de aspectos estéticos.
Ressalvadas as pontuações referentes aos pisos paviflex e duas não conformidades
detectadas em dois laboratórios - discutidas na seção 4.2.2 - os pisos dos ambientes internos
75
Os pisos dos laboratórios de cada bloco estão devidamente informados no Quadro 10.
Somente o bloco D não possui laboratórios. Conforme informado na seção 4.2.1 a qualidade
dos pisos dos ambientes internos, inclusive laboratórios, apresentou-se em bom estado, com
exceção de duas não conformidades detectadas.
A primeira não conformidade foi detectada no laboratório C106 em razão da ausência
de revestimento cerâmico em parte do piso conforme demonstrado na Figura 17. Tal situação
eleva os riscos de quedas em razão da alteração do nível de aderência entre o calçado e o piso.
A norma NBR 9050/2015 determina que todo desnível maior que 5 milímetros e
menor ou igual a 20 milímetros necessitam de correção enquanto desníveis iguais ou menores
que 5 milímetros, não requerem correção.
Os desníveis superiores a 20 milímetros, quando inevitáveis, devem ser considerados
degraus; já quando evitáveis devem ser corrigidos. A segunda coluna do Quadro 12 reuniu
justamente os desníveis acima de 20 milímetros considerados evitáveis, ou seja, corrigíveis. A
escolha do limite como 41 milímetros se deveu ao maior desnível evitável detectado em
pesquisa.
Para todos os casos previstos no Quadro 12, a referida correção pode ser realizada da
mesma forma que preconizada pela Figura 3 do presente estudo, ou seja, eliminando 50% do
desnível diagonalmente.
Do total de 28 desníveis constatados nas rotas acessíveis do ambiente externos, 18
foram formados por tampas de caixas de inspeção acima do nível do piso ao qual se encontra,
causando obstáculos entre 6 e 41 milímetros. A correção envolve tanto o rebaixamento da
altura da caixa quanto o reestabelecimento do nivelamento dos tijolos paver em volta da
tampa.
Toda correção de piso deve ser planejada, acompanhada e aprovada por profissional
competente do Departamento de Projetos e Obras - DEPRO - do Campus Campo Mourão da
UTFPR, cabendo a tal profissional oferecer a solução de engenharia mais adequada caso a
caso.
Convém que a execução da correção dos pisos, seja realizada, sob a coordenação do
DEPRO, pelos profissionais terceirizados responsáveis pela manutenção predial do Campus.
O contrato 05/2018 prevê tais serviços especializados.
83
Pôde-se constatar que a condição dos pisos encontrados em não conformidade, teve
consequências devido a contato com umidade. A necessidade de limpeza diária dos referidos
ambientes contribuem para o descolamento dos pisos táteis.
A solução mais econômica é a adoção de parafusos e arruelas para melhor fixação dos
pisos táteis, além da cola especial. A Figura 24 demonstra que tal prática já era adotada pelo
Campus antes da realização da pesquisa. Entretanto, ainda há necessidade de expandir a
prática às unidades não conformes identificados pelo Quadro 14.
Conforme adiantado na seção 4.2.3 do presente estudo, durante a pesquisa das rotas
acessíveis em ambientes externos foram constatadas situações de tampas de caixas de
inspeção nas rotas acessíveis.
Ao todo foram contabilizadas 20 tampas de caixas de inspeção sendo que em 17 casos
foram constatados desníveis ensejando perigo de tropeços. Os desníveis variam de 7 a 45
milímetros.
A região de maior concentração de tampas de caixas de inspeção é a calçada de paver
que interliga os fundos do bloco H até o bloco B: 15 unidades.
As situações mais perigosas em razão das tampas de inspeção foram registradas aos
fundos dos blocos B e E, onde desníveis de 41 e 45 milímetros encontraram-se estabelecidos
durante a pesquisa in loco.
Ao lado do bloco B, próximo ao corredor central, encontram-se 2 tampas de inspeção
apresentando respectivamente desníveis de 8 e 26 milímetros, a partir da superfície da tampa.
Foi justamente na tampa ao lado do bloco B que apresentou desnível de 8 milímetros,
em que a situação de maior perigo de tropeço foi constatada em razão de uma alça de 30
milímetros de altura indevidamente afixada na tampa de inspeção em plena rota acessível,
conforme demonstrado na Figura 26.
88
pó, areia e óleo; polimento do piso; entre outros fatores já detalhados no Quadro 2 do presente
estudo.
No Campus Campo Mourão constatou-se que os pisos dos ambientes externos não
ensejam perigos de escorregões em razão das características rugosas dos pisos constituídos
por asfalto, calçadas de concreto e calçada de paver.
A única exceção é o estacionamento secundário, que por sua vez, enseja perigo de
quedas da própria altura seguido de escorregão. Conforme já adiantado na seção 4.2.3 do
presente estudo, o estacionamento secundário não oferece segurança para acessibilidade e
portanto, não é caracterizado como rota acessível nos preceitos da NBR 9050/2015.
No estacionamento secundário as britas graduadas - rochas - existentes apresentam
tamanhos de 2 a 150 de diâmetro. A depender da forma que o caminhante esteja se
deslocando o escorregão pode ocorrer por conta da presença das britas de menor tamanho.
No caso em tela, para que ocorra o escorregão no estacionamento secundário, basta
que o caminhante esteja se deslocando rapidamente para frente com calçado de sola lisa, e que
por fim, decida parar subidamente a caminhada.
Tal ato pode gerar a falta de atrito entre o calçado e o solo, fazendo com que as
pequenas britas façam com que os pés do caminhante escorreguem bilateralmente para frente,
podendo assim ocorrer a queda da própria altura seguida de escorregão unilateral ou bilateral.
Os maiores perigos de escorregões foram constatados nos ambientes internos do
Campus, uma vez que os pisos são considerados lisos - ausência de rugosidades: granitina,
concreto usinado, paviflex e revestimento cerâmico, conforme já demonstrado nos Quadros
10 e 11.
O fato dos pisos serem caracteristicamente lisos, somados ao fato dos mesmos serem
submetidos constantemente a processos de limpeza e conservação, torna os ambientes
internos sujeitos a perigos a depender das condições em que se encontram a cada momento.
A presente seção está didaticamente segmentada para melhor organizar os resultados
alcançados acerca dos perigos de escorregões com riscos de queda da própria altura
constatados no Campus Campo Mourão da UTFPR.
Figura 28: Botas de PVC Cano Médio e Couro Cano Baixo - EPI
Em relação aos horários da realização das limpezas dos pisos, a gestão dos referidos
horários de limpeza é realizada pela encarregada de limpeza, cabendo ao Departamento de
Serviços Gerais a fiscalização do desempenho dos serviços contratados.
As limpezas dos pisos das salas de aula são realizadas em horários planejados
diretamente com o setor responsável pelo agendamento de tais ambientes: SEGEA -
92
Secretaria de Gestão Acadêmica. De tal forma, o processo tende a apresentar baixo risco de
escorregões em razão da ausência de caminhantes nos interiores das salas de aula.
Quanto aos laboratórios as limpezas são realizadas mediante agendamento de horários
diretamente com os laboratoristas responsáveis por cada ambiente, de forma a garantir um
ambiente livre de circulação de pessoas. Mediante tal cuidado, o risco de escorregões tende a
ser baixo.
Os setores administrativos do bloco A - exceto gabinete da direção geral - e biblioteca
são limpos em período noturno, entre 20h00 e 02h00 do dia subsequente. Tais horários
garante um ambiente livre de elevada circulação de pessoas, suprimindo de tal foram os riscos
de quedas da própria altura seguidas de escorregões.
Os banheiros são limpos duas vezes por dia. A primeira dupla de profissionais de
limpeza se concentra a partir das 7h00 para recolhimento de lixos e abastecimento de papéis
higiênicos e papéis toalhas. Na sequência todos os banheiros, um a um, são submetidos ao
processo de limpeza.
O processo de limpeza dos banheiros requer uma quantidade elevada de água e sabão
líquido, tornando o piso muito escorregadio. O risco de processo exige, além do uso de botas
de borracha com solado antiderrapante, o isolamento do banheiro com placa de sinalização
conforme demonstrado pela Figura 29.
Seção Título
1 Contexto do Acidente
2 Objetivo
3 Escopo
4 Responsabilidade
9 Informações Documentadas
Fonte: Próprio autor (2019)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo pode ser utilizado em todo ou em parte para a realização de outros
trabalhos acadêmicos. Tanto o referencial teórico quanto a metodologia para alcance dos
resultados, resguardadas as devidas proporções, são adaptáveis a outros ambientes.
Ressalta-se que o estudo foi concentrado na identificação visual de perigos
potencialmente causadores de queda da própria altura. Não houve entrevistas com pessoas
para se alcançar relatos e números sobre eventuais acidentes que efetivamente tenham
ocorridos no Campus; portanto, tal realização vislumbra oportunidade de pesquisa.
Enfatiza-se que para serem cientificamente válidas as entrevistas, um projeto de
pesquisa para realização das entrevistas deve ser avaliado e aprovado por comitê institucional
de ética em pesquisa.
107
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115
APÊNDICES
116
DIAGNÓSTICO INICIAL
LISTA DE VERIFICAÇÃO DOS PONTOS DE PERIGO
Campus Campo Mourão da UTFPR
2 Térreo
3 Segundo Piso
11 Outro(s) 1 (descrever)
118
FORMULÁRIO
DESCRIÇÃO DOS PONTOS DE PERIGO DETECTADOS
Campus Campo Mourão da UTFPR
Critério(s) transgredido(s):
Data: / /2019
Critério(s) transgredido(s):
Data: / /2019
Critério(s) transgredido(s):
Data: / /2019
Critério(s) transgredido(s):
Data: / /2019
119
FORMULÁRIO
REGISTRO DA ILUMINÂNCIA DOS AMBIENTES
Campo Mourão da UTFPR
Local 1
Local 2
Local 3
Local 4
Local 1
Local 2
Local 3
Local 4
120
FORMULÁRIO
Observação in loco
Campus Campo Mourão da UTFPR
Ambiente: Processo:
Data: / / 2019
121
Elaborado sob preceitos da norma ISO 45001:2018 -SGSST/Campus Campo Mourão da UTFPR
A versão deste Manual contém decisões fictícias da Diretoria do Campus. A versão oficial requer a
participação literal da Diretoria do SGSST em situação de efetiva implementação.
122
SUMÁRIO
3.2.1 Definição da Política de SST do Campus Campo Mourão da UTFPR ................ 131
4 PLANEJAMENTO....................................................................................................... 132
5 SUPORTE................................................................................................................... 135
6 OPERAÇÃO................................................................................................................ 136
8 MELHORIA................................................................................................................. 139
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
TERMOS E DEFINIÇÕES
Ao final do texto das definições constam os números das respectivas subseções da norma ISO 45001
Nota 1: a norma ISO 45001 engloba os conceitos de ‘acidente’ e ‘quase acidente’ em um único termo
denominado ‘incidente’, com as devidas ressalvas das diferenças conceituais de ambas.
Nota 2: por motivos didáticos o presente manual não contemplará o termo ‘incidente’, exceto na
definição literal do termo ‘ação corretiva’.
Nota 3: tanto em um ‘acidente’ quanto em um ‘quase acidente’ pode estar envolvido uma ou mais não
conformidades, bem como nenhuma.
Nota1: a Diretoria tem o poder de delegar autoridades desde que a responsabilidade final pelo
sistema de gestão da SST seja mantida.
Ação corretiva: ação para eliminar a(s) causa(s) de uma não conformidade ou de um
incidente e prevenir a recorrência [3.36]
Informação documentada: informação que se requer que seja controlada e mantida por uma
organização e meio no qual ela está contida [3.24]
Lesão e doença: efeito adverso sobre a condição física, mental ou cognitiva de uma pessoa
[3.18]
Local de trabalho: local sob o controle da organização onde uma pessoa precisa estar ou ir
para fins de trabalho [3.6]
Parte interessada (stakeholder): pessoa ou organização que pode afetar, ser afetada ou se
perceber afetada por uma decisão ou atividade [3.2]
Política: intenções e direção de uma organização, como formalmente expresso pela sua alta
direção [3.14]
Política de SST: política para prevenir lesões e doenças relacionadas ao trabalho dos
trabalhadores e para prover locais de trabalho seguros e saudáveis [3.15]
Requisitos legais e outros requisitos: requisitos que uma organização tem de cumprir e
outros requisitos que uma organização tem de cumprir ou opta por cumprir [3.9]
Trabalhador: pessoa que realiza o trabalho ou atividades relacionadas ao trabalho que estão
sob o controle da organização [3.3]
127
1. INFORMAÇÕES PRELIMINARES
d) Act (agir): tomar ações para melhorar continuamente o desempenho de SST visando
alcançar os resultados pretendidos.
128
2. CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO
- Alunos
3. LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO
- Gestor do SGSST: responsável pela gestão do sistema de SST, podendo o Diretor exercer
tal função.
A Diretoria de SST do Campus deve promover meios para que todos os trabalhadores e
integrantes das partes interessadas da organização recebam informações sobre a existência
do Comitê da SST, bem como os meios de comunicação para que toda a comunidade
envolvida possa participar das ações de SST.
4. PLANEJAMENTO
4.1 Generalidades
Nota 1: um ‘requisito legal’ deve se sobrepor a um ‘requisito não legal’ diante de uma
mesma situação.
Os objetivos da SST do Campus Campo Mourão da UTFPR foram definidos tendo como
finalidade a manutenção e melhoria continuada do SGSST bem como seu respectivo
desempenho.
Nota 1: alterações dos objetivos da SST poderão ser realizadas a qualquer momento
mediante análise crítica da Diretoria do Campus devidamente documentada.
A verificação e análise do alcance dos objetivos da SST deverão ser realizadas durante as
reuniões do comitê do SGSST. Convém que as ações corretivas sejam planejadas
objetivamente de forma consistente a exemplo da estrutura da ferramenta de gestão 5W2H.
135
5. SUPORTE
5.1 Recursos
5.2 Competência
5.3 Comunicação
A organização tem a seu dispor uma página da rede social facebook controlada pela
Assessoria de Comunicação, com altas taxas de visualização em publicações.
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Para servir de opção de recebimento de registros físicos, poderão ser utilizadas as urnas
acrílicas presentes em frente aos primeiros pisos dos blocos C, H e G. A partir deste canal a
comunidade poderá denunciar perigos, relatar acidentes ou quase acidentes, alertar riscos,
entre outras ações positivas à melhoria do SGSST.
- Manual de SGSST;
- Procedimentos de SST;
- Formulários não preenchidos;
- Formulários preenchidos;
- Orçamentos realizados;
- Documentos externos.
6. OPERAÇÃO
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1) Contexto do Acidente;
2) Objetivo;
3) Escopo;
4) Responsabilidade;
5) Critérios Legais Relacionados;
6) Contextualização dos Riscos;
7) Identificação e Tratamento de Perigos;
8) Competência Específica Necessária;
9) Informações Documentadas.
7. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Cada auditoria interna - também referenciada como auditoria de primeira parte - deverá
envolver as seguintes informações documentadas:
Nota 2: quanto à(s) figura(s) do(s) auditor(es), convém que o(s) mesmo(s) possua(m)
habilitação como auditor interno ISO 45001, sendo suficiente o pleno conhecimento e
atendimento do conteúdo do presente SGSST.
8. MELHORIA
As ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos ou aos potenciais efeitos dos
acidentes ou das não conformidades encontradas.
Informações documentadas referente acidentes e não conformidades devem ser retidas.
Convém que a organização promova a constante melhoria do SGSST, por meio das
seguintes ações:
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REFERÊNCIAS
1) CONTEXTO DO ACIDENTE
Queda da Própria Altura (QPA) é um acidente onde a vítima perde o equilíbrio, seja por
motivos fisiológicos ou ambientais, caindo no mesmo nível em que se encontra, geralmente
logo após escorregões ou tropeços, podendo ou não haver lesões.
2) OBJETIVO
3) ESCOPO
Ambientes do Campus Campo Mourão da UTFPR cobertos e não cobertos, utilizados para
circulação de pessoas perante fatores ambientais que possam dar causa à ocorrência de
acidentes com queda da própria altura.
Nota: os fatores fisiológicos ensejadores de QPA não integram o espoco do presente SGSST.
4) RESPONSABILIDADE
- NR 26 Sinalizações em Segurança
- NBR 7195/2018 Cores para Segurança
Os fatores de riscos que levam à queda da própria altura podem ter origem fisiológica,
ambiental, ou ambas, conforme demonstrado pelo Quadro 1. O presente procedimento de
segurança e saúde do trabalho - SST - concentra somente nos fatores ambientais.
TROPEÇO:
Iluminação insuficiente;
ESCORREGÃO:
“toda e qualquer circunstância - exceto fisiológicas - que possa dar causa à ocorrência de
acidentes com queda da própria altura”.
- DESNÍVEIS
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b) Ação corretiva de segurança: convém prioritariamente que o piso seja corrigido por
completo de modo a recuperar a condição original de nivelamento anterior ao
surgimento do defeito. Não sendo possível a completa correção, deve-se aplicar a
correção preconizada pela Figura 2, ou seja, desfazimento de 50% do desnível em
sentido diagonal.
- INSUFICIÊNCIA DE ILUMINAÇÃO
- adoção de lâmpadas mais com maior poder de iluminação (watts, kelvin, lumens).
c) Periodicidade de verificação:
Nota 2: na impossibilidade ou inviabilidade econômica do alcance da iluminância de 150 lux nos ambientes externos do
Campus, caberá ao Departamento de Projetos e Obras do Campus, providenciar estudo ou laudo que ateste a condição de
segurança da iluminação das rotas acessíveis.
Nota: a fixação do piso tátil pvc nos pisos de concreto, granitina e concreto usinado, com adesivo cola de contato é ineficaz em
razão da presença de umidade originada a partir das constantes limpezas de pisos realizadas em todos os dias de expediente
do Campus.
a) Identificação do perigo: todo item fixo, evitável e com altura superior a 5 milímetros
presente em rotas de circulação de pessoas, ensejam perigo de queda seguido de
tropeço.
b) Ação corretiva de segurança: para cada tipo de obstáculo evitável detectado deve-
se avaliar a ação corretiva.
capacitados sobre a importância da correta alocação dos volumes móveis e liberação das
rotas internas de acesso.
e) Conteúdo da Capacitação:
Trabalho;
- isolamento do ambiente: os acessos frontais e fundos dos blocos devem ser isolados
com fita zebrada (EPC) permitindo o acesso somente a profissionais de limpeza
capacitados;
- obrigatório uso de bota (EPI) cano médio ou cano alto com solado anti-derrapante;
- após a conclusão das 5 demãos de polimento, uma limpeza pesada com água e sabão
líquido deve ser aplicada para a eficaz remoção do pó resultante do polimento.
c) Conteúdo da Capacitação:
- resíduos contaminantes de pisos: pontas de fio, pó de tinta, massa acrílica, massa pva,
óleo e outros;
Não aplicável.
9) INFORMAÇÕES DOCUMENTADAS