Resumo Áudio
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- MASCARAMENTO
EM SUMA: Mascaramento - eleva o limiar da orelha não testada (ONT) para que esta não
interfira ou influencie os resultados da orelha testada (OT).——> Objetivo
Tipos de mascaramento
Curva sombra: é uma falsa curva audiométrica obtida quando o sinal é apresentado à
orelha testada num nível de intensidade suficientemente forte para passar pelo crânio e ser
percebido pela orelha oposta, ocorrendo a audição cruzada. Aparece no audiograma como
um traçado semelhante à curva audiométrica da orelha melhor, porém em um nível mais
elevado.
Atenuação Interaural (AI) - IMPORTANTE
Perda de energia sonora que ocorre quando um som intenso é apresentado e pode atingir a
orelha oposta. Os sons passam principalmente pela VO para a orelha oposta.
- Redução na intensidade de um tom do fone da orelha testada (OT) para a cóclea da
orelha não testada (ONT). Variando de acordo com a frequência (valor mínimo);
- Varia conforme frequência, sinal acústico, fone empregado e variações anatômicas;
- Utiliza-se o valor de 40 dB como parâmetro para decidir a necessidade de
mascaramento de VA.
OBS: No fone de inserção, a atenuação é bem maior. O que reduz a necessidade de
mascaramento.
EX:
-> A energia dissipada é de 40 dB (em média) e chegará na orelha oposta em 30 dB, que,
por exemplo, na frequência de 250 Hz, o paciente escutará em 30 dB, ou seja, terá que
mascarar, pois seu limiar auditivo está em 10 dB na ONT.
Atenuação Interaural de VO
É de aproximadamente 0 dB, ou seja, Independente da colocação do vibrador ósseo, seja
na mastóide ou na fronte, ambas as cócleas serão estimuladas ao mesmo tempo, sendo
que a melhor cóclea responderá primeiramente.
Quando os limiares de VA e VO da OT diferirem em valores superiores a 10 dB em uma ou
mais frequências, deve-se utilizar o mascaramento.
- Quando os limiares de VA e VO da OT diferem em valores superiores a 10 dB em
uma ou mais frequências deve-se utilizar o mascaramento. Ou seja, quando houver
perda condutiva ou mista, normalmente, terá que mascarar.
OBS: Quando os limiares ósseos da ONT forem pires do que os da OT, não é necessário
mascarar.
SRT ou IPRF - AI de 45 dB
Quando mascarar?
VA -> Quando houver diferença entre a VA da OT (pior) e a VA da ONT (melhor) > ou = a 40
dB, em uma mesma frequência. (USAR ISTO NA PRÁTICA)
-> Quando a diferença entre a VA da OT e a VO da ONT for maior ou igual ao valor de AI
(40 dB) para cada frequência.
VO -> Quando o limiar aéreo da OT e o limiar ósseo daquele mesmo ouvido diferirem por
mais de 10 dB, ou seja, gap aéreo-ósseo maior que 10 dB.
Raciocínio de mascaramento:
VA -> A intensidade do ruído mascarante utilizado na ONT deve ser o suficiente para piorar
o limiar desta orelha, está intensidade de ruído deve diminuir a diferença entre os limiares
da OT e os limiares aéreos/ósseos numa mesma frequência para um valor menor que AI.
Ou seja, a ONT não ajudará a OT na audiometria.
VO -> Quando o mascaramento é aplicado, tem-se uma mudança na mesma proporção dos
limiares de VO e VA da ONT, para que esta orelha não ajude mais a OT.
- Mascaramento de VA
- Mascaramento de VO
- Mascaramento da logoaudiometria
1) Para o SRT = pegue o valor da média tritonal (500, 1000 e 2000Hz)e verifique se é igual
ou maior do que 45dB;
2) Compare a média com os limiares de VO na ONT nas freq. De 500 à 4000hz
3) Se na ONT tiver limiar que possa ajudar nessas resposta, utilize mascaramento;
4) Colocasse 10dB acima do valor de AI q está chegando na ONT;
5) E mantenha esse valor durante todo o teste;
OBS: na logo tem que contar também o maior gap aéreo/ósseo no mascaramento e
adicionar este valor ao valor final.
IMPORTANTE
■ Antes de aplicar o mascaramento é de suma importância dar instruções precisas ao
paciente;
■ Orientar sobre qual orelha será testada, ouvirá o “sinal,apito” e na melhor orelha ouvirá
um ruído “chuva”, deve levantar a mão quando ouvir o apito e tentar não prestar atenção na
orelha com ruído.
- IMITANCIOMETRIA - Timpanometria
OBS: Quanto mais flácida a membrana timpânico, maior a energia é absorvida (admitância
acústica);
Quanto mais rígida a membrana estiver, maior energia ela é refletida (Impedância acústica);
O paciente recebe dois tipos de pressão: uma positiva e uma negativa. Vai da pressão
positiva para a negativa na membrana, deslocando essa membrana e também “sugando”a
membrana quando há pressão negativa.
Procedimento: aplicando uma pressão mais positiva (membrana fica rígida) - mais 200
daPa, logo o valor da compliância encontrada ; é o volume equivalente da orelha externa
(compliância dinâmica).
Quando igualamos as pressões do MAE e orelha média, ponto máximo de relaxamento da
MT,temos o volume equivalente do MAE somado a orelha média (complacência estática)
Para encontrarmos o volume equivalente da orelha média, diminui-se a compliância
dinâmica da complacência estática.
Durante todo o exame, é apresentado o tom puro. Inicia-se com uma pressão de
+200daPa(Nos equipamentos manuais, na posição de +200 vemos o volume da 0E)
• Monitora o NPS no MAE e vai tirando a pressão até - 200daPa ou 400daPa,para/
encontrar o pico de complacência do sistema (Nos equipamentos manuais, o valor do pico é
a soma da OE e OM)
CURVA A
• Sistema tímpano-ossicular com mobilidade normal
• Orelha média normal ou otoesclerose*
• Pressão: próximo de daPa. Entre -100 e +100
• Complacência: 0,3 e 1,6ml
• Dependendo do estágio da doença, a sonda de 226Hz não é sensível o suficiente
para captar aumento na rigidez da cadeia. Por isso é importante o cross-check com reflexos
e audiometria! (Comum acontecer na otosclerose).
CURVA AR/AS
• Sistema tímpano-ossicular com
mobilidade reduzida
• Otoesclerose* ou MT
espessa*
• Pressão: Normal
(Entre -100 e +100)
• Complacência: abaixo de 0.3
• *Cross-check com reflexos e audiometria!
CURVA AD
• Sistema tímpano-ossicular com
mobilidade aumentada
• Disjunção cadeia ossicular (terá GAP e ausência de reflexo) ou
MT flácida (sem outras alterações)
• Pressão: Normal. Entre
-100 e +50
• Complacência: acima de 1.6 ml
CURVA B
• Curva plana.
• Não tem pico de maior complacência do sistema o Nesses casos, o imitanciometro
vai até -400daPa
• Complacência baixa (menor que 0,3ml).
Ex: otites
OBS: sempre associada a patologia de orelha média
CURVA C
• Pico de maior admitância está
abaixo de -100daPa
• Isso significa que a pressão da orelha média está negativa o Disfunção tubária
• Complacência dentro da normalidade
• Nesses casos, o imitânciometro vai até
-400daPa
VEDAR O MAE
Pré-requisito
• Selecionar oliva de tamanho adequado ao MAE do paciente;
• Puxar delicadamente o pavilhão auricular do paciente e introduzir a oliva, girando-a
em sentido horário (como um parafuso). Não há necessidade de empregar força;
• Verificar se não há escape de ar, o Caso haja escape de ar, a oliva poderá ser
introduzida um pouco mais ou deverá ser trocada por outra;
• Inicio da imitanciometria
O exame:
- Ocorre a contração em ambos os lados de forma simultânea, mesmo com o estímulo
de uma orelha só. Pode ser ipsilateral ou contralateral.
Avaliamos em:
IPISI: aferência (entrada do estímulo) e eferência (saída do estímulo para o SNC) na
mesma orelha;
CONTRA: aferência ( entrada do estímulo) na orelha com o fone e eferência (saída do
estímulo para o SNC) na orelha com a sonda.
OBS: O RA deve sempre ser marcado com a cor da orelha da sonda, pois é na sonda que o
RA é captado.
Alteração na eferência:
Quando o problema é condutivo, não observa-se presença de RA por eferência, mesmo se
o GAP for pequeno.
Isso porque quando a lesão está na parte eferente, o local da lesão, e não o grau da PA, é o
principal determinante das condições do RA.
EM RESUMO: o GAP aéreo-ósseo indica ausência de reflexo, na eferência. Isso se dá, pois
o local da lesão que determina a ausência e não o grau da perda, nestes casos. A P.A.
auditiva mista segue o mesmo raciocínio, já que mesmo que uma frequência tenha GAP
aéreo-ósseo já é indicativo de reflexo acústico ausente.
Alteração na aferência:
- COCLEAR: Lesões na parte aferente do RA produzem ausência de RA ou elevação
do limiar do RA na orelha na qual o sinal ativador do reflexo é apresentado. O
Reflexo permanece inalterado até 40 dB NA de limiar auditivo em P.A. cocleares e
aumenta na medida que o grau aumenta.
- Os reflexos vão ficando ausentes conforme a P.A. aumenta acima de 10 dB, com um
aumento proporcional a porcentagem de reflexos ausentes. Acima de 60 dB de
limiar auditivo, 80% não são mais detectáveis.
Na imagem, tem-se uma perda abaixo do limiar de 40 por isso ainda não tem nenhum
reflexo ausente.
Na imagem, temos uma perda de 60 dB, ou seja, 80% dos reflexos já não são detectáveis.
RECRUTAMENTO: O recrutamento é quando o paciente tem uma perda auditiva e em som
com baixa intensidade não ouve, porém com sons em alta intensidade, apresenta
sensibilidade auditiva e incômodo.
Deve-se comparar os LA tonais com os níveis do RA contralateral. Se a diferença for menor
que 60 dB, é indicativo de lesão coclear, indicando recrutamento. Para saber se o indivíduo
é recrutante ou não, o que importa é a orelha que está sendo estimulada (orelha do fone).
INTERPRETAÇÃO
Presente diminuída: Recrutamento* Presente aumentada: Suspeita de
comprometimento neural
Ausente: Analisar o resultado dos outros testes.
QUADRO RESUMO
OBSERVAÇÕES
- GAP aéreo-ósseo: Se tem GAP significa que a OM está comprometida, logo, NÃO
TEM reflexo.
- Únicas exceções: Fratura da crura do estribo e Síndrome de Deiscência de Canal
Semicircular Superior/ síndome da terceira janela)
- Curva As, Ad e C: Depende da etiologia e/ou grau de comprometimento.
- Cerca de 10% das pessoas não tem reflexo acústico, mesmo sem outras alterações.
No exame (Timpanometria):
1- Ligar o equipamento;
2- Verificar o botão (adulto e criança);
3- Por meio do botão, aplicar sobre a MT +200 (daPa);
4- Ao colocar +200 de pressão no MAE, um valor irá ser apresentado pelo imitanciometro.
Este valor é o volume equivalente da orelha externa. (ml). 1a PASSO Rigidez da MT
5- Ao achar o volume da orelha externa em +200 daPa, vamos, por meio do botão, diminuir
a pressão que se encontra em mais +200 daPa para as pressões negativas. Vai chegar um
momento em que um outro valor será indicado pelo imitanciômetro (ml) e em uma
determinada pressão exata (ponto de maior relaxamento da membrana timpânica) OE + OM
2a PASSO MT Flácida
6- Após marcar o volume equivalente da orelha externa somado com a orelha média (ponto
de maior relaxamento da membrana timpânica – MT Flácida) vamos continuar diminuindo a
pressão para achar o ponto em que a MT fica rígida novamente;
7- Após ter marcado os valores de +200, ponto de relaxamento e pressão, ponto de rigidez
novamente da MT (pressão negativa) vamos montar nossa curva timpanométrica.