Bibliotecas Da Antiguidade-Para Alunos
Bibliotecas Da Antiguidade-Para Alunos
Bibliotecas Da Antiguidade-Para Alunos
Alguns tópicos
A biblioteca foi até aos fins da Idade Média tão-só ou sobretudo um depósito de livros,
como o nome etimologicamente indica.
Mesopotâmia
Por volta de 540 a.C., Pisístrato (político, “tirano de Atenas”) tinha já em Atenas uma
grande biblioteca (com o carácter de biblioteca pública), que depois foi continuada
pelos filhos. Terá sido por iniciativa de Pisístratos que as epopeias de Homero foram
passadas a escrito.
Biblioteca de Alexandria
O grande objectivo de Ptolomeu I era reunir toda a literatura grega e legar essa
biblioteca ao Museion (Casa das Musas), ou seja, à primeira “escola superior” da
Antiguidade. No ano da fundação, a colecção tinha já 200 000 rolos. Para além desta
biblioteca, foi alojada uma mais pequena, a biblioteca Serapeion, no Templo de
Serapis.
Com a conquista do Egipto por Aureliano, no século III d.C., o Museion chega ao fim e
será o Serapeion a garantir a posição de Alexandria como centro de ciência. Mas no
século IV d.C. o velho templo de Serapeion foi transformado num templo cristão e a
colecção foi espalhada ao quatro ventos.
Biblioteca de Pérgamo
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Pérgamo, hoje Bergama (Turquia), era uma importante cidade grega, localizada na
Anatólia. Sob o reinado de Eumenes II (século II a.C.), Pérgamo tornou-se uma cidade
desenvolvida, que rivalizava, também culturalmente, com a cidade de Alexandria. Foi
Eumenes II quem mandou construir uma biblioteca em Pérgamo.
A ascensão de Roma a Império (27 a.C., com Gaius Octavius Iulius Thurinus, Octávio
Augusto) levou à queda político-militar da Grécia, mas os vencedores não arruiraram a
cultura grega.
Entre os tesouros trazidos da Grécia pelos romanos contam-se bibliotecas, por exemplo,
a de Atenas.
A elite romana adoptou a tradição de instrução e educação dos gregos. Eruditos gregos,
que vieram para Roma como escravos e refugiados, contribuíram para que a
organização da escola helenística fosse adoptada e se estabelecesse até final do século
II.
Foram escravos entretanto libertados (que tinham aprendido o ofício de copista) quem
terá, com o tempo, passado a dominar o mercado livreiro em Roma e espalhado o
comércio pelas outras províncias do Império. Nos primeiros cem anos do Império
Romano desenvolveu-se um mercado livreiro diversificado.
NB: O texto foi composto sobretudo com base no capítulo “Antike Büchersammler und
Bibliotheken” do livro Das Buch vom Buch de Janzin e Güntner.
Battles, Matthew (2003), A conturbada história das bibliotecas, São Paulo, Planeta
Casson, Lionel (2001), Libraries in the ancient world, New Haven & London, Yale
University Press
Janzin, Marion / Güntner, Joachim , Das Buch vom Buch (op. cit.)
http://www.roman-empire.net/articles/article-005.html