Livro Vale
Livro Vale
Livro Vale
ISBN 978-65-00-55489-2
22-133889 CDD-779.998174
Índices para catálogo sistemático:
O Projeto Luz, Cor e Fé foi pensando a partir de uma con- Assim, esse projeto Luz, Cor e Fé — Vale do Amanhecer
versa entre amigos no ano de 2018, os quais estavam presentes — 50 anos, tem a preocupação de registrar esse lugar, que se
Leonio Matos, Janara Rodrigues, Lúcio Távora e Marcelo Távora. tornou patrimônio cultural imaterial do Distrito Federal, e é por
Nessa conversa, Lúcio, que estava vindo de uma longa tempora- meio da produção de um catálogo fotográfico que serão regis-
da residindo na Bahia, volta para Brasília e foi justamente nesse tradas suas celebrações, seus adeptos, sua arquitetura, por fim
reencontro de amigos que o projeto nasceu. O Vale do Amanhe- toda a cidade.
cer, no ano de 2019, completaria 50 anos e todos ali queriam ho- Desta forma será sob a materialidade da fotografia que
menagear o local onde nasceram e foram criados. Assim, Lúcio esse projeto se pautará, afinal, a fotografia desempenha a fun-
tinha a ideia e seria o fotógrafo, Leonio tinha o conhecimento ção de guardiã do momento presente, pois ao visualizarmos
para colocar o projeto no papel e Janara tinha a experiência de uma fotografia, seja ela da família, ou de um patrimônio cultural
jornalista para colocar em texto, as imagens que seriam eterni- da nossa cidade, revivemos com muito maior clareza a significa-
zadas pelas lentes do fotógrafo. No ano de 2019, o projeto foi en- ção daquele momento, ou seja, a fotografia consegue congelar
viado para o edital de seleção do Fundo de Apoio à Cultura-FAC o momento transformando-o em memória.
da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Para a alegria de Registrar a doutrina do Vale do Amanhecer significa res-
todos o projeto foi selecionado e a estava cada vez mais perto gatar, preservar e enriquecer o conhecimento cultural de nossa
que a homenagem fosse concretizada. No entanto, no mesmo cidade. Trata-se de uma oportunidade única para compreender,
ano, o então governador eleito do DF cancelou todos os editais inclusive, a nossa própria identidade. O registro fotográfico fica
e somente pela movimentação dos agentes culturais e por vias mais relevante quando o local registrado está fazendo 50 anos
judiciais que houve a garantia de que o projeto pudesse ser rea- de existência, não apenas enquanto região, mas enquanto cida-
lizado, porém, no ano de 2020 o mundo foi acometido pela pan- de, local de moradia e relações sociais fortemente construídas.
demia do COVID-19 e tudo ficou parado. Foram longos os me-
ses até que no final de 2021 foi possível o reinício dos trabalhos.
Agora, em 2022, nossa doutrina completa 53 anos de existência
e mesmo com um atraso de 3(três) anos o projeto é totalmente
atual.
O lançamento do catálogo e a abertura da mostra fotográ-
fica serão no dia 13 de novembro de 2022 no Complexo Cultu-
ral de Planaltina, onde permanecerá aberta ao público até o dia
13de dezembro 2022.
Reencontro
Lúcio Távora, fotojornalista
Uma cidade que abriga uma doutrina que traz influên- rega a bandeira que tem como lema o amor, a humildade e a
cias dos povos Mayas, Incas, Astecas, Espartanos, entre outros. tolerância.
É considerada e reconhecida como a primeira manifestação Neste planejamento espiritual, nenhum irmão ficará para
religiosa que nasceu junto com a construção de Brasília. As he- traz nessa jornada, porém, todos, assumiram o compromisso
ranças ali presentes e representadas são também manifesta- de trabalhem pelo próximo, na Lei do Auxílio. Assim, ganha-
das com simbologias afrodescendentes e gregas. riam bônus espirituais, um pagamento pela missão, que tam-
Espartanos, guerreiros, ciganos, homens e mulheres que bém tem como princípio, a Conduta Doutrinária. No plano fí-
tiveram a permissão de Deus de reencarnarem como ja- sico, uma mulher, missionária, clarividente, Tia Neiva, assumiu
guares, para se unirem em uma grande tribo, liderados por um o compromisso com Jesus de ser a médium responsável por
cacique guerreiro, mentor espiritual, Pai Seta Branca, que car- cumprir junto a Tribo Jaguar, esta missão de amor. Salve Deus!
Pajezinhos São crianças, geralmente filhos de médiuns que recebem
as primeiras orientações sobre evangelização de mestres e
ninfas, destinados a este trabalho. Reúnem-se aos domingos
pela manhã, brincam, aprendem sobre valores como respei-
to à família, cantam os hinos, recebem passe dos pretos ve-
lhos, ouvem histórias e assim vão sendo inseridos aos poucos
na doutrina, iniciando seus primeiros passos nessa missão. São
protegidos pelos mentores como Mãe Tildes, Vozinha Marilú e
Vovô Agripino, entidades que tem missão com os pajezinhos.
A Chegada da Tribo Jaguar
Lanças nas mãos, véus nos rostos, cores, brilhos, estrelas, grupos que trabalham na caridade buscando a evolução indi-
sol, lua, capas e véus esvoaçantes, imponentes e belos, delica- vidual e do planeta. Estão prontos para serem os missionários
dos, beirando o sublime. Todos estes símbolos contam a his- da última hora e carregam no peito, uma fita simbolizando co-
tória de povos antigos, de outras Eras, de vidas passadas, de nhecimento e cura. É a arma do amor. É a tribo Jaguar. Velhos
guerras, de força, de coragem, de outros mundos. Reunidos contemporâneos.
agora no Vale do Amanhecer, todo este simbolismo chega para
representar a união, a paz, o amor, a tolerância, a humildade. É
a Tribo de Pai Seta Branca, na roupagem de missionários, con-
duzidos por Tia Neiva, que optaram pelo perdão, pediram uma
nova oportunidade de reencarnação e com a permissão de Je-
sus chegaram como jaguares. Reúnem-se em falanges, povos,
A Comunidade