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Trabalho: DISLIPIDEMIAS

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DISLIPIDEMIAS

Matheus Da Silva

Rafael Arruda Dos Santos

PUC-CAMPINAS
2017
Matheus Da Silva

Rafael Arruda Dos Santos

DISLIPIDEMIAS

Trabalho apresentado como


requisito para a disciplina de
Atividade Física e Saúde para
Grupos Específicos do Curso
de Educação Física da
Pontifícia Universidade
Católica de Campinas.
Orientador: Prof. Dr. José
Francisco Daniel

PUC-CAMPINAS
2017
INTRODUÇÃO

É de senso comum que a urbanização tem afetado cada vez mais o


estilo de vida saudável da população. Devido a rotina diária as pessoas têm
cada vez mais abrindo mão de uma alimentação saudável e da prática de
atividades físicas que contribuem para a manutenção do nosso organismo.
Com esse acúmulo de aptos negativos vem aumentando cada vez mais na
população mundial o risco de desenvolver as Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT). Entre essas doenças, muitas vezes relacionadas ao
estilo de vida do indivíduo, existe a dislipidemia.

A dislipidemia é definida como distúrbio que altera os níveis séricos dos


lipídeos (gorduras). Assim como a hipertensão, também é um dos fatores de
risco para ocorrência de doenças cardiovasculares (DCV) e cerebrovasculares.
(ANVISA)

Dentre esses lipídeos, citamos aqui o colesterol os triglicerídeos.

Colesterol

O colesterol é uma substância natural, produzida em grande parte pelo


fígado e presente em todas as células do corpo. Em quantidades normais é
fundamental ao metabolismo: participa nos sais biliares (importantes para a
digestão das gorduras), na constituição das hormonas sexuais e é essencial
para a constituição das membranas das células. No entanto, quando em
excesso, conduz a problemas como a aterosclerose.

Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, dentre os tipos de


colesterol encontrados em nosso organismo um dos mais preocupantes
quando em níveis altos é o LDL-Colesterol que em inglês significa, lipoproteína
de baixa densidade. Esta sigla representa aquele que é também conhecido por
“mau” colesterol, pois oxida e deposita-se nas paredes das artérias, originando
o seu endurecimento e obstrução. Já o HDL-Colesterol representa o “bom”
colesterol, responsável pela remoção do LDL-C do sangue e das paredes das
artérias.

Triglicéridos
Ainda segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia são
componentes encontrados em grandes parte do alimentos que consumimos e
em excesso no sangue também também podem trazer grandes risco ao
coração.

Aterosclerose

Nesta doença, a gordura sanguínea acumula-se nas paredes das


artérias, tornando-se sólida e formando placas que impedem a passagem do
sangue e a irrigação do coração e do cérebro.

A dislipidemia é considerada como um dos principais determinantes da


ocorrência de doenças cardiovasculares (DCV) e cerebrovasculares, dentre
elas aterosclerose, infarto agudo do miocárdio, doença isquêmica do coração
(diminuição da irrigação sanguínea no coração) e AVC (derrame) (ANVISA).

As dislipidemias são fatores de riscos não só para a aterosclerose mas


também para diversas outras doenças como a obesidade, a hipertensão arterial
e o diabetes melittus. Geralmente esses fatores se manifestam na fase adultas,
mas “cada vez mais surgem em crianças e adolescentes e estima-se que
atinjam 38,5% das crianças no mundo”. (OLIVEIRA, 2009 p 40 )

Segundo o Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD


(Sociedade Brasileira de Diabetes), no tratamento das dislipidemias deve levar
em consideração:

- Mudança do estilo de vida;

- Hábitos alimentares saudáveis;

- Controle do excesso de peso corporal;

- Evitar o consumo de álcool;

- Atividade física regular;

Assim como outras doenças cardiovasculares, as dislipidemias podem


ser a causa de outras doenças como também essas doenças podem ser
fatores de risco para a dislipidemia. Segundo Moriguchi os principais fatores de
risco relacionados à aptos e outras doenças são:

● Hipotiroidismo;

● Insuficiencia renal cronica;

● Sindrome nefrótica;

● Obesidade;

● Fumo;

● Alcoolismo;

● Diabete;

● Hepatopatia;

Ainda segundo o mesmo autor existem alguns medicamentos que


também podem ser causa das dislipidemias. são eles:

● Tiazídicos;

● Betabloqueadores;

● Amiodarona;

● Corticóides;

● Estrógenos;

● Ciclosporina;
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO

Aspecto fundamental no tratamento da dislipidemia inclui medidas não


farmacológicas direcionadas não somente à redução dos níveis de lipídios
séricos, mas também a outros fatores de risco cardiovascular. A conduta não
medicamentosa deve ser recomendada a todos os pacientes com dislipidemia,
incluindo, no mínimo, terapia nutricional, exercícios físicos e cessação do
tabagismo. (Ministério da Saúde)

O tratamento das dislipidemias passa por uma mudança de estilo de


vida, ao nível da alimentação e do exercício. São estas as principais
recomendações:

● Reduza a ingestão de alimentos de origem animal (carnes vermelhas,


manteiga, queijos gordos).

● Evite produtos industrializados.

● Prefira a ingestão de proteínas animais ligadas ao peixe, carne de aves


sem pele e carnes magras.

● Dê preferência ao azeite e outras gorduras poliinsaturadas.

● Ingira mais alimentos ricos em ómega 3 (ex. sardinhas, salmão, óleo de


soja).

● Ingira mais cereais integrais, vegetais, fruta e fibras solúveis (que


facilitam a eliminação do colesterol).

● Cozinhe ao vapor ou grelhe os alimentos. Evite os fritos.

● Limite o consumo de gemas de ovo

● Pratique uma atividade física regular

● Abandone hábitos tabágicos (caso existam).


ATIVIDADES FÍSICAS

É certo que o exercício físico aumenta os níveis de HDL colesterol no


organismo e diminui triglicérides, LDL e VLDL colesterol. Independente do
sexo, do peso corporal e da dieta os níveis séricos de lipídeos e lipoproteínas
são melhorados com os exercícios, porém, pode acontecer em tolerantes à
glicose não terem os mesmo resultados. Estudos demonstram que os
exercícios podem não ser tão eficientes para o grupo dos intolerantes devido a
baixa intensidade com que eles executam as atividades. (CIOLAC &
GUIMARÃES, 2004)

Ainda segundo os mesmo autores, devido ao fato de que o exercício


físico amplia a habilidade do tecido muscular de consumir ácidos graxos e
aumenta a atividade da enzima lípase lipoprotéica no músculo, os indivíduos
com síndromes metabólicas também podem ser beneficiados pelas práticas.

Segundo Raso, Greve & Polito (2013) é necessário uma avaliação do


grupo dislipidêmicos antes de iniciar o programa de exercícios. A avaliação
deve ser composta por teste de VO2 máximo usando o protocolo de Bruce,
massa corporal, massa de gordura (através das dobras cutâneas). Ainda deve
fazer parte da avaliação teste de força de membros superiores e inferiores e
teste de flexibilidade.

Para os autores, o quadro de treinamento deve ser composto por


exercícios aeróbicos de três a cinco vezes na semana durante 20 a 60 minutos
contínuos, em intensidade de 55 a 90% da frequência cardíaca máxima, devem
ser incluídos também até 5 séries de 15 repetições de exercícios resistidos a
85% de 1RM, no mínimo duas vezes por semana. Quanto aos exercícios de
flexibilidade, devem ser executados preferencialmente de maneira estática
realizando três séries de 30 segundos.

A natação é especificamente mencionada como uma atividade física


separada, devido ao fato de estudos não mostrarem concentrações crônicas
maiores de HDL-C em nadadores com relação a sedentários. Porém há um
aumento agudo do HDL-C pós exercício e redução dos níveis de LDL-C, a
prática deve ser realizada por sessões de 20 min com intensidade de 60% da
frequência cardíaca máxima.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA). Dislipidemia. Saúde e Economia.


ano 3 – edição nº 6, outubro, 2011. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33884/412160/Saude_e_Economia_Disli
pidemia_Edicao_n_6_de_outubro_2011.pdf/a26c1302-a177-4801-8220-
1234a4b91260>. Acessado em: 5 de Jun. 2018.

Fundação Portuguesa de Cardiologia: Dislipidemia. Disponível em:


<http://www.fpcardiologia.pt/saude-do-coracao/factores-de-risco/dislipidemia/>.
Acessado em : 5 de Jun. 2018.

POZZAN R. et. al.:Dislipidemia, Síndrome Metabólica e Risco


Cardiovascular. UERJ. Revista da SOCERJ - Abr/Mai/Jun 2004. Disponível
em:
<http://sociedades.cardiol.br/socerj/revista/2004_02/a2004_v17_n02_art04.pdf>
Acessado em : 5 de Jun. 2018.

AGUIAR, A. C. B. et al. Manual de nutrição: profissional da saúde.


Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD. São Paulo - SP. p. 46, 2009.

Raso, Vagner; Pollock: fisiologia clínica do exercício – Barueri, SP : Manole,


2013.

CIOLAC, E. G; GUIMARÃES G. V. Exercício físico e síndrome metabólica.


Rev Bras Med Esporte _ Vol. 10, Nº 4 – Jul/Ago, 2004.

MORIGUCHI, E. Dislipidemias, 201-? Disponível


em:<https://www.abcdasaude.com.br/geriatria/dislipidemias/>. Acesso em: 6 de
Jun. 2018.

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