Resumo Prova 1 Processo Do Trabalho Atual
Resumo Prova 1 Processo Do Trabalho Atual
Resumo Prova 1 Processo Do Trabalho Atual
→ Pressupõe um ato de defesa pessoal em que, com ou sem formas processuais, uma
das partes do litígio impõe a outra um sacrifício não consentido.
C) Técnicas heterocompositivas
3. A jurisdição trabalhista
→ Justiças Estaduais ordinárias (arts. 125 e 126). Já a jurisdição especial é composta pela
Justiça do Trabalho (CF, arts. 111 a 117), pela Justiça Eleitoral (arts. 118 a 121) e pela Justiça
Militar (arts. 122 a 124). A jurisdição trabalhista, portanto, é especial e exercida pelos
órgãos (juízes e tribunais) da Justiça do Trabalho.
→ Os sujeitos da lide são os titulares da relação de direito material que figuram como
partes no conflito de interesses deduzido em juízo. Nesse sentido, todos os que participam
do contraditório são sujeitos da lide. Nem sempre coincidem os sujeitos da lide com os
sujeitos do processo. No caso de substituição processual, por exemplo, o substituto é
sujeito do processo (e da ação), e o trabalhador substituído processualmente é o sujeito de
direito material (ou da lide).
• as partes (autor e réu) - como o próprio termo está a dizer, parte é sempre parcial, pois
tem interesse jurídico em sair vencedora na lide; logo, as partes são sujeitos do processo e
sujeitos da lide. Os terceiros intervenientes também são sujeitos do processo e da lide.
→ Há, no entanto, outras pessoas que também atuam no processo, praticando atos
processuais, mas não têm qualquer interesse (jurídico) na lide. São também sujeitos do
processo os auxiliares da Justiça, que podem ser permanentes (p. ex.: distribuidor,
secretário de audiência, oficial de justiça), eventuais (p. ex.: peritos, tradutores, intérpretes
e outros) e terceiros (p. ex.: testemunhas, licitantes e outros).
→ Há, ainda, outros sujeitos que atuam no processo, incluído o do trabalho, representando
as partes, como os advogados (CLT, art. 791, §§ 1- e 2°), e o Ministério Público do Trabalho,
que pode atuar em nome próprio como órgão agente (substituto processual ou legitimado
autônomo para a condução do processo) na defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses metaindividuais, difusos, coletivos, sociais e individuais
homogêneos ou indisponíveis (CF, art. 127; LC n. 75/93, art. 83; Lei n. 7.347/85) ou como
órgão interveniente (fiscal do ordenamento jurídico), emitindo pareceres nos autos
quando entender presente o interesse público (social) que justifique a sua intervenção (LC
n. 75/93, art. 83, II, VII, XII e XIII; Lei n. 5584/70, art. 5°).
→ O juiz deverá conhecer, de ofício, dos pressupostos processuais (CPC, arts. 485, IV, § 3-, e
337, § 5°). Na verdade, na instância ordinária, a apreciação dos pressupostos processuais,
de ofício, deve ser feita tanto pelo juiz quanto pelos tribunais.
→ A ausência dos pressupostos de validade torna nula a relação jurídica processual, o que
leva à extinção do processo sem resolução de mérito (CPC, art. 485, IV). Dito de outro
modo, sem a presença dos pressupostos de validade, a relação processual existe, mas não
é válida.
A petição inicial apta: Não basta existir a petição inicial. É preciso que ela seja em estreita
observância às regras legais para que tenha aptidão de instaurar uma relação jurídica
processual que se desenvolva válida e regularmente. O processo do trabalho, como
decorrência lógica do jus postulandi conferido às próprias partes (CLT, art. 791), não é,
salvo nas hipóteses da Súmula 425 do TST e da IN/TST n. 27/2005, tão rigoroso quanto à
presença deste pressuposto processual.
A competência do juízo: para que o processo seja válido, devem ser observadas, à luz do
art. 337, II, do CPC, as regras de competência absoluta. No caso de incompetência
absoluta, não há extinção do processo, e sim a remessa dos autos ao juízo competente
(CPC, art. 64, § 3°).
A litispendência: há litispendência quando se repete ação que está em curso, nos termos
do art. 337, §§ 1-, 2- e 3-, do CPC, sendo que uma ação é idêntica a outra quando possui as
mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
Havendo litispendência, deve ser extinto sem resolução de mérito o processo ajuizado
posteriormente (CPC, art. 485, V). Em se tratando de ações coletivas e ações individuais,
sustentamos que não há litispendência entre elas.
A coisa julgada: ocorre coisa julgada, nos termos do art. 337, §§ 1- e 2-, do CPC, quando há
reprodução de ação idêntica a outra, mas a primeira já foi decidida por sentença,
terminativa ou definitiva, transitada em julgado. A presença de coisa julgada implica a
extinção do processo sem resolução de mérito (CPC, art. 485, V). É a preclusão máxima no
processo.
A convenção de arbitragem: Dispõe o art. 485, VII, do CPC que o juiz não resolverá o
mérito quando “acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o
juízo arbitrai reconhecer sua competência”. A convenção de arbitragem está prevista no
art. 3- da Lei n. 9.307/96, segundo o qual as “partes interessadas podem submeter a
solução de seus litígios ao juízo arbitrai mediante convenção de arbitragem, assim
entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitrai”.
Não obstante a sua previsão constitucional (CF, art. 114, §§ 1- e 2°) como meio de solução
dos conflitos coletivos de trabalho, a convenção de arbitragem não tem sido adotada na
prática trabalhista, sendo certo que, quanto aos conflitos individuais de trabalho, a
convenção arbitrai é de duvidosa aplicação na seara laborai, mormente porque o direito do
trabalho é informado pelo princípio da indisponibilidade dos direitos individuais dos
trabalhadores.
→ O processo, como já foi dito, constitui-se de um conjunto de atos processuais que vão se
sucedendo de forma coordenada dentro da relação processual, até atingir a coisa julgada.
Já o procedimento, ou rito, é a forma, o modo, a maneira como os atos processuais vão se
projetando e se desenvolvendo dentro da relação jurídica processual. Procedimento, pois,
é o modus faciendi do processo. É o aspecto exterior do processo.
• Procedimento especial, que é adotado para as ações especiais previstas na própria CLT,
como o inquérito judicial para apuração de falta grave, o dissídio coletivo e a ação de
cumprimento.
→ Pode-se dizer que, até o início dos anos 1970, o rito ordinário era único no processo do
trabalho. Tinha a sua marca registrada na concentração dos atos processuais num único
procedimento. Corrobora tal afirmação o art. 843 da CLT, segundo o qual as ações
individuais trabalhistas devem ser solucionadas numa única audiência. A prática revelou,
no entanto, que essa norma, em função do seu desuso, deixou de ter eficácia. Isso se deu
tanto em razão da elevação substancial do número de processos quanto pela
complexidade dos novos conflitos submetidos à prestação jurisdicional desse ramo
especializado do Poder Judiciário pátrio.
c) Audiência de julgamento: A rigor, esta audiência jamais ocorre, uma vez que nela,
raramente, as partes estarão presentes. Na prática, trata-se mais de um prazo fixado
pelo juiz para a publicação da sentença, da qual as partes ficam, desde logo, intimadas.
É da data da publicação da sentença, ou da data da juntada da ata de audiência
contendo a decisão (se esta não for juntada aos autos no prazo improrrogável de
quarenta e oito horas), que começa a correr o prazo para a eventual interposição de
recurso.
→