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O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO COM

SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA

PRISCILA OLIVEIRA ALVES

RESUMO

O presente artigo aborda a temática do processo da alfabetização do aluno com


Síndrome de Down na escola inclusiva nos anos iniciais, bem como as dificuldades
enfrentadas pelo aluno e pelas professoras no contexto escolar. São descritas as
estratégias de alfabetização na rotina escolar do aluno com síndrome de Down a partir
dos pressupostos de alfabetização de Maria Teresa C. Troncoso como também os
referenciais da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação e Cultura.
Trata-se, portanto de uma pesquisa bibliográfica a partir desses referenciais que se
encontram disponíveis nos sites oficiais do MEC. Na estruturação deste método de
leitura, tanto as habilidades das pessoas com síndrome de Down quanto suas
dificuldades específicas devem ser levadas em consideração. Nesse sentido, diríamos
que atenção visual, percepção e memória são pontos fortes que, melhoram
claramente com trabalho bem estruturado. Porém, elas têm dificuldades significativas
na percepção auditiva e na memória, e que, para ensiná-los a ler, não é necessário
esperar por um domínio total de sua capacidade auditiva, uma vez que o aluno pode
fazer muito progresso na leitura com procedimentos mais visuais e gestuais.

Palavras-chave: Alfabetização; Síndrome de Down; Método.

THE STUDENT'S LITERACY PROCESS WITH


DOWN SYNDROME AT SCHOOL

ABSTRACT

This article deals with the theme of the literacy process of the student with Down
Syndrome in the inclusive school in the initial years, as well as the difficulties faced by
the student and the teachers in the school context. The strategies of literacy in the
school routine of the student with Down syndrome are described, based on the literacy
presuppositions of Maria Teresa C. Troncoso as well as the references of the Special
Education Secretariat of the Ministry of Education and Culture. It is, therefore, a
bibliographical research based on these references that are available on the official
websites of the MEC. In structuring this method of reading, both the abilities of people
with Down syndrome and their specific difficulties should be taken into account. In this
sense, we would say that visual attention, perception and memory are strengths that
clearly improve with well-structured work. However, they have significant difficulties in
auditory perception and memory, and that in order to teach them to read, it is not
necessary to wait for a total mastery of their auditory capacity, since the student can
make much progress in reading through more visual and gestural.

Keywords: Literacy; Down's syndrome; Method.

___________
Pós-graduação

UNISANTA Humanitas – p. 126 -137; Vol.7 nº 2 (2018) Página 126


INTRODUÇÃO

A escola mudou ao longo dos anos, foi ganhando espaços, novas


formas de se entender e fazer educação, foi abrindo novas possibilidades de
escolhas, de metodologias, de alternativas para tornar o ensino mais eficiente e
atrativo. Mais um desafio é proposto à escola, e este diz respeito à inclusão de
alunos com deficiência. Sabe-se que é dever da escola receber todos os
alunos e propiciar a estes uma aprendizagem significativa, que possibilite a
cada um o desenvolvimento de habilidades, aprendizados importantes para sua
vida social, intelectual e prática. Diante disso, a intervenção pedagógica do
professor na classe de alfabetização poderá ser suficientemente satisfatória
desde que se houver uma formação profissional adequada, bem como também
o apoio de todos os envolvidos no processo educativo do aluno com Síndrome
de Down.
A escola é um meio social e por isso deve subsidiar condições que
favoreçam a aprendizagem integral dos alunos. O ambiente escolar, quando
inclusivo, fornece condições às crianças e, não somente, às que possuem
algum tipo de deficiência, pois traz a concepção de igualdade, direitos e
respeito às diferenças, além de facilitar o processo de aprendizagem e
desenvolvimento de alunos com necessidades especiais.
Um dos grandes objetivos da educação infantil é fazer com que
a criança seja mais autônoma na sala de aula. Adquirir
autonomia é interiorizar regras da vida social para que se
possa conduzir sem incomodar o restante do grupo. (MILLS
apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 23).

O objetivo geral dessa pesquisa é conhecer quais são as metodologias


para alfabetizar crianças com síndrome de Down e os objetivos específicos
são: Conhecer e caracterizar o aluno com síndrome de Down; Identificar as
dificuldades na aquisição da leitura e escrita pela pessoa com síndrome de
Down; Descrever os métodos que contribuem para a alfabetização da pessoa
com síndrome de Down.
A fim de alcançar esses objetivos, a seção a seguir apresenta a
síndrome de Down, caracterizando-a.

1.SÍNDROME DE DOWN E SUAS CARACTERÍSTICAS

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A síndrome de Down foi descrita pelo medico britânico John Langdon
Down, em 1866.
É importante destacar que a síndrome de Down, conhecida também
como Trissomia 21, não é uma doença e sim uma alteração genética causada
por um erro na divisão celular muito comum em mulheres com idade avançada,
devido ao envelhecimento do ovulo. O comum nos humanos é ter 23 pares de
células, somando 46 cromossomos, 23 herdados da mãe, 23 herdados do pai e
no portador da síndrome de Down apresentam 47 cromossomos, no
cromossomo 21 ao invés de dois pares, existem três.
No passado, era conhecida como mongolismo porque a fenda da
palpebral inclinada característica dos portadores lembra o formato de olhos dos
orientais.
Infelizmente, atualmente, ainda, encontramos algumas confusões sobre
o conceito de Down, que é confundido com deficiente mental, embora
apresentem grandes dificuldades podem ter uma vida normal e realizar
atividades diárias da mesma forma que qualquer outra pessoa.

1.1 Características da criança com síndrome de Down


Como algumas características, podemos citar que o portador desta
síndrome é um indivíduo calmo, afetivo, bem humorado e com prejuízos
intelectuais, porém podem apresentar grandes variações no que se refere ao
comportamento destes pacientes. A personalidade varia de indivíduo para
indivíduo e estes podem apresentar distúrbios do comportamento, desordens
de conduta e ainda seu comportamento podem variar quanto ao potencial
genético e características culturais, que serão determinantes no
comportamento.
Quanto às características físicas, podemos citar:

 Geralmente são menores no tamanho;


 Crâneo achatado;
 Olhos amendoados;
 Nariz pequeno e ligeiramente achatado;
 Orelhas mais baixas;

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 A língua maior que o normal;
 Apenas uma linha na palma da mão;
 Membros mais curtos;
 Hipotonia.

Apresentam alguns problemas de saúde:


 Cardiopatia;
 Disfunções neurológicas;
 Hipotireoidismo;
 Problemas com alimentação;
 Problemas auditivos e oculares;
 Atraso na fala;
 Problemas sanguíneos;
 Ressecamento da pele;
 Apneia do sono;
 Alzheimer.

A intensidade de cada um desses aspectos varia imensamente de


pessoa para pessoa e não há relação entre as características físicas e um
maior ou menor comprometimento intelectual. Por falar nisso, não existem
graus de síndrome de Down. O desenvolvimento dos indivíduos com a
Trissomia 21 está intimamente relacionado ao estímulo e incentivo que
recebem, sobretudo nos primeiros anos de vida e a carga genética herdada de
seus pais, como qualquer pessoa.

2. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Educação Especial é prevista na Constituição Federal, que é dever do


Estado à educação garantida de: Atendimento Educacional Especializado aos
portadores de deficiências, preferencialmente na rede regular de ensino. (art.
208, caput, III, CF). A política nacional de educação especial consiste de
objetivos gerais e específicos formulados pela politica, necessários para
garantir o atendimento educacional aos portadores de deficiências são:

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 Incentivar autonomia e possibilitar o desenvolvimento social,
cultural, artístico e profissional, das crianças especiais;
 Promover a interação social;
 Desenvolver práticas de educação física;
 Promover direito de escolha;
 Desenvolver habilidades linguísticas.

Para assegurar a educação especializada algumas medidas devem ser


tomadas, como: aumento da oferta de serviços de educação especial, equipe
qualificada, material didático especializado e espaço físico adequado às
necessidades especiais dos deficientes, assim como criação de programas de
preparo para o trabalho, estímulo a aprendizagem informal e orientação à
família. No entanto, a falta de atendimento especializado principalmente em
pré-escolas, carência de recursos e equipe qualificada, inadequação do
ambiente físico, falta de novas propostas de ensino, descontinuidade de
planejamento e ações, desigualdade de recursos e oportunidades, vem
dificultando o acesso de muitas crianças especiais ao ensino especializado.

3. A APRENDIZAGEM DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN

Para falar da aprendizagem da criança com SD, devemos levar em


conta os processos cognitivos de uma criança sem deficiência que muito cedo
simboliza, observa, guarda na memória planeja, ou seja, seu desenvolvimento
cognitivo é de acordo com os parâmetros da normalidade.
Na aprendizagem da criança com síndrome de Down, precisamos
considerar as lacunas concorridas no desenvolvimento dessa criança, pois há
particularidades, já que não desenvolvem estratégias espontâneas e este é um
fato que deve ser considerado em seu processo de alfabetização.
Elas estão atrasadas no seu desenvolvimento e isso ocorre por lesões
cerebrais e desajustes funcionais do sistema nervoso que afetam todas as
capacidades dependendo do grau: linguagem, autonomia, motricidade,
interação social e em todos os momentos da sua rotina, em suas tarefas
diárias, terão muitas dificuldades em resolver problemas e encontrar soluções
sozinhas, mas mesmo assim indica-se que essas crianças com Down estudem

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em uma escola regular, acreditando no seu potencial através de estimulações
adequadas.
No entanto, o desenvolvimento da inteligência do Down é influenciada
por estímulos do meio e através desses tem possibilidade de executar
atividades diárias, e até mesmo adquirir formações profissionais e no enfoque
evolutivo, a linguagem e as atividades como leitura e escrita podem ser
desenvolvidas a partir das experiências da própria criança.

O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou


demonstrar conduta imatura em determinada idade,
comparativamente a outras com idêntica condição genética,
não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é
possível que madure lentamente. (SCHWARTZMAN, 1999, p.
246).

3.1 Educação especial para crianças com síndrome de Down

O processo de aprendizagem de cada estudante é singular, e isso


mostra que a escola não saberá de imediato como trabalhar esse aluno com
base no seu diagnostico. Acreditava-se que era possível generalizar, e assim
padronizar estratégias terapeutas e pedagógicas a partir de um mesmo
diagnostico.
Uma boa educação é um bem enorme para produzir benefícios pessoais
durante toda a vida e para alunos portadores de síndrome de Down não é
diferente, necessitam de atendimento especializado, efetiva integração social,
respeitando as diferenças individuais e isso é um processo contínuo e
dinâmico, além de transmitir conhecimentos. A escolarização é um passo
fundamental no desenvolvimento do portador.
O aluno com síndrome de Down tem uma comprovada capacidade de
aprender, sabe-se que o desenvolvimento é fundamentalmente da estimulação
precoce. Mas apresenta uma problemática própria que obriga a adaptar a
normativa geral educativa (objetivos, métodos, avaliações, etc.) a suas próprias
características, com o propósito de conseguir avanços progressivos.
A escola publica brasileira tem que melhorar muito e acreditamos que a
prática inclusiva pode contribuir com o crescimento significativo do numero de
matriculas para alcançarmos uma escola de qualidade para todos nos próximos
anos. É fundamental que as escolas se preparem para atender os alunos da

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Educação Especial. O processo de aprendizado dos alunos especiais é mais
lento. Com um material mais lúdico, concreto, eles conseguem se desenvolver
melhor.
O AEE é direito garantido aos alunos com deficiência, no entanto,
sabemos que grande parte das escolas ainda não dispõe do serviço. Trata-se
de uma obrigação do poder público e se a instituição é particular, é preciso
exigir o atendimento educacional especializado junto à própria gestão da
unidade preferencialmente no contraturno escolar.
Algumas escolas particulares estão enfrentando dificuldades para
modificar seu funcionamento e atender da melhor forma possível às
necessidades de seus estudantes com deficiência. No caso de pais de alunos
com deficiência intelectual, os obstáculos aumentam, frequentemente, eles têm
que pagar para que profissionais acompanhem seus filhos durante as aulas.
Isso não está correto, assim como a postura de determinadas escolas que se
recusam a matricular crianças e jovens com síndrome de Down alegando a
falta de preparo para recebê-los.

3.2 Intervenção pedagógica junto a criança Down

A criança com necessidades educacionais especiais pode apresentar


muitas limitações, o trabalho pedagógico deve principalmente respeitar o
desenvolvimento mais debilitado do aluno e oferecer-lhe estimulações
adequadas para o desenvolvimento de suas habilidades. Atividades devem ser
criadas e implementadas de acordo com as especificações das crianças.
Segundo MILLS (apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 233), a educação da criança
é uma atividade complexa, pois exige adaptações de ordem curricular que
requerem cuidadoso acompanhamento dos educadores e pais.
A Educação Infantil é uma das mais importantes etapas da formação da
criança e uma das maiores preocupações em relação à educação da criança
se da na fase do nascimento ao sexto ano de idade. Neste período onde ela
começa a experimentar o mundo fora do núcleo familiar, faz novos amigos,
aprende a conviver com as diferenças e faz várias descobertas em todas as
áreas do conhecimento.
Os estímulos motores, afetivos e sociais, oferecidos às crianças nos
primeiros anos de vida, são cruciais para uma vida mais harmoniosa e feliz. O
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desenvolvimento da autonomia leva a criança a poder tornar-se crítica, criativa,
questionadora e poder assim, interferir no meio em que vive.
A escola, adotando uma proposta curricular que se baseie na interação,
envolvendo o desenvolvimento desde o começo, permitirá que a criança
especial adquira conhecimentos que potencializem a memoria e os
conhecimentos cada vez mais desafiadores que serão cobrados pela
sociedade e que são indispensáveis para o crescimento de qualquer individuo.
O ensino das crianças especiais deve ocorrer de maneira organizada,
seguindo previamente passos estabelecidos, o ensino não deve ser metódico,
deve ocorrer de maneira lúdica para atrair a criança através de diferentes
estimulações e agradável para despertar o interesse.
Todas as atividades proporcionadas à criança devem ter por objetivo a
aprendizagem ativa que possibilite a criança desenvolver suas habilidades.
Frente a grande variação das habilidades e dificuldades da síndrome de Down,
programas individuais devem ser considerados e nestes enfatiza-se as
possibilidades de aprendizagem de cada criança e a motivação necessária
para o desenvolvimento destas crianças.
O atendimento à criança portadora de síndrome de Down deve ocorrer
de forma individual, sem pular etapas, exigindo somente o que a criança é
capaz de realizar naquele momento e com profissionais preparados, pois estas
crianças não conseguem absorver grande número de informações, também
não devem ser apresentadas a crianças Down, informações mecânicas, a
aprendizagem deve ocorrer de forma facilitada, através de momentos
prazerosos. É importante que o profissional promova um desenvolvimento de
construção, respeitando o tempo de cada individuo para não causar lhe
estresse.
Alguns princípios básicos devem ser considerados em relação ao ensino
de crianças especiais como as portadoras de Síndrome de Down:
 As atividades devem ser centradas em coisas concretas, que
devem ser manuseadas pelos alunos;
 As experiências devem ser adquiridas no ambiente próprio do
aluno;
 Situações que possam provocar estresse ou venham a ser
traumatizantes devem ser evitadas;

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 A criança deve ser respeitada em todos aspectos de sua
personalidade;
 A família da criança deve participar de todo o processo escolar.

4. SÍNDROME DE DOWN – LEITURA E ESCRITA

Durante os primeiros anos de vida, o ser humano produz importantes


mudanças biológicas no cérebro que são muito diferentes das mudanças
produzidas em fases anteriores, tanto em estruturas, quanto em neuroquímica.
Os programas de Atenção Temprana contêm uma série de objetivos que
devem ser trabalhados, porque se não for feito, há um risco de que a criança
com deficiência intelectual não consiga de maneira adequada se desenvolver.
Durante a fase da pré-escola, ele compartilha com seus colegas, sem
problemas, a necessidade de ser ensinado em atividades pré-acadêmicas e
comportamento social, mas, ainda precisará de ajuda em habilidades que seus
colegas alcançam por conta própria. Além disso, o aluno com Síndrome de
Down precisará ser ensinado de uma maneira diferente:
 Uma metodologia mais adequada;
 Maiores variedade de materiais e atividades;
 Linguagens mais simples, clara e concreta;
 Variedades de exercícios;
 Praticar atividades em outros ambientes;
 Enfatizar os aspectos de motivação e interesse.

Consideramos necessário que a educação especial esteja totalmente


presente nos centros de integração escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais. Os professores das classes de apoio e pais devem
aprender a serem educadores especiais, utilizando as técnicas e metodologias
de ensino necessárias. Os cronogramas devem conter objetivos mais
concretos e realistas, mais acessíveis e funcionais do que aqueles
normalmente programados. Os resultados serão avaliados pelo progresso do
aluno em pequenos períodos.
Não pode se esquecer de que a criança com Síndrome de Down
integrada na escola comum sempre terá direito de ser atendida de acordo com

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suas características particulares respeitando sua diversidade e suas
peculiaridades.

4.1 Condições gerais de aprendizagem


Se uma criança com síndrome de Down necessitar de um esforço
sensorial e cognitivo, a primeira condição é que a criança esteja bem de saúde.
Será necessário ter certeza de que a criança vê e ouve bem, não sofre de
apneias noturnas e que não tem uma disfunção tireoidiana não tratada. Claro
que o trabalho deve ser feito em um bom momento para o aluno.
A segunda condição é que o aluno esteja confortável com a pessoa que
irá guiá-lo em seu aprendizado. O professor deve manifestar atitudes
facilitadoras ao longo de todo o processo, dependendo da personalidade do
educador, pode causar medo, ansiedade, bloqueio ou tensão, na criança.
Na estruturação deste método de leitura, tanto as habilidades das
pessoas com síndrome de Down quanto suas dificuldades específicas devem
ser levadas em consideração. Nesse sentido, diríamos que atenção visual,
percepção e memória são pontos fortes que, melhoram claramente com
trabalho bem estruturado. Porém, elas têm dificuldades significativas na
percepção auditiva e na memória, e que, para ensiná-los a ler, não é
necessário esperar por um domínio total de sua capacidade auditiva, uma vez
que o aluno pode fazer muito progresso na leitura com procedimentos mais
visuais e gestuais. A imagem visual pode ser mantida fixa o quanto for
necessário para a criança ver, interpretar e lembrar.
Outro apoio, é que as crianças com síndrome de Down podem
desenvolver uma orientação viso espacial adequada que facilite muito a
aprendizagem da leitura e da escrita. A dificuldade que eles têm em entender e
expressar verbalmente os termos usados para descrever as direções dos
movimentos corporais, não afeta sua capacidade de perceber e se orientar
para os estímulos.
4.2 Condições individuais

É necessário conhecer em detalhes cada aluno, as características de


sua personalidade, o interesse e motivação para o seu aprendizado, sua
capacidade cognitiva. Seu ritmo de trabalho e o ambiente familiar são aspectos
fundamentais que influenciam. Tudo isso deve ser levado em conta para
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aprimorar os recursos, preparar atividades mais apropriadas e fazer as
adaptações mais convenientes em todos os momentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve o objetivo de abordar e discutir os desafios


encontrados pelos educadores ao alfabetizar um aluno com Síndrome de
Down, questionando-se sobre a inclusão dessas crianças na rede regular de
ensino.
Durante todo esse processo, foi possível conhecer o histórico da
educação inclusiva, sua reorganização e ainda abordar a questão da
importância da formação docente na busca de uma educação de qualidade.
A educação das crianças com Síndrome de Down é possível, mesmo
com todas as limitações, pois são crianças capazes de aprender, no seu
tempo. A educação visa melhorar sua vida diária e sua autonomia.
Sabemos das dificuldades encontradas no dia a dia de uma escola e que
trabalhar com alunos inclusos é um desafio, porém, se a escola for
comprometida com a formação dessas crianças terá uma melhora na qualidade
da educação.

REFERÊNCIAS

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https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-down/
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UNISANTA Humanitas – p. 126 -137; Vol.7 nº 2 (2018) Página 136


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https://educacao.estadao.com.br/blogs/dreamkids/a-importancia-da-educacao-
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UNISANTA Humanitas – p. 126 -137; Vol.7 nº 2 (2018) Página 137

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