Matemática Professora

MATEMÁTICA
LIVRO DO PROFESSOR
SUMÁRIO
Apresentação
Componente curricular: MATEMÁTICA

4
20
0
01
O mundo é SEQUÊNCIA 1 O que seria do mundo sem os números? 22
0
matemática?
SEQUÊNCIA 2 Multiplicar ou dividir: eis a questão? 48
SEQUÊNCIA 3 Potenciação: contextos e significados 70
SEQUÊNCIA 4 Luz, ângulo e fotografia: por que não? 88
02
SEQUÊNCIA 5 Construções criativas de geometria 106
Números, SEQUÊNCIA 6 Que som é esse? Música, fração e 128

aplicações empreendedorismo
e invenções
criativas SEQUÊNCIA 7 Eu, cientista: experimentos com 154
frações e líquidos
SEQUÊNCIA 8 Números decimais e suas operações 176
SEQUÊNCIA 9 Porcentagem e suas aplicações 198
SEQUÊNCIA 10 Volume e capacidade 230

03
Simetrias,
transformações
e tecnologias:
o que isso
SEQUÊNCIA 11 Você já ouviu falar dos números
negativos?
SEQUÊNCIA 12 Crédito ou débito: positivo ou negativo?

254
276
tem a ver com
matemática? SEQUÊNCIA 13 Quais são as coordenadas? Põe no GPS! 296
SEQUÊNCIA 14 Espelho, espelho meu: quem é mais 312
04
simétrico do que eu?
Caminhos, SEQUÊNCIA 15 Uau! São muitas possibilidades, hein! 344

natureza e
segredos SEQUÊNCIA 16 X da questão: qual é o segredo? 370
matemáticos
SEQUÊNCIA 17 Uma vida saudável: ciclismo e 398
circunferências
Anexos 417
4
Apresentação
Caro(a) professor(a)
A proposta do livro de Matemática do Ensino Fundamental II está em consonância

com o desenvolvimento das habilidades e das competências de Matemática da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com a proposta da Matriz Curricular da
Fundação Roberto Marinho (FRM). Este material foi elaborado especialmente para
você, professor(a), de modo a ajudar a planejar, refletir e a conduzir um trabalho
rico de significados de Matemática com seus estudantes.
O material didático-metodológico está organizado em dois volumes com quatro

unidades cada um, e preconiza o protagonismo e emancipação intelectual do
estudante ao pensar, fazer e aprender Matemática de forma coletiva. Buscamos
romper a concepção da pedagogia do treinamento e, simultaneamente,
valorizar o diálogo e a experimentação entre você e seus estudantes, de modo a
construir conhecimentos que se articulem com outras áreas dos saberes.
Priorizamos atividades que fomentem a produção científica dos conhecimentos

matemáticos a partir de atividades Mão na Massa, investigativas e exploratórias,
sem reduzir à concepção de receita, formalismos, procedimentos desatualizados
e mecanizados. São muitas sugestões, orientações e discussões teórico-
práticas das situações-problema de Matemática e suas tecnologias, as quais
buscam conduzir um trabalho intrínseco à autonomia, à criatividade e ao
desenvolvimento de processos de criações autorais no contexto formativo,
tendo você como mediador(a) do processo de ensino e de aprendizagem.
O trabalho não se limita ao próprio livro, haja vista que ele está permeado de
materiais midiáticos, trabalhos e pesquisas que se confluem com a sociedade,
de modo que os estudantes possam analisar eventos, simular resultados,
investigar proposições matemáticas e, por fim, estabelecer relações simbióticas
entre as diferentes linguagens matemáticas, como, por exemplo, geométrica,
algébrica, aritmética e computacional. Fique à vontade para substituir materiais
didáticos sugeridos, acatar indicações e (re)organizar os conteúdos tendo em
vista a sua realidade de sala de aula. No mais, desejamos um excelente trabalho
com seus estudantes e que ele seja permeado de ricas reflexões, trocas e
aprendizagens mútuas.
Boas tempestades de ideias e ações!

MATEMÁTICA LIVRO DO PROFESSOR 5
Estrutura do Livro do Professor

Neste livro, você encontrará uma proposta de desenvolvimento de um percurso
de ensino e aprendizagem dos conteúdos de Matemática do EF – Anos Finais.
Este material foi organizado de forma a dar suporte e apoio ao seu trabalho em
sala de aula:
Organização metodológica – desenvolve os princípios metodológicos que

norteiam a proposta de ensino e aprendizagem dos conteúdos de Matemática.
Apresenta a estrutura didática das unidades, suas sequências de atividades e as
seções que estão presentes nelas.
Sugestão de um planejamento – com o objetivo de auxiliar na compreensão

das possibilidades de desdobramento de cada Sequência de Atividades,
elaboramos um planejamento que desenvolve o passo a passo do trabalho com
a primeira Sequência de Atividades da Unidade 1.
O planejamento sugerido segue as etapas metodológicas propostas na

metodologia Telessala – Incluir para transformar. Ele também foi desenvolvido
pensando nos princípios metodológicos que articulam as diferentes
utilizações das Matrizes Curriculares da Fundação Roberto Marinho, que são: a
problematização, a aprendizagem baseada em projetos, os projetos de vida dos
estudantes, os multiletramentos, a cultura digital, a aprendizagem colaborativa
e o acompanhamento da aprendizagem.
No planejamento estão indicadas as seções e atividades que devem ser

realizadas em cada etapa; porém, a descrição das atividades e os comentários
de apoio ao seu trabalho estão na parte deste livro que reproduz integralmente
o material que o estudante receberá, com algumas informações específicas para
você, professor(a).
Cada aula planejada tem a duração de um turno completo. A sugestão de

planejamento da primeira Sequência de Atividades foi desenvolvida em três
aulas, podendo se estender para mais uma – dependendo do contexto de cada
turma. O número de aulas por sequência pode e deve ser ajustado de acordo
com o andamento do trabalho com seus estudantes.
Sequências de Atividades – as Sequências de Atividades que estão neste

livro são as mesmas do Livro do Estudante, contudo, para cada uma foram
elaboradas informações e reflexões para apoiar o seu trabalho em sala de aula,
tais como:
TELECURSO · ENSINO FUNDAMENTAL

6
• Habilidades, objetos de conhecimento e expectativa de aprendizagem

referente ao conjunto de conteúdo de cada Sequência de Atividades;
• Gabaritos comentados de todas as questões;
• Sugestões metodológicas e observações sobre o que se objetiva em
cada uma das atividades, que podem auxiliar no processo de ensino e
aprendizagem, bem como na mediação dos debates com os estudantes.
Cada sequência pode e deve ser ampliada com outras sugestões de objetos de
aprendizagem de sua curadoria, como, por exemplo, as videoaulas do Canal
Futura e as atividades criadas por você. Dessa forma, cada sequência será
desenvolvida em mais de uma aula, dependendo do andamento próprio do
processo de ensino e aprendizagem do seu grupo de estudantes e do tempo
disponível para a Matemática no calendário montado para o contexto em que
sua turma está inserida.
Organização metodológica
O conhecimento matemático proposto neste material foi estruturado com base
em um conjunto de unidades temáticas e habilidades fundamentadas em uma
concepção teórico-metodológica que está associada ao processo de construção
de conhecimento.
Está organizado por sequências didático-pedagógicas, as quais contemplam

os objetos dos conhecimentos matemáticos e suas tecnologias situados em
diferentes perspectivas, contextos e aplicações, visando à formação atual e
integral do estudante.
A elaboração dessas sequências foi delineada tendo oito princípios

norteadores, a saber:
1. promover a boa comunicação entre professor e estudante durante a

construção de ideias e significados matemáticos;
2. respeitar o ritmo de aprendizagem do estudante e o tempo suficiente para

se conectar à atividade;
3. estimular a discussão-reflexão dos conhecimentos matemáticos em suas

múltiplas representações;
4. valorizar diferentes modos de pensar e argumentar matematicamente;

5. encorajar diferentes formas e estratégias de resolver uma

situação-problema;
6. associar objetivos comuns ou situações-problema similares com os quais os

estudantes possam se identificar e criar significados;
7. opor-se à memorização de informações sem sentido;
8. descentralizar a pedagogia do treinamento das ações pedagógicas que

minam a capacidade de o estudante pensar, intervir e propor soluções
criativas a problemas encaminhados em sala de aula.
As sequências didático-pedagógicas estão organizadas em oito Unidades. Neste

livro, você, professor(a), encontrará as quatro primeiras Unidades. São elas:
UNIDADE 1
Sequência de Atividades 1
Números naturais:
contextos e operações
O MUNDO É
Sequência de Atividades 3 Potenciação
MATEMÁTICA?
Sequência de Atividades 4 Ângulos e geometria
Sequência de Atividades 5 Sólidos geométricos
UNIDADE 2
Sequência de Atividades 6 Frações: ideias,

equivalências e
Sequência de Atividades 7 operações
NÚMEROS, APLICAÇÕES E Sequência de Atividades 8 Números decimais

INVENÇÕES CRIATIVAS
Porcentagem e suas
aplicações
Sequência de Atividades 10 Volume e capacidade

8
UNIDADE 3
Números inteiros e
SIMETRIAS,
sequenciais
TRANSFORMAÇÕES E Sequência de Atividades 12
TECNOLOGIAS: O QUE
ISSO TEM A VER COM Sequência de Atividades 13 Plano cartesiano
MATEMÁTICA? e transformações
Sequência de Atividades 14 geométricas
UNIDADE 4
Contagem: ideias e
contextos
CAMINHOS, NATUREZA E Padrões e regularidades

SEGREDOS MATEMÁTICOS expressões algébricas
Circunferência:
contextos e aplicações
São dezessete sequências didático-metodológicas que compõem as quatro

Unidades; cada uma delas está organizada em quatro principais seções:
Aperta o play: a nossa jornada começa agora – introduz o assunto de

Matemática, o qual é evidenciado na Sequência de forma breve, contextual
e problematizada. Este momento introdutório busca favorecer a reflexão, a
curiosidade e a participação do estudante sobre as expectativas de aprendizagem
de Matemática das atividades que ele vai encontrar no decorrer do caminho.
O que vamos aprender aqui? – é o momento fecundo para socializar,

compartilhar e construir o conhecimento matemático de forma colaborativa,
tendo como pano de fundo atividades diversas, entre as quais se destacam:
investigativas, Mão na Massa, dinâmicas, exploratórias, dentre outras.
Nesta seção, são delineados os conteúdos matemáticos à luz das habilidades
e competências.
Sintetizando – sistematiza os conhecimentos matemáticos desenvolvidos

e fomenta a autorreflexão e autoavaliação de aprendizagem por parte do
estudante. É importante que você abra espaço para que eles se sintam bem e
seguros para compartilharem os saberes, desafios e superações. Aqui também
é mais um momento em que o estudante aprende.
Esticador de Horizontes – faz indicações de vídeos, simuladores, jogos digitais

e applets de Matemática, de modo a ampliar e dar mais contexto e significados
aos objetos matemáticos estudados.
Em conjunto, essas seções integram os conhecimentos de Matemática

mobilizados de maneira articulada e orgânica. Cabe ressaltar, no entanto,
que as sequências didático-metodológicas não têm a intenção de esgotar
todos os objetos de conhecimento matemático, até porque este material está
alinhado com a Matriz curricular da FRM, que faz uma seleção de conjuntos de
habilidades da BNCC.
Sugerimos que cada sequência seja planejada considerando a ordem das

seções e das etapas metodológicas, partindo do conhecimento prévio ou
problematização para o desenvolvimento do conteúdo.
Sugestão de um planejamento
de Matemática
UNIDADE 1 - O MUNDO É MATEMÁTICA?
Sequência de Atividades 1 - O que seria do mundo

sem os números?
AULA 1
Problematização
E se os números sumissem, você conseguiria viver sem eles?
Simule inicialmente uma vida sem números e veja como os estudantes a

imaginariam: ir às compras, ao banco, quantidade de pessoas da família etc.
Divida a turma em duplas e entregue para cada um pedaço de papel com
algumas questões, tais como:

10
Vocês conseguiriam viver sem os números? Os números estão por

toda parte, não é mesmo? Como faríamos para pagar as compras no
mercado? Como saber a idade de uma pessoa ou a sua? Como pedir
o tamanho de um sapato ou saber quantas pessoas moram na nossa
cidade? Qual a distância entre duas cidades? Como criar um código de
computador ou até mesmo desenvolver um dispositivo de robótica
para ajudar pessoas em sociedade? Vocês acham que seria possível
criar um sistema de venda ou de troca sem os números? Se sim, o que
vocês fariam? Conseguem imaginar um mundo sem números? Como
seria? Como vocês fariam um sistema sem números?
Enquanto estiverem debatendo nos pequenos grupos, passe em cada um

deles e encoraje-os a expressarem seus pensamentos sobre os números e
suas variadas formas de uso no nosso dia a dia. Para tanto, incentive-os a
apresentarem exemplos e, se possível, a sintetizarem ideias essenciais sobre
as hipóteses levantadas. Instigue-os a sistematizarem um possível sistema
monetário (compra, venda, troca) sem o uso dos números. A ideia é promover
um espaço coletivo no qual se congregam diferentes formas de pensar, de criar
e de propor possíveis soluções.
Depois de um tempo determinado, compartilhe os resultados obtidos (sem que

eles sejam definitivos ou incontestáveis). É importante ouvi-los e saber o que
eles entendem sobre a importância dos números na vida real. Valorize suas
ideias, manifestando contentamento em ver diferentes formas de pensar.
Veja que essa questão é aberta (não se limita a uma só resposta ou até pode
não ter solução). Reflita com a turma um pouco mais: haveria avanços científicos
e tecnológicos na computação, na medicina, na astrologia ou até mesmo no
transporte que utilizamos diariamente? Encerre perguntando se eles lembram
como o sistema numérico surgiu.
Uso de objeto de aprendizagem
Após o debate da atividade anterior, exiba o vídeo para lembrarmos como os

números foram criados:
A HISTÓRIA DOS NÚMEROS

View Comunicações
Duração: 9’37”
Disponível em: https://youtu.be/2q32Sj5bYuE
Acesso em: 20 jun. 2022
Leitura de mídia
O vídeo sugerido tem algumas pausas para que se pense sobre determinadas
questões propostas. Grande parte dessas questões já foram levantadas e
debatidas na atividade de Problematização, mas você pode dar uma pausa no
momento em que se pergunta sobre a lógica do agrupamento egípcio.
No final da apresentação, busque comparar o que foi debatido e sugerido pelas

duplas como alternativa para o sistema numérico com as formas apresentadas
no vídeo. Tiveram semelhanças entre o que a turma pensou e as civilizações
antigas? Quais as diferenças entre os sistemas de contagem que foram criados
ao longo da história?
Atividade com o livro
Peça que cada estudante abra seu livro na Unidade 1: O mundo é

Matemática? – Sequência de Atividade 1 – Ser ou não ser número natural?
Peça que cada um observe a imagem que tem os dois quadros de números
naturais e não naturais e peça para um voluntário falar sobre o que percebe ser
diferente entre os dois universos de números. Depois, peça mais voluntários
que queiram complementar a resposta do colega anterior. Instigue-os que falem
e, aos poucos, vá formalizando as ideias de números naturais com eles.
Peça que as duplas da problematização se juntem novamente e leiam e

resolvam as Atividades 2 até a 5, realizando todos os exercícios que estão
propostos em cada uma.

12
Socialização das aprendizagens
Depois de um tempo, peça para que as respostas sejam socializadas de forma

oral e organizada. Cada dupla deve compartilhar a resposta de apenas uma das
questões de cada atividade. Por exemplo: uma socializa a Atividade 2.1.a; outra
dupla, a 2.1.b e assim por diante. Desta forma, todos terão oportunidade de
participar. Caso a turma seja pequena, as duplas retornam para compartilhar
outras respostas.
Observação importante: Professor(a), após a resposta da Atividade 4.d, é

significativo dialogar com seus estudantes sobre a importância de problemas
que têm ou não solução. Incentive-os para que eles falem, e ouça-os
atentamente; faça referência a objetos e situações com os quais os estudantes
se identifiquem.
Atividade complementar/Atividade com o livro
Professor(a), finalize esta aula mostrando aos seus estudantes o vídeo sugerido
no livro na parte Vamos pensar para além do número!
OS SEGREDOS DOS DONOS DE REDES SOCIAIS

PARA VICIAR E MANIPULAR, SEGUNDO O
‘DILEMA DAS REDES’
BBC News Brasil
Disponível em: https://youtu.be/P2fgvkmhH2A
Acesso em: 14 abr. 2022.
Promova um diálogo com eles sobre como os algoritmos e os números – que

estão por trás das redes sociais – afetam, direta ou indiretamente, o nosso
comportamento e até nossas decisões diárias. Juntos, destaquem os pontos
positivos e negativos a partir da Matemática e sua relevância, e como podemos
pensar sobre questões do mundo da informática a partir dos números, sabendo
interpretá-los para além deles mesmos. Converse com seus estudantes sobre
como os números podem nos ajudar a ver a quantidade de horas que gastamos
em uma rede social e, por conseguinte, que isso pode nos ajudar a refletir e
a criar estratégias para ter mais equilíbrio e bom senso com as nossas ações
diárias. Lembre-se: incentive a fala dos estudantes e ouça-os atentamente. Você
também pode sugerir o trailer do vídeo aos estudantes.
Avaliação da aprendizagem
Peça para que as duplas que trabalharam juntas nesta aula se juntem
novamente e conversem sobre a aula de hoje e reflitam sobre o que
aprenderam hoje: “Algo em especial foi mais marcante? Por que motivo? A
forma que trabalhamos ajudou na minha aprendizagem?”.
Depois de conversarem sobre essas questões, devem sintetizar em uma frase

o que foi mais marcante nesta aula. A dupla deve escrever essa frase de forma
CRIPTOGRAFADA, utilizando o sistema apresentado na Atividade 3. Quando
terminarem, devem dobrar suas mensagens criptografadas e colocar em uma
caixa ou saco que você disponibilizará. Embaralhe as mensagens e peça que as
duplas retirem uma mensagem e as decodifiquem. Quando terminarem, devem
ler em voz alta a mensagem decifrada, e a dupla autora deve se identificar e
complementar, caso queira, a mensagem.
AULA 2
Problematização
Coloque no quadro ou em uma folha grande a tabela da Atividade 6 –

Calculando mentalmente.
Leia em voz alta o enunciado da atividade e indique um estudante para

responder a primeira estimativa, e peça que ele compartilhe a estratégia
utilizada para escolher a melhor opção do número aproximado. Pergunte
se alguém acha que a resposta é a outra opção. Caso tenha alguém, peça
que justifique sua opinião. Siga desta forma até terem respondido as
cinco operações apresentadas nesta atividade. Caso queira, você mesmo,
professor(a), pode criar mais operações e resultados possíveis para que um
maior número de estudantes participe desta atividade.
Professor(a), uma ideia aqui é instigar os seus estudantes a pensarem em valores

aproximados das ordens e classes. Valorize também as ideias e a forma como
eles fizeram para estimar os valores correspondentes, destacando e, se possível,
nomeando as diferentes estratégias ou estilos de pensamento, pois isso pode
provocar um sentimento de orgulho nos estudantes. As principais ideias de
cálculos “estimados de cabeça” podem ser fixadas no quadro ou mural.
Relembre o vídeo exibido na aula anterior sobre as diferentes estratégias que

o homem antigo desenvolveu para contar e calcular. Convide-os a saberem um
pouco mais sobre a história da Matemática.

14
Diga aos estudantes que poderemos ver no vídeo que será apresentado uma
parte da história que é pouco contada.
ONDE NASCEU A MATEMÁTICA?

Mwana Afrika Oficina Cultural - YouTube
Duração: 3’3”
Disponível em: https://youtu.be/GdwE2JZBUxk
Leitura de mídia
Comente que alguns dos instrumentos de contagem que foram mostrados

também apareceram no vídeo da aula passada, como os ossos com as marcas.
Pergunte se eles tinham ideia de que foram encontrados na África.
Pergunte que outros achados matemáticos foram encontrados no continente

africano e se lembram para que fim, se supõem, que eram utilizados.
Pergunte se eles já ouviram falar sobre o jogo que a apresentadora fala no

final do vídeo: Gebet’a ou Mancala. Explique que é um jogo que exige extremo
raciocínio e elaboração de estratégias, razão pela qual é chamado de “xadrez
africano”; é jogado entre duas pessoas, com um tabuleiro que tem uns buracos,
e as peças são sementes.
Professor(a), para saber um pouco mais sobre esse jogo, existem muitos sites
que contam essa história, mostram fotos e ensinam a construir o tabuleiro e a
jogar. Neste site você pode encontrar boas informações:
https://primeirosnegros.com/mancala/. Acesso em: 20 jun. 2022.
Peça que abram seus livros na Atividade 7 – Investigando a soma dos

primeiros números naturais e respondam as cinco questões (a, b, c, d, e).
Abra para fazer uma socialização coletiva das respostas e ajude na construção
do raciocínio, se necessário. Na parte das Sequências de Atividades, você irá
encontrar um comentário que pode auxiliar nesta tarefa. O importante aqui é o
estudante traçar as próprias estratégias de resolução para contabilizar as somas
dos naturais e compartilhá-las, pois é neste momento que seus colegas poderão
questioná-lo, oportunizando o debate e o desenvolvimento de argumentos.
Professor(a), as Atividades seguintes (8, 9 e 10) necessitam do uso de uma

calculadora. No comentário que auxilia no desenvolvimento da Atividade 8,
você verá que recomendamos que, antes da resolução das questões, seja
realizada uma conversa sobre calculadoras. Comece perguntando se eles
utilizam no dia a dia deles e busque perceber o quanto lhes é familiar ou não.
Caso tenha calculadoras na escola, você pode distribuí-las de forma que possam
acompanhar a exploração das quantidades de recursos disponíveis; ou, caso
tenham celulares, pode pedir que entrem nas calculadoras de seus celulares
– lembrando que, quando colocamos na horizontal, mais recursos aparecem
no visor. Outra possibilidade é projetar a calculadora do seu computador para
que todos possam acompanhar a exploração coletivamente. Enfim, organize da
forma que for mais adequada para o contexto da sua turma.
Após a conversa sobre calculadoras, peça que se juntem em duplas ou trios

(dependendo da disponibilidade de calculadoras/celulares) e resolvam as
Atividades 8, 9 e 10.
As duplas/trios devem compartilhar suas respostas e formas de raciocínio.

Lembre-se que quando diferentes rotas de resolução são apresentadas pelas
duplas/trios e debatidas, a aula fica mais enriquecida.
Peça que, individualmente, escrevam em seus MEMORIAIS o que nesta aula

o surpreenderam, o que foi totalmente novidade e que consideram uma
aprendizagem importante. Depois, devem pensar se teve algum ponto que ficou
ainda com dúvida. Qual seria a dúvida?
Incentive que alguns estudantes voluntários leiam e compartilhem suas

anotações. Quanto mais quiserem ler em voz alta, melhor.

16
AULA 3
Problematização
Escreva a palavra PICTOGRAMA em algum lugar que seja visível para toda
a turma. Pergunte se eles conhecem essa palavra e se sabem qual pode ser
seu significado. Registre, ao redor da palavra, o que os estudantes forem
associando a esse termo (teia semântica). Convide-os a assistirem um vídeo
curto sobre pictogramas.
Exiba o vídeo indicado a seguir:
MATEMÁTICA | PICTOGRAMAS
Coisarada,com
Disponível em: https://youtu.be/D6jHLU1Xtuo
Leitura de mídia
Após a exibição, veja se o que foi registrado ao redor da palavra PICTOGRAMA

tem relação com o que foi visto no vídeo. Busque relacionar o que eles
trouxeram como conhecimento prévio com o que foi apresentado. Depois
podem ser feitas algumas perguntas, tais como:
• Que exemplos de pictogramas que foram mostrados fazem parte

do contexto do nosso cotidiano?
• Como os pictogramas ajudam na barreira dos idiomas?
• Como devem ser elaboradas as formas pictográficas?
• Qual o objetivo do pictograma?
• Quais foram os primeiros pictogramas?
Enquanto eles respondem, você pode ir completando a teia semântica. Finalize

comentando que agora que sabemos o que são pictogramas será a vez de saber
o que é um GRÁFICO PICTÓRICO.
Projete a imagem da Atividade 11 – Interpretando números com gráfico

pictórico, ou peça para cada um abrir seu livro e observar o gráfico de
pictograma sobre a extração de árvores, entre 1987 e 2022, na cidade de
Jacutiringa Mirim.
Peça para que façam a leitura da imagem de forma coletiva, assim como a
resolução das questões a, b c. Na questão d, organize um debate de forma que
todos possam expressar suas opiniões a respeito do assunto da extração ilegal
de madeira. Nos comentários que estão nesta atividade na parte das Sequências
de Atividades, você será incentivado a refletir com os estudantes sobre como
os números podem nos ajudar na criação de um plano estratégico, a partir de
dados estatísticos, a fim de evitar o extrativismo ilegal.
Convide os estudantes a assistirem ao vídeo e a tecerem comentários sobre este

tópico, dando mais sentido e contexto aos dados do pictograma.
COMO MADEIRA NOBRE É EXTRAÍDA ILEGALMENTE

NA AMAZÔNIA
Pesquisa Fapesp
Disponível em: https://youtu.be/XHYvRueG4tg
Acesso em: 14 abr. 2022
Leitura de mídia
Antes de exibir o vídeo, divida a turma em quatro grupos (nas equipes de

trabalho); cada grupo/equipe ficará responsável por anotar informações
específicas sobre cinco pontos que serão apresentadas no programa:

18
• Equipe de coordenação – Plano de manejo: problemas, desafios

e fraudes.
• Equipe de socialização – Extração ilegal e o impacto no meio ambiente.
• Equipe de síntese – Propostas para tentar controlar o problema da
extração ilegal.
• Equipe de avaliação – Em que momentos a Matemática apareceu no
vídeo e qual a sua função?
Assistimos ao vídeo que nos apresenta uma questão importante para toda a
sociedade brasileira. Agora os quatro grupos/equipes devem se reunir
e pensar em um tema de interesse comum que queiram pesquisar e
apresentar os resultados em um gráfico pictórico. Essa é a proposta da última
atividade da primeira sequência da Unidade 1: ATIVIDADE 12 – Construindo
gráficos criativos
Provavelmente os gráficos produzidos pelos grupos devem ficar prontos para

serem socializados na próxima aula, pois envolverão pesquisa e produção
manual. O tempo desta atividade dependerá do contexto de cada turma. Caberá
a você, professor(a), avaliar a melhor forma de conduzir esta atividade e o
momento de sua socialização. Pense na possibilidade de apresentar para outras
turmas os gráficos produzidos pelos grupos, com um debate coletivo sobre os
temas abordados. Depois, não se esqueça de deixar os gráficos expostos em
alguma parede da sala para valorizar o trabalho realizado.
Cada equipe de trabalho deve avaliar o trabalho desenvolvido nessa Sequência

de Atividades sobre o ponto de vista da equipe à qual pertence:
• Equipe de coordenação – O uso e a organização dos materiais utilizados

transcorreram de forma adequada? Desafios e conquistas percebidas no
que diz respeito à coordenação geral das atividades propostas.
• Equipe de socialização – A postura da turma e do(a) professor(a) foi
adequada durante esse período? Teve algum desafio ou conquista que
deva ser lembrada?
• Equipe de síntese – Quais os conteúdos e aprendizagens foram
desenvolvidos e assimilados durante esse período.
• Equipe de avaliação – Os conteúdos desenvolvidos durante esse

conjunto de atividades foram bem assimilados? Algum ponto precisa ser
retomado? Quais as principais conquistas que tivemos nessas aulas?
Após as apresentações, peça para alguém da Equipe de síntese ler em voz alta
a seção do livro SINTETIZANDO. Avaliem juntos se os pontos trazidos pelas
equipes dialogam de alguma forma com o que foi lido, se faltou lembrar de algo
ou se teve algum ponto que não ficou claro que não foi apontado pela Equipe
de avaliação. Lembre-se- se que esse é um momento para perceber o que foi
aprendido e o que precisa ser retomado – seus saberes, desafios e superações.
Anotações

21
O mundo é
Matemática?
22
SEQUÊNCIA 1.
O que seria do mundo
sem os números?
HABILIDADE
(EF06MA03)
Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou
escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de
estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos
(com ou sem uso de calculadora).
OBJETOS DE CONHECIMENTO
• Números naturais em diversos contextos;

• Algarismos, gráficos e infográficos de números naturais;
• Operações com naturais (adição, subtração e multiplicação);
• Escrita e leitura de números naturais.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
• Reconhecer a função dos números e sua relevância no mundo;

• Compreender o conjunto dos números naturais;
• Operar números naturais e resolver situações-problema;
• Ler e interpretar gráficos com números naturais.
Professor(a), esta Sequência de Atividades aborda os números e seus contextos.

Em particular, serão trabalhados os números naturais. A proposta é estabelecer
relações dos números naturais e suas aplicações no dia a dia. Para tanto, as
atividades foram organizadas no sentido de oportunizar diferentes experiências
com o uso dos números naturais e suas operações em situações-problema,
privilegiando aspectos de interpretação, cálculo, raciocínio e conscientização
de temas, como extrativismo e redes sociais. As atividades buscam valorizar e
encorajar diferentes estratégias de abordagem e resolução de problemas pelo
estudante, com ou sem uso de tecnologias digitais. Simule inicialmente uma
vida sem números e veja como os estudantes a imaginariam: ir às compras, ao
banco, quantidade de pessoas da família etc.
Aperte o play: nossa jornada

começa agora!
E SE OS NÚMEROS SUMISSEM, VOCÊ CONSEGUIRIA

VIVER SEM ELES?
Você conseguiria viver sem os números? Como faria para pagar as compras
no mercado? Como pedir o tamanho de um sapato ou saber quantas
pessoas moram na sua cidade? Consegue imaginar um mundo sem
números? Como seria?
Os números estão por toda parte, não é mesmo? Eles são infinitos e
bastante úteis no nosso dia a dia. Podem, ainda, ser representados de
diferentes formas e utilizados em variados contextos – como, por exemplo,
saber a idade de uma pessoa, o tamanho do sapato e a distância entre
duas cidades, determinar um ano bissexto, estimar valores econômicos de
um país, criar um código de computador ou até mesmo desenvolver um
dispositivo de robótica para ajudar pessoas em sociedade. Você acha que
seria possível criar um sistema de venda ou de
troca sem os números? Se sim, o que você faria?
Pense um pouco mais: haveria avanços

científicos e tecnológicos na computação,
na medicina, na astrologia ou até mesmo
no transporte que utilizamos diariamente?
Como você faria um sistema sem números?
Abuse da sua imaginação e compartilhe

seus pensamentos e ideias com os colegas!

24
Professor(a), esse é um diálogo inicial com seus estudantes. Uma sugestão seria
a de reorganizar as carteiras no formato circular ou elíptico. A ideia é encorajá-
los a expressarem seus pensamentos sobre os números e suas variadas formas
de uso no nosso dia a dia. Para tanto, incentive-os a apresentarem exemplos
e, se possível, a sintetizarem ideias essenciais no quadro sobre a experiência
de cada um deles. É importante ouvi-los e saber o que eles entendem sobre
a importância dos números na vida real. Valorize suas ideias, manifestando
contentamento em ver diferentes formas de pensar. Além disso, se possível,
instigue-os a sistematizarem um possível sistema monetário (compra, venda,
troca) sem o uso dos números. Veja que essa questão é aberta (não se limita a
uma só resposta ou até pode não ter solução). A ideia é promover um espaço
coletivo no qual se congregam diferentes formas de pensar, de criar e de propor
possíveis soluções. Uma ideia aqui é entregar um post-it ou pedaços de folhas
para cada aluno ou grupos e, em seguida, estimulá-los a expressarem suas
ideias de forma concisa em um só período ou palavra. No fim, compartilhe os
resultados obtidos (sem que eles sejam definitivos ou incontestáveis). Você
pode finalizar argumentando sobre a importância dos números em nossa vida
e como se deu a sua construção ao longo do processo histórico-cultural na linha
do tempo. Professor(a), deixamos um QR CODE a seguir para você relembrar as
principais ideias da História da Matemática na linha do Tempo:
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
Univesp
Disponível em: <https://apps.univesp.br/
linha-do-tempo-da-matematica/>.
O que vamos aprender?
ATIVIDADE 1 - SER OU NÃO SER NÚMERO NATURAL?

EIS A QUESTÃO!
Você foi escolhido para ser o detetive de Matemática.
A sua missão é observar e analisar os dois ambientes de números a seguir:
SÃO NÚMEROS NATURAIS NÃO SÃO NÚMEROS NATURAIS
De acordo com a sua observação, o que podemos dizer sobre a diferença entre
os dois ambientes de números? Quais são as características dos números
naturais e dos números não naturais?
Resposta: Espera-se que os estudantes ou grupos de estudantes sejam capazes

de diferenciar as características dos números naturais e dos números que não
são naturais. Eles precisam compreender, neste momento, que os números
naturais são infinitos e contáveis, além de não serem negativos. Por exemplo,
“uma maçã”, “18 anos”, “cinco reais”, “10 meses”, “5.000 pessoas” e “60 cadeiras”
são exemplos de números naturais. Já os números negativos (-2) ou números
decimais finitos (3,31) ou decimais infinitos (2,222...; 1,10101...) não fazem parte
do conjunto dos números naturais.
Professor(a), a ideia aqui é focar nos números naturais, com exemplos e

contraexemplos. É importante que os estudantes saibam que os números
naturais são contáveis e infinitos (por exemplo, “100 anos”, “10 algarismos”, “26
estados federados” etc.). Os estudantes precisarão reconhecer que os números
naturais não são negativos e não têm vírgula em sua composição. É essencial
que os estudantes tenham a oportunidade de pensar sobre os dois universos
apresentados, de criar estratégias e hipóteses para descobrir e descrever
as características desses números, antes que estes sejam formalizados por
você. Cabe ressaltar que não há necessidade de aprofundar os conjuntos dos
números inteiros, racionais, irracionais e reais; tais conjuntos serão explorados
nas atividades seguintes. Aproveite para usar os símbolos de pertencimento
(ϵ) e não pertencimento (∉) aos números naturais. Também converse sobre as
duas operações fechadas a esse conjunto numérico: adição e multiplicação. Por

26
exemplo, você pode dialogar que a soma (a + b) ou o produto de dois números

naturais (a x b) é sempre natural. Não há necessidade de demonstrar tais
afirmações e nem ficar preso aos termos algébricos, neste momento, mas apenas
de situá-los. Você pode ainda mostrar os contraexemplos das operações inversas
(respectivamente, subtração e divisão), as quais não estão fechadas ao conjunto
dos naturais. Isso porque, por exemplo, os números das operações 4 – 5 = -1 e
1/5 = 0,20 não têm a mesma natureza ou característica de um número natural.
Explore as hipóteses e diferentes rotas apresentadas pelos seus estudantes. Uma
ideia metodológica: reorganize a sala em círculo ou no formato elíptico e desenhe
os dois universos ou duas coleções de número no quadro. Você pode colocar
mais números no seu universo de números, caso seja necessário. Instigue-os a
pensarem e ouça o que eles têm a dizer. Escreva os resultados obtidos no quadro
e, aos poucos, vá formalizando as ideias de números naturais com eles.
Tecendo ideias dos Números Naturais
Os números naturais são contáveis e estão em todos os cantos e lugares: no

mapa de um GPS, no preço de um produto, nas medidas da área de uma casa
ou até mesmo no código de programação de um videogame. O conjunto dos
naturais é representado por N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,...} e a sua sequência
é infinita. Agora, pense em um número natural gigante. Pensou? Agora, tente
pensar sobre seu próprio pensar. Consegue criar um número ainda maior do
que o primeiro que você pensou? Registre suas ideias em seu caderno.
Naturais no seu dia a dia? Identifique-os! Resposta pessoal.
• Quantos livros você lê por ano?

• Quantos Gigabytes (GB) de dados você consome por mês?
• Quantos minutos por semana você pratica esportes?
• Você já fez trabalhos voluntários? Quantos?
Pense +
Observe na régua dos números naturais e veja que 2 é

sucessor de 1 e 1 é antecessor de 2.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
• Todo número natural tem sucessor? Sim.

• Todo número natural tem antecessor? Não, por
exemplo, 0.
• Qual é o menor número? 0.
• Qual é o maior número? Não existe.
ATIVIDADE 2 - RELEMBRANDO NÚMEROS E ALGARISMOS
Já dizia o matemático Pitágoras, da Grécia Antiga, “o número é o princípio de

tudo”. O que você acha deste pensamento? Na Matemática, os números são
objetos abstratos que caracterizam medidas, ordens e quantidades. Já os
algarismos são símbolos ou dígitos numéricos. Com os algarismos, podemos
formar qualquer numeral que possamos imaginar ou expressar. Por exemplo,
o número trinta e seis é representado pelo numeral 36 e é constituído pelos
algarismos 3 e 6. Já o numeral 2021 é formado pelos algarismos 2, 0 e 1.
Sabemos que os números são infinitos, mas e os algarismos? Quantos

algarismos existem? Decodifique o sistema criptográfico a seguir para descobrir
a mensagem secreta dos algarismos!

28
CRIPTOGRAFIA
A B C D E F G H I J K L M
α ↑ Θ Ɵ ♯ ₳ ▲ ◄ ► ◙ $ ♫ ʘ
N O P Q R S T U V W X Y Z
ʬ ■ □ ▒ ♣ Ꜿ ₼ ₭ ‡ Ὡ ᴪ ᴥ ᴓ
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
☼ ᴧ ۞ ‫۝‬ ۩ ࢷ ᴨ ‫ݢ‬ ֍
Mensagem codificada:
Há ☼☻ α♫▲α♣►Ꜿ ʘ■ Ꜿ – ☻, ☼, ᴧ, ۞, ‫۝‬, ۩, ࢷ, ᴨ, ‫ ݢ‬e ֍.
A mensagem decodificada é:
Resposta: Há 10 algarismos – 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
ATIVIDADE 3 - RACIOCINANDO COM OS ALGORITMOS
Descubra a senha secreta usando os algarismos de 0 a 9.
Exemplo: Maior número com quatro posições (ou ordens), sem repetição
de algarismo:
9 8 7 6
O número 9.876 é lido assim: Nove
mil oitocentos e setenta e seis.
a) O maior número com quatro posições, com
repetição de algarismo:
9 9 9 9
b) O menor número com cinco posições, sem repetição de algarismo:
0 1 2 3 4
c) O maior número com quatro posições, com algarismos pares e

sem repetição:
8 6 4 2
d) É possível formar uma senha com 6 posições, com algarismos ímpares e

sem repetição?
Resposta: Não é possível, pois há apenas 5 algarismos ímpares e eles não

podem ser repetidos.
Professor(a), é significativo dialogar com seus alunos sobre a importância de

problemas que têm ou não solução. Incentive-os para que eles falem, e ouça-
os atentamente; faça referência a objetos e situações com os quais os alunos
se identifiquem.
ATIVIDADE 4 - NÚMERO DE HORAS QUE CONSUMIMOS

NAS REDES SOCIAIS
“Brasileiros usaram redes sociais por

quase 5h diárias em 2020
Fonte: Rawpixel.com
via Shutterstock.
De acordo com o levantamento, o aplicativo mais usado em terras tupiniquins

é o WhatsApp, onde o público local passou cerca de 30 horas por mês. Já a

30
segunda posição fica com o Facebook, atraindo aproximadamente 15 horas

mensais de atenção dos usuários.”
VIEIRA, Douglas. Brasileiros usaram redes sociais por quase 5h diárias em 2020. TecMundo, 2021.
Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/209960-brasileiros-usaram-redes-
sociais-5h-diarias-2020.htm>. Acesso em: 05 de fev. 2022.
1. Leia o fragmento da notícia acima e, em seguida, responda às questões.
Para resolver esta questão, considere:
• 1 semana: 7 dias
• 1 mês: 30 dias
• 1 ano: 365 dias
a) Considerando que uma pessoa gasta 5 horas por dia nas redes sociais:
• Quantas horas essa mesma pessoa gastará em uma semana?

Resposta: 5·7 = 35 h.
• E em um mês?
Resposta: 5·30 =150 h.
• E em um ano?
Resposta: 5·365 = 1825 h.
b) Quantos minutos por dia você fica nas redes sociais? E por semana? E por
ano? Apresente seus cálculos:
Minutos nas redes sociais
Por dia
Por semana
Por ano
Resposta pessoal.
2. Os aplicativos interferem na nossa vida? O que você pensa acerca disso?
Resposta: Resposta pessoal.
Vamos pensar para além do número!
Para fundamentar ou ampliar o repertório da sua opinião sobre o uso

das redes sociais e o número de horas que consumimos nelas, acesse
o QR Code a seguir.
OS SEGREDOS DOS DONOS DE REDES SOCIAIS

PARA VICIAR E MANIPULAR, SEGUNDO O ‘DILEMA
DAS REDES’
BBC News Brasil
Disponível em: <https://youtu.be/P2fgvkmhH2A>.
Professor(a), finalize esta atividade mostrando aos seus estudantes o

vídeo sugerido. Promova um diálogo com eles sobre como os algoritmos
e os números - que estão por trás das redes sociais - afetam, direta ou
indiretamente, o nosso comportamento e até nossas decisões diárias. Juntos,
destaquem os pontos positivos e negativos a partir da Matemática e sua
relevância, e como podemos pensar sobre questões do mundo da informática a
partir dos números, sabendo interpretá-los para além deles mesmos. Converse
com seus estudantes que os números podem nos ajudar a ver a quantidade de
horas que gastamos em uma rede social e, por conseguinte, que isso pode nos
ajudar a refletir e a criar estratégias para ter mais equilíbrio e bom senso com
as nossas ações diárias. Lembre-se: incentive a fala dos estudantes e ouça-os
atentamente. Você também pode sugerir o trailer do vídeo aos estudantes.
Outros materiais úteis para pensar para além do número:

32
MANIPULAÇÕES DE ESTATÍSTICA
Monolito Nimbus
Disponível em: <https://www.monolitonimbus.com.
br/equivocos-de-estatistica>
NÚMEROS SÃO USADOS PARA MANIPULAR A

OPINIÃO PÚBLICA, DIZ MATEMÁTICO
Livraria da Folha
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/
livrariadafolha/1117951-numeros-sao-usados-para-
manipular-a-opiniao-publica-diz-matematico.shtml>
Professor(a), você pode explorar com seus estudantes trechos dos textos
disponíveis nesses websites.
ATIVIDADE 5 - CALCULANDO MENTALMENTE
Às vezes, para tomar uma decisão, precisamos pensar rápido e de forma

estimada para escolher um determinado caminho em um curto período de
tempo. Você já vivenciou esta situação? Vamos praticar um pouco disso
aqui. Sem utilizar nenhum instrumento (papel, lápis ou calculadora), estime o
resultado das operações. Em seguida, marque um X no resultado que mais se
aproximar da operação correspondente.
a) 191 + 188 ( ) 400 ( ) 500 d) 2000 -188 ( ) 1800 ( ) 1900
b) 1245 - 132 ( ) 1100 ( ) 1000 e) 402 + 307 + 104 ( ) 900 ( ) 800
c) 3999 + 2891 ( ) 7.000 ( ) 6.900
Qual foi a sua estratégia? Compartilhe-a!

Professor(a), uma ideia aqui é instigar os seus estudantes a pensarem em

valores aproximados das ordens e classes. Valorize também as ideias e a forma
como eles fizeram para estimar os valores correspondentes, destacando e,
se possível, nomeando as diferentes estratégias ou estilos de pensamento,
pois isso pode provocar um sentimento de orgulho nos estudantes. Incentive
os estudantes a compartilharem suas ideias e como fizeram para escolher
a melhor opção do número aproximado. As principais ideias de cálculos
“estimados de cabeça” podem ser fixadas no quadro ou mural.
ATIVIDADE 6 - INVESTIGANDO A SOMA DOS PRIMEIROS
M40 N4 M4SS4
NÚMEROS NATURAIS
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + ?
15
Responda as questões abaixo na folha quadriculada:
a) Note que a soma dos 5 primeiros números naturais é 15, considerando o

primeiro termo igual a 1.
b) Qual é a soma dos 6 primeiros números naturais? Como você fez

para resolver?
Resposta: 21. Resposta pessoal.

34
c) Qual é a soma dos 15 primeiros números naturais?
Resposta: 120.
d) O que você descobriu? Há algum segredo por trás dessa soma de números
naturais?
Resposta: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 +... + 15 = 16. (16 – 1) / 2 = 16. 15/2 = 120.
A SOMA DOS PRIMEIROS NÚMEROS NATURAIS

Software GeoGebra - Applet
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/pkt5kkbf>.
Professor(a), há várias formas de resolver este problema. Os estudantes

podem fazer os desenhos das barras na malha e depois podem somar os
quadradinhos para determinar a soma dos primeiros números naturais
propostos. Os estudantes podem fazer, também, a soma dos primeiros
números naturais e depois podem fazer a parte da representação geométrica
na folha quadriculada. Estimule as diferentes resoluções e ideias que possam
surgir. O importante, aqui, é o estudante traçar as próprias estratégias de
resolução para contabilizar as somas dos naturais e compartilhá-las, pois é
neste momento que seus colegas poderão questioná-lo, oportunizando o
debate e o desenvolvimento de argumentos.
Outra sugestão, aqui, que chamamos a atenção seria o trabalho com ideias
gerais dessa construção (generalização). No fim da atividade, você pode
encorajar o seu estudante a perceber que a figura geométrica esboçada
na malha pode se transformar em um retângulo. Para isso, basta dobrar a
quantidade de quadradinhos e organizá-los (conforme QR CODE a seguir). Um
lado desse retângulo terá sempre uma unidade a mais (n+1) do que o outro
lado (n). Multiplicando um lado do retângulo por outro, obtemos o total de
quadradinhos. Para determinar a quantidade total de quadradinhos, basta
dividir por 2, pois queremos apenas a metade desses quadradinhos, que
representa a soma dos naturais. Por exemplo, quando temos a soma dos cinco
primeiros termos dos números naturais, podemos formar um retângulo de
lados com 5 e 6 unidades. Como queremos apenas a metade de quadradinhos
dele, fazemos: 5 x 6 = 30 e 30 /2 = 15 quadradinhos. Veja que essa ideia pode

ser generalizada para: n(n+1) /2. Porém, a essência aqui não é a linguagem
algébrica, mas a sua lógica de resolução, e é muito interessante observar o
trânsito do geométrico para o algébrico, e vice-versa. Utilize o QR CODE a seguir
para visualizar essa explicação:
A SOMA DOS PRIMEIROS NÚMEROS NATURAIS

Software GeoGebra - Applet
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/s7yvfwxy>.
Anotações

36
ATIVIDADE 7 - FAZENDO CONTAGEM DE POPULAÇÕES
Observe o infograma do último censo do IBGE, em 2021, e determine o número

de habitantes de cada região brasileira. Depois, escreva por extenso cada um
desses números, conforme exemplo.
Estimativas da população- 2021

Brasil: 213.317.639
Norte 18.906.962 Nordeste 57.667.842

Bahia 14.985.284
Pará 8.777.124
Pernambuco 9.674.793
Amazonas 4.269.995
Ceará 9.240.580
Rondônia 1.815.278
Maranhão 7.153.262
Acre 906.876
Paraíba 4.059.805
Amapá 877.613
Rio Grande do norte 3.560.903
Roraima 652.713
Alagoas 3.365.351
Piauí 3.289.290
Sergipe 2.338.474
Centro-Oeste 16.707.336
Sudeste 89.632.912
Goiás 7.206.587
São Paulo 46.649.132
Mato Grosso 3.567.234
Minas Gerais 21.411.923
Distristo Federal 3.094.325
Rio de Janeiro 17.463.349
Mato Grosso do Sul 2.839.188
Espírito Santo 4.108.508
Capitais com Sul 30.402.587

maior população
Paraná 11.597.484
São Paulo (SP) 12.396.372
Rio Grande do Sul 11.466.630
Rio de Janeiro (RJ) 6.775.561 Santa Catarina 7.338.473
Brasília (DF) 3.094.325
Salvador (BA) 2.900.319
Fortaleza (CE) 2.703.391 Fonte: Estimativas da população 2021
Duzentos e treze milhões, trezentos e dezessete

População brasileira 213.317.639
mil,seiscentos e trinta e nove pessoas.
Número cardinal Leitura dos números grandes

Número
Regiões brasileiras Leitura dos números grandes
cardinal
Dezesseis milhões, setecentos e sete mil,

Centro-Oeste 16.707.336
trezentos e trinta seis pessoas.
Oitenta e nove milhões, seiscentso e trinta e

Sudeste 89.632.912
dois, novecentos e doze pessoas.
Cinquenta e sete milhões, seiscentos e sessenta

Nordeste 57.667.842
e sete mil, oitocentos e quarenta e duas pessoas.
Dezoito milhões, novecentos e seis mil,

Norte 18.906.962
novecentos e sessenta e duas pessoas.
Trinta milhões, quatrocentos e dois mil,

Sul 30.492.587
quinhentos e oitenta e sete pessoas.
a) Quantos habitantes a mais o Centro-Oeste deveria ter para que o número

de sua população fosse igual ao da região Sul?
Resposta: 13.695.251 a mais de habitantes, pois 30.402.587 – 16.707.336 =

13.695.251.
b) Considere as populações das regiões Norte e Nordeste. Quantos habitantes

têm essas duas regiões ao todo?
Resposta: 18.906.962 + 57.667.842 = 76.574.804 habitantes.
c) A soma da população da região Norte com a população da região Nordeste

será maior que a população da região Sudeste? Justifique a sua resposta.
Resposta: Não, pois o 76.574.804 < 89.632.912.
Professor(a), esta é uma atividade de investigação com o uso da calculadora. A

ideia aqui é a de revisar as operações básicas já estudadas nos anos anteriores e,
ao mesmo tempo, estimular as diferentes estratégias e raciocínios de cálculos dos
estudantes em um ambiente colaborativo e dialógico. Por isso, é importante valorizar
a curiosidade, dedicação e o interesse dos estudantes pela atividade coletiva. Você
pode começar falando das calculadoras e das diferenças existentes (financeira,

38
científica etc.) e pode estimular os seus alunos a descobrirem a quantidade de

algarismos que aparece no visor. Busque saber se eles usam calculadoras no dia
a dia e se elas são importantes. Se possível, envolva-os na atividade e, ao mesmo
tempo, estimule-os a descobrirem o significado das teclas (M+), (M-) e (MR) com
tentativas. Você pode trabalhar com questões norteadoras, por exemplo: “O que
significa M+ ou M-?”. Caso algum estudante já conheça a função de memória,
você pode convidá-lo a compartilhar as ideias com a turma. Ressalta-se que as
calculadoras simples têm as funções de memória. Para aparecer essas funções de
memória no celular, é preciso deixá-lo na posição horizontal (mas isso vai depender
também de celular para celular). É recomendável que você oriente-os a limparem a
memória da calculadora antes do início de cada questão, desligando-a e ligando-a
de novo. O comando C/CE desempenha o papel de função borracha; mas lembre-se
que o nome das teclas pode variar de uma calculadora para outra. Outra sugestão
é a de não entregar as respostas aos alunos. Também é importante observar
que outras soluções são possíveis e que elas também devem ser valorizadas no
desenvolvimento da atividade. Construa cada resposta coletivamente com eles. É
recomendável que você oriente-os a levantarem hipóteses. Se possível, faça todas
as questões antes de trabalhar com seus estudantes. Nesta atividade, os estudantes
podem ser reorganizados em duplas. Cada dupla pode tentar resolver as questões e
compartilhar as respostas com a turma. Esta atividade pode ser enriquecida quando
diferentes rotas de resolução são discutidas com a turma.
ATIVIDADE 8 - AS TECLAS DA CALCULADORA BUGARAM:
M40 N4 M4SS4
E AGORA, JOSÉ?
Com a sua calculadora, tente encontrar uma solução para cada calculadora
bugada a seguir:
Você consegue encontrar o valor 36 no visor da calculadora

usando só as teclas 2,3, +, x, CE, e = ?
Possíveis soluções
Solução: 2 x 2 x 3 x 3 = 36 Há outra forma de fazer?
S2 : 2 + 2 +2 + ... + 2 = 36 ou S3 : 3 + 3 + 3 + ... +3 = 36
18 vezes 12 vezes
Usando só as teclas do visor (5, 7, 3, +, x, CE, e =), você

consegue encontrar os valores 105 e 300?
18 vezes 12 vezes
Usando só as teclas do visor (5, 7, 3, +, x, CE, e =), você

consegue encontrar os valores 105 e 300?
S105 : 3 x 5 x 7 = 105
S105 : 5 + 5 + ... +5 = 300 ou 3 x 2 x 2 x 5 x 5 = 300
60 vezes
Usando só as teclas do visor (1, 7, -, x, = e CE), você

consegue encontrar os números 48 e 335?
S48 : 7 x 7 = 49 49 - 1 = 48
S335 : 7 x 7 x 7 - 7 1 = 335
ATIVIDADE 9 - INVESTIGANDO OS
COMANDOS DE MEMÓRIA DA CALCULADORA
1. Alan Turing foi ao supermercado e comprou os seguintes
itens utilizando os comandos de memória (M+ e M-, MR) de
sua calculadora:
Itens comprados Procedimentos na Calculadora
Dois sachês de café solúvel de 10 reais cada Calculou: 2 x 10 = 20 e apertou M+
Três pacotes de leite em pó de 5 reais cada Calculou: 3 x 5 = 15 e apertou M+
Dois achocolatados em pó de 4 reais cada Calculou: 2 x 4 = 8 e apertou M+
Três caixas de morango de 3 reais cada Calculou: 3 x 3 = 9 e apertou M+

40
Logo em seguida, apertou o botão MR e apareceu o resultado 52 no visor da

sua calculadora:
a) Diante disto, o que podemos dizer sobre os 52 reais? O que ele significa?
Resposta: 52 reais é a soma total: 20 + 15 + 8 + 9 = 52.
b) O que podemos concluir sobre os comandos M+ e MR?
Resposta: M+ (Memória aditiva) faz a soma do número do visor com o número da

memória. MR ou MCR permite visualizar o resultado atual guardado na memória.
2. Ao obter o valor de 52 reais, Alan Turing percebeu que não precisava de 3

caixas de morango, mas de 2 apenas. Daí, ele calculou 2 x 3 = 6 e apertou M-
e, em seguida, MR. O valor da tela mostrou: 46.
Pense um pouco: o que significa 46? E o que podemos falar sobre o M-?
Resposta: O 46 corresponde a 52 - 6 = 46. É o comando M- (Memória subtrativa),

que faz a subtração do número do visor com o número da memória.
3. Agora, tente encontrar os números na tela de cada uma das calculadoras

bugadas. Ah, não se esqueça: você pode usar os comandos de memória!
As teclas 0,1, 9, 3, 4, +, - estão bugadas.
Possível resposta:
S1: 112 = 2 x 2 x 2 x 2 x 7
S2: 8 x 2= 16 M + 7 x MR = 112
As teclas 4,8, 1, 6, 7, 0, + e - estão bugadas.
Possível resposta:
S1: 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 480
S2: 32 M + 3 x 5 = 15 x MR = 480
4. Sabendo que a tecla 4 estava bugada, Alan Turing apresentou duas soluções
para 4 x 44:
S1: 2 x 2 x 2 x 2 x 11 = 176
S2: 2 x 2 = 4 M+ 2 x 2 x 11 =44 x MR = 176
As duas soluções apresentadas por Alan Turing estão corretas?

Por quê? Há outro jeito de fazer?
Resposta: Sim, ambas estão corretas. Uma resposta foi feita pela decomposição
de fatores (primos ou não). Já a segunda resolução foi feita por decomposição
combinada ao comando de memória da calculadora. Há outra solução, por
exemplo: S3: 8 x 2 x 11 = 176.

42
5. Agora é com você! Como determinar o produto de 97 x 7, sabendo que as

teclas 9 e 7 estão bugadas?
Resposta: S: 97 = 2 x 3 x 3 x 5 + 6 + 1 = 97 e 7 = 1 + 6.
Na calculadora: 2 x 3 x 3 x 5 + 6 + 1 = 97 M+ 1 + 6 = 7 x MR = 679.
CURIOSIDADE
Você sabia que há vários tipos de calculadoras? Existem as

calculadoras simples, financeiras, científicas e até as gráficas. Há
também programas específicos de calculadoras no computador
que desenvolvem cálculos avançados e gigantes em um curto
prazo de tempo.
O nome do personagem
desta atividade é inspirado
em Alan Turing (1912-1954),
um matemático, cientista da
computação, lógico, criptoanalista,
filósofo e biólogo teórico britânico.
Alan Turing foi pioneiro da
computação e é conhecido como
FIGURA 1. Alan Turing
Fonte: Jon Callas from San Jose, USA, pai da ciência computacional e da
CC BY 2.0, via Wikimedia Commons. inteligência artificial.
ATIVIDADE 10 - INTERPRETANDO NÚMEROS COM

GRÁFICO PICTÓRICO
Observe o gráfico de pictograma a seguir sobre a extração de árvores, entre
1987 e 2022, na cidade de Jacutiringa Mirim:
Pictogramas são gráficos que usam ícones e

imagens para representar dados.
GLOSSÁRIO
Números de árvores
Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro

1987 1987 1992 1997 2007 2012 2017 2022
Fonte: Dados fictícios Tempo (anos)
Legenda: Cada representa 1.000 árvores
a) Quantas árvores havia no ano de 1987?
Resposta: 1000*12 = 12.000 árvores.

44
b) Quantas vezes o número de árvores de 1987 é maior que o número de árvores

de 2022?
Resposta: 6 vezes, pois 12.000/2000 = 6 // 1987: 12.000 árvores e 2022: 2000 árvores.
c) De 1987 a 2022, quantas árvores foram arrancadas?
Resposta: 12000 – 2000 = 10.000 árvores.
#parapensar! O que você pensa sobre a extração de madeira (ou atividade

extrativista)? Reflita também: A extração ilegal pode impactar na redução de
árvores, conforme o pictograma? Acesse o QR CODE a seguir para fundamentar ou
ampliar a sua compreensão sobre esse tema.
Professor(a), discuta com seus alunos sobre a extração de madeira, em especial, a

extração irresponsável e sobre como isso, por consequência, afeta negativamente
todo o ecossistema. Mostre que os números podem nos ajudar na criação de um
plano estratégico a partir de dados estatíticos a fim de evitar o extrativismo ilegal.
Encoraje os alunos a assistirem ao vídeo e a tecerem comentários sobre este
tópico, dando mais sentido e contexto aos dados do pictograma.
COMO MADEIRA NOBRE É EXTRAÍDA ILEGALMENTE

NA AMAZÔNIA
Pesquisa Fapesp
Disponível em: <https://youtu.be/XHYvRueG4tg>.
ATIVIDADE 11 - CONSTRUINDO GRÁFICOS CRIATIVOS

M40 N4 M4SS4
Construa um gráfico pictórico na malha quadriculada ou na folha A3

utilizando os números naturais (contáveis ou enumeráveis). Escolha um
tema de seu interesse, com o qual possa trazer a conscientização de algum
tópico importante, como saúde mental, vacinação, tecnologia, respeito no
trânsito, entre outros. Você pode usar materiais para construir seu gráfico
– botões, tecidos ou retalhos, brilhos etc. – ou apenas desenhar. Abuse da

sua criatividade. Vale materiais recicláveis e até gráficos com leds. Depois,
compartilhe tudo isso com seus colegas. Não se esqueça de criar uma legenda.
Coloque nome dos dados nos eixos horizontal e vertical no seu gráfico. E
escolha um título bem legal que represente sua pesquisa.
SEM
Sintetizando
Com esse conjunto de atividades, aprendemos que os números naturais são
contáveis e infinitos. Entendemos que eles fazem parte da nossa rotina diária e
que podem ser aplicados em múltiplos contextos, como no uso das redes sociais,
no trabalho extrativista ou até mesmo para resolver situações imprevisíveis com
o uso da calculadora com teclas bugadas. Aprendemos também a diferença
entre número e algarismo. Você se lembra que os números são objetos de
estudo da Matemática e que podem ser encontrados nas ordens, medidas
e quantidades? Já os algarismos são formados por 10 dígitos ou códigos.
Entendemos também que é importante compreender a resolução e não só o
produto final ou resposta do problema, tendo a chance de pensar e de criar
várias estratégias com os números e suas operações. Determinamos a soma
dos primeiros números naturais reconhecendo que é possível trabalhar com
as ideias geométricas (com a representação das barras na malha quadriculada)
e aritméticas (números e suas operações) para resolver um determinado

46
problema. Observamos a importância de fazer

estimativas de números naturais para obter
resultados rápidos e não necessariamente
precisos. Veja quantas coisas aprendemos!
Mas as ideias dos números naturais não se
esgotam aqui; para tanto, convidamos vocês a
continuarem conosco na próxima seção. Até lá!
Esticador de Horizontes
EXPLORANDO UM POUCO MAIS OS NÚMEROS:

BBC News Brasil
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=Kgt3UggJ70k>.
Acesso em: 05 fev. 2022.
DESCUBRA O RITMO DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

MUNDIAL. O NÚMERO DE PESSOAS NO FUTURO VAI
CHEGAR AO INFINITO?
Crescimento da População
Canais Globo
Disponível em: <https://globoplay.globo.
com/v/9080939/?s=0s>.
Acesso em: 05 fev. 2022.
Anotações
Anotações

48
SEQUÊNCIA 2.
Multiplicar ou
dividir? Eis a questão!
HABILIDADES
(EF06MA03)
(EF07MA32)
Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida de área de figuras
planas que podem ser decompostas por quadrados, retângulos e/ou
triângulos, utilizando a equivalência entre áreas.
• Operações com naturais: multiplicação e divisão;

• Divisões euclidianas (D = d x q + r);
• Introdução a áreas e perímetros.
• Analisar e compreender as ideias de multiplicação e divisão;

• Realizar operações de multiplicação e divisão euclidiana;
• Identificar, compreender e resolver problemas de áreas e
perímetros;
• Relacionar elementos da divisão euclidiana e inferir regularidades.
Professor(a), nesta Sequência de Atividades, discutiremos as operações

aritméticas no conjunto dos números naturais. Nesse sentido, revisitaremos as
ideias de multiplicação e as relacionadas à divisão euclidiana (D = d x q + r), D:
divisor, d: dividendo, q: quociente, r: resto. As atividades foram organizadas no
sentido de valorizar diferentes linguagens (e.g. oral, escrita, digital) durante a
construção do conhecimento matemático. Tais construções buscam privilegiar
ações do pensar sobre o próprio pensar do estudante ao saber e fazer
matemática (reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem). Propomos
atividades com o uso de tecnologias digitais, tais como simulador, applets
e jogos. Porém, caso não seja possível o uso de tais recursos, apresentamos
outras sugestões com recursos como papel quadriculado e palitos de fósforo.
O importante é a sua mediação e a forma como irá conduzir os processos de
ensino e aprendizagem nesta etapa sobre números naturais. É importante que
as atividades sejam desenvolvidas em um contexto coletivo e participativo. Por
exemplo, as atividades de multiplicação, em especial, com o uso de simulador,
podem ser enriquecidas pelas reflexões e múltiplas estratégias de resoluções
apresentadas pelos alunos, mediante os problemas abertos ou fechados de
Matemática propostos. Embora independentes, as atividades são dialógicas
e mutuamente se estruturam na construção de significados conceituais e
procedimentais. Há, em especial, questões práticas, como determinar as
dimensões de uma casa ou fazer cálculos do espaço de um bosque. Por
fim, a Sequência de Atividades também evidencia ideias intuitivas quanto à
abstração e generalização de casos particulares (restos de divisões euclidianas),
privilegiando as noções lógico-indutivas dos alunos. Bom trabalho!

começa agora!
ATIVIDADE 1 - O QUE O METRO QUADRADO TEM A VER

M40 N4 M4SS4
COM A SUA BANDA FAVORITA?

Você já parou para pensar o tamanho de um metro quadrado (m2)? Consegue
construí-lo ou imaginá-lo na sua mente, considerando as suas dimensões? Você
sabia que podemos utilizá-lo como unidade de medida para determinar o valor
da venda ou compra de uma casa ou apartamento?
Pegue folhas de jornal (ou revistas, caderno etc.), uma régua ou uma fita métrica
e desenhe, junto com seus colegas, o metro quadrado no chão. Qual será a
medida de comprimento dos lados? Depois disso, descubram quantas pessoas
(da sala de aula) poderão ficar em pé dentro dele.

50
Na prática, vejam qual é a quantidade mínima de pessoas que poderá ficar

dentro dele. E a máxima? E a média? Tentem combinar diferentes grupos de
alunos dentro do quadrado construído.
Depois disso, escolha um show, concerto ou evento que a turma deseja

participar (pode ser real ou fictício). Em seguida, determine a quantidade
“boa” de pessoas que pode ficar dentro dessa área que vocês construíram.
Considerando esta quantidade de pessoas, calculem:
Quantos metros quadrados serão suficientes para comportar 1.000 pessoas

no evento ou show de vocês? E 100.000? E 1.000.000? Quantas pessoas serão
necessárias para lotar uma área de 1.000 m2?
No final, pensem no porquê é importante conhecer o número de pessoas de

um evento antes do seu acontecimento. Não se esqueçam de que os resultados
numéricos, nesta atividade, devem ser representados pelos números naturais.
Por isso, analise com cuidado os números – para mais ou para menos – de
metros quadrados que serão necessários para o grande espetáculo de vocês!
Uma dica: se o resultado apresentar 167,3… (não natural) de m2, decidam por
167 ou 168 m2.
Podemos estimar o número de pessoas de um show de uma banda

favorita a partir dos m2?
Tome nota
1 metro (m) equivale a 100 centímetros (cm)
Professor(a), esta é uma atividade que visa estimular a participação coletiva

da turma. Você pode encorajar a turma ou grupos de alunos a construírem
um metro quadrado utilizando folhas de jornal, revistas etc. A ideia é que
os alunos visualizem o metro quadrado no chão. A partir daí, proponha
questões norteadoras: “O que seria o dobro desse metro quadrado? E o triplo
ou o quádruplo?”. Estimule-os a pensarem e a estabelecerem conexões do
número com o tamanho do metro quadrado na mente. Se possível, anote as
informações ou esboce as ideias principais no quadro. Depois disso, incentive
a turma a encontrar os números mínimo e máximo de pessoas que poderão
ser incluídas dentro do m2. É importante que eles estabeleçam critérios de
elegibilidade ou não. Por fim, explore lugares onde o metro quadrado pode
ser utilizado, como na compra ou venda de imóveis, ou para quantificar a
quantidade de pessoas em um determinado show ou evento. Deixe que os
alunos discorram sobre isso. Estimule-os a registrarem seus cálculos no quadro
ou no caderno. Observe que esse assunto deve ser explorado no contexto
dos números naturais. Logo, os alunos deverão ser capazes de perceber que,
por exemplo, no metro quadrado cabem 6 pessoas, mas como 6 não divide

52
1.000, logo serão necessárias, pelo menos, 167 m2 de área. A ideia é trabalhar
aqui sem a vírgula. Uma dica é levar o material de casa, como régua, tesoura,
barbante e fita métrica. Lembre-se: é uma atividade exploratória, visual e
coletiva. Reforce a importância de se conhecer o número estimado de pessoas
para a condução de uma boa segurança (contratação de bombeiros, médicos,
agências específicas, policiais etc.).
ATIVIDADE 2 - CRIANDO UM PROGRAMINHA DE

COMPUTADOR…
Anne construiu uma maquete eletrônica utilizando um software livre que
permite observar o modelo computacional e o modelo matemático da sua nova
sala de estudo. Veja como ficou:
Software livre: qualquer programa de computador

que pode ser acessado, alterado, copiado e
compartilhado gratuitamente entre os usuários.
GLOSSÁRIO
Anne deseja saber quantos ladrilhos serão suficientes para cobrir todo o piso
da sala, sabendo que há móveis planejados e que eles não serão removidos.
Quantos ladrilhos ela vai precisar? Justifique a sua resposta e diga quais
operações básicas você utilizou para resolver esta situação-problema:
Organização dos dados do problema Estratégia de resolução
Total da área (T): 12 x 10 = 120 ladrilhos

Total – M – PL – A
Mesa (M): 3 x 2 = 6 ladrilhos
= 120 – 6 – 10 – 8
Sofá (S): 5 x 2 = 10 ladrilhos
= 96 ladrilhos.
Armários (A): 1 x 8 = 8 ladrilhos
Anne também calculou, na sua planilha eletrônica, a área de serviço retangular

de sua casa, tendo dimensões 12 u.m por 14 u.m. Para conferir seu cálculo, ela
utilizou três formas. Veja como ela fez:
Considere que cada quadradinho

representa um ladrilho.
Legenda: u.m: unidade de medida

u.a: unidade de área

54
12 x 14 = 168
Usual Decomposição Caixa
1 2 4x2=8 10 + 2 x 10 20
x 1 4 4x1=4 x 10 + 4
10 100 20
4 8 8 4x2=8
1x2=2 4 40 8
+ 1 2 40 4 x 10 = 40
1x1=1
1 6 8 u.a 20 10 x 2 = 20 12 = 10 + 2
+ 100 10 x 10 =100 14 = 10 + 4
168 u.a
Logo, 100 + 20 + 40 + 8 = 168 u.a
Observe a lógica de funcionamento dos três algoritmos de multiplicação que

Anne fez.
Qual deles você acha mais prático? Por quê? Você conhece outra forma de fazer?
Agora é com você! Obtenha o resultado para cada operação a seguir. Tente
utilizar algoritmos diferentes.
a) 130 x 17 = 2.210 c) 485 x 32 = 15.520
b) 768 x 15 = 11.520 d) 100 x 101 = 10.100
ATIVIDADE 3 - IDEIAS DE ÁREAS E PERÍMETROS
A área é uma região interna ou uma superfície plana delimitada pelo seu contorno.
O perímetro de uma figura plana é a medida do comprimento de seu contorno.

No caso de figuras poligonais, como o quadrado e o retângulo, o perímetro
pode ser entendido como a soma dos lados.
Veja como podemos calcular a área do bosque:

4 u.m
4 u.m
5 u.m
5 u.m
Representa a unidade de área (u.a)
Representa a unidade de perímetro (u.m)
Representa a unidade de área (u.a)
A área do bosquea unidade

Representa retangular pode ser
de perímetro obtida multiplicando-se os lados
(u.m)
(comprimento e largura) do retângulo. Veja: 5 x 4 = 20 u.a.
O perímetro do bosque pode ser obtido somando-se as medidas de seus lados:

5 + 5 + 4 + 4 = 18 u.m. ou 2x5 + 2 x 4 = 10 + 8 = 18 u.m.
a) Você já utilizou a ideia de perímetro e área?
b) Desafio! Se dobrarmos os lados das medidas (comprimento e largura) do

bosque, o que acontece com sua área?
Resposta: A área quadruplica, pois 10 x 8 = 80 unidades de área. Veja que 80/20 = 4.
ATIVIDADE 4 - ARQUITETANDO ÁREAS RETANGULARES

M40 N4 M4SS4
Acesse o simulador modelo de área através do QR CODE.

56
MODELOS DE ÁREA: MULTIPLICAÇÃO

Applet | PHET
Disponível em: <https://phet.colorado.edu/
sims/html/area-model-multiplication/latest/
area-model-multiplication_pt_BR.html>.
A área do retângulo no simulador:
Algoritmo usual: 17 x 14 = 238 u.a
Algoritmo de composição: 17 x (5 + 9) = 17 x 5 + 17 x 9 = 85 + 153 = 238 u.a.
Tome nota
O retângulo é um quadrilátero que possui quatro ângulos retos; seus lados

perpendiculares podem possuir medidas diferentes. Já o quadrado é um caso
particular de retângulo: todos seus lados têm, necessariamente, as mesmas
medidas de comprimento.
Agora é com você! Com seu Simulador de Área, e usando as ideias da

multiplicação, faça as seguintes construções:
1. Construa um retângulo que tenha 15 unidades de comprimento e 12

unidades de largura. Em seguida, responda:
a) Qual é a área formada desse quadrilátero?
Resposta: 180 u.a.
b) Qual estratégia você utilizou?
2. Construa um quadrado com 100 unidades de área. Qual é seu perímetro?
Resposta: 10 x 4 = 40 u.m.
3. É possível construir um quadrado com 16 unidades?
Resposta: Sim (4x4 = 16 unidades de área).
a) E com 54 unidades de área?
Resposta: Não.
b) Por quê?
Resposta: A área de um quadrado é obtida pelo produto dos lados de mesma

medida. Porém, não há nenhum número que multiplicado por ele mesmo
resulte em 54. Logo, podemos concluir que não existe área de quadrado com 54
u.a no conjunto dos números naturais.
#parapensar!
a) É possível construir dois retângulos com mesma área e com perímetros

diferentes?
Possível solução: Sim. Veja:
Figura 1 A1: 6 x 6 = 36; P1: 6 x 4 = 24

Figura 2: A2: 12 x 4 = 36; P2 = 12 x 2 + 3 x 2 = 24 + 6 = 30

58
b) Figuras de formas diferentes têm sempre a medida de sua área diferente?
Resposta: Não.
c) É possível construir cinco retângulos diferentes com área igual a 36. Veja
dois deles a seguir:
6 x 6 = 36 u.a
12 x 3 = 36 u.a
Agora, descubra os demais retângulos:
Resposta: Veja: retângulo 3: 1 x 36 = 36; retângulo 4: 4 x 9 e retângulo

5:18 x 2 = 36.
Tome nota
Um quadrado é um caso particular de retângulo.
ATIVIDADE 5 - TRABALHANDO COM ÁREAS LATERAIS
Um quarto tem 4 paredes laterais de mesmo tamanho e formato. Determine a

área total, sabendo que o comprimento e a largura medem, respectivamente, 6
e 5 metros. Observe que uma das paredes tem uma porta de 2 m2 e outras duas
paredes têm uma janela de 1 m2 cada.

60
Resposta: 6 x 5 = 30 m2; 4 x 30 = 120 m2; 120 – 2 – 1 x 2 = 116 m2.
Professor(a), o simulador pode ser usado tanto no computador quanto no

celular do aluno. Caso não haja internet ou haja qualquer outro motivo que
impossibilite o uso do simulador, você pode desenvolver essa mesma atividade
utilizando a malha quadriculada e lápis de cor; também pode utilizar palitos
de fósforo. O objetivo principal aqui é trabalhar com a ideia de “multiplicação
retangular” associada à área. Utilize os algoritmos da multiplicação (usual e/
ou de decomposição com os alunos). A ideia é a de relacionar a operação de
multiplicação com o conceito intuitivo de área. Uma sugestão é a de organizar
a sala de aula de modo que os alunos possam mostrar a resposta à frente
assim que solucionarem ou descobrirem alguma estratégia no simulador. Você
também pode apresentar, no final da atividade, as resoluções não pensadas
pelos grupos de alunos.
ATIVIDADE 6 - INVESTIGANDO PROCEDIMENTOS

DE CÁLCULOS
Mário, Luiza e Ana tentaram resolver o produto 42 x 16. Analise os cálculos a seguir:
Veja que o resultado é igual nos três casos. Você acha que os procedimentos
estão corretos? Há outra forma de resolver?
Resposta: Todos estão corretos. Mário, Luiza e Ana utilizaram a decomposição

de fatores. Outro jeito de fazer: 40+2 x 10+6=400+240+20+12=672
ATIVIDADE 7 - VAMOS DIVIDIR?
Observe as duas figuras (A e B) a seguir e analise quantas vezes o bloco B cabe

dentro de A. Considere cada como uma unidade de área (u.a.).
Bloco A
Bloco B
O problema anterior retrata a operação inversa da multiplicação, que é a

divisão. Podemos associar a divisão como medida, isto é, saber quantas vezes
uma grandeza cabe dentro de outra grandeza.
Veja como Euclides resolveu o problema:
Organização dos dados do problema Estratégia de resolução
• Bloco A: 32 quadradinhos (ou 32 u.a.)

Dividendo (D) 32 4 Divisor (d)
• Bloco B: 4 quadradinhos (ou 4 u.a.)
3 8 Quociente (q)
Organizando os quadradinhos:
- 2
Resto (r) 0
Conferindo a divisão:
Dividendo = quociente x divisor + resto
D=dxq+r 32 = 4 x 8 + 0
Resultado correto, pois a igualdade

(32 = 32) é satisfeita.

62
Observe que Euclides dividiu 32 por 4 e encontrou como resultado 8. Isso

significa dizer que são necessários 8 blocos B para preencher completamente 1
bloco A. Existe outro jeito de resolver esse problema?
Para verificar o resultado, Euclides também usou a relação de divisão

euclidiana: D = d x q + r. O que podemos dizer quando a igualdade desta
relação não é satisfeita?
Resposta: Dizemos que o algoritmo da divisão foi executado incorretamente. É

necessário, portanto, refazer o processo.
A divisão é exata, pois o resto é igual a zero. Dizemos que 4 divide 32 e que 32
é múltiplo de 4. Relembre que os múltiplos de 4 são: M(4) = 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24,
28, 32, 36,...
Professor(a), o intuito aqui é introduzir a ideia de divisão associada à ideia de

medida, isto é, quantas vezes uma quantidade cabe dentro de outra quantidade.
Você pode trabalhar esse problema com o software Geogebra e mostrar a
quantidade do bloco B dentro do bloco A. Você pode também entregar uma
folha com divisões exatas e não exatas para cada dupla, e pedir para que
resolvam as operações utilizando a relação de divisão D = d x q + r. Caso os
alunos tenham dúvida sobre o processo de divisão, você pode usar a estratégia
dos quadradinhos para que eles vejam a distribuição em partes iguais.
ATIVIDADE 8 - DIVISÃO EUCLIDIANA:

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?
Divisão euclidiana ou restos da divisão: foca nos

estudos dos restos da divisão.
GLOSSÁRIO
Analise cuidadosamente a divisão pelo algoritmo usual da divisão e a relação

euclidiana:
Algoritmo Usual da Divisão Relação de Divisão (Euclidiana)
Divisão não exata, pois o resto é D=dxq+r

diferente de 0. Dizemos que 174 174 = 20 x 8 + 14
não é múltiplo de 20 ou que 20 174 = 174
não divide 174.
Agora é com você! Tente fazer os cálculos a seguir e depois utilize a relação
euclidiana para confirmá-los:
a) 479 ÷ 14 = 479 = 34 x 14 + 3.
b) 932 ÷ 15 = 932 = 62 x 15 + 2.
c) 1485 ÷ 32 = 1485 = 32 x 46 + 13.
ATIVIDADE 9 - TROCANDO O PISO
O piso da sala-cozinha de Pedro será trocado por cerâmicas. Veja a imagem

desse espaço (de cima para baixo) e as suas medidas internas (comprimento e
largura) a seguir:
O piso será todo revestido de cerâmica 60 x 60 cm.

64
a) Quantas cerâmicas caberão no comprimento? E na largura? Justifique

a sua resposta.
Resposta: Horizontal: 900/60 = 15 cerâmicas. Vertical: 600/60 = 10 cerâmicas.
b) Quantas cerâmicas, no mínimo, precisarão ser compradas? Por quê?
Resposta: 150 cerâmicas, no mínimo, deverão ser compradas, pois

15 x 10 = 150 cerâmicas.
15 cerâmicas no comprimento
10 cerâmicas na largura
A = comprimento x largura = 150
Professor(a), observe que a questão b tem a expressão “no mínimo”. Aqui, por
exemplo, leve o aluno a compreender a importância de comprar um pouco a
mais de cerâmicas para imprevistos que venham a surgir nas atividades diárias,
como danificação da cerâmica, revestimento do rodapé da casa etc. Discuta
sobre planejamento e possibilidades de restos de uma divisão.
c) Na cidade onde Pedro mora, as cerâmicas são vendidas somente em caixas

de 12 unidades cada uma. De acordo com seus cálculos, quantas caixas, no
mínimo, o proprietário da casa deverá comprar? Por quê? Utilize a divisão
euclidiana para verificar o resultado.
Algoritmo da divisão (seu preferido) Relação euclidiana
D=dxq+r=
D=dxq+r
150 = 12 x 12 + 6
O proprietário deverá comprar 13 caixas de 150 = 150
porcelanato cada uma
Professor(a), o intuito aqui é de revisar as ideias de divisão. Analise o resto da

divisão com seus alunos. Por exemplo, você pode questionar: “Por que sobrou
6? O que podemos interpretar desse resto?”. Leve os alunos a entenderem o
porquê de o resto não ser “quebrado” em números decimais, por exemplo.
Trabalhe com a importância do resto das divisões no dia a dia e a necessidade
da análise de contextos que visam compreender a quantidade “mínima” ou
“máxima”. Por exemplo, são necessárias 13 caixas de cerâmicas porcelanato,
pois não são vendidas 12,5 caixas. Se comprar 12 caixas, por outro lado, vão
faltar cerâmicas na construção. Mostre a importância da análise do resto para
tomar decisão junto com os alunos.
ATIVIDADE 10 - DESCOBRINDO O SEGREDO ENTRE

DIVISORES E RESTO
Débora, André e Caio decidiram analisar os restos da divisão com os números
naturais (N).
Veja os rascunhos de cada aluno a seguir:
Débora dividiu alguns números naturais por 2 e analisou o resto de cada

divisão. Veja (legenda: d - dividendo e r - resto):
d = 2 e r =1 d=2er=0 d=2er=1 d=2er=0 d=2er=1 d=2er=0
André dividiu alguns números naturais por 3 e analisou o resto da divisão. Veja:
d=3er=0 d=3er=1 d=3er=2 d = 3 e r =0 d=3er=1 d=3er=2

66
Caio dividiu alguns números naturais por 4 e analisou o resto da divisão. Veja:
d=4er=0 d=4er=1 d=4er=2 d=4er=3 d=4er=0 d=4er=1
Nos rascunhos de Débora, André e Caio há um segredo entre os divisores

e o resto de um número natural. O que seria? Compartilhe a sua análise e
descoberta com seus colegas.
Resposta: O resto é sempre positivo e menor do que um divisor em uma

divisão. Em símbolos, temos: 0 ≤ r < d.
ATIVIDADE 11 - HORA DO JOGO: CONSTRUINDO

SIGNIFICADOS DO RESTO DA DIVISÃO
Vamos explorar um pouco mais as divisões euclidianas e seus restos com o jogo
digital Avançando com o Resto. E aí, aceita o desafio? Então, leia as instruções
do jogo e ouça as dicas de seu(ua) professor(a). Lembre-se das ideias de
dividendo, divisor, quociente e resto. Explore seus conhecimentos e divirta-se!
AVANÇANDO COM O RESTO

APPS UNIVESP
Disponível em: <https://apps.univesp.br/
avancando-com-o-resto/>.
Professor(a), embora haja instruções do jogo na plataforma, reforce que o

resto da divisão euclidiana determina quantas casas o jogador irá avançar
no tabuleiro. Entendemos que muitos significados matemáticos podem ser
mobilizados durante a interação coletiva por meio do jogo digital com objetivos
de aprendizagem bem definidos. Uma sugestão, aqui, é simular uma partida
com a turma, tirando dúvidas sobre o jogo e sobre os cálculos também. Caso
não seja possível utilizar o jogo digital, você pode montar um tabuleiro com
a própria turma. Para tanto, leve dados, canetinhas e também tampinhas de
garrafa pet (coloridas) para representar os jogadores. Deixamos aqui o QR do
tabuleiro manual e as instruções:
AVANÇANDO COM O RESTO

Departamento de Matemática / Unesp
Disponível em: <https://www.ibilce.unesp.br/#!/
departamentos/matematica/eventos/2-cejta/
regras-dos-jogos/5-ano---avancando-com-o-resto/>.
Sintetizando
Nesta seção, revisamos as operações dos números naturais e vimos como
podemos utilizá-las em contextos reais. Aprendemos também a calcular áreas
e perímetros de figuras planas. Utilizamos simuladores para encontrar áreas e
resolver problemas propostos, adotando u.a como unidade de área e u.m como
unidade de medida. Sintetize com suas palavras: qual é diferença entre unidade
de medida e unidade de área? Aprendemos também noções intuitivas de cálculos
e regularidades utilizando o algoritmo da divisão euclidiana. Você se lembra o
que significa dividendo, divisor, quociente e resto? Relembre uma aplicação: se
tivermos 8 pedaços de pizza de modo que eles sejam divididos igualmente entre 3
alunos, logo, cada aluno fica com 2 pedaços de pizza e ainda sobram 2 fatias. Isso
porque, 8 dividido por 3 é igual a 2 com o resto 2. A lógica inversa desta operação
seria: cada um dos 3 alunos recebeu 2 pedaços de pizza; logo, 6 pedaços foram
distribuídos igualmente entre eles (pois 3 x 2 = 6), sobrando 2 fatias. Assim,
escrevemos 3 x 2 + 2 = 8, sendo D: 8, d: 2, q:2 e r: 2.
Estudamos ainda as relações entre os divisores e os restos. Finalizamos com o

jogo “Avançado com o resto”. Neste jogo, você venceu ou perdeu? Para nós, todos
ganharam. Isso porque entendemos que todos ganham quando nos damos a

68
chance de aprender algo novo e buscamos abrir novas portas do conhecimento

de Matemática.
Agora, faça um exercício de autoavaliação: como foi o seu desenvolvimento

nesta etapa do processo?
Destaque ou pinte aquela figura que mais combina com sua percepção de
si mesmo(a).
O que você faria de diferente? O que manteria?
Anotações
História da Matemática
Nessa sequência de atividades,

trabalhamos com um nome bem famoso na
área da Matemática: o geômetra Euclides.
Na história da Matemática, observamos que
Euclides escreveu um dos mais importantes
livros da Grécia Clássica: Os elementos de
Euclides. As ideias de Euclides (por volta de
300 a.C.) continuam firmes até hoje. Muitas
destas ideias fundamentam o avanço na
ciência e a importância da tecnologia.
FIGURA 1
Fonte: WikiCommons. Agora, você sabe dizer por que alguns
conhecimentos matemáticos sobreviveram ao
tempo mesmo depois de milhares de anos de
sua primeira construção?
Acesse o QR CODE para conhecer mais sobre esse pensador.
GRANDES PENSADORES: EUCLIDES

Socratica Português
Disponível em: <https://youtu.be/QM3HUpIwaYs>.
Acesso em: 14 de abr. 2022.
Anotações

70
SEQUÊNCIA 3.
Potenciação:
contextos e
significados
HABILIDADES
(EF06MA03)
(EF07MA05)
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
• Potenciação com naturais: ideias e contextos;

• Diferentes algoritmos de resolução com potências;
• Regularidades aritméticas e geométricas de potenciação;
• Produtos e potências: problemas e aplicações.
• Compreender as ideias e contextos com a potenciação;

• Conjecturar resultados de potências por diferentes estratégias;
• Interpretar, analisar e tomar decisões com o uso de potências;
• Operar e desenvolver algoritmos de cálculos com potências;
• Comparar, interpretar e relacionar potências e produtos.
Professor(a), o objetivo desta sequência é introduzir o conteúdo de potenciação

no conjunto dos números naturais. Para tanto, a ordem das atividades foi
pensada no sentido de promover a construção deste conhecimento de
forma contínua, processual e dialógica, envolvendo problemas conceituais e
interpretativos (por exemplo, quantos existem, regularidades e representações
geométricas) e também atividades investigativas e exploratórias (como com
dobraduras na folha de papel e conhecendo os nossos ancestrais). Também
há atividades que visam ao trabalho com ideias intuitivas e abstratas de
Matemática (por exemplo: regularidades e procedimentos de cálculos
envolvendo potenciação. Ao longo das atividades deixamos, para você, alguns
applets, jogos e dicas metodológicas de como desenvolver esta sequência
com seus alunos). Cabe ressaltar que não consideramos esta sequência, assim
como as outras, como “receita” irretocável; pelo contrário, são sugestões que
podem ser adaptadas ao seu contexto de atuação e profissionalização. Por
fim, apresentamos o Esticador de Horizontes, com algumas outras ideias para
aprofundar o tema de potenciação. Bom trabalho!
ATIVIDADE 1 - TECENDO IDEIAS INICIAIS

DE POTENCIAÇÃO
Leia o problema do Vilarejo da Felicidade e interprete a forma como Pedro fez
para resolvê-lo:
Quantos moradores há no vilarejo?
No vilarejo da Felicidade...
Há 5 estradas simples e grandiosas,
Em cada estrada há 5 casas de sapê
Pequenas e maravilhosas de se vê
Cada casa de sapê com 5 moradores
O total de moradores gostaria de conhecê
Então, usarei a ideia de potência para eu sabê:
(...)
Greiton Toledo de Azevedo

72
Pedro resolveu o problema da seguinte forma:
1. Estradas: 5
2. Casas de Sapê: 5 x 5 = 25 (Há 5 casas em cada uma das 5 estradas,

logo: 5 x 5 = 25)
3. Moradores: 5 x 5 x 5 = 125 (Há 25 casas e em cada uma há 5 moradores;

então: 25 x 5 = 125)
Pedro utilizou a multiplicação de números iguais (5 x 5 x 5) para encontrar

a quantidade de moradores no Vilarejo da Felicidade. Você resolveria este
problema de outra forma? Como?
No problema anterior, utilizamos o produto de fatores iguais, que recebe o

nome de potenciação.
Mas, afinal de contas, o que é potenciação?
POTENCIAÇÃO é uma operação matemática que representa a multiplicação de

números iguais várias vezes. Podemos escrever o resultado do cálculo do Pedro
na forma de potência. Veja:
Potenciação
Expoente Elementos da potenciação

Potência
5³ + 5x5x5 = 125
• 5 é a base
• 3 é o expoente
Escrita multiplicativa • 125 é a potência

Base
No exemplo anterior, dizemos que 5 é a base, 3 é o expoente e 125 é a potência.
Lê-se “cinco elevado à terceira potência”, ou “cinco elevado a 3” ou “cinco

elevado ao cubo”.
Tome nota
Todo número (diferente de 0) Todo número elevado a 1 é ele

elevado a 0 é 1. Veja: mesmo. Veja:
80 = 1 31 = 3
20 = 1 121 = 12
100 = 1 1001 = 100
1. Calcule o valor das potências:
Ex: 42 = 4 x 4 = 16
a) 72 = 7 x 7 = 49
b) 91 = 9
c) 33 = 3 x 3 x 3 = 27
d) 103 = 10 x 10 x 10 = 1000
2. Complete o quadro a seguir:
Produto de
Potenciação Resultado Leitura
fatores iguais
Cinco elevado ao quadrado ou

52 5x5 25
cinco elevado a dois.
Oito elevado ao cubo ou oito

83 8x8x8 512
elevado a três.
Três elevado à quarta potência

34 3x3x3x3 81
ou três elevado a quatro.
Seis elevado à quinta potência

65 6x6x6x6x6 7.776
ou seis elevado a cinco.
Dez elevado à sexta potência

106 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x10 1.000.000
ou dez elevado a seis.

74
ATIVIDADE 2 - É POSSÍVEL FAZER DOBRADURAS
M40 N4 M4SS4
ATÉ O INFINITO?
Dobraduras e potências de 2
Pegue uma folha de papel A4 ou uma folha de caderno e vamos à dobradura!
Primeiramente, dobre a sua folha ao meio. Em seguida, observe que duas

regiões retangulares foram formadas (ou seja, 21 = 2).
Ideias iniciais de potenciação
Dobras Regiões formadas
1 2 = 21
2 4 = 22
Professor(a), esta é uma atividade exploratória inicial de potenciação. A

ideia é mostrar para os alunos que as dobras podem gerar potências de 2.
Por exemplo, uma dobra corresponde à potência 21, pois gera duas regiões
retangulares. Quando se faz duas dobras, o papel se decompõe em 4 regiões
retangulares, as quais podemos chamar de 22 = 4; com 3 dobras ao meio,
obtemos 23 = 8 regiões retangulares, e assim sucessivamente. Uma ideia
é construir essa tabela no quadro e preenchê-la com os alunos. Leve-os a
compreenderem a ideia de expoente, de base e resultado (potência) de uma
operação de potenciação. Observe com os alunos que teoricamente este
processo pode continuar indefinidamente, ou seja, o número de dobras (n) pode
ser infinito, com a folha de papel dobrada ocupando uma área cada vez menor:
seria como segurar o infinito em suas mãos!
Agora, dobre-a novamente. Com efeito, você vai perceber que a folha se dividirá
em quatro regiões retangulares (2 x 2 = 4 ou 22 = 4). Continue esse processo de
dobraduras e descubra a quantidade de regiões formadas, descrevendo em
forma de potências de 2.
Registre seu trabalho na tabela a seguir! No final, descubra qual é o número

máximo de dobraduras que você consegue fazer na folha de papel e diga qual é
a potência obtida. Compartilhe com seus colegas!
Dobras Regiões formadas
1 2 = 21
2 4 = 22
3 8 = 23
4 16 = 24
(...) (...)
n 2n
ATIVIDADE 3 - TRABALHANDO COM PROBLEMAS:

QUANTOS EXISTEM?
1. Resolva os problemas a seguir
utilizando a ideia de potenciação.
a) Problema 1- Em um condomínio
há 4 edifícios; em cada edifício há
4 andares, sendo 4 apartamentos
por andar. Em cada apartamento
há 4 quartos e em cada um
deles há 4 lâmpadas. Quantas
lâmpadas existem nos quartos
deste condomínio?
Resposta: 4 x 4 x 4 x 4 x 4 = 45 = 1024 lâmpadas.

76
b) Problema 2 - Há duas lagoas em uma

fazenda. Próximo à margem de cada
lagoa, existem duas palmeiras grandes
e frondosas. Em cada palmeira há dois
ninhos de araras. Em cada ninho moram
dois filhotes de ararinha. Quantos
filhotes de ararinhas moram ali?
Resposta: 2 x 2 x 2 x 2 = 24 = 16 ararinhas.
c) Problema 3 - O garoto Felipe gostou muito de um vídeo sobre saúde
mental e viu que não se tratava de uma fake news. Então, ele decidiu
compartilhá-lo para 3 amigos no WhatsApp. Cada um desses amigos,
posteriormente, compartilhou a
mesma mensagem para mais 3 colegas.
Cada um desses 3 colegas também
compartilhou a mesma mensagem para
mais 3 pessoas.
Ao todo, quantas pessoas receberam

a mensagem? Podemos escrever o
resultado na forma de potência:
Resposta: 3 x 3 x 3 = 33 = 27 pessoas.
2. Formulando problemas: Crie um

problema envolvendo a multiplicação de fatores iguais. Depois,
reescreva o resultado dele em forma de potência. Compartilhe o seu
problema com a turma.
3. O problema das formigas: Havia uma comunidade de 102 formigas. No

decorrer da trajetória, muitas delas foram, aos poucos, se perdendo. Veja:
• 52 formigas desistiram da caminhada; 25
• 32 formigas foram levadas pelo vento; 9

• 42 formigas foram comidas pelo tamanduá; 16
• 23 formigas foram em busca da geleia

de morango. 8
Quantas formigas continuam na trajetória?
Resposta: 100 – 25 – 9 – 16 – 8 = 42 formigas.
ATIVIDADE 4 - POTENCIAÇÃO E REPRESENTAÇÕES

GEOMÉTRICAS
a) Desenhando as potências quadradas
Observe a sequência das potências quadradas e, em seguida, complete

o quadro:
Número de
Figuras formadas Potência Multiplicação
quadradinhos
1 12 1x1
4 22 2x2
9 32 3x3

78
Número de
Figuras formadas Potência Multiplicação
quadradinhos
16 42 4x4
25 52
5x5
36 62 6x6
A sequência (1,4, 9,16,25, ...) é constituída por quadrados. Por isso, ela recebe
um nome especial: sequência dos quadrados perfeitos. Também chamamos o
expoente 2 de quadrado, pois as figuras formadas são sempre quadrados.
b) Visualizando as potências cúbicas

Número de
Cubos Mágicos Potência Multiplicação
cubinhos
1 13 1x1x1
8 23 2x2x2
27 33 3x3x3
64 43 4x4x4
A sequência (1, 8, 27,...) é chamada de sequência cúbica ou uma sequência de

cubos perfeitos. Todos os números dessa sequência (potências de expoente 3)
formam geometricamente cubos.

80
ATIVIDADE 5 - JOGO DA MEMÓRIA DE POTÊNCIAS
M40 N4 M4SS4
Junto com seu professor monte times de duplas na sua turma, embaralhe os
cartões e deixe-os virados para baixo. Cada dupla tem uma oportunidade de
jogar para descobrir os valores correspondentes entre os cartões. Por exemplo,
o cartão com o valor 36 corresponde à potência 62, pois 6 x 6 = 36. A dupla que
conseguir obter o maior número de cartas correspondente vence o jogo!
Jogue e divirta-se!
Professor, oriente a turma a se organizar em duplas e recortar

o anexo 01 do jogo da memória. Só será necessário recortar
um jogo para cada conjunto de duplas. Peça que os alunos
já divididos, embaralhem os cartões e deixem virados para
baixo. As duplas precisam encontrar os cartões com os valores
correspondentes. Vence o jogo a dupla que tiver encontrado
mais correspondências. Abaixo um gabarito do jogo.
ATIVIDADE 6 - REGULARIDADES E PROCEDIMENTOS DE

CÁLCULOS COM POTÊNCIAS
a) De onde vem: por que 20 é 1?
Observe a sequência a seguir e tente descobrir por que 20 é 1.
• 25 = 32
• 24 = 16
• 23 = 8
• 22 = 4
• 21 = 2
• 20 = 1
Possível solução: 32/ 16 = 2; 16/8 = 2; 8/ 4 = 2; 4/2 = 2, logo; 2/1 =2.
Tente escrever a sequência com potência de base 3 e analise se 30 = 1.
Expoente Potência de 3 Resultado
6 36 729
5 35 246
4 34 81
3 33 27
2 32 9
1 31 ?
b) O segredo das potências de 10
Lucas gosta de observar os números e tentar descobrir segredos por

trás deles. Ele desenhou no seu caderno as potências de 10 e começou a
observá-las. Veja como ele fez:
101 = 10
102 = 100
103 = 1000
104 = 10000
105 = 100000...
Ele percebeu que havia uma relação entre o expoente da potência com o
número de zeros de seu resultado. O que ele descobriu? Argumente.

82
Depois, explique como obter o resultado da potenciação 1010 sem

fazer cálculos:
1010 = ?
Resposta: O segredo é: 101 = 10 (um zero) – Quando o expoente é 1, o

resultado tem um zero. 102 = 100 (dois zeros) – Quando o expoente é 2, o
resultado tem dois zeros. E assim sucessivamente.
ATIVIDADE 7 - CALCULANDO MENTALMENTE
Determine o valor das expressões numéricas a seguir:
É possível resolvê-las mentalmente? Por quê?
Resposta: Sim. As potências de 10 ajudam nesse processo, isso porque o número

de zeros do resultado final é determinado pelo número do expoente da potência.
a) 125×10 = 1250 c) 125×103 = 125000
b) 125×102 = 12500 d) 125×104 = 1250000
Tome nota
Na aritmética, há ordem de prioridade para resolver as expressões

numéricas. Resolvem-se, primeiramente, as potenciações e depois
as multiplicações ou divisões.
ATIVIDADE 8 - QUEM CRESCE MAIS RÁPIDO:

O PRODUTO OU A POTÊNCIA?
O produto expressa o resultado da multiplicação, enquanto a potência é o
resultado da potenciação.
Agora, observe o quadro e o gráfico a seguir e descubra quem vence essa

competição: potência ou produto?
Como você faria para resolver o problema? Há mais de uma forma de fazer?
Tome nota
Caso seja necessário, utilize a calculadora para determinar resultados maiores.

Observe que o símbolo ^ representa a potenciação na linguagem da calculadora.
Por exemplo, 4^2 = 42 = 16.
Produto x potência
Produto Potência
Potência Produto
11 = 1 1x1=1
9 9
22 = 4 2x2 =4
23 = 8 3x3=9
4 4
24 = 16 4 x 4 = 16
25= 32 5 x 5 = 25
1 1
Esboce
1x1 1² 2x2 2² 3x3 3²
4 x 4 e 4²
Lembre-se: cada quadradinho equivale a uma unidade.
Resposta: A potência tem “velocidade maior” de crescimento do que o produto.

Portanto, a potência “vence” esta competição.
Professor(a), estimule o seu aluno a criar hipóteses, a fazer seus registros na

malha quadriculada e também a preencher o quadro proposto à esquerda.
Também oriente-o a pensar na ultrapassagem que a potência faz em relação ao
produto. Proponha uma discussão com a turma sobre essa comparação entre
potências e produtos de números naturais.

84
ATIVIDADE 9 - O TREM E SEUS VAGÕES
Quantos vagões de trem são necessários para transportar 10³ caixas?
Sr. João Pedro deseja transportar suas encomendas embrulhadas em caixas de

papelão. Ele já preencheu um vagão inteirinho. Veja como ficou tudo organizado:
a) Quantas caixas o Sr. João transportará em um vagão?
Resposta: Um vagão comporta 60 caixas, pois 10 x 3 x 2 = 60
Um vagão visto de cima:
Um vagão visto de lado:

Um vagão visto de trás:
b) De acordo com as imagens, quantas caixas ao todo serão transportadas

pelo Sr. João?
Resposta: Total de caixas: 1000, pois 10 x 10 x 10 = 1000. Um vagão comporta

60 caixas, pois 10 x 3 x 2 = 60. Logo, serão necessários 17 vagões. Isso porque,
16 vagões para levar 960 caixas e um vagão a mais para levar 40 caixas,
totalizando 1000 caixas.
c) Quantas viagens Sr. João deverá percorrer, sabendo que um trem

tem 5 vagões?
Resposta: 17 ÷ 5 = 3,4. Então, serão 4 viagens.
Sintetizando
Nesta sequência de atividades, aprendemos sobre as ideias iniciais de
potenciação como o produto de fatores iguais. Por exemplo, 4 x 4 x 4 pode
ser escrito na forma 43. Já o número 4 x 3 x 2 não pode ser escrito em forma
de potência, porque os fatores da multiplicação são diferentes. Vimos os
elementos da potenciação: base, expoente e potência. Você consegue
recordá-los? Também colocamos a mão na massa e descobrimos a relação da
potência de 2 nas dobraduras e até mesmo na nossa linhagem ancestral, não
é mesmo?! Sabemos que todo número elevado a 1 é ele mesmo e também
que todo número elevado a 0 é 1. Estudamos também como representar uma
potenciação, tanto na forma aritmética (números e operações) quanto na forma
figural ou geométrica (como os quadrados e os cubos formados). Tente fazer
um mapa mental das principais atividades que você estudou nesta seção. Eu te
vejo na próxima etapa! Até lá!

86
Você já jogou Minecraft

ou conhece alguém que
gosta desse jogo? Nele, você
pode explorar os blocos (os
cubinhos) para construir
casas, parques de diversão,
robôs e até uma cidade
inteirinha, empilhando
apenas cubinhos de forma
estratégica, divertida e FIGURA 1
Fonte: Shutterstock.
lógica. Cada cubinho ou
bloco pode ser representado
como uma unidade cúbica ou uma potência de expoente 3. Você pode
acessar o QR CODE para se aventurar neste mundo de bloquinhos
empilhados. Recomendamos a leitura das instruções (tutoriais)
fornecidas no próprio jogo. Divirta-se!
Professor(a), uma dica é estimular os alunos a

pesquisarem e assistirem aos tutoriais sobre o Minecraft.
Estimule-os a tentarem construir foguetes, casas, lugares
etc. com cubos; esses cubos representarão a potência
cúbica. Outra dica é deixar que os alunos tenham a
chance de mostrar as suas descobertas e de compartilhar
as suas construções com a turma. O principal aqui é deixar
o protagonismo com eles.
MINECRAFT EDUCATION EDITION

Disponível em: <https://education.minecraft.net/pt-pt/
resources/hour-code-2021>.
Anotações

88
SEQUÊNCIA 4.
Luz, ângulo e
fotografia:
por que não?
HABILIDADES
(EF06MA25)
Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza associada às
figuras geométricas.
(EF06MA26)
Resolver problemas que envolvam a noção de ângulo em diferentes
contextos e em situações reais, como ângulo de visão.
(EF07MA24)
Construir triângulos usando régua e compasso, reconhecer a condição
de existência do triângulo quanto à medida dos lados e verificar que a
soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180°.
• Ângulos: ideias e classificações;

• Medidas de ângulos;
• Figuras poligonais e ângulos correspondentes;
• Soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo.
• Compreender o conceito de ângulo;

• Identificar e analisar a classificação de ângulos;
• Reconhecer ângulos em figuras poligonais;
• Desenvolver o cálculo de ângulos e de polígonos regulares;
• Deduzir a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo.
Professor(a), esta sequência de atividade discorre sobre ângulos, suas ideias e

classificações. Todo o trabalho está permeado de atividades práticas e conexões
com várias áreas, como a fotografia. Aborda também a relação entre ângulos
e figuras poligonais a partir do Super Logo. As atividades foram organizadas à
luz das metodologias ativas, incluindo atividades (des)plugadas (sem tecnologia
digital) e “mão na massa”. Entendemos ser importante desenvolver a sequência
de Geometria Plana fora da sala de aula, em espaços como pátio, quadra de
esportes etc., além do laboratório de informática da escola (se houver). Isso
porque algumas atividades podem ser desenvolvidas com o uso do software
Super Logo e também pelos applets do Geogebra. Recomendamos que você
teste todos os aplicativos antes do desenvolvimento da aula e verifique os
códigos de programação e também os materiais que devem ser utilizados. Uma
dica é deixar que os alunos explorem e se familiarizem com os softwares antes
de serem incentivados a construírem, por exemplo, um quadrado. Pela nossa
experiência, alguns vão criar figuras incríveis em poucos minutos; outros levarão
mais tempo. E está tudo bem, certo?! Aproveite esse descompasso de ritmo
para estimular aqueles que tiverem mais facilidade a ajudarem os colegas que
tiverem mais dificuldade. Isso pode ajudar no início, meio e fim das atividades
plugadas (com softwares) ou desplugadas (sem tecnologia digital). Desejamos-
lhe um excelente trabalho com os seus alunos!
Material de apoio: Vale ressaltar que o Super Logo é um programa de

computador, cuja linguagem de programação é visual, lúdica e intuitiva.
SUPER LOGO
NIED / UNICAMP (versão brasileira)
Disponível em: <https://www.nied.unicamp.br/
biblioteca/super-logo-30/>.

começa agora!
HÁ ÂNGULOS PARA TODOS OS LADOS…
Quase tudo à nossa volta tem ângulos, e você pode identificar sem muito esforço.

90
Tudo que enxergamos é formado pelo ângulo de visão. Por exemplo, com a
visão binocular (dois olhos), o nosso campo de visão pode chegar até 180º
(ângulo raso: meia volta), contando com as regiões periféricas.
Ângulo raso
15° 15°
150°
Já os coelhos podem ter um campo de visão

panorâmica em quase 360° (ângulo giro: uma
volta completa), superando todos os demais
animais. Incrível, não é?
Ângulo giro
360º de visão panorâmica
360º = giro completo
Mas não para por aí: nas construções civis, os ângulos de 90º (ângulo reto)
estão presentes entre a parede e o chão: as paredes são perpendiculares
à base. Já parou para pensar que até no box do seu banheiro o ângulo é
importante? Pois é, o escorregamento de toda água que vai para o ralo depende
da leve inclinação do piso por um ângulo agudo (maior que 0º e menor que
90º); sem esse ângulo, em especial, a água ficaria parada.
Ângulo reto (90º)
Sabe os games? Então, eles são formados por todo tipo e tamanho de ângulos.
Com os ângulos obtusos (maior que 90º e menor que 180º), por exemplo, os
desenvolvedores de jogos digitais criam os movimentos dos personagens (giros,
pulos, saltos etc.). Sem esses ângulos, não teríamos os efeitos tão realistas que
encontramos nos gráficos atuais.
Ângulo obtuso
#parapensar!
Onde mais você consegue visualizar os ângulos? Olhe ao seu redor e

tente descobri-los!

92
Acesse o QR CODE para saber mais sobre os ângulos:
MATEMÁTICA: OLHANDO POR OUTRO ÂNGULO -

MANUAL DO MUNDO
FTD Educação
Duração 8’26
Disponível em: <https://youtu.be/BMEk1MBf3Ko>.
O que vamos aprender aqui?
ÂNGULOS E FOTOGRAFIA: POR QUE NÃO?
Quem aqui gosta de tirar aquela selfie no celular ou na câmera fotográfica?

Pois bem, fotografia tem tudo a ver com Matemática. Quando tiramos uma
foto, por exemplo, utilizamos ângulos para conseguir determinar o melhor
enquadramento da foto. Veja o enquadramento da imagem abaixo:
Ângulo
Ângulo maior
menor
Fotógrafo 1 Fotógrafo 2
120º 110º 100º 90º

130º
140º 80º
Perceba 150º que o ângulo de visão
70º
formado na lente da câmera do fotógrafo 1 é
160º 60º
menor
170º do que o ângulo formado 50º na câmera do fotógrafo 2. Os ângulos menores
conseguem captar cenas mais distantes,

180º 40º enquanto os ângulos maiores focam
em cenas mais próximas. 30º
20º 40º
10º
#parapensar!
Conseguimos ver e colocar uma árvore (quando distante) entre os

nossos dedos. Por quê?
Resposta: Ângulo de visão.
Mas, afinal de contas, o que é ângulo?
O ângulo é a medida da abertura entre duas semirretas. Essas semirretas

possuem um ponto em comum, o qual é chamado de vértice. Veja que na
fotografia há duas semirretas. Embora não conseguimos vê-las, na prática, elas
delimitam o nosso campo de visão: tocam o ponto mais alto e o ponto mais
baixo da imagem.
A unidade fundamental do ângulo é o grau,

Ângulo representado por º.
Ângulo maior
menor
Medir um ângulo é o mesmo que saber o tamanho da sua abertura,

formada entre duas semirretas. Para medi-los podemos usar o transferidor.
Veja a imagem:
Fotógrafo 1 Fotógrafo 2
120º 110º 100º 90º

130º
140º 80º
150º 70º
160º 60º
170º 50º
180º 40º
30º
20º 40º
10º
Professor(a), a ideia inicial é que você discuta o que é ângulo e suas aplicações
no dia a dia... Leve várias imagens e apresente-as aos alunos. Discuta com eles
3m 5m 10m 15m
a importância dos ângulos na nossa vida, deixe-os falar. No fim, envolva-os na
atividade 1 a seguir.
3.6 mm 6 mm 8 mm 12 mm 16 mm

170º 50º
180º 40º
94
30º
20º 40º
10º
ATIVIDADE 1 - QUAL É O MELHOR ÂNGULO
PARA A FOTO? Ângulo
Ângulo
maior
menor
Observe na tabela a seguir algumas espessuras de lentes, ângulos e distâncias

correspondentes:
Fotógrafo 1 Fotógrafo 2 Ângulo
Ângulo maior
menor
120º 110º 100º 90º

130º
140º 80º
150º 70º
160º Fotógrafo 1 Fotógrafo
60º 2
170º 3m 50º 5m 10m 15m
180º 40º
120º 110º 100º 90º
130º
140º 80º 30º
160º
150º 70º
20º
60º 40º
170º 50º
10º
180º 40º
3.6 mm 30º 6 mm 8 mm 12 mm 16 mm
20º 40º
10º
Lentes 3 mm 4 mm 6 mm 8 mm 12 mm 16 mm
Ângulos 3m 5m 10m 15m

90 º 70 º 50 º 40 º 30 º 25 º
(aproximados)
3m 5m 10m 15m
Distância 0-3 m
3.6 mm
0–6
6 mm
6 - 10 m
8 mm 12 mm
10 – 20 m
16 mm
20 – 35 m 35 – 50 m
3.6 mm 6 mm 8 mm 12 mm 16 mm
Adaptado de: https://www.mvteamcctv.com/pt/news/How-to-choose-a-CCTV-camera-lens.html
0 6M 10M 20M 30M
0 6M 10M 20M 30M 50M

0 6M 10M 20M 30M 50M
Observe que quanto maior for o ângulo, menor será a espessura da lente e da
distância. E quanto menor for o ângulo, maior será a espessura da lente e da
40ºque as lentes menores têm uma vista de ângulo
distância. Isso significa dizer
mais amplo e as lentes maiores têm um ângulo de visão mais estreito.
Agora é com você! Pedro é um mochileiro e adora colecionar fotos de lugares

incríveis. Pedro utilizou o ângulo de aproximadamente 40°e uma lente de
8 mm. Veja:
40º
a) Qual deve ser o ângulo (aproximado) para enquadrar a cachoeira e a árvore

do lado esquerdo na foto?
Resposta: Para enquadrar a cachoeira e a árvore o ângulo deverá ser de 90°.
b) Qual deve ser a lente de sua câmera? Por quê? Depende da imagem?
Resposta: Para um ângulo de 90° a lente da câmera deve ser de 3mm.
Dica
Use o transferidor para esta atividade.

96
Tome nota
Os números medidos em “mm” (milímetros) indicam a espessura das lentes.

Quanto maior a lente, maior será a capacidade de aproximação (ou zoom).
Você sabia que a lente de 50 mm é similar ao olho humano? TECNOLOGIA
IMITANDO A VIDA.
ATIVIDADE 2 - DESCOBRINDO OS MELHORES ÂNGULOS
M40 N4 M4SS4
DAS FOTOS
Construa um teodolito caseiro, que é um instrumento de medida de ângulos.
Materiais: transferidor, um objeto (borracha ou moeda etc.), um lápis e barbante.
O transferidor e o teodolito são exemplos de

medidores de ângulo.
GLOSSÁRIO
Vamos lá? Escolha um lugar da escola para medir (pode ser o topo de uma
árvore, o teto da escola etc.). Considere você mesmo como o vértice do ângulo a
ser formado. Agora, observe a imagem de como você pode determinar a medida
do ângulo formada entre o topo da árvore e o chão:
Meça o ângulo de elevação até o topo do lugar escolhido. Com

seu teodolito, encontre as duas linhas imaginárias (semirretas):
linha direcionada para o topo e para o chão.
A abertura formada entre topo da árvore e chão é o ângulo.

Aqui, por exemplo, a medida do ângulo formada é 100º.

98
Tudo pronto, fotógrafo? Seu teodolito é a sua máquina fotográfica. Bons cliques!
a) Usando um teodolito caseiro, escolha um lugar da escola e meça o ângulo

de inclinação em duas posições diferentes do mesmo objeto. A sua missão
é medir e investigar o ângulo formado nas duas cenas com posições
diferentes. O que podemos dizer sobre a abertura do ângulo?
Resposta: Quanto mais próximo do objeto, a abertura é maior; quando mais

longe, a abertura do ângulo é menor.
b) Qual é o valor da abertura do ângulo? Qual é a melhor lente a ser utilizada?
c) Registre fotos em que as lentes precisam ser maiores de 16 mm e menores

do que 4mm, isto é, faça a análise do ponto mais próximo e mais perto e
veja o que acontece com o ângulo:
Resposta: Para responder à questão, os alunos precisarão escolher aberturas

de ângulos maiores que 90º e menores do que 25º (vide tabela).
Professor(a), a ideia é que os alunos concluam que quanto mais longe do objeto,
o ângulo formado é menor, assim como nas câmeras; e quanto mais próximo
do objeto, o ângulo formado é maior. Trabalhe com a ideia de ângulo e a sua
compreensão a partir dos objetos escolhidos pelos alunos (um pico de uma
montanha distante, um topo de uma árvore, um cume de um prédio etc.). Você
também pode comentar que dá para medir a altura da parede ou da árvore,
mas isso será tópico para as próximas aulas (no módulo de Teorema de Tales).
Instigue os alunos a determinarem o ângulo e sua classificação (e.g., agudo).
ATIVIDADE 3 - OFICINA DESPLUGADA: CLASSIFICAÇÃO

M40 N4 M4SS4
DE ÂNGULOS
Materiais: barbante, transferidor, esquadro, compasso, régua e fita
métrica. Os materiais podem ser de plástico ou de madeira (o tamanho não
difere no resultado).
E aí, tudo pronto?! Então, vamos lá! Caminho criativo com curvas angulares
e imprecisas.
Passo 1: Construa um caminho criativo usando os materiais sugeridos; podem

ser figuras geométricas como um quadrado, um retângulo etc.
Na trajetória do seu caminho deve ter, pelo menos:
• 1 ângulo agudo
• 1 ângulo reto
• 1 ângulo obtuso
• 1 ângulo rasos (meia volta)
• 1 ângulo côncavo
Passo 2: Construa o caminho no chão com fita crepe ou giz.
Agudo = 46º
Passo 3: Escolha um outro aluno para fazer o contorno em você, indicando os
Obtuso = 100º
ângulos e medidas com os pés. Os demais alunos vão lhe orientar a contornar
o caminho com os comandos. Exemplo: ande dois passos para frente e vire à
direita com um ângulo agudo. Reto = 90º
Raso = 180º
Passo 4: Quando finalizar o percurso, faça um giro de 360º, indicando a sua
conquista angular. Dê uma bisbilhotada em um possível modelo de trajeto.
Tudo pronto? Então, vamos juntos!
VENCIDO

100
Agudo = 46º
Obtuso = 100º
Reto = 90º
Raso = 180º
VENCIDO
360º
INÍCIO
Ângulo nulo
Professor(a), esta atividade pode ser realizada no pátio da escola ou em um

lugar aberto. Caso não tenha fita crepe, utilize um giz para marcar o chão. A
ideia aqui não é medir precisamente o ângulo, apenas indicar um possível
exemplo de cada um dos ângulos mencionados – agudo, reto, obtuso, raso
e côncavo. Esta é uma atividade de integração com a turma. Proponha para
que eles construam um quadrado no chão, e escolha um integrante para ser
o robô da turma. A ideia é que os alunos construam comandos de movimento
e rotação (ângulos) e estabeleçam relações de programação desplugada
(comandos e algoritmos), movimentos e medidas e ângulos retos.
Classificação dos Ângulos:
Observe os ângulos abaixo e suas respectivas aberturas. Use-os para construir

seu caminho angular criativo.
Agudo Reto Obtuso

(Maior do que 0° e (90°) (Maior do que 90° e
menor do que 90°) menor do que 180°)
Raso Côncavo Giro

(180°) (Maior do que 180° e (360°)
menor do que 360°)
ATIVIDADE 3 - SOMA DAS MEDIDAS DOS ÂNGULOS
M40 N4 M4SS4
DE UM TRIÂNGULO
A soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é sempre igual a
180º. Vamos investigar essa informação?!
Materiais: folha A4, régua, lápis de cor e tesoura.
• Passo 1: Construa um triângulo qualquer na

folha A4.
— Pode ser um triângulo equilátero, isósceles 1
ou escaleno. 1
— Pinte os ângulos desse triângulo (coloridos)
2
• Passo 2: Divida o triângulo em três partes. 2
— Cada parte deve conter um ângulo
da figura.
3
3

2 2
102
• Passo 3: Recorte as três partes do 3 3

triângulo e una os ângulos.
• Passo 4: Verifique se os três ângulos formam 4 4

um ângulo raso.
— É o ângulo de meia volta, que
representa o valor igual a 180º.
Agora, compartilhe sua investigação com seus colegas. Veja qual foi o
resultado encontrado em cada triângulo! Todos os triângulos (de diferentes
formas, tamanhos e estilos) também resultarão 180º na medida de seus ângulos?
Professor(a), encoraje cada aluno a construir o próprio triângulo, de modo que

tenha a maior variedade deste na sala de aula; isso vai ajudar na sistematização
do conhecimento para todo tipo de triângulo. Você pode mostrar os diferentes
tipos de triângulos existentes de acordo com seus lados (equilátero, isósceles
e escaleno) e seus ângulos (retângulo, acutângulo e obtusângulo). A ideia
central não é ficar preso a esses nomes. Promova um espaço de diálogo
pela experimentação matemática. Deixe que os alunos compartilhem a
construção do significado da soma interna dos ângulos de um triângulo igual
a 180º. Perceba que essa atividade torna-se ainda mais rica quando os alunos
conjecturam hipóteses sobre esta afirmação: A soma dos ângulos internos de um
triângulo é igual a 180º. Você também pode encorajar seus alunos a utilizar os QR
CODE para analisar essa afirmação, caso seja necessário.
O que podemos concluir? De acordo com nossa experimentação, podemos

AFIRMAR que a medida interna dos ângulos de um triângulo (independente do
seu tamanho e formato) vale 180°?
Tipos de Triângulos
Segundo o comprimento de seus lados:
Equilátero Isósceles Escaleno

3 lados de Pelo menos dois 3 lados de medidas
medidas iguais lados iguais diferentes
Segundo seus ângulos:
Retângulo Acutângulo Obtusângulo

1 ângulo reto 3 ângulos agudos 1 ângulo obtuso
Explore mais triângulos e analise mais casos de triângulos:
SOMA INTERNA DOS ÂNGULOS DE UM TRIÂNGULO

Applet / Autor: Greiton Toledo de Azevedo
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/
gckhuktw>.
TRIÂNGULO E ÂNGULOS: POR QUE 180º?

dk9czjv5>.

104
Fonte: https://www.geogebra.org/m/gckhuktw
Fonte: https://www.geogebra.org/m/dk9czjv5
Sintetizando
Parabéns pelo seu esforço e dedicação nas atividades. Acreditamos que você fez
um bom trabalho. Aprendeu sobre os ângulos, suas medidas e classificações.
Vimos que os ângulos representam a medida da abertura entre duas semirretas.
Observamos que essa abertura pode ser vista em muitos lugares, não é mesmo?
Mais do que isso, exploramos a aplicação dos ângulos no universo das câmeras
fotográficas. Você sabia que as lentes e os ângulos também são usados para as
câmeras de drone e também para as de segurança? É muito importante saber o
ângulo exato para mapear a melhor visão do lugar ao qual se deseja proteger.
Isso é sério! Estudamos também a soma das medidas internas dos ângulos de
um triângulo qualquer e, então, percebemos que o valor é sempre igual a 180º.
Coloque a cabeça para pensar! Divirta-se à beça!
Anotações

106
SEQUÊNCIA 5.
Construções
criativas de
Geometria
HABILIDADES
(EF06MA17)
Quantificar e estabelecer relações entre o número de vértices, faces e
arestas de prismas e pirâmides, em função do seu polígono da base,
para resolver problemas e desenvolver a percepção espacial.
(EF06MA18)
Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando lados, vértices
e ângulos, e classificá-los em regulares e não regulares, tanto em suas
representações no plano como em faces de poliedros.
• Dimensões (largura x comprimento x largura);

• Poliedros e corpos redondos;
• Vértices, faces e arestas;
• Planificação de sólidos;
• Relação de Euler;
• Percepções espaciais.
• Analisar, estabelecer e compreender ideias de sólidos geométricos;

• Identificar e classificar poliedros e corpos redondos;
• Compreender planificação de um sólido geométrico;
• Deduzir e analisar a relação de Euler;
• Desenvolver a visão espacial de sólidos geométricos.
Professor(a), essa é uma jornada pelo mundo das figuras geométricas

tridimensionais. É um momento para aguçar a imaginação dos estudantes e
incentivá-los a abusarem da criatividade a partir da identificação, classificação
e construção de sólidos geométricos. Nessa perspectiva, as atividades foram
pensadas no sentido de que os estudantes não recebam nada pronto de você.
Pelo contrário, são iniciativas didáticas para que os estudantes trabalhem com
você como parceiros da própria aprendizagem. Os estudantes podem assumir
a posição de protagonistas, tendo a sua mediação pedagógica e metodológica.
As atividades focam nas habilidades e competências de Geometria com
significados e sentidos. Serão trabalhados tópicos sobre dimensões -
comprimento, largura e altura; também assuntos sobre poliedros e corpos
redondos. Diferentemente do tripé definição-exemplo-exercícios, os estudantes
serão instigados a pensar, a organizar e a propor soluções para problemas
encaminhados com sólidos geométricos (AZEVEDO; MALTEMPI, 2019; 2020).
Estimule os estudantes a pensarem sobre o seu pensar (AZEVEDO; MALTEMPI,
2021), de modo a criarem soluções que satisfaçam aos desafios propostos
quanto à planificação de sólidos, usando dobraduras e até manipulação em
aplicativos digitais matemáticos, como Poly 1.2, Geogebra e Stellar. Leve os
estudantes a compreenderem e a quantificarem o número de vértices, faces e
arestas. Por fim, explore as ideias intuitivas de dedução da relação de Euler. Em
síntese, as atividades não são roteiros infalíveis. Por isso, sinta-se totalmente
livre para adaptá-las segundo a sua realidade. No mais, desejamos-lhe um
excelente trabalho com boas reflexões e aprendizagens.

começa agora!
ORA BOLAS, O MUNDO É GEOMETRIA?
O mundo está cercado por figuras geométricas. Pense um pouco: você

consegue visualizar algum sólido geométrico aí perto de você? Tente imaginar
uma esfera, um cone, um paralelepípedo ou até mesmo uma pirâmide na sua
mente. O espaço e as formas que há no universo são representados por objetos
de três dimensões: comprimento, largura e altura. Eles estão nas construções,
nos transportes, nos fenômenos da natureza e nos objetos que utilizamos
diariamente. Pois é, dificilmente, viveríamos sem eles.

108
FIGURA 1. Centro Cultural Oscar Niemeyer

GOIÂNIA - GOIÁS
Foto: Divulgação/ Governo de Goiás
A imagem nos faz lembrar o formato de uma pirâmide, um cilindro e um paralelepípedo.

Disponível em: <https://www.goias.gov.br/servico/88841-oscar-niemeyer-e-uma-opcao-de-
lazer-e-entretenimento-em-goiania.html>.
ATIVIDADE 1 - SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Os sólidos geométricos são tridimensionais (3D) e organizados em dois grandes

grupos: poliedros e corpos redondos.
Observe alguns desses sólidos a seguir e investigue as principais

características. Quais são as características dos poliedros e dos corpos
redondos? Escreva-as na tabela.
Poliedros Corpos Redondos
Características
• Comprimento X Largura X Altura

• Comprimento X Largura X Altura
• Três dimensões
• Três dimensões
• Possuem partes arredondadas
• Todos têm faces planas
• Podem ter vértices, arestas e faces
• Todos têm vértices, arestas e faces
• Facilmente podem rolar no chão
• Não rolam no chão
• Nem todos podem ser planificados
• Todos podem ser planificados
(esfera)
Instale o Software Poly 1.2 no computador e explore mais sólidos geométricos

e suas planificações.
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
POLY 1.2 | PHET
Disponível em: <http://www.peda.com/download/>.
Manipule os sólidos geométricos de forma dinâmica. Você pode abri-los,

rotacioná-los e até reduzí-los ou ampliá-los! Abuse da sua imaginação.
Importante: Professor(a), em um lugar de destaque na sala de aula, coloque

vários sólidos geométricos (a maior variedade possível) sobre a mesa. Os sólidos
podem ser comprados prontos ou podem ser objetos do cotidiano que lembram
a forma de sólidos geométricos (como caixas, chapéus de festa etc.). Peça aos
estudantes para organizá-los em dois principais grupos, de acordo com as
características comuns. Caso seja possível, alie os sólidos concretos com os

110
sólidos virtuais (com muitas variedades) no projetor, conforme software. Levante

questões como: “Todos eles têm faces e lados? Quais são os que têm partes
arredondadas? Os sólidos são fechados ou abertos? Quantas dimensões cada
um deles possui? Todos podem ser empilháveis? Por quê? Quais são os sólidos
que rolam e aqueles que só ficam em pé?”. Conduza a turma para que eles
cheguem a uma separação nos seguintes grupos: poliedros e corpos redondos.
Ao final da atividade, os estudantes deverão ser capazes de reconhecer que os
sólidos geométricos são classificados nesses dois principais grupos de acordo
com as especificidades e características. Uma outra ideia para finalizar esta etapa
é estimulá-los a encontrarem pontos comuns e distintos entre cones e pirâmides,
prismas e cilindros. Para ajudar nesta discussão/distinção, explore os sólidos ou
o software. Sugestão: instale e teste o software Poly 1.2 com antecedência.
Poliedros são sólidos tridimensionais que não possuem

partes arredondadas e cujas faces são poligonais como
pirâmides e prismas (cubos, paralelepípedos etc.). A
GLOSSÁRIO palavra “poliedro” pode ser vista como várias faces, pois
“poli” significa “vários” e “edros” significa “faces”.
Corpos redondos: sólidos tridimensionais que

possuem, ao menos, uma parte arredondada como
esferas, cilindros, cones, troncos de cones etc.
ATIVIDADE 2 - CONSTRUINDO SÓLIDOS POLIÉDRICOS

M40 N4 M4SS4
Materiais: tesoura, cola de papel, régua, lápis de cor e, claro, muita criatividade!
Passo 1: Construa seu sólido geométrico secreto com os materiais recebidos

(seu professor(a) vai entregar um molde específico a você).
CuboCubo
Cubo hexaedro Pirâmide
ou hexaedro
ouou
hexaedro Pirâmide
Pirâmide
de base
dede
base
base
triangular
triangular
triangular Octaedro
Octaedro
Octaedro Icosaedro
Icosaedro
Icosaedro
6 faces
66
faces
quadradas
quadradas
faces quadradas 4 face
44 triangulares
face
face triangulares
triangulares 8 faces
88
faces
faces
triangulares
triangulares
triangulares 2020
20 facesfaces
facestriangulares
triangulares
triangulares
Professor(a), no final deste caderno você encontrará os moldes para a

construção dos sólidos geométricos indicados na atividade (Anexo 2).
Passo 2: Pesquise: Qual é o nome do seu sólido? É uma pirâmide de base

quadrada?! Um prisma de base triangular?! Também na folha do caderno,
descreva as principais características desse sólido. Usando a régua, meça as
suas dimensões: comprimento, largura e altura. Vamos lá?
Quando terminar, coloque seu sólido geométrico sobre a mesa de centro da

sala junto aos outros.
Professor(a), é importante que haja no centro da sala uma mesa para que os
estudantes coloquem os sólidos sobre ela. Você também pode colocar mais
sólidos, a fim de ter mais exemplos de sólidos poliédricos (pode utilizar os
mesmos da Atividade 1, por exemplo). Peça-os que organizem todos os sólidos
em três grupos - prismas, pirâmides e outros. Veja que até o momento você
não discorreu sobre esse assunto. Esta é a ideia principal: deixar que busquem
similaridades e diferenças entre os sólidos geométricos. Por fim, formalize as
ideias, corrigindo os sólidos geométricos que estiverem fora do lugar.
Passo 3: Em grupo, reorganize os sólidos em três grupos – prismas, pirâmide

e outros.
Prismas, pirâmides e outros
Os sólidos poliédricos podem ser subdivididos em prismas, pirâmides e outros.
Poliedros
Pirâmides
TELECURSO · ENSINO FUNDAMENTAL Prismas
112
Poliedros
Pirâmides Pris
Pirâmide: poliedro que tem uma base oposta a um único

vértice. Suas faces laterais são triangulares.
Prismas
Poliedros
Outros
Prisma: poliedro que têm duas bases paralelas e

congruentes. Suas faces laterais são paralelogramos.
Pirâmides Prismas
Outros
Outros: poliedros que não são nem pirâmides nem prismas.
Professor(a), nesta etapa do processo, os estudantes farão a classificação

dos sólidos pelos seus aspectos mais globais (como a forma). Incentive-os a
investigarem características mais específicas de cada sólido pertencente a cada
grupo, como o formato das faces e a posição delas em relação a vértices e
arestas. Anote-as no quadro-negro e promova uma discussão sobre essas ideias.
Depois, formalize o conceito dos três grupos (pirâmide, prismas e outros) a
partir da discussão feita. Se achar necessário, utilize o software "Great Stella
Demo" para apresentar/discutir outros tipos de pirâmides, prismas e outros. O
software está disponível para download no QR CODE a seguir. No final da etapa,
os alunos deverão ser capazes de classificar os poliedros em pirâmides, prismas
e outros de acordo com as características globais e específicas.
GREAT STELLA DEMO

Disponível em: <http://www2.mat.ufrgs.br/edumatec/
softwares/soft_geometria.php>.
PLANIFICAÇÃO DE SÓLIDOS
GeoGebra
xnch3cuk>.
ATIVIDADE 3 - EU, ENGENHEIRO CRIATIVO,

POR QUE NÃO?
Observe a seguir os principais elementos de um sólido geométrico:
FACE ARESTA VÉRTICE

• Faces representam as superfícies planas poligonais as quais limitam
o poliedro. Ex.: cubo
• Arestas ligam as faces do poliedro; também são chamadas de
segmentos de reta.
• Vértices são pontos de encontro ou interseção das arestas.
• Ângulo são os próprios ângulos das faces poligonais (por exemplo,
ângulos do quadrado = 90º).

114
Professor(a), organize a sala de aula em grupos (duplas, trios ou quartetos)

e estabeleça algumas regras. Desafio 1: não comer jujuba. Desafio 2: a jujuba
só pode ser consumida se se partir ou despedaçar. Desafio 3: trabalhe o seu
autocontrole. Desafio 4: a cada desafio concluído na atividade, pode-se comer 2
jujubas. Deixe o ambiente descontraído! Leve-os a desplugarem-se/divertirem-
se ao mesmo tempo em que constroem significados de Geometria e Aritmética.
Caso não seja possível trabalhar com jujubas, você pode trabalhar com
massinhas. O importante é colocar a mão na massa e estabelecer relações entre
os conceitos de Geometria Espacial.
Agora é com você!
• Passo 1: Separe os palitos de dentes e as jujubas que serão utilizadas

na atividade.
• Passo 2: Observe o sólido a seguir e a quantidade de faces, arestas e
vértices que ele possui.
• Passo 3: Assuma a posição de Engenheiro Criativo para construir seus
próprios sólidos geométricos.
1 2 3
Sólido: Pirâmide de base triangular (ou tetraedro)
• Nº faces: 4
• Nº arestas: 6
• Nº vértices: 4
1 2 3
Construa um cubo (hexaedro) com suas jujubas e palitos:
• Nº faces: 6
• Nº arestas: 12
• Nº vértices: 8
Professor(a), você pode construir esse cubo com os estudantes. Também pode
discutir com eles que o total de faces é 6, pois são 2 bases (superior e inferior)
e 4 faces laterais. Diga também que o número de arestas é 12, pois 3 x 4 = 12, e
que o número de vértices é 8, pois 4 x 2 = 8. Faça associação com agrupamento
da multiplicação.
ATIVIDADE 4 - INVESTIGANDO OS SÓLIDOS PLATÔNICOS
Os sólidos platônicos ou regulares podem ser visualizados a seguir. Observe que

eles têm as faces poligonais congruentes (iguais) e o número de arestas é igual
em todas as suas faces.

116
Construa os demais sólidos platônicos com suas jujubas e palitinhos:
Sólido platônico Faces (F) Vértices (V) Arestas (A) F+V
Tetraedro
4 4 6 4+4=8
Hexaedro (cubo)
6 8 12 6 + 8 = 14
Octaedro
8 6 12 6 + 8 = 14
Dodecaedro
12 20 30 12 + 20 = 32
Icosaedro
20 12 30 12 + 20 = 32
Determine os valores faltantes da tabela anterior.
Uma forma de resolver isso, sem contar nos dedos, é…
É possível descobrir o número de arestas de um poliedro, sabendo o número de

faces e vértices. Veja:
• Nº faces: 6
• Nº de arestas de cada face: 4
• Nº de arestas do poliedro: ? (sem contar nos dedos)
São 6 faces e, em cada face, há 4 arestas. Logo, são

6 x 4 = 24 arestas.
Mas como cada aresta “compartilha” 2 faces, precisamos

dividir por 2.
Daí, temos: 24 ÷ 2 = 12 arestas.
ATIVIDADE 5 - DEDUZINDO RELAÇÕES

ENTRE FACES, ARESTAS E VÉRTICES
Podemos dizer que a soma do número de faces com o número de vértices é
igual ao número de arestas mais quantas unidades (valor da estrela)?
Dica: utilize a tabela da atividade anterior e analise os dados dela.
F+V=A+
• F: FACE
• V: VÉRTICE
• A: ARESTA
Represente a sua resolução em forma de cálculos ou desenhos. Compartilhe

com seus colegas!

118
Esta relação também é chamada de relação de Euler, devido

ser descoberta pelo matemático e físico suíço Euler, no século
18. Ela é válida para sólidos poliédricos convexos.
FIGURA 1
Fonte: Leonhard Euler, Jakob Emanuel
Handmann, via WikiMedia Commons.
Professor(a), explique aos alunos que os sólidos regulares recebem o nome de

"platônicos" em homenagem às contribuições dos estudos do filósofo Platão,
entre os séculos 5 e 4 a.C. Porém, o mais importante neste momento é discutir
com eles as características peculiares desses sólidos, destacando que todos
eles têm faces poligonais congruentes (iguais) e o número de arestas é igual
em todas as suas faces. Explique também que nesses sólidos vale a relação de
Euler. Os estudantes podem questionar o que essa relação significa. O interesse
é dizer que essa relação será investigada e descoberta em conjunto. A ideia aqui
não é apresentar a fórmula de Euler, mas propor que os alunos a deduzam. A
tarefa é que os alunos analisem inicialmente cada um dos 5 sólidos platônicos
e depois determinem o número de faces, arestas e vértices de cada um deles.
Assim que eles determinarem o número de cada elemento do poliedro, instigue-
os a descobrirem a relação entre a soma de faces e vértices e o número de
arestas. Os alunos deverão chegar à conclusão de que a soma do número
de faces e vértices é sempre duas unidades a mais que o número de arestas.
Caso os alunos não consigam deduzir essa relação, ajude-os a determinarem
o número de faces, vértices e arestas e depois a encontrarem a soma de faces
e vértices, estimulando-os a analisarem quantas unidades da soma de faces e
vértices são maiores do que o número de arestas do poliedro. Uma dica é fazer
algumas perguntas aos alunos: “Existem mais arestas ou mais faces? A soma do
número de faces e vértices é sempre maior que o número de arestas? Por quê?
Isso sempre vai acontecer? Esta quantidade são ‘quantas’ unidades a mais?”.
Assim que eles entenderem que a soma do número de faces mais o número de
vértice é igual ao número de arestas mais duas unidades, formalize a relação
de Euler. No final, explique (com alguns exemplos) que a relação de Euler (F
+ V = A + 2) vale para qualquer poliedro convexo. Uma sugestão é utilizar o
software Poly 1.12, que mostra a planificação das faces dos sólidos e evidencia
os seus elementos. No final da atividade, com o software Poly aberto, discuta

com os alunos que, desde a Antiguidade até meados do século 18, nenhum
estudioso havia identificado a relação entre esses sólidos. Ela foi anunciada de
forma intuitiva por Leonhard Euler (1707-1783) e formalizada anos depois por
outros matemáticos. O intuito desta atividade, mais do que propor o cálculo
da quantidade de elementos dos sólidos, é deixar os aprendizes explorarem,
levantarem hipóteses e perceberem a regularidade matemática existente de
maneira intuitiva, assim como Euler a descobriu.
Conheça mais dicas de metodologia no QR CODE a seguir:
CUBOS, PARALELEPÍPEDOS E CILINDROS: GEOMETRIA

E OS BONECOS DE PAPEL (PAPER TOYS)
Autor: Greiton Toledo de Azevedo, 2017. NOVA ESCOLA
Disponível em: <https://novaescola.org.br/
conteudo/6115/cubos-paralalelepipedos-e-cilindros-
geometria-e-os-bonecos-de-papel-paper-toys>.
ATIVIDADE 6 - TIRANDO FOTOS DE CIMA COM

UM DRONE
Um drone captou algumas imagens de cima para baixo:
FIGURA 1
Fonte: Adobe Stock.

120
Conforme modelo a seguir, desenhe na malha quadriculada a vista superior

correta de cada uma das imagens obtidas:
Modelo pirâmide vista de cima para baixo:
Represente a vista superior de cada um dos três prédios: A, B e C.
B
ATIVIDADE 7 - PLANIFICAÇÃO CORRETA DOS CUBOS
Dica
Você pode usar o cubo construído nas atividades anteriores.
DADO

122
O cubo que representa a planificação é:
Professor(a), nesta etapa do processo, é importante que o estudante investigue

os diferentes pontos de vista espaciais, em especial, o cubo. Para tanto,
oriente-o a manipular o cubo e a buscar estabelecer relações de diferentes
pontos de vista, a saber: superior, inferior e laterais. O estudante pode construir
um novo cubo (de papel) ou utilizar o cubo já construído na atividade anterior,
de modo a responder às questões propostas nesta seção. Destacamos que,
muito além de compreender a planificação das faces dos cubos, é o momento
oportuno para que o estudante analise as diferentes posições do dado em
relação ao espaço. Para tanto, você pode lançar perguntas norteadoras na
sala de aula, entre as quais se destacam: “Se olharmos de cima para baixo,
qual imagem veremos do cubo? E do lado? Há diferença? Por quê?”, e assim
sucessivamente. Nesse sentido, você também pode mostrar outros sólidos
geométricos, tais como pirâmides, prismas etc., de modo a estimular o
estudante a perceber similaridades ou diferenças de um mesmo sólido em
relação às suas faces. A próxima atividade “Vários pontos de vista” pode ajudar
nesse processo de visualização de análise também.
2. O mesmo dadinho foi colocado em três posições:

a) Qual é a face que está apoiada na mesa?
Resposta: 4
b) Esboce a planificação desse dado na malha quadriculada.

124
c) Qual é a soma das faces opostas do dado?
Resposta: A soma é sempre 7 para todas as faces: Veja: 1 + 6 = 7; 2 + 5 = 7; 3 + 4 = 7.
ATIVIDADE 8 - VÁRIOS PONTOS DE VISTA
M40 N4 M4SS4
Professor(a), organize a turma em círculo e coloque um objeto
no centro deste círculo formado. Essa é uma atividade de
percepção visual geométrica; também é uma oportunidade
para mostrar que há mais de uma representação de um
mesmo objeto. Explore as múltiplas respostas que um
problema pode apresentar.
O que você vê? Observe o objeto disposto no centro do círculo. O objetivo é

desenhar na malha quadriculada a visão desse objeto em 2D, conservando as
características desse sólido geométrico. Depois, veja os vários pontos de vista
dos seus colegas. Há mais de uma resposta? Por quê?
2D 3D
C B
Vista frontal Vista lateral direita
3D
ireita
Sintetizando
E aí, qual parte você se dedicou mais para compreender os sólidos geométricos?
Os sólidos são ou não são úteis na nossa história de vida? Quando vamos
ao cinema, há filmes que também têm três dimensões. É bem irado, não é?
Parece que as imagens ficam mais realísticas; dá ideia de que, quando os filmes
são 3D, os personagens ou efeitos visuais vão nos tocar. É uma sensação, no
mínimo, muito curiosa. Mas o que isso tem a ver com a nossa aprendizagem de
Geometria? Tudo! Afinal, o filme 3D é Geometria: é forma e é espaço! Ao longo
das atividades, aqui, estudamos os sólidos e suas 3 dimensões: comprimento,
largura e profundidade ou altura. Você se recorda disso? Aprendemos também
as ideias dos sólidos geométricos e suas classificações. No decorrer da
caminhada, vimos que os sólidos geométricos podem ser divididos em corpos
redondos e poliedros; os redondos têm partes arredondadas, como a esfera ou
o cone, e os sólidos poliédricos são todos formados por faces poligonais, como
os cubos ou os paralelepípedos. Eita nome difícil de pronunciar! Parece mais um
trava língua! Aprendemos que os sólidos poliédricos podem ser subdivididos
em três grandes grupos: pirâmides, prismas e outros. Gosto mais de chamar
o grupo “outro” de “neném”, porque eles não são nem pirâmides e nem
prismas: brincadeira à parte. Estudamos ainda os sólidos platônicos e também
deduzimos a relação de Euler: V + F = A + 2. Enfim, aprendemos e pensamos em
tanta coisa, ufa! Mas será que, no futuro, encontraremos mais ideias e relações
geométricas que ainda não foram descobertas em nosso tempo? E quem
sabe esse cientista não seja você?! O seu nome pode aparecer na lista de novos
descobridores e inventores da Matemática. Já pensou nisso? Seria #MóMassa,
ou não? Eu te vejo em breve!
CONSTRUÇÃO DA PIPA TETRAÉDRICA

Clubes de Matemática da OBMEP
Disponível em: <http://clubes.obmep.org.br/blog/
atividade-pipa-uma-brincadeira-seria-sala-2-3/atividade-
pipa-uma-brincadeira-seria-construcao-da-pipa-
tetraedrica/>.
Acesso em: 14 de abr. 2022.

127
Números,
aplicações
e invenções
criativas
128
SEQUÊNCIA 6.
Que som é esse?
Música, fração e
empreendedorismo
HABILIDADES
(EF06MA07)
Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de
inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes.
(EF06MA09)
Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo da fração de uma
quantidade e cujo resultado seja um número natural (com e sem uso de
calculadora).
(EF07MA08)
Comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros,
resultado da divisão, razão e operador.
• Fração como parte-todo;

• Fração de uma quantidade de um número natural;
• Fração como razão e divisão;
• Fração equivalente;
• Comparação de fração.
• Compreender as ideias de fração como parte-todo;

• Relacionar fração como parte-todo, quantidade e razão;
• Identificar e analisar frações equivalentes;
• Realizar operações com frações equivalentes (igualdade);
• Comparar frações.
Professor(a), o objetivo desta sequência é introduzir as ideias embrionárias de

fração. As atividades foram organizadas no sentido de privilegiar a curiosidade,
o espírito investigativo e a criatividade dos alunos em diferentes contextos.
Logo, os conteúdos de frações como parte-todo, quantidade e razão estão
estruturados em seções dialógicas e sequenciais. As ações pedagógicas focam em
metodologias práticas (como a Mão na Massa) e visam encorajar os estudantes
a problematizarem os conceitos fracionários no mundo do empreendedorismo
e até mesmo a estabelecerem relações de frações com a música. A ideia
da sequência é resgatar as questões das frações como algo natural na vida
dos alunos, e não como um amontoado de números ou nomes (excesso de
formalismos) que pouco se justificam. Por fim, as atividades abordam frações
equivalentes e comparações de frações, valorizando as relações de cálculos e
significados. Por fim, sugerimos que veja as atividades com antecedência, pois
a maioria delas requer preparo e materiais de baixo custo ou sustentáveis para
serem utilizados nas aulas. Desejamos-lhe um bom trabalho!

começa agora!
ATIVIDADE 1 - FESTIVAL DE TORTAS COM FRAÇÕES
Quem aqui gosta de uma deliciosa torta de maçã, de morango e de chocolate

com frutas vermelhas? Pois bem, quando preparamos os ingredientes de uma
torta ou quando dividimos igualmente os pedaços dela com outras pessoas,
estamos fazendo o uso da fração.
Mas... o que é uma fração?
A fração nada mais é do que um número que representa um inteiro que foi
dividido em partes ou pedaços iguais. Então, por exemplo, quando dividimos
uma torta de maracujá igualmente entre seis pessoas, cada pedaço dela
representa uma parte do todo, e cada pedaço pode ser representado por um
número fracionário. Veja:
1: é o numerador da fração e ele

representa o pedaço da torta.
6: é o denominador da fração e indica

quantas partes iguais a torta foi dividida

130
Dizemos que a torta de maracujá é o todo, a unidade ou até mesmo o inteiro.
A fração 5/6 representa a torta sem o pedaço retirado. Veja que o numerador é
cinco e o denominador é seis.
Juntando todos os seis pedaços da torta, obtemos o inteiro (a própria torta), que
é representado pela fração 6/6.
Vejamos a seguir:
a) O jovem confeiteiro Lucas preparou uma deliciosa torta de chocolate para

o festival.
Lucas já vendeu três pedaços da torta. Veja:
8/8 representa uma torta inteira de chocolate.

Veja que 8 ÷ 8 = 1 (inteiro).
5/8 representa os pedaços de torta que

sobraram.
• O que significa 3/8?
Resposta: Significa o total de pedaços vendidos.
Pedro está vendendo cada pedaço (1/8) da torta por R $8,00.
• Qual é o valor de 3/8 da torta?
Resposta: 8 x 3 = 24 reais. Ou seja, 3/8 da torta custam 24 reais.
• Qual é o preço total da torta?
Resposta: 8 x 8 = 64 reais.
b) Na seção de tortas geométricas do festival, há seis tortas doces e duas tortas

salgadas. Escreva a fração correspondente aos pedaços existentes de cada
torta geométrica:
A fração 6/8 representa o total de tortas doces da seção geométrica do festival.

Podemos dizer que essa fração é uma razão, pois expressa comparação, isto é,
dizemos que 6 em 8 tortas são doces, ou simplesmente uma razão de 6 para 8.
Agora é com você! Qual é a fração que indica o número de tortas salgadas em
relação ao total de tortas geométricas?
Resposta: Dizemos que 2 em 8 tortas são salgadas, isto é, 2/8.
ATIVIDADE 2 - EU, CONFEITEIRO EMPREENDEDOR:
M40 N4 M4SS4
POR QUE NÃO?
Professor(a), esta é uma atividade introdutória de frações
com Mão na Massa. O mais importante, neste momento, é
que o estudante compreenda o conceito de fração e as ideias
associadas a ele, a saber: fração como parte-todo, fração como
quantidade (por exemplo, o preço do pedaço da torta) e fração
como razão. Estimule os grupos de alunos a criarem frações
com denominadores diferentes (e.g., 2, 3, 4, 5, 6, 12), a fim de
enriquecer a discussão da atividade em sala de aula. A torta
não precisa ter apenas o formato circular, pode ter o formato
de retângulo, triângulo etc. Caso seja necessário, você pode
sinalizar, brevemente, que as frações podem ser próprias ou
impróprias. Fração própria tem o numerador menor do que
o denominador; este tipo de fração representa a parte de
um inteiro, no qual seu valor é maior que zero e menor que

132
um, ou seja, 4/5 é própria, pois 4/5 < 1 e 4/5 > 0. Você pode explorar, aqui, as
ideias de frações impróprias (numerador é maior ou igual ao denominador),
como 5/4, isto é, 5 > 4, ou 8/8 = 1. O ponto nevrálgico desta atividade é a
apresentação dos grupos; estimule-os a estabelecerem preços competitivos dos
pedaços da torta e também a terem um bom planejamento: é um momento
oportuno para estabelecer o preço de custo, venda e lucro/prejuízo e, por
consequência, valores proporcionais. Estimule-os a definirem os valores
corretamente e também a garantirem que os preços dos pedaços da torta sejam
recompensados em forma de lucro, e não de prejuízo. Dê um tempo para que
eles possam pensar em tortas que ainda não existam; eles podem criar uma
torta inédita à gastronomia... Mas precisam pensar se ela seria aceita pela turma
(é uma simulação da pesquisa de mercado de um bom empreendedor). Outra
sugestão de atividade (complementar) é que você pode estimular cada grupo
de alunos a trazer alimentos (com antecedência) para o desenvolvimento desta
atividade e, a partir disso, você pode problematizar a divisão das frutas, do bolo,
do pão de queijo etc. com eles, repartir o suco, a água etc. Aproveite o momento
para trabalhar a leitura de frações de acordo com seu denominar.
Você vai montar o seu próprio negócio, usando poucos recursos. Já viu que
seus amigos, familiares e vizinhança adoram tortas doces, salgadas e/ou
veganas? A sua missão, aqui, como confeiteiro empreendedor, é a de criar uma
torta saborosa para o seu novo empreendimento caseiro. Vamos abusar da
imaginação e criar tortas criativas. Depois, apresente a sua criação à turma.
1
_
1_ 1
_ 1
_
4 1
_
3 3 1 3 1
1_ 2
1_ 8
1_
3 8
Materiais: pratinhos de festa (descartáveis), tesoura, caneta e tinta guache ou

materiais de papelaria (decoração).
Lembrem-se: vocês podem criar, por exemplo, uma torta inédita ou até gourmet.
Planejamento:
• Qual é o sabor da sua torta? Ela vai ser doce ou salgada?

• Quantos pedaços a torta terá? Isto é, qual será o denominador?
• Quantos pedaços do todo você pretende vender ou consumir? Ou seja,
qual é o numerador?
• Estabeleça o preço de venda de pedaço da torta de forma estratégica
para não ter prejuízo.
Estabeleça um preço de custo e um preço de venda. O lucro é a diferença

entre o preço de venda e o preço de custo.
Exemplo: Preço de venda da torta: 50 reais; preço de custo: 30. Logo, lucro: 20,
pois 50 – 30 = 20 reais.
• Quem serão seus clientes potenciais? Por quê?
No final, todos os grupos devem apresentar suas tortas e suas respectivas

frações e preços. A ideia é que você convença alguém da turma a comprar, pelo
menos, um pedaço da torta.
Relembre a leitura de fração:
O numerador é lido normalmente

como se lê o próprio número indo-
2 arábico. O denominador recebe nomes
dois quintos =
5 especiais: meio, terço, quarto, quinto,
sexto, sétimo, oitavo, nono, etc.
Exemplos:
• 1/2: um meio, meio ou metade

• 2/3: dois terços
• 7/4: sete quartos
• 9/6: nove sextos
• 2/10: dois décimos
»

134
A denominadores iguais ou maiores do que 10, acrescentemos a

palavras “avos”, que significa “distribuição em partes iguais”.
• 2/10 dois dez avos (ou 2 décimos)

• 4/15 quatro quinze avos
Empreendedor/a: é aquele/a que, resumidamente,

empreende um novo negócio ou novos produtos.
GLOSSÁRIO Gourmet: é uma palavra francesa que significa, a

grosso modo, “elegante” ou “mais elaborado”. Isso
pode agregar valor ao produto.
Preço de custo: o valor que se gasta para produzir

ou confeccionar algo.
Preço de venda: o valor que a mercadoria será

vendida. Para que haja lucro, o valor da venda
precisa ser maior que o valor de custo.
ATIVIDADE 3 - FRAÇÃO E SEUS CONTEXTOS
Professor(a), esta atividade estimula a criatividade, audição e as ideias

essenciais de parte-todo de fração. É importante que os alunos estabeleçam
relações entre a sensibilidade musical e as frações; é importante que percebam
que quanto mais cheio o copo estiver, mais grave o som será. É preciso usar
copos idênticos. O copo de vidro deixa os sons mais nítidos. Caso saiba tocar
algum instrumento, toque uma música para os alunos, ou convide-os para
tocarem algo, de modo que a turma possa descobrir a música através dos
sons emitidos. Aqui a ideia é uma brincadeira com copos e frações, então, não
importa se ficar desafinado. Uma dica é colocar sal na água para os sons ficarem
mais graves, caso seja necessário. Você pode explicar que a mudança do som
na água está relacionada com a quantidade de água dentro do recipiente: a
quantidade de água impacta diretamente nas vibrações dentro do recipiente.
O Dó é representado por uma nota musical cuja fração é imprópria, isto é,
o numerador é maior ou igual ao denominador. Para tanto, diga que vamos
considerar o Dó como uma unidade, isto é, o copo cheio. Veja que quanto mais
cheio o copo estiver, a nota musical será maior, e o inverso também ocorre:
quanto menos cheio o copo estiver, o som será mais suave, isto é, agudo. Se não
tiver anilina, não tem problema; o segredo está na quantidade de água, e não na
cor. Vale lembrar que o experimento lembra o instrumento de xilofone.
Que som é esse? Música e fração
Você já parou para pensar que quando

batemos em uma garrafa ou em um copo
de água, eles produzem um som específico,
não é mesmo? A quantidade de água em
um copo determina o barulho produzido
nele. Aliás, os sons podem ser agudos (finos
e leves) ou graves (grossos ou pesados).
Vamos investigar isso, cientista?
Materiais: 7 copos idênticos (de vidro,

acrílico ou plástico duro), colheres de metal
(ou baqueta), água, anilina ou tinta guache
para colorir a água, um copo medidor
graduado em mililitro.
8 7 6 5 4 3 2
8 8 8 8 8 8 8

136
Preparação:
Passo 1: Encha o copo 1 com água quase até o topo, isto é, quase . Tenha
cuidado, pois a quantidade de água dele será a nossa unidade padrão de fração
em relação às demais frações dos copos de água.
Passo 2: Encha o copo 2 com de água, tendo como referência o copo 1.
Repita esse mesmo processo para todos os demais copos, conforme ilustração.
Passo 3: Dissolva a anilina ou guache na água de cada copo!
Tudo pronto? Então, vamos lá!
O som produzido pelas águas e copos lembra o som do instrumento

musical xilofone. Você já ouviu falar dele?
Experimento 1
a) Bata nos copos com a colher ou baqueta e tente encontrar um som

harmônico. Toque do 1 ao 7 e do 7 ao 1. O som produzido é harmônico aos
seus ouvidos?
b) O que acontece com o som quanto mais cheio o copo estiver de água
(maior fração)?
Resposta: Quanto mais cheio, mais grave será o som.
c) O que acontece com o som quanto mais vazio o copo estiver de água
(menor fração)?
Resposta: O som fica mais agudo.

d) O copo azul claro ( ) tem a metade de água do copo cheio ( )?
Resposta: Sim.
e) Há outra forma de escrever estas frações , e ?
Resposta: Sim: 4/8 = ½, 8/8 = 1 e 2/8 = ¼.
#parapensar! Sem unir as águas, o som do copo verde seria o mesmo se as

águas do copo azul escuro e do roxo estivessem juntas? Por quê?
Resposta: Sim, pois o copo teria a mesma quantidade de água em relação

ao todo.
Experimento 2
Considere as notas musicais correspondentes às frações* da tabela:
Notas Musicais Frações com copos
DÓ 8/8 (inteiro)
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
RÉ 7/8
MI 6/8
FÁ 5/8
SOL 4/8
Dó Ré Mi Fá Sol Lá
LÁ
Si Dó
3/8
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si SI
Dó 2/8
Dó Ré
*frações
Mi Fá
não oficiais
Sol Lá Si Dó
das notas musicais. Estamos utilizando apenas os valores fracionários
para fins didáticos com a experiência de copos com água.

138
Reproduza o som “Parabéns” no seu xilofone musical
DÓ-DÓ-RÉ-DÓ-FÁ-MI
DÓ-DÓ-RÉ-DÓ-SOL-FÁ
LÁ-LÁ-DÓ-LÁ-FÁ-MI-RÉ
LÁ-LÁ-SOL-FÁ-SOL-FA
Assista aos vídeos para se inspirar e produzir um bom som com a sua música:
SÓ FÁCIL: COMO TOCAR “PARABÉNS PRA VOCÊ”

Só Teclado
Duração: 2’30’’.
Disponível em: <https://youtu.be/298E4TyB03U>.
FAÇA SEU PIANO DE GARRAFAS E TOQUE

ATÉ BEETHOVEN!
Manual do mundo
Disponível em: <https://youtu.be/0l5juORZhmE>.
Acesso em: 25 abr 2022.
FRAÇÃO E MÚSICA
André Bogéa
Duração: 2’23’
Disponível em: <https://youtu.be/CRTbu_s_2QY>.
Professor(a), conheça um pouco mais sobre as frações da música, acessando o

QR CODE a seguir.
AS FRAÇÕES DA MÚSICA
aplicando-a-matematica-basica-sala-2/>.
Um pouco de história
De onde vêm as frações?
As frações vêm do Antigo Egito (3.000

a.C.), mediante a necessidade dos
povos de marcarem e delimitarem
suas terras com cordas. As frações
também ajudavam na separação das
colheitas e até mesmo para resolver
os problemas das enchentes. A
palavra “fração” é proveniente do
latim fractus e significa, literalmente,
“partido”. As escalas musicais têm
origem na Grécia Antiga. E você sabia
que um dos grandes responsáveis por
FIGURA 1. Pitágoras isso é o matemático Pitágoras?
Fonte: Wikimedia Commons. Ponto de atenção aqui: a história
desse matemático ainda é incerta,
já que ele compartilhava muitas das suas ideias com seus discípulos
e vice-versa. O fato é que há evidências da teoria musical da escola
pitagórica. Pitágoras identificou múltiplos intervalos de sons que
variam conforme a relação de vibração. O mais curioso de tudo isso é

140
que ele conseguiu estabelecer a relação entre números e sons

musicais: viu que os sons harmônicos obedeciam a um ritmo
matemático entre as escalas musicais com cordas. Por exemplo, as
cordas menores emitem sons mais agudos, enquanto as maiores,
sons mais graves. Vamos assistir isso?
É só apertar o play no QR CODE a seguir:
AULA DE MATEMÁTICA E MÚSICA

Ezequias Oliveira
Disponível em: <https://youtu.be/7S3iW_sbqsA>.
ATIVIDADE 4 - ESTAMOS FALANDO DA MESMA COISA?
Mario andou da trilha e Douglas da mesma trilha, conforme aponta o
GPS do celular. Quem andou mais?

Veja que as frações e representam a mesma quantidade em relação ao
todo (percurso). Logo, dizemos que as frações são equivalentes.
Podemos escrever desta forma: = .
Frações equivalentes são frações que representam a mesma parte

do todo (inteiro). Isso significa dizer que essas frações têm o mesmo
valor em relação à mesma unidade.
VAMOS INVESTIGAR AS FRAÇÕES EQUIVALENTES?
M40 N4 M4SS4
Dobraduras e frações equivalentes
Materiais: Folha A4 e lápis de cor ou giz de cera.
• Passo 1: Dobre a folha ao meio e pinte a metade dela ( ).
• Passo 2: Faça outra dobradura, dividindo a folha em 4 partes iguais ( ).
• Passo 3: Dobre, mais uma vez, a folha e obtenha 8 partes iguais ( ).
1 2 4
2 4 8
Podemos notar que as frações , e são equivalentes. Elas
representam a mesma quantidade em relação ao todo – a folha A4. Continue o

142
mesmo processo de dobradura e investigue se as demais obtidas nas

dobraduras também serão equivalentes: Vamos lá?
= = = ...
dobre
Registre as suas descobertas no quadro a seguir.
Número de partes Fração correspondente

Nº dobraduras
iguais formadas (parte pintada)
1 2
2 4
3 8
4 16
5 32
6 64
Podemos dizer que todas as demais frações geradas são equivalentes? Por quê?
Resposta: Sim, porque elas têm o mesmo valor (1/2 = 2/4 = 4/8 = 8/16 = 16/32 =
32/64 =...), e são infinitas.
Equivalente: significa o mesmo valor ou valor idêntico,

pois “equi” significa “igual” e “valente”, “valor”.
GLOSSÁRIO
Professor(a), encoraje os estudantes para que continuem o processo de

dobraduras de modo a encontrarem mais frações equivalentes como, por
exemplo, 8/16, 16/32 etc. Embora a folha seja limitada, diga que as frações são
infinitas. Pelo fato de a folha dobrar a cada dobradura feita, é importante fazer
esse processo até o número 7; é muito difícil chegar até 9 dobraduras, não
tem problema. Por isso, caso seja necessário, você pode continuar a explicação
com outro recurso didático como quadro, applets etc.; o importante é o aluno
compreender a ideia de fração equivalente. Mostre que, embora as frações
representam o mesmo valor, elas não necessariamente têm formas iguais.
Acesse o QR CODE para descobrir mais frações equivalentes:
FRAÇÕES EQUIVALENTES
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/vm3zw8d3>.

144
Professor(a), antes de apresentar a forma prática de descobrir as frações

equivalentes, é importante que os estudantes manipulem o applet para
descobri-las. Vale muito a forma como o aluno apresenta a resposta, mais do
que as maneiras pelas quais o conteúdo é formalizado. Sinta-se à vontade para
explorar outras unidades (círculos, triângulos etc.). Uma ideia, professor, é que
você apresente o applet à turma. Faça algumas simulações e, em seguida, deixe
que os estudantes estabeleçam outras simulações de frações equivalentes.
Caso não seja possível trabalhar com o applet, você pode explorar dobraduras
ou desenhos com os estudantes, de modo que eles percebam os valores
correspondentes das frações.
ATIVIDADE 5 - DESCOBRINDO FRAÇÕES EQUIVALENTES
Ao multiplicar ou dividir o numerador e o denominador de uma fração dada

por um mesmo número, diferente de zero, obtemos frações equivalentes a ela.
Observe alguns exemplos:
x2 ÷4
3 6 8 2
= =
4 8 12 3
x2 ÷4
#parapensar!
Existem infinitas frações equivalentes de uma fração dada? Sim

Veja mais frações equivalentes a seguir e construa a sua representação gráfica

acessando o QR CODE.
FRAÇÕES EQUIVALENTES
Applet Geogebra
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/rpva6rpm>.
Basicamente, há duas formas de obter frações equivalentes:
• Divisões sucessivas ou divisão pelo MDC
÷2 ÷2 ÷4
4 2 1 4 1
= = ou =
8 4 2 8 2
÷2 ÷2 ÷4
Divisões Divisão pelo máximo

Sucessivas divisor comum (m.d.c)

146
• Com calculadora
Toda fração é uma divisão. Veja:
½ = 0,5 e 2/4 = 0,5 valem a mesma coisa!
Investigue os demais exemplos.

MESMO VALOR
Professor(a), é importante que os alunos analisem os cálculos e estabeleçam

relações entre as frações equivalentes à luz do conceito. Mais do que
compreender a ideia dos cálculos, é oportuno também que os alunos
compreendam a parte geométrica (visual) das frações. Assim, encoraje-os a
manipularem o QR CODE e a construírem a fração figural que representa a
fração numérica. Deixe-os inferirem hipóteses e negá-las ou considerá-las.
Outra questão torna-se relevante: incentivar os seus alunos a perceberem que
é possível também saber se duas ou mais frações são equivalentes pelo seu
valor decimal, através da divisão. Por isso, encoraje-os a fazerem as divisões
devidas das frações e a compararem os valores obtidos em cada um delas com
o uso de calculadora.
CURIOSO
Uma fração pode ter infinitas frações equivalentes a ela. Veja:
x4
x3
x2
x1
1 1 2 3 4
3 3 6 9 12
x1
x2
x3
x4
Vamos praticar? Agora é com você!
x10
2 [ 20 ] 3 15 [7] 49 9 27 4 8 [ 16 ]
= = = = = =
3 30 5 [ 25 ] 2 14 [4] 12 3 [6] 12
x5 ÷7 ÷3
Professor(a), você pode instigar os alunos,

após a resolução das questões, a verificarem
a c
quando uma fração é ou não equivalente apenas
multiplicando cruzado e obtendo valores iguais.
b d
Veja: a fração 2/3 é equivalente a 20/30, pois 2
x 30 = 60 e 3 x 20 = 60. Os valores obtidos são
?
iguais. De forma geral: a/b = c/ d a x d = c x b.
Caso o produto não apresente valores iguais,
axd=bxc
dizemos que as frações não são equivalentes.
ATIVIDADE 6 - DESENHOS ARTÍSTICOS COM FRAÇÕES

EQUIVALENTES E IRREDUTÍVEIS

148
A parte ocupada pelo desenho do boneco na folha quadriculada pode ser

representada pela fração :
Ou seja, de 400 quadradinhos, 150 deles são da figura na malha quadriculada.
Simplificamos a fração e obtemos . Veja:
÷10 ÷5
150 15 3
Frações equivalentes = =
400 40 8
÷10 ÷5
A fração foi simplificada, pois dividimos o numerador e o denominador
por um número natural diferente de 0 e 1. Ou seja, obtemos uma fração

equivalente mais simples a ela.
Veja que a fração não pode ser mais simplificada, pois não há nenhum
outro número natural que divide três e oito ao mesmo tempo. Quando isso
ocorre, dizemos que a FRAÇÃO É IRREDUTÍVEL, pois não podemos encontrar
outra fração equivalente mais simples a ela.
Agora, desenhe na na malha quadriculada que você encontra no final do livro

uma figura do seu interesse (Vale pesquisar na internet para se inspirar). Depois,
determine a fração correspondente da figura e frações equivalentes a ela.
ATIVIDADE 7 - COMPARANDO FRAÇÕES
Frações com denominadores iguais
Qual das quatro frações, de mesma unidade, representa a maior parte em

relação ao todo?
Observando os quadrados, podemos dizer que > > >
(o símbolo > significa maior que).
Maior 4 3 2 1 Menor
Fração Fração
4 4 4 4
Com calculadora: Você também pode comparar as frações fazendo

as divisões do numerador pelo denominador. Veja:
=1 = 0,75 = 0,5 = 0,25
Quando as frações têm denominadores iguais, a maior delas é a que tem o

maior numerador.
Veja que podemos também representar essas frações, na ordem crescente, na

reta numérica:
0 0 1 2 3 1=4
4 4 4 4 4
1
4
2
4
3
4
4
4

150
Qual fração é maior?
Observe as frações seguintes de mesma unidade (triângulo):
1 1 1 1
2 3 4
Observando os triângulos, podemos dizer que 1 > > >
(o símbolo > significa maior que).
Ou seja, um inteiro é maior que meio, que é maior que um terço, que é maior
que um quarto etc.
Usando uma folha A4, faça as seguintes dobraduras: , , , .
M40 N4 M4SS4
Verifique as regiões formadas pelas dobraduras e compare as partes

maiores e menores.
Comparando frações com denominadores diferentes
3 2
?
4 3
Frações equivalentes:
3 2
4 3 3 9
4
= 12
3x x4
9 8
> 2 8
12 12 3
= 12
Sem usar imagens ou números decimais, podemos comparar as frações com

numeradores e denominadores diferentes. Para isso, basta reduzi-las ao mesmo
denominador. Depois, é só comparar o numerador das frações obtidas: o maior
numerador determina a maior fração, e vice-versa.
Agora é com você! Qual fração é menor: 8/7 ou 9/8?
Resposta: 9/8 é menor.
Por frações equivalentes: 8/7 = 64/56 e 9/8 = 63/56. Veja que 64/56 > 63/56.
ATIVIDADE 8 - CONSTRUINDO UM VARAL

M40 N4 M4SS4
COM FRAÇÕES
Materiais: prendedores de varal, papéis e um barbante.
Cada estudante vai escrever uma fração na folha e, em seguida, vai colocá-la no
varal dos números fracionários. O desafio da turma é organizar, ao final, todos
os números fracionários na ordem crescente ou decrescente.

152
Professor(a), você pode dividir a turma em dois grandes grupos: A e B. O grupo

A fica responsável por montar o varal das frações do grupo B, e o grupo B fica
responsável por montar o varal das frações do grupo A. O grupo vencedor é
o que organizar o primeiro varal. Mas na verdade, aqui, todos ganham, até
porque o conhecimento construído é o mais importante nessa troca de saberes
entre os estudantes. Estimule-os a compartilharem e a fazerem comparações
das frações. A ideia não é fazer cálculos gigantes, mas compreender a essência
da comparação de frações. Por isso, sugira até um ou dois algarismos para o
numerador e denominador delas.
Sintetizando
Aventuramos no mundo das frações e observamos que podemos encontrá-las
nas tortas, no trajeto de uma viagem e, inclusive, na música. Estudamos que as
frações equivalentes nada mais são do que frações que apresentam o mesmo
valor em relação à mesma unidade. Ou seja, falar 2/4 de uma barra de chocolate
é o mesmo que dizer a metade ou ½ dela. Aprendemos a calcular as frações
equivalentes por resoluções diferentes e, por fim, comparamos as frações, isto
é, dizemos quais delas são maiores, menores ou iguais. A nossa aventura de
fração continua na próxima sequência. Por isso, reabasteça as suas energias
antes da próxima aventura na Matemática.
MATEMÁTICA E MÚSICA: PARTE 1

UNIVESP
Disponível em: <https://youtu.be/ETPzsN-vgE8>.
A MUSICALIDADE DAS FRAÇÕES 1/2 , 3/4 , 2/3

aplicando-a-matematica-basica-a-musicalidade-das-
fracoes-texfrac12frac34frac23tex/>.
MÚSICA E FRAÇÕES
TV Escola
DURAÇÃO: 0’52’’
Disponível em: <https://youtu.be/4WU2yJjJZB0>.
Anotações

154
SEQUÊNCIA 7.
Eu, cientista:
experimentos com
frações e líquidos
HABILIDADES
(EF06MA07)
Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes
de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes.
(EF06MA09)
quantidade e cujo resultado seja um número natural (com e sem uso
de calculadora).
(EF07MA08)
Comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros,
resultado da divisão, razão e operador.
• Frações: contextos e aplicações;

• Adição e subtração de fração;
• Multiplicação e divisão de fração.
• Compreender as ideias operatórias de fração;

• Reconhecer a fração como divisão;
• Relacionar frações e números decimais;
• Realizar operações com frações.
Professor(a), o conjunto de atividades desta sequência se constitui como

continuidade dos tópicos estudados na seção anterior sobre fração. Aqui,
aprofundaremos os conceitos fracionários no que diz respeito às operações,
entre as quais se destacam: adição e subtração, multiplicação e divisão. Para
tanto, recomendamos a leitura prévia de todas as atividades, pois a maior parte
delas sugere o uso de materiais de baixo custo para o desenvolvimento em sala
de aula. Vale destacar que, caso não seja possível utilizar alguns dos materiais
listados, é possível substituí-los, conforme as indicações deixadas ao longo desta
sequência. Faça adaptações necessárias, conforme a sua realidade. De modo
geral, esperamos que as oficinas Mão na Massa sejam ricas em significados
em Matemática e que, por meio delas, você possa mobilizar trocas de saberes
significativos com seus estudantes.

começa agora!
ATIVIDADE 1 - ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE FRAÇÃO
M40 N4 M4SS4
COM DENOMINADORES IGUAIS
Etapa 1: Maria colocou de líquido no primeiro cilindro e Pedro colocou
de líquido no segundo cilindro.
Maria Pedro
Etapa 2: Depois, eles juntaram os dois líquidos no terceiro cilindro e obtiveram

a fração . Veja:

156
+ =
A fração que representa o total de líquido na jarra é , pois: + = .
#parapensar!
Por que podemos representar essa experiência como a soma de duas

frações de mesmo denominador?
Resposta: Porque os cilindros (recipientes) foram divididos em

partes iguais.
No experimento de Pedro e Maria, observamos que quando os denominadores

das frações são iguais, basta apenas somar os numeradores e conservar os
denominadores. Vamos analisar outros casos?
Agora é com você! É hora da fração com líquidos!
Materiais: Para esta oficina serão necessários água, anilina ou tinta guache,
três cilindros (ou copos, ou garrafas PET etc.) de mesma medida e tamanho, um
medidor graduado em mililitros.
Professor(a), os alunos não precisam levar esse material. Você pode usar o seu
material para explorar os experimentos com a turma.
Para seus experimentos, considere a seguinte estrutura das garrafas Pet (ou
cilindros, ou copos):
+ =
Garrafa 1 Garrafa 2 Garrafa 3
Experimento 1: Adição de frações com

mesmo denominador
Passo 1: Encha os dois primeiros cilindros (ou copos, ou garrafas PET) com
de líquidos cada um.
+ =

158
Passo 2: Em seguida, despeje os líquidos dos dois cilindros no último cilindro.
+ =
a) Como podemos escrever a soma de frações das duas primeiras garrafas PET?
Resposta: 2/4 + 2/4
b) Qual é a fração que representa o valor obtido na garrafa PET 3?
Resposta: 4/4
c) O denominador da fração manteve-se o mesmo, enquanto o numerador

variou de valor?
Resposta: Sim.
Experimento 2: Subtração de frações com

o mesmo denominador
Passo 1: Coloque de líquido na primeira garrafa.
Garrafa 1 Garrafa 2
Passo 2: Depois, despeje desta quantidade de líquido na segunda garrafa.
Garrafa 1 Garrafa 2
Após a experiência, verifique:
a) Qual é a fração formada na primeira garrafa?
Resposta: .
b) E na segunda garrafa?
Resposta: .
c) Explique com suas palavras o que significa esta operação: - =
Resposta: Significa a diferença das frações formadas no processo desta

experiência de líquidos.
Agora, crie mais exemplos com as garrafas PET e investigue a seguinte afirmação:
Para subtrair duas frações com denominadores iguais, basta manter o

denominador e subtrair os numeradores.
Registre as respostas e os resultados obtidos no quadro.
Professor(a), é oportuno que os alunos constatem, através dos experimentos,

que a subtração de fração é a mesma coisa que a adição de fração com
denominadores iguais (operação inversa). Deixe que os alunos manipulem
e escrevam suas ideias e descobertas no quadro. Fale para a turma que, por
serem medidas imprecisas, as medidas líquidas nem sempre vão completar o
cilindro. Veja que a atividade é limitada a um só um denominador (4). Por isso,
torna-se relevante, após o experimento, explorar mais exemplos com os alunos

160
no quadro. Prepare um ambiente dialógico, acolhedor e de protagonismo dos

alunos. Observe que foi utilizado cilindro, mas pode ser uma garrafa PET ou um
copo. Sugerimos fazer as medidas e as divisões dela antes da aula, isto é, leve o
material pronto para a sala de aula. Cabe ressaltar que o líquido pode ser uma
mistura de água com anilina colorida (para melhor visualização). Caso não seja
possível trabalhar com a “magia dos líquidos” em sala de aula (os alunos curtem
muito), não tem problema. Você pode registrar os cálculos no quadro negro
e, inclusive, incentivar os alunos a desenharem e pintarem as figuras em uma
folha quadriculada para cada aluno, de modo que cada um faça os esboços das
frações e as adições e subtrações correspondentes.
ATIVIDADE 2 - ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES
M40 N4 M4SS4
COM DENOMINADORES DIFERENTES
Novos experimentos e outros cilindros
Materiais: Para esta oficina, utilize três cilindros (ou garrafas PET, ou copos etc.)
idênticos, além de água, anilina ou tinta guache e um medidor graduado
em mililitros.
Professor(a), é importante levar também dois cilindros ou garrafas PET com

denominadores 2, 3 e 6.
Experimento 3: Quanto é + ?
Passo 1: Encha a primeira garrafa PET com de líquido e a segunda garrafa
PET com de líquido.
+ =
Passo 2: Agora, despeje o líquido das duas garrafas na última garrafa.
+ =
a) É possível estimar o valor da fração que representa a quantidade de líquido

na última garrafa?
Resposta: Sim.
b) Se sim, qual é o valor estimado, em sua opinião? Compartilhe suas ideias

à turma.

162
Professor(a), antes de mostrar os cálculos e os processos práticos de frações

com denominadores diferentes (aqui, dois e três), investigue com seus alunos
possíveis hipóteses de resultados estimados. Deixe que os alunos estabeleçam
relações do tipo: “Vai ser maior que a metade ou maior que um terço, pois
estamos somando essas quantidades... Vai ser menor do que o inteiro, pois
o cilindro não foi totalmente preenchido”. Caso isso não apareça, você pode
estimulá-los a pensarem sobre essas medidas aproximadas. Você pode anotar as
ideias no quadro e mediar esses processos. Incentive os alunos a estabelecerem
conjecturas e até mesmo, caso já tenham estudado, cálculos possíveis. Muito
além de memorizar procedimentos, é importante que os alunos estabeleçam
possíveis estratégias de resolução e obtenham resultados estimados.
Adição de frações com denominadores diferentes
Vamos aprender duas formas diferentes de calcular a adição de frações com

denominadores diferentes:
Resolução 1: Usando frações equivalentes
Vamos reduzir as frações ao mesmo denominador,

usando frações equivalentes. Veja:
+
= ? 1
_ 1_ 2 3 4
, _ , _ , _ ... Escrevemos as frações
2 2 4 6 8
equivalentes até
encontrarmos o mesmo
denominador entre elas.
1_ 1_ 2 3 4
, _ , _ , _ ...
1_
2 + 1_
3
3 3 6 9 12
Agora, é só usar as frações equivalentes:
1 1 5
Logo = _ + _ = _
2 3 6
1
_ + 1
_ = 3
_ + 2 3+2
_ = ______ 5
= _
2 3 6 6 6 6
3_ 2 5
Ou + _ = _
6 6 6
Resolução 2: Processo prático
1_ 1
_ Processo Prático
+
2 3
Basta multiplicar a primeira fração pelo
x3 x2 denominador da segunda fração. E depois só
multiplicar a segunda fração pelo denominador
3_ 2
_ da primeira. Com isso, reduziremos as frações
+
6 6 ao mesmo denominador comum.
5
_
6
1_ + =
: primeira fração
2
1_
: segunda fração
3
3
_ 2
_ 5
_
6 6 6
a) E aí, diga qual processo de resolução você se identifica mais?
b) Há outra forma de fazer?
Resposta: Sim, usando calculadora ou pelo mínimo múltiplo comum (MMC).
Professor(a), estimule os estudantes a verificarem o resultado na calculadora

através de números decimais.
Experimento 4: Subtração de fração com

denominadores diferentes
Quanto é - =?

164
Passo 1: Com a primeira garrafa vazia, encha-o com 1/2 de líquido.
Garrafa 1 Garrafa 2
Passo 2: Agora, retire 1/4 de líquido da primeira garrafa e coloque essa

quantidade na garrafa 2.
Garrafa 1 Garrafa 2
Estimando valores:
a) Qual é a fração que representa a primeira garrafa após o experimento, sem

fazer cálculo?
Resposta: Menor que ½ ou igual a ¼ (os alunos podem conjecturar valores).
b) A fração obtida é maior ou menor que a metade? Por quê?
Resposta: Menor. Estratégia de cálculo do aluno.

Subtração de fração com denominadores diferentes
De forma análoga à adição, podemos calcular a subtração de frações com

denominadores diferentes. Observe os dois processos de resolução:
Resolução 1: Fração Equivalente Resolução 2
x2 x1
1 – 1
2 4
1 – 1 = 2 – 1 = 2–1 = 1 1 – 1 = 1
4x 2x
2 4 4 4 4 4 2 4 4
4 – 2
x2 x1 8 8
÷2
4–2 = 2 = 1
1 1 , 2 , 3 , ...
8 8 4
2 2 4 6 ÷2
1 1 , 2 , 3 , ...
4 4 8 12
a) Usando a calculadora, como você resolveria a subtração de fração?
Resposta: Com calculadora normal: 0,5 – 0,25 = 0,25.
b) Agora é com você! Efetue as operações de adição e subtração de frações:
(A) 1 + 2 = ? 5 6 11 (C) 1 - 1 = ? 4 1 3
+ = - =
3 5 15 15 15 2 8 8 8 8
(B) 2 + 4 = ? 2
+
8
=
10 (D) 5 - 2 = ? 20 6
- =
14
6 3 6 6 6 3 4 12 12 12

166
Professor(a), a ideia aqui é explorar o “saber fazer” ou “saber calcular” frações.

São apresentados quatro exemplos, mas você pode apresentar mais exemplos à
turma. Deixe que os estudantes tentem fazer. Caso se faça necessário, ajude-os
a encontrarem as frações com denominadores iguais.
ATIVIDADE 3 - MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÃO
O produto (multiplicação) de fração consiste em multiplicar os termos da

fração, isto é, multiplica-se numerador com numerador e denominador com
denominador, independentemente da quantidade de frações que tiverem. Veja
o produto de duas frações a seguir e observe as multiplicações realizadas:
Vamos recordar!
Numerador é o número que fica acima do traço da fração. Ele

corresponde as partes tomadas ou consideradas do todo.
Denominador é o número que se localiza abaixo do traço da fração.

Ele indica quantas partes o todo foi dividido.
1 2 1x2 2
x = =
4 3 4x3 12
Mas de onde vem essa forma de fazer?

M40 N4 M4SS4
Vamos investigar, cientista?!
Produtores de tomates: por que não?

Materiais: Folha A4 e lápis de cor ou giz de cera.
Você é um produtor de tomates e deseja usar
do terreno para plantações.
• Passo 1: Considere a folha A4 como o terreno

total. Dobre a sua folha em quatro partes
iguais e pinte uma destas partes (¼ para
plantações). Observe que usamos as colunas
para fazer as divisões da folha. (na vertical).
Espaço para
plantações
• Passo 2: Agora, divida a folha em três partes iguais. Use as linhas

para fazer as divisões (na horizontal). Destas três partes, pinte duas
representando a plantação de tomates. Observe que esta plantação
representa 2/3 de 1/4. Veja:
Veja que 2/3 de 1/4 é igual a 2/12.
1 2 2
x =
4 3 12
Veja que o terreno foi dividido em 12 partes iguais. Destas partes, tomamos
apenas duas para a plantação de tomates, ou seja, 2/12.

168
Viu como podemos visualizar o produto de frações usando as ideias

da Geometria?
O resultado é o mesmo se x ? Faça as dobraduras necessárias e registre
sua resolução no caderno.
Resposta: Sim.
Professor(a), é recomendável que os alunos não só leiam o problema, mas

também que tenham a oportunidade de construí-lo usando uma folha de papel
A4. Uma dica é dividir a folha usando o comprimento para uma fração e a largura
da folha para expressar outra fração. Deixe que os alunos dobrem e pintem
as partes sugeridas. Faça questão do tipo: “O que essa fração representa em
relação ao todo? O que significa 2/3 de 1/4? É uma parte de outra parte?”. Deixe
que o ambiente se constitua por questões norteadoras de aprendizagem a
partir de um diálogo e produção coletiva. Se possível, sugira que alguns alunos
compartilhem suas resoluções, ideias e até impasses de aprendizagem. Use os
erros que surgirem para discussão e resolução; o erro é bem-vindo e é visto
como um elemento imprescindível no processo de aprendizagem de Matemática.
Agora é com você! Efetue a multiplicação das

frações a seguir:
(A) 2 x 3 = 6 = 1
5 6 30 5
(B) 5 x 8 = 40 = 10 (C) 4 x 9 = 36 = 6
7 4 28 7 3 8 24 4
(D) 10 x 9 = 1 (E) 100 x 1 = 100 = 5

9 10 5 4 20
ATIVIDADE 4 - MEU POMAR
Para esta atividade, você pode utilizar desenhos (representando as frações) ou

dobraduras com a folha A4.
Problema 1: Débora tem um lindo pomar e

vai separar 1/2 dele para plantar mudas de
frutas. Desta parte, vai separar 1/3 para mudas
de maçãs. Qual é a fração que representa a
plantação de maçãs em relação ao pomar?
Resposta: 1/6.
Represente os desenhos fracionários e

também os cálculos.
Pomar 1 mudas 1 de maçãs 1 x 1 =

2 de frutas 3 3 2
Pomar 1 mudas 1 de maçãs 1 x 1 =

2 de frutas 3 3 2
Problema 2: Mário separa 1/3 do seu terreno

para criar animais. Desta parte, 3/4 são
destinados à criação de bovinos e o restante,
aos suínos. Que fração representa o terreno
dos suínos?
Resposta: 1/12.
Terreno 1 animais 3 de 1 1 x 3 =
3 4 3 3 4
Terreno 1 animais 3 de 1 1 x 3 =
3 4 3 3 4

170
Problema 3: Em uma sala de aula, observa-

se que 3/6 das meninas gostam de séries de
comédia. Destas, apenas 1/3 gosta de drama.
Qual é a fração das meninas que gostam de
comédia e drama?
Resposta: 3/18 = 1/6.
Sala de aula 3 comédia 1 drama 3 = 1

6 3 18 6
Drama e Comédia
Sala de aula 3 comédia 1 drama 3 = 1

6 3 18 6
Drama e Comédia
ATIVIDADE 5 - DIVISÃO DE NÚMEROS E

REPRESENTAÇÃO FRACIONÁRIA
Uma das ideias relacionadas à divisão é saber “quanto” de uma grandeza “cabe”
dentro da outra. Com a divisão entre frações, podemos usar a mesma ideia.
Vamos pensar juntos:
Quantos cabem dentro de ? Ou seja, ÷ ?
Também podemos dizer que cabem duas vezes dentro de .
Ou seja: ÷ = 2.
Dizemos que cabe 4 vezes dentro de

na figura.
Logo, podemos dizer que ÷ =4
Ou seja, são necessárias quatro frações de

“para preencer” toda a figura.
Agora é com você! Quantas vezes uma fração cabe dentro de outra, cientista?
a) Quantas vezes cabe dentro de ?
Resposta: 1, ou seja, ÷ = 1.
b) Quantas vezes cabe dentro de ?
c) Quantas vezes cabem dentro de ?
d) Quantas vezes cabem dentro de ?

172
ATIVIDADE 6 - PROCESSO PRÁTICO DE CALCULAR A

DIVISÃO DE FRAÇÕES
Existe uma forma prática de calcular a divisão de fração. Vamos usar os mesmos
exemplos acima (do quadrado) para comparar os resultados. Observe como
podemos fazer:
Processo prático
1 4
, seu inverso é
4 1 4 4 16 4 1
: x = = 4
4 4 4 1 4 É só trocar o numerador pelo
denominador, e vice-versa.
COMO FAZER?
1º: conserva a primeira fração
2º: multiplico pelo inverso da 2ª fração
Esse processo é sempre válido. Mas, o numerador da

fração não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
Agora é com você! Efetue a divisão das frações a seguir:
(A) 1 : 1 = 1 x 4 = 4 = 2
2 4 2 1 2
(B) 1 : 1 = 1 (C) 1 : 1 = 2 (D) 20 : 1 = 20 (E) 4 : 1 = 4

8 8 4 8 2 9 5 5
Sintetizando
Muita coisa de fração foi explorada, não é verdade? Chegamos ao fim de mais
uma jornada, com uma mochila cheia de novos conhecimentos, não é? Vamos
tirar alguns desses conhecimentos de dentro dela? Um dos primeiros tópicos
explorados aqui foi o de adição e subtração de fração. Estudamos que podemos

adicionar ou subtrair frações com denominadores iguais e diferentes. Vimos
que para adicionar ou subtrair frações de mesmo denominador, basta manter
os denominadores e somar ou subtrair os numeradores. Por exemplo: 1/3 +
2/3 = 3/3 ou 3⁄4 - 2/4 = 1/4. Agora, quando os denominadores são diferentes,
precisamos encontrar frações equivalentes de mesmo denominador. Os
processos práticos foram muito úteis para desenvolver cálculos mais precisos.
Outro conhecimento dentro da nossa mochila é a multiplicação e divisão
de frações. Aprendemos que para determinar o produto de duas frações, é
preciso multiplicar o numerador com o numerador e o denominador com o
denominador. Por fim, vimos as divisões de frações que carregam o significado
de quanto uma grandeza “cabe dentro de outra”. Para sintetizar tudo que já
estudamos até aqui sobre fração, que tal expressarmos nossos conhecimentos
em forma de uma história em quadrinhos?
Atividade Complementar - Histórias em quadrinhos

(HQ) nas aulas de Matemática
Crie sua própria HQ. Para isso, baixe o programa HagáQuê e monte a sua
história sobre ideias e operações envolvendo fração.
SOFTWARE HAGÁQUÊ
Unicamp
Disponível em: <https://www.nied.unicamp.br/projeto/
hagaque/>.
Dica
Não precisa ser apenas este software, você pode criar na folha de
papel quadriculada ou usar outro software de sua preferência. E aí,
tudo pronto? Então, abuse da sua imaginação no mundo das frações!

174
Professor(a), desenvolva esta atividade no laboratório de informática com seus

alunos. Verifique, antes de tudo, se os sistemas operacionais utilizados na escola
são compatíveis com o software HagáQuê, um software intuitivo e sem nenhum
pré-requisito de aprendizagem. Por exemplo, para deixar os objetos maiores,
basta clicar no dinossauro; e para deixar os objetos menores, basta clicar na
formiga. O programa é bem intuitivo, mas, caso os alunos optem por usar outro
software, não tem problema. A ideia é criar histórias criativas de Matemática
como forma de avaliar tudo que foi aprendido até aqui. Afinal, avaliação, para
nós, é mais um momento em que o estudante aprende. Deixamos também
como referência o capítulo de um livro (opcional) para que você possa ler e ver
como essa mesma atividade (teórico-prática) pode ser desenvolvida com seus
alunos em sala de aula:
AZEVEDO, Greiton Toledo. Histórias em Quadrinhos nas aulas de

Matemática: Uma Perspectiva Crítica e Criativa. In: Marilza V. S; Rusvênia L. B.
Rodrigues S; Faria, V. (Org.). VEREDAS ESCOLARES: partilhando experiências
criativas de Ensino e aprendizagem do CEPAE/UFG. 1ed. Goiânia: AMÉRICA,
2014, v. 370, p. 243-255.
Anotações
Anotações

176
SEQUÊNCIA 8.
Números decimais
e suas operações
HABILIDADES
(EF06MA01)
Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja
representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica.
(EF06MA11)
Resolver e elaborar problemas com números racionais positivos na representação
decimal, envolvendo as quatro operações fundamentais e a potenciação, por
meio de estratégias diversas, utilizando estimativas e arredondamentos para
verificar a razoabilidade de respostas (com e sem uso de calculadora).
(EF07MA12)
Resolver e elaborar problemas que envolvam as operações com
números racionais.
• Números decimais: ideias, significados e aplicações;

• Números decimais: leitura e investigações com calculadora;
• Operações com números decimais e medidas;
• Cálculo de medidas de perímetros e áreas com decimais;
• Proporção (escala) com números decimais.
• Compreender as ideias, operações e aplicações de números decimais;

• Associar números decimais com representação decimal finita a frações;
• Modelar uma situação-problema por meio de operações entre
números decimais;
• Resolver situações-problema que envolvam operações entre
números decimais.
Professor(a), esta sequência didática aborda a introdução das ideias

dos números decimais e suas operações básicas. As atividades focam no
significado e resolução de problemas com aplicações práticas, tais como:
sistema monetário, cálculo de uma planta baixa e a compra de produtos no
supermercado pelo custo-benefício. A primeira atividade é caracterizada por
Mão na Massa, com cálculos intuitivos de áreas irregulares, usando números
decimais. A ideia é que os alunos analisem e compreendam os “pedaços”
de um todo em forma de decimais. Uma das propostas também é que os
alunos reconheçam os números decimais na parte da fração e façam a sua
representação na reta numérica. Para desenvolver a soma ou a subtração dos
números decimais, incentive os alunos a determinarem perímetros da sala,
quadra ou até da escola. Para finalizar, os alunos são instigados a construírem
sua própria casa ou apartamento em duas e três dimensões, usando software;
também deixamos sugestões de realizar a atividade na malha quadriculada ou
na maquete. Não limitamos o conhecimento matemático dentro da bolha dos
decimais; por isso, propomos atividades com os decimais inerentes aos campos
geométricos, perímetros e áreas. Também situamos as ideias dos decimais
junto às concepções dos números proporcionais mediante a escala. Embora os
decimais sejam números racionais (Q), não nos centramos na definição deste
conjunto; o objetivo central aqui é reconhecer, compreender a aprender as
ideias e cálculos com os números decimais a partir de atividades que promovam
a reflexão e o trabalho coletivo. Vale lembrar que esse conjunto de atividades é
um complemento das sequências de números fracionários.

começa agora!
ATIVIDADE 1 - FOLHAS DE ÁRVORES COM M40 N4 M4SS4

NÚMEROS DECIMAIS
Pegue uma folha de árvore da sua escola, rua ou casa, e vamos calcular a área
aproximada dela:
Materiais necessários: giz de cera, uma folha de árvore, papel quadriculado.
Equivale a 1,0 cm² Representa a 0,5 cm²
Utilize números estimados ou aproximados com os decimais. Você pode juntar

as partes “quebradas” dos quadradinhos para formar um inteiro. Por exemplo, a

178
soma 0,2 + 0,3 + 0,5 = 1,0 ou 0,4 + 0,1 + 0,2 + 0,3 = 1,0 representa a unidade ou
um inteiro (1 quadradinho).
• Passo 1: Coloque a folha debaixo da folha quadriculada.

• Passo 2: Rabisque a folha quadriculada com o giz de cera,
pressionando-a para que gere a figura desejada na malha quadriculada.
Use um lápis para fazer o contorno da folha.
Área aproximada: 25,2 cm².
Agora é com você! Qual foi a área aproximada formada? Como você obteve o
valor decimal?
Dica
Some as partes inteiras e depois some as partes decimais. No final,

junte tudo!
Professor(a), esta é uma atividade introdutória de números decimais

relacionados com áreas irregulares. A ideia é que os alunos compreendam que
o inteiro pode ser decomposto em partes decimais. Aqui, por exemplo, o inteiro
representa um quadradinho e as partes decimais equivalem à parte ou à fração
desse quadradinho. Lembre-se que você pode, ao final do processo de produção
artística com Matemática, apresentar formas de cálculos. Por exemplo, contar
os quadradinhos e fazer os valores aproximados, ou calcular a área da folha

e retirar áreas que não sejam da própria área da folha. Deixe que os alunos
estabeleçam estratégias para obter a área irregular da folha; incentive-os a
falarem e trocarem ideias enquanto realizam a atividade, e participe de modo
a aprofundar suas ideias matemáticas. Vale destacar que a atividade requer
valores aproximados decimais, e não exatos. Discuta sobre a adição e subtração
de decimais com os alunos: 0,1 + 0,2 + 0,3 +... + 0, 8 = 3,6 cm².
ATIVIDADE 2 - NÚMEROS DECIMAIS POR TODA PARTE
Os decimais são números que têm uma parte inteira e outra parte decimal. Em
outras palavras, dizemos que são números com vírgula. No preço da gasolina,
na altura de uma pessoa, na construção de uma casa e no nosso sistema
monetário, os decimais estão presentes. Eles nos ajudam a resolver cálculos
mais simples do que o uso das frações. Já pensou em comprar ou vender
coisas utilizando frações? Seria bem diferente ou até mais difícil para fazer as
operações do dia a dia, não é mesmo? Exploraremos um pouco mais sobre
esses números tão úteis e importantes na nossa vida.
a) Dinheiro e números decimais
Analise o seguinte problema da Dona Riqueza e da Senhora Humildade:

180
Dona Riqueza e Senhora Humildade doaram suas economias monetárias

para o Centro de Cuidados de Cachorros de Rua (CCCR) no ano de 2021.
Diante disto, investigue:
• Quem fez a maior doação no período?
Resposta: Ambas fizeram a mesma doação, embora com cédulas e

moedas diferentes.
• Qual foi a quantia total que o CCCR recebeu dessas doadoras no

ano de 2021?
Resposta: 351,56 + 351,56 = 703,12.
Professor(a), uma ideia aqui é incentivar os alunos a mostrarem diferentes

formas de resolver esse problema de contagem com números decimais.
Os alunos podem agrupar os valores usando a operação de adição ou de
multiplicação. A intenção é que os alunos concluam que ambas têm o mesmo
valor, embora com notas diferentes. É uma etapa que leva o aluno a comparar
valores monetários (ou valores de números decimais). Uma dica de atividade
é organizar a turma em duplas e entregar “dinheirinhos de mentira” para cada
uma delas; depois, incentivá-las a formarem diferentes valores com diferentes
decomposições do dinheiro. Algumas questões norteadoras que você pode
utilizar: “A moeda de 1 real pode ser formada por 4 moedas e por 10 moedas? O
valor 23,57 pode ser formado por quais moedas e cédulas? Há só um caminho
para resolver isso?”.
Curiosidade
Os portugueses trouxeram o dinheiro para o Brasil no período

colonial. Em razão da inflação, houve muitas mudanças, e só em 1994
a moeda oficial do Brasil passou a ser o Real.
b) Combinando moedas e notas
Uma forma de obter R$ 20,45 é:
1 Solução: 1 nota de 20 reais, 1 moeda de 25 centavos e 2 moedas

de 10 centavos.
• Existe outro jeito de formar R$ 20,45? Como você faria?
Resposta: Sim. Resposta pessoal.
Agora é com você:
• Como formar 5 reais utilizando só moedas?
Resposta pessoal.
• Usando só moedas, como formar 1 real?
Resposta: A: 0,5 + 0,5 = 1; B: 4 x 0,25 = 1; C: 10 x 0,10= 1; D: 5 x 0,10 + 1 x 0, 50 =

1. E: 1.
Professor(a), você pode explorar inicialmente com seus alunos a decomposição

da moeda de 1 real. Veja: 1 real é igual a duas moedas de 50 centavos, ou 4
moedas de 25 centavos, ou 10 moedas de 10 centavos ou até mesmo 100
moedas de 1 centavo. É importante que os alunos associem a ideia de décimos
e centésimos a partir da sua experiência com o sistema monetário. Promova um
contexto de debate de ideias sobre isso com eles.

182
c) Recordando os números decimais
Dê uma bisbilhotada na estrutura do número decimal:
de
os s
o e
os
m o
m d
si im
os
im
si s
dé s
ce s
pl s
ilé o
ilé és
o
im
s
m e
m cim
és
os
s
a
m
s i dad
es
na
m nt
en
és
on
m
si
ze
nt
nt
ilé
ci
i
ili
un
de
dé
ce
ce
m
2
, 3 4
1 3 , 7 6 9
Parte inteira Parte decimal
• 2,34 (lê-se: dois inteiros e trinta e quatro centésimos).

Falamos centésimos porque o último algarismo do número está na casa
dos centésimos.
• 13,769 (lê-se: treze inteiros e setecentos e sessenta e nove milésimos).
Lemos milésimos, pois o último algarismo do número está na casa
dos milésimos.
d) Os decimais e a reta numérica
A fração 3/2 pode ser representada pelo número decimal 1,5, pois 3 ÷ 2 = 1,5.
Maria colocou o número flor-decimal = 1,5 na reta. Veja:
Agora é com vocês! Plante as demais mudas de flores na reta numérica:

Solução (em ordem crescente): 0,5; 0,8; 1,2; 1,7; 2 e 3.
e) Investigando números decimais com a calculadora
Eduarda dividiu os dois primeiros números por múltiplo de 10 e obteve

resultados decimais. Veja:
Número decimal Divisão ou fração Leitura
0,2 2/10 Dois décimos
0,03 3/100 Três centésimos
Ela notou que todo número decimal pode ser escrito de uma fração decimal.
Isto é, frações com denominadores múltiplos de 10, como: 1/10, 1/100, 1/1000...
Agora, investigue os dados faltantes da tabela, usando a calculadora:
Número fracionário Número

Leitura dos números
(divisão) decimal
25/10 2,5 Dois inteiros e cinco décimos
123/100 1,23 Um inteiro e vinte e três centésimos
56/1000 0,056 Cinquenta e seis milésimos
105/10 10,5 Dez inteiros e cinco décimos

184
ATIVIDADE 3 - TROCO DO PÃO DE QUEIJO
João é um vendedor de pães de queijo no vilarejo das Boas Ações. Veja uma de
suas vendas no WhatsApp.
Olá, Sr. João, tem pão de queijo?
Oi, Dona Maria. Temos, sim. Pães

de queijo deliciosos e quentinhos.
Maravilha! Gostaria de ter três

pães de queijo. Tudo certo?
Vou entregá-los em 15 minutinhos

para você.
Deu R$ 8,25. Qual a forma de

pagamento?
Tudo certo! Vou pagar com uma

nota de R$ 10,00. Ok?
Só tenho notas de 2 e 5. Mas você

tem uma moeda de R$0,25
Por que ele pediu essa moeda, sabendo que R$ 10,00 são suficientes para pagar
o valor dos pães de queijo?
Resposta: Para facilitar o troco. Daí, em vez de devolver R$ 1,75, ele vai devolver
uma nota de R$ 2,00.
Professor(a), esta é uma situação comum nas transações monetárias com

valores menores. É importante que os alunos relacionem a importância de fazer
trocos com números decimais e façam cálculos mentais. Você pode apresentar
outros exemplos aos estudantes. Pergunte se eles já passaram por uma
situação semelhante quanto ao troco.
ATIVIDADE 4 - FAZENDO COMPRAS NO

SUPERMERCADO E USANDO OS NÚMEROS DECIMAIS
Quando fazemos compras no supermercado, precisamos observar algumas
coisas importantes, como: validade, qualidade, promoções e quantidade do
produto. Você costuma observar esses pontos?
E quando as unidades dos produtos não têm o mesmo peso e as mesmas

medidas?! Como resolver? A boa notícia é que podemos fazer o comparativo de
preço por quilo (kg), litro (l) ou até mesmo unidade (itens) dos produtos; isso nos
ajuda a poupar dinheiro. Vamos conhecer o contexto de Júlia a seguir.
Júlia sempre usa essa comparação para economizar nas compras do

supermercado.
Barra de Chocolate*
A NA
SEM
ofe rta A B
da
Peso 250 g 450 g
Preço R$ 4,18 7,15
Preço por quilo 16,72 15,89
* Produtos de mesma marca
Júlia escolheu a barra B: 450 g por R$ 7,15. Apesar de o preço B ser maior
(diferença de R$ 2,97), a barra A está mais cara em termos proporcionais, isso
porque o valor do kg de B é menor do que o kg do produto A.

186
Atenção: Nem todos os produtos podem ser analisados pelo peso, como, por
exemplo, o remédio; este deve ser avaliado pela sua eficácia em solucionar uma
questão específica, seguindo as orientações de um profissional da saúde.
Tome nota
1 kg = 1000g.
Professor(a), oriente os alunos a tomarem consciência de que é importante

analisar o preço dos produtos a partir do preço do quilo, da unidade ou litro e,
não necessariamente, do preço do produto em si. Discuta também com eles que
isso é um dos critérios; há outros que devem ser levados em consideração. Para
isso, faça questões norteadoras, como: “O preço está mais barato, mas é uma
quantidade menor, vale a pena comprar esse produto? O produto vai perder/
estragar? A qualidade desse produto é tão boa?” etc. Discuta também sobre as
promoções sensacionalistas que acabam confundindo o consumidor.
Qual produto está mais barato?
Agora é com você! Qual dos produtos você compraria em termos de preço?
Justifique sua resposta:
AN A
S E M
ofe rta
da A B
Água de coco 2L 3L
Preço R$ 5,78 6,56
Preço por litro 2,89 2,18

Resposta: a água de coco B sai mais em conta (em termos proporcionais).
Atividade à vida: Quando estiverem no supermercado, observem a qualidade e

quantidade, tempo de validade, promoções e também o preço da unidade, quilo
ou litro do produto. Dê valor ao seu dinheiro!
ATIVIDADE 5 - OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS
Ana e Douglas mediram o contorno de um espaço para lazer da escola. Veja

como eles fizeram para calcular os lados do quadrilátero a seguir:
Lado D Lado A + Lado B = 13,5m + 20,8m
5 + 8 = 13 décimos 1 inteiro e 3 décimos

Lado A Lado C +
1 + 3 = 4 inteiros 40 décimos
Total: trinta e quatro inteiros e três décimos
Lado B Logo, Lado A + Lado B = 13,5 + 20,8 = 34,3 metros
Tome nota
Um quadrilátero é um polígono de 4 lados. Os quadrados, retângulos,

paralelogramos, losangos, trapézios e até trapezóides são exemplos
de quadriláteros.
Observe que os números foram organizados de modo que as vírgulas estivessem

uma abaixo da outra. O resultado da vírgula também deve estar alinhado.
Lado C + Lado D = 24,26m + 14,5m
6 + 0 = 6 centésimos
+
2 + 5 = 7 décimos
4 + 4 = 8 unidades
2 + 1 = 3 dezenas
Logo, Lado C + Lado D = 24,26 + 14,50 = 38,76 metros
Veja que 14,5 é o mesmo valor de 14,50. Zero depois de um número decimal
não altera o seu valor.

188
Ana e Douglas somaram as medidas dos quatro lados. Observe:
Perímetro = A + B + C + D = ?
A+B 0 + 6 = 6 centésimos
+ 3 + 7 = 10 décimos = 1 unidade
C+D
( 1 + 4 ) + 8 = 13 unidades = 1 dezena e 3 unidades
Perímetro: ( 1 + 3 ) + 3 = 7 dezenas
Logo, o perímetro do quadrilatero é 73,06m.
Verificaram o resultado com a calculadora: 13,5 + 20,8 + 24,26 + 14,50 = 73,06

metros (m).
Vamos recordar (sequência 2)
Perímetro é a medida do comprimento de um contorno.
Quanto falta para completar?
O algoritmo da subtração carrega as mesmas características do algoritmo da

adição com números decimais. Vamos entender isto: suponha que Douglas já
mediu 32,45 metros do contorno da área de lazer; quanto “falta” para completar
todo o percurso?
Total: 73,06 – 32,45 = ? A diferença dá a ideia de “quanto falta” para

completar.
6 - 5 = 1 centésimo
( 10 ) - 4 = 6 décimos
2 - 2 = 0 unidade
7 - 3 = 4 dezenas
Assim sendo, faltam 40,61 metros

Note que precisamos colocar vírgula embaixo de vírgula e subtrair valores

correspondentes: milésimos, centésimos, e assim sucessivamente. Quando
necessário, completamos as ordens vazias.
Observe que para subtrair 4 décimos, transformamos 1 unidade em 10 décimos,

ficando com 10 décimos no minuendo.
Há outro jeito de fazer? Como você faria para resolver a subtração de decimais?
Agora é com você! Vamos calcular o perímetro da quadra de esporte?
Professor (a), se não tiver quadra de esportes na escola, os alunos podem

sugerir o cálculo de outro local do colégio, adaptando a atividade como, por
exemplo, no pátio, refeitório, sala de leitura etc. A atividade deve ser realizada
em trio ou quarteto.
Materiais: Barbante, fita métrica, folha, prancheta ou

algum tipo de suporte para folha, lápis, app FootPath
ou Google Earth.
Vocês deverão determinar o perímetro da quadra (ou

o contorno dela) usando decimais:
• Passo 1: Acesse o QR CODE e localize a sua

escola (ou quadra) no Google Earth. Baixe o
App FootPath no celular.
GOOGLE EARTH / SOFTWARE (GRATUITO)

NIED / UNICAMP (versão brasileira)
Disponível em: <https://www.google.com.br/intl/pt-BR/
earth/>.

190
FOOTPATH / APP (GRATUITO, DISPONÍVEL NA APP

STORE E NA GOOGLE PLAY)
Disponível em: <https://footpathapp.com/>.
• Passo 2: Observando, por cima, a escola, faça um esboço dela na

malha quadriculada. Em seguida, meça o contorno da escola usando os
materiais definidos. Anote todas as medidas na folha.
Dica
Anote os lados do contorno e os registre na folha.
• Passo 3: Use o app no celular, contornando o perímetro da área e, por

fim, veja o perímetro.
• Passo 4: Calcule a diferença entre os dois resultados obtidos (app e
cálculo manual).
E aí, galera, tudo pronto?! Vamos compartilhar nossos cálculos e resultados uns
com os outros?
Veja qual grupo chegou mais perto do valor exato. Caso tenha uma planta da
escola, o(a) professor(a) fornecerá as medidas exatas da construção!
Professor(a), a ideia é estimular os alunos a chegarem o mais próximo possível

do resultado. Você pode olhar nos documentos da construção da escola e
checar as dimensões da quadra ou de outro lugar que julgar interessante
para desenvolver esta atividade Mão na Massa. A ideia é promover um espaço
de colaboração, ajuda e integração entre os alunos, de modo que cada um
deles possa ajudar um ao outro a resolver a soma ou subtração dos números
decimais a partir do perímetro da quadra, escola ou outro lugar.
ATIVIDADE 6 - PLANTA BAIXA DE UMA PEQUENA CASA
Davi é um jovem que gosta bastante de design de casas. Veja o projeto da sua
planta baixa:
2,00 1,75 4,35 1,25 4,40

banheiro
1,0
1,50
sala
0,50 1,40
cozinha
1,50
corredor jardim
6,00
quarto quarto
3,00
3,00
GARAGEM
2,00 2,80 2,80 4,40

12,00

192
Veja como ele calculou à mão os cômodos da casa:
Área da garagem:
4,40 x 3 1,75 x 1,501

Resolução Resolução 2
1 1
banheiro
+ x
GARAGEM
Calculamos:
3 x 0 = 0 centésimos
AG: 4, 40 x 3 = 13,2 cm²
O famoso vai 1
3 x 4 = 12 décimos
Trocamos 12 décimos por 1 unidade e 2 décimos
3 x 4 = 12 unidades / 12 + 1 = 13 unidades
Relembre a Sequência 2
Para calcular a área de quadrados e retângulos, basta multiplicar

base x altura ou b x h.
Banheiro Compacto BC 1,75 x 1,50 = 2,625 cm²
1,75 x 1,50
banheiro
Resolução 1
Banheiro compacto
1,75 1,75 x 1,50
1,50 2 casas após 2 casas após

a vírgula a vírgula
x100 x100
175 x 150
2.6250
Contar casas decimais equivale a fazer esse processo.
Multiplicamos o número por 100 x 100 = 10.000 , logo, dividimos pelo mesmo valor.
Daí, 26.250 ÷ 10.000 = 2.625
Resolução 2
PASSO 1 PASSO 2
Fazer a multiplicação Contar as casas
sem considerar a vírgula após a virgula
1,75 0 x 175 = 0 1,75 x 1,50
x 1, 50
5 x 175 = 875 2 casas 2 casas = 2 + 2 = 4 casas
1
000
875 1 x 175 = 175
1
+ 175
Logo devemos "andar" 4 casas para a esquerda
26250
2, 6, 2, 5, 0 4 casas

194
Agora é com você! Vamos investigar os valores das áreas?
Faça seus cálculos e, ao fim do processo, confirme suas respostas com a

calculadora:
a) Área da sala:
Resposta: 4,35 x 3 = 13,95 cm²
b) Área dos dois quartos:
Resposta: 2 x (2,80 x 3) = 16,8 cm²
c) Área da cozinha:
Resposta: 2 x 3 = 6 cm²
d) Área total da planta baixa:
Resposta: 12 x 6 = 72 cm²
e) Área original da planta em m²?
Resposta: considerando a escala 1:100
12 x 100 = 1200 cm 12 m
6 x 100 = 600 cm 6m
12 x 6 = 72 m²
ATIVIDADE 7 - CONSTRUINDO A MINHA CASA

DOS SONHOS
Professor(a), encoraje seus alunos a projetarem a própria casa ou apartamento

no mundo computacional. Caso o aluno prefira, ele pode desenhar na malha
quadriculada a sua planta baixa e, depois disso, fazer o upload dela na
plataforma. O interessante é que ela converterá o desenho na imagem digital
(modelo real). Outra sugestão, caso os alunos só possam usar o computador
da sala, é que eles projetem a casa dos sonhos em grupos, assim eles podem
discutir como querem essa casa coletiva, e podem projetarem no papel e
usarem o computador da sala de aula para realizar.
Você foi convidado a utilizar seus conhecimentos de números decimais para

construir a sua própria casa ou o apartamento dos seus sonhos. O que seria
uma casa ideal para você? O que deveria ter dentro dela? Quais cômodos não
podem faltar? Você pode construir seu quarto, sala de estar, cozinha, sala de
estudos, garagem e até mesmo um belo jardim em duas dimensões (2D) e três
dimensões (3D).
Acesse o QR CODE e crie seu espaço.
CRIE A CASA DOS SEUS SONHOS

Planner 5D
Disponível em: <https://planner5d.com/pt>.
Modelo 2 D Modelo 3D
FIGURA 1 FIGURA 2
Fonte: @artjafara via Adobe Stock. Fonte: @artjafara via Adobe Stock.
• Passo 1: Construa – inicialmente – a sua casa no modo 2D.

• Passo 2: Utilize a aba régua para medir as dimensões dos cômodos
da planta.
• Passo 3: Configuração > opções de visualização > ative: fundo malha
quadriculada.
• Passo 4: Durante a construção (utilizando os decimais), visualize a sua
construção em 3D.
Calcule todas as áreas formadas. Também especifique a escala.

196
Ao final, apresente seus designs à turma.
Sintetizando
Parou para pensar no turbilhão de coisas que produzimos juntos?
Investigamos que os números decimais são números que têm vírgula. Vimos
que os decimais nos ajudam a comprar as coisas nos supermercados com
mais consciência. Afinal, não podemos olhar apenas para o preço do produto,
mas também para a sua unidade, litro ou quilo. Estudamos as operações dos
decimais e também aprendemos a fazer cálculos para determinar a medida do
perímetro de uma região e até mesmo a planta baixa de uma casa.
Para refletir: e se os decimais entrassem de férias, quais números poderiam

substituí-los?
Anotações
Anotações

198
SEQUÊNCIA 9.
Porcentagem e
suas aplicações
HABILIDADES
(EF06MA13)
Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia
de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando estratégias
pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira,
entre outros.
(EF08MA04)
Resolver e elaborar problemas envolvendo cálculo de porcentagens, incluindo
o uso de tecnologias digitais.
(EF06MA09)
quantidade e cujo resultado seja um número natural (com e sem uso
de calculadora).
• Porcentagem: ideias, contextos e aplicações;

• Ideias de proporcionalidade;
• Porcentagem com fração, proporção e números decimais;
• Porcentagens e múltiplas estratégias de resolução.
• Compreender a ideia de porcentagem;

• Relacionar porcentagem e fração centesimal (denominador 100);
• Representar e analisar situações-problema com porcentagem;
• Compreender o cálculo mental e escrito de porcentagem;
• Entender relações de acréscimos e descontos percentuais.
• Estabelecer relações entre números percentuais, decimais e fracionários;
• Desenvolver estratégias de cálculo de cálculo percentual (e.g., proporção).
Professor(a), esta Sequência de Atividades refere-se ao conteúdo de

porcentagem ou percentagem, seus significados e cálculos. A porcentagem
é contextualizada com diferentes temas da realidade e repleta de exemplos
com os quais o aluno possa se identificar e fazer relações ou estabelecer
conexões de ideias. Veja que nas atividades 1, 2 e 3 não são exploradas regras
de cálculos; mantemos primeiro a lógica da construção do significado por
diferentes representações (vídeo, imagens, desenhos, lógica e quadros), isso
porque entendemos que as diferentes representações ajudam no processo de
compreensão, análise e aprendizagem dos objetos matemáticos. Veja que a
porcentagem atravessa diferentes campos da Matemática. Para tanto, explore-a
com a ideia de proporção, fração e números decimais. A partir da atividade
4, os problemas e contextos valorizam procedimentos de cálculos vinculados
a problemas reais a partir de gráficos, notícias, histórias, vídeos e atividades
desplugadas. A sequência é uma sugestão para que você possa despertar
olhares curiosos e pensamentos múltiplos e até criativos de Matemática em
sala de aula. Note que as atividades não são fechadas; você pode incluir mais
dados, materiais didáticos ou recursos midiáticos em cada uma delas, de modo
a valorizar objetos associados ao aprendizado do aluno. É importante ressaltar
que nem todas as questões estão associadas à prática, haja vista que os campos
abstratos (como o pensamento, a inferência e a lógica de regularidades) estão
presentes por trás das questões de cálculos mentais e até representação de
partes das porcentagens em desenhos. Cabe ressaltar que a Matemática precisa
ser contextualizada e ter significado para o aluno, não necessariamente ter uma
aplicação prática para tudo. Desejamos que esta sequência seja repleta de boas
discussões, reflexões e, por consequência, aprendizagem em seu ambiente de
pensar, fazer e compreender matematicamente. Bom trabalho! Até breve!

começa agora!
Você já parou para pensar que quase tudo tem porcentagem?
Seja para comprar uma casa, receber o desconto de um produto, ganhar

um aumento salarial ou até mesmo coletar o lixo de nossa casa, isso pode
ser representado por números percentuais. Mas o que é porcentagem?
A porcentagem nada mais é do que um número ou uma fração cujo
denominador vale 100. Isso significa dizer que estamos interessados em saber
o tanto daquela parte que representa um total de 100. Vamos pensar juntos?

200
Tome nota
O símbolo matemático que representa a porcentagem é %.
ATIVIDADE 1 - TRABALHANDO COM PORCENTAGEM

SEM DECOREBA
Na Vila da Sustentabilidade, os moradores criaram um hábito responsável de
organização e um bordão bem prático entre eles (“Seu lixo vai com você”) a fim de
manter tudo limpo.
100 kg de lixo foram coletados pelos moradores voluntários. Veja como ficou a
coleta seletiva:
Porcentagem do lixo recolhido em um dia

40%
25% 25%
7%
3%
Orgânico Papel Plástico Metal Vidro
• 40% significa que para cada 100 kg de lixo, 40 kg são orgânicos.

• 25% significa que para cada 100 kg, 25 kg de lixo são de papel.
a) Mantendo essa lógica, o que significa 7% de lixo?
Resposta: Significa que para cada 100 kg de lixo, 7 kg são de metal.

b) Podemos dizer que 97% do lixo não é de vidro?
Resposta: Sim, pois 100 – 97 = 3 e 3% representa 3% de vidro.
c) Papel e plástico representam a metade do total de lixo?
Resposta: Sim, pois 25% + 25% = 50% (½ – metade).
d) Por que a soma de tudo tem que ser 100%?
Resposta: Na porcentagem, consideramos o total como 100% ou 100/100 = 1.
ATIVIDADE 2 - PORCENTAGEM NO FUTEBOL
Sabemos que porcentagem representa um total de 100, não é mesmo? Veja no

gráfico que a maior torcida é flamenguista, com 20%. Isso significa dizer que
para cada 100 pessoas entrevistadas, 20 torcem pelo Flamengo.
TAMANHO DAS TORCIDAS EM 2019

Fonte: Datafolha
22
20
14
8 8
6
4 4 4
3 3
2
1 1
DEMAIS NENHUM
TIMES
FIGURA 1. Tamanho das torcidas em 2019

Fonte: https://ge.globo.com/futebol/noticia/maiores-torcidas-do-
brasil-veja-evolucao-de-pesquisas-de-1993-a-2019.ghtml.

202
Sem fazer contas, responda de acordo com o gráfico:
a) Podemos afirmar que 14% dos entrevistados torcem pelo Corinthians?

Por quê?
Resposta: Sim, porque para cada 100 pessoas, 14 são corintianas.
b) 10% representa a soma de torcedores de dois times.
Resposta: S1: Palmeiras (6%) e Vasco (4%). Total: 6% + 4 % = 10%
Existe mais de uma resposta? Compartilhe sua ideia.
Resposta: Sim. Possíveis soluções:
S2. Palmeiras (6%) e Grêmio (4%). 6% + 4 % = 10%
S3. Palmeiras (6%) e Cruzeiro (4%). 6% + 4 % = 10%
S4: São Paulo (8%) e Atlético Mineiro (2%). 8% + 2% = 10%
c) O que significa 22%?
Resposta: Para cada 100 pessoas entrevistadas, 22 não torcem por nenhum
time de futebol.
d) O seu time aparece no gráfico? Se sim, qual é o percentual dele? O que

significa esse número percentual?
e) Reflita: esses dados são absolutos ou podem se alterar com o tempo?
Resposta: Podem ser alterados com o tempo.
Professor(a), uma sugestão é reorganizar a sala em círculo e trabalhar cada um

dos dois temas (lixo e torcida) coletivamente. Discuta as ideias de porcentagem
junto com os alunos, incentive-os a falarem. Leve-os a entenderem que
porcentagem é uma parte tomada ou considerada de um todo de 100. Vale
ressaltar que os dois temas apresentados podem promover um bom espaço
de discussão com seus alunos, haja vista que aqueles podem fazer parte
da rotina desses. Veja que você pode estimular os alunos a não jogarem o
lixo no chão e, sim, na lixeira: “Seu lixo vai com você”. Você pode dizer sobre
a importância da coleta seletiva e o que ela representa. Além disso, alguns

nomes de times podem ser relembrados pelos alunos. Estimule-os a falarem se
torcem ou não por algum time de futebol. Portanto, a ideia é envolver a turma
com o debate e compreensão das ideias intuitivas de números percentuais
com questões relacionadas ao dia a dia. Outra dica é que você pode comentar
(brevemente) sobre as pesquisas enviesadas. Isto é, um resultado de uma
pesquisa pode ser alterado de acordo com o lugar em que ela está sendo feita
(por exemplo, entrevistar somente moradores da cidade de São Paulo pode
gerar um resultado com maior porcentagem de times de São Paulo). Por isso
a importância de utilizar bons critérios de pesquisas para reduzir os erros ou
interpretações equivocadas. Por fim, reiteramos que essa é uma atividade inicial
e exploratória sobre a ideia de números percentuais. Logo, não é recomendável
trabalhar regras de cálculos ou memorização de procedimentos (como regra
de três). Veja que uma das questões apresenta mais de uma resposta. Mostre
que um problema pode ter mais de uma solução. O protagonismo aqui é o
significado de porcentagem (ideias e análise de um total de 100), e não as suas
regras ou cálculos.
ATIVIDADE 3 - REDES SOCIAIS E PORCENTAGEM: QUAL

É A SUA FAVORITA?
Bill entrevistou 100 estudantes da sua escola para saber a rede social mais
utilizada. Confira o resultado a seguir:
25% 20% 10% 30% Arquivo

corrompido
De todos os entrevistados por Bill, 30% das pessoas preferem a rede social do
Instagram. Isso significa que, a cada 100 estudantes entrevistados, 30 votaram
no Instagram como a rede social favorita.
Outra forma de dizer: para cada 100 pessoas, 30 gostam mais do Instagram.
Observe que podemos dizer também que, proporcionalmente, para cada 10
pessoas, 3 preferem o Instagram como rede social.
Representamos ainda 30% como uma fração centesimal 30/100 ou frações

equivalentes a ela: 30/100 = 3/10 ...

204
• 25% = 25/100 = 1/4
Para cada 100 pessoas, 25 preferem o Facebook.
Para cada 4 pessoas, 1 prefere o Facebook.
• 10% = 10/100 = 1/10
Para cada 100 pessoas, 10 preferem o Youtube.
Para cada 10 pessoas, 1 prefere o Youtube.
• 20% = 20/100 = 1/5
Para cada 100 pessoas, 20 preferem o WhatsApp.
Para cada 5 pessoas, 1 prefere o WhatsApp.
O arquivo do computador de Bill ficou corrompido por um vírus que afetou os

dados referentes ao resultado do Tik Tok.
• Você conseguiria desvendar o número de pessoas que escolheu essa

rede social?
Resposta: Resposta: pessoal
• Qual é o seu percentual?
Resposta: 15%.
• Qual é a sua forma fracionária?
Resposta: = .
ATIVIDADE 4 - ÁGUA E MEDIDORES PERCENTUAIS

M40 N4 M4SS4
Professor(a), esta atividade precisa ser organizada antes

da sua execução. Você pode levar todo material ou solicitar
aos alunos que levem copos descartáveis transparentes ou
garrafas PET, um canetão, fita métrica e também tesoura.
Esses materiais de baixo custo serão utilizados para formar os
medidores percentuais. Leve um copo medidor. Uma estratégia
de desenvolvimento da atividade é reorganizar a turma em duplas, trios ou

quartetos. Deixe-os resolverem os desafios. Eles devem colocar a mão na massa
para solucioná-los.
Pegue seus três copos iguais e encha o primeiro com água até o topo.
Ele será o nosso referencial de 100%. Veja a imagem a seguir como ilustração.
Desafio Moleza:
A partir do copo 1, distribua 50% do líquido em cada um dos dois copos. E aí,
conseguiu? Agora, deixe um dos copos com 25% do líquido e o outro copo
com 75%.
É hora de verificar sua resposta: use o medidor de líquido do professor e veja

se a sua percepção percentual e visual estão corretas. Se sim, parabéns! Você
passou do Desafio Moleza!
Professor(a), você pode fabricar um medidor com garrafa PET em casa ou um

medidor convencional.
#parapensar! O que podemos concluir sobre a relação entre 25% e 75%?
Resposta: 25% cabem três vezes em 75%, ou 75% é três vezes maior que 25%.

206
Professor(a), é importante que você leve um medidor a fim de auxiliar no

desenvolvimento desta atividade. O medidor é um instrumento fundamental
para checar as respostas e estimativas dos estudantes.
Desafio Esperteza:
Condição 1: Deixe o copo 1 com 50% de líquido:
Condição 2: Depois, marque 25% no copo 2 e 10% no copo 3, com fita crepe
ou canetão.
Dica
Use o medidor de líquido para registrar as marcações corretamente

nos copos. Coloque a água no medidor e estabeleça as medidas
correspondentes: 100%, 25% e 10%. Lembre-se: copos diferentes
podem ter referências percentuais distintas.
Desafio: encontre 5% de líquido em um dos copos, respeitando as condições

estabelecidas anteriormente. Você pode distribuir a água entre os copos para
obter o resultado desejado e também jogar água fora.
Mostre que você merece o título de Esperteza!
Passo 1
Copo 1: 50% Copo 2: 0% Copo 3: 0%
Passo 2
Copo 1: 15% Copo 2: 25% Copo 3: 10%
Passo 3
Jogar a
água fora
Copo 1: 15% Copo 2: 25% Copo 3: 0%
Passo 4
Copo 1: 5% Copo 2: 25% Copo 3: 10%

208
Possível solução:
Passo 1 Copo 1: 50% , copo 2: 0% e copo 3: 0%
Passo 2 Copo 1: 15% (despejou 25% no copo 2 e 10% no copo 3)
Passo 3 Copo 1: 15%, copo 2: 25% e copo 3: 0% (Jogar a água fora)
Passo 4 Copo 1: 5% (distribuir 10% para o copo 3), copo 2: 25% e copo 3 (10%).
Agora, deixe 20% de líquido em um dos copos!
Copo 1: 5% Copo 2: 25% Copo 3: 10%
Passo 1
Jogar a
água fora
Copo 1: 0% Copo 2: 30% Copo 3: 0%
Passo 2
Copo 1: 0% Copo 2: 20% Copo 3: 10%
Possível solução: 20%

Passo 1 Copo 1: 0%, copo 2: 30% (adicionar 5% de líquido do copo 1) e copo 3:

0% (jogar água fora)
Passo 2 Copo 1: 0%, copo 2: 20% (despejar 10% de líquido no copo 3) e copo
3: 10%
ATIVIDADE 5 - ESTIMULANDO A IMAGINAÇÃO E

FAZENDO A REPRESENTAÇÃO PERCENTUAL
Eu, pesquisador: por que não?
Vamos imaginar e investigar a região percentual de cada figura a seguir.

Você pode usar diferentes estratégias e instrumentos, como papel, tampinha
de garrafa etc., como unidade de medida para te ajudar a solucionar os
experimentos. Não se esqueça: alguns experimentos têm respostas exatas e
outros, aproximadas ou estimadas.
Compartilhe suas ideias, análise e deduções com seus colegas.
Experimento 1
Qual é o percentual correspondente das três últimas figuras?
0% 5% 10% 15% 20% 25%
Resposta: 50%, 75% e 100% (resposta exata).
Experimento 2
Você consegue estimar os valores das três últimas figuras?
20% 40%

210
Resposta: 60%, 80% e 100% (resposta aproximada).
Professor(a), a ideia do Experimento 2 não é ter uma resposta exata. Estimule

os alunos a traçarem estratégias e a estimarem possibilidades. Logo, valores
próximos a 60%, 80% e 100%, respectivamente as últimas imagens, são
possíveis de serem aceitos. Uma dica aqui é estimular os alunos a utilizarem
unidades de medidas diversas (como tampinhas, papel, moeda) para obter
resultados aproximados. Veja que os alunos podem fazer a relação da soma
das partes para estimar as porcentagens das três últimas imagens. Por exemplo:
60% pode ser a soma de 20% e 40%, já 80% pode ser a soma de 40% com 40% e,
por fim, 100% é o todo.
Experimento 3
Discuta com seus colegas e tente estimar o valor percentual de cada uma das
três partes da rosquinha:
15%
Fatia 1
63% Fatia 2
Fatia 3
22%
Experimento 4
Observe que o valor 12% foi representado na malha quadriculada. Agora, pinte na
mesma malha quadriculada os quadradinhos, representando os números percentuais
correspondentes com lápis de cores diferentes. Abuse da sua imaginação!
Por fim, investigue o valor da estrela.
Cada representa 1%
12% 9%
16% 4%
12% 9%
24% 5%
16% 4%
6% 23%
24% 5%
6%? 23%
?
Há mais formas de resolver esse problema?
12% 9%
16% 4%
12% 9%
24% 5%
16% 4%
6% 23%
24% 5%
1%
6% 23%
1%

212
Professor(a), a forma de representar os números percentuais pode ser feita

de múltiplas maneiras. Apresentamos aqui apenas um jeito de fazer; há outros
caminhos para resolver esse experimento. Estimule as diferentes estratégias e
técnicas. Veja que para determinar o valor da estrela, os alunos terão de pensar
“o valor que falta para completar 100%”. A soma das porcentagens (12% + 23% +
16% + 5 % + 6% + 9% + 4%), sem a estrela, é igual a 99%. Logo, o valor da estrela
é igual a 1%.
ATIVIDADE 6 - DESCONTOS OU ACRÉSCIMOS

PERCENTUAIS
a) Ganhando mais - Acréscimo percentual
Eva faz parte do Programa de Estágio no Banco das Boas Economias. Ela
ganhou um aumento de 12% no seu salário pelo seu bom desempenho e
responsabilidade.
Logo, podemos dizer que para cada 100 reais, Eva terá um aumento de 12
reais no salário.
Veja como ela rascunhou seus cálculos na planilha eletrônica:

Observe o rascunho de Eva. Há outra forma de resolver isso?
Resposta: Sim.
Como você faria?
Observe que o aumento salarial é diretamente proporcional, pois quanto maior

for salário de Eva, maior será o acréscimo. Veja que o aumento de 300 é de 36,
pois para cada 100 reais, o acréscimo é 12 reais.
#parapensar! Se o salário de Eva for 1000 reais, quanto ela vai receber com o
aumento? E se for 1500? Calcule completando a tabela.
Professor(a), a atividade trabalha a ideia de proporção conectada com o

significado de porcentagem com os alunos. Caso seja necessário, você pode
propor outros valores na tabela da Eva. Leve os alunos a perceberem que a
porcentagem representa um tanto que queremos de um total de 100. Observe
que, aqui, não há necessidade de trabalhar com regras de cálculos. Os alunos
podem rascunhar suas próprias ideias e expressá-las. Caso haja alguma
resolução diferente das demais da turma, peça ao aluno que a compartilhe com
todos. Você pode também mostrar o cálculo direto para os alunos.
Outra forma de calcular aumento percentual
Aumento de 12% é o mesmo que multiplicar por 1,12.
Mas por quê? Porque 100% + 12% = 112% = 112/100 = 1,12. Logo, o aumento
de 12% pode ser escrito como 1,12.
Daí é só multiplicar 1000 x 1,12 = 1120
O que você achou dessa forma de cálculo? Você prefere o jeito da Eva ou
esse jeito?
Tome nota
Lembre-se que toda fração é uma divisão.

214
b) Pagando menos - decréscimo percentual
Guilherme decidiu comprar um liquidificador de presente para a sua mãe. No

aplicativo da loja, ele viu que o preço da mercadoria estava com 40% de desconto.
Guilherme, então, rascunhou na folha de caderno:
Tenho 40% de desconto. Isso

significa 40 reais de desconto
de 100 reais. Logo, vou pagar
60, pois 100 - 40 = 60.
Perceba que o exemplo anterior é uma forma lógica de pensar a porcentagem

a partir da quantidade 100. Caso o liquidificador custasse 200 reais, Guilherme
pagaria 120 reais, pois para cada 100 reais ele teria um desconto de 40 reais.
Logo, o desconto total seria de 80 reais. Veja: 200 – 80 = 120 reais.
Essa é uma forma intuitiva de calcular porcentagem. Como você faria?
Professor(a), a ideia aqui não é trabalhar com formas de cálculos, mas com
as ideias intuitivas de porcentagem. É importante fazer um convite inicial
aos alunos sobre a lógica de porcentagem. É importante que eles entendam
o princípio básico de porcentagem: um tanto que queremos tomar de 100
reais. Incentive um ambiente de troca de experiências. Permita que os alunos
compartilhem suas ideias, estratégias e cálculos. Veja que os alunos também
podem ter noção de porcentagem. Incentive-os para que compartilhem seus
conhecimentos também uns com os outros. Mas lembre-se: tome cuidado de
que nem todos já estudaram esse tópico antes ou o compreenderam. Deixamos
a seguir outra forma de resolução do problema.
c) Decréscimo percentual
Desconto (decréscimo) de 40% é o mesmo que multiplicar por 0,6.
Mas por quê? Porque 100% - 40% = 60% = 60/100 = 0,6. Logo, o desconto de
60% pode ser escrito como 0,6.
Daí é só multiplicar 100 x 0,6 = 60 (veja que foram retirados

40% ou 40 reais).
O que você achou dessa forma de cálculo? Qual jeito você

prefere fazer?
ATIVIDADE 7 - PICTOGRAMA E PORCENTAGEM
Billy entrevistou 2000 estudantes na sua escola para saber os quatro super-
heróis mais populares. O resultado da pesquisa de Billy pode ser observado no
pictograma a seguir.
Pictograma: são gráficos que usam ícones e

imagens para representar dados.
GLOSSÁRIO

216
a) Quantas pessoas ao todo foram entrevistadas (100%)?
Resposta: 2000 pessoas, pois 20 x 100 = 2000.
b) 50% dos entrevistados gostam do Homem-Aranha?
Resposta: Sim, pois 1000 representa a metade.
c) 25% dos entrevistados preferem qual super-herói?
Resposta: Super-Homem, 500 pessoas.
d) Quem é o “lanterninha”, ou seja, o último colocado entre os 4 super-heróis

do ranking? Qual é o percentual dele?
Resposta: Batman, 10%, pois cada 100 entrevistados equivalem a 5%.
ATIVIDADE 8 - CÁLCULO MENTAL DE PORCENTAGEM
Suponha que no auditório de uma sala de cinema há 60 pessoas.

Logo, podemos dizer que:
100% do auditório equivale

a 60 pessoas, porque
corresponde ao total.
50% do auditório são 30

pessoas, porque é a metade.
É só dividir por 2. Veja:
60 ÷ 2 = 30
25% do auditório são 15

pessoas, porque é a quarta
parte. É só dividir por 4. Veja:
60 ÷ 4 = 15
10% do auditório são 6 pessoas, pois é a décima parte. É só dividir por 10. Veja:
60 ÷ 10 = 6
Como você encontraria 15% mentalmente?
Resposta: 15% = 10% + 5%.
10% = 6 e 5% = 3 (pois é a metade de 10%). Daí, temos: 6 + 3 = 9.
ATIVIDADE 9 - FAZENDO ANALOGIAS COM

CÁLCULOS MENTAIS
200% do auditório são 120 pessoas, porque é o dobro. É só multiplicar por 2.
Veja: 60 x 2 = 120
300% do auditório são 180 pessoas, porque é o triplo. É só multiplicar por 3.

Veja: 60 x 3 = 180
#parapensar! Quanto equivale a 400%?
Resposta: 60 x 4 = 240.
100% representa 60 pessoas no auditório. Logo, 360 pessoas serão quantos

por cento?
Resposta: 600%.

218
Por proporção
100% 60
x6 x6 pois, 60 x 6 = 360
600% 360
ATIVIDADE 10 - TODO MUNDO JUNTO!

TRABALHO COLABORATIVO COM NÚMEROS
PERCENTUAIS E DECIMAIS
Professor(a), esta é uma atividade colaborativa e, portanto, é importante

que todos os alunos participem dela. Os alunos podem desenvolvê-la juntos,
coletando as informações e, ao mesmo tempo, registrando tudo na folha de
atividade. Sugira que um/a aluno/a seja o porta-voz da turma. Deixe-os que
discutam entre si. Faça intervenções pontuais. A ideia é gerar um debate
sobre as preferências deles e, depois disso, a discussão para compreender a
transformação de um número decimal para o número percentual e vice-versa.
Qual é o percentual de cada questão? E aí, vamos pesquisar?
• A: Total de meninos e meninas.

• X: Quem aqui gosta de séries?
• Z: Quem tomou a vacina contra a Covid?
• W: Matemática é a melhor matéria, não é?
Professor(a), esta última questão é para gerar um momento de quebra-gelo

com os alunos. Geralmente, eles se divertem bastante.
Dê uma olhada em como nós podemos colocar os dados da pesquisa (números

percentuais) no gráfico:
100%
80%
60%
40%
20%
X Y Z W Questões
Vamos entender o processo?
Ex: Suponha que na sala tenham 20 estudantes e 7 gostam de assistir séries, o

que representa 35% dos estudantes, correto? (veja se consegue chegar a esse
resultado fazendo cálculos mentais ou no papel). Daí, temos:
Para transformar o número 0,35 (trinta e cinco décimos) para porcentagem,

basta multiplicá-lo por 100.
Veja: 100 x 0,35 = 35%
ATIVIDADE 11 - CÁLCULOS DE PORCENTAGEM

E IMPOSTOS
O imposto nada mais é do que um tributo cobrado pelo governo. Você sabia
que tudo que utilizamos ou compramos tem um imposto embutido no preço
de compra? As coisas ficam mais caras com ele. Eles são importantes para a

220
manutenção do serviço público à população, como escola, saúde, segurança

etc. Nada é gratuito, pois todos nós pagamos impostos. Mas será que os
impostos que pagamos sempre retornam na mesma proporção em forma de
benefício à sociedade?
Professor (a), deixe os estudantes lerem a atividade e se conectarem com ela

com tempo. Depois, trabalhe as formas de resolução com a turma e, se possível,
mostre outros exemplos também de problemas.
Videogame e seu imposto: tão caro, não é mesmo?
Arthur comprou um novo videogame por 1000 reais e descobriu que a taxa de
imposto sobre o preço final é de 70%. Inicialmente ele fez dois tipos de cálculos
para descobrir e confirmar o valor.
Veja as duas formas feitas por ele:
Resolução 1 Resolução 2
Determinar 70% de 1000

100% - 70% = 30% (Lembre-se: 100%
é o total)
1000 x 70% =
1000 x 30% =
1000 x 70/100 =
1000 x 30/100 =
1000 x 0,7 = 700
1000 x 0,3 = 300.

Logo, são R$700 reais de imposto.
Logo, o vídeo game custaria 300 reais

O vídeo game custaria 300 reais
sem imposto.
sem imposto.
Você consegue observar a diferença nas resoluções? Note que a resposta é a

mesma em ambas as situações.
Há outro jeito de fazer? Como você calcularia o imposto de 30%?
Relembre que é sempre possível transformar a porcentagem em fração ou em

um número decimal.
30% = = 0,3 (trinta por cento ou 30 centésimos ou três décimos).
70% = = 0,7 (setenta por cento e setenta centésimos ou sete décimos).
Tome nota
São três representações diferentes, mas que têm o mesmo valor.

Tudo a mesma coisa!
Por não acreditar no valor alto do imposto, Arthur decidiu usar a sua calculadora
para chegar ao resultado, a fim de tirar a dúvida da sua mente. Veja como ele fez:
• Passo 1: Digite o número 1000
• Passo 2: Aperte a tecla x 1000 x
• Passo 3: Valor da porcentagem 1000 x 70
• Passo 4: Aperte o símbolo % 1000 x 70%
• Passo 5: Resultado = 700 reais
Para encontrar a porcentagem de número, aperte o número, depois pressione

a tecla x (multiplicação), digite o valor da porcentagem desejada e, por fim, o
símbolo de porcentagem.
E se a tecla % travar, como você faria para resolver o problema de porcentagem

(70% de 1000) com a calculadora sem essa tecla?
Possível solução: 1000 x 70 = 7000. Daí é só dividir 7000 por 100 (por cento):
7000 100 = 700.

222
Por fim, ele confirmou que seus cálculos estavam certos. Alguns impostos são
bem elevados!
Atenção: Não há necessidade de apertar a tecla = para esse tipo de cálculo.
Tudo tem imposto, sabia? Até mesmo o celular que você utiliza tem imposto.
Agora é com você! Acesse a internet e escolha um modelo de celular de sua

preferência na loja virtual e descubra o valor do imposto que você paga para tê-
lo, sabendo que o seu valor percentual é de, aproximadamente, 40%.
Utilize uma das três estratégias de resolução apresentadas no problema

anterior ou outra de sua preferência.
Compartilhe suas ideias com a turma.
Professor(a), esta pode ser uma atividade de casa para que os alunos possam
trazê-la para sala e compartilhá-la com a turma. Leve-os a pensarem sobre
promoções, ofertas e custo-benefício.
ATIVIDADE 12 - VOCÊ SABE QUANTO DE IMPOSTO O
M40 N4 M4SS4
BRASILEIRO PAGA?
Vamos investigar! Mão na Massa!
Veja os cartões a seguir e marque os valores de impostos que você acha que
paga. Depois, junto com a turma, assista ao vídeo sobre os impostos e cheque
as suas respostas. Veja o quanto de impostos você paga!
VOCÊ SABE QUANTO PAGA DE IMPOSTO?

Movimento Brasil Eficiente
Duração: 3’01’’
Disponível em: <https://youtu.be/RJYl9jH5rjU>.
20% a 30% 20% a 30%
30% a 40% 30% a 40%
40% ou mais 40% ou mais
Imposto Conta de Luz Imposto

ImpostoGasolina
Cigarro Imposto Escola
Nenhum Nenhum Nenhum

Até 10% Até 10% Até 10%
10% a 20% 10% a 20% 10% a 20%
20% a 30% 20% a 30% 20% a 30%
30% a 40% 30% a 40% 30% a 40%
40% ou mais 40% ou mais 40% ou mais
Imposto Cigarro Imposto Escola

Nota: Os impostos variam com o tempo. Os valores são possíveis margens de
impostos cobrados.
Turbilhão de reflexões: Você acertou quantas questões? Pagamos muito

Nenhum Nenhum
impostos, não é verdade?
Até 10% Até 10%
Resposta: Sim,10% a 20%muito impostos. 10% a 20%
pagamos
20% a 30% 20% a 30%
#parapensar! Os impostos são ou não importantes para o desenvolvimento da
30% a 40% 30% a 40%
sociedade? O problema é o imposto ou a forma como ele é administrado?
40% ou mais 40% ou mais
Respostas: Sim, são importantes. A forma como ele é administrado.
Professor(a), uma proposta de atividade, aqui, é entregar uma folha com cada
tópico para os alunos, de modo que eles possam tentar descobrir quanto de
imposto cada consumidor paga. Os tópicos podem ser variados: combustível,
eletrodoméstico, alimentação, carros, casas etc. Veja que o valor do percentual
cobrado de imposto varia com o tempo. Você pode adaptar essa atividade
com os valores mais recentes, bem como utilizar outros dados de impostos. É
importante que os alunos estimem os valores que saem do nosso bolso para os
impostos que são destinados aos governos. Torna-se essencial que eles tomem
consciência de que nada é gratuito – escola pública, saúde (SUS) etc. Promova
uma discussão sobre isso a partir dos dados percentuais – precisamos de boas
gestões para que os recursos captados por meio de impostos sejam destinados
aos seus devidos fins. A atividade busca relacionar os números percentuais e
sua forma de cálculo com temas relevantes e que se mostram presentes na vida
de todos. Apresente o vídeo à turma e, a partir dele, promova as discussões de
porcentagem vinculada aos impostos.

224
Tome nota
Há símbolos matemáticos para indicar relações de comparações. Veja: Igual (=),

maior ( > ), maior ou igual (≥ ), menor (<) e menor ou igual (≤).
Considere:
Até 10% (Imposto ≥0 % e < 10%)
10% a 20% (Imposto ≥10% e < 20%)
20% a 30% (Imposto ≥ 20% e < 30%)
30% a 40% (Imposto ≥ 30% e < 40%)
40% ou mais (Imposto ≥ 40%)
Várias formas de calcular porcentagem
O imposto da gasolina é de, aproximadamente, 60%. Veja como podemos

calcular esse imposto de diferentes formas. Vamos considerar, aqui, o valor de
R$ 152,50 de abastecimento de gasolina.
60% de R$ 152,50 é…? Vamos verificar três formas distintas de fazer. Veja:
Fração Número Decimal
60% de R$ 152,50:
60% de R$ 152,50:
Como 60% = 60/100. Logo, temos:
Como 60% = 0,6. Logo, temos:
152,50 x =
152,50 x 0,6 = 91,5
= 91,5
91,50 reais só de imposto.

Proporção
60% de R$ 152,50:
Como 100% é 152,50, logo podemos encontrar os valores proporcionais. Veja:
100% 152,50
100% ÷ 10% = 10% ÷ 10 ÷ 10 152,20 ÷ 10 = 15,25
10% 15,25
10% x 6 = 60% x6 x6 15,25 x 6 = 91,5
60% 91,25
O valor da gasolina representa 100%. Para obter 10%, basta dividir o valor por 10. Depois, é
só multiplicar por 6 o valor de R$ 15,25 para encontrar 60%, que é R$ 91,50.
Qual jeito você mais gostou?
Há outra forma de fazer?
Resposta: Sim, e.g., calculadora.
Professor(a), explore as ideias de frações, números decimais e porcentagem.

Reforce que podem ser utilizadas várias técnicas de resolução de porcentagem
e, para tanto, o aluno pode escolher aquela que mais lhe chamar a atenção (no
sentido de significado e gosto). Lembre-se que você também pode trabalhar
com outros exemplos e mostrar que números percentuais, fracionários e
decimais são tudo a mesma coisa. Por exemplo: 50% = ½ = 0,5. É importante
estabelecer diferentes representações e mostrar que, apesar da sua forma
numérica, representam o mesmo valor, além de ter argumentos de que
cada representação é essencial para a utilização de determinadas coisas. Por
exemplo, para descontos ou acréscimos, geralmente, utilizamos porcentagem;
quando medimos uma casa ou calculamos o preço de mercadoria, utilizamos os
números decimais; as frações podem ser relacionadas às medidas e também à
ideia de repartição, como um pedaço de torta de chocolate etc.
Agora é com você! Vamos determinar o quanto pagamos de imposto de cada

produto a seguir.

226
Escolha um tema de sua preferência (acessórios, agronegócios etc.) e descubra

o preço do imposto incidido sobre alguns produtos. Para isso, você deve
pesquisar na internet os preços dos indicados.
Quanto pagamos de imposto

de cada produto a seguir?
Preço
Pesquisar
Como fazer?
• Grupo: Eletroeletrônico
• Televisão: 1300 reais
• Imposto: 44,94%
Valor do imposto 1300 x 44,94% = 584, 22. Portanto, o valor do imposto da

televisão é de R$ 584,22.
Sugestão: Utilize, pelo menos, duas formas de resolução distintas. Você pode
usar a fracionária, a decimal, a proporcional ou até a calculadora.
Fonte: Dados extraídos do Impostômetro.

Disponível em<https://impostometro.com.br>.
Acesso em: 06 mar 2022.
Professor(a), uma sugestão é dividir a turma em grupos, de modo que cada um

deles fique responsável por um dos tópicos. A ideia é que cada grupo calcule o
percentual de imposto e depois compartilhe suas estratégias e cálculos com a
turma. É um momento de reflexão sobre os impostos e também de revisão de
cálculos de números percentuais. É também um bom momento para avaliar
o que os alunos compreenderam sobre o assunto e quais são as dificuldades
encontradas na resolução dos problemas propostos. Outra dica é entregar uma
cartolina ou uma folha A3 para cada grupo, de modo que eles fixem o material
produzido no mural da escola a fim de que a comunidade escolar possa pensar
sobre os impostos e seus desdobramentos. Outra dica, professor(a), é mostrar o
site https://impostometro.com.br aos alunos e deixá-los escolherem o preço do
imposto cobrado sobre o produto.
Sintetizando
Vamos fazer uma viagem no tempo para refletirmos o tanto de coisa sobre
porcentagem que aprendemos neste conjunto de atividades?! Você aprendeu
que a porcentagem é um número que representa um tanto que queremos de
um todo. Pode ser também vista como uma fração de denominador 100. Você
se recorda que falar 50% é o mesmo que falar ½ e é também a mesma coisa
que falar 0,5? Pois bem, são números com formatos diferentes, mas que se
referem à mesma coisa. Aprendemos também a pensar diferentes estratégias
de cálculos e saber que para resolver problemas de porcentagem não há um
só caminho ou só uma estratégia: há várias! Podemos, por exemplo, utilizar a
fração, a proporção, o número decimal e até a calculadora para determinar a
solução percentual. A nossa aventura pelo mundo da porcentagem não finaliza
aqui. Eu te vejo na próxima viagem pelo mundo dos números e suas aplicações.
Até breve!

228
O DESPERDÍCIO DO PLANETA
WWF-Brasil
Disponível em: <https://youtu.be/IN7JB0GtzHc>.
DESPERDÍCIO DE COMIDA
Revista Galileu
Crescimento da População
Disponível em: <https://youtu.be/uwXcErXvp1E>.
Anotações
Anotações

230
SEQUÊNCIA 10.
Volume e capacidade
HABILIDADES
(EF07MA30)
Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida do volume de
blocos retangulares envolvendo as unidades usuais (metro cúbico,
decímetro cúbico e centímetro cúbico).
(EF08MA20)
Reconhecer a relação entre um litro e um decímetro cúbico e a relação
entre litro e metro cúbico para resolver problemas de cálculo de
capacidade de recipientes.
• Volume de bloco retangular;

• Medidas de capacidade;
• Unidades de medidas.
• Compreender as ideias de volume;

• Reconhecer unidades de medidas cúbicas;
• Analisar contextos com volume e capacidade;
• Relacionar ideias de capacidade com volume;
• Desenvolver estratégias de resolução de volume.
Professor(a), o conjunto de atividades desta sequência propõe o trabalho

com volume e capacidades. Nesta jornada, os alunos serão, mais uma
vez, encorajados a pensar, a refletir, a criar e estabelecer relações entre os
conhecimentos de volume e capacidades. Para tanto, as atividades estão
permeadas de situações-problema, Mão na Massa (ou desplugadas) e
experimentos com líquidos, de modo que os alunos assumam a posição de
protagonistas de seu processo de aprendizagem. Aconselhamos a organizar os
materiais didático-pedagógicos e metodológicos antes do desenvolvimento de
cada atividade. Desejamos-lhe um bom trabalho.

começa agora!
ATIVIDADE 1 - TODO MUNDO JUNTO: QUAL É O

VOLUME DA CAIXA DE PAPELÃO?
Volume, o que é?
Volume de um objeto é uma grandeza de medida que determina a quantidade

de espaço que ele ocupa. Saber o volume da caixa de papelão, por exemplo, é o
mesmo que saber a quantidade de espaço ocupado por ela.
#parapensar! Podemos dizer que tudo à nossa volta tem volume. Por quê?
Professor(a), faça a pergunta e deixe os alunos responderem em voz alta em

um livre pensar. Espera-se que a resposta seja “sim, porque tudo ocupa lugar no
espaço”. Peça que eles registrem a resposta no livro.
Qual é o volume da caixa de papelão?
Professor(a), sugerimos que esta atividade seja feita em grupos de estudantes.

Os materiais precisam ser providenciados com antecedência. Uma sugestão é
solicitar aos alunos que tragam o material indicado a seguir para a aula. Veja que
poderá haver vários tipos de medidas de caixa. Aproveite isso para estimular
comparações de medidas entre as dimensões das caixas com seus alunos.

232
Materiais: caixa de papelão, régua ou fita métrica, papel

e caneta pilot.
• Passo 1: Coloque uma caixa de papelão (por

exemplo, uma caixa de sapato) sobre a mesa.
• Passo 2: Meça o comprimento, a largura e a
altura da caixa, conforme a imagem, com fita
métrica ou régua.
Altura (A) é a distância entre a base e o topo.
Largura (L) é o lado menor da caixa.
Comprimento (C) é a maior medida da caixa.
C x L x A = ? cm³
Importante: Observe que a unidade de medida de cada dimensão da caixa é

a mesma, isto é, o comprimento, a largura e altura estão em centímetros. Por
exemplo, se usar a unidade metros (m), você deve manter a mesma unidade de
medida para todas as dimensões. Deixe tudo padronizado, beleza?
Professor(a), chame atenção para esta informação: as medidas precisam

estar padronizadas.
• Passo 3: Determine o volume da caixa, multiplicando

as três dimensões dela: Altura (A
Altura
Largura
Volume da caixa = comprimento x largura x altura

Comprim
to
en
V=CxLxA rim
Lar mp
gur Co
a
V = 60 x 25 x 40 = 60.000 cm³
Equivale a dizer 60.000 cubinhos Medidas internas

CxLxA
de 1 cm³ para formar a caixa.
Tome nota
Sempre representamos volume com medida elevada ao cubo, pois estamos

tratando de três dimensões: comprimento x largura e altura.
E aí, quanto deu o volume da sua caixa? Compartilhe seu resultado (confira o
seu resultado na calculadora).
Professor(a), você pode utilizar questões norteadoras: “Quantas dimensões

tem esta caixa? Quais são elas? Como podemos determinar o valor dessas
dimensões? Podemos medir em centímetros, metros ou outra unidade de
medida?”. Incentive os alunos a dialogarem sobre o volume da caixa. Se possível,
explore as diferentes unidades de medidas com eles (cm, dm, m). Leve os alunos
a compreenderem que o volume da caixa é o mesmo que descobrir o espaço
que ela ocupa. Ajude-os a tirarem as medidas das dimensões da caixa. Em
termos práticos: organize a turma em grupos. Por fim, compartilhe as diferentes
resoluções e cálculos dos grupos de alunos.

234
ATIVIDADE 2 - VOLUME DE CUBOS E BLOCOS

RETANGULARES (PARALELEPÍPEDOS)
Volume de um objeto é o espaço que ele ocupa, não é mesmo? Ele pode ser
medido com unidades cúbicas específicas, como centímetro cúbico (cm³).
Algumas formas de determinar o volume de um sólido:
Intuitivamente, determinar o volume é o mesmo que quantificar a quantidade

de cubinhos:
Suponha que cada equivale a 1 cm³ (1 unidade cúbica).
Resolução 1: Contar os cubinhos por camadas
Camada 1 + camada 2 + camada 3: 10 + 10 + 10 = 30 cubinhos ou 30 cm³
Resolução 2: Multiplicar as três dimensões (igual ao exemplo da caixa)
Comprimento x largura x altura: 5 x 2 x 3 = 30 cubinhos ou 30 cm³
Há outra forma de resolver esse problema? Como você faria?

Professor(a), uma ideia é entregar cubinhos (do próprio Material Dourado)

para grupos de alunos, de modo que eles possam associar a ideia de
volume com a unidade cúbica. Você também pode propor vários problemas
introdutórios com seus alunos, como por exemplo: “Construa um sólido com
20 cubinhos e que tenha pelo menos 2 camadas”. Você também pode propor
para que eles construam um sólido com o volume desejado, representando
seus cálculos na folha da atividade. Reforce que cada cubinho equivale a uma
unidade cúbica (u.c) ou 1 cm³ de volume. Utilize os QR CODES sugeridos nesta
Sequência de Atividades para explorar situações-problema com os alunos.
Prefira um trabalho em grupos de 2 ou 4 alunos.
ATIVIDADE 3 - UNIDADES DE MEDIDAS CÚBICAS
Qual é o volume do paralelepípedo (caixa retangular) com cubos de 1 cm de

aresta? Veja como ele fez:
Resolução 1: Contar as camadas e multiplicar a quantidade de cubinhos em

cada uma delas.
São 5 camadas de 40 cubinhos. Logo, 40 x 5 = 200 cm³ (lê-se duzentos

centímetros cúbicos).
Isso significa dizer que são necessários 200 cubinhos de 1 cm³ cada para formar
a caixa de faces retangulares.
Há outra forma de fazer sem multiplicar as dimensões? Como você faria?
Resposta: Contar as camadas verticais e multiplicar a quantidade de cubinhos

em cada uma delas. Em uma camada vertical há 20 cubinhos, pois 5 x 4 =20.
Logo, 20 x 10 = 200 cm³.

236
#parapensar! Por que as unidades de medidas são os cubos e não as

esferas, pirâmides ou outro objeto? Uma dica: os cubos são bons para serem
empilhados e não deixam espaços entre eles; e as esferas?
Você também pode usar o Applet para construir o seu paralelepípedo e

investigar o seu volume.
ÁREAS DE BLOCOS RETANGULARES

GeoGrebra / Autor: Patrick Clément
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/VxpJQdE2>.
Mova as dimensões do paralelepípedo (comprimento, largura e altura) para

cima ou para baixo. Com efeito, você visualizará o volume do novo sólido obtido
no programa.
ATIVIDADE 4 - CONSTRUINDO ENGENHOCAS E

INVESTIGANDO VOLUMES
Recurso didático: Software Geogebra ou Material Dourado
Observe as duas engenhocas (A e B) e, em seguida, investigue-as:
Engenhoca A Engenhoca B
Inacabada Inacabada
Considere cada cubinho como 1 cm³:
a) Quantos cubinhos de 1 cm³ há nas construções inacabadas das engenhocas

A e B?
Resposta: A: 64; B: 30
b) Quantos cubinhos de 1 cm³ faltam para completar o bloco retangular das

engenhocas A e B?
Resposta: A: 48; B: 34
ATIVIDADE 5 - CÁLCULOS DE VOLUMES: CUBOS E

PARALELEPÍPEDOS
Volume de blocos retangulares ou cubos podem ser obtidos pela multiplicação
das dimensões:

238
Cubo Paralelepípedo
Altura = A
L
Largura = L
Comprimento = C
L
V = L x L x L ou V = L³ V=CxLxA
Com ou sem fórmula? Eis a questão!
Determine o volume do bloco, com ou sem fórmula:
3 1
Com fórmula:
Resposta: 5 x 3 x 1 = 15 m³.
Sem fórmula:
Resposta: Contagem de cubos ou agrupamentos (camadas).
Professor(a), esta é uma atividade que requer, no mínimo, 15 cubinhos para

cada aluno ou grupos de alunos.
ATIVIDADE 6 - VOLUME DOS ROBÔS DE PAPEL:

MÓ IRADO!
Você já construiu um robô de papel antes? A sua missão aqui é construí-lo
usando os moldes disponíveis na internet ou moldes que o(a) professor(a) irá
entregar. Você deve usar, pelo menos, 1 paralelepípedo e 1 cubo de papel para
esta atividade. Para saber mais sobre isso, assista ao vídeo a seguir.
Materiais: Moldes de robôs de papel ou blocos retangulares, cola, tesoura e

lápis de cor.
ROBÔS DE PAPEL NAS AULAS DE GEOMETRIA:

VOLUME E ÁREAS DE BLOCOS
Greiton Azevedo
Disponível em: <https://youtu.be/OQ7xtgWIt7Q>.
Área x Volume: Sabe a diferença entre elas? O vídeo nos mostra que área é a
região plana (2D), não é mesmo? Já o volume é o espaço que o objeto ocupa
(3D). Agora, para deixar seu Robô de Papel ainda mais elegante, em termos
matemáticos, investigue os seguintes tópicos:

240
Respostas pessoais (as respostas irão depender do robô construído).
a) Tem vértices e arestas e faces poligonais?
b) É formado por corpos redondos e/ou poliedros? (Relembre a Sequência 4)
c) Qual é a diferença entre áreas e volumes?
Resposta: 2D e 3D.
d) Qual é o valor da área das figuras poligonais quadradas e retangulares?
e) Qual é o volume dos blocos retangulares (cubos e paralelepípedos)?
Veja como você pode fazer:
Cabeça (Cubo)
Volume = lado x lado x lado
Volume = 10 x 10 x 10 = 1000 cm3
Braço e Mão (Paralelepípedos)

Volume = comprimento x largura x altura
Volume = 6 x 3,1 x 3 = 55,8 cm3
Tronco (Paralelepípedo)
Volume = comprimento x largura x altura
Volume = 8,2 x 7 x 6,2 = 367,36 cm3
Volume total (cabeça, tronco, braço e mão)

V = 1000 + 55,8 + 367,36 = 1423,16cm3
* Consideramos apenas o volume dos blocos retangulares; as pernas e os pés

foram excluídos do cálculo.
ATIVIDADE 7- RELAÇÃO ENTRE VOLUME E CAPACIDADE
Aprendemos que o volume é o espaço que um objeto ocupa. Já a capacidade

é o volume interno dentro do objeto ou embalagem; é o “tanto” de água ou gás
que pode caber dentro dele. Vamos pensar sobre isso. Imagine um aquário: o
volume líquido interno dele é a própria capacidade, isto é, o quanto de água o
aquário consegue conter dentro dele.
Quando consideramos todo o espaço do aquário, o que inclui as suas paredes

é o volume. Pense mais um pouco: piscinas, caixas d’água, garrafinha de café,
caixa de suco etc. têm volume e capacidade?
Resposta: Sim.
ATIVIDADE 8 - EXPERIMENTOS NO LABORATÓRIO

M40 N4 M4SS4
DE MATEMÁTICA
Professor(a), esta atividade pode ser realizada fora da sala de

aula (no pátio, no laboratório, na quadra ou em um lugar aberto).

242
Experimento 1
Material: 1 cubo de 10 cm ou 1 dm (será fornecido pelo(a) professor(a)) e 1

garrafinha pet (ou um medidor de líquido).
A relação 1 litro = 1000 cm³ ou 1 litro = 1 dm³ é sempre válida. Investigue, na

prática, essa relação matemática:
=
1 litro 10 cm
10 cm
10 cm
1000 cm³
Professor(a), os alunos notarão que 1 litro corresponde a 1000 cm³ ou 1

dm³. Cabe ressaltar que, por ser um experimento, algumas medidas ficarão
imprecisas. Diga isso a eles. Mas tal relação de igualdade 1 l = 1000 cm³ é
sempre válida com medidas precisas. Instigue-os a pensarem nas relações
proporcionais: Quantos litros de água serão necessários para encher um
recipiente de 2000 cm³ e um recipiente de 500 cm³? Quantos litros são
suficientes para encher um aquário de dimensões 30 x 20 x 20 cm?
Tome nota
10 centímetros equivalem a 1 decímetro. Matematicamente, 10 cm = 1 dm.
Experimento 2: Investigando medidas cúbicas - Qual é

o seu palpite?
Material: aquário de acrílico ou uma vasilha retangular de plástico.
Quantos cubos 1000 cm³ ou 1dm³ são necessários para encher esse aquário (ou
recipiente), sem saber as medidas?
V = 1000 cm³
• Primeiro (sem medidas): estimem o número de cubos que deverão ser

utilizados para encher totalmente o aquário de água.
• Segundo (com medidas): o professor vai revelar as dimensões do
aquário. Fica mais fácil estimar a quantidade de litros que serão
necessários para preencher o aquário? Qual será o seu volume?
E a sua capacidade?
Atenção: Este aquário é uma mera ilustração. O aquário utilizado no

experimento poderá ser outro, com dimensões diferentes. Dependendo do
tamanho do aquário ou vasilha, os resultados serão diferentes.
Experimento 3: Investigando medidas de volumes e

capacidades de objetos irregulares.
Materiais: recipiente retangular ou

arredondado, um objeto (como dados ou
moedas) e um medidor.

244
• Passo 1: Coloque água em um

recipiente e marque o topo da medida
da água.
• Passo 2: Coloque um objeto qualquer

(fruta, moeda, borracha etc.) dentro
da água.
• Passo 3: Faça uma nova medida no

recipiente e observe a quantidade
de água deslocada.
• Passo 4: Analise a quantidade

deslocada no medidor.
a) O que podemos concluir sobre esse deslocamento de água?
b) Qual é o volume do recipiente? E o volume do objeto?
Resposta: Como determinar a resposta? O volume do objeto introduzido na

água nada mais é do que a diferença entre o volume final da água (objeto
imerso) e o volume inicial da água (sem objeto). Por exemplo, suponhamos que
a quantidade de água era de 2,7 litros e com a introdução do objeto foi para 4,2
litros. Logo, o “volume” deste objeto corresponde a 1,5 litros, pois 4,2 - 2,7 = 1,5
litros. Ou 1,5 dm3.
Professor(a), incentive os alunos a perceberem que, ao adicionar um objeto no

recipiente, a água será deslocada e o valor deste deslocamento representará
o volume do próprio objeto. Forneça caminhos para que eles pensem,
estabeleçam hipóteses, reflitam, conjecturem e criem estratégias para entender
o ocorrido. Esta atividade pode ser realizada em grupos de estudantes. Pode
ser feito apenas um experimento junto com todos os estudantes, de modo
que todos participem coletiva e engajadamente. O importante é que os alunos
estabeleçam relações e busquem estimar possíveis medidas de volume de
capacidade do próprio objeto.
História da Matemática:
Arquimedes foi um importante

matemático que trouxe
contribuições satisfatórias
à Geometria Espacial. Entre
tantas curiosidades na área, ele
desvendou a fórmula de vários
sólidos geométricos como prismas
retangulares, pirâmides, cilindros
etc. a partir de sólidos imersos
aos líquidos.
FIGURA 1. Arquimedes
Fonte: Wikimedia Commons.

246
Experimento 4: Pensando proporcionalmente
Materiais: água, cubo de acrílico, caixa acrílica no formato paralelepípedo (tipo

um aquário).
Tome nota
A unidade fundamental da capacidade é o litro.
Podemos pensar de forma proporcional. Veja:
1 litro
= 1000 cm3
1 litro 1 litro
= 2000 cm3
2 litros
Mantendo esse raciocínio: 10 litros equivalem a quantos cm³? E 0,5 litros?
Resposta: 10 litros equivalem a 10.000 cm³ e 0,5 litro equivale a 500 cm³.
Sintetizando
Na aventura pelo mundo dos volumes e capacidades, o que você consegue
recordar? Vamos entrar na máquina do tempo e relembrar as ideias centrais.
Nos episódios, investigamos as medidas de blocos retangulares – como
caixa de papelão e bonecos de papel – e, ao mesmo tempo, aprendemos a
determinar o volume de cubos e paralelepípedos. Vimos que quantificar o
número de cubinhos é o mesmo que multiplicar as medidas das três dimensões
(comprimento x largura x altura) de um paralelepípedo. Centramos nossos
esforços para compreender que o volume de um corpo ou recipiente nada
mais é do que a medida do espaço que ele ocupa. Também aprendemos
que a capacidade é o volume interior do próprio recipiente ou embalagem.
Alegoricamente, é como se pensássemos no elevador de um edifício. Imagine
comigo: o espaço ocupado por esse elevador seria o próprio volume, pois é
todo espaço que ele ocupa no lugar em que se encontra. Já a quantidade de
pessoas que cabe dentro dele seria a capacidade. Não dá para encher todo o
espaço com pessoas lá dentro. Por fim, relacionamos volume e capacidade com
experimentos com líquidos. A nossa aventura pelo mundo da M4T3M4T1C4 não
se esgota aqui. Eu te vejo na próxima viagem!
Água, fazendo bom uso, não vai acabar!
Considere uma garrafa PET como 1 litro.
1 litro
= 1000 cm3
1 litro 1 litro
= 2000 cm3
TELECURSO · ENSINO FUNDAMENTAL 2 litros

248
4 copos de 250 ml = 1 garrafa de 1 litro.
250 ml 250 ml 250 ml 250 ml

= 1 litro
= 1000 cm3
1 l = 1000 ml
Um banho de 15 minutos consome, em

média, 135 litros de água, com o registro
aberto.
1 litro 1 litro
Isso equivale a 540 copos de água de 250= 2000 cm3
mililitros (ml) para tomar

um banho.
2 litros
Quantas garrafinhas PET de água você
gasta para tomar seu banho? Qual a
sua opinião sobre economizar água?
Assista ao vídeo no QR CODE a seguir
para fundamentar a sua resposta.
Veja o quanto de água desperdiçamos
diariamente.
POR QUE FALTA ÁGUA NO BRASIL?

Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
Disponível em: <https://youtu.be/DxvHMilNM_Q>.
»
#parapensar! Como a Matemática pode nos ajudar contra o

desperdício de água?
Resposta: Os números nos alertam sobre a quantidade desperdiçada

e o quanto isso pode danificar nosso planeta. A Matemática nos
permite compreender que não é preciso ter cautela só no consumo
de água doméstico residencial consciente, mas também no de outros
setores, como a agropecuária, que consome, em média, 65% da água.
Anotações

250
Anotações

253
Simetrias,
transformações
e tecnologias: o
que isso tem a ver
com Matemática?
254
SEQUÊNCIA 11.
Você já ouviu
falar dos números
negativos?
HABILIDADES
(EF07MA03)
Comparar e ordenar números inteiros em diferentes contextos (incluindo o
histórico), associá-los a pontos da reta numérica e utilizá-los em situações que
envolvam adição e subtração.
(EF07MA04)
Resolver e elaborar problemas que envolvam operações com números inteiros.
• Números inteiros: ideias e contextos;

• Inteiros na reta numérica;
• Operações intuitivas de números inteiros.
• Reconhecer números negativos em situações contextualizadas e históricas;

• Representar números negativos na reta numérica;
• Comparar números inteiros e representá-los na reta numérica;
• Realizar a operação, intuitivamente, de números inteiros.
Professor (a), esta Sequência de Atividades contempla a introdução dos

números inteiros. Ela foi organizada no sentido de encorajar o espírito
investigativo e exploratório do estudante sobre os números positivos, negativos
e o zero. A primeira atividade está tematizada por meio de problemas reais,
entre os quais se destacam: temperaturas abaixo/acima de 0º C (grau Celsius),
movimentações financeiras (débito/crédito) e altitudes em relação ao nível do
mar. Caso seja possível, recomendamos que esta primeira parte seja trabalhada
de forma interdisciplinar com a área de Ciências da Natureza, dando mais
contexto e significados aos conceitos mobilizados. Caso não seja possível, você
pode explorar, com seus alunos, os links que deixamos ao longo das páginas. As
demais atividades abordam questões conceituais e procedimentais de números
inteiros a partir de situações-problema, atividade Mão na Massa e também
por meio do jogo Trilha dos Números Inteiros, envolvendo os conteúdos de
conjuntos, número simétrico (ou oposto) e ideias intuitivas relacionadas às
operações de adição e subtração. As seções estão permeadas de links, applets
do Geogebra e QR CODE, os quais visam dar mais significados para os assuntos
trabalhados nesta etapa de aprendizagem. Por fim, incentivamos a construção
de um jogo lúdico autoral por meio de materiais recicláveis pelo estudante, de
modo que ele possa fazer pesquisas, revisar os tópicos e aprender um pouco
mais. No mais, desejamos um ótimo trabalho!
Aperte o play: nossa aventura

começa agora!
OS NÚMEROS NEGATIVOS EXISTEM?
Estamos cercados não só pelos números positivos (+), mas também pelos
números negativos (-). Há muitos contextos no mundo em que precisamos lidar
com os números abaixo de zero. Veja onde podemos encontrá-los:
1. Temperaturas / Termômetros
As temperaturas abaixo de 0º C são representadas por números negativos.
No verão, os termômetros indicam números positivos.
No inverno rigoroso, as temperaturas tendem a indicar números negativos.

256
Há lugares extremamente congelantes, como o continente da Antártica. Por lá,

quase tudo é gelo. O termômetro já registrou, aproximadamente, -90ºC (lê-se:
menos noventa graus Celsius). Haja frio, não é mesmo?!
Você consegue imaginar o que

é isso? É 10 vezes maior do que
a temperatura do congelador
doméstico de - 9ºC!
Se liga aí!
• Os números negativos, que são menores que zero, são

representados pelo sinal de menos (–).
• Os números positivos, que são maiores que zero, são
representados pelo sinal de mais (+) ou simplesmente sem sinal.
• E o zero? É um número sem sinal. Ele é neutro, nem negativo e
nem positivo.
2. Movimentações financeiras
Os números negativos também aparecem nas transações bancárias e indicam

dívidas ou saldos devedores.
Veja a transação da conta bancária de Sakura:
Sakura fez um depósito de

+100 reais e depois fez duas
retiradas sucessivas.
Ela ficou com uma dívida de

20 reais (ou -20) no banco,
pois gastou mais do que tinha.
3. Nível do mar (altitudes)
Os números negativos também indicam a profundidade (distância vertical,

altitude) do mar.
O número 0 representa o nível do mar. O que está acima do nível do mar é

indicado por números positivos. Veja:
• A pipa está a 10
metros de altura (+10
acima do nível do mar)
• Os peixes estão
a 20 metros de
profundidade
(-20 abaixo do nível
do mar)

258
Altitude: é a distância vertical entre um ponto

qualquer e o nível do mar.
GLOSSÁRIO
Curiosidade
O ponto mais alto do mundo é o pico do Monte Everest, que fica entre
a China e o Nepal. A sua altitude é, em média, 8.848 m (ou +8.848 m)
em relação ao nível do mar. E o ponto mais baixo no mundo
descoberto até o ano de 2022 é a Fossa das Marianas que fica no
Oceano Pacífico: ela está a 11.034 m de profundidade (ou -11.034m).
Esta fossa tem intrigado muitos pesquisadores e biólogos, haja vista
que pouco se sabe sobre ela e os seus mistérios aquáticos.
Explore o Monte Everest!
FIGURA 2. Monte Everest

Fonte: Pixabay.
É só acessar o Google Maps:
MONTE EVEREST | GOOGLE MAPS

Disponível em: <https://bityli.com/jDwLZJ>.
Acesso em: 24 mai. 2022.
Saiba mais sobre a Fossa das Marianas!
FIGURA 3. Fossa das Marianas

Fonte: https://misteriosdomundo.org/fossa-
das-marianas-o-lugar-mais-profundo-dos-
oceanos/?amp=1.
ESSE É O LUGAR MAIS PROFUNDO DOS OCEANOS

Mistérios do Mundo
Disponível em: <https://youtu.be/GihgKDHS95I>.
ATIVIDADE 1: É POSITIVO OU NEGATIVO?
Indique os números e o seu sinal (+ ou -) em cada uma das questões a seguir,

conforme o exemplo.
Exemplo: Dois andares abaixo do térreo de um prédio: -2

260
a) Trinta metros de profundidade: -30
b) Prejuízo de 1000 reais: -1000
c) Crédito de 50 reais: + 50
d) Dez graus abaixo de zero: -10
e) Vinte graus acima de zero: + 20
f) Depósito de 200 reais: +200
g) Saque de 450 reais: -450

h) Um time de futebol perdeu por dois gols: -2
i) Um nadador profissional nadou 100 m rasos: +100
Onde mais podemos encontrar os números positivos, negativos e o zero?

Compartilhe suas ideias!
Resposta: Nos fusos horários, datas antes/depois (e.g., nascimento de

Jesus Cristo).
Professor(a), apresente imagens, fotos e os vídeos aos estudantes, de modo

que eles possam, neste momento introdutório, reconhecer os números
negativos e distingui-los do zero e dos números positivos em múltiplos
contextos. Você pode incentivá-los a fazerem pesquisas na internet, em revistas
etc., e compartilhar as suas experiências. A ideia é criar um ambiente de ricas
trocas de ideias e informações sobre os números e seus sinais. Oriente os
estudantes a compreenderem o significado de saque, depósito... Se possível,
mostre uma imagem de um caixa eletrônico ou de um app no celular. Fale sobre
a importância dos números inteiros e seu contexto histórico também.
Aperte o play para saber mais sobre os números negativos!
OS NÚMEROS NEGATIVOS
GFC Aprende Livre
Disponível em: <https://youtu.be/o8bHz5XE0Fo>.
O que vamos aprender aqui:
Números inteiros
Os números inteiros são formados por todos os números positivos e negativos

sem partes decimais e o zero.

262
O símbolo para representar o conjunto dos números inteiros é a letra Z.
Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}
O conjunto dos números inteiros pode ser visto como extensão dos números
naturais. Veja:
Naturais
∞ Infinitos números
= { 0, 1, 2, 3, 4, ... }
= { ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ... }
Inteiros Infinito “pelos dois lados
-4 é um número inteiro, mas não é natural.
+2 é um número natural. Logo, é um número inteiro.
#parapensar! Todo numero natural é inteiro. Mas nem todo inteiro é natural.
ATIVIDADE 2: EU DETETIVE: EU, DETETIVE
Detetive, a sua missão é separar os números naturais dos números inteiros,

organizando-os em seus respectivos conjuntos. Ah, você também pode
acrescentar novos números aos conjuntos!
Os número estão misturados
Professor (a), nesta etapa, é importante que o estudante visualize o conjunto

dos números inteiros como extensão do conjunto dos números naturais.
Observe que não utilizamos os símbolos do conjunto numérico “está contido”
(⊂) ou “não está contido” (⊄). Também não utilizamos a notação se um elemento
do conjunto “pertence” (∈) ou “não pertence” (∉) ao conjunto, nesta atividade.
Os símbolos matemáticos podem ser mobilizados em sala de aula, mas não
há necessidade de ficar preso a eles; eles são explorados, com mais rigor, no
Ensino Médio. O mais importante, neste momento do processo, é o significado
quanto à relação de inclusão, isto é, saber que todo número natural é inteiro e
que a recíproca disso é falsa, a partir de exemplos e contraexemplos. Para tanto,
promova um espaço dialógico para que eles construam significados.
De onde vem a letra Z dos números inteiros?
Os números negativos intrigaram muitos matemáticos ao longo da

história da humanidade. Surgiram da necessidade do homem em
representar fatos ou contextos da humanidade, como dívidas ou
prejuízos. O símbolo Z vem do alemão (Zahlen) e significa “número”.

264
ATIVIDADE 3: RETA NUMÉRICA COM OS

NÚMEROS INTEIROS
Podemos representar os números inteiros (Z) na reta numérica. Veja:
Os números aumentam
Negativos Positivos
-10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Os números diminuem
Observe que à esquerda do zero os números são negativos; à direita do zero os

números são positivos. Ou seja, à medida que avançamos na reta pela direita,
os números aumentam; o contrário também é válido, isto é, quando avançamos
na reta pela esquerda, os números decrescem. Veja que todo número positivo é
maior que o número negativo.
Agora é com você! Observe

os potes de plantas a
seguir representadas por
números inteiros.
Agora, desenhe as mudas de plantas na reta numérica a seguir:

-10 -6 10
-20 -18 -11 18 20
-10 -6 10
-20 -18 -11 18 20

Com base no pedaço de reta numérica anterior, responda:
a) O maior número é? 20
b) O menor número é? -20
ATIVIDADE 4: BORA SORTEAR NÚMEROS INTEIROS?
Acesse o applet no Geogebra:
NÚMERO INTEIRO
GeoGebra
suxzhvke>.
Sorteie um número inteiro e tente encontrá-lo na reta numérica.
E aí, seu emoji vai ficar feliz ou triste? Divirta-se!

266
Professor(a), o estudante pode manipular o applet individualmente de modo

a visualizar e identificar os pontos na reta numérica. Outra sugestão é projetar
o applet para os estudantes na sala de aula e, aos poucos, convidar cada
estudante para sortear um número e localizá-lo na reta numérica.
M40 N4 M4SS4
ATIVIDADE 5: VARAL DOS NÚMEROS INTEIROS
Material: barbante, prendedor, tesoura (sem pontas) e folhas A4.
• Passo 1: Dobre uma folha A4 em quatro partes iguais (em forma

de retângulos).
• Passo 2: Recorte a folha em quatro partes iguais. Em uma parte, escreva
um número positivo e na outra parte, um número negativo. Veja que, até
o momento, apenas duas partes da folha (metade) são utilizadas.
• Passo 3: Coloque os dois números no varal dos números inteiros.
Cada estudante deve escrever os seus próprios números inteiros e, em

conjunto, a turma deve organizá-los de modo a formar uma reta numérica de
ordem crescente (da esquerda à direita). Caso haja números repetidos, utilizar
a outra metade da folha para acrescentar mais números, sendo um positivo e
outro negativo, se for o caso.
No final, responda com sua turma:
a) Qual foi o menor número inteiro obtido na reta numérica?
Resposta de acordo com os números do varal da turma.
b) Qual foi o maior número obtido na reta numérica?
Resposta de acordo com os números do varal da turma.
c) Quantos números inteiros estão representados na reta?
Resposta de acordo com a quantidade de números do varal da turma.

d) Verdade ou fake news: o zero não é o menor número?
Resposta: Verdade.
e) Verdade ou fake news: -10 é menor que -2 ou -2 é maior que -10?
Resposta: Verdade.
f) Podemos dizer que todo número inteiro positivo é maior que um

inteiro negativo?
Resposta: Sim.
Professor (a), é importante levar prendedores, tesouras, papéis A4 e um

barbante para montar o mural com seus estudantes. Porém, caso não seja
possível, você pode colar os papéis no quadro com fita adesiva e, em vez de
mural, fazer uma reta numerada. Estimule-os a organizarem o varal à luz da
reta numérica. Ajude-os com questões norteadoras: “Onde ficam os números
positivos? E os negativos? Qual número é maior: 1 ou -2? -100 ou 0?”. Chame
atenção para os números simétricos ou opostos, isto é, 2 e -2 são opostos entre si.
ATIVIDADE 6: NÚMEROS SIMÉTRICOS OU OPOSTOS
A reta numerada apresenta simetria em relação à origem (número 0).
Podemos notar que os números -3 e 3 têm a mesma distância em

relação à origem.

268
Números opostos
simetria em relação ao zero
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
Distância 3 unidades Distância 3 unidades
Na imagem anterior, dizemos que o oposto de 3 é -3, ou 3 é simétrico a -3, e

vice-versa.
Veja mais casos de números simétricos ou números opostos:
Oposto de + 5 –5
Simétrico
Simétrico de + 5 – (+ 5) = – 5
Os sinais se
Simétrico de + 10 – (+ 10) = – 10 invertem
Simétrico de – 20 – (– 20) = 20
Agora é com você! Indique o simétrico ou oposto de cada número:
a) + 56 = -(+56) = - 56
b) - 18 = -(-18) = + 18
c) -198 = -(-198) = +198
d) 0 = 0
e) 200 = - (+200) = -200

ATIVIDADE 7: BORA JOGAR UM JOGO? É HORA

DA TRILHA DOS NÚMEROS INTEIROS
Jogo Trilha dos Números Inteiros
Autor do jogo: Greiton Toledo de Azevedo
Materiais:
• tampinhas de garrafa (para representar os jogadores),

• tabuleiro;
• cartas do jogo;
• dois dados de papel.
Número de jogadores: 2 jogadores
Como jogar:
1. Os dois jogadores devem iniciar na posição zero do tabuleiro.
2. Cada jogador lança um dado; quem tirar o maior número começa o jogo
(atenção: os dados têm números positivos e negativos).
3. Na sua vez, cada jogador deverá lançar os dados simultaneamente e, em

seguida, somar os dois valores obtidos nos dados.
4. O resultado corresponde ao número de casas que ele deve avançar ou

retroceder: se o resultado for positivo, ele anda para frente; se o resultado
for negativo, ele anda para trás.
Exemplo:
1º DADO: - 2 2º DADO: - 3
Retroceder duas casas e depois mais três casas no tabuleiro, ou seja, voltar
cinco casas (-5).

270
Na Matemática, escrevemos assim: - 2 + (-3) = - 5 ou - 2 - 3 = - 5

(voltar cinco casas).
5. O jogador que chegar à casa +18 primeiro vence o jogo OU o jogador que
chegar à casa -18 primeiro perde o jogo.
6. Cuidado: Ao longo do caminho tem muitos animais selvagens. Se você cair

na casa de um deles, você deve pegar uma carta. Esteja preparado para as
surpresas que vão surgir!
Divirtam-se! Bom jogo!
Professor(a), o jogo encontra-se no anexo 3. Este jogo é para introduzir a ideia

de soma e subtração, além de reforçar o conceito de números opostos no
conjunto dos números inteiros. A ideia é justamente encorajar os estudantes
a relacionarem “o avançar” com números positivos e “o retroceder” com os
números negativos, isto é, criar significados antes de formalizar a ideia de soma
e subtração com os estudantes. Durante o jogo, de acordo com a necessidade,
ajude-os a compreenderem o funcionamento do jogo, com perguntas
norteadoras. Por exemplo: “Avançar uma casa é o mesmo que um número 1
positivo (+1) e retroceder uma casa é o mesmo que o -1? Avançar uma casa e
retroceder três casas é o mesmo que -2? Podemos escrever assim: + 1 – 3 = -
2?”. Encoraje os estudantes a escreverem seus cálculos no caderno ou numa
folha de papel. É importante que, muito além de se divertirem, os estudantes
estabeleçam pontes entre as ideias intuitivas de adição e subtração de números
inteiros com suas representações algébricas.
ATIVIDADE 8: EXPLORANDO A TRILHA

DOS NÚMEROS INTEIROS
Vamos explorar os conhecimentos que você construiu
com o jogo Trilha dos Números Inteiros com o
contexto que se segue:
Considerando que cada jogador partiu da casa 0, veja

-3
+2-3-3=
a pontuação da Amanda no jogo:
0-2+3-1+1
-3
+1 +2 -3 -3 = -3
+2-3-3=
0 -2 +3 -1 0-2+3-1+1
0 -2 +3 -1 +1 +2 -3 -3 = -3
Amanda retrocedeu três casas (-3) no jogo. Ela está na região negativa.
Agora é com você! Qual é a pontuação de cada jogador a seguir?
Lembre-se
O número positivo significa “avanço” e o número negativo “retrocesso”

no jogo. Por exemplo: -2 -2 = - 4 (voltar 4 casas no jogo).
DUPLA 1
DUPLA 2
Observe e responda:
a) Qual jogador está mais próximo de vencer o jogo em relação à cada dupla?
Resposta: Maria e Tales.
b) Qual dupla de jogadores fez mais jogadas?
Resposta: Dupla Maria e Pedro.

272
c) Qual é o total de pontuação dos quatro jogadores juntos?
Resposta: - 5 - 10 + 2 + 0 = - 13.
ATIVIDADE 9: A BORRACHA APAGOU O PEDAÇO DOS

CÁLCULOS! E AGORA, QUAL É O VALOR?
O líder da sala, David, anotou alguns cálculos com números inteiros na folha
quadriculada, mas, por acidente, apagou uma parte dos cálculos. Veja:
Quais são os possíveis valores? Use a calculadora para

verificar os resultados.
Respostas:
Cálculo A: apenas uma resposta: - 3.
Cálculo B: A soma tem de ser igual a -5. Há várias possibilidades para isso.
Veja: – 2 – 3 ou -1 – 4 ou -3 – 2 etc.
Professor (a), observe que não formalizamos as operações de adição e

subtração. A ideia é justamente esta: fazer com que os estudantes trabalhem
intuitivamente com elas. Para tanto, ajude-os a relembrarem das ideias
por trás do jogo. Aqui, por exemplo, você pode resgatar a ideia de “avanço”
para números positivos e “retrocesso” para números negativos. Oriente os
estudantes a perceberem que a sequência de avanços e retrocessos constitui-

se uma soma ou subtração de números inteiros. Caso surjam erros de cálculos,
oriente-os a usarem o tabuleiro ou a calculadora para verificar o valor obtido.
Muito além de reforçar o conceito, o intuito de adição e subtração de números
inteiros, é importante que o estudante tenha a oportunidade de ler, interpretar
e analisar situações-problema (aberto), como está exposto aqui. Por fim,
ressaltamos que a sistematização do conhecimento sobre as operações dos
números inteiros será trabalhada na próxima Sequência de Atividades.
Sintetizando
E aí, como foi a sua aventura inicial pelo universo dos números inteiros?
Percebemos que, para além dos números positivos e o zero, existem infinitos
números negativos. Podemos encontrá-los em diferentes contextos e situações,
como, por exemplo: na meteorologia, finanças, profundezas dos oceanos e,
inclusive, nos jogos matemáticos, não é mesmo? A propósito, a sua missão
agora é inventar um jogo matemático do seu próprio jeito, usando materiais
recicláveis ou até mesmo sustentáveis. A ideia é que você contemple algum
tópico de números inteiros trabalhados nesta Sequência de Atividades. Você
pode criar um jogo similar ao Trilha dos números inteiros, que estudamos aqui,
ou outro jogo que se assemelhe ao tabuleiro, boliche, dardo, arco e flecha etc.
Já tem alguma ideia em mente? Abuse da sua criatividade! Depois, exponha o
seu jogo à turma. Divirtam-se!
Eu te vejo na próxima aventura dos números inteiros! Até lá!
Professor (a), a ideia é que os estudantes criem seus próprios jogos lúdicos
(jogos simples). Esta é uma grande oportunidade para que eles possam revisitar
o conteúdo e, a partir dos conhecimentos aprendidos, ensinar a tantos outros.
Para tanto, caso seja possível, você pode mostrar exemplos de jogos similares,
como boliche, dardo etc. A ideia é inspirá-los. Ajude-os também a trabalharem
em grupo e, no final do processo, encoraje-os a compartilharem o jogo com a
turma ou com toda a escola. Vale ressaltar que, caso algum estudante conheça
a comunidade Scratch (programação de jogos on-line e gratuito), incentive-o a
produzir seu próprio game de números inteiros por lá também. Uma sugestão é
fazer um festival de jogos lúdicos matemáticos e expô-los à escola.

274
É hora do elevador! Acesse o QR CODE e explore mais ideias

de números inteiros.
NÚMEROS NEGATIVOS
Geogebra
qx6rumjw>.
Professor (a), para além das atividades apresentadas aqui, nesta Sequência de
Atividades, você pode trabalhar com a construção de jogos digitais usando o
software Scratch (gratuito) com seus estudantes, de modo a explorar os números
positivos, negativos e zero no plano cartesiano, combinando elementos da
computação de forma intuitiva e lúdica. Para tanto, deixamos alguns trabalhos
que podem te ajudar ou te inspirar no desenvolvimento do aprofundamento do
assunto de números inteiros, tanto na parte prática quanto teórica com seus
estudantes. Desejamos-lhes bons estudos!
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO

MATEMÁTICO: ALGORITMOS E JOGOS DIGITAIS
Revista de Educação Matemática e Tecnológica
Iberoamericana (p. 1-23).
Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/
emteia/article/view/242010/pdf>.
PRODUÇÃO DE GAMES NAS AULAS DE MATEMÁTICA:

POR QUE NÃO?
Acta Scientiae (p. 950-966)
Disponível em: <http://www.periodicos.ulbra.br/index.
php/acta/article/view/4152/pdf_1>.
MATEMÁTICA E GAMES? EIS A QUESTÃO

(PROJETO MATTICS)
Greiton Azevedo
Disponível em: <https://youtu.be/g_wTQ_7ZgV4>.
Conheça mais jogos digitais no Scratch. Você pode adaptá-los e modificá-los

conforme a sua necessidade de trabalho em sala de aula com seus alunos:
JOGOS DIGITAIS NO SCRATCH

GreitonMath
Disponível em: <https://scratch.mit.edu/users/
GreitonMath/>.
Anotações

276
SEQUÊNCIA 12.
Crédito ou débito:
positivo ou
negativo?
HABILIDADES
(EF07MA03)
Comparar e ordenar números inteiros em diferentes contextos (incluindo o
histórico), associá-los a pontos da reta numérica e utilizá-los em situações que
envolvam adição e subtração.
(EF07MA04)
Resolver e elaborar problemas que envolvam operações com números inteiros.
• Números inteiros: ideias e contextos;

• Inteiros na reta numérica;
• Adição e subtração de números inteiros;
• Multiplicação e divisão de números inteiros.
• Reconhecer números negativos em situações contextualizadas e históricas;

• Representar números negativos na reta numérica;
• Comparar números inteiros;
• Realizar a operação de adição e subtração de números negativos.
Professor (a), esta Sequência de Atividades dá continuidade ao conteúdo

de números inteiros estudados no percurso anterior. Nesta etapa de
aprendizagem, serão contempladas as operações básicas dos números inteiros
a partir de situações-problema e jogos. As ideias relacionadas à operação de
adição e a sua operação inversa, a subtração, serão apresentadas e discutidas
de forma problematizada ao universo das finanças. Em seguida, serão
trabalhadas as operações de multiplicação e a sua operação inversa, a divisão.
Ressaltamos que é importante providenciar os materiais didático-lúdicos com
antecedência. Também sugerimos o planejamento das atividades antes do seu
desenvolvimento em sala de aula, buscando minimizar quaisquer contratempos
didáticos. Na ocasião, desejamos-lhe um trabalho produtivo e repleto de
significados com seus alunos.

começa agora!
OPERAÇÕES DE NÚMEROS INTEIROS
Podemos interpretar a adição e a subtração de números inteiros de várias

maneiras. Vimos que podemos associar à ideia de “avançar” e “retroceder” no
jogo Trilha dos Números Inteiros que você viu na Sequência de Atividades 11,
como adicionar ou subtrair, respectivamente. Mas também podemos associar
à ideia de finanças, como saldo credor ou devedor. Para saber mais, observe os
exemplos que se seguem:
Adição
DEVO 3 REAIS E PAGO A DÍVIDA E
AINDA ME SOBRAM DEVO 2 REAIS E
TENHO 5 REAIS.
2 REAIS, ADICIONO UMA
EU TENHO 2 REAIS
DÍVIDA DE
E ADICIONEI UMA
4 REAIS
DÍVIDA DE 3 REAIS. (-3)+5=2 JUNTANDO
PAGANDO A AS DUAS DÍVIDAS
DÍVIDA, AINDO FICAREI DEVENDO
FICAREI DEVENDO 6 REAIS.
1 REAL (-1)
(-2)+(-4)=6
(2)+(-3)=-1
TELECURSO · ENSINO FUNDAMENTAL DEVO 3 REAIS

E TAMBÉM DEVO JUNTANDO AS DUAS
DEVO 2 REAIS. 4 REAIS. DÍVIDAS, TENHO, AO
278
Tome nota
DEVO 3 REAIS E PAGO A DÍVIDA E
AINDA ME SOBRAM DEVO 2 REAIS E
TENHO 5 REAIS.
2 REAIS, ADICIONO UMA
EU TENHO 2 REAIS
+
E ADICIONEI UMA
Significa algo que "tenho", saldo credor, saldo positivo.
DÍVIDA DE
4 REAIS
DÍVIDA DE 3 REAIS. (-3)+5=2 JUNTANDO
PAGANDO A AS DUAS DÍVIDAS
DÍVIDA, AINDO - Significa algo que "devo", saldo devedor, saldo negativo.FICAREI DEVENDO
FICAREI DEVENDO 6 REAIS.
1 REAL (-1)
Subtração (-2)+(-4)=6
(2)+(-3)=-1
Na subtração de dois números inteiros, usamos a ideia de número

simétrico ou oposto.
Veja os exemplos que se seguem:
Oposto, inverte o sinal.

O oposto de 4 é -4.

DEVO 3 REAIS
O oposto de -3 é 3.
E TAMBÉM DEVO JUNTANDO AS DUAS
DEVO 2 REAIS. 4 REAIS. DÍVIDAS, TENHO, AO
PAGO A DÍVIDA TODO, UM SALDO DEVO 1 REAL.
COM DOIS REAIS DEVEDOR DE (-1)-(-3)=-1+3=2
TENHO 3 REAIS.
(-3)-(+4)=-3-4=-7 7 REAIS (-7)
PORTANTO,
FICO SEM
DÍVIDA PAGO A
DÍVIDA
E, AINDA ME
(-2)-(-2) = -2+2=0
SOBRAM
2 REAIS.
O oposto de -2 é 2.
O que vamos aprender aqui:
ATIVIDADE 1: E AÍ, PASSA NO CRÉDITO OU NO DÉBITO?

M40 N4 M4SS4
Materiais: 20 cartões, sendo 10 cartões da cor azul e 10 da cor vermelha.

Débito Crédito
-1 -1 real
+1 +1 real
Primeira situação
(-3) + (-2) + 4 = -1
+ + = -1
Saldo devedor
Segunda situação
(+5) (-3) 4 =
5 + 3 4 = 4
+ = 4
Crédito
Agora é com você! Utilize os dinheiros para auxiliar no processo das operações
de números inteiros. No final, diga quem está com crédito e quem está devendo
o banco:
a) -3 + 2 - 4 + 6 = +1 (Crédito)
b) -3 - 2 - 3 + 9 = +1 (Crédito)
c) -10 + 9 + 1 = 0
d) + 5 + 3 - 3 + 4 - 1 = -2 (Débito)
Professor(a), o material com os cartões está no anexo 04 . Perceba que as ideias

associadas às operações de adição e subtração de números inteiros já haviam
sido trabalhadas, de forma intuitiva, no jogo Trilha dos números inteiros. A ideia
é sistematizar a ideia destas operações com os estudantes, bem como mostrar
outras possibilidades de temas com as operações deste conjunto. O cerne desta
etapa é associar os créditos e débitos aos números, respectivamente, positivos
e negativos. É uma oportunidade para que os estudantes revisitem os assuntos
já trabalhados, além de poder ajudar àqueles que ainda não assimilaram as

280
ideias centrais das operações aritméticas em Z. Ressaltamos a importância de

trabalhar com o material concreto (dinheiro de papel, positivo e negativo), haja
vista que o estudante pode visualizar e inferir resultados a partir dele.
ATIVIDADE 2: OPERAÇÕES DE NÚMEROS INTEIROS NA

RETA NUMÉRICA
Podemos interpretar as operações dos inteiros na reta numérica.
Veja os três exemplos a seguir (quadrado, triângulo e bola).
+3
-2 + 3 = 1
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
2 - 5 = -3
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
-5
-3
-2 - 3 = -5
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
Agora é com você! Calcule o resultado das operações e, em seguida, marque o

resultado obtido na reta numérica:
a) 2 - 3 = -1
b) -1 + 5 = 4
D C A E B
c) -2 + (-1) = -3
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
d) -3 - 4 - 1 = -8
e) -7 + 10 = 3
Utilize o Applet (Programa computacional) no Geogebra para simular as

operações. Divirta-se!
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS

GeoGebra
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/acykzfax>.
Conforme exemplo (- 25 + 17 = -8), você pode mexer nos botões azul e

vermelho! A resposta da adição entre dois números inteiros será projetada na
reta numérica. Explore!

282
ATIVIDADE 3: SOBE E DESCE: QUAL É O

NÚMERO INTEIRO?
a) Um mergulhador estava 1 metro abaixo do nível d o mar. Desceu mais cinco
metros (-5). Qual é a posição d
este mergulhador?
0
-1
(-1) + (-5)(-1)
= ? + (-5) = ?
(-6) 6 metros abaixo

do nível do
(-6)mar
6 metros abaixo
do nível do mar
-6
posição do mergulhador
posição do mergulhador
Resposta: 6 metros abaixo do nível d

o mar ou (-6).
b) Um mergulhador desceu 10 m etros (-10) na água do mar. D

epois, subiu em
direção à superfície 9. Qual é a posição a tual do mergulhador?
ou (-10) - (-9) = ?
(-10) - (-9) = -1
(-10) -abaixo
(-1) 1 metros (-9) = ? ou
do nível(-10)
do mar
+ 9 = -1
-10 (-1) 1 metro abaixo

do nível do mar
posiçãoinicial
posição inicial
Resposta: 1 metro abaixo do nível d

o mar ou (-1).
E aí, vamos simular mais valores inteiros?

Acesse o QR CODE
NÚMEROS INTEIROS: É HORA DO MERGULHO!

GeoGebra
dknpwhex>.
Observe na imagem que os números negativos representam a profundidade

do mar. Acima do mar, os números são positivos. Explore as operações dos
números inteiros de forma lúdica e intuitiva. Divirta-se!

284
ATIVIDADE 4: COMO FAZER O COELHO CHEGAR

ATÉ A CENOURA?
Você deve percorrer o labirinto dos números inteiros somando-os até
chegar à cenoura.
Caminho possível: - 2 + (-4) + (-6) + (-11) + (-5) = -28 (Soma dos números inteiros)
Agora é com você!
a) Escreva, pelo menos, 3 caminhos diferentes do coelho até a cenoura. Dica:

você pode caminhar na horizontal, vertical, diagonal, em zigue-zague etc.
b) Qual é o caminho que resulta no menor número inteiro?
Resposta: – 2 + (-10) + (-12) + (-3) + (-5) = - 32.
c) Qual é o caminho que resulta no maior número inteiro?
Resposta: – 2 + 0 + (-5) = - 7 (diagonal).

ATIVIDADE 5: JOGO PEGA O RATO
Materiais: um relógio (ou cronômetro ou ampulheta), um rato de brinquedo ou

desenhado num papel e doze tampinhas de refrigerante numeradas de -1 a -12.
Você também pode substituir as tampinhas por círculos de papel, conforme o
desenho a seguir.
Autor do jogo: Greiton Toledo de Azevedo
Objetivo: capturar o rato, partindo do início do jogo, com a menor soma dos
inteiros negativos.
Para este jogo, qual é a menor soma, partindo do início e chegando até o rato?
Resposta: – 30.
Número de jogadores: dois jogadores ou duas duplas (4 estudantes).
Como jogar: Uma dupla deve embaralhar os círculos (ou tampinhas) de modo
a formar várias combinações possíveis de caminhos que levam até o rato, isto
é, não precisa ser necessariamente igual à ilustração. Vale ressaltar, porém, que
os números devem estar organizados na forma de um retângulo. Você também
pode reposicionar o lugar de partida (início do jogo) e o lugar em que o rato vai
ficar no jogo. Decida qual jogador ou dupla vai começar primeiro. Feito isso,
cronometre 1 minuto no relógio (ou gire a ampulheta de cabeça para baixo).
O jogador ou a dupla vai ter que descobrir o menor trajeto do rato a partir da
soma dos números inteiros, mas não pode repetir os números..
-1 -2 -3 -4
-5 -6 -7 -8
-9 -10 -11 -12

286
Se a dupla conseguir, ganha 10 pontos. Caso contrário, não ganha nada.

Finalizando, o processo deve ser repetido com a outra dupla. O jogador, ou
jogadores, que fizer 20 pontos primeiro vence o jogo.
Professor(a), veja que o jogo sugere o trabalho com 12 números inteiros.

Porém, você pode explorar mais ou menos números com seus alunos.
Também pode trabalhar com números maiores, como, por exemplo, -1000.
A ideia é que os estudantes criem estratégias e, ao mesmo tempo, reforcem
os conhecimentos construídos. Outra sugestão é que, em vez de descobrir a
menor soma, os alunos podem descobrir a maior soma. Peça que os estudantes
registrem os cálculos e as estratégias na folha do caderno ou numa folha avulsa.
ATIVIDADE 6: MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
Bia viu que sua conta estava zerada:
Precisou fazer três saques consecutivos de 100 reais (-100).
Saque 1 Saque 2 Saque 3

(-100) + (-100) + (-100) = -300
Podemos escrever a soma de parcelas

iguais na forma de multiplicação
3 • (-100) = -300
valor de cada parcela
número de parcelas
Tome nota
A multiplicação é cumulativa em Z. Isto é, a ordem dos fatores não altera o

produto (resultado).
Exemplo:
• 10 · (-2) = -20
A mesma coisa
• (-2) · 10 = -20
O produto de um número positivo por um número negativo é negativo. Vamos

investigar, pesquisador?
Que números são esses?

Problema 1
-5 -5 -5 -5 -5 -5 -5 -5
... 25 20 15 10 5 0 -5 -10 -15 ...

5·5 5·4 5·3 5·2 5·1 5·0 5 · (-1) 5 · (-2) 5 · (-3)
Problema 2
... 30 20 10 0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 ...

10 · 3 10 · 2 10 · 1 10 · 0 10 · (-1) 10 · (-2) 10 · (-3) 10 · (-4) 10 · (-5) 10 · (-6)
Podemos dizer que a multiplicação de um número positivo por um

número negativo sempre resulta em um número negativo.
Ou seja: (–) · (+) = –

Sinais diferentes = negativo
ou (+) · (–) = –
O produto de um número negativo com outro

negativo é positivo?
1º Problema
+4 +4 +4 +4 +4
Veja a regularidade: estamos
... -8 -4 0 4 8 12 ... adicionando de 4 em 4
-4 • 2 -4 • 1 -4 • 0 -4 • (-1) -4 • (2) -4 • (-3)

Qual é o valor: (-4) • (-3) = ?
2º Problema Que números são esses,

mantendo-se o padrão?
+3 +3
... -6· ENSINO-3

TELECURSO 0
FUNDAMENTAL +3 +6 +9 ...
... -8 -4 0 4 8 12 ...
288
-4 • 2 -4 • 1 -4 • 0 -4 • (-1) -4 • (2) -4 • (-3)
Qual é o valor: (-4) • (-3) = ?
2º Problema Que números são esses,

mantendo-se o padrão?
+3 +3
... -6 -3 0 +3 +6 +9 ...
-3 • 2 -3 • 1 3•0 -3 • (-1) -3 • (-2) -3 • (-3)
De acordo com os problemas 1 e 2, vimos que o produto de dois números inteiros

negativos resulta em um valor positivo. Vamos verificar para mais números?
Pegue a sua calculadora e faça a multiplicação de dois números negativos e

observe qual é o resultado obtido no visor dela. Ah, não se esqueça de colocar
o sinal de - na frente do número de modo a deixá-lo negativo. Registre suas
descobertas no caderno.
Professor(a), aqui, é importante que o aluno teste a afirmação que o produto

de dois números inteiros negativos sempre resulta em um valor positivo. Em
termos coloquiais, dizemos: menos vezes menos é mais. Outra dica é explorar
mais regularidades de números com os alunos de modo que eles visualizem os
padrões e concluam tal afirmação do produto dos números inteiros.
Veja o que podemos concluir:
Multiplicação
EXEMPLOS:
(+) • (+) = + (–2) • (–2) = + 4

Sinais iguais:
(–) • (–) = + positivo
Sinais iguais
A regra vale para todos
os números positivos.
(–) • (+) = – Sinais diferentes: (–1) • (+3) = – 3

negativo
(+) • (–) = – Sinais diferentes
Qual é o produto?
Complete o quadro dos números inteiros seguinte:
x 2 -1 -3 +6
1 2 -1 -3 +6
-2 -4 +2 +6 -12
-5 -10 +5 +15 -30
-8 -16 +8 +24 -48
Professor(a), esta é uma etapa procedimental matemática. Além do conceito e

problematização dos números inteiros, é importante que o aluno saiba calcular.
São apresentados alguns exemplos. Você pode sugerir que alguns estudantes
resolvam os problemas no quadro ou que expressem suas ideias oralmente.
Mostre que a multiplicação pode ser associada à ideia de adição de parcelas
iguais. Uma dica é que os alunos percebam que o produto de dois números
positivos é positivo, que o produto de dois números negativos é negativo e que
o produto de um número positivo com um número negativo é sempre negativo.
ATIVIDADE 7: PUF! A CALCULADORA BUGOU
M40 N4 M4SS4
NOVAMENTE!
Qual é o produto? Algumas teclas da calculadora estão bugadas…
Sua missão é descobrir números positivos no visor da calculadora, sem usá-los.
a)
Encontre o número 9 no visor sem usar
o número 9 e nenhum número positivo Possíveis soluções
x (-3) x (-3) = +9
– + /
(-9) x (-1) = +9
Só a tecla de multiplicação está funcionando

Encontre o número 100 sem
290
b)
Encontre o número 100 sem
poder usar números positivos Possíveis soluções
(-10) x (-10) = +100
– + x /
(-100) x (-1) = +100
c)
Encontre o número -27 Possíveis soluções
– + x / (-3) x (-3) x (-3) = -27

(-27) x (-1) = -27
Todas funcionando
-9 + (-9) + (-9) = -27
Professor(a), os estudantes podem usar a calculadora convencional ou a do

celular. São apresentados quatro tipos diferentes de problemas. Porém, você
pode explorar mais desafios com seus alunos; fique à vontade. A ideia essencial
aqui é que eles visualizem e analisem a multiplicação de números inteiros (em
especial, números negativos que resultam em valores positivos). Incentive um
ambiente de exploração e investigação com a calculadora. Uma sugestão é que
a atividade seja realizada em duplas.
Exemplo:
Sem usar os números Solução 1: (-2) x (-2) = 4

positivos, encontre o número Solução 2: (-4) x (-1) = 4
no visor da calculadora
Existe outra solução? Sim (-1) x (-4) = 4
ATIVIDADE 8: DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS
A operação inversa da multiplicação é a divisão.
Veja:
8 x 2 = 16 16 ÷ 2 = 8
As operações de sinais da multiplicação são herdadas na divisão. Veja:
-8 x 2 = -16 ou -16 ÷ 2 = -8
-2 x (-4) = +8 ou +8 ÷ (-4) = -2
Vale a mesma regra:
(+) ÷ (+) = +
Sinais iguais
(-) ÷ (-) = +
(+) ÷ (-) = - Sinais diferentes
(-) ÷ (-) = -
Agora é com você!
a) 9 ÷ 3 = 3
b) 9 ÷ (-3) = -3
Verifique os resultados
c) 10 ÷ 5 = 2 na calculadora...
d) -10 ÷ 5 = -2
e) (-4) ÷ (-2) = +2
Professor(a), a divisão de números inteiros pode ser introduzida como uma

operação inversa da multiplicação. Explique aos alunos que as operações de
sinais da multiplicação podem ser interpretadas do mesmo modo na divisão.
Revise com os alunos que, assim como na multiplicação, na divisão de dois
números inteiros com sinais iguais o resultado será sempre positivo e que a
divisão de dois números inteiros com sinais opostos resulta sempre em um
valor negativo.

292
É hora do pulo do gato:
Ida:
x2 x2
x2
x2 x2
x2
-2 -4 -8 -16
-2 -4 -8 -16
-2 x 2 = -4 -4 x 2 = -8 -8 x 2 = -16
Volta:
÷2 ÷2 ÷2
÷2 ÷2 ÷2
-2 -4 -8 -16
-2 -4 -8 -16
-4 ÷ 2 = -2 -8 ÷ 2 = -4 -16 ÷ 2 = -8
Agora é com você! O pulo do gato
O gato está pulando tudo! Descubra os rastros dele, isto é, determine o número
inteiro de cada lugar que ele passou, seguindo a lógica indicada pelas setas:
a)
-9 ÷ 3 = -3 -27÷ 3 = -9 -81 ÷ 3 = -27
b)
-25 x -5 = 125
c)

294
Sintetizando
O que você leva desta experiência pelo mundo dos números inteiros à sua
vida? Os números positivos, negativos e o zero são importantes? Por quê?
Aprendemos que todos os números têm sinais, exceto o zero. É muito
importante ficar atento a isso. Afinal de contas, ter +100 reais na conta bancária
é muito diferente do que ter - 100 reais, não é mesmo?
Quando fazemos uma viagem no tempo, percebemos que as operações de

adição e subtração podem ser associadas às ideias de finanças. Aprendemos
também que, na multiplicação, o produto de dois números com sinais iguais
é sempre positivo e o produto de dois números inteiros com sinais distintos
fornece sempre um resultado negativo. Opa! Isso, claro, quando não estamos
lidando com o número 0. Isso porque todo número multiplicado por zero é
sempre zero, certo? Agora, no jogo do gato, você se dedicou para obter as
melhores rotas e estratégias de cálculos? Para finalizarmos, escreva ou desenhe
dois pontos positivos e dois pontos negativos no espaço a seguir sobre a sua
aprendizagem. É um momento de autoconhecimento sobre a sua dedicação e
o seu percurso formativo. Fique à vontade para compartilhar com os colegas.
Ficamos por aqui. Até a próxima!
Professor(a), este tópico de educação financeira é apenas um ponto de reflexão

inicial, haja vista que ele será trabalhado na Sequência de Atividades sobre
Matemática Financeira (juros simples, composto etc.). A ideia aqui é, basicamente,
focalizar nos gastos (números negativos) e créditos (números positivos).
Anotações
Não entre no vermelho: planejamento

financeiro é muito importante
Precisamos ter cautela na hora de fazer compras no crédito ou no
débito. Afinal de contas, é muito perigoso deixar o nosso saldo
negativo. Logo, é preciso planejamento financeiro. Precisamos cuidar
bem do nosso dinheiro, afinal, o excesso de números negativos
pode ser algo muito sério na conta bancária. Para isso, é importante
comparar os preços (fazer uma pesquisa de mercado) antes de fazer
uma compra e até mesmo investir uma parcela do dinheiro (reserva
de emergência) que recebemos ou ganhamos. Outra coisa: será que o
barato é sempre a melhor opção quando decidimos fazer uma compra
de um novo tênis, celular ou até mesmo bicicleta? Existe um ditado que
diz assim: "o barato sai caro". Você já ouviu falar dele? O que você acha
disso? O consumo saudável pode evitar gastos desnecessários e, por
consequência, evitar saldos negativos na conta bancária. Vamos refletir
um pouco sobre isso mediante os números inteiros. É só apertar o play!
CONSUMO RESPONSÁVEL
Programa Água Brasil
Disponível em: <https://youtu.be/KlV3ASpM19M>.
ENSINAR EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA CRIANÇAS

MUDA OS HÁBITOS DE COMPRAS DAS FAMÍLIAS
Hoje em Dia
Disponível em: <https://youtu.be/HzHQZRwVgOI>.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA X INTELIGÊNCIA FINANCEIRA:

VOCÊ SABE A DIFERENÇA?
Gustavo Cerbasi
Disponível em: <https://youtu.be/Jvt1JI-VsM0>.

296
SEQUÊNCIA 13.
Quais são as
coordenadas?
Põe no GPS!
HABILIDADES
(EF06MA16)
Associar pares ordenados de números a pontos do plano cartesiano dos
quadrantes, em situações como a localização dos vértices de um polígono.
(EF07MA32)
Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida de área de figuras planas
que podem ser decompostas por quadrados, retângulos e/ou triângulos,
utilizando a equivalência entre áreas.
• Plano cartesiano e suas coordenadas cartesianas;

• Figuras geométricas no plano cartesiano;
• Quadrantes do plano cartesiano.
• Compreender as ideias do plano cartesiano e suas coordenadas;

• Identificar e reconhecer coordenadas cartesianas no plano (x,y);
• Estabelecer relações entre figuras geométricas (decomposição).
Professor(a), esta Sequência de Atividades é a introdução de coordenadas

cartesianas e plano cartesiano. As atividades foram organizadas no sentido de
que o estudante compreenda e identifique coordenadas cartesianas de forma
dinâmica, lúdica e investigativa. São trabalhadas questões sobre as quais os
estudantes possam identificar o par ordenado (x,y), construir figuras geométricas
no plano cartesiano e relacionar coordenadas cartesianas com as coordenadas
geográficas, usando o Google Maps. Porém, mais do que reconhecer quadrantes,
pontos, sinais (positivos ou negativos), figuras geométricas, é importante que
os estudantes construam significados para o que estão estudando, tendo
a chance de relacionar o conteúdo teórico com o prático. Desta forma, as
ações metodológicas estão estruturadas na perspectiva de que o estudante
atue ativamente na resolução de cada etapa do processo de aprendizagem.
Cabe ressaltar que esta Sequência de Atividades servirá de base para o
conjunto de atividades futuras no que diz respeito ao conteúdo de simetrias e
transformações geométricas (e.g., reflexão) no plano cartesiano. Desejamos um
ambiente de aprendizagem criativo e permeado de ricas discussões e produções!

começa agora!
LOCALIZANDO O LUGAR: QUAIS SÃO

AS COORDENADAS?
Para localizar uma casa, uma rua, uma pessoa
ou um satélite no espaço, precisamos de
coordenadas, isto é, de pontos que determinam
o “endereço” exato do lugar. Tais coordenadas
de localização são utilizadas no serviço de GPS
(sistema de navegação por satélite), nos estudos
cartográficos (latitudes e longitudes), gráficos de
Matemática e até na produção de programas de
inteligência artificial.
Mas não precisamos ir tão longe assim...
Reflita: Como você explicaria para o seu colega a

posição da sua carteira na sala de aula? Busque
FIGURA 1. Satélite
determinar o ponto em que se encontra a sua Fonte: Nasa.
carteira considerando o chão da sala, como se ele
fosse uma tabela, com linhas e colunas. Abuse da criatividade! Na Matemática,
há um tipo específico de coordenadas que nos ajuda a determinar o ponto

298
exato (horizontal e vertical) no plano cartesiano. Você já ouviu falar delas antes?
Então, prepare-se, porque a nossa aventura começa agora.
Professor(a), uma sugestão introdutória é trabalhar com o jogo da batalha naval

em sala de aula de modo que os alunos possam reconhecer e compreender as
coordenadas de forma intuitiva no plano cartesiano. O jogo batalha naval está
disponível em vários sites da internet. Indicamos o QR CODE a seguir para você
entender como ele funciona e como pode construí-lo usando papel e caneta.
COMO JOGAR BATALHA NAVAL

Disponível em: <https://pt.wikihow.com/
Jogar-Batalha-Naval>.
O que vamos aprender aqui
ATIVIDADE 1: PLANO CARTESIANO E SUAS

COORDENADAS CARTESIANAS
O plano cartesiano é um sistema de coordenadas de duas dimensões formado
por duas retas graduadas e perpendiculares (eixo x e eixo y), as quais se
encontram ou se interceptam na origem (O).
Essas retas dividem o plano em quatro regiões iguais chamadas de

quadrantes (Q).
Retas perpendiculares: são retas que se cruzam

em um ponto específico no plano formando quatro
ângulos de 90º.
GLOSSÁRIO
Anti-horário
Q2 y Q1
5
4
x
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
-5
Q3 Q4
O eixo x (horizontal) é chamado de abscissa;
O eixo y (vertical) é chamado de ordenada;
Todo ponto no plano cartesiano é representado por um par ordenado (x, y).
Recebe o nome de par ordenado, pois há uma ordem das coordenadas x e y,
isto é, primeiro é x (abscissa) e depois y (ordenada).
Coordenadas cartesianas no plano cartesiano:
Q1: O ponto (3, 3) está representado pelo par ordenado (3, 3). Isto é,
x = 3 e y = 3.

300
Q2: O ponto (-2, 4) está representado pelo par ordenado (-2, 4). Isto é,
x = -2 e y = 4.
Q3: O ponto (-5, -4) está representado pelo par ordenado (-5, -4). Isto é,
x = -5 e y = -4.
Q4: O ponto (1, -5) está representado pelo par ordenado (1, -5). Isto é,
x = 1 e y = -5.
#parapensar! Os pares ordenados (0,0) e (5,0) ficam, respectivamente, na

origem e no eixo x. Onde fica o par ordenado (0,5)?
Resposta: No eixo y.
ATIVIDADE 2: LOCALIZANDO PONTOS NO PLANO

CARTESIANO NA CIDADE
Um drone capturou imagens incríveis de uma cidade. Veja:
A. Posto de vacinação e testagem Covid-19. (5 ,10)
B. Um paraquedista vai aterrissar... Qual é a coordenada que ele deve

escolher? (-10 , -5)
C. Farmácia Bom Preço. (-6 , 5)
D. Du e Bia estão gravando um vídeo para o Tik Tok. Qual é o lugar onde eles
estão? (7 , - 8)
E. No meio da represa há um barquinho, quais são as coordenadas dele? (-5 , -10)
O sistema de coordenadas cartesianas

recebe esse nome em homenagem
ao seu próprio criador, o matemático
francês René Descartes (século 17).
FIGURA 2. René Descartes

Fonte: Wikimedia Commons.

302
ATIVIDADE 3: CONSTRUÇÃO DE FIGURAS NO

PLANO CARTESIANO
a) Quais são as coordenadas dos pontos (vértices da casinha de sapê) no
plano cartesiano?
A (-2, 0); B ( 0 , 2 ) ; C ( 2 , 0 ), D ( -2 , -2 ); E ( 2 , -2 );
2 B
1
A C
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
-1
D E
-2
-3
-4
-5
Considere cada como 1 cm².
b) Qual é a área do retângulo?
Resposta: 8 cm².
c) E do triângulo?
Resposta: 4cm².
d) Qual é a área total da casa?
Resposta: 8 + 4 = 12 cm².
#parapensar!
O eixo y separa o plano em dois lados: direito e esquerdo. Podemos

dizer que o lado direito da figura é igual ao lado esquerdo da figura?
Resposta: Sim.
O eixo x separa o plano em dois lados: em cima e embaixo. O lado da

figura de cima é igual ao lado da figura de baixo?
Resposta: Não.
Observação: Veja que as coordenadas podem ser negativas. Porém,

as áreas das figuras são sempre positivas.
Professor(a), ideias intuitivas à simetria de figuras no plano estarão na próxima

Sequência de Atividades.
ATIVIDADE 4: DESENHANDO NO PLANO CARTESIANO!

M40 N4 M4SS4
Materiais: papel quadriculado, lápis colorido.
É hora da criatividade! Construa um plano cartesiano e, em seguida, crie um

desenho sobre ele. Depois, identifique as coordenadas de todos os vértices do
seu desenho. Abuse da sua imaginação!

304
Professor(a), a ideia é entregar uma folha quadriculada para cada estudante.

Incentive-os a criarem um plano cartesiano. Mostre que é importante fazer
as retas perpendiculares (eixos x e y) e também graduar corretamente as
duas retas. Auxilie-os a verificarem os quatro quadrantes. Por fim, você pode
mostrar mais desenhos (em forma de pixel) no projetor para que os estudantes
se inspirem e criem seus desenhos no plano cartesiano. Outra ideia é pedir
para que determinem o perímetro ou até mesmo a área do desenho (tópicos
trabalhados, intuitivamente, nas Sequências de Atividades 2 e 4). No final desta
atividade, você pode encorajá-los a produzirem um mural com os desenhos.
ATIVIDADE 5: TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS

NO PLANO CARTESIANO
Quadriláteros
3
A D H 2 K O R
A1 B1 1 C1
B C I J P Q
-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
E L S
-1
-2
A2 B2 C2
F G M N T U
-3
Triângulos
Quais são as coordenadas dos vértices das figuras apresentadas?
a) Quadrado A1 são: A (-8, 2); B (-8, 0); C (-6, 0) e D (-6, 2)
b) Triângulo A2 são: E (-8, -1); F (-8, -3); G (-6, -3)
c) Retângulo B1 são: H (-4, 2); I (-4, 0); J (0, 0) e K (0, 2)
d) Triângulo B2 são: L (-4, -1); M (-4, -3) e N (0, -3)
e) Paralelogramo C1 são: O (2, 2); P (3, 0); Q (7,0) e R (6, 2)
f) Triângulo C2 são: S (3, -1); T (4, -3) e U (7, -3)

Qual é o valor da área? Considere cada como 1 cm²
Área A1: 4 cm² e Área A2: 2 cm²
Calcule as áreas de B1, B2, C1 e C2 e, em seguida, responda às seguintes

questões:
a) Podemos formar o quadrado A1 pela composição de dois triângulos A2?
Resposta: Sim.
b) Podemos dizer que a área do triângulo B2 é a metade da área do

triângulo B1?
Resposta: Sim.
c) Quantas vezes a área triângulo C2 cabe dentro da área do

paralelogramo C1?
Resposta: 2 vezes.
d) Podemos decompor o paralelogramo C1 em dois triângulos C2?
Resposta: Sim.
e) Flexionando os lados paralelos do paralelogramo C1, é possível formar o

retângulo B1?
Resposta: Sim.
Sugestão: Utilize a malha quadriculada para esboçar e fazer as comparações

das figuras.
ATIVIDADE 6: PÕE NO MAPA! GOOGLE MAPS!

M40 N4 M4SS4
Vamos viajar sem sair do lugar? Infelizmente, ainda não temos uma máquina do
tempo! Na sua opinião, como seria uma máquina do tempo?

306
Mas, mesmo assim, é super possível fazer isso. Basta ler um bom livro, assistir
uma série ou até mesmo localizar lugares no Google Maps. Aliás, você já o
usou antes?
Um ponto no mapa pode ser descrito por coordenadas geográficas (“o

endereço de um lugar na superfície de nosso planeta”). Essas coordenadas são
formadas por linhas verticais (sentido norte-sul) e linhas horizontais (sentido
leste-oeste). As linhas verticais são chamadas de meridianos e as horizontais
de paralelos. Por analogia, na Matemática, podemos também encontrar as
coordenadas cartesianas dos lugares específicos no mapa.
Vamos investigar isso, pesquisador?
• Passo 1: Abra o navegador e acesse o Google Maps pelo seu

computador ou celular; em seguida, escolha um lugar de sua
preferência (país, estado ou cidade).
GOOGLE MAPS
Disponível em: <https://www.google.com/maps>.
• Passo 2: Dê um clique no mapa e depois clique no botão auxiliar

do mouse. Vai aparecer uma tela com as coordenadas geográficas
(“similares” a coordenadas cartesianas). Um exemplo: BRASIL. Veja:
Oeste (O) Leste (L)
Norte (N) Norte (N)
Linha do Equador
Meridiano de Greenwich
Sul (S) Sul (S)
Oeste (O) Leste (L)
Para esta atividade, consideramos (como analogia) a Linha do Equador como

eixo x (ou eixo das abscissas) e o Meridiano de Greenwich como eixo y (ou eixo
das ordenadas).
Agora é com você! É hora de (re)mexer no globo terrestre para todos os

sentidos e direções!
Para encontrar as coordenadas geográficas no Google Maps, basta localizar o

lugar e dar um clique em cima dele:
a) Escolha um país ou cidade que gostaria de conhecer no Google Maps. Quais

são as coordenadas deste lugar?
Resposta pessoal.
b) O que acontece com as coordenadas quando viramos o globo à direita

e à esquerda?
Resposta: Os valores da 2ª coordenada (“ordenadas”) se modificam.
c) O que acontece com as coordenadas quando viramos o globo para baixo e

para cima?
Resposta: Os valores da 1ª coordenada (“abscissas”) se modificam.

308
y
(-,+) (+,+)
SENTIDO 2 SENTIDO
NEGATIVO POSITIVO
1
ORIGEM
0
-3 -2 -1 1 2 3 x
-1
SENTIDO
-2 SENTIDO
NEGATIVO
POSITIVO
(-,-) (+,-)
Os valores de y são sempre positivos quando estão acima do eixo x e são sempre
negativos quando estão abaixo deste mesmo eixo. Os valores de x são positivos
quando estão à direita de y e são negativos quando estão à esquerda de y.
Vamos investigar? O que acontece com as coordenadas geográficas quando

estão acima ou abaixo da Linha do Equador? E o que ocorre quando as
coordenadas estão à direita e à esquerda do Meridiano de Greenwich?
a) Acima da Linha do Equador: Primeira coordenada positiva e segunda

coordenada não altera o valor.
b) Abaixo da Linha do Equador: Primeira coordenada negativa e segunda

c) À direita do Greenwich: Segunda coordenada positiva e primeira

d) À esquerda do Greenwich: Segunda coordenada negativa e primeira

Uma dica
Quando o seu amigo ou familiar não estiver encontrando o

endereço de algum lugar, você pode enviar para ele as coordenadas
geográficas. Daí, peça-lhe que as insira no GPS. Ele vai localizá-la com
mais precisão!
#parapensar!
Veja que no primeiro quadrante (Q1), os valores de x e y são todos

positivos, isto é, x > 0 e y > 0. No Q2, os valores de x são negativos e
os valores de y positivos, ou seja, x < 0 e y > 0. E os sinais dos valores
das coordenadas Q3 e Q4?
Linhas imaginárias
Paralelos = horizontais
Meridianos = verticais

310
Tome nota
Usamos coordenadas cartesianas somente para localizar pontos

no plano (como no mapa planificado). Para localizar pontos no
globo, utilizamos coordenadas geográficas. Para saber mais sobre
coordenadas geográficas, acesse o QR CODE:
COORDENADAS GEOGRÁFICAS – GEOGRAFIA – 6º

ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Canal Futura
Disponível em: <https://youtu.be/ryd04x5x_NE>.
Professor(a), busque incentivar os estudantes a trabalharem com os sinais

das coordenadas para localização de pontos no Google Maps. É útil que os
estudantes percebam que é possível encontrar coordenadas cartesianas no
plano cartesiano e, de forma similar, encontrar pontos no globo por meio
de coordenadas geográficas. Salientamos que as coordenadas geográficas
localizam um ponto na superfície da Terra, enquanto as coordenadas
cartesianas identificam pontos no plano cartesiano. Alegoricamente, o eixo x
pode ser associado à Linha imaginária do Equador, enquanto o eixo y à linha
imaginária do Meridiano de Greenwich. Caso seja possível, sugerimos que o
desenvolvimento desta atividade seja feito de forma interdisciplinar com o
professor de Geografia. Isso pode enriquecer ainda mais as discussões com
os estudantes no que diz respeito às semelhanças e diferenças entre as
coordenadas. Em geral, o desenvolvimento desta atividade pode estimular a
visão espacial dos estudantes e fazer com que eles saibam identificar pontos/
lugares, independentemente do plano de referência. Torna-se fecundo,
portanto, que o estudante seja encorajado a investigar pontos, analisar
hipóteses, relacionar objetos, errar e traçar novas estratégias e corrigi-las.
A primeira coordenada do Google Maps é vinculada à ideia de latitude e a
segunda, à longitude. Por isso, deixe que os estudantes investiguem os valores
e dialoguem entre si. Por isso, sugerimos que a atividade seja feita em duplas.
Ponto de atenção: utilize sempre o ponto (.) em vez da vírgula (,) para separar o
símbolo de grau e decimais de cada coordenada.
Sintetizando
Aprendemos a localizar pontos no plano cartesiano a partir da coordenadas
cartesianas (x, y). Estudamos que o par ordenado obedece a uma ordem, sendo
x (abscissa) a primeira posição e y (ordenada) a segunda posição. Por meio
dessas coordenadas, podemos localizar objetos, lugares e até pessoas no mapa.
Por meio dos pontos, podemos criar desenhos criativos e inéditos na malha
quadriculada. Isso, inclusive, é utilizado para a construção de design de games.
Afinal, é importante saber a posição em que se localiza cada personagem,
cenário ou objeto do jogo. Pesquisamos que há também as coordenadas
geográficas, que nos permitem localizar especificamente endereços no globo
terrestre. Você se recorda do seu lugar escolhido? Agora, pare para pensar
um pouco: seria possível desenvolver outro sistema de localização sem as
coordenadas que conhecemos? Como seria o mundo sem esse conhecimento
construído ao longo do tempo-espaço? Seria possível dar direções de localidades
precisas para os aviões, barcos e até mesmo pessoas sem as coordenadas?
Que tal capturar seu Pokémon e verificar as suas coordenadas

espaciais?
POKÉMON GO
Niantic
Disponível em: <https://pokemongolive.com/pt_br/>.
Anotações

312
SEQUÊNCIA 14.
Espelho, espelho
meu, quem é mais
simétrico do que eu?
HABILIDADES
(EF07MA20)
Reconhecer e representar, no plano cartesiano, o simétrico de figuras
em relação aos eixos e à origem.
(EF08MA18)
Reconhecer e construir figuras obtidas por composições de
transformações geométricas (translação, reflexão e rotação), com o uso
de instrumentos de desenho ou de softwares de geometria dinâmica.
• Plano cartesiano e suas coordenadas cartesianas;

• Simetria de figuras geométricas em relação aos eixos e à origem;
• Figuras geométricas no plano cartesiano;
• Transformação geométrica (translação, reflexão e rotação).
• Estabelecer relações entre figuras geométricas e suas simetrias;

• Desenvolver desenhos de figuras geométricas no plano;
• Compreender a translação, reflexão e rotação de figuras.
Professor(a), nesta Sequência de Atividades serão abordadas simetrias e

transformações geométricas. As atividades estão pautadas em situações-
problema envolvendo investigação e exploração de objetos aplicados à
natureza, arquitetura e Matemática. Para tanto, aconselhamos observar os
materiais (didáticos e midiáticos) sugeridos nas atividades e obtê-los com
antecedência. Por reconhecermos a especificidade de cada contexto de sala
de aula, reforçamos que fique à vontade para adaptar todas as atividades à
sua própria realidade. Ponto de reflexão: existem programas sugeridos, como
o Geogebra e o Scratch, que possibilitam diversas maneiras para construção
de figuras e suas transformações geométricas de forma intuitiva e dinâmica. A
vantagem de se utilizar o software é que o trabalho de visualização e construção
das figuras no plano cartesiano pode ser mais rápido, deixando mais tempo
para análise colaborativa. Porém, caso não seja possível, a malha quadriculada
serve bem ao propósito e ela pode ser realizada na sala de aula sem nenhuma
perda de significados, respeitando o tempo de elaboração, criatividade e
reflexão do próprio aluno. Nas atividades, priorizamos a malha quadriculada
e deixamos alguns exemplos de como podem ser feitas as simulações nos
applets. Uma sugestão é que as atividades de desenho ou “artísticas” sejam
compartilhadas com a turma ou divulgadas no mural da escola. Por fim,
desejamos um bom trabalho. A seguir, os links dos programas.
GEOGEBRA
Disponível em: <https://www.geogebra.org/>.
SCRATCH
Disponível em: <https://scratch.mit.edu/>.

começa agora!
POR TRÁS DE UMA BELEZA, HÁ SEMPRE

UMA SIMETRIA?

314
A simetria está presente na arte, na arquitetura, na natureza e até mesmo no

nosso próprio corpo. Ela dá um toque especial aos nossos olhos. Dizemos que
existe simetria quando as partes divididas de um mesmo objeto podem ser
vistas como semelhantes, dando a impressão de serem idênticas. Simetria está
relacionada ao equilíbrio, ao belo, à regularidade e ao alinhamento entre as
partes de um mesmo objeto. Já parou para pensar nisso? Por exemplo, uma
planta, um castelo e até mesmo um inseto podem lembrar lados simétricos.
Veja alguns deles, aqui:
Eixo de simetria
FIGURA 1. Um eixo de simetria vertical

Simetria reflexão
Fonte: Garoch por Pixabay.
Eixo de simetria
FIGURA 2. Um eixo de simetria vertical

Simetria reflexão
Fonte: PercaStefan sob licença CC BY-SA 4.0.
Eixo de simetria
FIGURA 3. Um eixo de simetria horizontal

Simetria reflexão
Fonte: PercaStefan por Pixabay.
Eixos de simetria
FIGURA 4. Quatro eixos de simetria

Simetria radial ou rotacional
Fonte: Manfred Richter por Pixabay.
Observe que as figuras anteriores apresentam lados similares em relação ao

eixo de simetria.
Consideramos um eixo como uma linha imaginária ou uma reta que divide a
figura em partes iguais.
Note também que o eixo de simetria passa pelo centro da figura, dividindo-a
igualmente.
Tome nota
Assimetria é ausência de simetria.
E aí, você já se olhou no espelho hoje?
Quando olhamos no espelho, vemos a nossa imagem refletida

nele. Isto é exemplo de simetria reflexiva. O nosso corpo
também apresenta partes simétricas. Pense em uma reta
imaginária vertical, separando ao meio o seu rosto. Agora,
pense sobre o pensar: há ou não simetria aí?
Resposta: Sim.

316
S3 L1G4!
Simetria de reflexão (ou simetria do espelho): a imagem original

é espelhada ou refletida do lado oposto do eixo de simetria e suas
características se mantêm inalteradas. Exemplos: a borboleta, o Taj
Mahal etc.
Simetria rotacional (ou radial): uma imagem girada ou rotacionada

ao redor de um ponto fixo se mantém idêntica em relação à sua
posição inicial. Exemplos: o círculo, o cata-vento, a estrela-do-mar, a
flor etc.
Professor(a), nesta etapa inicial é importante mostrar fotos para os alunos

sobre possíveis casos de figuras ou objetos simétricos. Caso seja possível, você
pode estimulá-los a pesquisarem na internet ou em objetos da escola, de modo
que visualizem e compartilhem suas descobertas. Há também os applets do
Geogebra como pontapé inicial da discussão do conteúdo. Instigue os alunos a
expressarem e compartilharem suas ideias e vivências.
Simetria
360º
90º
180º 270º
Um quarto Meia volta Três quartos Uma volta

de volta de volta
Na Matemática, um objeto é dito simétrico quando, depois de dividido ao

meio, as partes dele se mantêm idênticas. Estas partes, por sua vez, quando
sobrepostas, coincidem e preservam as características do objeto.
O triângulo equilátero e o quadrado têm simetria de reflexão em relação aos

seus eixos de simetria.
Já o pentágono irregular não tem simetria, pois não é possível identificar lados
simétricos nele. Veja:
Três simetrias de reflexão Quatro simetrias de reflexão Não tem simetria de reflexão
Ou seja, três eixos de simetria Ou seja, quatro eixos de simetria
Triângulo Quadrado Pentágono Irregular

Equilátero
ATIVIDADE 1: BORA INVESTIGAR, PESQUISADOR?
Vamos ver isso na prática? Pegue uma

folha A4 e desenhe uma figura geométrica:
triângulo equilátero ou quadrado. Em seguida,
trace os eixos de simetria e veja se os lados
correspondentes sobrepostos coincidem. E aí,
formou lados idênticos em relação ao eixo de
simetria? Então, a figura tem simetria!
Depois, desenhe uma figura de sua

preferência (estrela, coração, letra etc.) e veja
se há simetria nela.

318
Professor(a), estimule os alunos a fazerem a dobradura do quadrado e do

triângulo equilátero. É importante que os alunos não só discutam as ideias
introdutórias do conteúdo, como também coloquem a mão na massa. Oriente-
os a desenharem a figura geométrica na folha, recortá-la e dobrá-la; depois,
fazerem as dobraduras correspondentes ao eixo imaginário de simetria.
Instigue-os a dizerem se há ou não simetria de reflexão.
ATIVIDADE 2: ESPELHO, ESPELHO MEU: QUEM É MAIS
M40 N4 M4SS4
SIMÉTRICO DO QUE EU?
Materiais: espelho plano, objetos e peças geométricas (triângulo, quadrado,
retângulo etc.)
Veja, Carol colocou um espelho reto perpendicular no centro das figuras

geométricas a seguir.
Observe que o espelho funciona como um eixo de simetria em relação à

própria figura:
Agora é com você!
• Parte 1 - Simetria e objetos: Com os materiais em mãos, escolha um

objeto (anel, borracha etc.) e analise-o em relação aos eixos de simetria.
Diga quantos lados simétricos este objeto escolhido tem. Faça o registro.
• Parte 2 - Simetria e objetos geométricos: Construa as seguintes

figuras geométricas do quadro a seguir em uma folha A4 ou cartolina.
Em seguida, analise-as utilizando o espelho reto e perpendicular sobre
elas, conforme ilustração. Por fim, preencha a tabela com os dados
obtidos na experimentação com o espelho:
Número de eixos de simetria ou

Figuras geométricas
simetria de reflexivo
Retângulo 2 eixos de simetria
Paralelogramo Não tem eixo de simetria axial
Triângulo escaleno Não tem eixos de simetria

»

320
Número de eixos de simetria ou

Figuras geométricas
simetria de reflexivo
Triângulo equilátero 3 eixos de simetria
Triângulo isósceles 1 eixo de simetria
Pentágono Regular 5 eixos de simetria
Hexágono Regular 6 eixos de simetria ou 6 simetrias de reflexão
Infinitos eixos de simetria infinidade de

Círculo
simetria de reflexão
#parapensar!
O que acontece com a imagem refletida?
Resposta: Ela fica invertida (lados contrários)
E aí, qual é a figura mais simétrica de todas em relação ao espelho?
Resposta: O círculo.
Professor(a), sugerimos que esta atividade seja realizada em grupo. É importante

que os estudantes coloquem a mão na massa e procurem estabelecer estratégias
e técnicas para resolver as situações-problema (espelho, simetria e figuras
geométricas) propostas. Oriente-os a posicionarem corretamente o espelho na
malha quadriculada ou na mesa, dividindo o plano em duas partes igualmente.
Ajude-os também a colocarem o espelho perpendicular à base. Lance perguntas
norteadoras sobre esse conteúdo, tais como: “O espelho funciona como eixo de
simetria? Por quê? A imagem refletida (virtual) é simétrica à imagem original? O
que acontece quando colocamos uma letra no espelho? Fica invertida ou não?”.
Aconselhamos a levar as figuras geométricas para a sala de aula; estas figuras
podem ser feitas de papelão, papel cartão e até mesmo folha A4. Sugerimos que
as figuras sejam levadas por você, ou solicite que os alunos providenciem as
figuras com antecedência. Torna-se relevante, porém, que essas figuras sejam
proporcionais ao tamanho do espelho. É oportuno que os alunos explorem as
figuras geométricas (triângulos, paralelogramo, pentágono etc.) colocadas no
quadro. Porém, você pode trabalhar com outras figuras. Adapte essa atividade ao
seu contexto de sala. Por fim, estimule os estudantes a centralizarem a figura no
eixo e a dizerem se a figura tem ou não simetria; se sim, quantas simetrias e qual
tipo de simetria obtida.
Sugestão de leitura:
ANÁLISE DE SIMETRIAS COM ESPELHOS
Nova Escola | por Elisa Meirelles
Disponível em: <https://novaescola.org.br/
conteudo/2087/analise-de-simetrias-com-espelhos>.

322
Acesse o QR CODE e explore mais exemplos de simetrias:
SIMETRIAS COM O GEOGEBRA

Geogebra
QYHOPZtu>.
Professor(a), o trabalho com o espelho é muito enriquecedor. Porém, caso não

seja possível, você pode trabalhar com palitos de picolé. Cada estudante separa
a carteira em duas regiões. Um aluno cria uma figura com palitinhos de picolé e
o outro tenta reproduzir a imagem refletida. Veja a ilustração:
ATIVIDADE 3: TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS NO

PLANO CARTESIANO - TRANSLAÇÃO
De forma intuitiva, a transformação geométrica de uma figura pode ser vista
como uma aplicação realizada nela mesma de modo a conservar as suas
características, como tamanho e formato. Tal aplicação pode ser do tipo de
translação, reflexão e rotação. E aí, preparado para mais uma aventura?
Então, vamos lá!
Professor(a), trabalharemos com ideias intuitivas de transformações geométricas,

isto é, sem muito rigor e formalismos matemáticos. O trabalho é a compreensão
do conteúdo, e não a memorização de símbolos ou definições com excessos
de formalismos. Para tanto, sugerimos que o trabalho com as transformações
geométricas seja feito de forma lúdica e processual. Você pode explorar a
malha quadriculada ou o Geogebra com os alunos para a construção de figuras
e suas respectivas transformações geométricas. Além de esboçar os desenhos
no quadro ou no software, você pode levar figuras e entregá-las para os alunos
manipulá-las na malha quadriculada de modo a visualizar as transformações.
GEOGEBRA (DOWNLOAD)
Disponível em: <https://www.geogebra.org/download>.
Translação
Transladar uma figura no plano é o mesmo que mudá-la de lugar, preservando

as suas características.
O quadrado transladou vertical e horizontalmente no plano cartesiano, isto é, o

quadrado mudou de lugar. Veja:
A’ D’
5
A D B’ C’
3
B C
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9

324
Observe que o formato e o tamanho do quadrado se mantêm os mesmos depois

da translação no plano, isto é, os comprimentos dos lados e amplitudes de seus
ângulos foram conservados. Nada mudou, exceto a sua posição no plano.
As coordenadas dos vértices do quadrado original são: A (1,3), B (1,1), C (3,1)

e D (3,3).
As coordenadas dos vértices do quadrado transladado: A’ (7,5), B’ (7,3), C’ (9,3)

e D’ (9,5).
Professor(a), chame a atenção para as coordenadas da figura transladada. Diga

que a translação horizontal do quadrado (a abscissa do vértice) aumentou seis
unidades, enquanto a translação vertical (ordenada do vértice) aumentou duas
unidades. Exemplo: A (1,3) A’(1+6, 3 + 2) = A’(7,5).
Movendo o quadrado de lugar
Para mover o quadrado de lugar, basta pressioná-lo e arrastá-lo para o local

desejado.
TRANSLAÇÕES DO QUADRADO
Applet | Geogebra
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/nbtgzh5u>.
Agora é com você! Desenhe a translação do barquinho do eixo de simetria no

plano cartesiano. Indique as coordenadas de seus vértices.
Coordenadas do barquinho original: (1,1), (2,0), (5,0), (6,1), (2,2), (3,1), (3,3).
Coordenadas do barquinho transladado: resposta pessoal.

Professor(a), as coordenadas cartesianas projetadas auxiliam na produção do

desenho transladado.
Parte 1: Matemática e pixel
Maria Eduarda desenhou um super-herói na malha quadriculada. Veja

como ficou:

326
24
23
22
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
3
2
0
x
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Maria Eduarda utilizou as coordenadas de um triângulo para auxiliá-la na

construção da nova figura.
Coordenadas dos vértices dos triângulos:
• Triângulo original: A (1,1), B (7,13) e C (11,1).

• Triângulo transladado: A’ (13,11), B (19,24) e C (23,11).
Observe que Maria Eduarda somou 12 unidades na abscissa x e 10 unidades na

ordenada y do par ordenado de cada ponto do triângulo. Com isso, ela conseguiu
projetar outro triângulo igualzinho ao primeiro – só que em outro lugar do plano

cartesiano. Com efeito, desenhou outra figura tendo o triângulo como referência.
Exemplo: A (1,1) A’(1 + 12, 1 + 10) = A’(13,11).
Professor(a), discuta sobre as coordenadas dos vértices do triângulo da figura

com seus alunos. É útil que eles saibam que essas coordenadas de referência
ajudam no processo de construção do desenho a ser transladado.
Publicação científica:
AZEVEDO, G. T.; MALTEMPI, M. V. Produções criativas de matrizes

e de transformações geométricas com metodologias ativas. BoEM,
Joinville, v.7, n.13, p. 100-119, jul/ago2019. Disponível em: <http://dx.doi.
org/10.5965/2357724X07132019100>. Acesso em: 18 mai 2022.
Agora é com você! Qual é seu super-herói favorito no

mundo dos quadrinhos?
Material: lápis de cor, régua e malha quadriculada (folha A4) ou faça no GeoGebra.
Desenhe seu super-herói na malha quadriculada e, em seguida, projete a sua

translação, indicando as suas coordenadas (pode ser um triângulo de referência,
conforme o super-herói da etapa anterior). Abuse da criatividade!
Professor(a), ajude os alunos a relembrarem do par ordenado no qual a

coordenada x é a primeira (abscissa) e a segunda coordenada é o y (ordenada),
isto é, (x,y). Uma dica para não esquecer a posição das coordenadas é relacioná-
las com o alfabeto: o x vem primeiro do que o y. Incentive o estudante a esboçar
o desenho na malha quadriculada de sua preferência. A atividade pode ser
iniciada em sala de aula, porém,
caso não seja possível finalizar,
o aluno pode concluir o desenho
em casa e trazê-lo para a aula
seguinte, a fim de ser apresentado
e discutido com a turma.

328
ATIVIDADE 4: E AÍ, SE LEMBRA DE SIMETRIA REFLEXIVA?
Reflexão de figura no plano cartesiano
Já sabemos que a reflexão de uma imagem é o mesmo que espelhar a mesma

imagem em relação ao eixo de simetria, conservando-se as suas propriedades,
não é? Reflexão de uma figura é também um tipo de transformação geométrica.
A imagem da árvore na água é a reflexão da árvore original. Veja:
12 V
11
10
9
8
7 T U
6
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
T U
-9
-10
-11
-12
V
A imagem refletida é idêntica à imagem original em relação ao eixo de simetria.

O eixo “funciona” como espelho da figura.
Observe que cada ponto da árvore original corresponde diretamente ao ponto

da imagem refletida, isto é, a distância entre estes pontos é a mesma em
relação ao eixo de simetria.
Note que os pontos V e V’ são correspondentes. Veja que eles têm a mesma
distância em relação ao eixo de simetria (aqui, o eixo x).
Professor(a), mostre para os alunos que a distância entre os pontos

correspondentes é a mesma. Por exemplo, a distância do ponto U é igual a cinco
unidades em relação ao eixo x e a distância do ponto U’ é também igual a cinco
unidades em relação ao eixo x (ou eixo de simetria). Diga também que distância
é sempre positiva, apesar de as coordenadas serem positivas ou negativas.
a) Quais são os demais vértices que estão correspondidos em relação ao eixo

de simetria horizontal?
Resposta: U com U’ e T com T’.
b) Coordenadas dos vértices da árvore original: T (4, 2); U (6,5; 5), V (9, 2).
Quais coordenadas dos vértices da árvore refletida?
Resposta: T’ (4, -2); U’ (6,5; -5), V’ (9, -2).
Agora é com você! Um caracol geométrico foi desenhado no plano cartesiano.

Dê uma bisbilhotada:
Eixo de simetria
Distâncias iguais em relação ao eixo y
Desenhe a imagem refletida do caracol em relação ao eixo de simetria (vertical)

ou eixo y.

330
Dica de desenho
Primeiro, determine os pontos (coordenadas) do Caracol refletido à

direita. Depois, ligue os pontos por segmentos de reta.
Parte 2: Matemática e pixel
Eric desenhou um super-herói. Veja como ficou:

O desenho à direita é a imagem idêntica refletida da imagem original em relação

ao eixo de simetria.
Cada ponto da imagem refletida corresponde a um ponto da imagem original.

Estes pontos correspondentes têm a mesma distância em relação ao eixo de
simetria (aqui, o eixo y).
Agora é com você! Qual o seu personagem favorito?
Material: lápis de cor, régua e malha quadriculada (folha A4) ou faça no Geogebra.
Desenhe seu personagem na malha quadriculada e, em seguida, projete a sua

reflexão, indicando as suas coordenadas. Abuse da criatividade!
Professor(a), neste momento, encoraje os estudantes a encontrarem os

pontos correspondentes (coordenadas do ponto) no plano cartesiano. Lance
questões norteadoras de aprendizagem à turma: “Quais são os vértices do
triângulo? Isto é, quais são as coordenadas dele? Por que é interessante
estabelecer essas coordenadas antes de esboçar o desenho na malha
quadriculada? Qual é a diferença entre translação e reflexão? A distância da
imagem original da imagem refletida precisa distar igualmente em relação ao
eixo de simetria? Por quê?”. Se não der tempo de finalizar o desenho em sala
de aula, o aluno pode concluí-lo em casa e trazê-lo para a próxima aula, a fim
de apresentá-lo e discuti-lo com a turma.
ATIVIDADE 5: TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS NO

PLANO CARTESIANO - ROTAÇÃO
Rotação
Quando giramos uma figura no plano em torno de um ponto de referência ou

centro de rotação, preservando as suas características, dizemos que é uma
transformação geométrica de rotação.

332
1 90º
-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
-1
O ponto A é o Centro
-2 de Rotação de Figura
-3
O triângulo foi girado 90º para a esquerda em relação ao centro de

rotação (ponto A).
O centro de rotação, nesse caso, é o ponto A (0,0)
O triângulo girou no sentido anti-horário (contrário ao movimento dos

ponteiros do relógio).
Tome nota
O giro completo equivale a 360º.

C’ B’
A’ C
90º
90º
B’’ A’’
A B
C’’
E aí, vamos explorar rotações? Então, se liga nos QR CODES a seguir.
ISOMETRIA DE ROTAÇÃO | DUAS IMAGENS

Geogebra
hgbwqqsw>.
SIMETRIA DE ROTAÇÃO EM ROSÁCEAS

Geogebra
yadfuqkq>.

334
Fique atento
O que essas rotações têm a ver com ângulos?
Resposta: Tudo! A ideia de ângulo está associada ao giro.
Para qual lado girar a figura? Você pode rotacionar a figura para a direita e
para a esquerda. Veja o que ocorre com o ângulo:
Volta completa Para direita ou esquerda?

360º
Positivo Negativo
90º -90º
Sentido contrário ao Sentido igual ao movimento

Um giro completo é 360º
movimento do Relógio dos ponteiros Relógio
Agora é com você! É hora do Gira-Gira! Bota a cabeça para

pensar!
Materiais: compasso, régua, lápis de cor, lápis, borracha e

moldes geométricos.
Moldes geométricos: crie um molde de cada figura

(quadradinho, retângulo etc.) com papel A4. Em seguida,
recorte-os e use-os como moldes. Gire-os no plano cartesiano
para obter a posição de rotação das figuras.
a) Observe o quadrado a seguir. E aí, vamos girá-lo 180º à

esquerda em torno do ponto (0, 0)?
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
-1
-2
-3
-4
b) Gire o retângulo 90º à esquerda em torno do ponto (0,0).
d
5
1
E
-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
-1
Escolha uma das carinhas quadriculadas e, em seguida, represente-as no

plano cartesiano, indicando suas coordenadas. No segundo plano cartesiano,
apresente suas rotações com ângulos de 90º, 180º, 270º e 360º em relação ao
ponto (0,0) ou outro ponto de sua preferência:

336
y y
5 5
4 4
3 3
2 2
1 y y 1
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 45 5
x x y
-5 -4 -3 -2 -15 0 1 2 3 4 5
4 4
-1 3 3
-1
2
-2 2
-2
1 1
-3 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x -33 x
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 4 5
-1 -1
-4 -2 -2
-4
-3
-5 -3
-5
-4 -4
-5 -5
y y
y
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x x x
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
-1 -1
-2 -2
-3 -3
-4 -4
-5 -5
Professor(a), recomendamos que recorde as ideias de ângulos trabalhadas em

sequências anteriormente. É importante que os alunos estabeleçam relações
entre giros e ângulos aqui também.
c) Desafio: Observe que o barquinho foi girado 45º, cujo ponto de referência
é origem no plano cartesiano. A partir deste último movimento, gire o
barquinho mais 135º e obtenha a nova posição dele no plano cartesiano.
Resposta: 180º.
5
4
3
2
1
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
0
-1
-2
-3
-4
-5
Sintetizando
Nesta Sequência de Atividades, estudamos sobre simetrias e as transformações
geométricas no plano cartesiano. Aprendemos que, intuitivamente, transladar
uma figura no plano é o mesmo que mudá-la de lugar sem alterar as medidas
de seus lados e também as medidas de seus ângulos. Vimos que a reflexão
de figura funciona como um espelho de sua própria 5 imagem, conservando
as suas características. Por fim, aprendemos que a 4rotação de uma figura
está relacionada ao giro dela mesma em relação ao ponto fixo predefinido.
3
Estudamos basicamente a rotação ao ponto (0,0) na malha quadriculada e
também visualizamos alguns casos nos applets do 2 GeoGebra – mas poderia ser
qualquer outro ponto no plano cartesiano, beleza? 1Você sabia que, inclusive,
-5 -4são -3
úteis-2à produção
-1 1 jogos 4 5ou
2 3digitais
as transformações geométricas
0 de
programas específicos de imagens? Elas ajudam os programadores e designers
-1
de software a pensarem nas diferentes proporções e movimentos dos objetos
para a finalidade pretendida. Legal, né? Além disso,-2visualizamos muitos
exemplos de simetrias em nossa vida, não é mesmo? Mas não para por aí...
-3
Vimos que a natureza também imita muitos padrões idênticos. Mas será que ela
sabe contar ou medir com a régua? -4
-5
338
A natureza sabe usar a régua?
Materiais: celular ou máquina fotográfica.
Fotografe um inseto, uma fruta, planta ou até um favo

de mel e verifique se há simetria ou transformação
geométrica na sua imagem. E aí, vamos lá? No fim,
compartilhe todos os seus conhecimentos aprendidos
com a turma.
Bom trabalho!
FIGURA 5
Fonte: Shutterbug75 por Pixabay.
FIGURA 6
Fonte: Pixabay.
SIMETRIAS
Matemática IME/USP
Disponível em: <https://matemateca.ime.usp.br/acervo/
simetrias.html>.
Anotações

340
Anotações

343
Caminhos,
natureza e
segredos
matemáticos
344
SEQUÊNCIA 15.
Uau! São muitas
possibilidades, hein?
HABILIDADE
(EF08MA03)
Resolver e elaborar problemas de contagem cuja resolução envolva a
aplicação do princípio multiplicativo.
• Princípio Fundamental da Contagem (ou Princípio Multiplicativo);

• Contagem: ideias e contextos.
• Compreender o Princípio Multiplicativo para contagem;

• Modelar problemas de contagem por meio do Princípio Multiplicativo;
• Reconhecer o Princípio Multiplicativo e suas implicações em
diversos contextos;
• Resolver problemas de contagem.
Professor(a), esta Sequência de Atividades aborda o conteúdo do Princípio

Fundamental da Contagem (PFC). As atividades estão organizadas no sentido
de estimular o desenvolvimento do pensamento combinatório por meio
de situações-problema. As seções estão tematizadas de modo a valorizar a
criticidade dos estudantes diante deste conhecimento integrado aos assuntos
da contemporaneidade, como, por exemplo, o número de possibilidades de
senhas e os devidos cuidados que precisam ser tomados contra os ataques
de hackers no mundo cibernético. A ideia é que as atividades sejam resolvidas
de modo colaborativo, fomentando um espaço de aprendizagem em que
se valorize o protagonismo do estudante, o fluxo contínuo de discussões e
as reflexões das estratégias em diferentes linguagens (verbal, não verbal e
híbrida). Isto é, consideramos ser importante que, durante o desenvolvimento
dos problemas propostos, os estudantes sejam incentivados a expressarem
seus pensamentos e a comunicarem suas estratégias por diferentes tipos:
cálculos, organogramas, desenhos, fluxogramas etc. Em síntese, esta Sequência
de Atividades busca prestigiar o significado e a compreensão das ideias de
combinação em diversos contextos, descentralizando o foco da “decoreba”
de fórmulas sem sentido. Salientamos que não temos a intenção de esgotar o
tema. Por fim, sugerimos que as atividades sejam planejadas com antecedência
e, no mais, desejamos um trabalho feliz e produtivo com seus estudantes!
Aperte o play: nossa aventura

começa agora!
Você já parou para pensar que quase a todo instante estamos tomando decisões?
Quando escolhemos comer um chocolate bem delicioso, por exemplo, rejeitamos
automaticamente uma infinidade de outras opções de doces saborosos. Quando
viajamos de carro e decidimos seguir o caminho X, excluímos uma porção de
outras rotas tanto quanto interessantes. A roupa que você escolheu vestir,
a música que tocou na sua playlist ou as mensagens que respondeu em seu
WhatsApp hoje são uma das múltiplas possibilidades ou até mesmo infinidades
de escolhas que você tinha. Muita coisa, não
é? Até mesmo a senha que protege suas redes
sociais contra invasores digitais, como hackers,
é uma das opções entre milhões ou bilhões
de alternativas que você tinha para escolher.
Curiosamente, os acontecimentos e até mesmo
os nossos pensamentos estão repletos de
possibilidades de contagens e de combinações
possíveis que podem ser feitas. E é justamente
isso que vamos aprender aqui: Princípio

346
Fundamental da Contagem. Então, preparem-se para mais uma aventura

fascinante no mundo da Matemática. É só apertar o Play.
O que vamos estudar aqui
ATIVIDADE 1: PRINCÍPIO FUNDAMENTAL

DA CONTAGEM (PFC)
Uma youtuber de culinária preparou um lanche para seus convidados. Veja:
• Dois sanduíches: frango com catupiry e vegetariano;

• Três tipos de bebidas: café, suco de laranja e suco de uva; UV
• Duas sobremesas: bolo de chocolate e bolo de morango.
UVA
QUANTAS e QUAIS combinações de refeições diferentes os convidadosUVA
}
da youtuber poderão fazer, considerando uma opção de cada item? Veja UVA
UVA
como podemos resolver esse problema usando o diagrama de árvores:
UVA
+6 combinações UVA
UVA
UVA
}
UVA
UVA
UVA
UVA +6 combinações
UVA
UVA
Podemos visualizar 12 possibilidades diferentes de lanche no diagrama

de árvore.
a) Qual combinação de lanche você escolheria? Por quê?
b) Observe que a ilustração nos dá a possibilidade de enxergar o número total

de possibilidades de lanches que pode ser formado, bem como todos os
tipos de possibilidades que podem ser combinadas. Existe outra forma de
resolver este problema? Como você faria?
Resposta: Sim, existe. Resposta pessoal.
Outra forma de resolver o problema é usar o Princípio Fundamental da

Contagem (PFC).
Veja como podemos resolver o problema da youtuber:
Número de opções de cada evento
2 3 2
12
Possibilidades
distintas
de lanche
Sanduíche Suco Sobremesa
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3
O método de resolução PFC nos ajuda a obter o número de possibilidades de

uma forma mais prática. Para isso, intuitivamente, basta apenas multiplicar
o número de opções de cada evento para encontrar o total de combinações
possíveis. Neste exemplo, basta multiplicar 2 x 3 x 2 = 12 combinações possíveis.
Professor(a), este é um problema inicial, mas você pode utilizar outro da sua
preferência. A ideia aqui é que o estudante compreenda não só determinar o
número de possibilidades de um determinado evento como também os tipos de
possibilidades apresentadas, isto é, construir o significado de “quantas” e “quais”
possibilidades existem. Para tanto, encoraje-o a pensar em novas estruturas
de desenhos, tabelas, fluxogramas, organogramas etc., e faça as intervenções
que se mostrarem necessárias na temporalidade dos acontecimentos. Dialogue
sobre o PFC com seus estudantes. Diga que é um método de resolução que diz

348
que se uma escolha pode ser feita de m maneiras diferentes e outra escolha
pode ser feita de n maneiras distintas, sendo essas escolhas independentes,
então o número total de maneira que tais escolhas podem ser feitas
é descrita pelo produto: m,n. O mais importante não é a memorização da
definição, mas a compreensão do significado que há por trás dela. Uma sugestão
alternativa de atividade inicial aqui é mostrar combinações que podem ser feitas
ao criar um avatar de um personagem. Você pode mostrar uma tela com várias
carinhas, cabelos, roupas... Com efeito, você pode incentivar o estudante ou
grupo de estudantes a montarem o seu próprio avatar em forma de desenho
ou colagem no caderno. Não precisa ter muitas opções de itens, aqui. A ideia é
justamente encorajar os estudantes a tomarem decisões e escolherem o melhor
avatar que caracteriza o seu estilo visual.
Tome nota
Só podemos utilizar o PFC para eventos independentes, ou seja, quando a

escolha de uma opção de um evento não depender ou influenciar a decisão ou a
escolha de outra opção. Aqui, por exemplo, a escolha do sanduíche não depende
da escolha de uma bebida, tampouco de uma sobremesa, e vice-versa.
ATIVIDADE 2: BRINCANDO DE COMBINAÇÕES

POSSÍVEIS
a) Quantos e quais lanches podemos montar, considerando 1 opção de
cada item?
Entrada 2 Pratos principais 3 Bebidas 2 Sobremesas
Resposta: 2 x 2 x 3 x 2 = 24 possibilidades.
Dica
Faça desenhos, organogramas ou tabela para representar todas as

refeições possíveis.
b) Pedro está se preparando para ir à feira comer pastel. De quantas

maneiras diferentes ele pode se vestir?
Resposta: 4 x 3 x 2 = 24 possibilidades.
c) Os estudantes Débora, Ana e João Pedro desejam sentar-se em um banco

com 4 lugares. Quantas combinações nós podemos formar?
Veja uma combinação possível:

350
Represente a sua resposta em forma de cálculos ou desenhos.
Resposta: 4 x 3 x 2 = 24 possibilidades.
Professor(a), o primeiro estudante tem 4 opções para se sentar. Depois de

sentado, o segundo estudante tem 3 opções de escolha para se sentar. Por fim,
o terceiro estudante só terá duas opções para se sentar. Logo, pelo PFC, temos:
4 x 3 x 2 = 24 possibilidades. Veja que, em vez de alocar os estudantes nos
assentos, podemos “alocar” os assentos nos estudantes.
d) De quantas maneiras distintas 6 amigos podem se organizar para tirar

uma selfie?
Veja uma posição possível de tirar uma selfie.
FIGURA 3
Fonte: DavideAngelini
via Shutterstock.
Resposta: 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 720 possibilidades distintas.
ATIVIDADE 3: TAMPINHAS COLORIDAS
M40 N4 M4SS4
E COMBINAÇÕES
Materiais: cinco tampinhas diferentes ou de cores distintas (exemplo:
refrigerante, suco etc.). Caso não tenha as tampinhas, você pode desenhá-las na
folha e depois pintá-las e recortá-las. Use as tampinhas coloridas para auxiliar
no processo de contagem (combinações possíveis).
Para os problemas a seguir, considere as tampinhas sempre em fileira,

conforme imagem:
E aí, vamos brincar de combinar tampinhas? Então, bota a cabeça pra funcionar
e as tampinhas para mexerem!
a) MEXE-MEXE 1: Quantas combinações diferentes podemos fazer usando duas

tampinhas?
Resposta: 2 x 1 = 2 possibilidades.
b) MEXE-MEXE 2: Quantas combinações diferentes podemos fazer usando

quatro tampinhas?
Resposta: 4 x 3 x 2 x 1 = 24 possibilidades.
c) Compare as duas respostas dos problemas anteriores e, em seguida, diga

quantas vezes a quantidade de possibilidades com quatro tampinhas é
maior do que a quantidade de possibilidades com duas tampinhas.
Resposta: 12 vezes, pois 24 ÷ 2 = 12 vezes.
d) MEXE-MEXE 3: Quantas combinações podemos fazer usando cinco

tampinhas?
Resposta: 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120 possibilidades.

352
e) MEXE-MEXE 4: Quantas combinações diferentes podemos fazer com cinco

tampinhas, considerando a seguinte condição: os extremos da fileira das
tampinhas não podem ser alterados, somente as três tampinhas do meio.
Resposta: 1 x 3 x 2 x 1 x 1 = 6 possibilidades diferentes.
Professor(a), esta atividade pode ser realizada em grupos. A ideia é que os

estudantes manipulem as tampinhas de modo a formarem as combinações
solicitadas. Peça para que os estudantes registrem os resultados obtidos na folha
de rascunho ou no caderno. As tampinhas podem ser substituídas por outros
materiais ou objetos. Você pode, a partir dos três problemas, propor outros.
ATIVIDADE 4: CUIDADO COM A SENHA!

VOCÊ PODE ESTAR EM PERIGO!
Dificilmente uma pessoa vive sem senha neste

mundo digital (cibernético), não é? Há senha
para quase tudo! Elas estão presentes no app do
banco, na segurança do celular e no acesso às
redes sociais. É importante criar uma senha de
difícil acesso para que ela não seja descoberta e
nem divulgada por hackers. Realmente, a senha é
uma questão muito séria e, portanto, precisamos
ter um olhar atento para a sua criação e, claro, FIGURA 1
manutenção. Vamos saber um pouco mais sobre Fonte: Wikimedia Commons.
os cuidados que precisamos ter na hora de criar
uma senha? Acesse o QR CODE a seguir:
5 DICAS DE SEGURANÇA PARA SUA VIDA DIGITAL

Globo Play | Tecnologia
Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/
tecnologia/video/5-dicas-de-seguranca-para-sua-vida-
digital-9051855.ghtml>.
Acesso em: 06 jun. 2022.
Mas você sabia que a Matemática pode nos ajudar neste processo? Quanto mais
possibilidades de senhas, mas difícil é para decodificá-la e, por conseguinte,
saber o segredo que há por trás delas. Nesta atividade, vamos explorar distintas
possibilidades para criar uma senha e verificar as suas condições.
Quantas possibilidades de senhas há?
Bob deseja criar uma senha para o seu celular com dois dígitos usando apenas
os seguintes algarismos: 0, 3, 6 e 9. Ele resolveu o problema de duas formas
diferentes: por flechas e por ponte.
Observe o total e o tipo de senhas que podem ser formadas:
Por flechas
4 opções 4 opções
1 2 3
4 opções 4 opções
4 5 6
7 8 9
0
Logo: 4 x 4 = 16 possibilidade
Por ponte
0 3 6 9 0 3 6 9
1 2 3 opções de algarismos opções de algarismos

4 5 6
4 x 4 = 16
7 8 9
0
Logo: 4 x 4 = 16 possibilidade

354
• Qual jeito de resolução de Bob você mais gostou?
• Há outra forma diferente de resolver?
Resposta: Sim, por tabela, por anagramas etc.
• Em sua opinião, você acha que a senha de Bob é fraca ou forte?
Professor(a), primeiramente, com base no texto introdutório, discuta com

os estudantes a importância de cuidar bem das senhas, pois elas protegem,
basicamente, extensões da nossa própria vida. Para tanto, apresente o vídeo
sugerido à turma e faça ponderações pertinentes. Depois, discuta sobre o
número de senhas que pode ser formado, tendo o PFC como pano de fundo.
Mostre a importância da Matemática. Uma sugestão é dividir a turma em duplas
e entregar um problema de senha para cada uma delas, similar ao problema
de Bob. Você pode estimular cada dupla a resolver o problema de mais de uma
forma (desenhos, cálculos etc.) e depois encorajá-los a compartilhar suas ideias
à turma. Deixe que os estudantes explorem diferentes tipos de resolução e
apresentem múltiplas formas de argumentos. Promova um espaço aberto à
criatividade de resolução pessoal.
Possibilidades de senhas! Agora é com você!
Vamos criar uma senha para o celular de dois dígitos usando apenas os
10 algarismos:
a) De quantas maneiras diferentes você pode criar uma senha de 2 dígitos

podendo repetir os algarismos?
Dica: As senhas 22 e 33 são válidas, pois os dígitos podem ser repetidos.
Como são 10 algarismos, logo temos: 10 x 10 = 100.
1 2 3 22 Portanto, são 100 possibilidades de senha.
4 5 6
7 8 9 33 Tipos de senha: 00, 01, 02, 03, ..., 50, 51, ...,99.
b) De quantas maneiras diferentes você pode criar uma senha de dois dígitos
SEM repetição dos algarismos?
Dica: As senhas 44 e 11 não são válidas, pois os algarismos se repetem.
Resposta: 10 x 9 = 90 senhas possíveis.
Professor(a), na primeira posição da senha, temos dez possibilidades de

algarismos a serem escolhidos. Como não podemos repetir o algarismo na
segunda posição da senha, logo, vamos ter nove (10-1) possibilidades de
algarismos a serem escolhidos, haja vista que um algarismo já foi usado na
primeira posição.

356
c) Quantas senhas são possíveis de serem criadas com quatro algarismos,

com e sem repetição?
1 2 3 22
4 5 6
7 8 9 33
0
Com repetição:
Resposta: 10 x 10 x 10 x 10 = 10000.
Sem repetição:
Resposta: 10 x 9 x 8 x 7 = 5040.
Podemos dizer que quanto mais dígitos a senha tiver, mais difícil será para
descobrir o seu segredo?
Resposta: Em termos de combinações, sim. Mas vai depender de outros fatores,

como contexto, pessoa etc.
ATIVIDADE 5: CRIANDO UMA SENHA PARA

A REDE SOCIAL
Considere o seguinte teclado virtual (algarismos, letras e caracteres especiais)
para compor a nossa senha secreta à rede social:
K L M N O P Q R S T
Atenção: vamos considerar apenas letras maiúsculas para este teclado.
Sugestão
Utilize o PFC para resolver as seguintes situações-problema.
a) Usando apenas algarismos, quantas senhas pares de três dígitos podem ser
formadas? Condição: Os algarismos podem ser repetidos.
O último algarismo do
numero precisa ser par.
Dica:
Veja que o último dígito da senha precisa ser um algarismo par

(0,2,4,6 ou 8), pois a senha é um número par. Recorde que todo
número par termina em 0,2,4,6 ou 8, pois ele é múltiplo de 2.
Resposta: 10 x 10 x 5 = 500 senhas.
Dígito 1: 10 possibilidades de algarismos | Dígito 2: 10 possibilidades de

algarismos | Dígito 3: 5 possibilidades de algarismos (5 algarismos pares)

358
b) Quantas senhas de quatro dígitos podem ser criadas usando apenas letras
do alfabeto? Condição: Sem repetição de letras.
Resposta: Total de letras: 26. Logo, 26 x 25 x 24 x 23 = 358.800 possibilidades

de senhas.
Dica:
O total de letras do teclado é 26.
• Senha possível: ABCD

• Senha não permitida: BBBB
c) Usando o teclado apresentado anteriormente, quantas senhas podem ser

criadas com cinco dígitos? Considere as seguintes condições:
Dígito 1: Letra | Dígito 2: Número | Digito 3: Letra | Dígito 4: Letra |

Dígito 5: Caracter especial
S3NH@ Exemplo
As letras, algarismos e caracteres especiais podem ser repetidos.
Resposta: 26 x 10 x 26 x 26 x 14 = 2.460.640 senhas.
26: total de letras | 10: total de algarismos | 14: total de caracteres

d) É sua hora de criar uma s3nh4!
Seguem algumas dicas para pensar na criação da sua senha:
• Quantos dígitos a senha vai ter? Ela vai ter letra e algarismo?
• Acha legal colocar caracteres especiais?
• Óbvio: a senha vai ser diferente da sua data de aniversário, né?!
• Desenhe o seu próprio teclado de referência (letras, algarismos
e caracteres).
Depois de responder às questões anteriores, quantas senhas podem ser

formadas com as condições estabelecidas por você?
Dica:
Para saber todas as possibilidades de senhas, verifique o total de

letras, algarismos e caracteres do seu teclado.
Atenção: Observe também que considerar letras maiúsculas e

minúsculas dobra a quantidade de opções (Aa, Bb, Cc...)

360
Professor(a), muito além de incentivar os estudantes a desenvolverem o

pensamento de combinatória, nesta etapa do processo é importante que
eles tenham um olhar crítico para este tema. Para tanto, dialogue sobre
a importância de ter um olhar atento às senhas que são criadas. Fale da
importância de combiná-las com caracteres especiais (se possível, letras
maiúsculas e minúsculas) e também sobre a necessidade de não compartilhá-
las com nenhuma pessoa que não seja de confiança. Converse sobre a
relevância de alterar uma senha de uma rede social para a outra; afinal, se um
hacker obtiver uma senha de uma rede social ele poderá tentar acessar todas as
demais – isso é extremamente perigoso! Na última questão, ajude os estudantes
a construírem uma senha. Auxilie-os a quantificarem o total de algarismos,
letras e caracteres do teclado utilizado. No final, você pode apresentar as
melhores e curiosas estratégias adotadas pelos estudantes.
ATIVIDADE 6: BORA VIAJAR? MAS... QUANTOS

CAMINHOS HÁ?
Quem aqui gosta de fazer um bom passeio ou realizar aquela viagem dos sonhos?
A propósito, você consegue se recordar de uma viagem inesquecível que fez?
Cada aventura na estrada é quase sempre marcada por boas lições e incríveis
lembranças, não é? Mas você já parou para pensar na quantidade de estradas e
trajetos que te conduziram até o seu destino final? Provavelmente, foram muitos
caminhos. E é isso que vamos estudar aqui: possibilidades de caminhos. E aí, tudo
pronto? Então, afivele os cintos porque nossa viagem começa agora!
Vamos supor que você deseja fazer uma viagem da Cidade Feliz até a Cidade
Inspiração. Porém, para chegar até a Cidade Inspiração é preciso passar pela
Cidade Esperança. Veja:
Estradas: A, B, C, D e E
A
D
B
Cidade Cidade
Feliz Inspiração
C E
6 Possibilidades:
• A D
• A E
Cidade
• B D Esperança
• B E
• C D
• C E
Outra forma de resolver: 3 · 2 = 6
Da Cidade Feliz até a Cidade Esperança há 3 possibilidades de rotas. E da

Cidade Esperança até a Cidade Inspiração há 2 rotas. Logo, pelo PFC: 3 x 2 = 6.
a) Há seis possibilidades distintas para fazer uma viagem da Cidade Feliz até a
Cidade Inspiração, passando pela Cidade Esperança. Existe outra forma de
resolver esse problema?
Resposta: Sim, por tabela, desenhos etc.
b) Como você faria? Mostre suas ideias e registre a sua argumentação.
Professor(a), trabalhe esta questão com os estudantes. Você pode explorar

diversos outros exemplos relacionados ao PFC. Também, se possível, incentive-
os a criarem seus próprios caminhos com percursos similares ao problema
proposto, prestigiando a criatividade por meio de diferentes resoluções. Porém,
um ponto de ressalva: é preciso tomar muito cuidado com os desenhos a serem
criados, de modo a não recair em uma fatoração por repetição; isso pode
gerar confusão e até cair em armadilhas desnecessárias para o processo de
aprendizagem. Para tanto, conduza o processo de elaboração, de modo a evitar
obstáculos didáticos.

362
Agora é com você! Anne deseja visitar a

sua amiga Diana. Veja as possibilidades de
percurso de Anne:
c
a
d
b
g
f h i
Uma possibilidade
A C F
c) De quantas maneiras diferentes Anne pode encontrar Diana, escolhendo

apenas um dos caminhos?
Resposta: Pelo PFC, temos: 2 x 3 x 4 = 24 possibilidades de caminhos.
Mais caminhos! Bora misturar as coisas mais um

pouquinho?
Suponhamos que você mora na Cidade Alegria (A) e deseja visitar a Cidade
Determinação (D). Veja o mapa:
Certeza
Alegria Determinação
Beleza
d) O GPS disse que você pode viajar diretamente para a Cidade Determinação,
sem passar pelas Cidades Beleza e Certeza. Há outras rotas além dessa?
Resposta: Sim.
e) De QUANTAS MANEIRAS POSSÍVEIS você poderá fazer o seu passeio

escolhendo apenas um caminho? Deixe os rastros da sua resposta (pode ser
por cálculos ou por desenhos).
A C D (1 X 2 = 2 possibilidades)
A D (3 possibilidades)
A B D (3 X 2 = 6 possibilidades)
Logo, 2 + 3 + 6 = 11 possibilidades.
ATIVIDADE 7: É HORA DE VOLTAR PARA A CASA!
Viajar ou passear é muito bom. Mas voltar para nosso lar é a melhor parte da
aventura. Você concorda com essa afirmação? Pois bem, agora iremos calcular o
número de possibilidades de ida e volta. Bora lá?

364
Da Cidade Altruísmo até a Cidade Resiliência há quatro opções de ida e volta.

Veja:
Ida
Volta
A Ida: 2 opções A ou B
Ida e volta: 4 opções

B
AA, AB, BA, BB
Cidade Cidade
Altruísmo Resiliência 2 x 2 = 4 possibilidades
Observe que você pode ir e voltar pelo mesmo caminho!
Agora é com você! Você está na Vila Sensatez e deseja ir para a Vila Equilíbrio.
Há três caminhos de ida. Veja:
A Ida
Volta
B
Ida: ? 3 opções: A, B, C
C
Ida e volta: ? 3 x 3 = 9 opções
Vila Vila AA, AB, AC, BA, BB, BC, CA, CB, CC
Sensatez Equilíbrio
a) Quantas maneiras diferentes você pode fazer, podendo repetir o caminho

de ida e volta?
Resposta: Há nove possibilidades diferentes, pois 3 x 3 = 9. AA, AB, AC, BA, BB,
BC, CA, CB e CC.
b) Quantas maneiras diferentes você pode fazer, não podendo repetir o

caminho de ida e volta?
Resposta: 9 – 3 = 6 possibilidades, pois não pode repetir o caminho de ida com

o de volta.
Logo, torna-se necessário excluir as seguintes possibilidades: AA, BB e CC.

c) DESAFIO! Saindo da Cidade A até a Cidade C, passando por B, indo e

voltando, quantas maneiras diferentes você pode fazer, podendo repetir o
caminho de ida e volta?
mercado
A B C
Cidade Cidade Cidade
Ida: 3 x 2 = 6 possibilidades
Resposta:
Ida:e3volta:
Ida x 2 = 6 3possibilidades.
x 3 x 2 x 3 = 6 x 6 = 36
Ida e volta: 3 x 2 x 3 x 2 = 6 x 6 = 36 possibilidades.
Sintetizando
Qual foi a parte das combinações possíveis que você mais se identificou?
Sempre que possível, antes de viajar ou compor uma senha forte para proteger
seus dados na internet, não esqueça de se perguntar: Quantas possibilidades de
escolha eu tenho? Será que estou escolhendo a melhor opção entre elas?
É sempre importante nos questionarmos sobre a tomada de decisões que

estamos fazendo. Nisto, o Princípio Fundamental da Contagem nos ajuda
a enxergar o número total e até mesmo os modos de possibilidades que
temos, não é mesmo? Aprendemos que para saber essa quantidade basta
fazer o produto do número total de itens de cada evento. Ah, esses eventos
precisam ser independentes, isto é, um não influencia a escolha do outro, por
reconhecermos que a construção do nosso conhecimento não se esgota aqui.
Então, para finalizarmos a nossa Sequência de Atividades com “chave de ouro”,

que tal cumprimentarmos uns aos outros com um aperto de mão? E, claro,
aprender mais um pouco!

366
Qual será o total de apertos de mão se dois estudantes se cumprimentarem?

E 10 estudantes?
• Um só estudante não “forma” nenhum aperto de mão. Precisa de

outro brother!
ogima º2 ogima º1
otnemirpmuc mU
)oãm ed otrepa(
• Observamos que dois amigos, ao se

1º amigo 2º amigo
cumprimentarem, “darão” apenas um
aperto de Um
mão.cumprimento
(aperto de mão)
1º amigo 2º amigo
Um cumprimento
(aperto de mão)
• Três amigos “darão” apenas três apertos de mão...

E assim sucessivamente...
ogima º3 ogima º2 ogima º2

otnemirpmuc mU
)oãm ed otrepa(
ogima º1
2º amigo 2º amigo 3º amigo
Um cumprimento
(aperto de mão)
2º amigo 2º amigo
ogima º3
1º amigo sotnemirpmuc sioD U
)oãm ed sotrepa(
1º amigo
FIGURA 1
3º amigo Fonte: AZEVEDO, Greiton Toledo. Combinações
Dois cumprimentos possíveis (Coleção: Hora do Pensar). 1. ed. São
(apertos de mão) Paulo: Trilha das Letras, 2016. v. 1. 35p.
3º amigo
Dois cumprimentos
Observe a tabela:
Pessoas Apertos de mão
1 0
2 1
3 3=1+2
4 6=1+2+3
5 10 = 1 + 2 + 3 + 4
6 ?
... ...
10 ?
Professor(a), desenvolva a atividade do aperto de mãos com seus estudantes.

É uma atividade que envolve a ideia de contagens e pode privilegiar bons
momentos com a turma. Para cada aperto de mão, incentive o estudante a dizer
uma palavra feliz ou um elogio para o seu colega (por exemplo, parabéns pelo seu
esforço etc.).
Uma sugestão: inicialmente, convide um estudante para ir à frente da sala e,

aos poucos, vá chamando mais estudantes, de modo a formar os apertos de
mão conforme a ilustração. Registre, ao mesmo tempo, todas as informações no
quadro quanto ao número de apertos na temporalidade dos acontecimentos.
Aproveite o momento e mostre as curiosidades que há por trás do aperto de mão,
como as figuras geométricas formadas e também a regularidade da soma gerada.
Sugestão de leitura:
AZEVEDO, Greiton Toledo. Combinações possíveis (Coleção: Hora do Pensar).

1.ed. São Paulo: Trilha das Letras, 2016. v.1. p.35.

368
ESPECIALISTA EM SEGURANÇA CIBERNÉTICA DÁ DICAS

PARA PROTEGER SUAS SENHAS
Globo Play | Mais Você
Disponível em: <https://globoplay.globo.
com/v/9210746/>.
Anotações
Anotações

370
SEQUÊNCIA 16.
X da questão: qual
é o segredo?
HABILIDADES
(EF07MA15)
Utilizar a simbologia algébrica para expressar regularidades
encontradas em sequências numéricas.
(EF08MA06)
Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculo do valor numérico
de expressões algébricas utilizando as propriedades das operações.
• Padrões e regularidades;
• Expressões algébricas.
• Compreender a ideia de padrão e regularidades;

• Reconhecer padrões aritméticos e geométricos;
• Identificar e analisar expressões algébricas;
• Realizar operações algébricas com valores numéricos.
Professor(a), esta Sequência de Atividades discorre sobre ideias de padrões e

regularidades. Na primeira etapa, a ideia central é a de construir significados
de regularidades e generalização em termos algébricos, buscando identificar “o
termo faltante ou genérico/desconhecido” de uma sequência lógica matemática
de maneira exploratória e investigativa. Na segunda etapa, serão trabalhadas as
ideias intuitivas de expressões algébricas, decodificando a linguagem usual ou
comum para a linguagem algébrica. Estas etapas estão estruturadas a partir de
atividades Mão na Massa e situações-problema, visando estimular o raciocínio, a
participação e o engajamento do estudante. Para tanto, é fundamental que haja
a troca rica de ideias e significados com os estudantes, favorecendo um ambiente
de aprendizagem que estimule a reflexão e as múltiplas formas de resolver
um determinado problema, de modo que eles tenham a oportunidade de
expressarem matematicamente, reconhecendo padrões e identificando termos
desconhecidos (como, por exemplo, incógnitas e variáveis). Como esta Sequência
de Atividades é a introdução de termos desconhecidos no campo algébrico,
não temos a intenção de esgotar todos os elementos que circunscrevem a essa
região de conhecimento, haja vista que as demais ideias deste assunto serão
trabalhadas no segundo volume de Matemática. Por fim, sugerimos que os
materiais manipuláveis sejam providenciados com antecedência e os programas
computacionais testados antes do desenvolvimento das aulas. Fique à vontade
para adaptar as atividades à sua realidade, focando na parte que se fizer mais
necessária no processo de aprendizagem em Matemática. Desejamos um
excelente trabalho com seus estudantes!
Aperta o play: Nossa jornada

começa agora!
ATIVIDADE 1: SERÁ QUE A NATUREZA SABE

DETERMINAR PADRÕES?
Você já parou para pensar que a nossa volta está repleta de padrões de
repetição? Pois bem, podemos identificá-los nos dias da semana, nas estações
do ano, na arquitetura, nas pinturas simétricas, no universo das notas musicais
e melodias e até mesmo na órbita dos planetas. Na natureza não é diferente,
há inúmeros padrões de repetição, como, por exemplo, no cres cimento de
algumas plantas podemos encontrar a sequência de Fibonacci. Tal sequência
sempre começa com 0 e 1, na qual cada novo número desta sequência é
determinado pela soma dos dois números anteriores. Veja como fica: 0, 1, 1, 2,
3, 5, 8, 13…

372
Padrão crescimento de galhos de uma árvore numa

lógica Fibonacci
Observe que na sequência de Fibonacci há um padrão de repetição do
crescimento dos galhos.
Cada número de galhos, a partir do terceiro mês, é a soma dos seus

dois anteriores.
7º mês: 13 galhos
6º mês: 8 galhos
Árvore de Fibonacci 5º mês: 6 galhos
4º mês: 3 galhos
Galho verde claro é broto, ainda não está
maduro, leva um mês para amadurecer e brotar. 3º mês: 2 galhos
Galho verde escuro já está maduro, cresce todo 2º mês: 1 galho

mês e produz um broto por mês.
1º mês: 1 galho
Início: 0 galho
• No início, 0 galho
• No 1° mês, 1 galho verde
• No 2° mês, 1 galho maduro
• No 3° mês, 2 galhos, sendo 1 galho verde e 1 galho maduro.
• No 4° mês, 3 galhos, sendo 2 galhos maduros e 1 galho verde.
• E assim sucessivamente, seguindo esse mesmo padrão lógico
de crescimento.
Veja o painel a seguir e o padrão lógico de crescimento dos galhos da árvore:
início 1ºmês 2ºmês 3ºmês 4ºmês 5ºmês ...
0 galho 1 galho 1 galho 2 galhos 3 galhos 5 galhos

(0+1) (1+1) (1+2) (2+3)
a) Considerando o mesmo padrão de crescimento, quantos galhos haverá no

10º mês?
Resposta: 55
b) Como você fez para resolver?
c) Há mais de uma forma de resolver?
Resposta: Sim.
Professor(a), neste momento inicial, é importante que os estudantes

reconheçam padrões no dia a dia e, sobretudo, relacionem a ideia de
regularidade matemática, descobrindo os segredos de repetição por trás de
uma sequência – como a de Fibonacci. Você pode estimular seus estudantes
a registrarem o cálculo na folha ou até mesmo expressarem suas ideias em
tabelas, desenhos etc. Para além dos termos do crescimento da árvore, os
estudantes podem trabalhar com a reprodução de coelhos, carregando a
mesma lógica regular de padronização Fibonacci. Convide-os a determinarem o
próximo termo, passo a passo, estabelecendo relações lógicas à luz dos termos
precedentes. No segundo momento, estimule-os a determinarem o vigésimo
termo, sem ter que esboçar desenhos ou fazer cálculos. Veja que aqui já
incentiva-se a ideia de “generalização” de forma indireta e intuitiva de termos.

374
O QUE É A SEQUÊNCIA DE FIBONACCI?

Superinteressante
Disponível em: <https://super.abril.com.br/
mundo-estranho/o-que-e-a-sequencia-de-fibonacci/>.
A sequência de Fibonacci é infinita e pode ser observada também na ciência da

computação, no mercado financeiro, no rosto humano, nas pétalas de flores, no
crescimento de coelhos e, inclusive, no rabo de um camaleão. Curioso tudo isso,
não? Aperte o play para saber mais!
SEQUÊNCIA DE FIBONACCI
Cristóbal Vila
Disponível em: <https://vimeo.com/9953368>.
O QUE É A SEQUÊNCIA DE FIBONACCI E O POR QUE É

CHAMADA DE “CÓDIGO SECRETO DA NATUREZA”
BBC News Brasil
Disponível em: <https://youtu.be/cHZWZhHQq4g>.
Anotações
Montando uma sequência geométrica
Professor(a), Entregue uma figura geométrica (triângulo, quadrado, retângulo,

círculo etc.) para cada estudante.
É importante que as figuras tenham uma quantidade igual de repetição para

que seja possível formar uma sequência regular lógico-padronizada.
Incentive cada estudante a fixar a figura geométrica no quadro, buscando

formar uma sequência padronizada. Por exemplo: TTTQQQRRCTTTQQQRRC...
ATIVIDADE 2: REGULARIDADES E PADRÕES
Padrão é uma sequência lógica que se repete ou que mantém um

comportamento regular.
Observe atentamente uma lista de figuras e números:
A
... Há regularidade
Replicação
+10 +10 +10 +10 +10
B 10 , 20 , 30 , 40 , 50 , 60 , ... Há regularidade
Salta de 10 em 10
padrão se repete
C 10 , 200 , -20 , 40 , 50 , 5 , ... Não há regularidade
Não tem padrão

de repetição

376
Notamos que apenas nos dois primeiros exemplos há uma regularidade, ou

seja, um padrão de repetição. O último exemplo não apresenta regularidade,
pois não há uma lógica regular.
Sequência: é uma lista ordenada de elementos, como

números, figuras geométricas, objetos etc.
GLOSSÁRIO
Agora é com você! Regularidades e generalizações com palitos.
M40 N4 M4SS4
Materiais: Palitos de fósforo (ou de dente ou de pirulito), lápis e folha.
Use os palitos para lhe auxiliar na resolução das questões.
a) Quantos triângulos de palitos há?
Observe os três primeiros triângulos de palitos de uma sequência.
3 palitos de fósforo 6 palitos de fósforo 9 palitos de fósforo

1 triângulo 2 triângulos 3 triângulos
Existe um segredo por trás das construções de triângulos com palitos!

Vamos investigar?
Mantendo-se a sequência, determine a quantidade de palitos e o número

de triângulos:
N° de
3 6 9 12 15 ... 99 ... 3x
palitos
N° de
1 2 3 4 5 ... 33 ... x
triângulos
Qual é o segredo por trás do número de palitos e o número de triângulos

correspondente?
Resposta: O número de palitos é três vezes maior que o número de triângulos,

ou seja, 3x.
b) Construindo quadrados com palitos
Observe as quatro primeiras figuras da sequência, usando palitos:
Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4
Quantos palitos serão necessários para construir a figura 5? E a figura 10?

Qual é a estrutura delas?
Quantos palitos de fósforos serão necessários para formar a n-ésima figura?
N° de palitos 4 8 12 16 ... 4n
N ° de quadrados 1 2 3 4 ... n

378
Solução:
Figura 5
NP = No de palitos
NQ = No de quadrados
NP = 4 x 5 = 20
NQ = 5
Figura 10
NP = 4 x 10 = 40
NQ = 10
Generalizando
Figura N
NP = 4 x n
NQ = n
Expressões algébricas
... em termos de n
Anotações
ATIVIDADE 3: CONSTRUINDO TORRES DE CUBINHOS
Observe a sequência de figuras (use os cubinhos do material dourado):
Figura 1 Figura 2 Figura 3

1+2=3 2+2=4 3+2=5
a) Qual é o formato da 4ª figura da sequência? Quantos cubinhos há

nesta figura?
Resposta:
Figura 4
4+2=6
b) Quantos cubinhos há nas figuras 5 e 10?
Resposta: Figura 5: 5+ 2 = 7 e Figura 10: 10 + 2

380
c) Qual figura terá 16 cubinhos?
Resposta: 14ª figura.
d) Escreva uma expressão algébrica que represente número de cubinhos na

figura ‘n’.
Veja a sequência a seguir e descubra “segredo ou padrão” do total de

cubinho na figura n?
Figuras Total de cubinhos
Figura 1 1+2=3
Figura 2 2+2=4
Figura 3 3+2=5
Figura 4 4+2=6
... ...
Figura 5 10 + 2 = 12
... ...
Figura n n+2
ATIVIDADE 4: QUAL É O SEGREDO DOS

QUADRADINHOS?
Observe a sequência das quatro primeiras figuras:
F: Figuras
...
F1 F2 F3 F4
F1: 1 quadradinho 1 x 1 = 1 ou 1² 1 quadradinho roxo
F2: 4 quadradinhos 2 x 2 = 4 ou 2² 2 quadradinhos roxos
F3: 9 quadradinhos 3 x 3 = 9 ou 3² 3 quadradinhos roxos
Agora é com você! Quantos quadradinhos há na figura 4? Quantos

quadradinhos são roxos?
Resposta: 16 e 4, respectivamente.
É hora de desenhar! Desenhe na malha quadriculada o formato da figura 5.
Resposta:
5 x 55 x=5 =25
25 ouou
5² 5²
Agora, mantendo-se o padrão lógico, pinte os quadradinhos roxos na figura.
Quantos quadradinhos ao todo são? Quantos quadradinhos roxos têm na

figura 5?
Resposta: Total: 25 quadradinhos | Coloridos: 5 quadradinhos
Generalizando ideias...
Figuras F6 F7 F8 F9 F 10 ... Fn
N° de quadradinhos 36 49 64 81 100 ... n²
Quadradinhos roxos 6 7 8 9 10 ... n

382
ATIVIDADE 5: CENÁRIOS DE JOGO: QUANTOS

BLOCOS HÁ?
Observe a lógica de crescimento de blocos a seguir:
... ?
Fig1 = 1 Fig2 = 3 Fig3= 5 Fig4 = 7 Fig6 = ?
a) Mantendo-se o padrão, quantos blocos estarão na figura 6? Desenhe esta

figura:
Resposta:
Fig6 = 11
b) É possível encontrar 10 blocos em alguma figura da sequência? E 20 blocos?

E 100 blocos?
Resposta: Os números 10, 20 e 100 são pares. Logo, não é possível, pois a
sequência só tem números ímpares.
c) Qual é o “segredo” da sequência? Isto é, quantos blocos terão na figura n?
Resposta: 2n - 1.
ATIVIDADE 6: CONSTRUINDO PONTE E ATRAVESSANDO

O RIO
Observe que a ponte a seguir está incompleta. Falta uma torre para
ser construída:
torre1 = 3 • 4 = 12
torre2 = 3 • 5 = 15
torre3 = 3 • 6 = 18
torre4 =
?
Mantendo-se o padrão da sequência, pense e resolva os seguintes itens:
a) Quantos blocos são necessários para construir a Torre 4?
Resposta: 3 · 7 = 21 blocos.
b) Quantos blocos serão necessários para formar a Torre 10?
Resposta: 3 · 13 = 39 blocos.

384
c) DESAFIO! Quantos blocos serão necessários para formar a Torre “n”?
Resposta: 3.(n + 3) = 3n + 9 blocos.
Professor(a), para resolver o desafio com a turma, levante questões

norteadoras. Por exemplo: O número de blocos de cada torre é sempre
multiplicado por três? (3 · 4 = 12; 3 · 5=15, 3 · 6= 18…). Leve os estudantes
a visualizarem que o número de blocos de cada torre é sempre o produto
de 3 pelo número da figura somado com 3.
Ou seja:
• Figura 1 : 3 · (1 + 3);
• Figura 2 : 3 · (2 + 3),
• E assim por diante. Logo, Figura n: 3 · (n + 3).
ATIVIDADE 7: X DA QUESTÃO: DA LINGUAGEM USUAL

À LINGUAGEM ALGÉBRICA
Na Matemática, podemos chamar valores desconhecidos por incógnitas.
Por exemplo: a idade de Pedro é o dobro da idade de João.
Como a idade de João é desconhecida, podemos escrever assim:
• Idade de João: x
• Idade de Pedro: 2x (duas vezes a idade de João)
Se a idade de João for 10, a idade de Pedro vai ser: 2 · 10 = 20 anos.
X é a incógnita e representa o valor desconhecido. Mas pode ser

qualquer outra letra.
Podemos “traduzir” a linguagem comum para a linguagem algébrica.

Vamos investigar?
Observe os números a seguir e busque relacioná-los conforme a sua

respectiva linguagem usual.
2x + 3 x
2
3x - 2x x/ - 10
2x - 5 2
3x + 2
2
x -1 x
3 x/ 4x + 3
2
Linguagem usual Linguagem algébrica
O dobro de um número menos cinco 2x-5
O dobro de um número mais três 2x+3
O triplo de um número mais dois 3x+2
A metade de um número
A metade de um número menos dez - 10
O quádruplo de um número mais três 4x + 3
O quadrado de um número x²
O quadrado de um número menos um x² - 1
O cubo de um número x³
A diferença entre o triplo e o dobro de um mesmo número 3x - 2x
Tome nota
Expressões algébricas são constituídas por números, letras e sinais de operação.

Ex.: 2x, 4x + 3, 2x + 5, ...
2 · x ou 2x é a mesma coisa. Repare que quando tiver um número na frente da

letra significa que ambos estão sendo multiplicados. Lê-se: dois vezes x ou dois x.

386
ATIVIDADE 8: LABIRINTO DOS VALORES ALGÉBRICOS
E aí, vamos jogar um jogo?
Então, prepara a sua folha, pião e dado, porque a nossa aventura pelo labirinto
dos valores algébricos começa agora!
Um modelo de tabuleiro e um de dado será disponibilizado pelo professor(a).
Professor(a), este jogo encontra-se no anexo 5.
Autor do Jogo: Greiton de Azevedo
Como jogar: Os jogadores devem iniciar na posição inicial dentro do labirinto. Vence o jogo quem
conseguir sair primeiro dele. Na primeira jogada, o número do dado indicará quantas casas o
jogador deve avançar. A partir da segunda jogada, cada jogador, ao lançar o dado, deve substituir
o valor do dado na letra “d” da expressão algébrica da casa correspondente. O valor da expressão
algébrica determinará o número de casas que o jogador deve avançar ou retroceder: se o valor for
positivo, o jogador avança; se negativo, o jogador retrocede. Assim que o jogador fizer o cálculo e
obtiver o resultado, deve avançar ou retroceder e, imediatamente, passar a vez para outro jogador.
Por exemplo:
Dado: 2
Expressão algébrica: d + 1
Logo, 2 + 1 = 3
o jogador vai avançar três casas.
Dado: 4
Expressão algébrica: 3d – 15
Logo, 3 x 4 – 15. Isto é, 12 – 15 = - 3
o jogador deve voltar três casas.
Importante
A ordem de prioridade das operações deve ser respeitada:
• 1º: Divisão ou multiplicação ( : ou x )

• 2º: Adição e subtração ( + ou - )
ATIVIDADE 9: BUSCANDO EQUILÍBRIO
Você sabia que antigamente utilizavam-se as balanças de dois pratos para

comparar dois pesos? Nas feiras, nos armazéns e até nos bancos, estas balanças
serviam para comparar pesos de frutas, verduras, objetos etc. O equilíbrio dela
só acontece quando os pesos são iguais. Quando um lado é mais pesado do que
o outro, a balança fica desequilibrada.
#parapensar!
O lado mais pesado da balança fica voltado mais para baixo ou para
cima? E o mais leve?
Resposta: Para baixo e para cima, respectivamente.
É hora da feira: pesando frutas com a balança

de dois pratos...
Veja que a balança de dois pratos está equilibrada.
g: grama

388
=?
No prato esquerdo, há duas maçãs. Do outro lado, no prato direito, há um contrapeso
de 400 g.
+ = 400g = 200g
Vamos verificar quanto pesa cada maçã, sabendo que elas têm pesos iguais:
=?
Observe que a balança está em equilíbrio. Daí, podemos escrever dessa forma:
+ = 400g = 200g
=?
Como as maçãs têm pesos iguais, logo, cada uma tem 200 gramas.
+ = 400g = 200g
Pois, 2 x 200 = 400g.
Podemos escrever essa resolução a partir da linguagem algébrica. Veja:
Uma maçã: x (incógnita valor desconhecido)
Duas maçãs: 2x (incógnitas)
O que está em um prato: 2x

2x =400
O que está em outro prato: 400
Veja que o x representa o número desconhecido (a

incógnita). Poderia ser outra letra em vez do x? Sim
200g
2x = 400
1º membro 2º membro
São iguais, pois a balança está equilibrada.
Veja que podemos fazer a seguinte pergunta: Qual o número

multiplicado por 2 dá 400? É 200, pois 200 . 2 = 400. Ou seja, x = 200.
Agora é com você! Descobrindo o peso da melancia!
A balança de pratos está em equilíbrio:
Tome nota:
4kg
1kg = 1000g
1kg 6kg 1000g

390
a) Quanto pesa a melancia (M) ?
= 1000g
Melancia + 1kg = 6kg + 1 kg + 4kg
Melancia + 1kg = 10 kg + 1kg
Melancia = 10kg
Posso retirar 1kg de cada lado da balança.
Veja como Eduardo fez para resolver o problema anterior usando

termos algébricos:
Melancia: M
Melancia
M+1 6+4+1
M+1=6+4+1
Qual deve ser o valor de M para
termos a igualdade verdadeira?
M + 1 = 10 , o valor de M = 10,
pois 10 + 1 = 10 + 1
a) O que você acha da resolução de Eduardo?

b) O que significa a letra M? O que significa M + 1?
Resposta: Peso da melancia mais 1 quilograma.
c) Você usaria a letra M ou outra letra para representar a melancia?
d) O valor de M para que a igualdade da expressão algébrica se torne

verdadeira é 10. Isto é, M = .
Resposta: M=10
Portanto, a melancia pesa .
Resposta: 10 kg
ATIVIDADE 10: O PESO DO POTE DE MEL NA BANCA

MEL-APICULTURA
O Sr. José, feirante, montou a seguinte balança e observou que ela se
equilibrava. Ajude o Sr. José a descobrir o peso de cada pote, sabendo que eles
têm o mesmo peso.
Como você faria para resolver este problema? Apresente suas ideias e cálculos.
2 Kg
2 Kg
2kg A balança está
2kg 4kg 3kg em equilíbrio
a) Quanto "pesa" cada pote, sabendo que eles têm o mesmo peso?
3 potes + 4kg = 3kg + 4kg

392
3 potes = 3kg
Logo, cada pote "pesa" 1kg.
b) Podemos representar cada prato da balança em termos algébricos? Se sim,

como ficaria?
Possível solução: Pote = F.
3l + 4 = 3 + 4 3l = 3
Prato 1 Prato 2 3·1=3
Observe o rascunho inicial do Sr. José, usando letras:
P: Pote.
3P + 4 = 3 + 4
c) Como você faria para descobrir o valor de P, de modo que a balança

fique equilibrada?
ATIVIDADE 11: BANCA DAS LARANJAS
A balança está desequilibrada. Observe que há 10 laranjas no prato à direita

da balança.
500
g = 125g
500g
A balança está
em desequilíbrio
Considere que as laranjas tenham o mesmo peso.

Quantas laranjas a mais devem ser colocadas à esquerda da balança, de modo a

equilibrá-la?
Resposta: 10 x 125 = 1250 g

1250 – 500 =750 g
750 ÷ 125 = 6 laranjas.
Professor(a), a ideia aqui é trabalhar com a noção intuitiva da equação do 1º

grau, sem necessariamente explorar as regras ou as técnicas de resolução.
Tais regras de resolução serão exploradas no Livro 2 de Matemática, dando
mais rigor aos procedimentos matemáticos. Neste momento, o foco está na
construção das expressões algébricas, enfatizando a linguagem algébrica – com
números, operações e incógnitas. É importante que o estudante compreenda as
ideias por trás do equilíbrio da balança e, ao mesmo tempo, atribua significados
algébricos em termos de valores desconhecidos (incógnitas). Você pode levar
uma balança de argolas (feita de madeira) como exemplo. Você também pode
levar uma balança de pratos ou até mesmo construir uma com garrafas PET;
caso não seja possível, deixamos um applet para que você possa explorá-lo
com seus estudantes. Outra dica é desenhar uma balança no quadro e colocar
frutas nos pratos, tirando-as ou colocando-as de outro, de modo a manter o
equilíbrio ou desequilíbrio dela. Estimule os estudantes a realizarem operações
de multiplicação e divisão, de modo a encontrarem os pesos das peças incluídas
nas situações-problema.
Agora aperte o play! É hora de brincar com as balanças e pensar algebricamente:
EXPLORADOR DA IGUALDADE
PhET | Software
Disponível em: <https://phet.colorado.edu/
sims/html/equality-explorer-basics/latest/
equality-explorer-basics_pt_BR.html>.

394
Professor(a), você pode explorar o software com os estudantes no laboratório

de informática a partir de situações-problema propostas à turma; caso não
seja possível, explore o software na sala de aula. Você pode reorganizar os
estudantes no formato elíptico e, a partir daí, incentivá-los irem à frente e
apresentarem suas ideias e resoluções a partir de perguntas referentes à
comparação de pesos.
ATIVIDADE 12: A MÁQUINA

MALUCA
Enquanto isso, em um universo paralelo...
A Máquina Maluca está transformando os
números...
Qual é o segredo por trás

dessa “transformação”?
4
Entrada Transformação Saída
2 4
3 6
10 20
100 200
500 1000
1000 2000
x 2x
O segredo da máquina é transformar cada número em seu dobro x 2x

Professor(a), a ideia aqui é introduzir a concepção de variável. Você pode

diferenciar incógnita de variável. Diga que incógnita assume uma única solução,
enquanto variável, assim como o próprio nome diz, varia o valor, dependendo
do contexto em que se refere. Na Máquina Maluca, por exemplo, para cada
valor de entrada (x), assume-se um único valor de saída; é um princípio intuitivo
de função. Não há necessidade de formalizar o conceito de função, haja vista
que ele será explorado no livro.
Sintetizando
Nesta Sequência de Atividades, aprendemos sobre os padrões e as
regularidades. Vimos que a Matemática está intimamente relacionada com
a natureza ou a natureza com a Matemática: eis a questão! Você se recorda
da Sequência de Fibonacci? Falando em sequência, vimos que é possível
determinar o número mágico de cada uma delas, não é mesmo? Por exemplo,
a sequência dos números pares pode ser escrita por 2n. Veja que a letra n pode
assumir qualquer número natural. Veja:
2n = ?
2.0 = 0, para n = 0
2.1 = 2, para n = 1
2.2 = 4, para n = 2
2.3 = 6, para n = 3
2.4 = 8, para n = 4
...
Ou seja, os resultados formam a sequência de números pares (0,2,4,6,8,10...)
#parapensar!
Qual é o segredo que determina a sequência de todos os números

ímpares (1,3,5,7,9,11, …)?
Resposta: 2n + 1 (a partir de n=0) ou 2n-1 (a partir de n =1).

396
Teste aí valores para ver se os resultados sempre serão ímpares. Se sim,

podemos afirmar que a sequência é uma “máquina” que gera todos os números
ímpares! Mais do que esse assunto no universo da Matemática, exploramos a
ideia de incógnita e também divertimos no labirinto das expressões algébricas.
Vimos que podemos transformar a linguagem comum para a linguagem
algébrica. Por exemplo: Maria tem o triplo de jogos do que Marta. Como você
escreveria isso em termos algébricos?
Resposta: MARTA: X, MARIA: 3X.
A nossa aventura fica por aqui. Mas este assunto fará parte das nossas futuras
jornadas! Até lá!
Anotações
Anotações

398
SEQUÊNCIA 17.
Uma vida saudável:
ciclismo e
circunferências
HABILIDADES
(EF07MA22)
Construir circunferências utilizando compasso, reconhecê-las como
lugar geométrico e utilizá-las para fazer composições artísticas e resolver
problemas que envolvam objetos equidistantes.
(EF07MA33)
Estabelecer o número como a razão entre a medida de uma
circunferência e seu diâmetro, para compreender e resolver problemas,
inclusive os de natureza histórica.
(EF07MA05)
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
• Circunferência: contextos e aplicações;

• Elementos de uma circunferência;
• Perímetro da circunferência: C =2. π.r
• Compreender o conceito de circunferência;

• Estabelecer relações da circunferência com aplicação real;
• Reconhecer a circunferência e diferenciá-la de círculo;
• Deduzir o valor de (razão entre o comprimento e o diâmetro da
circunferência);
• Realizar operações do diâmetro e do perímetro da circunferência.
Professor(a), esta Sequência de Atividades aborda o conteúdo de circunferência

e suas ideias. Inicialmente, o estudante será incentivado a reconhecer a
circunferência e compreender seus elementos a partir de situações reais.
Durante esta etapa, promova um espaço de discussão sobre a diferença entre
circunferência e círculo, encorajando o estudante a estabelecer as relações
entre raio e diâmetro. No segundo momento, estimule o estudante a investigar
e deduzir o valor da constante como a razão ou divisão entre o perímetro e
o diâmetro da circunferência a partir de uma atividade experimental com uso
de materiais concretos. No terceiro momento, oriente o estudante a explorar
os conhecimentos construídos nas etapas anteriores, de modo a aplicá-los
no contexto de ciclismo. É uma etapa que, muito além de problematizar as
relações da vida real, é importante para que o estudante estabeleça relações
de proporções de cálculos a partir do perímetro da circunferência. Como
sempre sugerido, todas as atividades podem ser readaptadas à sua realidade.
Portanto, fique à vontade para personalizá-la ao seu modo. Você pode inclusive
dedicar mais tempo em uma etapa em relação à outra a fim de valorizar as
especificidades do seu contexto de sala de aula. Sugerimos a leitura prévia
de toda a Sequência. Aproveite para providenciar os materiais antes do
desenvolvimento da aula. Por fim, desejamos ricas trocas de conhecimentos
e boas tempestades de ideias sobre o objeto de estudo desta Sequência de
Atividades. Ótimo trabalho!

começa agora!
ATIVIDADE 1: IRRIGAÇÃO INTELIGENTE E SUSTENTÁVEL
Você sabia que a Matemática está presente

até mesmo na produção do nosso alimento
diário, como feijão, arroz, batata etc.? Pois
bem, para a produção destes alimentos, os
agricultores ou produtores rurais utilizam
a Matemática através do pivô central de
irrigação. Você já ouviu falar dele antes?
O pivô central é um sistema de irrigação

inteligente voltado para a agricultura,
sobretudo quando se pretende produzir
FIGURA 1
cultivos agrícolas em largas escalas.
Fonte: Elena Charlotte Landau_Embrapa.

400
Por ter muitas vantagens e não agredir o meio ambiente, ele se torna muito útil
e é muito rentável para os agricultores.
A irrigação é feita por intermédio de uma torre central que se une a uma
estrutura horizontal suspensa que gira de maneira circular, de modo a molhar
toda a plantação.
A trajetória circular do Pivô lembra os ponteiros de um relógio?
Acesse o QR CODE para visualizar essa técnica inteligente e tecnológica de

irrigação das plantas!
COMO FUNCIONA UM PIVÔ CENTRAL?

Valley Irrigation
Disponível em: <https://youtu.be/xwJIBAaD-Lk>.
Ao assistir ao vídeo, dê especial atenção aos seguintes pontos e responda:
a) Qual é o formato geométrico formado pelo deslocamento do pivô central?
Resposta: Espera-se que os estudantes respondam “círculo” ou “circunferência”
b) O que é uma torre central de um pivô?
Resposta: É uma base fixa responsável pela tubulação superior para

abastecimento da água.
O pivô central de irrigação lembra uma

circunferência?
Podemos associar os elementos da circunferência ao pivô central. Veja:
A torre central do pivô lembra o ponto central da circunferência.
O lance que conduz a água do ponto central do pivô até

a ponta dele é como é o raio de uma circunferência.
O giro formado pelo pivô lembra o círculo, não é? O contorno

deste círculo formado a própria é a circunferência.
CIRCUNFERÊNCIA CÍRCULO
Intuitivamente, a circunferência é o contorno do círculo, isto é, o círculo é a

região interna da circunferência.
O raio da circunferência é a distância entre o ponto central e a circunferência.

402
Professor(a), apresente o vídeo aos estudantes e estimule-os a observarem

o sistema de funcionamento do pivô central, em especial, o seu movimento
circular e também a torre central. Não há necessidade de aprofundar os termos
técnicos ou procedimentais de tubulação do sistema de pivô, haja vista que
essa introdução é para abrir o assunto sobre círculo, circunferência e seu ponto
central, dando mais contexto ao assunto a ser explorado. Para tanto, incentive-
os a relacionarem a ideia do pivô como ponteiros de relógio. Pergunte aos
estudantes se já conheciam esse sistema ou se o tinham visto na televisão, na
rede social, ou mesmo se há alguém da família ou um conhecido que trabalha
no campo (agricultor, engenheiro agrônomo etc.). Diga que esse sistema de
irrigação é o mais utilizado no Brasil pelo custo-benefício oferecido ao agricultor.
Deixamos aqui também alguns textos que podem te ajudar na fundamentação
técnica e teórica deste assunto.
PIVÔ CENTRAL: SAIBA COMO FUNCIONA E

INDICAÇÕES DE USO
Blog para Profissionais do Agronegócio e Veterinária
Disponível em: <https://www.cptcursospresenciais.com.
br/blog/vantagens-do-pivo-central/>.
ÁREA IRRIGADA POR PIVÔS CENTRAIS NO BRASIL

ATINGE 1,6 MILHÃO DE HECTARES
Embrapa
Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-
noticias/-/noticia/59843654/area-irrigada-por-pivos-
centrais-no-brasil-atinge-16-milhao-de-hectares>.
Circunferência: raio e diâmetro
Na Matemática, dizemos que a circunferência é uma linha curva fechada, cujos

pontos que a constituem têm a mesma distância de um ponto central.
Professor(a), você pode dizer ainda que a circunferência é formada por

infinitos pontos que equidistam de um ponto central. Encoraje os estudantes a
verificarem essa afirmação.
Note que o ponto central O não pertence à circunferência.
O
r: raio
Diâmetro
O: Ponto central
C: Circunferência
Raio
d: Diâmetro
O diâmetro é um segmento de reta que une dois pontos da circunferência,

passando pelo ponto central. O diâmetro é duas vezes o raio da circunferência.
Escrevemos assim: d = 2. r
ATIVIDADE 2: CONSTRUINDO CIRCUNFERÊNCIAS
M40 N4 M4SS4
Pedro desenhou duas circunferências na malha quadriculada, utilizando um
compasso e um barbante. Veja:
Usando compasso Usando barbante

404
a) Qual é o diâmetro de cada uma das circunferências?
Resposta: 30 cm e 20 cm, pois, respectivamente, 15 x 2 = 30 e 10 x 2 = 20.
b) Há outro jeito de desenhar uma circunferência sem usar barbante e

compasso? Se sim, o que você usaria?
Resposta: Existe outro jeito. É possível usar objetos redondos como base, por
exemplo: moeda, copo, prato, balde etc.
Agora é com você! Desenhe uma circunferência na malha quadriculada e

expresse a medida do raio e do diâmetro.
Resposta: resposta pessoal.
ATIVIDADE 3: UM NÚMERO ENIGMÁTICO: QUEM É ELE?
M40 N4 M4SS4
Existe um segredo por trás dos objetos redondos. Você sabia? Há um
número que sempre surge quando dividimos a medida do comprimento da
circunferência pelo seu diâmetro.
Vamos investigar que número é esse, cientista?
Professor(a), peça aos estudantes com antecedência que tragam os materiais a

seguir para a aula. A atividade pode ser realizada em grupo.
Você vai precisar de: fita métrica (ou barbante e régua) e, pelo menos,
um objeto redondo (lata de refrigerante, de óleo, de leite condensado, de
achocolatado, copo, moeda, prato, CD, disco etc.).
Tomaremos, como exemplo, uma lata:
• Passo 1: Meça o comprimento da circunferência do objeto redondo

trazido por você com a fita métrica ou com o barbante. Caso utilize o
barbante como medidor, ponha o tamanho obtido na régua para obter a
medida do comprimento da circunferência. Veja as imagens a seguir:
Perceba que a borda da tampa da lata pode ser vista como círculo e o
seu contorno como a circunferência.
• Passo 2: Agora, é hora de medir o diâmetro da

circunferência. Para determinar a medida do diâmetro,
passe o barbante ou a fita métrica no centro da
circunferência, unindo os dois extremos.
D
• Passo 3: Usando a calculadora, divida o valor da medida do
comprimento da circunferência pelo seu diâmetro. Depois disso,
anote todas as informações obtidas no quadro a seguir.
Preencha a primeira linha da tabela de acordo com os dados
obtidos na sua experimentação. As demais linhas devem ser
preenchidas com informações de medidas de outros objetos
obtidos pelos seus colegas de sala. Por fim, o que podemos dizer C
dos valores dessa divisão? Estão sempre próximos de 3,1?

406
Comprimento Diâmetro (d)

Objeto redondo Divisão C/d
C (cm) (Cm)
Professor(a), estimule os estudantes a fazerem a medição do comprimento e

do diâmetro da circunferência e, por extensão, realizar os cálculos e registrá-
los na tabela anterior. Diga a eles que são valores imprecisos, haja vista que as
medidas foram obtidas por instrumentos de medida limitados (e.g., barbante,
régua, fita métrica). Ressalte que, por exemplo, medidas feitas por meio de
softwares avançados apresentam resultados mais acurados e precisos. É

importante que os estudantes cheguem à conclusão de que os valores obtidos
são próximos a 3,14, que é o número irracional π, por meio da investigação,
análise e reflexão sobre os valores. Deixe-os levantarem e discutirem hipóteses.
Além disso, é importante, durante o experimento, reforçar os elementos
relacionados à circunferência, como raio, diâmetro, ponto central, corda e arco.
Você pode trabalhar com questões norteadoras, tais como: “O raio é a metade
do diâmetro? Então, o diâmetro é duas vezes o valor da medida do raio?”. O
diâmetro é uma corda que passa no meio da circunferência. É a maior corda da
circunferência? Se possível, apresente à turma as médias aritméticas (medida
de tendência central) dos valores obtidos dos experimentos no quadro ou
na tabela do Excel. Discuta essa ideia com os estudantes e também sinalize o
significado e a importância do número na Matemática. Veja que a proposta aqui
é diferente de falar as respostas para o estudante. Em vez disso, instigue-os a
chegarem a esse valor. Outra dica é utilizar os diferentes resultados obtidos na
atividade e compará-los com a turma. Pode ser um momento rico de discussão
dos dados obtidos. Isso pode ajudar, além da visualização do valor próximo ao
número , na construção da fórmula do comprimento da circunferência.
O que podemos concluir com essa investigação?
Observe que os valores obtidos tendem a ser, aproximadamente, 3,14, não

é mesmo? Este valor é chamado de π (lê-se: pi) na Matemática. O número π
pode ser expresso pela razão entre o perímetro de uma circunferência e

seu diâmetro:
Dê uma bisbilhotada no número pi com as primeiras 42 casas decimais:
π = 3.141592653589793238462643383279502884197169
C
C
π = d
É um número muito famoso. Vamos saber um pouco mais sobre o fascínio

desse número?
De onde vem a fórmula do comprimento

da circunferência?
PARA QUE SERVE O PI E POR QUE ESSE NÚMERO

CAUSA TANTO FASCÍNIO?
BBC News Brasil
Disponível em: <https://youtu.be/vY6965UdcLI>.
Sabemos que o π é a razão do comprimento pelo diâmetro da circunferência.

Escrevemos assim:
Professor(a), construa a fórmula com os estudantes em sala de aula, mostrando

o passo a passo dela em um processo lógico, coerente e sistematizado. É

408
Comprimento da circunferência C
= π ou = π
Medida do diâmetro d
Circun
fer
ên
cia
Circunferência = π = 3,14159...
Diâmetro
C C: Circunferência
= π ou C=2.r.π
2.r r: raio
π: letra grega (pi)
importante que os estudantes visualizem os rastros desse processo, isto é,

esboce o passo a passo da equação do comprimento de uma circunferência no
quadro com seus estudantes, convidando-os a explicitarem com suas palavras
cada rastro realizado. Para que isso seja possível, você pode lançar perguntas
norteadoras à turma, a saber: “Posso trocar o valor d por 2r, por quê?”. Instigue-
os a dizerem também o porquê da equação ser a mesma coisa que a
equação r. Recomendamos fazer a passagem de para C = 2 x π x r por
meio da resolução da equação do primeiro grau (associada à ideia de equilíbrio

da balança ou proporção). Os estudantes precisam saber que as fórmulas
surgem também de uma lógica fundamentada e analítica, e não de um passe de
mágica. Diga que elas são importantes pelo fato de nos ajudar a obter valores
complexos e precisos, dependendo dos dados que se têm.
ATIVIDADE 4: UMA VIDA MAIS

SAUDÁVEL: BICICLETA E MATEMÁTICA
O uso da bicicleta como meio de transporte tem
aumentado a cada ano. Seja para fugir do trânsito
ou para adotar um estilo de vida mais saudável, são
muitos os motivos para começar a pedalar. Além de
ser um meio de transporte mais barato e sustentável, a
bicicleta também é ferramenta para quem quer apenas
se exercitar; protege o meio ambiente e a saúde ao
mesmo tempo. A bicicleta ainda auxilia na coordenação
e tonificação dos músculos. Ganhe força nos seus membros inferiores enquanto
se diverte e conhece novas partes da sua cidade. Mas, e aí, você já andou de
bicicleta? Curte qual tipo de bike? Você parou para pensar também quantas
voltas da roda da bicicleta são necessárias para ganhar uma maratona de
ciclismo? Isso depende do comprimento da roda? A Matemática tem tudo a ver
com isso! E aí, vamos descobrir?
Fonte: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/especial-publicitario/zema/especial-zema/
noticia/2021/05/20/modelos-tamanhos-e-cores-qual-bicicleta-comprar.ghtml
(Texto adaptado).
M40 N4 M4SS4
Qual é a medida do comprimento da roda
da bicicleta?
Observe o problema a seguir e, em seguida, descubra o perímetro da roda de
uma bicicleta.
Materiais: fita métrica, régua, calculadora e folha A4 para registro.

410
Qual é a distância percorrida pela bicicleta depois de 1000 voltas?
Para saber a distância percorrida, precisamos determinar o comprimento ou

perímetro da roda da bicicleta. Veja como podemos fazer:
Primeiro, medimos o raio da roda da bicicleta (aqui, raio = 10 cm*)
Depois, podemos utilizar a fórmula: C = 2πr
Por fim, calcule a medida do comprimento da roda da bike, temos:
*Consideramos 10 cm de raio para termos didáticos. Mas o valor não corresponde

à medida do raio original de uma bike.
C = 2.π.r, r = 10 cm e π 3,14
C 2 . 3,14, 10
C 62,8 cm
Como o comprimento da roda da bicicleta é igual a 62,8 cm. Então, uma volta
dela será o mesmo valor. Veja:
20 cm 20 cm 20 cm 2,8 cm
Se pudéssemos "abrir" e "esticar" a medida do comprimento da roda

da bicicleta, encontraríamos o valor 62,8 na reta numérica.
Como 1 volta é 62,8 cm
Logo, 1000 voltas são 62,8 x 1000 = 68.000 cm ou 680 m

Professor(a), uma sugestão é levar uma bicicleta para a sala de aula. Ou fazer
a atividade no pátio ou estacionamento da escola. Vire a bicicleta de modo
a deixar as suas rodas voltadas para cima. Sugerimos fazer um experimento
com os estudantes medindo o raio e o diâmetro dela. Por consequência,
leve-os a identificarem e a calcularem, usando a fórmula do comprimento da
circunferência, o perímetro da roda. Uma dica: você pode girar a roda e dizer
o comprimento e anotar a informação no quadro. Gire duas vezes a roda e
mostre que o comprimento é o dobro. Gire três vezes e mostre o triplo do
comprimento, e assim sucessivamente. O comprimento pode ser comparado
também com o comprimento da medida de um barbante. É importante
esclarecer que o valor é aproximado, até porque o comprimento da roda pode
ser tanto externo (pneu) quanto interno (aro). Problematize com situações da
realidade do estudante o número total de voltas e as relações de proporção
(dobro, triplo, quádruplo etc.). Por fim, lance perguntas norteadoras, como:
“Quantas voltas são necessárias para chegar até a escola, saindo do ponto X?
Qual é a diferença da roda maior e menor?”.
Explore mais casos de perímetro de uma roda de bicicleta! Acesse o QR CODE:
BICICLETA: COMPRIMENTO DA CIRCUNFERÊNCIA (PNEU)

Applet | Geogebra
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/vhanbxzt>.

412
Agora é com vocês!
Esta atividade pode ser realizada fora da sala de aula:
• Passo 1: MEÇA a medida do comprimento do raio da bicicleta escolhida.
• Passo 2: CALCULE o perímetro aproximado da roda usando a fórmula

C=2.π.r
C=2·π·r
• Passo 3: Registre os cálculos aproximados

obtidos na folha de caderno.
• Passo 4: Acesse o Google Maps e trace a
rota da sua casa até a escola.
a) Quantos metros ou quilômetros há?
b) Quantas voltas, usando a sua bicicleta como base, são necessárias para
percorrer a distância da escola e até a sua casa?
c) Quais são os benefícios e malefícios de utilizar uma bicicleta? Compartilhe

suas ideias com a turma!
Professor(a), espera-se que o estudante aponte os benefícios relacionados à

saúde e também a economia que se podem obter com ela em detrimento do
uso do carro. Porém, é importante o estudante refletir sobre o risco no trânsito
e os cuidados que precisam ser tomados.
ATIVIDADE 5: E AÍ, VAMOS ECONOMIZAR?
Goku quer trazer não só qualidade de vida para a sua saúde como também para
o seu bolso. Ele pretende comprar uma bicicleta e deixar o carro na garagem para
ir ao trabalho. Veja o quanto ele vai economizar. Veja o rascunho que ele fez:

414
a) Quantas semanas serão necessárias para o jovem Goku obter lucro, após
deixar de usar seu carro para o trabalho, considerando o gasto da bicicleta?
Resposta: Número > 10 semanas.
Em cada semana, ele vai economizar 200 reais. Em 10 semanas, ele vai
economizar 2000 reais (o preço da bike).
b) Quantas voltas são necessárias para percorrer um trajeto de 2 km, sabendo

que o diâmetro da bicicleta do Goku é de 29 polegadas?
• Considere uma polegada igual a 2,54 cm.

• Considere π ≈ 3,14
Diâmetro= 29 polegadas
Tome nota
• 1 km = 1000 metro
• 1 m = 100 cm
Resposta:
Diâmetro = Polegadas = 29 x 2,54 = 73,66 cm
C = 2πr = d.π = 73,66 x 3,14 = 231,2924 cm (aprox. medida do comprimento da

roda em centímetros)
231,2924 100 = 2,31 m (aproximado, o comprimento da roda da bicicleta em

metros)
2 km = 2000 m. Logo, 2000 2,31 = 866 voltas (aproximadamente).

Sintetizando
Nesta Sequência de Atividades, aprendemos uma porção de coisas, não é
mesmo? Vimos que dá para calcular o perímetro de uma circunferência pela
seguinte expressão: C = 2πr. Estudamos que ela nos fornece a possibilidade de
determinar o perímetro de qualquer circunferência, como um pivô, uma roda
de bicicleta, a tampa da latinha de refrigerante etc. Além disso, nessa trajetória,
aprendemos sobre o fascínio de um número que é muito famoso. Você se
recorda do número Pi? Ele sempre aparece quando dividimos o perímetro da
circunferência pelo diâmetro... Pois bem, este número ainda continua intrigando
a mente de muitos cientistas e curiosos. Quais serão as próximas casas decimais
a serem descobertas nas portas do futuro?! A nossa jornada não termina aqui...
Aperte o play e conheça um pouco mais deste número! Até lá!
ISTO É MATEMÁTICA: O PI EXISTE

Canal sigma3web
Disponível em: <https://youtu.be/evfc6bv6_lM>.
A irrigação com pivô central garante ao produtor fazer a terceira safra

plena sem depender das chuvas. Assista o vídeo.
IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL - TECNOLOGIA QUE

PERMITE FAZER TRÊS SAFRAS
VIDA RURAL MT - VALDIR PACHECO
Disponível em: <https://youtu.be/KJS9eK7S8o4>.
»

416
Você sabia que a bicicleta tem mais de

200 anos?
Saiba mais sobre a bicicleta e a sua história. É só acessar o QR CODE
a seguir.
QUEM INVENTOU A BICICLETA?

Nexo Jornal
Disponível em: <https://youtu.be/cgXtbjuyT8I>.
+ Investigações da bike.
COMPRIMENTO DE CIRCUNFERÊNCIA
Applet | Geogebra
Disponível em: <https://www.geogebra.org/m/t9fctcf4>.
Anotações
MATEMÁTICA
ANEXOS
Professor(a), a seguir os anexos e as indicações de suas respectivas sequências

de atividades. Você pode reproduzi-los para o uso com os(as) estudantes em
sala de aula. Uma versão para impressão encontra-se disponível na Midiateca.

418
ANEXO 1. JOGO DA MEMÓRIA DAS POTÊNCIAS – 1/4

Sequência 3. Potenciação: contextos e significados – pág. 80

420


422
ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | CILINDRO

Sequência 5. Construções criativas de Geometria – pág. 111
ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | CONE

424
ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | CUBO

ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | DODECAEDRO

426
ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | ICOSAEDRO

ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | OCTAEDRO

428
ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | PIRÂMIDE DE

BASE HEXAGONAL

BASE PENTAGONAL

430

BASE QUADRADA

BASE TRIANGULAR

432
ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | PRISMA DE

BASE HEXAGONAL

BASE PENTAGONAL

434

BASE QUADRADA

BASE TRIANGULAR

436
ANEXO 2. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS | TETAEDRO

ANEXO 3. TRILHA DOS NÚMEROS INTEIROS |

TABULEIRO 1/2
Sequência 11. Você já ouviu falar dos números negativos? – pág. 269

438
ANEXO 3. TRILHA DOS NÚMEROS INTEIROS |

TABULEIRO 2/2
ANEXO 3. TRILHA DOS NÚMEROS INTEIROS | DADOS

440
ANEXO 3. TRILHA DOS NÚMEROS INTEIROS | CARTAS 1/2
Confusão! Confusão!
Volte Volte Retorne umaRetorne uma Avance Av
duas casas duas casas casa (-1) e casa (-1) e uma casa uma
(-2) para (-2) para (+ 1), pois (+ 1
depois depois
buscar abrigo
buscar abrigo mais 1 está tudo ok!está t
mais 1
Relaxa! Re
casa (-1) casa (-1)
Volte três Volte três Volte para a Volte para a Avance Av

casas (-3) casas (-3) posição posição duas casas duas
para se para se inicial 0 inicial 0 (+ 2), pois (+ 2
proteger proteger para pedir para pedir você está voc
do perigo do perigo socorro. socorro.se esforçando! se esf
Volte uma Volte uma Volte para a Volte para aConfusão! Con
casa (– 1) casa (– 1) posição posição Avance duasAvan
para traçar para traçar inicial 0 inicial 0 casas (+2 ) ecasas
outra rota outra rota para pedir para pedir depois retorne
depois
socorro. socorro.uma casa (-1) uma c
ANEXO 3. TRILHA DOS NÚMEROS INTEIROS | CARTAS 2/2
Confusão! Confusão! Troque Troque

e Retorne uma Avance Avance
Retorne uma sua posiçãosua posição
sas casa (-1) e casa (-1) e uma casa uma casa
(+ 1), pois (+ 1), pois com o com o
ra depois depois
brigo mais 1 está tudo ok!está tudo ok! jogador jogador
mais 1
Relaxa! Relaxa! no tabuleiro.no tabuleiro.
casa (-1) casa (-1)
rês Volte para aVolte para a Avance Avance Troque o Troque o

-3) posição posição duas casas duas casasnúmero da sua número da sua
se inicial 0 inicial 0 (+ 2), pois (+ 2), pois posição peloposição pelo
er para pedir para pedir você está você está seu oposto seu oposto
go socorro. socorro.se esforçando! (ou simétrico).
se esforçando! (ou simétrico).
ma Volte para aVolte para a Confusão! Confusão! (Se você (Se você
– 1) posição posição Avance duas Avance duas estiver na estiver na
çar inicial 0 inicial 0 casas (+2 ) ecasas (+2 ) ecasa 3, então
casa 3, então
depois retorne troque
ota para pedir para pedirdepois retorne troque
socorro. socorro. uma casa (-1) uma casa (-1)pela casa -3,pela casa -3,
e vice-versa)e vice-versa)

442
ANEXO 4. CRÉDITO OU DÉBITO | CARTAS

Sequência 12. Crédito ou débito: positivo ou negativo? – pág. 279
ANEXO 5. LABIRINTO DOS VALORES ALGÉBRICOS |

TABULEIRO 1/2
Sequência 16. X da questão: qual é o segredo? – pág. 386

444
ANEXO 5. LABIRINTO DOS

VALORES ALGÉBRICOS |
TABULEIRO 2/2
ANEXO 5. LABIRINTO DOS VALORES ALGÉBRICOS |

DADO

446
FUNDAÇÃO ROBERTO
MARINHO
PRESIDENTE ASSESSORIA JURÍDICA
José Roberto Marinho Ana Érika Marques
SECRETÁRIO-GERAL ASSESSORIA DE PESQUISA E AVALIAÇÃO

João Alegria Rosalina Soares
GERENTE DE PRODUÇÃO AQUISIÇÕES E LICENCIAMENTO

Deca Farroco Coordenação
Ludmila Figueiredo
LÍDERES DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Maria Clara Boing Analista de licenciamento
Maria Corrêa e Castro Felipe Gomes
Thyago Corrêa
SUPERVISÃO ARTÍSTICA
Marcio Motokane
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Joana Levy
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
Valéria de Cássia
GERENTE DE IMPLEMENTAÇÃO
Heloisa Mesquita
COORDENAÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO
Adriana Trindade
Fátima Gabriel
Ingrid Bertoldo
Karen Lucena
Renan Silva
Ricardo Pontes
GERENTE DE DESENVOLVIMENTO
INSTITUCIONAL
Tânia Pimenta
GERENTE DE COMUNICAÇÃO
José Brito
FICHA TÉCNICA
AUTOR
Greiton Toledo
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Maria Alice Carraturi
LEITURA CRÍTICA
Daiana Jardim
Marcus Maltempi
PESQUISA
Leila Queiroz
COPIDESQUE
Paula Reis
REVISÃO ORTOGRÁFICA
Eduardo Santos de Oliveira
PROJETO GRÁFICO
Amí Comunicação e Design
DIAGRAMAÇÃO
Amí Comunicação e Design
ILUSTRAÇÃO
Andre HQ
Joel Junior
IMAGENS CAPA
Banco de Imagens
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MATEMÁTICA

Componente curricular: MATEMÁTICA

SEQUÊNCIA 3 Potenciação: contextos e significados 70

SEQUÊNCIA 4 Luz, ângulo e fotografia: por que não? 88

Números, SEQUÊNCIA 6 Que som é esse? Música, fração e 128

SEQUÊNCIA 8 Números decimais e suas operações 176

SEQUÊNCIA 9 Porcentagem e suas aplicações 198

SEQUÊNCIA 10 Volume e capacidade 230

SEQUÊNCIA 12 Crédito ou débito: positivo ou negativo?

SEQUÊNCIA 14 Espelho, espelho meu: quem é mais 312

Caminhos, SEQUÊNCIA 15 Uau! São muitas possibilidades, hein! 344

A proposta do livro de Matemática do Ensino Fundamental II está em consonância

O material didático-metodológico está organizado em dois volumes com quatro

Priorizamos atividades que fomentem a produção científica dos conhecimentos

Boas tempestades de ideias e ações!

Estrutura do Livro do Professor

Organização metodológica – desenvolve os princípios metodológicos que

Sugestão de um planejamento – com o objetivo de auxiliar na compreensão

O planejamento sugerido segue as etapas metodológicas propostas na

No planejamento estão indicadas as seções e atividades que devem ser

Cada aula planejada tem a duração de um turno completo. A sugestão de

Sequências de Atividades – as Sequências de Atividades que estão neste

TELECURSO · ENSINO FUNDAMENTAL

• Habilidades, objetos de conhecimento e expectativa de aprendizagem

Está organizado por sequências didático-pedagógicas, as quais contemplam

A elaboração dessas sequências foi delineada tendo oito princípios

1. promover a boa comunicação entre professor e estudante durante a

2. respeitar o ritmo de aprendizagem do estudante e o tempo suficiente para

3. estimular a discussão-reflexão dos conhecimentos matemáticos em suas

4. valorizar diferentes modos de pensar e argumentar matematicamente;

5. encorajar diferentes formas e estratégias de resolver uma

6. associar objetivos comuns ou situações-problema similares com os quais os

7. opor-se à memorização de informações sem sentido;

8. descentralizar a pedagogia do treinamento das ações pedagógicas que

As sequências didático-pedagógicas estão organizadas em oito Unidades. Neste

Sequência de Atividades 4 Ângulos e geometria

Sequência de Atividades 5 Sólidos geométricos

Sequência de Atividades 6 Frações: ideias,

NÚMEROS, APLICAÇÕES E Sequência de Atividades 8 Números decimais

Sequência de Atividades 10 Volume e capacidade

TELECURSO · ENSINO FUNDAMENTAL

CAMINHOS, NATUREZA E Padrões e regularidades

São dezessete sequências didático-metodológicas que compõem as quatro

Aperta o play: a nossa jornada começa agora – introduz o assunto de

O que vamos aprender aqui? – é o momento fecundo para socializar,

Sintetizando – sistematiza os conhecimentos matemáticos desenvolvidos

Esticador de Horizontes – faz indicações de vídeos, simuladores, jogos digitais

Em conjunto, essas seções integram os conhecimentos de Matemática

Sugerimos que cada sequência seja planejada considerando a ordem das

UNIDADE 1 - O MUNDO É MATEMÁTICA?

Sequência de Atividades 1 - O que seria do mundo

E se os números sumissem, você conseguiria viver sem eles?

Simule inicialmente uma vida sem números e veja como os estudantes a

TELECURSO · ENSINO FUNDAMENTAL

Vocês conseguiriam viver sem os números? Os números estão por

Enquanto estiverem debatendo nos pequenos grupos, passe em cada um

Depois de um tempo determinado, compartilhe os resultados obtidos (sem que

Uso de objeto de aprendizagem

Após o debate da atividade anterior, exiba o vídeo para lembrarmos como os

A HISTÓRIA DOS NÚMEROS