Lei Organica 1 1990 Colinas Do Tocantins TO
Lei Organica 1 1990 Colinas Do Tocantins TO
Lei Organica 1 1990 Colinas Do Tocantins TO
LEI ORGÂNICA
§ 2º São cores oficiais do Município: O azul, amarelo, verde e branco. Estas cores
deverão, preponderantemente, serem usados nos bens públicos, timbres, fachadas e outros.
I - A prática democrática;
VIII - A garantia de acesso, a todos, de modo justo e igual, sem distinção de origem, raça,
sexo, orientação sexual, cor, idade, condição econômica, religião, ou qualquer outra
discriminação, aos bens, serviços, e condições de vida indispensáveis a uma existência digna;
TÍTULO II
DO PODER MUNICIPAL
Art. 5ºPoder Municipal pertence ao povo, que o exerce através de representantes eleitos
para o Legislativo e o Executivo, ou diretamente, segundo o estabelecido nesta Lei Orgânica.
Parágrafo único. O cidadão investido na função de um dos poderes não poderá exercer a
de outro, salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica.
Art. 7ºÉ dever do Poder Municipal, em cooperação com a União, o Estado e com outros
Municípios, assegurar a todos o exercício dos direitos individuais, coletivos, difusos e sociais
estabelecidos pela Constituição da República e pela Constituição Estadual, e daqueles
inerentes às condições devida na cidade, inseridos nas competências municipais específicas,
em especial no que respeita a:
Art. 8ºPoder Municipal criará, por lei, Conselhos compostos de representantes eleitos ou
designados, a fim de assegurar a adequada participação de todos os cidadãos em suas
decisões.
II - A fiscalização popular dos atos e decisões do Poder Municipal e das obras e serviços
públicos;
III - A participação popular nas audiências públicas promovidas pelo Legislativo e/ou pelo
Executivo.
Art. 11.Qualquer munícipe, partido político, associação ou entidade, com domicílio ou sede
neste Município, é parte legítima para denunciar irregularidades à Câmara Municipal ou ao
Tribunal de Contas, bem como aos órgãos do Poder Executivo.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES CAPÍTULO I
Art. 12.O Poder Legislativo Municipal é exercido pelo colegiado composto de Vereadores,
cujo número é fixado por Decreto Legislativo, observado o limite previsto no inciso IV do artigo
29 da Constituição Federal, os quais compõem a Câmara Municipal, legitimamente eleitos
dentre os cidadãos que satisfaçam a se seguintes condições de elegibilidade, sem prejuízo do
disposto na lei eleitoral:
I - Nacionalidade brasileira;
IV - Domicílio eleitoral;
V - Filiação partidária; e
III - Legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções, anistias fiscais e
remissão de dívidas;
XII - Criar, organizar e suprimir distritos (vilas e povoados), bairros e setores, observadas
as legislações estadual e municipal;
XVII - Autorizar, nos termos da lei, a alteração de denominação de próprios públicos, vias
e logradouros públicos, bem como denominar as vias e logradouros públicos obedecidas as
normas urbanísticas aplicáveis;
VI - fixar subsídios:
VII - Autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de15 (quinze) dias
consecutivos;
XI - Decidir sobre a perda do mandato de Vereador, conforme previsto nesta Lei Orgânica
Municipal;
XII - Tomar e julgar as contas do Prefeito, pós prévia análise do Tribunal de Contas e
fornecimento de parecer prévio;
XIII - Zelar pela preservação de sua competência legislativa, sustando os atos normativos
do Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
XIV - Julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos nesta Lei,
sem prejuízo do que dispõe o decreto-lei 201/67 (ou lei que venha o substituir);
XVIII - Proceder, quando não apresentadas à Câmara, por meio do Tribunal de Contas,
no prazo e forma estabelecidas na Lei e regimentos, à Tomada de Contas Especial do
Prefeito, com auxílio do Tribunal de Contas, a qual será feita por meio de Comissão Especial
Parágrafo único. O subsídio do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários serão fixados por lei
de iniciativa da Câmara Municipal, em cada legislatura, para ter vigência na subsequente,
devendo ser aprovado até o dia 15 de dezembro, por voto aberto da maioria de seus
membros.
Seção II
Dos Vereadores
TODOS OS CIDADÃOS.
§ 3º O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no
prazo de 15 (quinze) dias, ressalvados os casos de motivo justo e aceito pela Câmara.
§ 4º Não comparecendo o Vereador para tomar posse e nem o justificar após passado o
prazo previsto no § 3º deste artigo, será declarada pela mesa diretora a vacância do cargo, e
convocado o primeiro suplente do partido ou coligação, na forma regimental.
Art. 16. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato, na circunscrição do Município.
II - Desde a posse:
III - Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias, salvo licenças ou missão autorizada pela Câmara;
§ 2º Nos casos dos incisos I e II deste artigo, acolhida a acusação pela maioria absoluta
dos Vereadores, a perda do mandato será decidida pela Câmara, por quórum de 2/3(dois
terços), assegurado o direito ampla defesa e contraditório.
§ 3º Nos casos dos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou
mediante provocação de qualquer dos membros da Câmara ou de partido político nela
representado, assegurado o direito ampla defesa e contraditório.
IV - Para tratar, com prejuízo dos seus vencimentos, de interesses particulares, por prazo
determinado, nunca inferior a 30 (trinta) dias, nem superior a 120 (cento e vinte) dias por
sessão legislativa, não podendo reassumir o exercício do mandato antes do término da
licença.
Vereador:
Art. 22.No caso de vaga, de investidura prevista no artigo anterior ou de licença de Vereador
superior a 30(trinta) dias, o Presidente convocará imediatamente o suplente.
§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro de15 (quinze) dias, salvo motivo
justo aceito pela Câmara. Não tomando posse o 1º suplente, será imediatamente convocado
o 2º suplente, observado no mais o disposto neste
artigo, convocando-se, na ordem, os demais suplentes, acaso o 2º suplente também não tome
posse no prazo aqui previsto.
Art. 23..No exercício de seu mandato, o Vereador terá livre acesso às repartições públicas
municipais, podendo diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da Administração Pública,
inclusive junto ao Tribunal de Contas, de vendo ser atendido pelos respectivos responsáveis,
na forma da Lei.
Seção III
Da Mesa da Câmara
Art. 24. Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais
idoso dos presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os
componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.
Parágrafo único. Não havendo número legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes
permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
Art. 26.O mandato da Mesa será de dois (02) anos, permitida uma reeleição por um único
período subsequente.
Parágrafo único. Pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, qualquer
componente da Mesa poderá ser destituído, assegurada o contraditório e ampla defesa,
quando negligente ou omisso no desempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se
outro Vereador para completar aquele mandato.
I - Tomar a iniciativa nas matérias a que se refere o inciso III do artigo 14, nos termos do
Regimento Interno;
VII - Declarar a perda do mandato de Vereador na forma prevista nesta Lei Orgânica
Municipal e Regimento Interno;
Art. 28. Ressalvados os projetos de lei de iniciativa privativa, a matéria constante de projeto
de lei rejeitado somente poderá ser reapresentada, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Art. 29. A Câmara Municipal reunir-se-á anualmente em sua sede, em sessão legislativa
ordinária, de 1º de fevereiro a 30 de junho, e de 1º de agosto a 15 de dezembro.
§ 1º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação dos projetos
de leis de diretrizes orçamentárias e do orçamento.
Art. 30.As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada por
2/3 (dois terços) de seus membros, quando ocorrer motivo relevante.
Art. 31. .No período de recesso, a Câmara poderá ser extraordinariamente convocada:
I - Pelo Prefeito;
§ 1ºA convocação será feita mediante ofício ao Presidente da Câmara, para reunir-se, no
mínimo, dentro de 2(dois) dias.
Art. 32..A Câmara terá Comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com
as atribuições previstas no respectivo Regimento ou no ato de que resultar a sua criação.
VII - Discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento, a competência
do Plenário, salvo com recurso de 1/10 (um décimo) dos membros da Casa;
§ 4º O Poder Legislativo Municipal poderá criar Comissão temporária, com prazo máximo
de 90 (noventa) dias, prorrogável por mais 30 (trinta) mediante requerimento deferido pelo
plenário, voltada especificamente para o exercício da fiscalização e do controle dos atos do
Poder Executivo, incluídos os da Administração Indireta, sem prejuízo das competências
constitucionais atribuídas ao Plenário da Câmara e ao Tribunal de Contas.
Art. 34.
Seção VI
Do Processo Legislativo
IV - Decretos legislativos.
V - Resoluções.
Art. 38. .As deliberações da Câmara Municipal e das suas Comissões sedarão por voto
aberto, exceto nos casos previstos nesta lei e/ou no regimento interno.
Parágrafo único. A forma de votação será mediante indagação dos membros do plenário
ou das comissões sobre como votam, considerando voto de acordo com a matéria ou objeto
discutido, os que permanecerem sentados, e contrários os que se colocarem de pé ou
manifestarem o voto contrário mediante uso da palavra.
III - De cidadãos, mediante iniciativa popular assinada por, no mínimo, 5% (cinco por
cento) dos eleitores do Município.
§ 1º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de defesa, estado
de sítio ou intervenção.
§ 2ºA proposta de emenda à Lei Orgânica será discutida e votada em2 (dois)turnos,
considerando-se aprovada quando obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de 2/3
(dois terços) dos membros da Câmara Municipal.
§ 4º A matéria constante de emenda rejeitada ou há vida por prejudicada não poderá ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
§ 1º São de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo as leis que disponham sobre:
IV - Cidadãos, mediante iniciativa popular assinada por, no mínimo, 5% (cinco por cento)
dos eleitores do Município;
§ 1º Se a Câmara Municipal não deliberar em até 30(trinta) dias, o projeto será incluído
na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, até que se
ultime a votação.
I - Matéria tributária;
II - Os Códigos Municipais;
XVII - Isenções de impostos municipais, bem como todo e qualquer tipo de anistia;
XX - Plano Diretor.
Art. 44.A Câmara Municipal, através de suas Comissões Permanentes, na forma regimental
e mediante prévia publicidade, convocará pelo menos 1 (uma)audiência pública, durante a
tramitação de projetos de leis que versem sobre:
I - Plano Diretor;
V - Matérias tributárias que disponha sobre criação de novo tributo ou alterem limites e
a) Do Poder Executivo;
b) Do cidadão, desde que o requerimento seja subscrito por 0,5% (meio por cento) de
eleitores do Município, número a ser aferido segundo o último censo do IBGE;
c) De, no mínimo, 1/5 (um quinto) dos vereadores que compõem a Câmara Municipal;
d) De, no mínimo, 3 (três) partidos com diretório ou comissão constituída no Município, e
que, no mínimo, 2 (dois) destes tenha assento na Câmara naquele momento;
e) Da sociedade civil organizada, por suas instituições ou associações, desde que o
requerimento contenha fundamentos no que a matéria possa lhe atingir.
Art. 45.Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, será enviado ao Prefeito que,
aquiescendo, o sancionará e promulgará, e após, o publicará para fins de tornar válida a lei,
observado quanto à sua aplicação, a vacatio legis.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao Prefeito para, em 48 (quarenta
e oito) horas, promulgá-lo.
§ 6º Se a lei não for promulgada pelo Prefeito, nos casos dos §§ 2º e 5º, o Presidente da
Câmara Municipal a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá aos demais
membros da Mesa, nas mesmas condições, fazê - lo, observada a precedência dos cargos.
Art. 46.O projeto de lei que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas as
Comissões, será tido como rejeitado, salvo procedência de eventual recurso para o Plenário,
nos termos do Regimento Interno.
Art. 47.A iniciativa de leis permitidas aos cidadãos, será exercida obedecidos os seguintes
requisitos:
§ 2º A Câmara emitirá parecer sobre o requerimento deque trata o inciso II deste artigo e
encaminhará, num prazo não superior a 30 (trinta) dias, o pedido de realização do plebiscito
ou do referendo ao Tribunal Regional
Eleitoral, assegurada a divulgação dos argumentos favoráveis e contrários à lei ou à proposta
a ser submetida à consulta popular.
Art. 48. As questões relevantes aos destinos do Município poderão ser submetidas a
plebiscito ou referendo por proposta do Executivo, por 1/3 (um terço) dos vereadores ou por
pelo menos 2% (dois por cento) do eleitorado, decidido pelo Plenário da Câmara Municipal.
Art. 49. A legislação referente ao Plano Diretor e ao zoneamento urbano, poderá ser alterada
uma vez por ano, salvo determinação judicial ou fato superveniente que imponha a
necessidade, desde que isto seja devidamente fundamentado, e aceito pelo Soberano
Plenário, ou conforme previsto no § 2º deste artigo.
§ 1º Para os efeitos do presente artigo será considerado o ano em que alei tenha sido
aprovada pela Câmara Municipal.
Art. 50. Em caso de relevância e urgência, o Prefeito Municipal poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Poder Legislativo que,
estando em recesso, será convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco
dias.
I - Tributária;
§ 2º As medidas provisórias perderão sua eficácia, desde sua edição, senão forem
convertidas em lei no prazo de quarenta e cinco dias, a partir de sua publicação, devendo à
Câmara Municipal disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes.
§ 5º Se a medida provisória não for apreciada em até trinta (30) dias contados de sua
publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente,
ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas do
Poder Legislativo.
§ 6º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que,
no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada na
Câmara Municipal.
§ 8º Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 2º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
Seção VII
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
Art. 52.O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, ao qual compete elaborar parecer prévio para fins
de ser apreciado e votado pelo Poder Legislativo.
Art. 53. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão sistema de controle interno com a
finalidade de:
III - Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres do Município;
IV - Apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional, o qual terá acesso
a toda e qualquer informação, documentos ou registro que repute necessários para o
cumprimento de sua função.
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, a Câmara Municipal e o Tribunal de Contas terão
acesso direto, através de sistema integrado de processamento de dados deste último, às
informações processadas e encaminhadas ao órgão auxiliar, de todos os órgãos da
administração direta e indireta do Município.
Seção VIII
Dos Conselhos Municipais
Art. 54.
Art. 54. O município poderá criara conselhos municipais de como ente deliberativo das
políticas Municipais, segundo objetivos de cada conselho, os quais serão criados, e seus
representantes escolhidos na forma definida em lei.
Art. 55. Aos Conselhos compete, além do estabelecido em lei, as seguintes atribuições:
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
Art. 56. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais.
Art. 57. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos simultaneamente, numa mesma eleição, e
obedecido o previsto na legislação eleitoral, ainda satisfaçam as seguintes condições de
elegibilidade:
I - A nacionalidade brasileira;
V - A filiação partidária;
§ 1º Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito e/ou o Vice-
Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
II - Desde a posse:
Art. 60.Será de 4 (quatro) anos o mandato do Prefeito e do Vice - Prefeito, a iniciar-se no dia
1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição.
Art. 61.O Prefeito e quem o houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderá
ser reeleito para um único período subsequente.
§ 1º Para concorrer a outros cargos, o Prefeito deve renunciar o mandato até seis meses
antes do pleito.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos 2 (dois) últimos anos de mandato, a eleição para ambos
os cargos será feita pela Câmara Municipal, 30 (trinta) dias depois de aberta a última vaga, na
forma da Lei eleitoral.
§ 2º Nos casos previstos neste artigo, o Prefeito licenciado terá direito aos vencimentos.
Seção II
Das Atribuições do Prefeito
Art. 69. Compete privativamente ao Prefeito, além de outras atribuições previstas nesta Lei:
XII - Comparecer à Câmara Municipal, até 45 (quarenta e cinco) dias após a sua sessão
inaugural, com mensagem sobre a situação do Município, informando que medidas de
interesse público deverão ser adotadas para o ano iniciado, inclusive sobre metas a serem
alcançadas, bem como apresentar relatório sobre o andamento das obras e serviços
municipais;
XIV - Propor à Câmara Municipal projetos de leis sobre criação, fusão, extinção e
alteração das Secretarias Municipais e sobre suas estruturas e atribuições;
VII - Aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como cancelá-las quando impostas
irregularmente;
II - Não enviar o repasse previsto no inciso V deste artigo até o dia vinte de cada mês; ou
VIII - Ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou realiza-las em desacordo
com as normas financeiras pertinentes;
XIII - Alienar ou onerar bens imóveis, ou rendas municipais, sem autorização da Câmara,
ou em desacordo com a lei;
XIV - Adquirir bens, ou realizar serviços e obras, sem concorrência ou coleta de preços,
nos casos exigidos em lei;
XVII - Negar execução a lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir ordem
judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, à autoridade
competente;
VII - Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na
sua prática;
a) A autonomia do Município;
b) O livre exercício da Câmara Municipal;
c) O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
d) A probidade na administração;
e) A lei orçamentária;
f) O cumprimento das leis e das decisões judiciais.
O Prefeito poderá, por ato próprio, delegar a seus auxiliares funções administrativas
Art. 71.
que não sejam de sua competência exclusiva.
Seção III
Da Responsabilidade do Prefeito
I - Pelo Tribunal de Justiça do Estado nos crimes comuns e nos de responsabilidade, nos
termos da legislação federal aplicável;
II - Pela Câmara Municipal nas infrações político-administrativas nos termos da lei federal
e previstas no § 4º do artigo 70 desta Lei Orgânica assegurados, dentre outros requisitos de
validade, o contraditório, a publicidade, ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes, e a decisão que se limitará a decretar a cassação do mandato do Prefeito.
§ 5º O recurso será objeto de análise pelo plenário, o qual terá preferência sobre
qualquer matéria em discussão ou votação, e será considerado acolhido se admitido por voto
da maioria dos vereadores presentes.
§ 8º Finda a sessão, no prazo máximo de 3 (três) dias úteis, a Presidência fará conclusão
§ 21 O processo, a que se refere este artigo, deverá estar concluído dentro em noventa
(90) dias, contados da data em que se efetivar a notificação
do acusado. Transcorrido o prazo sem o julgamento, o processo será arquivado, sem prejuízo
de nova denúncia ainda que sobre os mesmos fatos.
Art. 73. O Prefeito perderá o mandato, por extinção, declarada pela Mesa da Câmara
Municipal quando:
IV - Renunciar por escrito, considerada também como tal o não comparecimento para a
posse no prazo previsto nesta Lei Orgânica.
Seção IV
Dos Auxiliares do Prefeito
§ 2º É vedado ao Prefeito nomear, em número superior à 10% (dez por cento) das vagas
de Secretários, seu cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o terceiro grau, inclusive, para o cargo de Secretário na estrutura do Município,
configurando o descumprimento ofensa à probidade.
VI - Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos que forem
afetos à sua secretaria;
VII - Apresentar ao Prefeito Municipal relatório anual, ou parcial, de sua gestão, inclusive
para fins de serem expostos em audiências públicas;
VIII - Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas
pelo Prefeito Municipal.
Art. 76. Ao Secretário é vedado nomear, ou ter nomeado, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública na sua
secretaria o cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive, de familiares de servidor da Administração que esteja investido em
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada.
Art. 78. As faltas disciplinares previstas nos artigos 76 e 77 desta Lei, culminarão com
imediata exoneração, a critério do Prefeito Municipal, sem prejuízo da tomada de medidas de
outra natureza, inclusive, de ressarcimento, se for o caso.
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL CAPÍTULO I
Art. 81. A administração pública direta e indireta obedecerá aos princípios e diretrizes da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, razoabilidade, unidade,
indivisibilidade e indisponibilidade do interesse público, descentralização, democratização,
participação popular, transparência e valorização dos servidores públicos visando o pleno
atendimento do cidadão.
Todo órgão ou entidade municipal prestará aos interessados, no prazo de lei e sob
Art. 84.
pena de responsabilidade, as informações de interesse particular, coletivo ou geral,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível, nos casos referidos na Constituição da
República.
alienação das ações das empresas nas quais o Município tenha participação depende de
prévia aprovação, por maioria absoluta, da Câmara Municipal.
Seção Única
Da Advocacia-geral do Município
CAPÍTULO II
DO SERVIÇO PÚBLICO
Art. 89. É função do Município prestar um serviço público eficiente, eficaz, tempestivo,
adequado e efetivo, fundado numa gestão da qualidade, buscando resguardar e promover a
dignidade da pessoa humana, bem como observar a proporcionalidade, a razoabilidade, a
legalidade, a publicidade, a impessoalidade, a moralidade e a eficiência.
Parágrafo único. O Município, por si ou por meio das pessoas jurídicas de direito privado
que prestem serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.
Seção Única
Dos Servidores Públicos
Art. 90.Aos servidores públicos municipais devem ser assegurados remuneração justa e
valorização profissional, com plano de cargos e carreiras a
Art. 92.A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e menor remuneração dos
servidores públicos municipais, observado o disposto no artigo 37, inciso XI, da Constituição
da República.
Parágrafo único. A remuneração dos servidores públicos será estabelecida com vistas a
garantir o atendimento de suas necessidades básicas, inclusive previdência social, obedecidos
aos seguintes critérios:
Art. 93.É garantido ao servidor público municipal o direito à livre associação sindical,
respeitado os termos dispostos no artigo 8º da Constituição da República.
Art. 96. Os servidores da administração pública municipal terão plano de carreira a ser
efetivado na forma da lei.
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXX e XXXI, relativos
aos
direitos sociais, bem como o disposto nos artigos 40 e 41, todos da Constituição da República.
Art. 97. Ao servidor público municipal é assegurado o percebimento do adicional por tempo
de serviço público, concedido por quinquênio, bem como a um décimo (1/10) dos vencimentos
integrais, concedido aos vinte e cinco (25) anos de efetivo exercício no serviço público, que se
incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, não sendo computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
II - Dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para realização de, por
gestação, seis (06) consultas médicas e seis (06) saídas para realização de exames
complementares.
III - Licença-gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de, no mínimo,
cento e vinte (120) dias.
IV - Salário maternidade, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28
(vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e
condições previstas na legislação no que concerne à proteção a maternidade.
Art. 99.Ficam assegurados o ingresso e o acesso das pessoas com deficiência na forma da
lei, aos cargos, empregos e funções administrativas da administração, garantindo-se as
adaptações necessárias para sua participação nos concursos públicos.
gestão.
Art. 103.Os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores públicos
municipais, bem como a contrapartida do Município, destinados à formação de fundo próprio
de previdência, deverão ser postos, mensalmente, à disposição da entidade municipal
responsável pela prestação do benefício, na forma que a lei dispuser.
Art. 106.É vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público na
administração, respeitando-se apenas o limite constitucional para aposentadoria compulsória.
Art. 108.As contratações por tempo determinado a serem efetuadas na forma da lei para
atender a necessidades temporárias, de excepcional interesse público, não serão superiores a
12 (doze) meses, e obedecerão, obrigatoriamente, a processo seletivo prévio.
III - Gerem prejuízo à imagem e atos da Administração Pública, bem como em razão do
CAPÍTULO III
DOS BENS MUNICIPAIS
Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que,
Art. 110.
a qualquer título, pertençam ao Município.
I - Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação
de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma
de alienação;
III - Permuta;
§ 4º A licitação a que se refere o parágrafo anterior poderá ser dispensada por lei,
quando o uso se destinar à concessionária de serviço público ou quando houver relevante
interesse público e social, devidamente justificado;
§ 5º Na hipótese prevista no § 1º, inciso I, letra "b" deste artigo, a venda dependerá de
licitação se existir mais de um imóvel lindeiro com proprietários diversos.
Art. 113.A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação
e autorização legislativa.
Art. 114.Os bens municipais poderão ser utilizados por terceiros, mediante concessão,
permissão, autorização e locação social, conforme o caso e o interesse público ou social,
devidamente justificado, o exigir.
§ 4º A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, independe de
licitação e será sempre por tempo indeterminado e formalizada por termo administrativo.
obra ou do serviço.
§ 7º Também poderão ser objeto de locação, nos termos da lei civil, os imóveis
incorporados ao patrimônio público por força de herança vacante ou de arrecadação, até que
se ultime o processo de venda previsto no §5º do art. 112 desta lei.
CAPÍTULO IV
DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS
A publicação das leis e atos administrativos será feita pelo órgão oficial do Município.
Art. 115.
Os atos de efeitos externos só produzirão efeitos após a sua publicação.
Art. 116. A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida.
Art. 118. Os editais e publicações oficiais do Município deverão ser publicados no Diário
Oficial do Município, sem prejuízo de serem publicados em jornal de grande circulação local,
quando for exigência legal ou a interesse do Município.
Art. 119.O Poder Executivo publicará e enviará ao Poder Legislativo, no relatório anual,
detalhamento completo sobre os gastos publicitários da administração direta e indireta, para
fins de averiguação do cumprimento do disposto no § 1º, do art. 37 da Constituição da
República.
CAPÍTULO V
DAS OBRAS, SERVIÇOS E LICITAÇÕES
Parágrafo único. Ao usuário fica garantido serviço público compatível com sua dignidade
humana, prestado com eficiência, regularidade,
pontualidade, uniformidade, conforto e segurança, sem distinção de qualquer espécie.
Art. 124.A realização de obras e serviços municipais deverá ser adequada às diretrizes do
Plano Diretor.
§ 1º O não cumprimento dos encargos trabalhistas, bem como das normas de saúde,
higiene e segurança do trabalho e de proteção do meio ambiente pela prestadora de serviços
públicos importará a rescisão do contrato, na forma prevista na lei federal 8666/93, sem direito
a indenização.
O disposto no artigo anterior não impede a locação de bens ou serviços, por parte da
Art. 127.
Administração Direta ou Indireta, com o intuito de possibilitar a regular e eficaz prestação de
serviço público.
§ 1º O disposto neste artigo não inibe a administração direta ou indireta de utilizar outras
formas ou instrumentos jurídicos para transferir a terceiros a operação direta do serviço
público.
Art. 129. As licitações e os contratos celebrados pelo Município para compras, obras e
serviços serão disciplinados por lei, respeitadas as normas gerais editadas pela União, os
princípios da igualdade dos participantes, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo do interesse público e dos que
lhe são correlatos.
CAPÍTULO VI
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E FINANCEIRA SEÇÃO I
DA TRIBUTAÇÃO
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e,
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 3º A contribuição de que trata o art. 130, inciso IV, só poderá ser exigida após
decorridos 90 (noventa) dias da publicação da lei que a houver instituída ou modificada, não
se lhe aplicando o disposto no inciso III, alínea "b", deste artigo.
§ 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
II - Transmissão "intervivos" a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos à sua aquisição;
II - Incide sobre a transmissão por ato oneroso "intervivos" de bens imóveis e direitos a
eles relativos de imóveis situados no território do Município.
§ 3º O imposto previsto no inciso III não exclui a incidência do imposto estadual previsto
no art. 155, inciso I, alínea "b", da Constituição da República, sobre a mesma operação.
Art. 136.A isenção, anistia e remissão relativas a tributos e penalidades só poderão ser
concedidas em caráter genérico e fundadas em interesse público justificado, sob pena de
nulidade do ato.
Seção II
Dos Orçamentos
Art. 137. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: as leis dos planos plurianuais,
leis de diretrizes orçamentárias e leis orçamentarias, bem como as prestações de contas e o
I - O plano plurianual;
II - As diretrizes orçamentárias;
I - Examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito para fins de julgamento pela Câmara;
II - Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas municipais previstos nesta Lei
Orgânica, e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
Art. 139.Não tendo o Legislativo recebido a proposta de orçamento anual até a data prevista
no inciso II do § 6º do artigo anterior, será considerado como projeto a lei orçamentária
vigente, pelos valores de sua edição inicial,
Art. 140.Aplicar-se-á, para o ano subsequente, a lei orçamentária vigente, pelos valores de
edição inicial, monetariamente corrigidos pela aplicação de índice inflacionário oficial, caso o
Legislativo, até 31 de dezembro, não tenha votado a proposta de orçamento.
do Município, no mês anterior, indicando, entre outros dados, o tipo de operação de crédito
que a originou, as instituições credoras, as condições contratuais, o saldo devedor e o perfil
de amortização.
Seção III
Da Escrituração, Consolidação e Prestação Das Contas
as:
a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa
liquidada e o saldo;
I - Apuração da receita corrente líquida, conforme previsto em lei, sua evolução, assim
como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
montante a pagar.
Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes do Município
Art. 144.
20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
§ 2º O relatório conterá:
1. Liquidadas;
2. Empenhadas e não liquidadas;
3. Empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de
caixa;
4. Não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram
cancelados.
§ 3º O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que
corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
§ 4º As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas
próprias, as do Presidente dos órgãos dos Poderes Legislativo, as quais receberão parecer
prévio separadamente emitido pelo Tribunal de Contas, conforme previsto nesta lei,
na Constituição Estadual e na Constituição Federal.
§ 5º Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou
tomadas.
Art. 145.O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o
sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento
do Plano Plurianual, da Diretrizes Orçamentária e lei orçamentária, com ênfase no que se
refere a:
III - Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite,
nos termos previsto em lei;
CAPÍTULO VII
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL SEÇÃO I
DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
O Município organizará sua administração e exercerá suas atividades com base num
Art. 146.
processo de planejamento, de caráter permanente, descentralizado e participativo, como
instrumento de democratização da gestão da cidade, de estruturação da ação do Executivo e
orientação da ação dos particulares.
II - O plano plurianual;
Seção II
Da Participação Nas Entidades Regionais
Art. 147. O Município poderá, mediante autorização legislativa, participar das estruturas
regionais criadas pelo Estado, nos termos do que dispõem a Constituição da República e a
Estadual, fará valer os princípios e os interesses de seus habitantes.
TÍTULO V
DO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I
DA POLÍTICA URBANA
A política urbana do Município terá por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
Art. 148.
funções sociais da cidade, propiciar a realização da função social da propriedade e garantir o
bem-estar de seus habitantes, procurando assegurar:
Art. 149. O Município, para cumprir o disposto no artigo anterior, promoverá igualmente:
III - O uso racional e responsável dos recursos hídricos para quaisquer finalidades
desejáveis;
VII - A preservação dos fundos de vale de rios, córregos e leitos em cursos não perenes,
para canalização, áreas verdes e passagem de pedestres.
Art. 151.A propriedade urbana cumpre a sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor e na legislação urbanística
dele decorrente.
III - Assegurar a justa distribuição dos ônus e encargos decorrentes das obras e serviços
da infra-estrutura urbana e recuperar para a coletividade a valorização imobiliária decorrente
da ação do Poder Público.
O Município poderá, na forma da lei, obter recursos junto à iniciativa privada para a
Art. 152.
construção de obras e equipamentos, através das operações urbanas.
Art. 153. O Poder Público Municipal, mediante lei específica para área incluída no Plano
Diretor, poderá exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
Art. 154. O Município, para assegurar os princípios e diretrizes da política urbana, poderá
utilizar, nos termos da lei, dentre outros institutos, o direito de superfície, a transferência do
direito de construir, a requisição urbanística, a contribuição de melhoria.
Parágrafo único. Equipara-se aos instrumentos de que trata o "caput", para idênticas
finalidades, o instituto do usucapião especial de imóveis urbanos, de acordo com o que
dispuser a lei.
Art. 156.
Art. 157.O Município instituirá a divisão geográfica de sua área, podendo nele constituir
povoados (vilas) ou distritos, a serem adotados como base para a organização da prestação
dos diferentes serviços públicos.
Art. 158. Os bens públicos municipais dominiais não utilizados serão prioritariamente
destinados, na forma da lei, a assentamentos da população de baixa renda e à instalação de
equipamentos coletivos, assegurada a preservação do meio ambiente.
CAPÍTULO II
DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE ECONÔMICA
III - Fiscalizar as suas atividades de maneira a garantir que não se tornem prejudiciais ao
meio ambiente e ao bem-estar da população;
VI - Normatizar o comércio regular, o comércio ambulante por pessoa física e jurídica nas
vias e logradouros públicos e a atividade mercantil transitória em pontos fixos e em locais
previamente determinados sem prejuízo das partes envolvidas;
Art. 162. O Poder Público estimulará a substituição do perfil industrial das empresas
localizadas no Município, incentivando a transformação para indústrias de menor impacto
ambiental, ficando vedada a instalação ou desenvolvimento de qualquer nova atividade,
comprovadamente poluidora, a partir da promulgação da presente Lei.
Art. 163. As microempresas receberão por parte do Poder Público Municipal tratamento
diferenciado visando incentivar a sua multiplicação e fomentar o seu crescimento pela
simplificação das suas obrigações administrativas e tributárias.
Art. 166.O Poder Executivo ficará incumbido da organização, de forma coordenada com a
ação do Estado e da União, de sistema de abastecimento de produtos no território do
Município.
II - Instituir linhas de financiamento bem como recursos a fundo perdido para habitação
popular;
Parágrafo único. Para o cumprimento do disposto neste artigo, o Município poderá buscar
cooperação financeira e técnica junto ao Estado e à União.
barateamento da construção.
Art. 171.Considera-se para os efeitos desta lei, habitação coletiva precária, de aluguel, a
edificação alugada no todo ou em parte, utilizada como moradia coletiva multifamiliar, com
acesso aos cômodos habitados e instalações sanitárias comuns.
CAPÍTULO IV
DO TRANSPORTE URBANO
IV - Mecanismos de regulamentação;
V - O transporte de cargas;
§ 1º Lei disporá sobre a rede estrutural de transportes, que deverá ser apresentada pelo
Poder Executivo, em conjunto com o Plano Diretor e periodicamente atualizada.
§ 3º O Plano Diretor deverá prever tratamento urbanístico para vias e áreas contíguas à
rede estrutural de transportes com o objetivo de garantir a segurança dos cidadãos e do
patrimônio ambiental, paisagístico e arquitetônico
da cidade.
deverá contemplar:
Art. 176.Nos casos em que a operação direta do serviço estiver a cargo de particular, o
operador, sem prejuízo de outras obrigações, deverá:
Art. 177.Ao operador direto não será admitida a ameaça de interrupção, nem a solução de
continuidade ou deficiência grave na prestação do serviço público essencial de transporte
coletivo urbano.
Art. 178. As tarifas dos serviços públicos de transporte são de competência exclusiva do
Município, e deverão ser fixadas pelo Executivo, de conformidade com o disposto no art. 7º,
inciso III desta Lei.
Parágrafo único. Até 5 (cinco) dias úteis antes da entrada em vigor da tarifa, o Executivo
enviará a Câmara Municipal as planilhas e outros elementos que lhe servirão de base,
divulgando amplamente para a população os critérios observados.
fiscalizar:
tarifa;
Parágrafo único. Para a consecução do disposto neste artigo, poderá o Município firmar
convênios e outros ajustes com demais unidades da federação, desde que autorizadas por lei.
CAPÍTULO V
DO MEIO AMBIENTE
Art. 182. O Município coibirá qualquer tipo de atividade que implique em degradação
ambiental e quaisquer outros prejuízos globais à vida, à qualidade de vida, ao meio ambiente:
Art. 183.
Art. 186.O Município deverá recuperar e promover o aumento de áreas públicas para
implantação, preservação e ampliação de áreas verdes, inclusive arborização frutífera e
fomentadora da avifauna.
Art. 188.O Município coibirá o tráfico de animais silvestres, exóticos e de seus subprodutos e
sua manutenção em locais inadequados, bem como protegerá a fauna local e migratória do
Município, nesta compreendidos todos os animais silvestres ou domésticos, nativos ou
exóticos.
Parágrafo único. As entidades referidas neste artigo poderão, na forma da lei, solicitar aos
órgãos municipais competentes a realização de testes ou o fornecimento de dados, desde que
a solicitação esteja devidamente justificada.
Art. 190.As normas de proteção ambiental estabelecida nesta Lei, bem como as dela
decorrentes, aplicam-se ao ambiente natural, construído e do trabalho.
CAPÍTULO VI
DA CULTURA E DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
Art. 191.O Município garantirá a todos o exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes
de cultura, observado o princípio da
Art. 192. O Município adotará medidas de preservação das manifestações e dos bens de valor
histórico, artístico e cultural, bem como das paisagens naturais e construídas e as notáveis,
permitida a intervenção para reforma restauração ou atos de preservação.
I - As formas de expressão;
Art. 193. O Poder Público Municipal promoverá através dos órgãos competentes:
Art. 194. O Poder Municipal providenciará, na forma da lei, a proteção do patrimônio histórico,
cultural, paisagístico e arquitetônico, através de:
I - Preservação dos bens imóveis, de valor histórico, sob a perspectiva de seu conjunto;
IV - Desapropriações;
Parágrafo único. A lei disporá sobre sanções para os atos relativos à evasão, destruição
e descaracterização de bens de interesses histórico, artístico, cultural, arquitetônico ou
ambiental, exigindo a recuperação, restauração ou reposição do bem extraviado ou
danificado.
Art. 195.
Art. 196.O Município poderá conceder, na forma da lei, financiamento, incentivos e isenções
fiscais aos proprietários de bens culturais e ambientais tombados ou sujeitos a outras formas
legais de preservação que promovam o restauro e a conservação destes bens, de acordo com
a orientação do órgão
competente.
Parágrafo único. Aos proprietários de imóveis utilizados para objetivos culturais poderão
ser concedidas isenções fiscais, enquanto mantiverem o exercício de suas finalidades.
Art. 197.As obras públicas ou particulares que venham a ser realizadas nas áreas do centro
histórico e em sítios arqueológicos, nas delimitações e localizações estabelecidas pelo Poder
Público, serão obrigatoriamente submetidas ao acompanhamento e orientação de técnicos
especializados do órgão competente.
Art. 198. Os espaços culturais e os teatros municipais poderão ser cedidos às manifestações
artísticas e culturais amadoras.
Art. 199.A cessão de espaços culturais e teatros municipais a grupos profissionais se dará,
na forma da lei, aos que estiverem legalmente regularizados, bem como o seu corpo de
funcionários.
TÍTULO VI
DA ATIVIDADE SOCIAL DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO
II - Educação infantil para o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade,
em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social;
III - Ensino fundamental gratuito a partir de 7 (sete) anos de idade, ou para os que a ele
não tiveram acesso na idade própria;
V - A matrícula no ensino fundamental, a partir dos 6 (seis) anos de idade, desde que
plenamente atendida a demanda a partir de 7 (sete) anos de idade.
Art. 206. O atendimento especializado às pessoas com deficiência dar-se-á na rede regular de
ensino e em escolas especiais públicas ou conveniadas, sendo-lhes garantido o acesso a
todos os benefícios conferidos à clientela do sistema municipal de ensino e provendo sua
efetiva integração social.
Art. 207. O Município permitirá o uso pela comunidade do prédio escolar e de suas
instalações, durante os fins de semana, férias escolares e feriados, na forma da lei.
Art. 208. O Município aplicará, anualmente, no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) da
receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção
e desenvolvimento do ensino fundamental, da educação infantil e inclusiva.
Art. 209.O Município publicará, conforme exigido pelo Tribunal de Contas, informações
completas sobre receitas arrecadadas, transferências e recursos recebidos e destinados à
educação no período competente, bem como a prestação de contas das verbas utilizadas,
discriminadas por programas.
Art. 210.
CAPÍTULO II DA SAÚDE
Art. 213. O Município, com participação da comunidade, garantirá o direito à saúde, mediante:
I - Políticas que visem ao bem estar físico, mental e social do indivíduo e da coletividade,
a redução e a busca da eliminação do risco de doenças e outros agravos, abrangendo o
ambiente natural, os locais públicos e de trabalho;
Art. 214.O conjunto de ações e serviços de saúde de abrangência municipal, integram a rede
regionalizada e hierarquizada do sistema único de saúde, nos termos do disposto no artigo
198 da Constituição da República.
Art. 215.
Art. 215.As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao Município
dispor sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
§ 2º É vedado cobrar do usuário pela prestação das ações e dos serviços no âmbito do
sistema único de saúde.
Compete ao Município, através do sistema único de saúde, nos termos da lei, além
Art. 216.
de outras atribuições:
mulher ou do casal, tanto para exercer a procriação como para evitá-la, provendo meios
educacionais, científicos e assistenciais para assegurá-lo, vedada qualquer forma coercitiva
ou de indução por parte de instituições públicas ou privadas;
XII - Fiscalizar e garantir o respeito aos direitos de cidadania do doente mental, bem
como vedar o uso de celasfortes e outros procedimentos violentos e desumanos, proibindo
internações compulsórias, exceto aquelas previstas em lei;
XIII - Facilitar, nos termos da lei, a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas
para fins de transplante.
Art. 218.O Conselho Municipal de Saúde, órgão normativo e deliberativo, com estrutura
colegiada, será composto por representantes do Poder Público, trabalhadores da saúde e
usuários que, dentre outras atribuições deverá promover os mecanismos necessários à
implementação da política de saúde nas unidades prestadoras de assistência, na forma da lei.
CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE DO TRABALHADOR
Art. 219.O Município, coordenando sua ação com a União, o Estado e as entidades
representativas dos trabalhadores, desenvolverá ações visando à promoção, proteção,
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
advindos das condições de trabalho, através de:
CAPÍTULO IV
DA PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
A assistência social, política de seguridade social, que afiança proteção social como
Art. 221.
direito de cidadania de acordo com os artigos 203 e 204 da Constituição Federal,
regulamentados pela Lei Federal 8.742/93, deve ser garantida pelo município cabendo-lhe:
XIII - Compor tal sistema com: indicadores sobre a realidade social da cidade, índices de
desigualdade, risco, vulnerabilidade e exclusão social; avaliação da efetividade e eficácia da
ação desenvolvida; cadastro informatizado da rede socio-assistencial da cidade com acesso
pela rede mundial de computadores.
Art. 222. O Município poderá prestar, de forma subsidiária e conforme previsto em lei,
assistência jurídica à população de baixa renda, podendo celebrar convênios com faculdades
Art. 226.O Município buscará garantir à pessoa deficiente sua inserção na vida social e
econômica, através de programas que visem o desenvolvimento de suas potencialidades, em
especial:
Art. 227.O Município deverá garantir aos idosos e pessoas com deficiência o acesso a
logradouros e a edifícios públicos e particulares de frequência aberta ao público, com a
eliminação de barreiras arquitetônicas, garantindo-lhes a livre circulação, bem como a adoção
de medidas semelhantes, quando da aprovação de novas plantas de construção, e a
adaptação ou eliminação dessas barreiras em veículos coletivos.
CAPÍTULO V
DO ESPORTE, LAZER E RECREAÇÃO
Art. 230. É dever do Município apoiar e incentivar, com base nos fundamentos da educação
física, o esporte, a recreação, o lazer, a expressão corporal, como formas de educação e
promoção social e como prática sociocultural e de preservação da saúde física e mental do
cidadão.
Parágrafo único. Para fazer jus a quaisquer benefícios do Poder Público, bem como aos
incentivos fiscais da legislação pertinente, os clubes
desportivos municipais deverão observar condições a serem estabelecidas por lei.
CAPÍTULO VI
DA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
Art. 240.O Município organizará um Sistema Integrado de Segurança Urbana para prestar
pronto atendimento, primário e preventivo à população.
Parágrafo único. O órgão básico de execução do Sistema será a Guarda Civil, definindo o
Município através de lei, a organização, competência e atribuições do Sistema.
Nos 10 (dez) primeiros anos da promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Executivo
Art. 242.
Municipal desenvolverá esforços com a mobilização de todos os setores organizados da
sociedade para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino municipal.
Art. 245.O Executivo disporá de um prazo máximo de até 2 (dois) anos para submeter ao
Legislativo um novo Plano Diretor do Município.
IV - Padroeira da cidade;
V - Dia do Evangélico;
Art. 250.A revisão da presente Lei será feita 3 (três) meses após o término da revisão da
Constituição da República prevista no artigo 3º das suas Disposições Transitórias.
Art. 250.O Município poderá manter em caráter educativo, artístico, informativo e cultural,
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, em regime fundacional, que venha a ser
concedida ao Município pela União, com a participação do poder público e da sociedade em
sua gestão e controle, na forma da lei.
Art. 253.O Município fará o levantamento, no prazo de um ano dos bens imóveis de valor
histórico e cultural, e expressiva tradição para cidade, para fins de futuro tombamento e
declaração de utilidade pública, nos termo da lei.
Parágrafo único. A relação constará de lei a ser aprovada pela Câmara Municipal.
Art. 254.O Município fará completo inventário de bens imóveis, no prazo de dois anos,
atualizando seus valores e arrolando, inclusive, direito e ações sobre os mesmos, de tudo
dando conhecimento à Câmara Municipal.
Art. 255.
§ 1º Para fins deste artigo, somente após um ano do falecimento poderá ser
homenageada qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes que tenham desempenhado
altas funções na vida administrativa do Município, do Estado ou do País.