Monografia
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A escassez da cultura de Beterraba no distrito de Cuamba, pode estar aliada aos hábitos
alimentares ou não conhecimento dos benefícios trazidos pela cultura para a nutrição da
comunidade entre outras utilidades industriais, verificando-se nos mercados poucos que
vendem este tipo de tubérculo. Entretanto a sua oferta relativamente a demanda, influência no
elevado preço da venda, com intuito de optimizar a produção, um dos primeiros pontos
observados é o espaçamento ideal entre as plantas e entre linhas. Em muitas culturas
agrícolas, o aumento da produtividade tem tido um limite quando se lança maior numero de
plantas por unidade de área, sendo que quando isso acontecer, verifica-se aumento na
competição entre plantas e como consequência prejudicar o desenvolvimento individual da
cultura, isto podendo criar a ocorrência de queda do rendimento e qualidade do produto final.
Neste caso a questão que surge é a seguinte: Será que o conhecimento de uso de diferentes
compassos para a produção de cultura de Beterraba é factor crucial que pode afectar a
qualidade do produto final?
INTRODUÇÃO A beterraba (Beta vulgaris L.) é considerada uma das principais hortaliças
cultivadas no Brasil. E o cultivo de beterraba representa 2,1 % do mercado nacional de
hortaliças com produtividades oscilando entre 20 e 35 por t.ha-1 (NASCIMENTO, 2012). As
principais regiões produtoras de beterraba estão nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio
Grande do Sul, onde encontram-se 42% das propriedades e produtoras. No Nordeste, seu
cultivo é reduzido, pois as temperaturas mais elevadas tendem a reduzir a pigmentação e
consequentemente tambem a qualidade do produto (GRANGEIRO et al., 2007) Em Minas
Gerais a comercialização nas centrais de abastecimento gira em torno de 23 mil toneladas
anual, sendo 62 % oriundas da mesorregião Campo das Vertentes com destaque do município
de Carandaí sendo a maior fornecedor da hortaliça do estado (Central de Abastecimento de
Minas Gerais - CEASA-MG, 2015). Esta região é estrategicamente favorável que se refere ao
clima, altitude e localização geográfica se posicionando em locais próximos as vias de fácil
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acesso para as grandes metrópoles de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. No que se
refere as condições edafoclimáticas a mesorregião Campo das Vertentes atende as
necessidades da cultura. Conforme o Tivelli et al. (2011), a cultura pode ser semeada durante
todo ano desde que a região produtora tenha a temperatura média anual inferior a 25 ºC e
altitude superior a 800 metros. A beterraba desempenha um papel importante na composição
de cultivo de hortaliças praticados por pequenos produtores, em que a sua maioria exploram a
beterraba de forma empírica e com práticas culturais largamente dependentes de mão-de-obra.
A adoção das técnicas de manejo de irrigação pode beneficiar diversos segmentos econômicos
para o produtor, como uma melhor eficiência do uso da água e energia, o que tambem
possibilita um aproveitamento dos recursos hídricos e aumento da propria renda.
A adoção do critério de manejo da propria cultura a ser estabelecido vai depender tambem ao
nível de tecnificação da propriedade, disponibilidade de água e a sua propria rentabilidade
(PIRES et al., 2008). Para a maioria das hortaliças, o excesso de água é tão prejudicial quanto
a deficiência podendo ocasionar em distúrbios fisiológicos que inviabilizam a nossa propria
comercialização (SOUZA et al., 2007). Portanto è importante manter a humidade do solo
dentro da faixa de necessidade da cultura trabalhada, ou seja, o manejo de irrigação constitui
como fator determinante na obtenção de produtos de boa e alta qualidade. Neste sentido, o
manejo adequado da irrigação, pode garantir uma produção da melhor qualidade, quantidade e
regularidade do produto de acordo com as exigências do proprio mercado consumidor.
1.2.Definição do problema
A beterraba é de extrema importância económica e com alto valor nutricional, tanto as suas
raízes tuberosas assim como as suas partes da planta contem maior valor comercial. Neste
caso a implementação desta cultura requer uma boa planificação começando com o tipo de
sistema de produção de acordo com as condições edafoclimaticas também dos compassos ou
espaçamento que serà usada para há produção de uma boa beterraba.
Contudo fez com que haja interesse em estudar a sua adaptabilidade e seu crescimento de
acordo com as condições favoráveis do lugar. E a produção deste tubérculo na cidade de
Cuamba serviu de um grande aprendizado seguindo por três (3) tipos de compassos com a
finalidade de querer saber qual será o compasso melhor a si usar para uma boa produção e um
bom crescimento deste tubérculo. Quem sabe teremos uma boa produtividade usando um
espaçamento mais adequado na nossa cidade.
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1.3.Justificativa
Cuamba é um distrito que de cidade não tem muita coisa, entretanto o desempenho
agronómico da cultura de Beterraba, depende de vários factores como cultivares adaptadas ao
sistema de cultivo, da dinâmica de crescimento, nutrição mineral, densidade de plantas entre
outros factores. Contudo faz com que haja interesse em estudar os diferentes compassos entre
linhas em cada parcela do meu campo, para testar qual é que é a mais adequada para uma
maior produção. Uma vez que o beta vulgaris não é muito consumido na localidade de
Cuamba por falta de conhecimento e costume para a produção.
Por outro lado a produção deste tubérculo nas condições agro-ecoligicas de Cuamba, serviu
de um ganho que impulssionou aos produtores locais a produzir um alimento de qualidade
devido ao seu valor nutricional e económico como também obterem altas produtividades,
sendo esta uma das alternativas para trazer um aumento de renda familiar e sustentabilidade
para os produtores locais.
1.4.Objectivos
1.4.1.Objectivo geral
Avaliar o rendimento da cultura de Beterraba (Bera Vulgaris) em diferentes
compassos nas condições agro-ecologicas de Cuamba.
1.4.2.Específicos
Determinar os componentes de crescimento (numero de folhas finais, e altura da
planta);
1.5.Hipóteses
H0: o compasso não influencia significativamente no rendimento da cultura de beterraba
3
H1: o compasso influencia significativamente no rendimento da cultura de beterraba.
A cultura da beterraba (Beta vulgaris L.) pertence à família Quenopodiácea, apresenta a raiz
tuberosa de formato globular que se desenvolve quase à superfície do solo. Sendo de origem
de regiões de clima temperado da Europa e norte da África (RESENDE; CORDEIRO, 2007).
A forma primitiva da beterraba cultivada corresponde a (Beta vulgaris perennis), da qual se
desenvolveu para as subespécies beterraba açucareira (Beta vulgaris altíssima) destinada para
produção de açúcar, beterraba forrageira (Beta vulgaris crassa) cultivada principalmente para
a alimentação animal e a beterraba de mesa (Beta vulgaris esculenta), sendo esta destinada
para consumo in natura da raiz tuberosa (CÁSSERES, 1980; TIVELLI et al., 2011). As
cultivares desenvolvidas no Brasil são de origens norte-americana ou europeia, sendo grande
parte do grupo Wonder, que possuem como aspecto físico o formato globular e de excelente
adaptação, de ciclo mais curto e peso médio das plantas superior as demais cultivares. Sendo
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este o biótipo mais cultivado no Brasil devido à sua alta demanda de consumo da raiz
tuberosa in natura (TIVELLI et al., 2011).
A beterraba (Beta vulgaris L.) é uma das principais hortaliças cultivadas no Brasil, com
diversos biótipos, sendo três deles de significativa importância económica. Estes biótipos são:
a beterraba açucareira, forrageira e hortícola. Na beterraba açucareira, as raízes possuem altos
teores de sacarose, sendo utilizadas para a extracção de açúcar. Os subprodutos dessa
extracção (melaço e polpa) podem ser empregados na alimentação animal ou como
fertilizante orgânico e as folhas podem ser utilizadas como forragem. Na beterraba forrageira,
as raízes e folhas são empregadas na alimentação do animal. Por sua vez, a beterraba
hortícola, também conhecida como beterraba vermelha ou beterraba de mesa, é o biótipo
cultivado no Brasil e em quase todo mundo. As raízes e as folhas são utilizadas na
alimentação humana. E as beterrabas são ricas em vitaminas A do complexo b e C entretanto,
essa ultima só é aproveitada quando as mesmas são consumidas apenas quando cruas. A raiz
também possui boas quantidades de sais minerais, especialmente de Sódio, Magnésio,
Potássio, Zinco, e principalmente do Ferro. A beterraba ainda é rica em fibras agentes anti-
cancerígenos e anti-oxidadentes.
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A essa beterraba de mesa é uma raiz tuberosa de cor vermelho-arroxeada devido à presença de
betalaínas, produtos naturais provenientes do metabolismo secundário e pertencente ao grupo
dos compostos secundários nitrogenados. As betalaínas são pigmentos hidrossolúveis,
divididos em duas classes: betacianinas (cor vermelho-violeta) e betaxantinas (amarelo-
laranja), caracterizando a coloração típica das raízes.
2.1.2.Taxonomia da Cultura
Embora produza melhor em épocas de clima ameno, a beterraba é cultivada durante todo o
ano. Quanto aos solos, são preferíveis aqueles leves e bem drenados.
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2003). Segundo Lange e outros (1999) citados por Hernandes (2006), a beterraba se divide em
três subespécies: a) Beta vulgaris ssp. adanesis, grupo distinto de plantas semi-anuais, com
características morfológicas específicas, que apresentam um grande declínio na
autofertilização; b) Beta vulgaris ssp. maritima, formada por um grande complexo de tipos
morfológicos que ocorrem em uma vasta área geográfica e cujas diferenças são insuficientes
para estabelecer outras subdivisões; c) Beta vulgaris ssp. vulgaris, que agrupa todas as
cultivares já domesticadas. Ainda segundo Lange e outros (1999) citados por Hernandes
(2006), todas as cultivares de subespécie Beta vulgaris ssp. Vulgaris, conhecidas até então,
podem ser subdivididas em quatro grupos: beterrabas folhosas (Leaf Beet Group), que agrupa
as cultivares cuja a parte comestível são as folhas e os pecíolos, pois suas raízes não exibem
diâmetro significativamente aumentado; beterrabas açucareiras (Sugar Beet Group), em sua
maioria de coloração branca e que são cultivadas nos Estados Unidos da América e no
continente europeu para produção de açúcar; beterrabas forrageiras (Fodder Beet Group),
cultivares destinadas à alimentação dos rebanhos das regiões já citadas; e beterrabas
hortícolas (Garden Beet Group), único grupo cultivado comercialmente no Brasil, formado
por cultivares que apresentam uma parte tuberosa comestível. Há poucas cultivares plantadas
no Brasil, a maioria delas é de origem norte-americanas ou europeias, sendo as sementes
importadas. A tradicional cultivar é a Early Wonder, da qual há algumas seleções
diferenciadas comercializadas, que se tornou padrão de qualidade. Atualmente estão sendo 33
introduzidas novas cultivares híbridas, o híbrido Rossete apresenta boa adaptação a regiões
serranas de altitude. A cultivar Itapuã 202 de verão é a única de origem nacional, sendo as
sementes produzidas no Rio Grande do Sul (FILGUEIRA, 2003).
O sistema radicular do tipo pivotante da beterraba pode atingir profundidade de até 60 cm,
com poucas ramificações laterais. A planta desenvolve raiz do tipo tuberosa púrpura, pelo
intumescimento do hipocótilo (caule localizado logo abaixo dos cotilédones). A coloração
vermelho-escura, típica das cultivares comerciais, deve-se ao pigmento antocianina, cor
presente também nas nervuras e nos pecíolos das folhas. As sementes popularmente
conhecidas, na verdade são frutos botânicos denominados de glomérulos ou sementes
multigérmicas. Essas sementes contêm de dois a seis embriões, que podem originar mais de
uma plântula por glomérulo. Na segunda metade da década de 80, foi introduzida no Brasil, a
semente descortiçada, que nada mais é do que o glomérulo quebrado mecanicamente visando
obter um único embrião por semente, ou a semente monogérmica. Essa tecnologia foi
desenvolvida na década de 60 na Europa para a beterraba açucareira. Existe também um
7
caráter monogérmico condicionado por gene recessivo. Algumas empresas de sementes têm
desenvolvido cultivares com essa característica, utilizando como um dos pais no cruzamento,
durante o melhoramento genético, uma linhagem de beterraba açucareira com a característica
desejada. A obtenção de sementes através dessa técnica auxilia na semeadura direta, por
facilitar a operação de raleio.
A beterraba (Beta vulgaris L.) é uma hortaliça típica de climas temperados, produzindo bem
sob regimes de temperaturas amenas frias, com melhor desenvolvimento entre 10ºC e 20ºC
(FERREIRA, 1989 citado por CASTRO e outros, 2004). No Brasil é cultivada,
principalmente, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e da Região Sul (CASTRO e outros,
2004). A semeadura da beterraba é feita de abril ate o mes de junho, principalmente em locais
baixos, com altitudes inferiores a 400 m. Em altitudes superiores a 800 m, a semeadura
podera ser feita de fevereiro a julho. No entanto, em locais que apresentam verões com
temperaturas amenas, pode ser semeado em todo o ano, com pequena redução de rendimento
no período do verão (SOUZA e RESENDE, 2003).
No Brasil as regiões sudeste e Sul cultivam 77%da beterraba do que é produzido. O estado de
São Paulo planta em media 5000 hectares dessa hortaliça por ano, produzindo 115.000
toneladas. Os principais municípios produtores encontram-se nos escritórios de
Desenvolvimento Rural de Sorocaba, Mogi das Cruzes e São Paulo. Os meses mais frescos
são os preferidos para o seu cultivo (Tiveli, SW, Train, PE, 2008).
Em Moçambique mais de 80% das famílias pobres vivem em áreas rurais. A agricultura é a
principal fonte de alimento e renda, a produtividade agrícola é uma das mais baixas da África
Austral contribuindo para um acentuado défice na balança agrícola do pais e para escassez de
bens alimentares (Romeu da Silva, 2011)
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de agricultura urbana para sobreviver, e a prática de agricultura também tem sido feita nos
recintos escolares para um bom aprendizado.
2.1.5.Importância da beterraba
O pigmento que da beterraba sua cor roxa -avermelhado é a betacianina, um poderoso agentes
de combate ao câncer, principalmente o câncer de cólon. Os glóbulos sanguíneos absorvem a
betacianina e podem aumentar a capacidade de transporte de oxigénio em até 400%, possui
também um fitonutriente chamado proantocianidinas que é anticacerigenos (Valeria Viana
2005).
As beterrabas são excelentes fontes de vitaminas do complexo B, tais como B1,B2, B5, B6,
B9. A B9, é chamada também de acido fólico, é importantíssimo para a mulher grávida, uma
vez que é utilizada para o desenvolvimento normal da coluna vertebral da criança (Valeria
Viana 2005).
Importância econômica
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o ano de 2015, esta região tem o destaque de possuir um clima favorável e vias de fácil acesso
para as grandes metrópoles de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
A beterraba é rica em açúcares. Quando em condição natural, a beterraba se conserva por até
uma semana, se mantida em local fresco e sombreado. Também é usada como combustível
alternativo na Europa, sendo usada para a preparação de etanol. A beterraba é recomendada
para situações de anemia, devido à riqueza em ferro e ácido fólico. As folhas de beterraba
possuem propriedades benéficas, semelhantes às folhas do espinafre, ambas sendo utilizadas
na indústria farmacêutica devido às suas qualidades terapêuticas. A beterraba tem valiosas
propriedades medicinais devido ao seu elevado conteúdo de sais minerais, vitaminas e
carboidratos (BALBACH e BOADIM, 1992).
As raízes de beterraba são de grande importância econômica devido ao seu alto valor nutritivo
e industrial sendo também uma planta de fácil cultivo. A propagação se faz diretamente pela
semente podendo-se transplantar. Os melhores solos para o cultivo da beterraba são
profundos, bem drenados soltos e com alto teor de matéria orgânica. É uma hortaliça sensível
à acidez, devendo o solo apresentar pH de 6,0 a 7,0. Tendo em vista a importância da cultura
para a região e a necessidade de maiores informações sobre a cultura nas condições de clima
quente e úmido, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a produtividade de
diferentes cultivares em semeadura direta e em transplantio. EMBRAPA(1986)
Beneficios da beterraba
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Bom para diabéticos pois possui um alto teor em fibras que ajudam a controlar o nível
de açúcar no organismo.
Melhora a digestão e previne constipação pois é rica em fibra alimentar que ajuda a
digestão e melhora a evacuação.
2.1.3.Doenças
O controle de pragas e doenças nas culturas é um desafio enfrentado frequentemente pelos
horticultores. Uma das pragas da cultura da alface é a Larva minadora (Liriomyza ssp.), que
se destaca como uma das pragas de maior importância econômica na horticultura mundial
(REITZ; GAO; LEI, 2013). A larva minadora coloca seus ovos na parte abaxial das folhas,
aproximadamente três dias após a postura, as larvas eclodem e já começam a se alimentar do
mesófilo foliar (GUIMARÃES et al., 2009). O ataque causa prejuízo nas folhas, acarretando
na redução da área fotossintética e a produção de metabólitos e parte da planta ficam
comprometidas A principal característica dessa praga é causar galerias nas folhas de alface,
causando danos graves, fazendo com que tenha uma depreciação do produto comercialmente
(PRATISSOLI et al., 2015)
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Na cultura da beterraba existem diversas doenças que podem causar prejuízo ao produtor
dependendo da intensidade que estas ocorrem. As principais doenças são a mancha das folhas
e os nematóides porque podem causar os maiores prejuízos. Evidentemente que em alguns
locais de produção, os fungos causadores de tombamento também são sinónimos de baixo
rendimento por área.
Tombamento ou “Damping-off”
2.1.3.1.Nematóides
Vários são os nematóides na cultura da beterraba no Brasil, dentre eles Meloidogyne arenaria,
Meloidogyne incognita, Meloidogyne javanica, Aplelenchus avenae e Helicotylenchus
dihystera, sendo os mais importantes aqueles causadores de galhas radiculares, ou seja, do
gênero Meloidogyne. Os nematóides causam maiores danos em locais onde são feitos plantios
sucessivos na mesma área, principalmente sob pivô-central e em solos arenosos.
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formação de galhas. Quando a população de nematóides está alta, a raiz tuberosa pode
apresentar essas galhas, comummente chamadas de “pipoca”. O ataque de nematóides do
género Meloidogyne é favorecido por temperaturas entre 23-30 oC, solos de textura arenosa e
ausência de rotação de cultura. As medidas de controle devem ser adoptadas preventivamente,
pois geralmente pouco poderá ser feito na mesma estação de cultivo. Neste contexto,
recomenda-se a rotação de cultura com a inclusão da adubação verde com crotalária e evitar o
trânsito de máquinas agrícolas e pessoas em áreas infestadas. Outra medida alternativa para
reduzir a população de nematóides na área é a utilização de compostos orgânicos com o
intuito de fertilizar a cultura e aumentar a população microbiana do solo (Trani, P.E.;
Cantarella, H.; Tivelli, S.W 2005)
Cercosporiose
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patógeno causa a principal doença foliar da cultura da beterraba, sendo especialmente
destrutor durante o verão úmido nas regiões mais cálidas da Europa. A mancha-de-Cercospora
está amplamente distribuída no mundo, com incidência em todas as regiões dedicadas à
cultura da beterraba-açucareira e beterreba-de-mesa. No Brasil, existem registros nos estados
do Amapá, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
São Paulo, no arquipélago de Fernando de Noronha e em várias regiões do Nordeste do país.
Cercospora beticola é um patógeno quase exclusivo de espécies da família Chenopodiaceae,
embora existam registros em alguns hospedeiros de outras famílias, como Malvaceae,
Pedaliaceae e Polygonaceae.
Os sintomas característicos são observados nas folhas mais velhas por serem mais suscetíveis
(Weiland & Koch, 2004). Inicialmente são pontuações que evoluem e tendem a alcançar de
4mm a 5mm, de formato mais ou menos arredondado, centro claro e bordas com perímetro de
coloração vermelho-púrpura. À medida que as lesões aumentam, se tornam com tonalidade
acinzentada, porém, com a necrose, o tecido lesionado cai e a folha torna-se perfurada. O
aumento do número de lesões e o crecimento da área induzem à senescência e à redução
significativa da área foliar. A planta repõe as folhas a partir de reservas do tubérculo, o que
pode causar a perda de rendimento e esse processo é repetido várias vezes durante o ciclo de
crescimento da planta
Doença de ocorrência esporádica na maioria das lavouras, mas que em algumas áreas pode
ocasionar perdas, notadamente em solos muitocultivados, compactados e com baixo teor de
matéria orgânica. A temperatura ideal está na faixa de 23 a 30 oC. O Scleorotium rolfssi pode
causar o tombamento de mudas na sementeira assim como de plantas adultas no campo. Os
sintomas característicos são a murcha das plantas, principalmente nas horas mais quentes do
dia e a podridão de raízes. Observa-se também escurecimento na região do colo da planta e a
formação de micélio branco de aspecto cotonoso nas regiões atacadas e na superfície do solo.
Com o desenvolvimento da doença observa-se a formação de escleródios, que são estruturas
esféricas de aproximadamente 2 mm de diâmetro, rígidas, inicialmente de coloração branca e
que, posteriormente, tornam-se marrons. Geralmente, a doença ocorre em reboleiras no
campo. O fungo sobrevive no solo por meio de escleródios por vários anos e saprofiticamente
em restos de culturas em decomposição. Além das medidas preventivas relacionadas
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anteriormente para outras doenças, no caso do Scleorotium rolfssi pode-se promover uma
aração profunda
Mancha de Phoma
A doença é causada pelo fungo Phoma betae Frank, que se desenvolve sobre condições de alta
umidade relativa (maior que 90%) e temperaturas médias entre 15 e 18 oC. A disseminação
do fungo ocorre por respingos de água de chuva e irrigação. Este fungo sobrevive em
sementes infectadas e em restos culturais. Os sintomas aparecem geralmente em folhas velhas
da cultura e às vezes nas raízes. Aparecem nas folhas lesões de formato circular, coloração
pardo-escura e diâmetro entre 1 e 2 cm. Em condições de alta umidade relativa do ar, observa-
se no centro das lesões a formação de pequenos pontos pretos que são as estruturas dos
fungos. Para o controle desta doença são recomendadas apenas medidas preventivas.
Murcha Bacteriana
Pragas
As principais pragas na cultura da beterraba são cosmopolitas, que podem causar danos em
diversas culturas. No início do desenvolvimento da cultura no sistema de semeadura direta, a
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lagarta rosca (Agrotis ipsilon) representa um potencial risco ao cultivo, especialmente em
rotações com milho. Essa lagarta tem hábito noturno e se alimenta da haste da planta,
provocando o seccionamento. A vaquinha (Diabrotica speciosa) e a mosca minadora
(Liriomyza sp.) também podem representar algum risco de dano econômico ao produtor, mas
a ocorrência desta pragas na cultura da beterraba é restrita a alguns locais e em anos em que a
população está desequilibrada. Observação semelhante é valida para ácaros. Em Abril de
2011, o AGROFIT não indicava um único insecticida registado para a cultura da beterraba
(SW ,Tevilli et al 2011).
Pulga de beterraba
Nematóide
Esta praga é perigosa não apenas para a beterraba, mas também para a maioria das outras
culturas hortícolas, portanto, as medidas para combatê-la devem ser sérias. Remover ervas
daninhas e manter a rotação de culturas ajudará a remover a praga do jardim
mosca da beterraba - larvas amarelas causam danos, devorando grandes passagens nas
folhas da beterraba;
mosca-mineira - da mesma forma "perfura" as folhas, mas suas larvas são brancas;
pulgão da beterraba - localiza-se na parte inferior das folhas da beterraba e suga o suco
delas, impedindo o desenvolvimento de toda a planta;
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pulga da beterraba - suas larvas brancas de meio centímetro se alimentam de raízes de
beterraba;
2.1.6.Compassos da beterraba
Os compassos da beterraba servem para distingui qual é o melhor a si usar para um bom
desenvolvimento do tubérculo da beterraba.
Segundo o (Tivelli 2015) diz que o melhor compasso a seguir-se seria de 20 a 30cm entre as
linhas, e 10 a 15cm entre plantas pois ira ajudar na hora da escarificação, e no crescimento do
tubérculo.
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da Zambézia, a Este com os distritos de Lalaua e Malema da Província de Nampula e com o
distrito de Gurué da província da Zambézia, e a Oeste com o distrito de Mecanhelas.
3.2.Material Experimental
Para este ensaio foi usado apenas as sementes de beterraba (Beta vulgari) usou-se sementes de
Beterraba, variedade avermelhada. A beterraba com cor roxa avermelhada tem como
característica de um caule meio longo e fino com as folhas abertas e de cor verde, o tubérculo
da beterraba tem uma cor roxa-avermelhada.
3.3.Métodos
3.3.1.Delineamento Experimental
O Delineamento experimental que foi usado, foi o de Blocos Completos casualizados com 3
blocos com 3 tipos de tratamentos, e com 3 repetições, integrando um total de 9 unidades
experimentais.
3.3.2.Preparação do terreno
Na preparação do solo foi efectuada uma limpeza, lavoura e gradagem do terreno. De forma a
respeitar princípios de conservação a que o programa rege, 80% dessa preparação do solo foi
manual, por ter sido uma area normal para o ensaio.
3.3.3Preparação do alfobre
Para a obtenção de plântulas para o campo definitivo será usado o sistema de alfobre semi
suspenso que contara com o seguinte material: 36 estacas (paus).
3.3.4.Sementeira
A sementeira no alfobre foi efectuada no dia 18.04.2021 com 2 pacotes de beterraba de
variedade beta vulgar (10g), as sementes serão enterradas a uma profundidade de 2 a 3 cm,
numa distância entre linhas de 0,5 metros.
18
3.3.5.Transplante
O transplante, foi realizado após as plântulas apresentarem 3 a 4 folhas verdadeiras, altura de
15 a 18 cm e diâmetro do talo de 4 a 5 mm objectivando a obtenção de uma densidade de
plantas adequada, e colocar uma plântula por covacho de modo a proporcionar bom
desenvolvimento da mesma.
3.3.6.Etiquetagem
O objectivo da etiquetagem era para facilitar a identificação dos blocos e dos tratamentos no
processo de controlo do ensaio assim como da coleta de dados.
3.3.7.Analise de dados
Para análise de dados foram feitos Análise de variância (Teste F); Teste de comparação de
médias (teste de Tukey). Uma vez que seram 3tratamentos estes testes iram facilitar na
comparação das médias e também porque é fácil.
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REFERRENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Duarte;ALMEIDA, Dejair Lopes de. Efeito de biofertilizante no cultivo orgânico de quatro
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20
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MG, Ed. APRENDA FÁCIL, 564 p., 2003.
21
SEBASTIÃO WILSON TIVELLI Produção Agrícola 2015.
www.hortaeflores.com 2011.
22
Apêndices
23
Apêndice 1 Cronograma de Actividades
Actividades Meses
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Limpeza do
campo
Lavoura
Gradagem
Demarcação
do campo
Montagem
de alfobre
Sementeira
Arrumação
do terreno
Transplante
Regas
Retancha
24
Sacha e
escarificaçã
o
Amontoa
Pulverizaçã
o
Colecta de
dados
Análise de
dados
Elaboração
do relatório
8m
T2 T3 T2
5.5 m T2 1m T3 T1 1.5 m
T3 T2 T2
2m
T1: 15x15
T2: 30x30
T3: 30x20
25