Atividades de Sociologia e Artes - 2
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Em sociologia, dois termos essenciais são "comunidade" e "sociedade". Embora possam parecer iguais às vezes, eles
têm diferenças importantes que ajudam a entender como as pessoas se agrupam e interagem. Vamos explorar esses
conceitos de uma forma mais simples.
Comunidade refere-se a um grupo menor de pessoas que estão mais próximas umas das outras. Elas
compartilham interesses e projetos em comum. Por exemplo, uma comunidade pode ser um bairro onde
todos se conhecem e interagem regularmente. Por outro lado, sociedade é um termo mais amplo, abrangendo
uma grande diversidade de pessoas que têm algumas coisas em comum, como cultura, território e leis. Por
exemplo, a sociedade brasileira é formada por pessoas de diferentes estados, mas todos compartilham a
mesma língua e cultura nacional.
Um dos primeiros a falar sobre esses conceitos foi Max Weber, que é considerado um dos fundadores da
sociologia. Mas foi Ferdinand Tönnies, um sociólogo alemão, quem definiu claramente as diferenças entre
comunidade e sociedade em 1887.
No Brasil, nós somos uma sociedade. Embora tenhamos muitas coisas em comum, nossas relações são
principalmente impessoais. No entanto, há muitos grupos menores que formam comunidades mais próximas
e compartilham laços mais fortes. Por exemplo, os quilombolas formam comunidades que têm uma história
e cultura compartilhadas, enquanto a sociedade brasileira como um todo é composta por pessoas de
diferentes origens e estilos de vida.
Entender esses conceitos nos ajuda a ver como as pessoas se organizam e se relacionam em diferentes partes
do mundo, inclusive no Brasil. Também nos ajuda a entender como políticas específicas podem ser
desenvolvidas para atender às necessidades desses grupos menores, como as comunidades tradicionais, que
possuem políticas públicas voltadas para o seu desenvolvimento sustentável.
O mundo social é composto das características culturais e de estruturas sociais, institucionais ou não, que
fundamentam e guiam o comportamento daqueles que fazem parte deste mundo. Para que o indivíduo
que nasce nesse meio o compreenda, ele deverá aprender os aspectos culturais vigentes dessa sociedade.
Esse processo de aprendizagem é chamado de socialização.
Como já sabemos, não nascemos com traços culturais embebidos em nossas mentes. A socialização,
enquanto aprendizagem de uma cultura, acontece no convívio diário da criança, que nasce já inserida em
uma comunidade que possui formas definidas de compreender sua realidade e de interagir com os demais
membros de sua sociedade. Esse processo é responsável por garantir que o novo sujeito social aprenda
como se guiar em meio ao mundo de significados que a sua realidade possui, e exercerá grande influência
sobre seu comportamento.
Embora se inicie na infância, o processo de socialização não termina na vida adulta. As experiências são
diferentes nas várias etapas da vida humana, onde entramos em contato com pessoas diferentes e
convivemos com gerações diferentes que, por terem vivido um outro período de tempo e visto que o
comportamento e compreensão de mundo se altera no decorrer da vida, possuem formas diferentes de
ver o mundo. Esse contato com diferentes gerações garante a continuidade do processo de socialização.
Agentes de socialização
Anthony Giddens específica duas etapas do processo de socialização em que diferentes agentes de
socialização tomam parte como maior significância:
O segundo período acontece na fase mais madura do ser humano, no fim de sua infância e no início de sua
vida adulta. Nesse momento, outros agentes passam a ter maior impacto na socialização do sujeito. A
escola, os grupos de amigos que vêm de diferentes realidades, a mídia e posteriormente o âmbito do
trabalho, trazem consigo uma bagagem de valores, normas e crenças que estão agregadas à realidade
social e cultural na qual o indivíduo se insere.
Indivíduo e socialização
Se o processo de socialização molda o indivíduo de acordo com a realidade que ele vive, isso quer
dizer que estamos condenados a fatalmente ser o que essa realidade nos determinou? Felizmente, não. O
processo de socialização é construído no meio social, mas não quer dizer que a individualidade do sujeito
inexista ou que ela não esteja ligada ao processo. Embora nosso convívio com os diferentes atores do
mundo social exerça forte influência na construção do indivíduo social, a liberdade e a individualidade
também tomam parte na construção de nossa identidade. É a identidade do indivíduo que é parte
fundamental da construção da individualidade do sujeito, já que é nela que estão inseridas as
particularidades de cada um: nossas prioridades de valores, crenças, orientação sexual, nacionalidade etc.
Atividades
Responda as questões a seguir em seu caderno.
1. Qual é a definição de socialização apresentada no texto e por que ela é considerada um processo
contínuo ao longo da vida?
3. Segundo o texto, quais são as duas fases principais do processo de socialização e quais agentes de
socialização são mais significativos em cada uma delas?
4. Como o texto aborda a relação entre indivíduo e socialização? Explique como a individualidade do
sujeito se relaciona com o processo de socialização.
5. Quais são as características da socialização na infância, conforme descrito no texto? E na fase mais
madura do ser humano?
6. De acordo com o texto, por que não estamos condenados a ser apenas produtos da sociedade em que
vivemos? Explique como a individualidade e a liberdade também estão envolvidas no processo de
formação da identidade do indivíduo.