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edição reformulada
Desenvolvimento de conteúdo, mediação pedagógica e design gráfico
Equipe Técnico-Pedagógica do Instituto Monitor
I.C.E. Monitor
Sumário
Apresentação.................................................................................................................................. 6
3
4. A Lei do Inquilinato.......................................................................................................... 60
5. Cartórios de Registros de Imóveis........................................................................... 60
Exercícios Propostos............................................................................................................ 61
4
Lição 8 - Crédito Imobiliário
Introdução.................................................................................................................................. 86
1. Sistema Financeiro da Habitação............................................................................. 86
1.1 Sistemas de Amortização..................................................................................... 87
1.2 Fontes de Recursos do Sistema Financeiro da Habitação.............. 88
1.3 Seguro Especial......................................................................................................... 88
1.4 Utilização do FGTS na Amortização do SFH........................................... 89
2. Carteira Hipotecária........................................................................................................ 89
3. Sistema de Financiamento Imobiliário................................................................ 89
4. Consórcio................................................................................................................................ 90
Exercícios Propostos............................................................................................................ 90
5
Apresentação
6
Lição 1 - Exercício da Profissão
1. Atribuições
De acordo com o Decreto nº 81.871, de 29/06/78, art. 2º: “compete ao corretor
de imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação
de imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária”, o que significa
que o corretor pode agir como um perito judicial.
1.1 Mediação
7
1.3 Capacitação
8
• Preencher o modelo padrão de proposta de Compra do adquirente. Na lição 9
damos alguns modelos-padrão de contratos.
• Em caso de financiamento, faz parte do trabalho do corretor orientar sobre
a legislação vigente e as diferentes modalidades de financiamentos.
• Encaminhar proposta do possível interessado ao proprietário, bem como
informá-lo da aprovação, ou não, da mesma.
• Concretizar a venda, compra ou locação.
• Acompanhar toda a elaboração de contratos e cláusulas estipuladas pelas
partes até o momento final das assinaturas. Observação: ao Contrato de
Locação deve sempre se anexar o Termo de Vistoria de entrada no imóvel.
• Registrar todos os contratos.
5) No caso do imóvel comercializado ser um loteamento:
• O corretor deve obter a aprovação do plano e da planta do loteamento
pelos órgãos competentes.
• Elaborar o plano de vendas do loteamento.
6) Na função de administrador do imóvel, cabe ao corretor:
• Receber e emitir recibos de aluguéis e encargos.
• Vistoriar periodicamente o imóvel.
• Elaborar e remeter mensalmente ao cliente os balancetes e demonstrações
de contas da administração.
• Prestar assessoria constante aos clientes.
2. Prestação de Serviços Alguns Conceitos
Temos que distinguir a prestação de serviços, da locação de serviços:
a) Na prestação de serviços o corretor faz a mediação objetivando a venda,
permuta ou locação de imóveis e recebe na conclusão do negócio a quantia
previamente ajustada;
b) Na locação de serviços o corretor de imóveis administra um imóvel já
locado (por ele ou não) ou um condomínio e recebe mensalmente pelo
serviço.
• Contrato de Intermediação - É um contrato de prestação de serviços por prazo
determinado, onde o dono do imóvel autoriza o corretor a promover a venda.
Este documento deve ser feito em duas vias e assinado, tanto pelo proprietário
(vendedor) quanto pelo corretor, com todos os campos devidamente
preenchidos. Ao assinar, o vendedor deve estar de acordo com o valor e as
condições de venda, além do percentual ajustado (veja a tabela de comissões e
serviços) e do prazo estipulado para o corretor completar a mediação.
• Publicidade - Os corretores sindicalizados têm direito a um preço especial
na colocação de anúncios de publicidade de imóveis e para prestação de
9
seus serviços. Nesses anúncios é obrigatória a menção do nome completo
do corretor, do seu endereço e do número do CRECI.
• Honorários - A corretagem é devida somente no ato da conclusão do
negócio, sempre obedecendo aos direitos do cliente, pois, de acordo com
o Código do Consumidor, o comprador tem o prazo de 7 dias para desistir
da compra. O pagamento da comissão se efetiva ou no ato da assinatura
da escritura do imóvel ou no ato da assinatura do contrato de compra e
venda.
10
2) Vendas de imóveis com financiamento - SFH - carteira hipotecária e outras,
incluindo-se organização e planejamento de vendas e acompanhamento dos
processos dos mutuários até a escritura ............................................................7 a 9%
NOTA: não estão incluídas nos percentuais acima as despesas de promoção e
publicidade em geral.
LOTEAMENTOS
1) Estudo, organização de vendas de áreas loteadas (urbanas),
já aprovadas e registradas .......................................................................................10 a 12%
2) Idem, rural ou fora da sede .....................................................................................15 a 20%
3) Administração, controle e recebimento de prestações ..............................5 a 10%
NOTA: as prestações de promoção e outros atos de administração não estão
incluídos na tabela acima.
FUNDOS IMOBILIÁRIOS
Intermediações de cotas. Sobre o valor da transação .......................................10%
LOCAÇÃO
De qualquer espécie e sempre Equivalente ao valor do
por conta do locador 1º aluguel.
NOTA: as despesas com reconhecimento de firmas e com o registro do contrato
não estão inclusas na comissão pela locação.
ADMINISTRAÇÃO DE BENS
Sobre o aluguel recebido ............................................................................................7 a 10%
ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO
Sobre o arrecadado pelo condomínio mensalmente ....................................5 a 10%
PARECERES
1) Parecer por escrito quanto à comercialização do imóvel.
Sobre o valor apresentado, até .............................................................................1%
2) Parecer verbal quanto a operações por hora técnica, a partir de 10%
imobiliárias do valor da anuidade vigente do
CRECI 2ª Região.
DIVISÃO DE COMISSÃO ENTRE
CORRETORES E PARTICIPANTES DO COI
1) Corretor e ou empresa imobiliária do vendedor ...........................................50%
2) Corretor e ou empresa imobiliária do comprador.......................................50%
3) Corretor em regime de co-participação com Empresa Imobiliária na venda de
imóveis de terceiros, somadas as comissões de captação e venda .......30%
4) Corretores de Plantão de Incorporação mínimo ..........................................25%
5) Corretagem de participação entre imobiliárias ............................................50%
11
4. Ver Decreto Nº 81.871 de 29 de Junho de 1978 no Caderno de Leis
Exercícios Propostos
3. Complete:
____________________ e _________________ capacitam o Corretor de Imóveis
para poder atuar no mercado.
12
7. Qual a condição para que o Corretor de Imóveis, que exerce suas atividades
nos termos da Lei nº 4.116 de 27/08/62, possa continuar exercendo sua
atividade?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
( ) Certa ( ) Errada
4. C
pretende atuar.
averbação pelo Conselho Regional, onde se inscrição no CRECI
10. Sim, desde que autorizado, via inscrição ou 3. Curso de TTI (diploma)
sindicatos respectivos. melhor técnica de venda.
desde que elaboradas e aprovadas pelos mercado, análise de documentação e
9. Sim, obedecidas as peculiaridades locais, 2. Anúncio planejado, conhecimento do
8. Certa 4. Locação de imóveis.
7. Revalidar anualmente sua inscrição. 3. Permuta
6. B 2. Venda
imobiliária. 1. 1. Compra
autoriza o corretor a promover a negociação
prazo determinado, onde o dono do imóvel
5. É um contrato de prestação de serviços por Respostas dos Exercícios Propostos
13
Lição 2 - Avaliação do Imóvel
1. Cada município tem o seu parcelamento do solo especificado em lei, que é a chamada
Lei de Zoneamento. Este é apenas um exemplo prático. Não estão sendo levadas em
consideração as Leis de Zoneamento vigentes para cálculo de recuos.
14
2. Garantias de um Negócio
Para garantir um negócio seguro e bem feito, deve-se sempre exigir do vendedor
(proprietário do imóvel) os seguintes documentos:
1) Certidão de Matrícula do Imóvel em nome do vendedor (emitida pelo RGI);
2) Certidão vintenária atualizada (emitida pelo RGI);
3) Certidão negativa de tributos municipais (emitida pela prefeitura);
4) Certidão negativa de multas por muro, passeio e limpeza (emitida pela
prefeitura);
5) Certidão negativa de débitos condominiais (emitida pelo atual síndico do
condomínio);
6) Certidão negativa de protestos de títulos (emitida pelo serviço central de
protesto de títulos);
7) Certidão negativa cíveis e da fazenda pública em nível estadual e federal
(emitida pelos cartórios distribuidores dos respectivos fóruns);
8) Certidões negativas trabalhistas (emitidas pelo cartório distribuidor do
fórum trabalhista);
9) Certidões negativas criminais e de execuções criminais (emitidas pelos
respectivos cartórios distribuidores);
10) Certidão atestando se o imóvel está ou não sujeito à área de recuo ou
investidura ou se está sujeito à zona de influência do metropolitano-metrô
(emitida pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos);
11) Certidão negativa do INSS para os casos em que se obrigam pessoas
naturais e jurídicas (expedida pela repartição previdenciária);
12) Certidão comprovando que a associação ou sociedade civil se acha
formalizada diante do Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
13) Certidão comprovando e regularizando a firma comercial ou sociedade
anônima perante o Registro do Comércio.
14) Documento legal, se o imóvel estiver alugado, provando a desistência
do inquilino quanto à preferência de aquisição (conforme modelo
apresentado na lição 9).
15) Antes de se lavrar o instrumento, quem o fizer deve verificar a
necessidade ou não de algumas providências, tais como:
a) Averbação da construção.
b) Averbação da demolição.
c) Averbação da alteração do nome da rua, do número e demolição do
imóvel.
d) Averbação da reconstrução.
e) Averbação de desmembramento.
15
f) Averbação de alteração do nome do vendedor e/ou de seu cônjuge.
g) Averbação do estado civil do vendedor e/ou de seu cônjuge.
h) Reconhecimento das firmas dos vendedores e testemunha em títulos de
instrumento particular.
16
Lição 3 - Registro do Imóvel
Art. 497 Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta
pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens
confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a
que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros
serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar
17
em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender
a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam
encarregados.
Parágrafo único: As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.
18
9) Se o vendedor estiver ausente temporariamente, deve-se apresentar
Procuração com poderes legais.
10) Se o vendedor for residente no exterior, deve-se apresentar Procuração
por instrumento público, submetido ao consulado do país de outorga. Esta
procuração deve ser traduzida por tradutor juramentado.
11) Se o vendedor for portador de defeito físico que o impossibilite de assinar,
ou analfabeto, deve apresentar instrumento assinado a rogo e sob fé
pública do tabelião.
12) Se o imóvel a ser vendido for um bem de espólio ou de massa falida,
deve-se apresentar Alvará expedido pelo juízo do inventário ou da
falência.
3. Proibições de Venda
Existem, ainda, outras proibições de venda, como as citadas a seguir:
1) Os pais não poderão hipotecar, alienar ou gravar de ônus os imóveis dos
filhos que estejam sobre seu poder familiar, a não ser no caso em que
demonstrem a necessidade (“passando fome”, com problemas para o
sustento da família) ou conveniência (obter alguma vantagem) e, dessa
forma, só com autorização judicial.
2) Os menores de 16 anos, os surdo-mudos, os loucos, os declarados
totalmente incapazes por ato de juiz, também não podem vender. São os
chamados absolutamente incapazes.
3) Da mesma forma, os declarados com relativa incapacidade, ou seja, os
maiores de 16 anos e menores de 18 anos, e os pródigos1.
4) Os ascendentes não podem vender aos descendentes sem que haja o
consentimento dos demais descendentes. Juridicamente, esta venda não
permitida é conhecida como Adiantamento de legítima.
5) O falido não pode dispor de seus bens a partir do momento da abertura
da falência ou da decretação do seqüestro dos bens.
6) O condômino2 não pode vender a sua parte em coisa individual a terceiros
ou a estranhos, a menos que atenda aos preceitos legais do Código Civil,
art. 1.3143.
1. Pródigo - Aquele que dissipa seus bens, gasta mais do que o necessário; gastador,
esbanjador, perdulário.
2. Condômino - Aquele que tem parte no bem. Exemplo: 5 irmãos são donos de uma casa;
portanto, os 5 são condôminos.
3. “Art. 1.314. - Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela
exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a
sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem
dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.”
19
7) Não podem ser alienados os bens inalienáveis, a menos que tenham
autorização judicial.
8) Os imóveis adquiridos pelo Sistema Financeiro da Habitação sem o
assentimento (aprovação) da entidade financiadora.
Art. 654 Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante
instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.
§ 1o - O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi
passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da
outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos.
20
Lição 4 - Conhecimentos Obrigatórios
para o Corretor
21
Defeitos são falhas que fazem com que o fornecimento de produtos ou
serviços afetem ou possam afetar a saúde e a segurança do consumidor.
22
ou omissão voluntária, negligência ou imprudência. O profissional liberal
(engenheiro) está sob o regime em que a culpa deve ser provada.
Vistorias em imóveis vizinhos à obra que se irá iniciar nas imediações (não há
necessidade de ser vizinho do imóvel ao lado, no caso de cravação de estacas,
por exemplo) correspondem a casos muito comuns de produção antecipada
de provas envolvendo danos às construções.
23
de muros divisórios, etc.) nos imóveis lindeiros1 ao início da obra, para que não
possa vir a ser responsabilizado como seu causador.
O que você precisa saber antes, durante e depois de comprar um lote? Quais
são os documentos necessários? Que cuidados você deve tomar para não ser
enganado?
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Os Direitos do Consumidor
3 Direito ao consumo: acesso a bens e serviços básicos.
3 Direito à segurança: garantia contra produtos ou serviços que possam
ser nocivos à vida ou à saúde.
3 Direito à escolha: opção entre vários produtos e serviços com qualidade
satisfatória e preços competitivos.
3 Direito à informação: conhecimento dos dados indispensáveis sobre
produtos ou serviços para uma decisão consciente.
3 Direito a ser ouvido: os interesses dos consumidores devem ser levados
em conta no planejamento e execução de políticas econômicas.
3 Direito à indenização: reparação financeira por danos causados por
produtos ou serviços.
3 Direito à educação para o consumo: meios para o cidadão exercitar
conscientemente sua função no mercado.
3 Direito a um meio ambiente saudável: defesa do equilíbrio ecológico
para melhorar a qualidade de vida agora e preservá-la para o futuro.
Março de 1993
35
Financeiro da Habitação; V - às providências a serem tomadas após a
obtenção da escritura.
36
II - Quanto ao recibo de sinal, proposta e contrato, verificar os seguintes
itens:
1 - a análise prévia de qualquer documento de ajuste. Não assine nada antes
de entender todo o conteúdo do contrato, proposta e/ou recibo do sinal.
Havendo dúvidas, procure o Procon ou um advogado especializado;
2 - as confrontações, caracterizações e localização da unidade pretendida,
comparando-a com a planta aprovada pela prefeitura;
3 - a qualificação completa das partes contratantes (nome, RG, CPF, estado
civil e, se casado, regime de bens e data do casamento, nacionalidade,
residência, domicílio e profissão);
4 - a anotação por escrito de devolução do sinal em dobro, no caso de
desistência do vendedor e de perda do sinal, se a desistência for do
comprador;
5 - o valor total do imóvel atualizado (valor da cota do terreno e da
construção);
6 - se, além do preço total, não existe cláusula de pagamento de outros
encargos (elevador, centro recreativo, playground, melhorias, etc.);
7 - a forma de reajuste das prestações (periodicidade, índice, local de
pagamento, vinculação a notas promissórias, etc.). Nos imóveis
contratados para entrega futura, é recomendável a adoção de índice de
preços para o reajuste das prestações que vencerem após a entrega das
chaves (IPC/FIPE, INPC/IBGE, etc.), pois, durante a construção, pode ser
adotado um índice setorial de custos (CUB/SINDUSCON, ICC/FGV, etc.).
Sugere-se a determinação exata do índice a ser utilizado, uma vez que
alguns índices são regionais e outros nacionais;
8 - o prazo para o início e a entrega da obra, devendo constar, no mínimo, o
mês e o ano;
9 - a existência de multa por atraso na entrega da obra;
10 - a estipulação ou não do prazo de carência dentro do qual as partes
poderão desistir do empreendimento;
11 - o regime de construção, se por empreitada (preço fechado) ou por
administração (preço de custo). Em qualquer um dos casos, solicite a
relação dos adquirentes-compradores e dos membros da comissão de
representantes;
12 - o valor dos encargos previstos, no caso de ocorrer atraso no pagamento
das prestações. As multas decorrentes de atraso não poderão ser
superiores a 10% do valor da prestação;
13 - os casos possíveis de rescisão, lembrando que, nas vendas fora do
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou em domicílio,
o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias a contar
de sua assinatura, devendo protocolar seu pedido por escrito e receber
corrigidos os valores pagos;
37
14 - se o imóvel apresenta algum tipo de ônus e as condições de sua
liberação;
15 - a quem caberão as despesas com ligações de serviços públicos;
16 - a forma e eventual valor cobrado no caso de transferência dos direitos e
obrigações para terceiros;
17 - a época em que o adquirente-comprador assumirá a responsabilidade
por tributos e encargos (IPTU, energia elétrica, água, gás, condomínio,
etc.);
18 - a época e a forma de transferência da posse, normalmente feita após a
liberação do financiamento e/ou do “habite-se”;
19 - se existe financiamento do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) para
construção da edificação, identificando o agente financeiro;
20 - a composição da renda familiar, pois cada agente financeiro possui
regras próprias quanto ao número de pessoas que integrarão a renda,
grau de parentesco, percentual de comprometimento da renda, etc.;
21 - a quem compete o pagamento de encargos relativos à liberação do
financiamento, que varia para cada agente financeiro;
22 - se não houve financiamento para a construção pelo SFH e houver
cláusulas que permitam a captação de recursos dentro do SFH, a quem
caberá a obtenção e a liberação do financiamento;
23 - caso não haja possibilidade de aceitação de financiamento, quais
serão as condições de pagamento a prazo e a forma de correção das
prestações, bem como o prazo para pagamento;
24 - condições ou não de retratabilidade ou revogabilidade;
25 - o foro para dirimir questões oriundas do contrato no âmbito judicial;
26 - que o contrato não esteja em branco; nunca assinar nestas condições;
27 - que não sejam deixados espaços em branco; risque aqueles que
estiverem nestas condições;
38
4 - o pagamento de emolumentos de cartório imobiliário competente;
5 - a documentação do imóvel, que deverá ser apresentada pelo incorporador ou
vendedor.
Obs.: os contratos particulares, nos quais façam parte entidades que integram o SFH,
possuem caráter de escritura pública. Quando se tratar de primeira aquisição, pode ser
solicitado abatimento de 50% sobre os emolumentos do cartório imobiliário.
C) Quanto às despesas:
1 - o valor do pagamento feito ao tabelião de notas (para lavratura da
escritura);
2 - o valor do imposto de transmissão;
3 - o valor dos emolumentos do cartório de registro de imóveis (registro da
escritura).
39
adquirente-comprador deverá solicitar:
1 - a alteração do cadastro do proprietário nas concessionárias de água e
esgoto, energia elétrica, gás e IPTU, na prefeitura;
2 - a baixa da hipoteca, se houver, no cartório imobiliário, após o término do
pagamento do imóvel.
Março de 1993
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania: Manuel Alceu Affonso
Ferreira
Coordenador do Procon: Marcelo Gomes Sodré
Equipe Técnica: Ana Thereza Cardoso, Betty Gindler, Carlos Eduardo Cervi,
Dante S. Kimura, Elisete Miyazaki, Mariângela Sarrubbo, Maria Regina Bucco,
Sônia Amaro, Sandra Castro.
Edição: Admond Bem Meir, José Carlos Torres, Marcy Sarmento, Monica
Mortara, Suely Actum, Ximena Contrera.
Jornalista Responsável: Sílvia Jabbur – MTb. 17.244
40
Administradora
Animais
Tais requisitos são: segurança, sossego e saúde. A Justiça analisará caso a caso,
quando necessário.
Assembléia
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Assembléia Geral Extraordinária
É realizada uma vez por ano. Sua principal finalidade é aprovar as verbas
para as despesas de condomínio do próximo exercício, bem como apresentar
a prestação de contas do exercício que se encerrou.
Atraso no Pagamento
Autogestão
Conselho Consultivo
A destituição dos membros só pode ser feita através de uma assembléia geral.
Construção e Obras
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Convenção
A convenção, que deve ser seguida por todos os moradores, não pode ser
contrária à legislação. Ela deve ser elaborada por escrito, registrada em
Cartório de Registro de Imóveis e conter, além de outras, as seguintes normas:
• discriminação e especificações das áreas comuns e privativas;
• definição das funções de diferentes partes;
• definição das regras de utilização dos objetos e serviços comuns;
• discriminação da forma e proporção dos pagamentos de despesas
ordinárias e extraordinárias;
• forma de escolha do síndico e do conselho consultivo;
• atribuições do síndico e definição se seu trabalho será ou não remunerado;
• modo e prazo de convocação das assembléias, bem como o quorum
exigido;
• forma de contribuição para constituição do fundo de reserva;
• forma e quorum necessário para alteração da convenção e do regimento
interno. As alterações devem ser registradas em Cartório de Registro de
Imóveis;
• definição das funções do conselho consultivo.
Cota (ou Quota)
Demonstrativo
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Despesas Extraordinárias
Despesas Ordinárias
Fachada
Fundo de Reserva
Furto em Condomínio
44
Geralmente, quando a chave do carro tem que ser deixada em quadro de
chaves, com o garagista ou zelador, para manobras, se ocorrer furto ou avaria
do veículo a responsabilidade é do condomínio.
Garagem
Horário
Multas
Têm como objetivo punir os que não fazem utilização normal das unidades
e áreas comuns, dentro dos padrões pré-estabelecidos, sejam os infratores
moradores, funcionários, visitantes, etc.
45
Cabe ao síndico efetuar o procedimento de cobrança de multa, que reverterá
para o condomínio.
Piscina
Procuração
Quorum
46
c) para alteração da convenção: votos de condôminos que representem
no mínimo 2/3 do total das frações ideais, salvo estipulação diversa em
convenção;
d) para deliberação sobre reconstrução ou venda do terreno ou materiais,
em virtude de sinistro total ou que destruiu mais de 2/3 da edificação:
mínimo de votos que representem metade mais um das frações ideais
de terreno;
e) para deliberação sobre demolição e reconstrução do prédio ou alienação
em virtude de insegurança, insalubridade, motivos urbanísticos ou
arquitetônicos: condôminos que representem pelo menos 2/3 do total de
unidades isoladas e frações ideais correspondentes a 80% do terreno e
coisas comuns;
f) para convocação de assembléia geral extraordinária: 1/4 no mínimo, do
condomínio;
g) para destituição do síndico: 2/3 dos condôminos presentes e que tenham
votos proporcionais às frações ideais de terreno e partes comuns, salvo
estipulação diversa em convenção;
h) para os casos de alienação, concessão a terceiros de parte de uso
comum, alteração do destino de parte do terreno ou coisa de uso comum:
totalidade de votos representativos do condomínio.
Rateio Extra
Reajuste
Regimento Interno
47
Salão de Festas
Segurança
Síndico
48
g) guardar durante cinco anos a documentação relativa ao condomínio.
49
u) verificar o cumprimento das normas municipais e estaduais quanto
à segurança da edificação (vigência da apólice de seguro de incêndio,
extintores, portas corta-fogo, iluminação de emergência, corrimãos nas
escadas, etc.);
v) verificar, na prefeitura, o pagamento da taxa e o prazo da licença de
funcionamento dos elevadores;
w) por fim, para fazer valer os seus direitos, os condôminos e inquilinos
devem participar efetivamente das assembléias.
Março de 1993
Se você tiver alguma dúvida sobre qualquer ponto deste ABC e quiser
obter maiores esclarecimentos, procure o órgão de terra do Governo mais
próximo de você. Ou se comunique com o próprio MEAF, em Brasília.
50
“Quer dizer que o
“Tá sim! Mas você
Governo está dando
tem que cumprir suas
um apoio pra gente ter
obrigações.”
terra?”
RELAÇÕES DE TRABALHO
É a relação entre empregador e empregado, com leis e
obrigações trabalhistas que precisam ser cumpridas.
51
“Se eu trabalhar direito, “Claro, você cumpre a
posso contar com o sua parte e o governo
Governo?” cumpre a dele.”
52
TITULAÇÃO
É quando o Governo entrega ao homem do campo o título de
propriedade, para pagar a longo prazo, com os benefícios da
própria terra. Este documento é legal e definitivo.
COLONIZAÇÃO
Trabalho realizado pelo Governo, ou por uma empresa
autorizada, que divide áreas de terra em lotes, titula esses lotes
e cria condições para seu aproveitamento.
“Quando a posse é
“Os posseiros têm legítima, o direito é
algum direito?” reconhecido, com título
de propriedade e tudo.”
USUCAPIÃO ESPECIAL
Depois de 5 anos, plantando e morando na terra, e com posse
mansa e pacífica, o agricultor pode requerer uma sentença ao
juiz, que serirá de título para transcrição no Registro de Imóveis.
53
“E a gente tem direito a
terras do Governo?”
DIREITOS
Verifique seus direitos, como o de usucapião, por exemplo,
nos orgãos de terra. não seja um invasor. A invasão não lhe
dá direito algum.
LATIFÚNDIO E MINIFÚNDIO
Latifúndios improdutivos são grandes áreas mantidas
abandonadas ou mal exploradas. O minifúndio antieconômico
é a propriedade muito pequena que não dá para sustentar
uma família
54
“Quer dizer que é só “De jeito nenhum. Não é
entrar e tomar posse da invadindo que você conquista
terra?” os seus direitos.”
55
“Quando eu recebo um título “Você não deve vender! Ela
de terra do Governo, posso existe para ficar nas suas
vender, passar adiante?” mãos, garantindo seu futuro.
E não para o comercio.”
3.1 Introdução
3.2 O Cooperativismo
Verifique se a Cooperativa:
57
3 Cumpriu todos os atos jurídicos para constituição e funcionamento, e,
em especial, se sua proposta está de acordo com os atos cooperativos
previstos no seu Estatuto, conforme a Lei nº 5.764/71. Confira, por exemplo,
se existe de fato um Estatuto da Cooperativa e se o mesmo foi aprovado
em assembléia dos membros.
3 Está registrada na Junta Comercial do Estado.
3 Está inscrita no CGC (Cadastro Geral dos Contribuintes, atual CNPJ –
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) do Ministério da Fazenda.
3 Possui sede e/ou local de atendimento ao associado, com pessoas
devidamente preparadas.
3 Dispõe de estrutura técnica adequada ou de um Órgão Assessor de
reconhecida capacidade técnica especializada e com experiência na
área habitacional. Procure informar-se sobre a empresa que assessora a
cooperativa, sua experiência no mercado e seu currículo.
Outras recomendações:
A Cooperativa deverá:
3 Promover empreendimentos habitacionais em terrenos definidos, com
documentação regular e previamente analisados quanto à viabilidade
técnica. O Órgão Assessor ou a construtora contratada devem prestar a
esse respeito todas as informações necessárias, sempre que solicitadas.
3 Informar ao interessado a localização e demais condições do terreno
onde será realizado o empreendimento habitacional.
3 Apresentar a ficha técnica (ou equivalente) emitida pela Prefeitura,
comprovando que a área é adequada àquele empreendimento.
3 Contratar para a execução das obras uma construtora idônea, séria e com
experiência na construção de conjuntos habitacionais.
3 Informar ao cooperativado as condições de aquisição do terreno, bem
como manter à disposição a documentação correspondente à mesma.
3 Verificar no Cartório de Registro de Imóveis se o terreno onde será
executado o empreendimento apresenta ônus, ou seja, se há fato
58
impeditivo para sua livre aquisição e utilização.
3 Fornecer informações precisas sobre o plano habitacional e as condições
de contratação da obra, acompanhadas de planta do apartamento ou
casa e suas áreas, e de planta que mostre a implantação das construções
sobre o terreno. Fornecer também o memorial descritivo, documento que
detalha a construção e os acabamentos do empreendimento.
3 Definir se o contrato de construção da obra com a construtora será a
preço fechado ou a preço de custo. Observe as diferenças entre as duas
modalidades de contratação:
59
3 Normas de ocupação das unidades prontas antes da escritura definitiva.
3 Descrição detalhada dos direitos dos cooperados que possa, se necessário,
dar base a qualquer reivindicação, inclusive judicial.
3 No caso de existência de agente financeiro, as condições de
financiamento e as garantias a serem oferecidas (por exemplo, a hipoteca
do terreno).
60
município, atualizando constantemente os endereços e telefones dos
mesmos. O mesmo vale para os órgãos: Aabic (Associação Administrativa
de Bens Imóveis e Condomínios), Creci (Conselho Regional de Corretores
de Imóveis), Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação
e Administração de Imóveis), PAJ (Procuradoria e Assistência Judiciária),
Crea (Conselho Regional de Engenharia, Agronomia e Arquitetura) e IAB
(Instituto de Arquitetos do Brasil).
Exercícios Propostos
4. Conceitue dano.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
61
5. O consumidor, quanto aos seus direitos, pode ter reparação financeira
por danos causados por produtos ou serviços. Estamos falando de:
( ) a) direito à informação.
( ) b) direito à indenização.
( ) c) direito à independência de ação.
( ) d) direito ao consumo.
10. Quais são os três tipos de garantia que podem ser utilizados em um
contrato locatício?
1. _______________________________________________________________
2. _______________________________________________________________
3. _______________________________________________________________
62
11 - O que é “direito de preferência” nos contratos de locação?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
12. Assinale a alternativa que apresenta dois tipos de caução real:
( ) a) penhor e hipoteca;
( ) b) fiança e duplicata;
( ) c) penhor e fiança;
( ) d) Nenhuma das alternativas anteriores;
63
Lição 5 - Impostos, Taxas e Certidões
Nesta lição você irá conhecer os impostos, taxas e encargos que incidem
sobre os imóveis, as certidões e despesas com documentação, conhecimentos
indispensáveis ao exercício da função de Corretor de Imóveis.
1.1 Elementos
a) Bem imóvel por natureza ou acessão física - É o solo com a superfície,
os seus acessórios e adjacentes naturais, compreendendo as árvores e
os frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. Tudo quanto o homem
incorporar ao solo, como a semente lançada à terra, os edifícios e
construções, de modo que não possa retirar sem destruição, modificação,
fratura ou dano (Cód. Civil, art. 43, I).
b) Zona urbana - É definida em lei municipal, observando o requisito
mínimo da existência de dois dos seguintes melhoramentos, constituídos
ou mantidos pelo Poder Público, a saber: meio fio ou calçamento, com
canalização de águas pluviais; abastecimento de água; sistema de esgotos
sanitários; rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar; escola primária ou posto de saúde a uma distância
mínima de três quilômetros do imóvel considerado. (Código Tributário
Nacional, art. 32).
c) Área urbanizável ou de expansão urbana - É a área constante de lotea
mentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à
64
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas, como tal
definidas em lei.
d) Área urbana por equiparação - É o caso de “sítio de recreio” e no qual
a eventual produção não se destine ao comércio (Decreto Lei no 57 - de
18/12/66 - art. 14).
1.2 Não-Incidência
1.3 Isenção
A isenção do IPTU pode ocorrer por lei, lei ordinária do sujeito ativo (que é
o mais freqüente) ou pela União, através de lei complementar, atendendo
a relevante interesse social ou econômico nacional: uma das limitações
constitucionais do poder de tributar (Cap. 14, §3o ff).
Consideram-se imunes desse imposto os sítios com áreas que não excedam a
25 hectares e quando os cultive, só ou com a família, desde que o proprietário
1. Aformoseamento
Ato ou efeito de aformosear; tornar formoso; embelezar.
65
não tenha outro imóvel. Excluem-se do Imposto Territorial Rural todos os
imóveis que se enquadrem no art. 322 do Código Tributário Nacional.
A base de cálculo deste imposto é o valor fundiário, isto é, o valor do solo nu, sem
qualquer intervenção humana. O fato gerador é a propriedade, o domínio útil
ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da
zona urbana do município.
3. Certidões Negativas
A certidão negativa isenta o comprador de toda responsabilidade, além
de exonerar o imóvel. Por isto, é necessário que, em toda escritura de
transferência de imóvel, sejam transcritas as certidões de quitação com a
Fazenda Federal, Estadual e Municipal, referentes aos impostos a que estiver
sujeito.
66
• Departamento de Saúde do Estado – Certidão do que constar sobre
multas e infrações legais.
• Departamento de Urbanismo da Prefeitura - Certidão de que o imóvel
não está sujeito a restrições para construção.
• Diretoria de Impostos e Taxas sobre a Riqueza Imobiliária da Secretaria
da Fazenda - Certidão de localização do imóvel.
• Procuradora de Terras do Estado - Certidão do que constar de concessões,
arrendamentos e outros.
• Justiça do Trabalho - Certidão de distribuição de ações, execuções e
penhoras relativas a questões trabalhistas.
• Ministério da Aeronáutica - Certidão sobre zonas de proteção e
aeroportos.
• Ministério do Exército - Certidão sobre planos de desapropriação.
• Ministério da Marinha - Certidão sobre zona de faixa litorânea.
4. Encargos Previdenciários
A Consolidação das Leis da Previdência Social estabelece que o proprietário, o
dono da obra, o condômino de uma unidade imobiliária, seja qual for a forma de
contrato de execução de obra de construção, acréscimo ou reforma do imóvel,
são igualmente responsáveis (solidários) com o construtor para cumprimento
das obrigações que nela constam, a menos que tenha havido, por parte deles,
alguma retenção de importância, para garantia dessas obras até a expedição de
Certificado de Quitação.
67
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os
direitos reais de garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único - nas transações causa mortis ocorrem tantos fatos geradores
distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Antes de fazer qualquer operação imobiliária, você deve ter o cuidado espe
cial de verificar se o imóvel (objeto da transação) está realmente livre de
qualquer ônus ou gravame, antes ainda de ser dado o sinal. Em caso de ser
dado sinal, poderá haver cláusula de devolução da respectiva importância,
dentro de 48 horas, se comprovada a existência de tal.
68
tributação sobre a terra, com a finalidade de melhor alcançar a distribuição
da terra e sua renda.
Não-Incidência do ITBI:
IMPORTANTE
Exercícios Propostos
5. Quando mencionamos que um contrato não pode ser desfeito pela vontade
de apenas uma das partes, estamos falando de qual característica?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
5. Irretratabilidade.
4. A
3. O adquirente do imóvel.
imóvel considerado.
rede de iluminação pública, escola primária, posto de saúde à distância mínima de 3 km do
2. Meio-fio, canalização de águas pluviais, abastecimento de água, sistema de esgotos sanitários,
1. É a esfera municipal.
71
Lição 6 - Condomínio Edilício
1. Convenção do Condomínio
Convenção é um conjunto de regras resultantes de um acordo entre os
membros de um mesmo grupo social. É uma “coleção de regras” estipuladas
para uma convivência saudável.
72
Na instalação do condomínio, quando se inicia a convivência em grupo, é que
começam a surgir os problemas, pois o prédio recebe uma população que
gera despesas com água, luz, manutenção, melhorias, etc., além da sua própria
instalação permanente, com contratação de porteiros, faxineiros, seguranças,
decoradores, jardineiros, compra de materiais, entre outros.
Toda Convenção de Condomínio deve ser feita com base na Lei nº 4.591, de 16
de dezembro de 1964 e no Código Civil.
2. Assembléia
Assembléia é uma reunião de pessoas num mesmo local, com a finalidade
de tomar decisões. Após a instalação do condomínio, é convocada a Primeira
Assembléia Geral dos Condôminos (geralmente, mediada pela própria
construtora), a fim de eleger o síndico, o subsíndico e o corpo de conselheiros,
além de decidir como será administrado o edifício: por autogestão,
administração independente ou outro.
73
Tipos de Principais Inquilino Número Mínimo Número de
Assembéias Finalidades de Presentes Votos
Ordinária • Aprovação das Sem procuração Qualquer número Metade mais um
contas da fração ideal
• Eleição do Com procuração
Síndico
• Previsão Com procuração
Orçamentária
Extraordinária • Aprovação da Com procuração Mínimo de 2/3 da 2/3 da fração ideal
convenção fração ideal
5. Quorum
Quorum é o número exigido de membros presentes em uma assembléia
deliberante para que uma eleição seja válida legalmente, ou seja, é o número
mínimo necessário, de acordo com o que estipula a Convenção do Condomínio,
de moradores presentes e votantes em uma assembléia deliberativa.
Convenção - Mínimo de dois terços (2/3) das frações ideais que compõem o
condomínio.
74
Alteração da Convenção - Mínimo de dois terços (2/3) das frações ideais que
compõem o condomínio.
6. Fundo de Reserva
Todo condomínio deve criar um fundo de reserva limitado a um montante
estipulado na própria Convenção. Este fundo é uma quantia paga pelo co-
proprietário, mensalmente ou não - cada condomínio determina a forma de
pagamento e o valor desta cota destinada à formação do fundo de reserva -
para atender as despesas urgentes, inadiáveis e imprevistas no orçamento e de
necessidade comprovada. Exemplo: reparos no elevador, impermeabilização
da caixa d’água, entre outras.
Além de uma pequena quantia mensal paga por cada um dos condôminos,
existem outras formas de se canalizar recursos para a manutenção de um
fundo de reserva, devendo-se sempre observar o que está estipulado em
Convenção. As principais formas são:
• os juros moratórios e multas cobradas dos condôminos;
• 20% do saldo verificado no orçamento de cada exercício;
• 10% da contribuição trimestral de cada condômino;
• receitas auferidas com a utilização do salão de festas.
7. Penalidades
A desobediência ou inobservância de qualquer das estipulações da Convenção de
Condomínio e do Regulamento Interno torna o condômino um infrator passível
de advertência escrita (feita pelo síndico) e multa de um valor determinado em
Convenção, se a advertência não for atendida no prazo estipulado.
75
A garantia da execução de uma dívida condominial é o próprio imóvel em
apreço. Assim, ao analisar a documentação de um apartamento que tenha
despesas condominiais, o comprador deve sempre exigir do vendedor
uma certidão ou declaração do síndico com firma reconhecida, xerox
autenticada da ata da reunião que o elegeu, com- provando que o imóvel em
questão nada deve ao condomínio.
8. Contratos e Seguro
O síndico deve sempre tomar um cuidado extremo com todos os serviços de
manutenção, pois todas as responsabilidades são dele. Assim, o síndico, com
auxílio da administradora, deve analisar atentamente cada item de cada Con-
trato de Prestação de Serviços, como, por exemplo: prazo de duração, forma
de pagamento, tipo de serviço prestado, forma de rescisão, etc.
8.2 Benfeitorias
76
9. Locatários
Somente após o surgimento da Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245, de 18 de
outubro de 1991), a figura jurídica do locatário passa a aparecer perante
o condomínio. A lei que regulamenta os condomínios (Lei nº 4.591/64) não
menciona as palavras inquilino ou locatário, utilizando apenas o termo
“ocupantes do imóvel”.
Assim, com a nova Lei do Inquilinato, com base no artigo 83, foi feita uma
alteração na Lei nº 4.591/64, com o acréscimo do §4º ao artigo 24, que diz:
77
• auxiliar o síndico na contratação dos seguros da edificação ou conjunto de
edificações;
• pagar as despesas do condomínio, quando autorizadas, e desde que haja
fundos suficientes na conta-corrente;
• administrar os funcionários do condomínio, disciplinando, suspendendo.
11. Documentação
O síndico, antes de assumir o cargo, deve verificar toda a documentação do
condomínio, evitando surpresas com problemas criados na gestão anterior,
como dívidas e ações na Justiça. Após a verificação, deve elaborar um relatório,
que será levado ao conhecimento de todos os condôminos em assembléia,
ficando, assim, livre de qualquer responsabilidade sobre as ações passadas.
12. Elevadores
Este item requer bastante atenção e responsabilidade por parte do síndico
e da empresa que faz a manutenção, havendo uma série de exigências
legais que devem ser cumpridas. Seria interessante que o síndico
divulgasse regularmente a importância e os riscos desse aparelho de
transporte, informando a necessidade da colaboração de todos os usuários,
principalmente das crianças.
79
12.1 Cuidados com os Elevadores
1º) Na casa de máquinas não deve ser guardado nenhum objeto, pois, além
de incomodar o pessoal da manutenção, pode causar incêndios.
2º) Não pode ocorrer infiltração de água nas instalações, quer seja da
lavagem dos halls e pisos, quer seja de vazamentos. Um vazamento pode
causar curto-circuito no sistema, acarretando riscos imprevistos aos
usuários.
3º) O acesso à casa de máquinas, ao poço e à caixa de passagem só deve
ser feito por pessoas habilitadas. Esses lugares devem estar sempre
trancados e as chaves devem ser guardadas em local seguro.
4º) O transporte de cargas concentradas e pesadas, como cofres, exige
regulagem especial dos freios e manobra em baixa velocidade. O
zelador deve comunicar-se com o posto de serviços para que seja feita a
regulagem por eles, inclusive com termo de responsabilidade.
5º) Atenção para o número máximo de pessoas, pois o excesso de peso
coloca em risco o aparelho, além de provocar maior desgaste dos
componentes.
6º) Avisar aos usuários dos elevadores que não devem jogar lixo (clipes,
palitos, cigarros, papéis de bala, gomas de mascar, etc.) no poço do
elevador.
7º) Não permitir que pessoas não-habilitadas mexam nos elevadores.
80
• É necessário que se respeite o número de pessoas ou peso máximo
permitido para cada equipamento.
• As crianças devem ser orientadas a usar o elevador com segurança,
posicionando-se sempre afastadas das portas, e a evitar brincadeiras,
pulos ou movimentos bruscos.
• Antes de abrir a porta do pavimento, certificar-se da presença, no andar, da
cabina do elevador.
• Comunicar à empresa conservadora qualquer irregularidade no seu
funcionamento. Exemplo: barulhos estranhos, des- nivelamento entre a
cabina e o pavimento, movimento anormal durante o percurso, etc.
• Não deve haver no interior da cabina do elevador elementos estranhos
que possam causar danos aos usuários em caso de parada brusca.
Exemplo: objetos de decoração.
• Recomenda-se que toda cabina possua iluminação de emergência.
• O alarme deve estar em condições de uso, devendo somente ser usado nos
casos de emergência, evitando-se brincadeiras.
81
14. Assaltos
Infelizmente, hoje não estamos seguros em lugar nenhum. Todo cuidado
é pouco para impedir que marginais entrem no condomínio. Além da
instalação de grades de segurança, portões com dispositivos eletrônicos,
alarmes, comandos a distância para as garagens e vigias permanentes, outras
precauções podem ser adotadas pelo condomínio:
• O síndico pode pedir a todo funcionário, no ato da contratação, que
apresente “Atestado de Antecedentes”, requerido no Instituto de
Identificação (delegacia), tentando evitar que elementos fichados na polícia
façam parte do quadro de funcionários.
• Manter um bom relacionamento com os funcionários e efetuar os
pagamentos de acordo com as leis, tentando evitar ações vingativas.
• Proporcionar aos funcionários, principalmente aos porteiros e zeladores,
treinamento específico para segurança.
• Todo empregado do condomínio deve usar crachá para identificação.
• Lembrar sempre aos moradores do perigo existente na abertura da
garagem através do comando remoto que, devido a algum descuido do
motorista, pode facilitar a entrada de alguém mal-intencionado. O uso de
identificação nos pára-brisas dos veículos auxilia o reconhecimento.
• Não permitir que desconhecidos entrem no condomínio sem serem
anunciados e sem que o morador autorize sua entrada.
• O morador não deve abrir a porta de seu apartamento a um desconhecido,
mesmo que ele esteja na companhia de um funcionário do condomínio.
• Pedir aos visitantes ou prestadores de serviços (funcionários das empresas
telefônicas, de água, de força e luz, de correio, entregadores, tintureiros,
etc.) que exibam, na portaria, seu documento de identidade, cabendo ao
funcionário anotar em livro próprio: data, nome, número do documento e
finalidade da visita.
Exercícios Propostos
82
2. O que é necessário para destituir o síndico?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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83
Lição 7 - Incorporações Imobiliárias
1. Tipos de Incorporação
Basicamente, existem dois tipos mais comuns de incorporações:
1º) Sistema Preço de Custo ou Administrado - Neste sistema, o valor do
apartamento, no momento da venda, é mera expectativa. O comprador
não tem garantia nenhuma quanto aos valores das prestações que terá
que arcar durante o período da construção. O único preço constante do
contrato que permanece inalterado é o valor da fração ideal do terreno,
quando a construção tem o seu preço dependente do custo real da obra.
2º) Sistema de Preço Fechado - Neste sistema a unidade é prometida à
venda por valor fixo, ou reajustável, mas não de acordo com as variações
dos preços dos materiais e da mão-de-obra, e sim exclusivamente
de acordo com as variações dos índices econômicos. O apartamento
é colocado a venda, antes ou durante a construção, por um preço já
acertado, invariável, em moeda corrente ou em algum outro valor
indexado (BTN, TR, OTN, UFIR, UPC, etc.).
84
Assim, aproveitando-se do fato do comprador estar cheio de problemas e
num momento psicologicamente desfavorável, as más construtoras acabam
conseguindo acordos vantajosos e criando uma total inversão dos papéis,
onde o proprietário fica sujeito às imposições de quem contratou para
prestar-lhe serviços.
85
Lição 8 - Crédito Imobiliário
Neste caso, a pessoa pode utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) não só para dar a entrada no imóvel, como também para quitar
parcelas. Qualquer pessoa pode utilizar o recurso do FGTS, desde que já não
tenha utilizado esse fundo em outra ocasião. Além disso, ela não pode ter
imóvel no mesmo município e utilizar outro tipo de financiamento no País.
86
1.1 Sistemas de amortização
87
parcela de juros do saldo devedor. Verifica-se que a partir de determinado
período do financiamento o valor do encargo mensal começa a diminuir.
Pela Tabela Price, o comprador começa a pagar seu imóvel com parcelas
mensais mais baixas que as do Sacre. Ao longo do contrato, no entanto,
as parcelas sobem progressivamente, superando, e muito, as dos demais
sistemas. Na Tabela Price, as prestações e o saldo devedor são corrigidos
mensalmente pela TR. A amortização inicial dos juros nesse sistema é menor,
fazendo com que apenas a partir da metade do número de anos estabelecido
em contrato comece a ser reduzido o saldo devedor do comprador.
88
O seguro destina-se a cobrir os sinistros decorrentes da morte ou invalidez
do mutuário, danos físicos na unidade habitacional e de responsabilidade do
construtor.
2. Carteira Hipotecária
Segundo estipula o Banco Central, não há limite para juros, que são calculados
de acordo com o mercado. Também não existe qualquer restrição quanto ao
valor do financiamento ou de avaliação do imóvel. Porém, se a pessoa quiser
utilizar o recurso do FGTS para dar entrada ela precisa respeitar o teto de R$
245 mil do SFH. Neste caso, contudo, o Fundo não pode ser utilizado como
recurso para quitar prestações - este tipo de pagamento extraordinário fica a
cargo das reservas da caderneta de poupança, que também pode ser utilizada
como entrada.
89
carimbo”. Isso significa que ela pode pegar um empréstimo informal com um
parente, utilizar fundos de aplicações pessoais ou de outras fontes, sem haver
necessidade de comprovar o caminho deste dinheiro.
No SFI, as prestações não podem ser amortizadas com recursos do FGTS. Não
há limite para valor do imóvel, valor do financiamento ou de cobrança de
juros. Todos esses detalhes ficam a cargo do banco, que fará a avaliação com
a pessoa.
4. Consórcio
Os consórcios, apesar de não serem agentes financiadores, também são
fiscalizados pelo Banco Central, mas não há imposições quanto ao tipo de
taxa que será cobrada ou ao programa que será oferecido.
Exercícios Propostos
90
2. Quando se caracteriza um início de incorporação?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
91
8. Os depósitos do FGTS poderão ser movimentados para a construção de
moradia. Está afirmação está:
( ) Certa ( ) Errada
92
Lição 9 - Código Civil
Dispositivos de Interesse
93
Lição 10 - Glossário de Termos Técnicos
e Expressões Jurídicas
Como este glossário é formado tanto por simples palavras, quanto por ex-
pressões inteiras, para consultá-lo considere o espaço entre duas letras
como uma letra. Por exemplo: A - Rogo vem antes de Abandonatário, por-
que depois do A, na primeira expressão vem o espaço - e, na palavra, depois
do A vem a letra B.
Caso surja mais alguma dúvida sua com relação às palavras e expressões
citadas, aconselhamos que consulte um dicionário ou entre em contato co-
nosco através dos meios colocados à sua disposição.
ABAIXO DO CUSTO - Assim se diz da venda que se faz por preço inferior ou
menor que o de custo da avaliação da coisa.
94
ABANDONATÁRIO - Aquele que toma posse de imóvel que esteja abandona-
do. Pessoa que adquiriu direitos ou coisas abandonadas. Pessoa em benefício
da qual é feito o abandono de bens por um credor.
AÇÃO CÍVIL - Ação que resulta de demanda intentada em juízo civil, para
haver garantia de direito ou cumprimento de obrigação fundada em preceito
do direito civil. Será assim o direito de pedir o cumprimento de uma obriga-
ção fundada num contrato ou quase contrato.
95
AÇÃO COMINATÓRIA - É a que cabe a todo titular de um direito, para que
outrem cumpra a obrigação ou preste algum fato, ou se abstenha da prática
de ato, todos perturbadores de relações jurídicas pré-existentes ou que pos-
sam ser exigidas.
AÇÃO CONFESSÓRIA - Ação que tem como fim a declaração de uma servi-
dão que existe de fato, tornando-a de direito.
96
AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL - É aquela proposta
para promover a transferência compulsória ao patrimônio público de deter-
minado imóvel do domínio privado (ou público quando o ente proprietário
for hierarquicamente inferior), visando promover a justa distribuição da pro-
priedade ou para condicionar o seu uso ao bem estar social. Somente os imó-
veis situados em áreas declaradas prioritárias para fins de reforma agrária,
poderão ser desapropriados por interesse social.
97
AÇÃO DEMARCATÓRIA - Visa demarcar o terreno junto aos limites das pro-
priedades vizinhas, com base nas escrituras que os proprietários dispuserem.
AÇÃO DOMINIAL OU DOMINICAL - Toda ação que tenha como objeto o do-
mínio do imóvel.
AÇÃO ENFITÊUTICA - Toda a ação que diz respeito à enfiteuse, seja ela pro-
posta pelo enfiteuta ou pelo senhorio.
98
b) os loteamentos rurais destinados à utilização econômica ou agro-
industrial;
c) as áreas resultantes de processo de desmembramento de imóveis rurais;
d) as novas parcelas resultantes de processos de remembramento de
minifúndios (art. 13, do Decreto nº 59.428/66).
AD CORPUS - Pelo todo, pelo corpo. Diz-se da escritura lavrada cuja des-
crição do terreno retrata o imóvel sem detalhar com rigor suas dimensões.
Contrário de Ad Mensuram.
99
ALIENABILIDADE - Assim se diz da qualidade jurídica do bem que pode ser
cedido, transferido ou alheado a título gratuito ou oneroso.
ALVARÁ JUDICIAL - Decreto mandado lavrar pelo Juiz, para que se cumpra
uma decisão por ele tomada, seja em sentença dada, seja mero despacho.
ÁREA CONSTRUÍDA - Paredes, varandas, etc. Sempre maior que a área útil.
100
ÁREA ÚTIL - Apresentada geralmente igual à área habitável mas, no sentido
exato, envolve no seu cálculo: passagens, vãos e áreas de serviço dentro do
apartamento ou casa.
101
ARRENDATÁRIO - O que toma em arrendamento um imóvel, geralmente
rural; rendeiro. Inquilino, locatário de imóvel urbano. Assim se diz da pessoa
que toma um bem em arrendamento. É locatário, na locação.
BEM DOTAL - É o bem destinado ao sustento do casal, que a mulher traz para
o casamento, ficando o marido com a obrigação de restituí-lo, ao dissolver-se
a sociedade conjugal. O dote pode ser constituído pela mulher, por seus as-
cendentes ou por terceiros.
102
CADEIA DOMINIAL DE IMÓVEIS - Seqüência ininterrupta de atos de trans-
missão de propriedade de um imóvel, partindo da origem até chegar ao últi-
mo proprietário.
103
b) obter inscrição, aprovação ou registro como empresa de colonização
particular;
c) obter aprovação de projeto de loteamento;
d) desmembrar, arrecadar, hipotecar, vender ou prometer em venda, imóvel
rural;
e) nos casos de sucessão “causa mortis” nenhuma, partilha amigável ou
judicial, poderá ser homologada pela autoridade competente.
104
CONDÔMINO - Indivíduo que é dono de uma propriedade, juntamente com
outro(s); co-proprietário. Assim se designa a pessoa que com outra exerce o
direito de propriedade sobre um imóvel.
105
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - Contribuição devida pelas categorias
econômicas (dos empregados, plano CNA) e profissional da agricultura (dos
empregados, Plano CONTAG). Essa contribuição está prevista na CLT e sua
cobrança foi delegada ao INCRA pelo Decreto-lei nº 1.166/71.
106
DECLARAÇÃO PARA INSCRIÇÃO NO CADASTRO RURAL - Pessoa Jurídica
(DICR-RJ) - Formulário destinado ao cadastramento de pessoas jurídicas de
imóveis rurais.
107
DOMÍNIO PÚBLICO - Aquilo que pertence a todos. O que não pode ser con-
siderado particularmente.
108
FAIXA DE FRONTEIRA - É a faixa interna de 150 km ao longo das fronteiras
do Brasil (Lei nº 6.634/79).
109
GABARITO - Medida ou padrão adotado pelas posturas municipais, em rela-
ção à altura das edificações, em virtude do que se estabelece o número de an-
dares que possa ter o edifício, em certas e determinadas vias públicas. Nome
que se dá ao limite regulamentar de altura a que devem obedecer as edifica-
ções dentro de determinada área.
GRILEIRO - Aquele que pratica grilagem. É o indivíduo que por meio de frau-
de ou outro meio ilícito, falsifica no todo ou em parte, documento público ou
particular com o fim de obter para si ou para outrem a propriedade do imóvel
alheio.
110
IMISSÃO DE POSSE - Ato judicial que faz voltar a posse da coisa à pessoa, a
quem por direito pertence, ou sob cuja guarda deve estar.
111
LATIFUNDIÁRIO - Proprietário de grande gleba de terra, proprietário ou ar-
rendatário de um latifúndio. Pessoa que vive às expensas dos rendimentos
imobiliários de sua propriedade.
LATIFÚNDIO POR EXPLORAÇÃO - Imóvel rural com área entre 1 e 600 mó-
dulos fiscais, que seja mantido inexplorado com fins especulativos ou ina-
dequadamente explorados, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de
empresa rural.
112
LOCATÁRIO - Aquele que aluga, que se serve de um objeto, de um imóvel
mediante o pagamento de certa quantia estipulada em contrato, escrito ou
verbal, ao locador ou senhorio. Inquilino.
MUTUÁRIO - Pessoa que, num contrato mútuo, toma por empréstimo ou re-
cebe a coisa emprestada. Aquele que recebe qualquer coisa por empréstimo.
113
O
PERITO JUDICIAL - Aquele que age devidamente nomeado por um juiz, para
exame ou vistoria de caráter técnico
114
PROLATAR - Proferir (sentença); promulgar.
115
RETRO-VENDA - O vendedor pode reservar-se o direito de reaver, em certo
prazo, o imóvel que vendeu, restituindo o preço mais as despesas feitas pelo
comprador.
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USUCAPIÃO - Sinônimo de prescrição aquisitiva em contraposição à pres-
crição extintiva ou liberatória. Modo de aquisição dos direitos sobre o imóvel
em função da posse continuada e prolongada.
VALOR VENAL - Valor de venda ou valor mercantil, ou seja, preço pelo qual
as coisas foram, são ou possam ser vendidas.
117
Referências Bibliográficas
NÁUFEL, José
OLIVEIRA, Juarez de
SOIBELMAN, Leib
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