Particulares No Seu Melhor
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Remete à ideia de
separação ou segregação, cuidando-se, nesses termos, de um saber isolado por obstáculos
para que não venha a ser conhecido por outras pessoas.1
Por isso, há quem o define como coisa ou circunstância que se oculta aos
outros; facto sobre o qual se guarda rigoroso silêncio não o comunicando a terceira pessoa.
Causa oculta de que se faz mistério; sentimento íntimo que não se comunica a outrem.2
A palavra sigilo deriva do latim sigillum, que significa pequeno sinal, selo,
sendo, geralmente, utilizada no mesmo sentido de segredo. O sigilo, entretanto, possui
significado distinto: representa a obrigação de manter o segredo, ou seja, de não revelá-lo.
Nesse jaez, De Plácido e Silva entende que o sigilo traduz, com maior rigor, o
segredo que não pode nem deve ser violado, importando o contrário, assim, em quebra de
dever imposto à pessoa, geralmente em razão de sua profissão ou oficio.3
Esse, também, o entendimento perfilhado por Elisabeth Kasznar Fekete, para
quem o sigilo designa o dever de manter algo no estado confidencial, enquanto o segredo é o
objecto dessa obrigação.4
Não por outro motivo, utiliza-se o vocábulo sigilo para se referir à obrigação
que repousa sobre alguém de manter segredo sobre as informações a que teve acesso por
força da actividade profissional exercida, como é, a título exemplificativo, o caso do sigilo
profissional, que recai sobre psicólogos, advogados, entre outros.5
1
SILVA, De Plácido, Vocabulário Jurídico, Rio de Janeiro, 2003, p.1262.
2
MORAIS SILVA, António De, Grande Dicionário da Língua Portuguesa, Vol. IX, 10a edição, Editorial
Conflência, Lisboa, 1949, p.983.
3
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico, Rio de Janeiro, 2003, p. 348.
4
FEKETE, Elisabeth Kasznar, O Regime Jurídico do Segredo de Indústria e Comércio no Direito Brasileiro,
Forense, Rio de Janeiro, 2003, p.39.
5
FEKETE, Elisabeth Kasznar, O Regime Jurídico do Segredo de Indústria e Comércio no Direito Brasileiro,
Forense, Rio de Janeiro, 2003, p.40.
I.2. Segredo E Suas Dimensões No Âmbito Do Contrato De Trabalho: Perspectiva do
Empregado E Perspectiva Do Empregador
6
FEKETE, Elisabeth Kasznar, Ob. Cit, 2003, p.40.
7
WATY, Mónica Filipe Nhane, Direito do Trabalho, W & W Editora, Maputo-Moçambique, 2008, p. 10.