● O documento discute as técnicas e procedimentos para conduzir patrulhas de diferentes tipos, incluindo:
- Formações para movimento como coluna, linha e losango
- Procedimentos para partida e regresso às linhas amigas, como troca de senhas
- Técnicas de deslocamento, ligação, observação e controle durante a patrulha
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- Procedimentos para partida e regresso às linhas amigas, como troca de senhas
- Técnicas de deslocamento, ligação, observação e controle durante a patrulha
● O documento discute as técnicas e procedimentos para conduzir patrulhas de diferentes tipos, incluindo:
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- Procedimentos para partida e regresso às linhas amigas, como troca de senhas
- Técnicas de deslocamento, ligação, observação e controle durante a patrulha
● O documento discute as técnicas e procedimentos para conduzir patrulhas de diferentes tipos, incluindo:
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CFST 2024
ASS. 2. CONDUTA DAS PATRULHAS
3º SGT ANDRÉ LIMA
SUMÁRIO ● OBJETIVOS: a. Aspectos gerais na conduta das patrulhas. b. Peculiaridades de uma patrulha de reconhecimento. c. Peculiaridades de uma patrulha de combate. d. Técnicas de assalto utilizadas em uma patrulha. e. Processos de infiltração de uma patrulha. • CONCLUSÃO ASPECTOS GERAIS E COMUNS NA CONDUTA DOS DIVERSOS TIPOS DE PATRULHA ● 1. GENERALIDADES O planejamento e a preparação têm por objetivo facilitar o cumprimento da missão. No entanto, as patrulhas de uma maneira geral viverão situações de conduta e o seu adestramento concorrerá para a obtenção do êxito. ORGANIZAÇÃO PARA O MOVIMENTO a. A missão influi na organização geral e particular da patrulha. Para os deslocamentos, há necessidade de se determinar as formações, bem como a posição dos escalões, grupos e homens. b. Os principais fatores que influem na organização de uma patrulha para o movimento são apresentadas a seguir. (1) Inimigo - Situação e possibilidades de contato. (2) Manutenção da integridade tática. (3) A ação no objetivo. (4) O controle dos homens. (5)Velocidade de deslocamento. (6) Sigilo das ações. (7) Segurança da patrulha. (8) Condições do terreno. (9) Condições meteorológicas. (10) Visibilidade. ORGANIZAÇÃO PARA O MOVIMENTO c. As formações do pelotão a pé são adaptáveis a uma patrulha de qualquer efetivo. Cada uma delas possui vantagens e desvantagens e a escolha da formação a ser adotada é decorrente de um estudo contínuo do comandante. d. Entre outras, as formações, normalmente, utilizadas são as descritas a seguir. 1. EM COLUNA a) É empregada quando o terreno não permite uma formação que forneça maior segurança ou quando a visibilidade for reduzida (noite, selva, nevoeiro etc.). Esta formação dificulta o desenvolvimento da patrulha à frente ou à retaguarda e lhe proporciona pouca potência de fogo nessas direções. Por outro lado, é uma formação que permite um melhor controle e maior velocidade de deslocamento. Maior potência de fogo nos flancos e facilidade nas ações laterais são também vantagens da formação em coluna. (b) A distância entre os homens é determinada pela visibilidade. 2. EM LINHA (a) Empregada por pequenas patrulhas ou escalões e grupos de uma patrulha maior, para a transposição de cristas ou locais de passagem obrigatória sujeitos à observação ou fogo inimigo. É mais utilizada na tomada do dispositivo, no assalto, durante a ação no objetivo ou para ação imediata na contraemboscada. Não deve ser utilizada para deslocamentos longos. (b) Proporciona, ainda, máximo volume de fogo à frente e boa dispersão. Dificulta o controle e o sigilo nos maiores efetivos. 3. EM LOSANGO (a) É a formação que apresenta maiores vantagens quanto à segurança e rapidez no desenvolvimento. Ao destacar segurança à frente, à retaguarda e nos flancos, retirá-las dos escalões em cujas proximidades atuarão, para facilitar o controle dos homens por parte de seus comandantes imediatos. Trata-se de uma formação que se adapta melhor às patrulhas de grande efetivo. (b) A segurança deve atuar a uma distância que permita a comunicação por gestos entre o comandante e seus patrulheiros. Um mínimo de 2 (dois) patrulheiros são destacados para cumprir missões de segurança da patrulha. 4. EM TRIANGULO (a) As formações em triângulo prestam-se à segurança contra emboscadas, permitindo a manobra rápida dos lados não atacados, numa reação imediata. (b) Suas aplicações assemelham-se à formação em losango. Em relação a esta última, apresenta a grande vantagem de maior flexibilidade, perdendo porém, no controle. (c) São empregadas quando a situação, o terreno e a visibilidade exigirem dispersão. (d) Uma outra característica da formação em losango é a grande potência de fogo em todas as direções. (e) Em todas as formações, as distâncias entre os escalões, grupos e homens, não são rígidas. Normalmente, elas são ditadas pelos mesmos fatores que influem na escolha de formação. (f) A integridade tática é uma preocupação fundamental na organização da patrulha para o movimento. (g) O adestramento dos homens permite rápidas mudanças de formação e comandos por gestos ou sinais convencionados. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS ● a. Ligações (1) Todas as ligações com a tropa amiga, em cuja área a patrulha atuará, são de responsabilidade do comandante da unidade que a lança. (2) O comandante da patrulha pode, no entanto, ligar-se com várias posições, para coordenar seus movimentos de saída e entrada nestas áreas. (3) As posições que geralmente exigem estas ligações e coordenações são os postos de comando (PC), posto de observação (PO), postos avançados (PA) e a última posição amiga por onde a patrulha passará. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS ● b. Aproximação e contato (1) A aproximação às posições de tropa amiga deve ser cautelosa, considerando que antes de sua identificação, a patrulha é considerada tropa inimiga. (2) Antecedendo o contato, a patrulha realiza um alto, enquanto o seu comandante ou um patrulheiro, por ele designado, vai à frente, em segurança, para a troca de senhas. (3) As seções para troca de senha obedecem o prescrito no C 21-74 - INSTRUÇÃO INDIVIDUAL PARA O COMBATE. A iniciativa e a segurança são fatores importantes a serem considerados para esse evento. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS ● c. Informações (1) O comandante deve transmitir informações sobre o efetivo, eixo de progressão e horário provável de regresso da patrulha ao ponto amigo. (2) O comandante da patrulha deve obter os últimos informes sobre a atuação do inimigo, o terreno à frente, os obstáculos existentes, bem como verificar se o posto tem conhecimento da senha e contrassenha. Solicitar que esses dados sobre sua patrulha sejam transmitidos aos substitutos da posição. ● (3) No regresso, a patrulha presta as informações de valor imediato a cada posição amiga encontrada, alertando inclusive, sobre a existência de elementos amigos extraviados. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS ● d. Ultrapassagem (1) Caracteriza-se pelo desbordamento da posição amiga ou através dela,dependendo das instruções recebidas e da existência de obstáculo ao redor da posição. (2) Um guia é imprescindível na ultrapassagem da posição, principalmente, quando existirem obstáculos. O comandante da patrulha deve solicitá-lo para facilitar o seu movimento. DESLOCAMENTOS ● a. Durante os deslocamentos, todo patrulheiro deve se preocupar com a execução de três atividades simultâneas: a progressão, a ligação e a observação. 1) Na progressão (a) Utilizar sempre que possível as cobertas e abrigos existentes. (b) Manter a disciplina de luzes e ruídos. DESLOCAMENTOS ● (2) Na ligação (a) Não perder o contato visual com o seu comandante imediato. (b) Ficar atento para a transmissão de qualquer gesto ou sinal, retransmiti-lo e/ou executá-lo, conforme o caso. ● (3) Na observação (a) O patrulheiro deve manter uma constante observação no seu setor. (b) O comandante da patrulha deve tomar medidas visando estabelecer a observação em todas as direções, inclusive para cima. DESLOCAMENTOS ● b. As ligações e as observações são também mantidas nos altos, permitindo a rápida transmissão das ordens e a manutenção da segurança. ● c. O armamento deve ser conduzido em condições de pronto emprego, carregado, travado e empunhado adequadamente. ● d. Deve-se aproveitar qualquer ruído para progredir, tais como, chuva, viaturas, aeronaves, fogos de artilharia etc. ● e. A patrulha deve se preocupar em não deixar vestígios que denunciem sua passagem. Em determinadas situações é necessário até mesmo apagar os rastros deixados. CONTROLE ● a. O controle influi decisivamente na atuação da patrulha. O comandante deve ter a capacidade de manobrar seus homens e conduzir seus fogos. ● b. A cadeia de comando é o principal elemento de controle, no entanto, as ordens podem ser transmitidas pelo comandante a cada patrulheiro. ● c. O comandante deve empregar todos os meios de comunicações disponíveis para exercer o controle da patrulha. CONTROLE ● d. Normalmente, o subcomandante desloca-se à retaguarda da patrulha. Os comandantes subordinados permanecem com seus escalões e grupos, mantendo o controle sobre eles. ● e. Cada patrulheiro deve estar atento a qualquer gesto emitido. Além dos gestos previstos em manuais, outros poderão ser convencionados e ensaiados. ● f. É uma medida de controle da patrulha a contagem de seu efetivo, para isso será mandado numerar. CONTROLE ● (1) Deslocando-se a patrulha em coluna, o último homem inicia a contagem, tocando o homem a sua frente e dizendo um, este toca o seguinte dizendo dois, e assim, sucessivamente, até o comandante da patrulha. Ciente de quantos homens estão à sua frente, o comandante somará estes à contagem que lhe chegou, incluindo-se, caso contrário, desloca-se à testa da patrulha e aguarda a contagem final. ● (2) Nas patrulhas de grande efetivo ou em formação diferente de coluna, a contagem será controlada pelos comandantes dos grupos e o resultado transmitido ao comandante da patrulha. ● (3) Durante os altos, a formação e o efetivo definirão a melhor maneira de conferir o efetivo, conforme foi descrito anteriormente. SEGURANÇA ● a. Durante o planejamento (1) Prever medidas de segurança para evitar a surpresa inimiga. (2) Sempre que possível, o comandante da patrulha faz, no seu estudo de situação, um minucioso planejamento na carta, de modo a levantar locais de possíveis emboscadas. (3) Estabelecer as ligações necessárias para facilitar a coordenação, quando receber apoio aéreo ou de fogo. (4) Qualquer medida de segurança adotada estará comprometida, se não houver uma rigorosa disciplina de luzes e ruídos e/ou não forem obedecidos alguns princípios básicos da utilização correta do terreno para progredir (silhueta projetada no horizonte etc.). SEGURANÇA (5) Os comandantes dos diversos níveis devem acionar constantemente seus homens, procurando alertá-los da responsabilidade pela segurança, mesmo sob condições atmosféricas adversas. Desta forma, a vigilância em todas as direções sera constante. (6) Normalmente, quando houver previsão da utilização de meios aéreos pelo inimigo, as patrulhas terão o apoio aéreo necessário à sua proteção. A segurança antiaérea é feita através da observação constante e da adoção de medidas ativas e passivas, em função da disponibilidade de meios. SEGURANÇA ● b. Durante os deslocamentos (1) As formações adequadas ao terreno, bem como a dispersão empregada em função da situação, proporcionam à patrulha um certo grau de segurança durante o deslocamento. (2) Cabe ao comandante da patrulha um constante estudo do terreno para que possa determinar em tempo útil o reconhecimento ou desbordamento de locais perigosos. (3) A segurança à frente é proporcionada pela ponta da patrulha, cuja constituição varia desde um único esclarecedor até um grupo de combate, em função do efetivo da patrulha. (4) A distância entre a patrulha e a ponta é determinada pelo terreno, pelas condições de visibilidade e pela necessidade de se manter o contato visual e o apoio mútuo. SEGURANÇA (5) A ponta reconhece a área por onde a patrulha se deslocará através de seus esclarecedores. (6) Os esclarecedores da ponta devem manter o contato visual entre si e com a patrulha. (7) Prever e executar o rodízio dos esclarecedores, principalmente nas patrulhas de longo alcance, mantendo uma segurança eficiente. (8) A segurança nos flancos é proporcionada com a distribuição de setores de observação a cada homem da patrulha que não esteja em outras missões específicas de segurança à frente ou à retaguarda e por elementos destacados, quando necessário. (9) Escalar homens com a missão de observar para cima sempre que o tipo de ambiente favorecer uma atuação inimiga desta direção. SEGURANÇA ● c. Nos altos (1) Serão efetuados diversos altos no deslocamento de uma patrulha para: - observar, escutar ou identificar qualquer atividade inimiga; - enviar mensagens, alimentação, descanso, conferência da carta (localização e direção da patrulha) ou reconhecer (alto guardado). (2) O comando de congelar implica em que todos os patrulheiros permaneçam imóveis, observando e ouvindo atentamente. (3) Ao se comandar alto, cada integrante da patrulha toma uma posição (de pé, joelho ou deitado), aproveitando as cobertas e abrigos existentes, nas imediações. (4) O alto guardado é uma parada mais prolongada na qual a patrulha toma um dispositivo mais aberto e elementos podem ser destacados para ocuparem posições dominantes. SEGURANÇA ● d. No objetivo (1) A segurança da patrulha durante a ação no objetivo é proporcionada pela correta utilização de grupos de segurança, dispostos de modo a isolar a área do objetivo e com a finalidade de proteger a ação do escalão de reconhecimento ou assalto. (2) Em alguns casos, nas patrulhas de combate, os grupos de assalto, após executarem o assalto pelo fogo ou físico, fornecem a proteção aproximada ao grupo que cumpre a tarefa essencial e a outros que atuam no objetivo. ORIENTAÇÃO ● a. Generalidades - Normalmente, as missões recebidas devem ser cumpridas com restrições ou imposições de horários. Uma orientação consciente, bem planejada e segura, permite o cumprimento da missão dentro da faixa horária prevista. ● b. Procedimentos (1) No planejamento (a) O comandante de patrulha deve fazer um estudo detalhado na carta, memorizando o itinerário a ser percorrido e os principais acidentes nítidos que possam servir de referências. (b) Levantar azimutes e distâncias entre os pontos nítidos do terreno, que não ressaltem aos olhos do inimigo por seu valor tático. Estas distâncias, em princípio, não devem ultrapassar 1000 m. ORIENTAÇÃO (c)Prever pontos de reunião no itinerário. (d) Utilizar desvios para o desbordamento de obstáculos, iludir o inimigo ou atingir objetivos localizados em áreas ou pontos de difícil orientação. Exemplificando: um azimute que conduz a um objetivo às margens de um rio ou es-trada, normalmente, confunde o patrulheiro quanto ao lado e sentido da chegada; com a utilização do desvio, atinge-se o rio ou a estrada pelo lado escolhido, facilitando e dando mais confiança para a localização do objetivo. (e) Marcar, quando for o caso, através de acidentes no terreno, as linhas de segurança que não podem ser ultrapassadas. (f)Compor a equipe de navegação, escolhendo os homens-passo, ponto, carta e bússola. Normalmente, serão duplicados o homem-ponto e o homem- passo. O comandante deve fiscalizar, constantemente, a orientação de sua patrulha. ORIENTAÇÃO ● (2) Na execução (a) Seguir o planejamento evitando improvisações, manter um estudo contínuo do terreno e empregar corretamente a equipe de navegação. (b) O homem-ponto, normalmente, atua com os elementos que fazem a segurança à frente. (c) Os homens-passo, em condições normais, não se deslocam à testa da patrulha. (d) Todos os componentes devem memorizar o itinerário, os azimutes e as distâncias. EMPREGO DAS COMUNICAÇÕES ● a. Obedecer as prescrições rádio, devendo o tempo de transmissão ser o mínimo necessário, dificultando a interceptação e a interferência do inimigo. ● b. Elaborar um código de mensagens preestabelecidas diminuindo o tempo de transmissão, pois a simples compressão da tecla do microfone, pode revelar a localização da patrulha ao inimigo. ● c. Pré sintonizar as frequências antes da partida da patrulha. ● d. Empregar amplamente os mensageiros. ● e. Fazer uso do sistema fio para a obtenção de maior sigilo. ● f. Utilizar os meios de comunicações visuais e auditivos, quando forem do conhecimento de todos os patrulheiros. PONTO DE REUNIÃO ● a. Generalidades (1) Ponto de reunião é um local onde uma patrulha pode reunir-se e reorganizar-se. (2) Os possíveis pontos de reunião são levantados durante o reconhecimento ou estudo na carta, sendo confirmados no deslocamento ao se verificar sua adequação; uma vez definidos, devem ser do conhecimento de todos os componentes da patrulha. (3) Um ponto de reunião deve ser de fácil identificação e acesso; permitir uma defesa temporária e proporcionar cobertas e abrigos. PONTO DE REUNIÃO ● b. Tipos ● (1) O ponto de reunião inicial, localizado no interior das linhas amigas, permite a patrulha reorganizar-se antes de sair da área amiga. Sua utilização deve ser coordenada com o comandante da área. ● (2) Os pontos de reunião são situados entre o ponto de partida e o objetivo. ● (3) O ponto de reunião próximo do objetivo (PRPO) é utilizado para completar o reconhecimento e liberar os grupos para o cumprimento da missão. Nesse ponto a patrulha pode reorganizar-se, após sua ação no objetivo. Existirá mais de um ponto de reunião próximo ao objetivo, caso a patrulha regresse por itinerário diferente. PONTO DE REUNIÃO ● c. Procedimento ● (1) Havendo ação do inimigo e a consequente dispersão da patrulha entre dois pontos de reunião sucessivos, os patrulheiros regressarão ao último ponto de reunião ou avançarão até o próximo ponto de reunião provável, conforme o estabelecido na Ordem à Patrulha. ● (2) Na reorganização serão tomadas as providências necessárias ao prosseguimento da missão. Deve ser definido o tempo máximo de espera, ao término do qual o mais antigo assume o comando e parte para o cumprimento da missão. AÇÕES AO TOMAR CONTATO COM O INIMIGO ● a. Generalidades (1) Levantar, continuamente, as possibilidades de atuação do inimigo e a conduta a ser adotada pela patrulha. Manter um estudo de situação contínuo. (2) Exercer o controle dos homens. Tal ação é dificultada pela necessidade de manutenção da disciplina de ruídos. Por outro lado, a patrulha deve agir rápida e eficazmente, implicando no adestramento das técnicas de ação imediata. AÇÕES AO TOMAR CONTATO COM O INIMIGO ● b. Algumas técnicas de ação imediata (1) Nos contatos fortuitos - Duas ações podem ocorrer, conforme descrição abaixo. (a) A patrulha avista o inimigo primeiramente, podendo emboscá-lo, quando a missão, o terreno e o efetivo o permitirem, ou evitar o contato, caso contrário. Para emboscar, aplicar os gestos e comandos ensaiados para a tomada do dispositivo, com rapidez e preservando o sigilo. - Os sinais de abertura e cessar fogos e para o assalto são previamente convencionados, assim como a definição dos grupos para as missões de bloqueio e de outras tarefas, tais como, matar, capturar, etc. - São variações desta conduta o lançamento de emboscadas, partindo de uma posição inicial de imobilidade (congelar), tendo sido descoberto o inimigo muito próximo, e o retraimento imediato após o desencadeamento dos fogos. - Pode-se evitar o contato através da dissimulação ou da mudança de itinerário, executado por um desbordamento ou pela aplicação do processo do relógio. AÇÕES AO TOMAR CONTATO COM O INIMIGO ● (b) Caso o inimigo e a patrulha avistem-se, simultaneamente, esta pode assaltar ou romper o contato, de acordo com a missão e o poder de combate. - A decisão em romper o contato ou assaltar é precedida de uma ação imediata: o elemento que identificar o inimigo deve dar o alerta ou engajá-lo pelo fogo, enquanto os grupos ocupam posições frontais ao inimigo, aumentando a potência de fogo à frente. É importante a manutenção do contato com o comandante da patrulha, ao qual caberá a decisão. - Para o rompimento do contato emprega-se o fogo e movimento, quando o inimigo está muito próximo, seus fogos são eficazes e há possibilidades de perseguição. Caso contrário, aplicar o processo do relógio de forma idêntica a descrita anteriormente, ressaltando-se a importância da utilização de abrigos e da rapidez nas ações, em detrimento do sigilo. AÇÕES AO TOMAR CONTATO COM O INIMIGO ● (2) Fogos na direção de marcha (a) Normalmente, o inimigo lança elementos em pontos selecionados no terreno com a finalidade de retardar pelo fogo, o movimento da patrulha. (b) Um grupo de pronta resposta, posicionado próximo da vanguarda e imediatamente após a equipe de orientação, também tem a missão de destruir ou capturar o inimigo. AÇÕES AO TOMAR CONTATO COM O INIMIGO ● (3) Emboscada (a) A reação de uma patrulha emboscada deve ser imediata, procurando superar as vantagens da surpresa e da superioridade de fogos do inimigo. (b) Normalmente, uma emboscada é mantida barrando a saída da patrulha da área de destruição. O assalto frontal realizado de forma agressiva e rápida pelos patrulheiros, emboscados na área de destruição, enquanto aqueles que não caíram nela, flanqueiam a posição de emboscada, é uma técnica que apresenta bons resultados. A forma de como esse assalto vai realizar-se será em função da distância da posição inimiga, do seu poder de fogo e da existência de cobertas e abrigos. (c) As técnicas de contraemboscada devem ser adaptadas às características da área de operação e à maneira de atuar do inimigo. AÇÕES AO TOMAR CONTATO COM O INIMIGO (d) Mais importante que o adestramento para reagir à emboscada é a correta utilização das medidas de segurança para evitá-la. (e) Evitar de ser emboscado é uma preocupação constante da patrulha. Tomando-se algumas medidas, reduz-se a possibilidade de êxito do inimigo. (f) Seguem-se exemplos de medidas passivas. Realizar o planejamento detalhado, o reconhecimento, levantando os possíveis locais de emboscadas. - Estudar o terreno durante o deslocamento. - Adequar as formações ao terreno. - Vigiar todas as direções. - Exercer a ação de comando a nível grupo, escalão e patrulha. (g) Como medidas ativas, diz-se do conhecimento, treinamento e aplicação das técnicas de ação imediatas. ÁREA DE REUNIÃO ● a. Definição (1) É a área destinada ao pernoite, no final de uma jornada, ou à dissimulação da patrulha durante o dia quando, taticamente, isto for necessário. (2) Em área inimiga, denomina-se área de reunião clandestina. ● b. Instalação (1) A instalação de uma área de reunião é semelhante a de uma base de patrulha, com mais restrições às medidas administrativas. (2) Prevalecem as medidas de segurança, adequadas em função do efetivo da patrulha e do ambiente operacional. ÁREA DE REUNIÃO ● c. Abandono da área (1) A limpeza da área e sua consequente esterilização, evitando-se ao máximo deixar vestígios, são medidas importantes de segurança para o prosseguimento da missão. (2) Normalmente, deve-se evitar a utilização de uma mesma área de reunião, após tê-la abandonado. (3) Verificar, por setor, a correta execução das ordens para a evacuação da área. INFILTRAÇÃO ● a. É uma técnica que consiste num movimento através, em torno ou sobre as posições inimigas, realizada de modo furtivo, com a finalidade de concentrar a patrulha na retaguarda inimiga para realizar uma determinada ação. ● b. Pode ser realizada a pé ou através da utilização de meios de transporte especiais. ● c. Normalmente, os grupos infiltram-se pelo meio escolhido, reunindo-se num ponto predeterminado de onde a patrulha partirá para o cumprimento da missão. ● d. O regresso para as linhas amigas pode ser realizado utilizando- se o meio disponível mais adequado para a situação. RELATÓRIO ● a. Ao regressar do cumprimento da missão, o comandante de patrulha deve, de imediato, fazer um relatório verbal completo a quem lhe emitiu a ordem, transmitindo em tempo útil todos os informes obtidos. ● b. Deve-se considerar que tanto as patrulhas de reconhecimento como as de combate, são fontes de informes. As patrulhas de combate, normalmente, podem fornecer valiosos dados sobre o terreno e as atividades do inimigo. ● c. Após o relatório verbal, confeccionar um relatório por escrito, com a finalidade de registrar tudo o que foi levantado. Sempre que for o caso, complementá-lo com um esboço ou calco. Segue-se abaixo um modelo de relatório. CONDUTA E PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO ● GENERALIDADES ● a. As informações sobre o inimigo e do terreno por ele controlado são de vital importância para o comando. ● b. A patrulha de reconhecimento é um dos meios de que dispõe o comando para a coleta de informes, precisos e oportunos, favorecendo-lhe à tomada de uma decisão. MISSÕES ● a. Em última análise, a missão de uma patrulha de reconhecimento, consiste na obtenção das respostas a uma série de perguntas relativas ao inimigo e/ou ao terreno. (1) Sobre o inimigo (um exemplo) - O inimigo ocupa, realmente, parte do terreno? - Qual é o seu valor? (efetivo). - Qual é o seu equipamento e armamento? - Qual é a sua atividade atual? - Outras informações necessárias ao comando. MISSÕES ● (2) Sobre o terreno (um exemplo) - Quais são as características do(s) curso(s)-d'água? (profundidade, correnteza, largura e características das margens). - Qual é a influência da vegetação nos movimentos de tropa a pé? - Quais são os melhores itinerários ou vias de acesso para a aproximação? - Quais são as possibilidades de emprego de elementos blindados e mecanizados? - Outras informações necessárias ao comando. TIPOS DE RECONHECIMENTO ● a. Existem três tipos de reconhecimento, que são os indicados a seguir. (1) Reconhecimento de ponto - A patrulha obtém informes sobre determinado local, reconhecendo-o ou mantendo vigilância sobre ele. (2) Reconhecimento de área - O comando pode necessitar de informes sobre uma grande área ou sobre pontos nela existentes. A patrulha pode obtê-los, reconhecendo a área, mantendo vigilância sobre ela ou fazendo o reconhecimento de uma série de pontos ● (3) Reconhecimento de itinerários - Uma patrulha obtém informes sobre um determinado itinerário, reconhecendo-o ou mantendo vigilância sobre ele. EQUIPAMENTO, MATERIAL E ARMAMENTO ● a. Uma patrulha de reconhecimento, normalmente, conduz o armamento necessário à própria segurança. ● b. O equipamento individual e o material a serem conduzidos dependem da duração da missão. Sempre que possível, aliviar o patrulheiro para facilitar-lhe os movimentos. ● c. Podem ser conduzidos pela patrulha: aparelho para visão noturna (luz residual), material de comunicações, máquina fotográfica, cartas, esboços, fotografias aéreas, lápis e papel, lápis dermatográfico, fita fosforescente ou luminosa, fita isolante, poncho, bússolas, binóculos, relógios e alicate. CONDUTAS NORMAIS DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO ● a. Cumprir sua missão sem ser percebida pelo inimigo, pois um informe pode ficar comprometido, caso tal fato seja do conhecimento do inimigo. ● b. Combater pela sobrevivência, ou se isto vier a favorecer o cumprimento da missão. ● c. Empregar, quando for adequado, reconhecimento pelo fogo. Esta técnica consiste em fazer com que alguns homens da patrulha atirem na direção do inimigo para atrair o seu fogo obrigando-o a revelar suas posições. ● d. Realizar um alto no ponto de reunião próximo ao objetivo, com a finalidade de ratificar ou retificar o seu planejamento, através de um reconhecimento pes-soal. Confirmar com os comandantes subordinados o local exato de cada grupo e sua missão específica. ● e. Empregar a patrulha conforme a sua missão. CONDUTA E PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE COMBATE ● GENERALIDADES ● a. A patrulha de combate executa missões específicas e são organizadas, armadas e equipadas de acordo com suas necessidades. ● b. Para cumprir sua missão, necessita possuir um bom poder de combate, o que pode ser conseguido pela organização, efetivo, e/ou armamento empregados. ● c. A patrulha de combate, qualquer que seja sua missão, deverá conduzir o material de comunicações necessário à ligação com o escalão superior. MISSÕES a. Segundo a missão, relacionam-se, entre outras, as patrulhas de combate abaixo especificadas. ● (1) Patrulha de incursão. ● (8)Patrulha de contato. ● (2) Patrulha de oportunidade. ● (9) Patrulha de ocupação. ● (3) Patrulha de destruição. ● (10) Patrulha de ● (4) Patrulha de eliminação. reconhecimento em força. ● (5) Patrulha de segurança. ● (11) Patrulha de emboscada. ● (6) Patrulha de resgate. ● (12) Patrulha de inquietação. ● (7) Patrulha de captura. ● (13) Patrulha de suprimento. b. Estas patrulhas apresentam peculiaridades, principalmente, quanto à organização e forma de atuação. CONCLUSÃO