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Maias

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OS MAIAS

→ realismo (arte do seu tempo para o seu tempo) + naturalismo/determinismo


→ Explicar comportamentos das personagens através de uma ótica determinista
→ determinismo - se forem criadas determinadas condições vão haver determinadas consequências
(educação, hereditariedade, meio social)
→ ao longo dos maias vamos perceber que os maias, apesar de tentar ser científica, vai cair nas
características da tragédia (Ramalhete é desde sempre fatal aos Maias – p. 9; a ideia de destino a
que n se pode fugir; fazem “foreshadowing” ao suicídio de Pedro); além disso não é muito realista,
uma vezes que o narrador muitas vezes não é imparcial.
→ coevo = contemporâneo
→ vida de Pedro da Maia – naturalista – intriga secundária
→ narrador imparcial; faz as caracterizações físicas de forma muito direta ou faz caricaturas; deixar
intuir o perfil psicológico através de alguns adjetivos; na caracterização da personagem, muitas
vezes, são nos deixadas pistas sobre o destino das personagens;
→ utilização de termos estrangeiros (característica do realismo)
→ Episódio do Sarau da Trindade - peso do destino foge à lógica naturalista mas Eça consegue
voltar outra vez ao naturalismo ao apresentar a causa: Carlos e Maria Eduarda destacam-se no seu
meio social (atração inevitável)
→ livro acaba com um toque de esperança

Características Eça
→ uso da dupla adjetivação (“,adjetivo e adjetivo,”) → carácter psicológico e físico
→ uso da ironia
→ hipálage (característica de uma personagem é passada para um objeto)
→ uso expressivo do gerúndio
→ valor dos advérbios de predicado (servem para caracterizar a psicologia da personagem através
da forma como ela pratica a ação)
→ Discurso indireto-livre – característica que deixando o narrador a apresentar a sua narração, vai
apresentar a fala da personagem mas vão haver muitas características do discurso direto.
→ desvaloriza o lado feminino
→ Eça é um escritor impressionista (recorre às sensações visuais para caracterizar todos os espaços)
→ utilização de termos estrangeiros (característica do realismo)

Personagens:

→ Afonso (avô de Carlos) :


. altruísta
. filantropo
. nobre de caráter - aproximação de Afonso ao passado (nome ligado aos antepassados
nobres)
. generoso
. liberal
. influenciado pela tia Fanny para gostar de Inglaterra (Minerva)
. 1º exílio: Santa Olávia (rejeita-a porque n precisa de vitalidade; é muito novo)
. 2º exílio: foi para a Inglaterra (esqueceu a sua característica revolucionária)
. Regressou a Portugal após morte de pai
. Conheceu Maria Eduarda e teve filhos.
. 1828/1834 →neste período deixa de ser tão revolucionário – começa a aceitar q a nobreza
governe o país desde que esta seja como a inglesa (inteligente e digna)
. Teve a sua casa de Benfica invadida após os amigos se chibarem
. 3º exílio: Inglaterra
. dava dinheiro aos pobres ingleses (enorme gap entre pobres e ricos)
. dps disso, vivia plenamente (mas a sua mulher não)
. durante a juventude de Pedrinho, vive no exterior (caçada, …) e tenta levar o filho para o
exterior (relação distante) mas é impedido pela sua mulher [ RESPONSÁVEL PELA EDUCAÇÃO
DE PEDRO]
. vão para Itália para distrair a mulher que está frágil
. vai para Lisboa (ultimo destino da mulher)
. ganha ódio à igreja (tiraram-lhe dinheiro e deram má educação ao Pedro)
. Afonso fica triste com o estado do filho após a morte da mãe
. não aprovou Maria Monforte (abandonou Pedro e Maria – possível responsável por toda a
catástrofe)
. o seu filho morre e ele fica a cuidar do neto
. a educação que dá ao Carlos é prática e rigorosa
. a sua morte representa o fim da família Maia

→ Maria Eduarda Runa (mulher de Afonso)


. beata
. linda
. morena
. frágil
. pai dela era próximo de D. Miguel (rei de Portugal)
. muito rica
. em Inglaterra, sentia-se infeliz (saudades do país, religião,…) →meio hostil (clima, idioma,
religião diferente)
. não permitiu que o seu filho Pedrinho fosse estudar no Colégio de Richmond (por odiar
tudo o q era inglês); então mandou vir um padre e capelão de Lisboa para o educar
. muito protetora quanto a Pedro (não o deixava estar lá fora)
. é levada para Itália para perto do Papa mas continua mal
. vai então para Lisboa com a família
. morre

→ Coronel Sequeira (amigo de Afonso Maia)

→ Pedro (pai de Carlos)


. A sua vida segue o naturalismo/determinismo: educação (dada pelo Padre Vasques,
capelão) baseada na memória e no isolamento da vida (fechado no quarto a replicar o q lhe é
ensinado), super proteção da mãe; hereditariedade – “pequeno e nervoso como Maria Eduarda”;
“não herdou a raça dos Maias” (herdou traços da mãe)
→ Juventude:
. “era em tudo um fraco”
. alma adormecida e passiva
. único sentimento vivo: paixão pela mãe
. grande tendência amorosa: aos 19 já tinha um filho bastardo
→ Adulto
. mãe morre (primeiro fica num estado depressivo; depois fica com uma atitude de loucura
(bordéis e cafés) – é um homem instável; de seguida, cai outra vez na depressão)
. em 1850, Pedro tem 22 anos e é a altura da Regeneração ( liberalismo português,
romantismo do ponto de vista cultural )
. Pedro apaixona-se de forma intensa (pág. 24 – Romeu)
. desafia a autoridade do pai (hybris – desafio trágico) para se casar com Maria
. vai ter com Afonso após Maria o abandonar
. poça de sangue após o seu suicídio remete à sombra de Maria Monforte
→ Padre Vasques (intriga secundária – professor de Pedro)
. obeso
. sórdido
. arrota (nojento)

→ Reverendo Bonifácio (gato da família)

→ Maria Monforte (mulher de Pedro Maia)


. cabelos loiros
. palidez associada à mármore → associada a uma deusa (estátua)
. perfil grave de estátua
. Pedro tem uma ideia idealizada de Maria Monforte (algo de imortal e superior à Terra)
. descrita por Alencar como se fosse uma deusa
. ela controla o mundo masculino (pai anda atrás dela)
. página 31 (pistas trágicas) – coberta de sangue, controla Pedro
. foge com o Italiano e com a filha (Maria Eduarda)
. adora poemas românticos (ultra-romantismo)
. mãe desnaturada
. foge com um italiano
. torna-se prostituta

→ Alencar (personagem-tipo)
. caracterização que se foca no preto (todo vestido no preto)
. representação da hiper-valorização do amor (romantismo)
. poeta romântico
. apaixona-se por Maria Monforte mas n faz nada
. charuto oferecido (presente simbólico)

→ Papá Monforte (pai de Maria Monforte)


. filha manda nele
. matou um homem à facada nos Açores
. andou pelos barcos
. foi feitor numa fazenda (chicoteava os escravos)
. faz fortuna com o tráfico negreiro ( no Brasil acabou em 1888; Portugal em 1869)

→ Vilaça Sénior
. espera que o Carlos seja educado segundo a normalidade portuguesa (latim)
. morre

→ (Manuel) Vilaça Júnior


. única personagem que prospera (futuro) – é o único que trabalha

→ Gertrudes e Teixeira
. governanta e criado da Quinta de Santa Olávia
. morreram enqaunto Carlos estava em Coimbra

→ Viscondessa (prima de Maria Eduarda Runa – mulher de Afonso)


. levou na boca do marido
. foi acolhido por Afonso em Santa Olávia
. foi de linda para boneco Michellin
→ Ana Silveira (tia de Teresinha e Eusébio) e irmã
. sentia que o Carlos da Maia podia fazer coisas à sua sobrinha
. educava o Eusébio com subornos (criança não tem vontades)
. estava muito doente

→ Teresinha Silveira
. namoradinha de Carlos
. mais libertina do que Carlos
. ficou feia

→ Eusébio Silveira
. bem vestidinho na soirée
. muito dado ao saber
. educação portuguesa – saber + memorizar
. tem a idade do Carlos
. estiolado
. não tem vontades
. vai casar cedo e a mulher vai morrer

→ Abade Custódio
. faz parte da infância de Carlos
. padre de Santa Olávia
. não gosta da educação de Carlos
. morreu enquanto Carlos estava em Coimbra

→ Brown
. inglês
. precetor de Carlos
. professor de Carlos

→ João da Ega
. foge das regras da sociedade
. jovem promissor (superioridade intelectual)
. vai escrever um livro “As memórias de um átomo”
. vai começar um relacionamento com Raquel Cohen (mulher casada)
. satânico

→ Raquel Cohen
. mulher casada que se envolve com Ega
. casada com Jacob Cohen

→ Craft
. inglês que gosta da vida louca

→ D. Diogo Coutinho
. do tempo de Afonso
→ Taveira
. amigo que estudou com Carlos

→ Cruges
. maestro que estudou com Carlos
. remeteu-se para a mediocridade (futuro)

→ Gouvarinho ((ex-)amante de Carlos da Maia)

→ Carlos Eduardo Maia


. foi-lhe dado este nome em honra de uma personagem duma novela que Maria Monforte
andava a ler (último stuart – último Maia; personagem ligada ao amor)
. educação (descrita pela perspetiva de Vilaça sénior)
. fatores para ele falhar: meio social (apresentado em adulto) e o peso excessivo do destino
. “era um homem de luxo” e gosto
. educação reprovada por Teixeira (criado)
. “Enfim era a vontade de Deus, saiu forte” – devido à educação
. tem respeito pelo avô
. educação como sistema inglês, muito dura; prática.
. em relação às Silveiras, ele queria cuidar dos cavalos e não brincava tanto com a Teresinha
. faz os exames e tem ótimas notas
. vai se formar em Medicina em Coimbra
. Paços de Celas (espaço de Carlos em Coimbra)
. o seu percurso académico vai ser trocado pelas conversas nos Paços de Celas
. vai falhar apesar da educação – hereditariedade (sai à sua mãe – inconstante); ser seduzido
pela arte e literatura
. vai quase falhar um exame, o que o leva a concentrar nos estudos
. puro diletante (ligado às artes por gosto e não obrigação)
. nas festas, visitava o avô em Santa Olávia
. teve muitas amantes durante o seu tempo em Coimbra
. após acabar a licenciatura, vai viajar pela Europa
. muito bonito
. projetos de Carlos: investigação (laboratório) e ser médico (consultório de medicina)
. não tinha sonhos concretos (queria ser brilhante e prático)
. ocioso (nunca trabalhou) e sempre foi rico
. vai salvar uma menina o que lhe vai trazer alguma fama e clientes (alguns são os amigos de
Coimbra que apanham dst)
. dps de Gouvarinho, envolve-se com Maria Eduarda (irmã)
. parece fugir à lógica naturalista (peso do destino controla a personagem = n naturalista)
. depois da morte do avô, foge para Santa Olávia (recuperar forças)
. Ega fala-lhe do incesto presente na sua relação com Carlos

→ Maria Eduarda (irmã de Carlos da Maia)

Lista de espaços:
→ Ramalhete (valor simbólico)
. espécie de personagem, traduz o percurso da família
. família mal ramalhete destruído; família bem Ramalhete bom
. depois de Carlos regressar para ser médico, o ambiente no Ramalhete era luxo
. no final da obra, Carlos e Ega dão uma volta ao Ramalhete e este é descrito como morte e
desolação

→Quinta Santa Olávia


. valor simbólico
. espécie de santuário (rodeado de natureza)
. família vai para lá quando precisa de se regenerar (recuperar a sua vitalidade)

→ Paços de Celas
. onde Carlos vive enquanto estuda em Coimbra
. espaço luxuoso
. nome dado por Ega
. espaço frequentado por conservadores e liberais

→ Consultório de Carlos
. espaço luxuoso
. piano e álbuns de atrizes seminuas (nada prático)
. diletantismo leva-o a decorar tudo ao seu gosto pela arte e literatura e não pela sua praticabilidade
. não recebia doentes

→ Gabinete de Carlos
. divã com boas molas – amigos pensam que ele vai levar mulheres para lã
. espaço proporcionava sonolência

→ Laboratório de Carlos
. obras atrasadas

→ Hotel Central

→ Toca (Quinta dos Olivais)


. Carlos vai comprar ao Craft esta propriedade para poder alojar Maria Eduarda
. nome do sítio associado a animais
. móvel divino
- em baixo, quatro figuras que representam a guerra (Marte)
- em cima, figuras que representam a religião
- representada a agricultura
- faunos (encostados de costas) representam a luxúria, surgem a aproveitar o prazer
da vida ---> Carlos e Maria Eduarda
- dano no armário (passado 10 anos) representa os danos nos irmãos

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