A Prevalencia de Disfagia
A Prevalencia de Disfagia
A Prevalencia de Disfagia
CURITIBA
2021
2
CURITIBA
2021
3
TERMO DE APROVAÇÃO
Esta tese foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Doutor pelo Programa
de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná.
___________________________________________________
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
RESUMO
ABSTRACT
anosmia, ageusia and hyporexia decreased most of the time, causing an adjustment
in the quality of swallowing.
LISTA DE FIGURAS
ARTIGO 2
FIGURA 1 – Gráfico descritivo comparando as pontuações obtidas no teste EAT-
10 nos dois momentos de avaliação…………………………...................................37
LISTA DE TABELAS
ARTIGO 1
ARTIGO 2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................13
ARTIGO 1. A PREVALÊNCIA DE DISFAGIA E DE ALTERAÇÕES NA QUALIDADE
DA DEGLUTIÇÃO EM PACIENTES INFECTADOS POR COVID-19.........................16
ARTIGO 2. A EVOLUÇÃO DA DISFAGIA E DE ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DA
DEGLUTIÇÃO EM PACIENTES INFECTADOS POR COVID-19...............................31
CONCLUSÃO GERAL...............................................................................................43
REFERENCIAS..........................................................................................................44
APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO...............50
ANEXO A - TESTE EATING ASSESSMENT TOOL (EAT-10)....................................53
ANEXO B - QUALITY OF LIFE IN SWALLOWING DISORDERS (SWAL-QOL).........54
ANEXO C - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP – UNIVERSIDADE TUIUTI
DO PARANÁ ..............................................................................................................56
ANEXO D - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP – HOSPITAL DAS FORÇAS
ARMADAS .................................................................................................................59
13
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
RESULTADOS
21
Sexo
Masculino 2.0 (33.5) 0.639
Feminino 2.0 (32.5)
Intubação
Não 1.0 (1.5) < .001
Sim 40 (21.0)
Comprometimento pulmonar
Leve (0-25%) 1.0 (2.0)
0.681
Moderado (25-50%) 2.0 (32.75)
Severo (50% ou mais) 2.0 (32.0)
Ageusia
Não 2.0 (32.0) 0.421
Sim 1.5 (25.3)
Anosmia
Não 2.0 (32.0) 0.09
Sim 1.0 (2.0)
Hiporexia
Não 1.5 (24.3) 0.424
Sim 2 (32.0)
Traqueostomia
Não 2 (1.0) <.001
Sim 40.0 (1.0)
Perda de peso
Não 2 (1.5) 0.355
Sim 2 (32.5)
Dieta
Oral 2.0 (1.0) <.001
Sonda 40.0 (0.5)
Presença de alguma comorbidade
Não 2.0 (3.0) 0.456
Sim 2.0 (32.0)
* p <0.05
P-valores para os testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis
significância estatística (p > 0.05) após ser ajustada, não havendo associação entre a
alteração dos escores de EAT-10 e o paciente ser intubado. Por outro lado, houve
associação positiva entre senescência e os escores de EAT-10, havendo maior
chance de maiores escores em pacientes expostos a senescência [OR = 2.32; IC95%
= 1.08 – 5.07; p = 0.032]. A exposição a traqueostomia também demonstrou
associação com altos escores de EAT-10, havendo maior chance de maiores escores
de EAT-10 em pacientes expostos a traqueostomia [OR = 23.44; IC95% = 1.96 – 343;
p = 0.014] (Tabela 3).
Tabela 3 – Impacto do preditores nas pontuações do EAT-10 com a razão de chance não ajustada/ajustada (IC 95%)
Razão de Razão de
Variáveis Categoria probabilidade não P-valor probabilidade P-valor
ajustada (IC 95%) ajustada (IC
Senescência (idade)
Menos de 60 anos de idade Ref.
0.007 2.32 (1.08 - 5.07) 0.032*
Mais de 60 anos de idade 2.63 (1.35 - 6.21)
Intubação
Não Ref.
<.001 0.181
Sim 23.5 (6.25 - 104) 3.36 (0.58 - 22.50)
Traqueostomia
Não Ref.
<0.001* 23.44 (1.96 - 343) 0.014
Sim 79.0 (14.1 - 684)
* p <0.05
Desejo alimentar e
Frequência dos
Fardo duração da Seleção alimentar Comunicação Medo Saúde mental Social Sono e fadiga
sintomas
alimentação
Variáveis Categorias (faixa 0 - 100) (faixa 0 - 100) (faixa 0 - 100) (faixa 0 - 100) (faixa 0 - 100) (faixa 0 - 100) (faixa 0 - 100) (faixa 0 - 100) (faixa 0 - 100)
Mediana Mediana Mediana Mediana Mediana Mediana Mediana Mediana Mediana
P-valor P-valor P-valor P-valor P-valor P-valor P-valor P-valor P-valor
(IQR) (IQR) (IQR) (IQR) (IQR) (IQR) (IQR) (IQR) (IQR)
Senescência (idade) Não 100 (6.2) 35 (63.8) 79.5 (32.2) 50 (43.8) 100 (0) 100 (0) 100 (0) 100 (10) 70 (15)
0.016* 0.189 0.003* 0.05* 0.787 0.002* 0.004* 0.007* 0.04*
Sim 100 (75) 22.5 (61.2) 75 (40.2) 37.5 (71.9) 100 (0) 78.1 (68.7) 87.5 (75) 75 (75) 57.5 (28.7)
Sexo
Masculino 100 (75) 25 (72.5) 76.8 (52.7) 50 (50) 100 (0) 100 (59.4) 100 (65) 100 (70) 65 (25)
0.579 0.848 0.815 0.213 0.667 0.404 0.624 0.377 0.651
Feminino 100 (68.7) 25 (35) 76.8 (53.6) 50 (56.25) 100 (0) 100 (62.5) 100 (65) 95 (75) 70 (25)
Intubação
Não 100 (25) 35 (67.5) 78.6 (33.9) 50 (50) 100 (0) 100 (28.1) 100 (25) 100 (30) 70 (25)
0.002* 0.018* 0.001* 0.002* 0.544 <.001* 0.001* 0.018* 0.014*
Sim 25 (37.5) 10 (30) 42.9 (26.8) 0 (25) 100 (0) 25 (43.8) 25 (42.5) 30 (52.5) 45 (5)
Comprometimento pulmonar
Leve (0-25%) 100 (25) 45 (60) 78.6 (30.3) 50 (37.5) 100 (0) 100 (43.7) 100 (25) 100 (30) 70 (15)
Moderado (25-50%) 100 (75) 0.645 25 (82.5) 0.300 76.8 (53.6) 0.933 56.3 (68.75) 0.433 100 (0) 0.510 100 (62.5) 0.557 100 (65) 0.555 100 (75) 0.202 70 (23.7) 0.107
Severo (50% ou mais) 100 (75) 20 (42.5) 76.8 (46.5) 37.5 (50) 100 (0) 100 (59.4) 100 (75) 90 (70) 55 (30)
Ageusia
Não 100 (75) 47.5 (81.2) 76.8 (57.1) 62.5 (53.1) 100 (0) 100 (62.5) 100 (65) 100 (71.2) 65 (25)
0.913 0.004* 0.499 0.014* 0.640 0.888 0.904 0.752 0.941
Sim 100 (53.1) 20 (25) 77.7 (27.7) 37.5 (43.75) 100 (0) 100 (53.1) 100 (55) 100 (60) 70 (25)
Anosmia
Não 100 (75) 42,5 (81.3) 76,8 (57.1) 62,5 (62.5) 100 (0) 100 (62.5) 100 (67.5) 100 (75) 60 (25)
0.494 0.021* 0.907 0.062 0.888 0.510 0.487 0.217 0.311
Sim 100 (25) 20 (25) 77,7 (12.1) 37,5 (25) 100 (0) 100 (29.7) 100 (25) 100 (28.7) 70 (15)
Hiporexia
Não 100 (62.5) 80 (72.5) 77.7 (49.1) 75 (75) 100 (0) 100 (57.8) 100 (55) 100 (60) 70 (25)
0.405 <.001* 0.816 <.001* 0.410 0.532 0.567 0.239 0.680
Sim 100 (75) 20 (15) 76.8 (50.5) 37.5 (40.62) 100 (0) 100 (62.5) 100 (75) 95 (71.2) 60 (25)
Traqueostomia
Não 100 (25) 35 (70) 78.6 (33.9) 50 (50 100 (0) 100 (28.1) 100 (25) 100 (30) 70 (25)
<.001* 0.008* <.001* <.001* 0.185 <.001* <.001* <.001* 0.003*
Sim 25 (6.2) 5 (12.5) 37.5 (17) 0 (0) 100 (12.5) 25 (0) 25 (12.5) 25 (30) 45 (2.5)
Perda de peso
Não 100 (25) 80 (67.5) 78.6 (35.7) 75 (68.7) 100 (0) 100 (43.7) 100 (25) 100 (30) 70 (20)
0.541 <.001* 0.395 <.001* 0.455 0.307 0.327 0.119 0.325
Sim 100 (75) 20 (15) 76.8 (51.7) 37.5 (50) 100 (0) 100 (65.6) 100 (75) 95 (75) 60 (27.5)
Dieta
Oral 100 (25) 35 (71.2) 78.6 (32.2) 50 (50) 100 (0) 100 (25) 100 (25) 100 (30) 70 (23.7)
<.001* 0.003* <.001* <.001* 0.266 <.001* <.001* <.001* 0.002*
Sonda 25 (3.1) 5 (11.3) 40.2 (15.7) 0 (0) 100 (6.2) 25 (0) 25 (6.2) 27.5 (30) 45 (1.2)
Presença de alguma comorbidade
Não 100 (25) 20 (65) 76.8 (19.6) 37.5 (75) 100 (0) 100 (43.7) 100 (25) 100 (30) 70 (15)
0.801 0.949 0.942 0.488 0.446 0.708 0.719 0.774 0.535
Sim 100 (75) 30 (65) 76.8 (57.1) 50 (50) 100 (0) 100 (62.5) 100 (75) 100 (70) 65 (25)
* p <0.05
P-valores dos testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis
26
Tabela 5 - Impacto do preditores nas pontuações do SWAL-QOL com a razão de chance ajustada (IC 95%)
Desejo alimentar e duração
Fardo Frequência dos sintomas Seleção alimentar Medo Saúde mental Social Sono e fadiga
da alimentação
Variáveis Categoria Razão de Razão de Razão de Razão de Razão de Razão de Razão de
Razão de probabilidade
P-valor probabilidade P-valor probabilidade P-valor probabilidade P-valor probabilidade P-valor probabilidade P-valor probabilidade P-valor probabilidade P-valor
ajustada (IC 95%)
ajustada (IC 95%) ajustada (IC 95%) ajustada (IC 95%) ajustada (IC 95%) ajustada (IC 95%) ajustada (IC 95%) ajustada (IC 95%)
Senescência (idade)
Menos de 60 anos de idade Ref. Ref. Ref. Ref. Ref. Ref. Ref.
Mais de 60 anos de idade 0.36 (0.14 - 0.88) 0.028* 0.35 (0.16 - 0.74) 0.007* 0.36 (0.15 - 0.82) 0.017* 0.26 (0.105 - 0.65) 0.005* 0.32 (0.12 - 0.79) 0.018* 0.34 (0.14 - 0.79) 0.014* 0.50 (0.23 - 1.07) 0.09
Intubação
Não Ref. Ref. Ref. Ref. Ref. Ref. Ref. Ref.
0.647
Sim 1.67 (0.20 - 35.27) 0.667 0.67 (0.11 - 4.04) 0.72 (.014 - 3.64) 0.691 0.96 (0.16 - 5.08) 0.966 1.48 (0.15 - 33.24) 0.750 1.53 (0.18 - 32.7) 0.719 2.77 (0.36 - 57.6) 0.385 0.92 (0.17 - 5.19) 0.07
Traqueostomia
Não Ref. Ref. Ref. Ref. Ref. Ref. Ref. Ref.
0.009*
Sim 0.04 (0.01 - 0.45) 0.017* 0.04 (0.01 - 0.46) 0.08 (0.01 - 0.67) 0.020* 0.02 (0.01 - 0.20) 0.009* 0.02 (0.01 - 0.20) 0.004* 0.04 (0.01 - 0.45) 0.017* 0.04 (0.01 - 0.47) 0.019* 0.17 (0.02 - 1.32) 0.923
Ageusia
Não Ref. Ref.
0.201
Sim 0.45 (0.13 - 1.52) 0.28 (0.10 - 0.71) 0.008*
Hiporexia
Não Ref. 0.007* Ref.
Sim 0.17 (0.04 - 0.61) 0.27 (0.07 - 1.07) 0.061
Perda de peso
Não Ref. 0.137 Ref.
Sim 0.36 (0.09 - 1.42) 0.70 (0.18 - 2.67) 0.603
Anosmia
Não Ref. 0.924
Sim 0.94 (0.29 - 3.03)
* p <0.05
27
DISCUSSÃO
Fernández et al., 2020, os quais demostraram que idosos apresentam uma maior
alteração na qualidade do processo de deglutição por serem uma população de
maior incidência de disfagia.
Os indivíduos traqueostomizados apresentaram alterações nos domínios
1, 2, 3, 4, 6, 7 e 8. A maioria desses indivíduos relataram queixas referentes a
esses domínios, tais como: dificuldade em lidar com a disfagia; maior tempo
necessário para comerem; presença de tosse, pigarro, engasgos e dificuldades
na mastigação; incômodo por não poderem comer de tudo; medo de engasgos;
desânimo por precisarem ter cuidados para comer; e dificuldade na vida social
devido à alteração na deglutição. Esses achados estão de acordo com os
estudos de Pandian et al., 2021, os quais demostraram que traqueostomizados
apresentam uma maior alteração na qualidade do processo de deglutição por
serem também uma população de maior risco para disfagia.
A maioria dos participantes com sintomas de ageusia tiveram alterações
no item 4 do SWAL-QOL. Foi consenso no relato de que é difícil encontrarem
alguma comida que gostem. Esse resultado vai de encontro às pesquisas
realizadas por Bagheri et al., 2020 e Lechien et al., os quais demonstraram que
a perda do prazer na alimentação altera a qualidade da deglutição, uma vez que
o processo de deglutição se inicia na fase oral.
Os participantes com sintomas de hiporexia se queixaram de que não se
importam se comem ou não, o que corresponde à alteração no domínio 2 do
SWAL-QOL. Esse resultado corrobora com o estudo realizado por Giacomelli et
al., 2020 o qual descreve que a perda de apetite altera a qualidade da deglutição.
Contudo, algumas limitações devem ser consideradas: o presente estudo
se trata de um estudo transversal, não avaliando assim o aspecto temporal de
evolução da doença, diminuindo assim a certeza da evidência. Por outro lado,
diante do momento pandêmico atual, o conhecimento acerca da disfagia e sua
relação com a qualidade de vida desta população em pacientes infectados pelo
COVID-19 é importante para construção do conhecimento científico acerca do
assunto.
CONCLUSÃO
A prevalência de alterações na deglutição foi maior quando associada aos
fatores de risco senescência e presença de traqueostomia em indivíduos que
30
INTRODUÇÃO
O surgimento do COVID-19 trouxe a necessidade de realização de
pesquisas sobre as possíveis consequências na deglutição e na qualidade
relacionada a esse processo em indivíduos que foram infectados pelo SARS-
CoV2 (BOLTON et al., 2020; FREEMAN et al., 2020; KIMURA et al., 2020;
SOLDATOVA et al., 2020; MILES et al., 2021).
Muitos indivíduos que apresentam o sintoma clássico da “síndrome
respiratória aguda” estão tendo a necessidade de internação em unidade de
terapia intensiva com a realização de procedimentos de intubação e
traqueostomia, o que pode acarretar o surgimento de alterações na deglutição.
Além disso, não se sabe ainda o quanto o SARS-CoV2 pode afetar o sistema
nervoso periférico e central da rede de deglutição, levando à disfagia em
sobreviventes de COVID-19 (BRODSKY; GILBERT, 2020; MOHAN;
MOHAPATRA, 2020; COUTTS, 2020; DAWSON et al., 2020).
A ageusia, anosmia e hiporexia são características clínicas frequentes em
pacientes com coronavírus, ocasionando alterações na qualidade do processo
de deglutição. Porém, não está claro ainda o quanto esses sintomas tendem a
desaparecer ou permanecer. A alteração no olfato e paladar compromete a
qualidade da fase oral da deglutição devido à diminuição do prazer alimentar
(VAIRA et al., 2020; LECHIEN et al., 2020; SHAH et al., 2020; AGARWAL et al.,
2020; VAIRA; SALZANO; DEIANA; RIU, 2020).
Teste Eating Assessment Tool (EAT-10) é um instrumento validado que
realiza o monitoramento da capacidade de deglutição de um indivíduo, e
possibilita a mensuração do risco de aspiração nos pacientes que estão
apresentando dificuldades para engolir após terem sido infectados pela COVID-
19. O Quality of Life in Swallowing Disorders (SWAL-QOL) permite conhecer o
impacto da disfagia na qualidade de vida das pessoas, de forma mensurável.
Este instrumento permite elucidar o impacto na qualidade de vida decorrente de
alterações na deglutição, em sujeitos que foram infectados pelo coronavírus
(ARRESE et al., 2017; CHAVES et al., 2019; ANDRADE et al., 2018; PILZ et al.,
2020; SOLA et al., 2019).
Desta forma, o objetivo do presente estudo foi verificar a evolução da
disfagia, e de alterações na qualidade da deglutição associada aos sintomas de
anosmia, ageusia e hiporexia em pacientes infectados pelo COVID-19.
33
MÉTODOS
O presente estudo foi relatado de acordo com a iniciativa Strengthening
the Reporting of Observational Studies in Epidemiology – STROBE (VON;
ALTMAN et al., 2014).
DESENHO DO ESTUDO
Essa pesquisa é caracterizada como um estudo coorte, observacional,
analítico e quantitativo.
DEFINIÇÕES
Essa pesquisa foi realizada através de uma amostra de conveniência,
recrutada em um hospital em Brasília-DF, com 90 pacientes expostos ao
internamento devido à infecção pelo COVID-19. A coleta dos dados de cada
participante foi realizada pela autora em duas fases. A primeira no momento da
alta da internação hospitalar ou no máximo após 05 dias da mesma, e a segunda
após 08 meses da alta hospitalar.
Essa pesquisa teve a aprovação do Comitê de Ética da Universidade
Tuiuti do Paraná sob número 4.323.677 e do HFA com parecer consubstanciado
de número 4.400.742. Foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido aos participantes da pesquisa antes da análise das informações nos
prontuários dos pacientes. Este projeto seguiu de acordo as Diretrizes e Normas
Regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos em atendimento à
Resolução 196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde.
PARTICIPANTES
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Foram incluídos neste estudo indivíduos adultos e idosos, com ou sem
comorbidades, com diagnóstico de infecção por COVID-19 realizado através de
exame de PCR, e com necessidade de internamento, independente do sexo,
etnia, ou nível de severidade.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Indivíduos com idade < 18 anos, com histórico de distúrbio na deglutição
previamente a infecção por COVID-19, indivíduos que não compreendem
34
VARIÁVEIS
Os escores dos dois momentos de avaliação para os questionários EAT-
10 e SWAL-QOL foram avaliados, permitindo assim o acompanhamento da
evolução da disfagia e da qualidade de vida ao longo do tempo, nesta população
específica.
TAMANHO DO ESTUDO
O cálculo amostral foi realizado através de um estudo piloto com uma
parcela da população de interesse, considerando o valor de α = 5% e o poder do
teste (1 – β) = 80%. O número necessário foi de 90 indivíduos, levando em
consideração uma possível perda amostral de 10%.
MÉTODOS ESTATÍSTICOS
A normalidade dos dados foi testada através do teste de Shapiro Wilk, e
a homoscedasticidade pelo teste de Levene. Como os dados apresentaram
distribuição normal, um Teste T pareado foi utilizado para comparar a diferença
entre os dois tempos (T1 e T2) para avaliar o impacto nos escores dos
questionários EAT-10 e os domínios do questionário SWAL-QOL. Todas as
análises foram realizadas no software estatístico Jamovi versão 1.2.22.0, e
adotado um nível de significância de 5%.
RESULTADOS
Um total de 90 participantes participaram deste estudo. Contudo houve
uma perda de seguimento de 17 participantes devido à existência de óbitos ou
dificuldade de contato com alguns participantes. Todos estavam infectados por
COVID-19 no primeiro momento de avaliação, em diferentes graus de
severidade, sendo 61.6% do sexo masculino, e 38.4% do sexo feminino. A média
de idade dos pacientes que tiveram seguimento completo foi de 58.5 ± 15.4. No
momento inicial (T1), 23.3% dos pacientes possuíam queixa de disfagia, com o
escore EAT-10 médio de 9.41 ± 15.2. Além disto, 26% relataram anosmia, 34.2%
ageusia, 47.9% hiporexia, 12.3% destes pacientes estavam intubados no
36
EAT-10
T1 T2 Diferença
média p-valor
Média (DP) Média (DP) (CI95%)
8.34
9.41 (15.2) 1.07 (0.78) <.001
(4.78 - 11.9)
*p valor do teste-t
Tabela 3 – Comparação entre os dois tempos das pontuações médias do questionário SWAL-QOL
Fardo Desejo alimentar e duração da alimentação Frequência de sintomas
T1 T2 T1 T2 T1 T2
Diferença Diferença Diferença
P-valor P-valor P-valor
Média (DP) Média (DP) média (CI95%) Média (DP) Média (DP) média (CI95%) Média (DP) Média (DP) média (CI95%)
CONCLUSÃO GERAL
REFERÊNCIAS
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screening and nutritional assessment in hospitalized patients. Einstein. 2018;
16(2): 1-6. DOI: 10.1590/S1679-45082018AO4189
Andrews PLR, Cai W, Rudd JA, Sanger GJ. COVID-19, nausea, and vomiting. J
Gastroenterol Hepatol. 2021; 36(3): 646-656. DOI: 10.1111/jgh.15261
Applebaum J et al. Characterization of geriatric dysphagia diagnoses in age-
based cohorts. Oto Open. 2020; 4(3): 1-6. DOI: 10.1177/2473974X20939543
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2014 Jul 18. PMID: 25046131
APENDICE A
dados. Caso você perceba alguma alteração a nível emocional, será disponibilizado
atendimento psicológico para o seu tratamento. O atendimento será realizado pela Clínica
Escola da Universidade Tuiuti do Paraná (Local: Campus Prof. Sydnei Lima Santos
(Barigui) Endereço: Rua: Sydnei Antonio Rangel Santos, nº 238 – Bairro: Santo Inacio,
Curitiba - PR, fone: (41) 3331-7700 ), de forma online. Durante a pandemia da Covid-19,
haverá sessões por vídeo, voz ou chat sem o precisar sair de casa. E ainda, como medida
para evitar a o risco referente à confidencialidade dos dados, informo que sua identidade
não será revelada em momento nenhum desta pesquisa. Além disso, os testes utilizados
com você nesta pesquisa serão descartados ao término deste estudo. Nem sempre você
será diretamente beneficiado com os resultados de pesquisas, mas poderá contribuir para
o avanço científico. Logo, o benefício esperado de sua participação nesta pesquisa será
para a comunidade científica. Nesse sentido você e todos os participantes da pesquisa
estarão contribuindo para a aquisição de conhecimentos a respeito das consequências,
após infecção pelo COVID-19, na função da deglutição e na qualidade de vida
relacionada à disfagia, independente do grau de escolaridade.
A pesquisadora, Andréia Martins de Souza Cardoso, responsável por este estudo
poderá ser localizada no turno noturno na Rua 24 Norte, Lote 13, apto 202, Águas Claras,
Brasília-DF, ou através do e-mail (andreiasouz@yahoo.com.br) e ligação telefônica (61
98122-2405) nos turnos matutino e vespertino para esclarecer eventuais dúvidas
que você possa ter e fornecer-lhe as informações que queira, antes, durante ou depois de
encerrado o estudo.
A sua participação neste estudo é voluntária e se você não quiser mais fazer parte
da pesquisa poderá desistir a qualquer momento e solicitar que lhe devolvam este Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido assinado.
As informações relacionadas ao estudo poderão ser conhecidas por pessoas
autorizadas, tais como a orientadora desta pesquisa. No entanto, se qualquer informação
for divulgada em relatório ou publicação, isto será feito sob forma codificada, para que
a sua identidade seja preservada e mantida sua confidencialidade.
Os questionários serão utilizados unicamente para essa pesquisa e serão
descartados ao término do estudo, dentro de 12 meses.
A sua participação nesse estudo acarretará custos como transporte, você será
imediatamente e
Rubricas:
_________________________________________________________
[Assinatura do Participante de Pesquisa ou Responsável Legal]
_________________________________________________________
Andréia Martins de Souza Cardoso - Pesquisadora
53
ANEXO A
ANEXO B
7. Com relação ao sentimento que você tem relacionado à sua dificuldade de engolir?
Sempre Na maioria da vezes sim Às vezes Quase nunca Nunca
A sua dificuldade para engolir te deixa deprimido? 1 2 3 4 5
Você se aborrece porque tem que ter cuidados para comer? 1 2 3 4 5
Você se sente desanimado devido à dificuldade de engolir? 1 2 3 4 5
Você se sente frustrado por não poder comer de tudo? 1 2 3 4 5
Você fica impaciente quando está com dificuldade de engolir? 1 2 3 4 5
55
ANEXO C
Área Temática:
Versão: 3
CAAE: 35192620.8.0000.8040
DADOS DO PARECER
Apresentação do Projeto:
SWAL-QOL traduzidos para o português nos participantes. Novamente esses testes serão
reaplicados após 6 meses e após 12 meses da aplicação da primeira testagem.
Objetivo da Pesquisa:
Riscos:
"Os riscos que poderão acontecer durante a sua participação na pesquisa são: a possibilidade
de danos à dimensão psíquica(constrangimento ao responder alguma pergunta)e a
confidencialidade dos dados. Caso você perceba alguma alteração a nível emocional, será
disponibilizado atendimento psicológico para o seu tratamento.O atendimento será realizado pela
Clínica Escola da Universidade Tuiuti do Paraná (Local: Campus Prof. Sydnei Lima Santos
(Barigui) Endereço: Rua: Sydnei Antonio Rangel Santos, nº 238 –Bairro: Santo Inacio, Curitiba -
PR, fone: (41) 3331-7700), de forma online. Durante a pandemia daCovid-19, haverá sessões
por vídeo, voz ou chat sem o precisar sair de casa. E ainda, como medida para evitar a o risco
referente à confidencialidade dos dados, informo que sua identidade não será revelada em
momento nenhum desta pesquisa. Além disso, os testes utilizados com você nesta pesquisa
serão descartados ao término deste estudo. Nem sempre você será diretamente beneficiado com
os resultados de pesquisas, mas poderá contribuir para o avanço científico.
Benefícios:
O benefício esperado de sua participação nesta pesquisa será para a comunidade científica.
Nesse sentido você estará contribuindo para a aquisição de novas descobertas referente às
possíveis consequências na função da deglutição e na qualidade de vida relacionada à essas
perturbações em pacientes que foram infectados pelo COVID-19.
Recomendações:
Não há pendências.
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Assinado por:
Maria Cristina Antunes (Coordenadora)
59
ANEXO D
DADOS DO PARECER
Apresentação do Projeto:
Versa a presente versão do protocolo de pesquisa de resposta à pendência levantada pelo
CEP/HFA por meio do parecer nº 4.360.983, de 26 de outubro de 2020, conforme
deliberado na reunião ordinária do dia 21/10/2020.
O presente de protocolo de pesquisa foi elaborado com vistas à conclusão de doutorado
pela Universidade Tuiutí do Paraná, tendo o HFA como instituição coparticipante. O
protocolo já passou por apreciação da instituição proponente sendo aprovado e
submetido para apreciação pelo CEP/HFA, na condição de coparticipante, uma vez
que os participantes da pesquisa se encontram na nossa instituição.
Conforme consta no projeto "estudos recentes mostraram que alguns pacientes que foram
infectados pelo COVID-19 apresentaram redução da capacidade respiratória. Sabe-se
que indivíduos com dificuldades respiratórias podem apresentar alterações na deglutição.
Os pacientes infectados pela COVID-19, que estão com insuficiência respiratória estão
sendo submetidos ao procedimento de intubação orotraqueal para o recebimento da
ventilação mecânica. Normalmente, pacientes que necessitam de ventilação mecânica por
mais de 14 dias são submetidos à traqueostomia. Para os casos de COVID-19, as
Unidades de Terapia Intensiva estão estendendo o prazo de intubação comumente
utilizado antes da realização da traqueostomia.Tal fato que pode ocasionar uma
lesão laringotraqueal, levando o paciente a ter dificuldades na proteção da via área durante
a deglutição. Sabe-se que tanto os pacientes com dificuldades respiratórias, quanto os
pacientes que permaneceram intubados por mais de 14 dias, quanto aos pacientes
traqueostomizados são candidatos a desenvolverem distúrbios na deglutição.
Além desses aspectos, estudos recentes estão revelando que o vírus do COVID-19 pode
ocasionar lesões neurológicas, e não se sabe ainda o quanto essas alterações
60
Situação do Parecer:
Aprovado
Não
Assinado por:
Coordenador