Terceira Idade e As Questões de Gênero: Estratégias Inclusivas
Terceira Idade e As Questões de Gênero: Estratégias Inclusivas
Terceira Idade e As Questões de Gênero: Estratégias Inclusivas
Aqui, neste Tópico, discutiremos duas questões que não podem ser negligencia-
das neste mundo que mudou: 1) a população mundial está envelhecendo; 2) é
preciso reconhecer, aceitar e incluir a pluralidade de gênero.
©Marek Rybar
Fonte: 123RF.
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Como você se imagina quando tiver mais de 65 anos? Ou, como você é se já ti-
ver esta idade? Parece evidente que as políticas públicas que envolvem a saúde
não devem ser apenas voltadas para o tratamento de doenças decorrentes da
idade, mas sim precisam estar voltadas para a manutenção de um estilo de vida
saudável que garantam não apenas um prolongamento de vida, mas uma vida
com qualidade.
De acordo com Small (2008), uma pessoa idosa toma, em média, meia
dúzia de medicamentos receitados, e quanto mais medicamentos uma
pessoa toma, maior a probabilidade de surgirem efeitos colaterais. Se
esses dados são de 2008, como estariam agora? Quantos remédios
você toma ou tomará? Em que grau de saúde física e mental uma
pessoa pode estar após os 65 anos?
Com o advento de uma grande população com mais de 65 anos, e diante do fato
de que estamos em um país democrático que se pretende inclusivo, a elaboração
de estratégias para a inserção dessas pessoas nas mais distintas esferas da vida
é inevitável, boa e necessária. Para Small (2008), além dos cuidados da medici-
na, ainda podem ser destacados:
©Cathy Yeulet
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Almeida e Oliveira (2013) lembram que a educação voltada para a Terceira Ida-
de contribui para a valorização da identidade do sujeito enquanto cidadão e aju-
da a fornecer um significado à sua vida. “A educação ao longo da vida contribui
com o pensar sobre vários fatores como; idade, igualdade de gênero, cultura,
política, economia entre outros” (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2013, p. 18589).
Sociedade democrática: pluralidade, inclusão e Direitos Humanos | TEMA 3 119
©Tyler Olson
Fonte: 123RF.
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Para testificar o que fala Bourdieu (2018), você já deve ter ouvido frases como:
“Isso não é coisa de homem!”; “Homem não chora!”. Logo, a estrutura simbólica
do mundo se dispôs de tal forma que violentou a mulher e até mesmo o homem.
Cabe mencionar, no entanto, que as mulheres sofreram infinitamente mais nes-
se processo de violência.
LEITURA COMPLEMENTAR
A fim de compreender a importância dos estudos de gênero para a Histó-
ria, mediante a recuperação de algumas de suas principais discussões que
revê o seu aparecimento na historiografia da segunda metade do século
XX, leia o artigo “Uma questão de gênero: onde o masculino e o feminino
se cruzam” de Amílcar Torrão Filho. Este artigo também discute a mascu-
linidade como processo correlato da determinação da identidade feminina
e a questão da homossexualidade como parte integrante da construção da
misoginia. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n24/n24a07.pdf.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, S. A. P.; OLIVEIRA, R. C. S. A educação para e na terceira ida-
de construindo na diversidade: uma inclusão necessária. Educere. PUC,
Curitiba, 2013. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/CD2013/pd-
f/7798_4486.pdf. Acesso em: 23 abr. 2020.
SILVA, L. R. F. From old age to third age: the historical course of the identities
linked to the process of ageing. História, Ciências, Saúde. v. 15, n. 1, p.
155-168, jan./mar., Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/
pdf/hcsm/v15n1/en_09.pdf. Acesso em: 23 abr. 2020.