Fake News Tse
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27/08/2023, 21:25 A Resolução que ampliou os poderes do TSE para o combate às fake news (Resolução 23.714/2022) é constitucional - Bus…
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Art. 6º É vedada, desde quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas
depois da eleição, a veiculação paga, inclusive por monetização, direta ou
indireta, de propaganda eleitoral na Internet, em sítio eleitoral, em blog, em sítio
interativo ou social, ou em outros meios eletrônicos de comunicação da
candidata ou do candidato, ou no sítio do partido, federação ou coligação (art. 7º
da Lei n. 12.034, de 29 de setembro de 2009).
§ 1º Verificado descumprimento da vedação a que se refere o caput, o Tribunal
Superior Eleitoral, em decisão fundamentada, determinará às plataformas a
imediata remoção da URL, URI ou URN, sob pena de multa de R$ 100.000,00
(cem mil reais) a R$ 150.000,00 (cem e cinquenta mil reais) por hora de
descumprimento, a contar do término da primeira hora após o recebimento da
notificação.
§ 2º O descumprimento do disposto no caput configura realização de gasto ilícito
de recursos eleitorais, apto a determinar a desaprovação das contas pertinentes,
sem prejuízo da apuração do crime previsto no art. 39, § 5º, inciso IV, da Lei n.
9.504, de 30 de setembro de 1997.
ADI
O Procurador-Geral da República ajuizou ADI contra a referida Resolução.
Alegou que o ato impugnado inovou no ordenamento jurídico porque estabeleceu novas
vedações e sanções distintas daquelas previstas em lei, ampliando o poder de polícia do
Presidente do TSE em prejuízo da colegialidade, do juízo natural e do duplo grau de
jurisdição, alijando o Ministério Público da iniciativa de ações e medidas voltadas a
proteger a normalidade e a legitimidade das eleições.
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Defendeu que o TSE invadiu a competência da União para legislar sobre direito eleitoral,
bem como que as normas impugnadas ferem a liberdade de manifestação do
pensamento, o princípio da proporcionalidade, os deveres de inércia e de imparcialidade
do magistrado, a garantia do duplo grau de jurisdição e o princípio da colegialidade.
Além disso, reputou como atingidas as funções institucionais do Ministério Público
Eleitoral.
Assim, o STF entendeu que não houve censura por parte do TSE. Vale ressaltar, neste
ponto, que o controle judicial previsto pela Resolução é exercido a posteriori, ou seja,
somente depois de publicada a notícia. Desse modo, não existe censura (proibição)
prévia. Ademais, a aplicação da Resolução é restrita ao período eleitoral.
Deve-se mencionar ainda que não há afronta da Resolução com a Lei nº 12.965/2014
(Marco Civil da Internet). Isso porque a Resolução não prevê a suspensão de provedores
e serviços de mensagem. O que ela faz é estabelecer um controle de perfis, canais e
contas que façam publicações que possam “atingir a integridade do processo eleitoral”,
cláusula pétrea da Constituição Federal.
Eventual restrição se aplica apenas àquele discurso que, por sua falsidade patente,
descontrole e circulação massiva, atinge gravemente o processo eleitoral.
Por fim, a norma atacada em nada viola as prerrogativas do Ministério Público. A
Resolução preserva a inércia da jurisdição, facultando e não impondo, que o Ministério
Público fiscalize práticas de desinformação.
Com isso, o STF concluiu que a competência normativa do TSE é admitida pela
Constituição e foi exercida nos limites de sua missão institucional e de seu poder de
polícia, considerada sobretudo a ausência de previsão normativa constante da LGE em
relação à reconhecida proliferação de notícias falsas com aptidão para contaminar o
espaço público e influir indevidamente na vontade dos eleitores.
Em suma:
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A Resolução que ampliou os poderes do TSE para o
combate às fake news (Resolução 23.714/2022) é constitucional. Buscador Dizer o
Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/accfa1212a61b379ba
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/accfa1212a61b379ba0b009549113863?categoria=3&ano=2022&forma-exibica… 5/6
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(https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/accfa1212a61b379ba
0b009549113863)>. Acesso em: 27/08/2023
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