Romantismo Na Prosa
Romantismo Na Prosa
Romantismo Na Prosa
ROMANTISMO
Na Prosa
Romance de Costumes
Conceito
O romance de costumes foi um gênero literário desenvolvido por escritores do período do
romantismo brasileiro no século XIX. Este tipo de narrativa descreve minuciosamente o
modo de vida da elite burguesa da cidade do Rio de Janeiro, entrelaçando-o com uma
trama romântica. Muitos críticos apontam "A Moreninha," de Joaquim Manuel de
Macedo, como um marco do primeiro romance urbano nacional.
Características
O romance de costumes é uma narrativa longa cujo principal espaço de ação dos
personagens é a cidade, em oposição ao campo. Nesse sentido, a cultura e os
problemas da cidade são evidenciados nesse tipo de narrativa. Assim, os personagens
são construídos de acordo com as características inerentes a moradores dos centros
urbanos.
Autores
Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar
Obras
Joaquim Manuel de Macedo:
A Moreninha, A carteira de meu tio e A luneta mágica.
José de Alencar:
Lucíola, Diva e Senhora.
Romance Regionalista
Conceito
O romance regionalista é um tipo de narrativa produzida por autores do romantismo
brasileiro, no século XIX, e por escritores modernistas, no século XX. Enquanto os
românticos buscaram enaltecer a cultura regional, os modernistas apontaram os
problemas sociais existentes em algumas regiões do Brasil.
Características
O romance regionalista romântico retrata paisagens e personagens típicos de
determinadas regiões do país. Assim, ao invés de narrar acontecimentos ocorridos nos
centros urbanos, ele se volta para o meio rural, de forma a mostrar os costumes dos
habitantes do interior. Por isso, seus protagonistas são, por exemplo, vaqueiros e
sertanejos, ao colocar em evidência a sociedade rural, ele mostra a leitoras e leitores os
valores morais das pessoas que vivem no campo. Esses valores seriam distintos dos da
sociedade urbana. Desse modo, o chamado “homem do campo” é considerado mais
severo e conservador em seus princípios. Esse tipo de romance tem cunho nacionalista,
já que objetiva criar um sentimento de identidade nacional ao mostrar a diversidade
cultural do país.
Autores
Bernardo Guimarães, Franklin Távora, José de Alencar, Maria Firmina dos Reis e
Visconde de Taunay
Obras
Bernardo Guimarães:
A escrava Isaura e O ermitão de Muquém.
Franklin Távora:
O Cabeleira.
José de Alencar:
Til, O gaúcho e O sertanejo.
Visconde de Taunay:
Inocência.
Romance Indianista
Conceito
O romance indianista na literatura reflete a busca por um herói nacional, com o índio
sendo escolhido como o símbolo mais representativo. O índio é considerado o legítimo
representante da América, personificando a autenticidade nacional, um profundo amor
pela terra e a defesa do território.
A singularidade do índio o torna um símbolo de coragem e honra. A incorporação das
tradições indígenas na ficção torna-se uma verdadeira expressão da identidade nacional,
impulsionando contribuições significativas tanto na prosa quanto na poesia do cenário
literário brasileiro.
Características
O romance indianista é caracterizado por uma estética nativista que exalta a natureza e
idealiza o índio como figura nacional, muitas vezes retratado com elementos
europeizados e em contextos quase medievais. Além disso, esse movimento literário
aborda temas históricos que buscam resgatar a identidade cultural e a história do país,
promovendo uma valorização das raízes nacionais.
Autores
José de Alencar, Bernardo Guimarães, Lourenço da Silva Araújo, Mário de Andrade e
Antonio Callado.
Obras
José de Alencar:
Iracema, Ubirajara e O guarani
Darcy Ribeiro:
Maíra
Mário de Andrade:
Macunaíma
Antonio Callado:
Quarup
Bernardo Guimarães:
Jupira