Clínica Médica
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MÉDICA
2024
ABORDAGEM SINDRÔMICA
@casalmedresumos
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
ABORDAGEM SINDRÔMICA
157 SÍNDROME DOS COMPARTIMENTOS
CLÍNICA MÉDICA
RENAIS
165 RABDOMIÓLISE E NEFROTOXICIDADE POR
5 SÍNDROME ICTÉRICA
DROGAS
16 SÍNDROME DIARREICA
167 RIM E DESORDENS SISTÊMICAS
172 DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS E
25 SÍNDROME METABÓLICA, HAS, DM, ACIDOBÁSICOS
DISLIPIDEMIA E OBESIDADE 178 SÍNDROME URÊMICA E TERAPIA DE
37 SÍNDROMES ENDÓCRINAS SUBSTITUIÇÃO RENAL
Então...
AUMENTO DE BI
Pode ser...
HEMÓLISE (veremos em hematologia)
DISTÚRBIO DA BILIRRUBINA (Gilbert x Crigler Najjar)
3. Síndrome de Gilbert
- DEFICIÊNCIA PARCIAL LEVE DA GT (glicorunil-transferase)
- Bilirrubina < 4 (raramente passa disso)
- Comum: > 8% (adultos ± 20 anos)
- ENZIMA (GT) “PREGUIÇOSA” (obs: reticulócitos NORMAIS!)
- Precipitado por JEJUM, ESTRESSE, ÁLCOOL, EXERCÍCIO, ÁCIDO
NICOTÍNICO
Adaptado de BIOMEDICINA SIMPLIFICADA – passeidireto.com - MELHORA COM FENOBARBITAL (↑atividade da GT) e DIETA
HIPERCALÓRICA
- Etapa por etapa...
- GERA ↓RISCO DE DOENÇA CARDIOVASCULAR E CÂNCER (excesso
(1) CAPTAÇÃO pelo hepatócito
de BI = efeito antioxidante)
(2) CONJUGAÇÃO: glicoruniltransferase (BI BD)
(3) EXCREÇÃO: fase limitante do processo/onde há maior 4. Crigler-Najjar
gasto de energia - ENZIMA GT DEFICIENTE!
2. Classificação - Começa ATÉ 3 DIAS DE VIDA
2.1. ↑ BILIRRUBINA INDIRETA - Tipo 1:
Hemólise DEFICIÊNCIA TOTAL DE GT (Bb 18-45)
Anemia, reticulocitose, ↑LDH, ↓haptoglobina KERNICTERUS transplante é a única chance de cura
Distúrbios do Metabolismo Fenobarbital não é eficaz. Plasmaférese é opção.
Sem anemia - Tipo 2:
Clínica:
2.2. ↑ BILIRRUBINA DIRETA COLÚRIA/ACOLIA DEFICIÊNCIA PARCIAL DE GT (Bb 6-25)
Hepatites PRURIDO (indica obstrução FENOBARBITAL é eficaz.
TGO e TGP > 10x LSN biliar/colestase) AUMENTO DE BD
FA e GGT “tocadas” (normais ou pouco elevadas)
TGO/TGP > 1000: pensar em hepatite viral Pode ser...
TGO > TGP 2x: pensar em alcoólica HEPATITES (veremos adiante)
Colestase COLESTASE (veremos adiante)
FA e GGT > 3-4x LSN (limite superior da normalidade) DISTÚRBIO DA BILIRRUBINA (Rotor x Dubin Johnson)
TGO e TGP “tocadas” (normais ou pouco elevadas)
5. Rotor/Dubin-Johnson
5´-nucleotidase aumentada
Distúrbios do Metabolismo - PROBLEMA NA EXCREÇÃO (↑BD)
Enzimas normais - ENZIMAS HEPÁTICAS/COLESTÁTICAS NORMAIS (TGO, TGP, FA e GGT).
PERCEBA! ICTERÍCIA = - São condições BENIGNAS!
pensar sempre em 4 - Ambas NÃO POSSUEM TRATAMENTO ESPECÍFICO!
possibilidades:
Para diferenciá-las:
(1) Lesão dos hepatócitos
Dubin-Johnson:
(síndrome hepatocelular)
Biópsia (se realizada): coloração mais enegrecida
**
Dosagem de COPROPORFIRINA URINÁRIA NORMAL
(2) Obstrução biliar
(síndrome colestática) ** Rotor:
(3) Hemólise Biópsia (se realizada): não tem coloração enegrecida
(4) Distúrbio do Dosagem de COPROPORFIRINA URINÁRIA AUMENTADA
metabolismo da
Problema na conjugação: GILBERT OU CRIGLER NAJAR (↑BI)
bilirrubina
Problema na excreção: DUBIN JOHNSON OU ROTOR (↑BD)
Imagem: dreduardoramos.com.br
Hepatite A
- Transmissão: FECAL-ORAL (acomete tipicamente CRIANÇAS)
- Incubação: vírus no sangue e fezes (↑VIREMIA = PERÍODO DE MAIOR
INFECTIVIDADE E MAIOR RISCO DE TRANSMISSÃO) O isolamento
está indicado por até 7-14 DIAS APÓS O SURGIMENTO DA ICTERÍCIA. Evolução benigna (95% evoluem
- Sintomas = ANTI-HAV IGM + aos poucos evolui para IgG (que para cura)
representa CICATRIZ SOROLÓGICA) Fulminante em 1% dos casos...
Obs: se IgM e IgG positivos, continua sendo hepatite A aguda! IGG NÃO Se cronificar...
- Chance no adulto: 1-5%
DÁ DIAGNÓSTICO! Só diz se a pessoa já teve a doença ou se já foi vacinada.
- Chance na criança: 20-30%
- Formas Clínicas: - Chance no RN: 90%
Assintomática (maioria)
COLESTÁTICA (hepatite mais relacionada com essa fase/a icterícia
costuma durar mais tempo) !!! Então... O RISCO DE CÂNCER É MAIOR NA HEPATITE B quando
Recidivante comparada com a C, pois pode haver CHC sem passar necessariamente por
Fulminante (TAP alargado) cuidado com idosos e hepatopatas cirrose. Cronifica em apenas 5% dos casos (mas em RN = 95%!) É a
prévios, que podem fazer formas mais graves); hepatite com MAIOR CHANCE DE FULMINAR, pois é um DNA vírus
- Tratamento: SUPORTE! Vai embora sozinha... complexo com 3 antígenos diferentes (maior chance de agressão pelo sistema
imunológico)
Exercitando...
PERFIL SOROLÓGICO 1
HBSAG Negativo
HBEAG Negativo
ANTI-HBC Negativo
ANTI-HBE Negativo
ANTI-HBS Negativo
SUSCETÍVEL Mutantes:
Pré-core
- Falha na síntese de HBeAg
PERFIL SOROLÓGICO 2
- ↓Transaminases
HBSAG Positivo
- HBsAg positivo
HBEAG Positivo - HBeAg negativo
ANTI-HBC IGM (+) e IGG (-) - Confirmação: DNAHBV ↑↑↑
ANTI-HBE Negativo - Mais risco: fulminante, cirrose, câncer
ANTI-HBS Negativo Por escape
- HBsAg positivo
HEPATITE B AGUDA
- Anti-HBs positivo
Imagem: elblogdelamedicina.blogspot
(2) Colecistite enfisematosa:
- GÁS/AR NO INTERIOR E NA PAREDE DA VESÍCULA
Ar na parede da vesícula é exclusividade da colecistite
enfisematosa
- O predomínio é de ANAERÓBIOS (CLOSTRIDIUM
WELCHII). Dicas: Mais comum em HOMENS,
IDOSOS E DIABÉTICOS. QUADRO MAIS GRAVE!
Imagem: saudedireta.com.br
Imagem: brad.org.br | Reyna, C.F.O
- Outros: COLANGIORM, TC
Tokyo Guideline (TG-18) (3) Empiema de vesícula: (o quadro se assemelha a colangite)
Diagnóstico: CLÍNICA + LABORATÓRIO + IMAGEM - Os patógenos da colecistite aguda produzem PÚS
- Depois do quadro clássico, há FEBRE ALTA e INDÍCIOS DE SEPSE
- Devemos colher hemocultura, dar ATB, levar o paciente para terapia
intensiva, repor volume e fazer COLECISTECTOMIA IMEDIATA!
Coledocolitíase
Conceito:
PRESENÇA DE CÁLCULO NO COLÉDOCO!
Adaptado de Estratégia MED PRIMÁRIA (10%) = cálculo veio do próprio colédoco (marrons,
Classificação + Conduta:
castanhos ou mistos). Exemplos: colangite esclerosante, parasitas (áscaris,
TOKYO I (LEVE) [sem critérios para moderada ou grave] CVL
clonorchis sinensis), lesão inadvertida em colecistectomia prévia.
TOKYO II (MODERADA) [presença de algum dos sinais abaixo, mas sem SECUNDÁRIA (90%) = cálculo veio da vesícula (amarelo)
disfunção orgânica] CVL EM CENTRO ESPECIALIZADO RESIDUAL = cálculo apareceu até 2 anos pós colecistectomia
Leucocitose > 18.000 RECORRENTE OU PRIMÁRIA = cálculo apareceu após 2 anos pós
Massa palpável e dolorosa em QSD colecistectomia
Evolução > 72h Quadro Clínico:
Sinais de complicação local - ASSINTOMÁTICO EM 50% DOS CASOS!
TOKYO III (GRAVE) [presença de disfunção orgânica] TRATAMENTO - Se houver clínica: ICTERÍCIA COLESTÁTICA
CONSERVADOR ATÉ CORREÇÃO DA DISFUNÇÃO + CVL EM CENTRO INTERMITENTE/FLUTUANTE COM COLÚRIA, ACOLIA E ↑FA/GGT
ESPECIALIZADO/CIRURGIÃO EXPERIENTE. SE NÃO HOUVER MELHORA: - VESÍCULA NÃO PALPÁVEL (a obstrução é intermitente, não dá para a
COLECISTOSTOMIA PERCUTÂNEA. vesícula se encher e ficar palpável: nesses casos, pensar em tumor peri-
ampular).
CPRE ColangioRNM
Definições: Contraindicações
- Mais comum em mulheres. FATORES DE RISCO: litíase, vesícula em - Instabilidade hemodinâmica
porcelana, colangite esclerosante, cistos de via biliar... - Doença cardiopulmonar grave
Clínica: Gás ideal: CO2
- Assintomático. Geralmente achado incidental pós-colecistectomia - Não inflamável
Tratamento/Estadiamento: - Baixo custo
- T1 (muscular): colecistectomia convencional - Alta solubilidade: se dissolve pelos tecidos, cai na corrente sanguínea
- T2: colecistectomia estendida (+ IVB e V) e é eliminado pela expiração
- T3 e T4 (perfura serosa): colecistecomia radical (ex: colecistectomia +
Repercussões do Pneumoperitônio:
hepatectomia)
- Respiratória: diminui complacência pulmonar (↓O2 | ↑CO2)
- T4 (invade veia porta, artéria hepática, manifestação extra): paliativo
- Cardíaca: ↓retorno venoso | ↑RVP | ↑FC | pode haver
arritmia/bradicardia (se houver = fluxo 1-3l/min, desfazer
pneumoperitônio, atropina)
- Urinária: ↓TFG | oligúria
- SNC: ↑fluxo cerebral (pela hipercapnia) | ↓RV = ↑PIC (pressão
intracraniana)
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20. Lesão Iatrogênica da Via Biliar A FÍSTULA ducto menor (cístico e Luschkas)
- VISÃO CRÍTICA DE SEGURANÇA: B ESTENOSE ducto hepático D aberrante
A colecistectomia videolaparoscópica é um procedimento bastante seguro,
C FÍSTULA ducto hepático D aberrante
porém apresenta uma complicação muito temida, que é a lesão iatrogênica das D FÍSTULA ducto principal (lateral)
vias biliares. A “visão crítica de segurança” ou “visão crítica de Strasberg” é uma ESTENOSE ducto principal (Bismuth)
estratégia bastante citada para evitar que essa complicação ocorra. Segundo ela, E1: em hepático comum > 2cm
para a ligadura segura das estruturas (artéria cística e ducto cístico), o cirurgião E2: em hepático comum < 2cm
deve ficar atento aos seguintes critérios: E E3: em placa hilar (junção dos hepáticos)
O parâmetro é identificar a FISSURA ROUVIER E4: em placa hilar (junção dos hepáticos) + um dos
O TRIÂNGULO DE CALOT DEVE ESTAR TOTALMENTE lados
4a: direita
DISSECADO (sem gordura)
4b: esquerda
O INFUNDÍBULO DA VESÍCULA DEVE ESTAR TOTALMENTE E5: em ducto hepático aberrante
LIVRE/DISSECADO DA PLACA HILAR
DEVEMOS ENCONTRAR SOMENTE 2 ESTRUTURAS
TUBULARES FINAS ENTRANDO NA VESÍCULA BILIAR (artéria
cística e ducto cístico)
PÓS-OPERATÓRIO:
FÍSTULA DUCTO CÍSTICO
- Drenagem percutânea + CPRE
FÍSTULA DUCTO PRINCIPAL
- Drenagem trans-hepática + biliodigestiva
ESTENOSE CICATRICIAL
- CPRE com prótese (se lesão “baixa”) ou biliodigestiva (se lesão “alta”)
Imagem: dreduardoramos.com.br
MACETE
PEQUENA = LIGADURA
GRANDE = BILIODIGESTIVA OU CPRE
Etiologia: VIRAL, BACTERIANA e PARASITÁRIA Fator de risco: USO PRÉVIO DE ATB (CLINDAMICINA, CEFALOSPORINA,
QUINOLONA ATÉ 10 SEMANAS APÓS O USO), idade avançada,
VÍNCULO MENTAL comorbidades, uso de antiácidos. É comum em asilos/enfermarias
S. AUREUS Maionese, pastas,
ovos, festas VÔMITOS Diagnóstico: PESQUISA DA TOXINA A/B NAS
NOROVÍRUS + comum em FEZES (!) OU CULTURA, ANTÍGENO GDH, PCR,
adultos, mariscos NAAT ou COLONOSCOPIA (o achado é
E. COLI (ETEC) Viajantes bastante característico focos de pús no
E. COLI (EPEC) Neonatos intestino)
CAMPYLOBACTER “Apendicite” + DIARREIA AQUOSA
Guillain Barré Colonoscopia com CÓLON CHEIOS DE PONTOS PURULENTOS e BIÓPSIA
SHIGELLA Convulsão, artrite COM PSEUDOMEMBRANA)
reativa...
E. COLI (EHEC) SHU (O157:H7) DIARREIA INVASIVA Tratamento:
- VANCOMICINA (VO) ou FIDAXOMICINA ou METRONIDAZOL 10 DIAS
SALMONELLA Cozinheiro
- Se fulminante: VANCO (VO) + METRONIDAZOL IV.
disseminador
- Se fulminante c/ obstrução: VANCO (RETAL) ou TRANSPLANTE FECAL
C. DIFFICILE ATB e Internação
- Se > 3 recorrências: considerar TRANSPLANTE FECAL
Destrinchando...
VÍRUS (+ comum) 2. Diarreias Crônicas
- NOROVÍRUS: principal dos adultos/mariscos
Doença Celíaca
- ROTAVÍRUS: grave/menores de 2 anos
Imunidade/reação a proteína do GLÚTEN (presente no trigo, centeio e cevada)
BACTÉRIAS Conceitos:
- E. COLI ENTERRO-HEMORRÁGICA (CEPA O157H7): SHU (agente + - Presença do HLA-DQ2 (DQ2.5)/HLA-DQ8
comum) (útil para excluir diagnóstico)
- E. COLI ENTEROTOXIGÊNICA: diarreia do viajante - Todo paciente com Celíaca tem gene HLA, mas
nem todo HLA tem Celíaca!
- SHIGELLA: SHU/alterações do SNC
- CAMPYLOBACTER JEJUNI: síndrome de Guillain-Barré Clínica:
- S. AUREUS: diarreia com período de incubação curto (rápida/horas) + fator - É VARIÁVEL! São possibilidades:
alimentar envolvido (maionese, pastas, ovos, festas...) ASSINTOMÁTICO: é uma possibilidade...
- SALMONELA: infecções à distância (osteomielite, meningite, artrite, abscesso CRIANÇAS (INTESTINAL): disabsorção + distensão + déficit
hepático...) ponderoestatural + atrofia glútea + atraso motor...
- PSEUDOAPENDICITE: campylobacter e yersínia ADULTOS (EXTRAINTESTINAL): anemia, osteoporose,
amenorreia, neuropsiquiátricas (ansiedade, depressão,
miopatia, paranoia, etc)
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Em casos de ANEMIA FERROPRIVA QUE NÃO RESPONDE A FERRO ou 4. Diarreia por Protozoários
OSTEOPENIA EM JOVENS É IMPORTANTE AFASTAR DOENÇA CELÍACA! Lembrando... Trofozoítas são a forma parasitária dos protozoários! São dois
intestinais que nos interessam: E. hystolitica ou G. lamblia.
Condições Associadas: Características Básicas dos Protozoários:
- DERMATITE HERPETIFORME (!) UNICELULARES (não visíveis ao olho nu)
- DEFICIÊNCIA DE IGA TRANSMISSÃO FECAL-ORAL
- SÍNDROME DE DOWN CICLO EVOLUTIVO: CISTO TROFOZOÍTA CISTO
- RISCO DE NEOPLASIAS: LINFOMA E ADENOCA DE JEJUNO. NÃO CAUSAM EOSINOFILIA (nos imunocompetentes)
90% DOS CASOS SÃO ASSINTOMÁTICOS, mas TEM QUE TRATAR
Diagnóstico:
(para evitar a transmissão para a comunidade)
(1) RASTREAMENTO COM ANTICORPO
1.1. ANTITRANSGLUTAMINASE TECIDUAL IGA + DOSAGEM DE IGA Diagnóstico:
TOTAL. Lembre-se que em aproximadamente 10-15% dos pacientes têm EPF COM CISTOS/TROFOZOÍTA NAS FEZES,
deficiência de IgA total! Por isso, além do antitransglutaminase, devemos pedir a ANTÍGENO/ANTICORPOS FECAIS
dosagem de IgA total associada! Ser unicelular não coloca ovo, ele encista!
1.2. Se IgA total reduzida: dosar ANTITRANSGLUTAMINASE IGG ou SOROLOGIA (SE EXTRAINTESTINAL)
ANTIGLIADINA IGG
Tratamento:
(2) CONFIRMAR COM BIÓPSIA DUODENAL VIA ENDOSCOPIA “NIDAZOL” (METRO/SECNI/TINI) ou NITAZOXANIDA (anita 1cp
2.1. A BIÓPSIA PODE SER DISPENSADA nos seguintes casos: 12/12h 3d)
- ANTITRANSGLUTAMINASE IGA > 10x E
Amebíase
- ANTIENDOMÍSIO IGA POSITIVO EM 2ª AMOSTRA DE SANGUE
- Agente: ENTAMOEBA HYSTOLITICA
- Algumas literaturas dispensam nos casos de DERMATITE
- Hábitat: CÓLON (invasão tecidual)
HERPETIFORME
- Ciclo de vida: cisto ingestão trofozoíta (cólon)
2.2. Os achados histológicos são: ↑LINFÓCITOS INTRAEPITELIAIS, cisto (fezes)
HIPERPLASIA DE CRIPTAS, ATROVIA DE VILOSIDADES - Clínica: diarreia baixa INVASIVA (cólon)
(3) SE DÚVIDA DIAGNÓSTICA... DISENTERIA
- PESQUISA DE HLA DQ2 E DQ8. Se negativos: EXCLUEM doença celíaca Quadro CRÔNICO (assintomático)
Quadro FULMINANTE
Tratamento:
- Diagnóstico: EPF
- DIETA SEM GLÚTEN POR TODA A VIDA
Fezes endurecidas = cisto
- PODE: milho (amido de milho, fubá), arroz, batata, mandioca (polvilho,
Diarreia = trofozoíta
tapioca), quinoa, inhame, ovos, carnes, grãos, leite e aveia.
- Tratamento nos assintomáticos: TECLOZAN (intraluminal 500mg
3. Doença de Whipple 1x/dia 3 dias)
Conceitos: - Tratamento nos sintomáticos: “NIDAZOL” (sec/tini 2g dose única)
- Doença bacteriana causada pela TROPHERYNA WHIPPLEI (bacilo gram + TECLOZAN OU ETOFAMIDA
+). É EXTREMAMENTE RARA. O patógeno possui VIRULÊNCIA BAIXA. - Tratamento nos graves: METRONIDAZOL (750mg 3x/dia 10 dias)
Possivelmente há algum FATOR GENÉTICO que predispõe a colonização
FORMA EXTRAINTESTINAL
intestinal por esse bacilo. Predileção por HOMENS ADULTOS BRANCOS
- ABSCESSO HEPÁTICO: dor QSD, febre, sinal de Torres-Homem,
Clínica:
jovens, lesão única, achocolatada e em lobo direito. Em 80% dos
- Suspeitar: DIARREIA-ESTEATORREIA (surgem em fases mais avançadas)
casos não há diarreia associada.
associadas a uma DOENÇA MULTISSISTÊMICA caracterizada por:
- DIAGNÓSTICO: USG/TC/RNM, sorologia (ELISA)
SINTOMAS GERAIS: febre, edema, perda ponderal, nódulos,
- TRATAMENTO: metronidazol. Não drenar!
baqueteamento, uveíte, hiperpigmentação, etc.
Sintomas SNC: MIORRITMIA OCULOMASTIGATÓRIA e
OCULOFACIALESQUELÉTICA (achados PATOGNOMÔNICOS) que
podem vir acompanhados de PARALISIA DO OLHAR
VERTICAUL SUPRANUCLEAR.
Coração: endocardite
Alterações articulares: ARTRALGIAS, OLIGO OU POLIARTRITE
(podem chegar a 75% dos casos). Geralmente ABREM O QUADRO!
Diagnóstico:
- BIÓPSIA DE DELGADO. Achado: MACRÓFAGOS PAS POSITIVOS
(inclusive com o bacilo dentro desses macrófagos). Não é um achado
patognomônico. O principal diagnóstico diferencial pela histologia é a
infecção por micobactérias no HIV.
- A PESQUISA DE PCR PARA T.WHIPPLE NO LIQUOR DEVE SER FEITA,
pois as manifestações neurológicas da doença são graves.
NÃO TRATAR: Entamoeba coli, Iodamoeba butschlii, Endolimax nana. São
Tratamento: comensais!
- Primeiras 2-4 semanas: PENICILINA G CRISTALINA OU CEFTRIAXONE
- Depois: SMZ/TMP POR 1 ANO
- Se alérgicos a sulfa: manutenção com doxiciclina associada a
hidroxicloroquina.
Imagem: gastrovale.com.br
Patogenia:
- INFLAMAÇÃO CRÔNICA DO TGI com PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA
Risco:
- HISTÓRIA FAMILIAR, ACO, DIETA, AINES, TABAGISMO* (DC)
- Ciclo: OVO (água) MIRACÍDIO (CARAMUJO BIOMPHALARIA) Protetor:
CERCÁRIA PELE (é de transmissão cutânea) VASOS - APENDICECTOMIA, AMAMENTAÇÃO, TABAGISMO* (RCU)
MESENTÉRICOS DESTINO DOS OVOS: LÚMEN RETAL, MUCOSAS E Diagnóstico:
PAREDE DO RETO RETORNA AO SISTEMA PORTA - Clínica: DIARREIA + EMAGRECIMENTO +/- EXTRAINTESTINAIS
- Agente no Brasil: SCHISTOSSOMA MANSONI - Sorologia: P-ANCA (RCU) x ASCA (DC)
- Hábitat: VASOS MESENTÉRICOS E HEMORROIDÁRIOS - EDA: ABSCESSO EM CRIPTAS (RCU) ou ÚLCERAS AFTOIDES (DC)
- Causa de HIPERTENSÃO PORTA INTRA-HEPÁTICA PRÉ-SINUSOISAL
Tratamento:
- É um parasita dos VASOS MESENTÉRICOS! Não é um parasita
- Medicamentos: 5-ASA, ATB, CORTICOIDE E INFLIXIMAB
intestinal!
- Cirurgia: RCU (CURATIVA) x Crohn (COMPLICAÇÕES)
- Transmissão CUTÂNEA!
Clínica: RCU DC
DERMATITE CERCARIANA TABAGISMO Protetor Risco
(“coceira do nadador”) Imagem: researchgate.net LOCALIZAÇÃO Reto Íleo “Boca ao ânus”
Forma AGUDA FEBRE DE KATAYAMA: FEBRE, SUDORESE, PROFUNDIDADE Superficial Transmural
HEPATOESPLENOMEGALIA, EOSINOFILIA (semelhante à MACRO Úlceras contínuas Úlceras salteadas
toxocaríase, mas sem síndrome de Loeffler) MICRO Criptite Granuloma
CLÍNICA Diarreia invasiva Diarreia + dor +
Forma CRÔNICA: GRANULOMAS (HIPERTENSÃO PORTA, ânus
HIPERTENSÃO PULMONAR, MIELITE) COMPLICAÇÕES Colite e megacólon Fístula, estenose...
SEPSE POR SALMONELLA CA DE CÓLON Alto risco Baixo risco
INDEPENDENTE Colangite Espondilite
DE ATIVIDADE DE esclerosante
Diagnóstico:
DOENÇA
- EPF (após 40 dias)
RELAÇÃO COM Eritema nodoso Artrite periférica e
- BIÓPSIA RETAL (+ sensível) ATIVIDADE DE uveíte
- SOROLOGIA (se esquistossomose aguda) DOENÇA
SOROLOGIA p-ANCA ASCA
Tratamento Clínico
- DERIVADOS 5-ASA (ANTI-INFLAMATÓRIO TÓPICO VO OU VIA RETAL)
SULFASSALAZINA (ação colônica)
PENTASA (todo intestino)
- CORTICOIDE:
VIAS RETAL, VO OU IV (usar preferencialmente para remissão)
- IMUNOSSUPRESSOR:
AZATIOPRINA, MERCAPTOPURINA, METOTREXATO
- BIOLÓGICOS
1° ESCOLHA PARA DOENÇA MODERADA A GRAVE: ANTI-TNF
E ANTI-INTEGRINA Perfuração
- COMPLICAÇÃO MAIS TEMIDA. A clínica é de peritonite, mas os sintomas
DOENÇA DE CROHN
clássicos nem sempre estão presentes, principalmente naqueles que fazem uso
- Leve: DERIVADOS 5-ASA
de corticoides. ALTA MORTALIDADE.
- Moderada, grave: BIOLÓGICO + IMUNOMODULADORES
Estenose
RETOCOLITE ULCERATIVA - As estenoses costumam resultar do comprometimento repetitivo e grave dos
- Leve, moderada: DERIVADOS 5-ASA +/- CORTICOIDE planos profundos da parede intestinal e, por isso, são MAIS COMUNS NA DC
- Grave, fulminante: ATB + CORTICOIDE +/- BIOLÓGICOS (ocorrem em 40% dos pacientes)
- Se houver estenose intestinal, predominam os sintomas de uma obstrução
Tratamento Cirúrgico parcial, como cólica e distensão abdominal pós-prandiais, constipação/diarreia
DOENÇA DE CROHN paradoxal e massa palpável (refletindo uma alça intestinal de diâmetro
- Indicações: aumentado, geralmente dolorosa à palpação, ou um abscesso intra-
abdominal).
Obstrução ou perfuração intestinal
- O tratamento pode ser endoscópico em alguns casos.
Fístulas, fissuras, hemorragia maciça, megacólon tóxico
- Podem ser de delgado ou de cólon. Constituem a principal indicação cirúrgica
REFRATÁRIOS da doença da DC.
(3) CONSTIPAÇÃO
- Pode ocorrer! É o paciente que tem a peristalse mais “lenta”.
Cefaleia
Diagnóstico:
(1) CRITÉRIOS DE ROMA IV
Diagnóstico:
- Dor abdominal recorrente, pelo menos 1X/SEMANA nos ÚLTIMOS 3
- Assintomático: biópsia + cromogranina A (CGA)
MESES, associada a 2 OU + dos seguintes:
- Laboratório: 5-HIAA (urina) + CGA (sangue)
RELAÇÃO COM EVACUAÇÃO
- Imagem: CINTILO COM SOMATOSTATINA (OCTREOSCAN)
MUDANÇA NA FREQUÊNCIA das evacuações
Tratamento:
MUDANÇA NA FORMA (consistência) das fezes
- Apendicectomia: < 1cm + “ponta” do apêndice + s/ invasão de meso
- Hemicolectomia direita: > 1cm + “base” do apêndice + c/ invasão de meso
PRIMÁRIA
Algum fator genético que não permite a produção de lactase
SECUNDÁRIA
Algum fator “externo” que não permite a absorção da lactose
Clínica:
LACTOSE NÃO DIGERIDA FERMENTADA PELAS BACTÉRIAS DO TGI
PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO E GASES
- DIARREIA SEM ESTEATORREIA + fermentação no
cólon levando ao acúmulo de ácidos orgânicos e gases
DISTENSÃO ABDOMINAL COM DOR,
FLATULÊNCIA E FEZES EXPLOSIVAS + HIPEREMIA
PERIANAL
Diagnóstico:
- QUADRO CLÍNICO TÍPICO + TESTE TERAPÊUTICO DE RETIRADA +/-
TESTES COMPLEMENTARES
Diagnóstico Diferencial:
- SUPERCRESCIMENTO BACTERIANO (teste de absorção de lactose)
- SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL (exclusão)
Avaliação Complementar:
- TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRATÓRIO: o hidrogênio em excesso no TGI é
absorvido e é exalado pelos pulmões.
- TESTE DE ABSORÇÃO DA LACTOSE: administra lactose e faz teste de curva
glicêmica. Se o paciente não absorve lactose, o aumento da glicemia também não
ocorre.
- TESTES ENZIMÁTICOS ESPECÍFICOS
Tratamento:
- Reduzir consumo de lactose
- Administração de LACTASE antes das refeições
Tratamento:
1. ALVOS
Pré-HAS + 1 Droga: IECA | BRA | Tiazídico | Bloq. Ca METILDOPA, HIDRALAZINA (opção para gestantes)
↑risco ALFABLOQUEADOR (bom para HPB)
E1
Idoso frágil CLONIDINA (efeito sedativo, bom para urgência hipertensiva, efeito
rebote importante)
E1 + ↑risco 2 Drogas: IECA ou BRA + outra classe 3. Hipertensão Secundária
E2
E3 Quando Suspeitar?
IDADE < 30 OU > 55 ANOS
Levar em consideração a PA sistólica ou diastólica? A que estiver PIOR! GRAVE, RESISTENTE
LESÃO DE ÓRGÃO-ALVO DESPROPORCIONAL (ex: níveis
ENTÃO... NÃO PODE ERRAR! pressóricos controlados ou hipertensão leve, mas com retinopatia,
PRÉ-HIPERTENSÃO nefropatia, etc)
- SOMENTE MEV! Ronco, sonolência APNEIA DO SONO Polissonografia
↓PESO (MEDIDA MAIS EFICAZ) diurna, obesidade (noite)
ATIVIDADE FÍSICA 30M/DIA HAS resistente ao
DIETA DASH tratamento, HIPERALDO 1º ↑Aldosterona
hipocalemia, alcalose, ↓Renina
REDUÇÃO DE SÓDIO (< 2G).
nódulo adrenal
- Se alto risco, idoso frágil, idade > 80 anos: MEV + MONOTERAPIA Insuficiência renal,
HAS ESTÁGIO I edema, ureia elevada, DOENÇA RENAL TFG
creatinina elevada, PARENQUIMATOSA USG renal
- MONOTERAPIA
proteinúria, Albuminúria
Se HAS estágio I SEM OUTRO FATOR DE RISCO = PODE FAZER
hematúria
3-6 MESES DE MEV ANTES DE ENTRAR COM REMÉDIO! Hipertensão Catecolaminas
Se alto risco/síndrome metabólica = É VÁLIDO ENTRAR paroxística, cefaleia, FEOCROMOCITOMA e
DIRETO COM 2 DROGAS! sudorese, palpitações, Metanefrinas
taquicardia Urinárias
HAS ESTÁGIO II/III Sopro
- 2 DROGAS (ASSOCIAÇÃO) sistólico/diastólico Doppler
HAS
abdominal, edema RENOVASCULAR AngioRNM
HAS SISTÓLICA ISOLADA
pulmonar súbito, AngioTC
- DEPENDE DA PA SISTÓLICA (HIPERALDO 2º)
hipocalemia,
alterações de função
3. FÁRMACOS DE PRIMEIRA LINHA renal por IECA/BRA
IECA/BRA Pulsos femorais
- Indicações: reduzidos ou COARCTAÇÃO DE TC
JOVENS, BRANCOS assimétricos, RX de AORTA Aortografia
tórax anormal
NEFROPATAS, DM, ICC, IAM PRÉVIO, GOTA/HIPERURICEMIA
Intolerância ao calor,
(principalmente losartan)
perda de peso, TSH
- Efeitos Adversos: palpitações, Hipertireoidismo T4 livre
IRA, ↑K: não usar se creatinina > 3 (contraindicação relativa), K > 5,5 hipertensão sistólica,
e estenose bilateral de artérias renais. exoftalmia, tremores,
ANGIOEDEMA: os dois podem causar taquicardia
TOSSE: só IECA (por aumento de bradicinina) Fadiga, ganho de
Não usar em gestantes! peso, perda de cabelo, Hipotireoidismo TSH
hipertensão diastólica, T4 livre
fraqueza muscular
TIAZÍDICO
Cefaleia, fadiga,
- Indicações: problemas visuais, Acromegalia GH
NEGROS, IDOSOS, OSTEOPOROSE aumento de mãos, IGF-1
- Efeitos Adversos: pés e língua
4 HIPO: volemia, natremia, CALEMIA, magnesemia Litíase urinária,
3 HIPER: glicemia, lipidemia, uricemia (não usar se gota) osteoporose, Hiperpara Cálcio
Obs: CLORTALIDONA é o melhor tiazídico! depressão, letargia, PTH
fraqueza muscular
↑peso, fadiga,
BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO fraqueza, hirsutismo, Cortisol basal
- Indicações: amenorreia, face em Cushing Supressão com
NEGROS, IDOSOS, FA, DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA lua cheia, corcova dexametasona
- Efeitos Adversos: dorsal, estrias
Dipinas (vasosseletivas): CEFALEIA, EDEMA DE MMII purpúricas, obesidade
Diltiazem, verapamil (cardiosseletivas): BRADIARRITMIAS central
5. Crise Hipertensiva
CRISES ADRENÉRGICAS + CEFALEIA, SUDORESE, PALPITAÇÃO
Aumento súbito e expressivo da PA, geralmente > 180 x 120
- Pensar em FEOCROMOCITOMA
- Diagnóstico: METANEFRINAS (PLASMA, URINA) EMERGÊNCIA
TG < 150 140-499: dieta, MEV. Incretinas: tentam controlar a glicemia, ↑insulina x
> 500: FIBRATO ↓glucagon
Insulina: hormônio ANABÓLICO (↑proteína, gordura,
glicogênio)
HDL > 40 ÁCIDO NICOTÍNICO (sem recomendação prática) Glucagon, GH, cortisol, adrenalina: hormônios
CATABÓLICOS (↑glicose, corpos cetônicos)
Alternativas...
- PRAMLINTIDA (análogo da amilina = peptídeo secretado pelo pâncreas que
ajuda a insulina a agir)
- TRANSPLANTE DE PÂNCREAS.
Tratamento:
Imagens: MSD Manuals | slideshare.com
“O MELHOR É A PREVENÇÃO”. Como?
- Uso de análogos de insulina DOENÇA RENAL DO DIABETES
- Orientar o paciente a reconhecer os sintomas precocemente Evento inicial: HIPERFLUXO!
NA HIPOGLICEMIA... Rastreamento:
- Se acordado: ingerir 15g de glicose ALBUMINÚRIA (relação albumina/creatinina urinária) ANUAL
- Se grave/desacordado: TFG (creatinina sérica) ANUAL
Sem acesso venoso: glucagon 0,5-1,0mg SC
(1) ALBUMINÚRIA MODERADAMENTE AUMENTADA OU
Com acesso venoso: glicose hipertônica 20g (4 ampolas de
MICROALBUMINÚRIA: relação albumina/creatinina > 30mg/g
GH50%)
DETALHE... Conduta:
- Etilistas e desnutridos: repor tiamina antes! - REALIZAR O CONTROLE DA GLICEMIA/ALBUMINÚRIA COM
IECA/BRA (mesmo na ausência de hipertensão) ou ISGLT-2
Complicações Crônicas:
(GLIFOZINA)
- Macrovascular: DOENÇA CORONARIANA, AVE ATEROSCLEROSE...
Principal causa de morte (IAM/AVC) IECA/BRA = vasoconstrição da arteríola eferente = redução da
Multifatorial: HAS, dislipidemia pressão intraglomerular.
Investigar somente os sintomáticos GLIFOZIN SOMENTE SE TFG > 20-30
“Matam o paciente!”
ALTERNATIVA AOS REFRATÁRIOS: FINERENONA (antagonista da
Pouca relação com hiperglicemia e maior relação com HAS/DLP
aldosterona, com menos efeitos adversos, que também promove
- Microvascular: RETINO, NEFRO E NEUROPATIA HIPERGLICEMIA... melhora dos desfechos renais). Segundo a SBD, seu uso pode,
Debilitam o paciente! inclusive, ser considerado em associação a IECA/BRA.
Forte relação com hiperglicemia
(2) ALBUMINÚRIA ACENTUADAMENTE AUMENTADA OU
Rastreamento Anual: MACROALBUMINÚRIA: relação albumina/creatinina > 300mg/g
DM1 = 5 ANOS APÓS O INÍCIO DA DOENÇA
DM2 = NO MOMENTO DO DIAGNÓSTICO Conduta:
- CONTROLE DA PA (IECA ou BRA + outro anti-hipertensivo).
(3) AZOTEMIA
Conduta:
- DIÁLISE + PRECOCE/ALTO RISCO CARDIOVASCULAR
Treinamento prático...
Figura 1:
- Achado: papiledema
- Doença: HAS
- Estágio: grau IV
Figura 2:
- Achado: microaneurismas e exsudatos
duros
- Doença: DM Imagens: Termo Diagnose | ITU/SP
- Estágio: não proliferativa E O PÉ DE CHARCOT?
- Insensibilidade + área de pressão anormal + inflamação = OSTEÓLISE,
Figura 3: FRATURAS E DEFORMIDADES. É uma COMPLICAÇÃO DO PÉ
- Achado: estreitamento arteriolar DIABÉTICO.
- Doença: HAS
- Estágio: grau I
Figura 4:
- Achado: cruzamento AV patológico
- Doença: HAS
- Estágio: grau II
Figura 5:
- Achado: neovasos
- Doença: DM
- Estágio: proliferativa
Avaliação do Pé:
Em quem?
Imagens: MSD Manuals | slideshare.com - TODOS os diabéticos ANUALMENTE
- Se alteração sensitiva: toda consulta
Primeiro Passo:
- Anamnese: pesquisar os fatores de risco amputação prévia, HPP
de úlcera no MMII, neuropatia periférica, deformidade nos pés,
doença vascular periférica, distúrbio visual, DRC, controle glicêmico
inadequado e tabagismo.
Quarto Passo:
- ESTRATIFICAR RISCO E DEFINIR SEGUIMENTO!
PREDOMINANTEMENTE RESTRITIVAS
RESTRITIVAS
Imagem: anatomiadocorpo.com
Imagem: br.pinterest.com
Medidas Importantes...
TSH (0,5 – 5,0)
Fisiologia:
Exame MAIS SENSÍVEL
- FOLÍCULO TIREOIDIANO:
Sempre varia inversamente nos distúrbios primários
unidade morfofuncional da
Sentinela de distúrbios clínicos (se altera antes dos
tireoide.
sintomas)
- A célula folicular é quem produz
TOPOGRAFA o distúrbio: primário/secundário
o hormônio tireoidiano!
É o PRIMEIRO QUE SE ALTERA!
Imagem: atin.icb.usp.br
T4 LIVRE (0,7 – 1,8)
HORMÔNIO = TIREOGLOBULINA (produzido pela célula folicular) + Informa se é HIPO ou HIPER
IODO (advém da dieta). A fração LIVRE corresponde a atividade biológica (T4 total é
TIREOPEROXIDASE (TPO) = enzima que junta a tireoglobulina ao influenciado por alterações sistêmicas
iodo que vem da dieta. Por que eu doso principalmente o T4 e não o T3?
O HORMÔNIO FICA ARMAZENADO! A TIREOIDE TEM ESSA - O T4 É ALTERADO PRIMEIRO QUE O T3! É mais sensível!
PECULIARIDADE! - Na tireotoxicose por T3 é importante dosar o T3!
O hormônio que você usa hoje é aquele que foi produzido há 2-3 semanas atrás! É por
isso que o tratamento com anti-TPO leva 2-3 semanas para fazer efeito = é por causa E por que doso o T4 LIVRE?
desse hormônio que fica armazenado! - Porque a FRAÇÃO LIGADA A TBG SOFRE INFLUÊNCIA DE VÁRIOS
OUTROS FATORES, como síndrome nefrótica, hiperandrogenismo etc.
TIREOIDE
O eixo endócrino CORRIGE A FRAÇÃO LIVRE!
Questão de prova...
T4 (20x) T3 T4 total diminuído, com T4 livre e TSH normais = alteração na TBG!
Desiodase III Desiodase I e II Exemplos: SÍNDROME NEFRÓTICA e HIPERANDROGENISMO.
37
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
Avaliação Laboratorial: DOENÇA DE GRAVES
Hipertireoidismo primário: ↑T4L e ↓TSH Doença autoimune com síntese e secreção excessivas de hormônio
Hipertireoidismo secundário: ↑TSH e ↑T4L tireoidiano
3 PRINCIPAIS CAUSAS DE DESCARGA ADRENÉRGICA EM PROVA: BÓCIO MIXEDEMA LID LAG EXOFTALMIA
TIREOTOXICOSE, FEOCROMOCITOMA E HIPOGLICEMIA!
Etiologia:
E o HIPERTIREOIDISMO APÁTICO?
COM HIPERTIREOIDISMO
Em geral, nos jovens predominam os
- Doença de Graves
sintomas neurológicos e subjetivos;
- Bócio Multinodular Tóxico. Tireoide cheia de nódulos funcionantes.
enquanto nos idosos os cardiovasculares e
- Adenoma Tóxico (Plummer). Tireoide com um nódulo funcionante.
miopáticos. O termo “hipertireoidismo
- Tumor hipofisário produtor de TSH (hipertireoidismo secundário)
Obs: se tem “tóxico” no nome = hipertireoidismo PRIMÁRIO!
apático” define justamente esse padrão de
tireotoxicose em alguns idosos, quando
SEM HIPERTIREOIDISMO PREVALECEM CENÁRIOS COMO FA, IC,
- Tireoidite subaguda SINTOMAS DO TIPO ASTENIA E FRAQUEZA
- Tireotoxicose factícia/exógena (uso de hormônio). As provas geralmente MUSCULAR OU DEPRESSÃO GRAVE.
utilizam um paciente que está usando hormônio tireoidiano para FÓRMULA DE
EMAGRECIMENTO. Diagnóstico:
- CLÍNICA (oftalmopatia, dermatopatia, acropatia) + TSH↓ + T4L E T3↑
Como diferenciar as principais causas de prova? RAIU (NORMAL: 5-30%) - Na dúvida:
COM hipertireoidismo SEM hipertireoidismo AUTOANTICORPOS: TRAB
(Doença de Graves) (Tireoidite) USG: BÓCIO DIFUSO
CINTILO = IMAGEM CINTILO = IMAGEM RAIU-24H: CAPTAÇÃO > 35%
RAIU = CAPTAÇÃO DE IODO 24H RAIU = CAPTAÇÃO DE IODO 24H CINTILOGRAFIA: HIPERCAPTAÇÃO DIFUSA
OBS: dosar T3 nos casos de hipertireoidismo, visto que em 5% dos casos ocorre
RAIU = 35-95% RAIU < 5%
aumento somente de T3
CINTILOGRAFIA = CAPTAÇÃO CINTILOGRAFIA = SEM
DIFUSA CAPTAÇÃO NA TIREOIDE
LARINGEO SUPERIOR
- Mais comum
HIPOPARATIREOIDISMO - Geralmente TRANSITÓRIA
- Evolui com HIPOCALCEMIA = tetania,
Chvostek, Trosseau docplayer.com.br
Tratamento:
- TRATAR A CAUSA BASE!
Síndrome do Eutireoideo Doente
Tireoidites
RELEMBRANDO ALGUNS CONCEITOS...
Definições:
A TIREOIDITE PASSA POR FASES!
Quem promove a (Inflamação > tireotoxicose >
CONVERSÃO de T3 em hipotireoidismo > eutireoidismo)
T4 são as DESIODASES! - Se subaguda = “evolui fase por
DESIODASE TIPO fase” e abre o quadro com
1: T4 em T3 nos tecidos tireotoxicose!
periféricos - Se crônica = “vai da inflamação
DESIODASE TIPO para o hipotireoidismo” e abre o quadro com hipotireoidismo!
2: T4 em T3 no sistema
Classificação:
nervoso central Imagem: pt.slideshare.net
Subaguda
DESIODASE TIPO Granulomatosa Subaguda (de Quervain)
3: T4 em T3 REVERSO
- Aumento 2-3x MUITO DOLOROSO da glândula (BÓCIO)
(forma INATIVA do T3)
- Faz diagnóstico diferencial com HIPERTIREOIDISMO
no SNC e placenta - Febre, mal-estar, tipicamente em MULHERES 20-40 ANOS
- Patogênese desconhecida. Geralmente PÓS-VIRAL (1-3 semanas)
Imagem: adaptado de
- ↑VHS/PCR
SILVERTHORN, D.
- Tratamento: AINE > CORTICOIDE (se refratário). BETABLOQUEADOR
Fisiologia Humana:
Uma Abordagem na fase de tireotoxicose. NÃO É PARA FAZER DROGA ANTIREOIDIANA!
Integrada, 7ª Edição, Aguda
Artmed, 2017. Bacteriana (70% dos casos): RARA
Induzida por drogas: AMIODARONA/LÍTIO/INTERFERON ALFA
Conceitos: (*) Amiodoarona = pode causar tireoidite, Jod-Basedow, Wolff-Chaikoff
- DOENÇA SISTÊMICA ↑↑CITOCINAS ALTERAÇÃO TIREOIDIANA
Crônica
Nessa síndrome, o paciente NÃO TEM PROBLEMA NA TIREOIDE, que é
completamente NORMAL! É uma DOENÇA CLÍNICA SISTÊMICA que provoca as
Doença de Hashimoto (Linfocítica Crônica)
alterações laboratoriais por conta de um ESTADO INFLAMATÓRIO SISTÊMICO, - Principal causa de hipotireoidismo no Brasil. Pico: mulher 40-60 anos
com ELEVAÇÃO DE CITOCINAS E CORTISOL e consequente CATABOLISMO! - DOENÇA AUTOIMUNE (Anti-TPO positivo em 95-100% dos casos!)
dano direto (linfócitos T) + autoanticorpos (linfócitos B)
Laboratório:
- Clínica típica: abrir o quadro com HIPOTIREOIDISMO + BÓCIO
- TODOS OS CASOS: ↓T3, ↑T3R (maioria/80% dos casos)
Os hormônios tireoidianos também são CATABÓLICOS! O organismo, em um TIREOTOXICOSE (HASHITIRETOXICOSE): pode abrir o
contexto de inflamação, entende que, como o catabolismo já é intenso, não quando também, mas é muito menos comum (5% dos casos)
precisa mais produzir hormônios tireoidianos, certo? Para manter uma Pode ocorrer ELEVAÇÃO DE PROLACTINA (hipogonadismo,
homeostase! Então, para não piorar esse catabolismo, o organismo: galactorreia, amenorreia) e DISLIPIDEMIA associados
- INIBE DESIODASE TIPO 1 (para que não haja conversão de T4 em T3) Pode evoluir com MIXEDEMA em casos mais extremos
- ATIVA A DESIODAS TIPO 3 (aumentando a conversão de T4 em T3R, que é a RISCO DE LINFOMA DE TIREOIDE (tumor linfocítico
forma inativa). Consequências: ↑↑T3R e ↓↓T3 crônico...). CA + Hashimoto = linfoma!
Isso é o básico... É o que ocorre na PERIFERIA por conta da inibição da desiodase PAAF: se for feita por algum motivo (não é recomendado na
tipo 1! A alteração só ocorre no fim da cascata, a nível de tireoide. abordagem diagnóstica) evidencia as CÉLULAS DE
ASKANAZY
SECUNDÁRIO:
- RNM de crânio SELA TÚRCICA
Tratamento:
- LEVOTIROXINA 1,6mcg/kg/dia 1x ao dia, em jejum, pela manhã
CUIDADO COM CORONARIOPATAS E IDOSOS! Começar com É o que mais costuma cair em prova!
Insuficiência Adrenal
Definições:
Imagem: edisciplinas.usp.br
Hormônios do CÓRTEX liberados de maneira deficiente.
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Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
Diagnóstico: Síndrome de Cushing
- PASSO 1: documentar HIPOCORTISOLISMO com ↓cortisol basal (8-9h) Definição:
- PASSO 2: dosar ACTH (alto: primária | normal ou baixo: secundária) - ↑CORTISOL!
Ação permissiva às catecolaminas, regulação do sistema imune,
Tratamento:
gliconeogênese (↑glicose)
- AGUDA: GLICOCORTICOIDE (HIDROCORTISONA IV)
Clínica e Laboratório:
Para as crises agudas de insuficiência adrenal, priorizar a hidrocortisona IV em
- OBESIDADE CENTRAL/VISCERAL, GIBOSIDADE, FACE “LUA CHEIA”: é
altas doses, exerce efeito glicocorticoide e mineralocorticoide.
tanta quebra de gordura que ocorre uma redistribuição mais central desses lipídeos.
- PRIMÁRIA: GLICOCORTICOIDE (PREDNISONA VO, HIDROCORTISONA
- HIPERGLICEMIA: por catabolismo
VO) + MINERALOCORTICOIDE (FLUDROCORTISONA)
- HIRSUTISMO: aparecimento de pêlo em áreas desprovidas de pilificação.
- SECUNDÁRIA: somente GLICOCORTICOIDE
- ESTRIAS VIOLÁCEAS: > 1cm, espessas, grossas e principalmente em abdome
- A REPOSIÇÃO ANDROGÊNICA é opcional. No homem não precisa e na mulher
- OSTEOPENIA/OSTEOPOROSE: o excesso de cortisol inibe células que
é mais uma questão estética.
promovem a reabsorção óssea
Como “desmamar” o corticoide?
- FRAGILIDADE CAPILAR
- Até 2-3 semanas: pode suspender abruptamente INDEPENDENTE DA DOSE!
- OUTROS: HIPOGONADISMO, OSTEOPOROSE, LABILIDADE
Dose de prednisona em uso Redução da dose a cada 2 semanas EMOCIONAL, PSICOSE, ACNE, HIRSUTISMO, FRAQUEZA PROXIMAL,
> 40mg 10mg
etc
20-40mg 5mg
- HIPERTENSÃO + HIPOCALEMIA (EFEITO MINERALOCORTICOIDE): os
10-20mg 2,5mg
glicocorticoides são parecidos em sua estrutura com os mineralocorticoides. Quando
5-10mg 1mg
em excesso, os efeitos produzidos no rim são semelhantes ao da aldosterona: é o
5mg Suspender
efeito mineralocorticoide do excesso de cortisol. Muito sódio é reabsorvido
Esse não é um esquema universal, mas fica como sugestão!
(hipertensão) em troca de potássio (hipocalemia).
- HIPERPIGMENTAÇÃO: se aumento de ACTH
Diagnóstico
- AUMENTO DE 17-OH PROGESTERONA
- REDUÇÃO DE CORTISOL
- AUMENTO DA ATIVIDADE DA RENINA PLASMÁTICA
- HIPERCALEMIA, HIPONATREMIA, ACIDOSE METABOLICA,
Consequências
INSUFICIÊNCIA ADRENAL AUMENTO DE UREIA.
PERDA DE SAL Tratamento:
HIPERANDROGENISMO
- Insuficiência adrenal: repor GLICOCORTICOIDE (hidrocortisona,
HIPERPLASIA ADRENAL
prednisona).
Quadro Clínico:
Glicocorticoide ↓ACTH ↓estímulo para hiperplasia e
- A apresentação vai depender da enzima que se encontra deficiente!
síntese de andrógenos
Destaque para a DEFICIÊNCIA DE 21-HIDROXILASE, que é a mais
importante. Nela, encontramos as seguintes formas de apresentação: - Hipoaldosteronismo: repor MINERALOCORTICOIDE
(fludrocortisona). Se RN desidratado: infundir CRISTALOIDE.
DEFICIÊNCIA GRAVE DA 21-HIDROXILASE:
- Virilização: clitoroplastia e vulvoplastia são opções.
CORTISOL FORMA CLÁSSICA
ALDOSTERONA
Feocromocitoma
DESIDRATAÇÃO, VÔMITOS, PERDA DE PESO Conceitos:
2ª SEMANA DE VIDA - NEOPLASIA/TUMOR DE CÉLULAS CROMOAFINS (medula adrenal e
VIRILIZAÇÃO GENITÁLIA AMBÍGUA (XX) paragangliomas) PRODUTOR DE CATECOLAMINAS
PNMT
NORADRENALINA (10%) ADRENALINA (90%)
Diagnóstico Diferencial com ESTENOSE HIPERTRÓFICA DE PILORO
Estenose hipertrófica = ALCALOSE + HIPOCALEMIA
Hiperplasia adrenal = ACIDOSE + HIPERCALEMIA
Tumor pequeno: secreção prioritária de adrenalina
Tumor grande: secreção prioritária de noradrenalina
Se extra-adrenal: secreção somente de NORADRENALINA,
DEFICIÊNCIA “LEVE” DA 21-HIDROXILASE: pela ausência da enzima PNMT (feniletanolamina N-
metiltransferase), que converte noradrenalina em
CORTISOL FORMA NÃO CLÁSSICA (TARDIA) adrenalina.
ALDOSTERONA
- RARA, distribuição igual entre homens e mulheres, IDADE ENTRE 30-
DIAGNÓSTICO TARDIO 50 ANOS
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM SOP - 90% DAS VEZES: BENIGNO, UNILATERAL E NA SUPRARRENAL
Aprofundando...
Forma Clássica Perdedora de Sal
- Corresponde a 75% dos casos. História típica A PARTIR DA SEGUNDA SEMANA
DE VIDA com desidratação, vômitos, perda ponderal, anorexia, distúrbios do
ritmo cardíaco, cianose e dispneia. Sem tratamento, a criança costuma evoluir
para óbito. Costuma ser confundida com estenose pilórica.
Diagnóstico:
- (1) SUSPEITA CLÍNICA:
Paroxismos adrenérgicos
HAS resistente em jovem
História familiar positiva
Miocardiopatia dilatada
Hipertensão em cirurgias PTH
Tratamento: ↑ CÁLCIO
PRÉ-OPERATÓRIO
- Estimular ingesta de sal
- Primeiro: bloqueio alfa (+/- 14 dias) - Osso = RISCO EM FOSFATO DE CÁLCIO
Alfabloqueadores: fenoxibenzapina, prazosina, dexazosina
- Depois, se necessário (taquicardia): bloqueio beta - Principal fonte de cálcio: ALIMENTO
(bloqueio “alfabético” primeiro alfa, depois beta) Cálcio vem da alimentação é absorvido no intestino com ajuda da vitamina
D (ativada pelo rim) depositado no osso.
CIRURGIA
- PTH: TIRA O CÁLCIO DO OSSO E COLOCA NO SANGUE.
- ADRENALECTOMIA laparoscópica unilateral
- Anti-hipertensivos AS CAUSAS DE HIPERPARATIREOIDISMO...
PÓS-OPERATÓRIO PRIMÁRIO Adenoma Solitário (85%) ↑PTH | ↑Cálcio
- Se hipertensão, são possibilidades:
Catecolaminas circulantes (1-3 semanas no pós-operatório)
SECUNDÁRIO Doença Renal Crônica ↑PTH | ↓Cálcio
Tumor residual Hipovitaminose D
Dano renal
- Se hipotensão: pensar em hipovolemia Hiperparatireoidismo Primário
- Follow-up anual (não há consenso) Causas:
- PRINCIPAL: ADENOMA SOLITÁRIO (80-85% dos casos)
Regra dos 10
A paratireoide que tem o adenoma não fica atrofiada, pois está trabalhando, mas as
- EM 10% DOS CASOS PODEM SER outras atrofiam, poiso adenoma está fazendo todo o serviço...
BILATERAIS - HIPERPLASIA
EXTRA-ADRENAIS [em 10% são no tórax] - CARCINOMA CONSEQUÊNCIAS DO ↑PTH:
EM PACIENTES JOVENS (< 20 anos) ↑Reabsorção óssea
Laboratório: ↑Reabsorção renal de cálcio
MALIGNOS
- ↑PTH Ativa 1-α-hidroxilase
SEM HAS ASSOCIADA
- ↑CÁLCIO ↑Excreção de Fósforo
COM POSSIBILIDADE DE RECIDIVA
- ↓FÓSFORO
INCIDENTALOMAS
O: osso: osteoporose ou fratura prévia PAMIDRONATO: bastante comum no nosso meio, utilizado na
dose de 30-90mg IV, em 2 horas. O efeito da droga permanece em
Se houver indicação cirúrgica... média por 15 dias e a dose não deve ser repetida durante, pelo
Tem que descobrir qual a paratireoide que está causando o problema! menos, 7 dias.
FAZER ULTRASSOM + TC COM SESTAMIBI [padrão-ouro] (*) A necrose avascular da mandíbula foi descrita como efeito adverso do uso
crônico de bifosfonatos, principalmente intravenosos, sendo o zoledronato o
Se não houver indicação cirúrgica... mais associado. O risco parece maior em pacientes com higiene oral precária e
Não precisa descobrir! com próteses mal adaptadas.
FAZER ACOMPANHAMENTO!
- DENOSUMABE: anticorpo monoclonal que se liga ao receptor ativador do
Complicação pós-cirúrgica de um adenoma solitário: fator-kB (RANKL) dos osteoclastos, inibindo a reabsorção óssea. É o agente
- HIPOCALCEMIA antirreabsortivo mais potente disponível. Já era utilizado no tratamento da
- LESÃO DE NERVO LARÍNGEO + ROUQUIDÃO É UMA POSSIBILIDADE osteoporose e recentemente foi aprovado para o tratamento da hipercalcemia.
Quando eu tiro a paratireoide que tem o adenoma, as outras 3 paratireoides A dose é de 120mg SC, podendo ser repetida.
remanescentes estão ainda meio “capengas”! Ficam meio lentas para secretar o PTH
EXERCE EFEITO MAIS IMEDIATO, PORÉM RÁPIDO
nos próximos 3-5 dias!
AS 3 GRANDES CAUSAS DE HIPERCALCEMIA... - GLICOCORTICOIDES: úteis apenas nos casos de MALIGNIDADES (efeito
antitumoral no mieloma, leucemia e doença de Hodgkin) e DOENÇAS QUE
CURSAM COM AUMENTO DE VITAMINA D (intoxicação exógena, doenças
HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO PTH ALTO
granulomatosas, linfoma). Atuam aumentando a excreção renal de cálcio e
Mais jovem, ambulatorial, melhor estado geral reduzindo sua absorção intestinal. A droga padrão é a PREDNISONA, 40-
100mg/dia, em 4 doses.
NEOPLASIA (METÁSTASE, PTH-RP OU SÍMILE) PTH BAIXO +
(4) AVALIAR REFRATARIEDADE
“OSSO DOENTE”
Idoso, internado, pior estado geral - HEMODIÁLISE: último recurso, sobretudo naqueles em que a hidratação
Mecanismos: (1) HIPERCALCEMIA HUMORAL (PTH-RP); (2) vigorosa não é possível.
METÁSTASE (hipercalcemia osteolítica local); (3) SÍNTESE DE
- FOSFATO VENOSO: nos casos em que não é possível a hemodiálise, é a
VITAMINA D ATIVA (calcitriol) por células cancerígenas,
última da última alternativa. Risco altíssimo de hipocalcemia.
principalmente doenças linfoproliferativas.
O PTH símile faz todo o serviço do PTH... Então, com muito cálcio no sangue, a
paratireoide interpreta que não precisa mais secretar PTH. Fica baixo... Esse é o
mecanismo mais cobrado em prova!
Raquitismo e Osteomalácia
Definição:
Relembrando conceitos... - Distúrbio focal do metabolismo ósseo
que cursa com ↑REMODELAMENTO DO
PTH - Estimula reabsorção óssea
- Ativa vitamina D OSSO.
- Reabsorve cálcio
Vitamina D - Estimula absorção intestinal de cálcio e fósforo Epidemiologia:
Cálcio e Fósforo - Matéria-prima para formação óssea**
- Principalmente HOMENS > 55 anos
Fisiopatologia:
- ↑Atividade de osteoclastos atividade de osteoblastos
(**) O TURN-OVER ÓSSEO PASSA POR 4 ETAPAS:
REABSORÇÃO (osteoblasto)
remodolamento ósseo desorganizado CRESCIMENTO ÓSSEO
FORMAÇÃO DA MATRIZ (osteoclasto) EXCESSIVO.
MINERALIZAÇÃO (osteoclasto) Localizado: MONOSTÓTICA | Difuso: POLIOSTÓTICA
DIFERENCIAÇÃO dos osteoblastos em osteócitos Por que isso acontece? POUCO SE SABE, mas suspeita-se que exista papel
de fatores GENÉTICOS e AMBIENTAIS (principalmente infecção VIRAL).
Conceitos Iniciais:
Clínica:
- Distúrbios da MINERALIZAÇÃO ÓSSEA
- Maioria ASSINTOMÁTICOS
Etiologia: - Dor, DEFORMIDADES, FRATURA, ARTROSE, COMPRESSÃO
- DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO (VITAMINA D), FÓSFORO OU FOSFATASE NERVOSA (PERDA AUDITIVA...)
ALCALINA (HIPOFOSFATASIA) - É causa de IC DE ALTO DÉBITO (por aumento da demanda óssea)
- Essa deficiência pode ser ADQUIRIDA (baixa ingesta, síndrome disabsortiva,
Laboratório:
etc) ou CONGÊNITA
- CÁLCIO E FÓSFORO NORMAIS + ↑FOSFATASE ALCALINA
Consequências Clínicas: Diagnóstico:
- FRATURAS POR FRAGILIDADE - CLÍNICO-LABORATORIAL + IMAGEM
- DORES DIFUSAS (RX/cintilografia)
- FRAQUEZA MUSCULAR
No RX de lombar, encontramos:
- SÍNDROME DE IMOBILIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Espessamento da cortical superior e
inferior aspecto de “MOLDURA”
OSTEOMALÁCIA Desmineralização do osso CORTICAL E TRABECULAR
Desmineralização da PLACA EPIFISÁRIA, que gera como Tratamento:
consequências: - SE SINTOMAS OU DOENÇA ATIVA (imagem positiva, aumento de FA)
Primeira opção: ÁCIDO ZOLEDRÔNICO 5mg IV
- ATRASO DO CRESCIMENTO (baixa estatura)
Segunda opção: CALCITONINA
RAQUITISMO - ATRASO NO FECHAMENTO DAS FONTANELAS
- DEFORMIDADE NOS OSSOS LONGOS
Aprende aí...
- DEFORMIDADES DA COLUNA (ROSÁRIO
CÁLCIO FOSFATO
RAQUÍTICO)
HIPERPARA Alto Baixo
- COMPROMETIMENTO DA DENTIÇÃO
HIPOPARA Baixo Alto
OSSO EM TAÇA
INTOX. VIT. D Alto Alto
DEF. VIT. D Baixo Baixo
Distúrbios do Fosfato
HIPO (< 2,5) HIPER (> 4,5)
Diagnóstico:
- LABORATÓRIO/BIOQUÍMICA +
- IMAGEM (RNM SELA TÚRCICA)
Tratamento:
- REPOSIÇÃO HORMONAL. Alguns detalhes:
GH: reposição é controversa em adultos. A clínica é muito inespecífica e a
reposição não é isenta de riscos, como neoplasia (por estímulo celular)
Hipotireoidismo central: avaliar insuficiência adrenal antes de repor
levotiroxina. Com a levotiroxina você aumenta o consumo de cortisol e piora
ou desencadeia os sintomas. Primeiro repõe glicocorticoide e depois a
levotiroxina!
Hiperprolactinemia
Etiologia:
- Principal: FARMACOLÓGICA
- Segunda: PROLACTINOMA
HIPOTÁLAMO ADENO-HIPÓFISE Fisiológicas: gravidez, lactação, estresse
GHRH GH Drogas: ANTI-PSICÓTICOS, ANTIDEPRESSIVOS,
GnRH FSH/LH METOCLOPRAMIDA, ANTAGONISTAS H2
Patológicas: ADENOMA HIPOFISÁRIO (PROLACTINOMA),
TRH TSH
ACNF (adenoma hipofisário clinicamente não funcionante),
CRH ACTH
HIPOTIREOIDISMO*
DOPAMINA (-) PROLACTINA
NEURO-HIPÓFISE ADH/OCITOCINA (*) TRH EM NÍVEIS MUITO ELEVADOS PODEM ESTIMULAR A
PRODUÇÃO DE PROLACTINA!
Hipopituitarismo
Etiologia: ARMADILHAS!
- Principal: ADENOMA HIPOFISÁRIO
- Outras: doenças infiltrativas, síndrome de Sheehan (necrose hipofisária EFEITO HASTE COMPRESSÃO DA HASTE HIPOFISÁRIA PELO
pós-parto), apoplexia hipofisária, etc. TUMOR (inclusive ACNF), não deixando que a dopamina passe do hipotálamo
- Causas hipotalâmicas: mais raro, mas atenção ao detalhe haverá até a hipófise, que fica liberada para produzir a prolactina.
hipopituitarismo completo, mas com HIPERPROLACTINEMIA, visto que a
dopamina deixa de ser produzida para inibir a prolactina. MACROPROLACTINEMIA PRL + IGG. PACIENTE NÃO TEM CLÍNICA!
A macroprolactina é a prolactina ligada a uma IGG (formando uma
macromolécula). O método laboratorial não diferencia da PRL normal. É como
Inibe
DOPAMINA PROLACTINA se fosse um falso positivo. Nesses casos, fazemos um preparo do soro com
POLIETILENOGLICOL, que separa as moléculas e identifica a PRL biologicamente
HIPERPROLACTINEMIA! ativa.
Acromegalia
Definição:
- Adenoma hipofisário produtor de GH
Clínica:
Imagem: lecturio.com
As consequências são...
- Crianças = GIGANTISMO NEM 1
- Adultos = AUMENTO DE EXTREMIDADES, ALTERAÇÕES
CRANIOFACIAIS, ARTRALGIA, HVE, tendência a DIABETES, APNEIA DO - Gene MEN1 (supressor tumoral)
SONO - HIPERPARATIREOIDISMO (95-100%)
Acomete pacientes mais jovens (diferente do esporádico)
Riscos: Etiologia: hiperplasia (principal) > adenoma (principal no
- EVENTOS CARDIOVASCULARES esporádico)
- CA COLORRETAL - TUMORES ENTEROPANCREÁTICOS (75-80%)
- NÓDULOS DE TIREOIDE Gastrinoma (40%), não funcionantes (20%), insulinoma
(10%)
Diagnóstico: Geralmente MULTIFOCAIS com maior potencial de
- Rastreio: DOSAGEM DE GH e IGF-1 malignização
Tratamento: NEM 2
- CIRURGIA TRANSESFENOIDAL - Mutação no PROTO-ONCOGENE RET
- Não curou ou não pode: ANÁLOGOS DA SOMATOSTATINA - NEM 2A é mais comum = 95% dos casos de NEM 2
- Terceira linha: RADIOTERAPIA OU PEGVISOMANT (antagonista do - CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE (> 95%)
receptor periférico do GH) Costuma ser MULTICÊNTRICO
- FEOCROMOCITOMA (40-60%)
Benigno e pode ser BILATERAL
1. Instabilidade Hemodinâmica/Choque
Conceitos Iniciais:
BAIXA PERFUSÃO TECIDUAL!
Choque não é sinônimo de hipotensão! Exemplo: paciente cirrótico, que é
naturalmente vasodilatado, pode ter uma PA de 80x60 sem estar chocado. O
organismo se habituou a trabalhar com essa pressão! Exemplo oposto: paciente
hipertenso crônico mal tratado com PAs de 230. Se baixar a PA desse paciente para
110, ele choca! Mesmo com uma PA normal... O organismo não está adaptado a esse
nível de PA. Por isso o conceito é baixa perfusão tecidual!
ÁTRIO DIREITO = VOLEMIA
PERFUSÃO = DÉB. CARDÍACO (DC) x RESIST. VASCULAR PERIFÉRICA (RVP) (PVC: 5MMHG)
DC = VOLUME SISTÓLICO (VS) + FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) Na hora que passar o cateter, a primeira estrutura que temos de importância é o AD.
RVP = ARTERÍOLAS E é justamente o AD que recebe todo o volume do retorno venoso. Então, esse AD
Para entender o estado de hipoperfusão, existe essa fórmula. A pressão de perfusão é nos dá informações sobre a volemia do paciente! A pressão que vamos identificar no
dependente do DC e da RVP. O DC depende do volume de sangue e da bomba (coração) AD é chamada de PVC (pressão venosa central), cujo valor fisiológico fica em torno
íntegra. A RVP depende das arteríolas, que contraem ou dilatam para definir para onde de 5mmHg. Está longe de ser um parâmetro perfeito, pois pode ser influenciada por
o sangue vai. Então, toda vez que o DC cair, a insuficiência cardíaca, por exemplo, mas vamos guardar para a prova que ela é um
O QUE PODE GERAR O CHOQUE?
RVS aumenta para compensar, e vice-versa. importante parâmetro de volemia!
- “OBSTRUÇÃO NO CAMINHO”
Classificação: - “CORAÇÃO NÃO FUNCIONA”
ARTÉRIA PULMONAR = PRESSÃO NA ARTÉRIA PULMONAR
- “NÃO TEM SANGUE”
O grande e primeiro divisor de águas é o
- “NÃO DISTRIBUI BEM” (PAP: 20MMHG)
débito cardíaco!
Quando continuamos com o cateter e passamos pelo AD, VD, chegamos na A.
HIPODINÂMICO (↓DC E ↑RVP) pulmonar. A informação = aqui é simples: é a pressão na própria artéria pulmonar. É
uma pressão que fica em torno de 20mmHg.
- HIPOVOLÊMICO: hemorragia, diarreia, desidratação...
- CARDIOGÊNICO: IAM, miocardite, endocardite, valvulopatia... ÁTRIO ESQUERDO = CONGESTÃO PULMONAR
- OBSTRUTIVO: TEP, tamponamento, pneumotórax hipertensivo... (PCAP OU POAP: 12MMHG)
E não acaba na artéria pulmonar... Na ponta desse cateter existe um balonete. Com
Ou é falta de volume (choque hipovolêmico) ou é falta de bomba (choque
uma seringa, conseguimos insuflá-lo. Depois de insuflado, vamos caminhando com
cardiogênico)! É só olhar para a fórmula! Mas existem situações de exclusão: bomba e
o cateter e esse balonete insuflado. E não vai chegar uma hora que esse balonete
volume normais, mas há obstrução. Alguém de fora da fórmula não deixa o coração
pode bater e entupir algum vaso? Vai... E é justamente esse o objetivo! Mas isso
jogar esse sangue para frente, que é o caso do choque obstrutivo.
acontece em um ramo bem distal, bem pequeno do leito pulmonar e não vai
acontecer nada grave... Quando isso acontece, existe um transdutor nesse balonete
HIPERDINÂMICO (↑DC E ↓RVP)
que detecta o sangue que bate nele de forma retrógrada. E de onde vem esse
- DISTRIBUTIVO: sepse, anafilaxia, choque neurogênico, insuficiência adrenal... sangue? Do átrio esquerdo! Então, nesse momento nós temos uma noção da pressão
No choque hiperdinâmico, as arteríolas estão extremamente vasodilatadas e não no AE e também da congestão pulmonar. Como é pressão no capilar, guardamos
conseguem distribuir o fluxo sanguíneo. É o chamado choque distributivo. O grande como PCap, ou então, como PoAP (pressão de oclusão da artéria pulmonar). O valor
exemplo que temos é a sepse. que guardamos é 12mmHg.
2. Sepse
Definições:
- Resposta imune inadequada à INFECÇÃO que leva à DISFUNÇÃO ORGÂNICA PERCEBA QUE É O Q-SOFA + 1-4: “atenção”
(produtos bacterianos mediadores inflamatórios [TNF-alfa, IL-1, IL-6]
SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO 5-6: “código vermelho”
inflamação + vasodilatação + trombose + disfunção celular disfunção de órgão)
TEMPERATURA > 7: “emergência”
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Imagem: tolife.com.br
Como saber se há disfunção?
(1) Escore SOFA (> 2 critérios)
Associar VASOPRESSINA se estiver precisando de doses > 2 OU MAIS DOS CRITÉRIOS SEGUINTES, SENDO OS (**) OBRIGATÓRIOS:
MEDICINA INTENSIVA PEDIÁTRICA, NEUROLOGIA, NEUROLOGIA - Com sinal focal: HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA
PEDIÁTRICA, NEUROCIRURGIA ou MEDICINA DE EMERGÊNCIA. Se não - Sem sinal focal: HEMORRAGIA SUBARACNOIDE
tiver nenhum deles, pode ser feita por um MÉDICO CAPACITADO (mínimo de - Com ou sem sinal focal: TROMBOSE VENOSA CENTRAL (aqui a cefaleia
1 ano de experiência no atendimento de pacientes em coma e que tenham também pode ser progressiva/arrastada)
acompanhado ou realizado pelo menos 10 protocolos de ME. Clínica:
-- Na repetição do exame clínico por outro médico, a mesma técnica deve ser utilizada, - CEFALEIA, NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, PAPILEDEMA, ESTRABISMO
mas NÃO PRECISA REPETIR O TESTE DE APNEIA caso já tenha sido positivo no primeiro
CONVERGENTE (PARALISIA VI PAR)
exame.
- VÔMITOS (podem ser em JATO)
-- O INTERVALO MÍNIMO de tempo entre os exames depende da idade:
- TRÍADE DE CUSHING: HIPERTENSÃO + BRADICARDIA + ARRITMIA
7 dias a 2 meses incompletos: 24 horas
RESPIRATÓRIA
2 meses a 2 anos incompletos: 12 horas
- SINTOMAS FOCAIS: se EFEITO DE MASSA ou HERNIAÇÃO CEREBRAL
Acima de 2 anos: 1 hora
Tratamento:
2) TESTE DA APNEIA POSITIVO.
- OBJETIVO: PPC 60-70 MMHG através de diminuição da PIC (< 20
-- Deve ser feito uma ÚNICA vez. Deve comprovar A AUSÊNCIA DE
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS NA PRESENÇA DE PACO2 > 55. Etapas: (1) MMHG) e de um LEVE AUMENTO NA PAM
Ventilar com FiO2 de 100% por no mínimo 10 minutos para atingir PaO2 > 200 e PaCO2 - PRIMEIRA MEDIDA: monitorização da PIC e da PAM
entre 35-45; (2) Coleta gasometria; (3) Desconecta do ventilador e coloca fluxo - MEDIDAS TERAPÊUTICAS:
contínuo de O2 por cateter/tubo T/CPAP; (4) Observa por 10 minutos para ver se tem DRENAGEM DO LCR por ventriculostomia (DVE /DVP);
movimento respiratório; (5) Coleta nova gasometria; (6) Reconecta no ventilador. O
teste é positivo quando a PaCO2 final é > 55, sem movimentos respiratórios durante o CABECEIRA ELEVADA (30º a 45º);
teste. Se durante o teste houver hipotensão, hipoxemia significativa ou arritmia MANITOL 25–100mg ou solução salina hipertônica de até 4/4 horas,
cardíaca, coletar gasometria independente do tempo e interromper o teste - se a mantendo OSMOLARIDADE SÉRICA < 320 MOSM/L;
PaCO2 final for menor que 56, repetir o teste após estabilidade hemodinâmica. Se
DEXAMETASONA 4mg 6/6h, se tumor ou abscesso associado;
PaCO2 menor que 56, mas sem movimentos respiratórios, o teste é inconclusivo. Se
tiver qualquer movimento respiratório, independente de PaCO2, é NEGATIVO!
SEDAÇÃO, pois a agitação pode aumentar a PIC;
HIPERVENTILAÇÃO TRANSITÓRIA (manter PaCO2 entre 30–35
3) AUSÊNCIA DE PERFUSÃO SANGUÍNEA OU DE ATIVIDADE ELÉTRICA mmHg), pois causa vasoconstrição, diminuindo o volume sanguíneo
OU ATIVIDADE METABÓLICA ENCEFÁLICA. cerebral e a PIC;
-- Os principais exames são angiografia cerebral, EEG, doppler transcraniano, VOLUME E VASOPRESSORES em caso de hipotensão.
cintilografia, SPECT cerebral, etc. Não existe padrão-ouro, mas deve haver bom-senso
- EM CASOS GRAVES E REFRATÁRIOS:
(ex: drogas depressoras do SNC = escolher angiografia; crianças com fontanelas ainda
abertas, encefalopatia hipóxico-isquêmica, após craniotomias descompressivas, como
COMA BARBITÚRICO INDUZIDO (pentobarbital, tiopental);
ainda pode haver fluxo sanguíneo intracraniano = preferir EEG. HIPOTERMIA (estudos clínicos/casos graves e refratários)
HEMICRANIECTOMIA DESCOMPRESSIVA (última alternativa)
Etiologia:
(1) Lesão pulmonar DIRETA: infecção pulmonar, broncoaspiração,
trauma torácico, embolia gordurosa...
(2) Lesão pulmonar INDIRETA: choque, sepse, politrauma, pancreatite
aguda, queimaduras...
PRINCIPAIS CAUSAS: PNEUMONIA; SEPSE DE QUALQUER FOCO;
BRONCOASPIRAÇÃO, TRAUMA; SÍNDROME DE MENDELSON;
HEMOTRANSFUSÃO MACIÇA
Critérios de Berlim:
KLEBSIELLA PNEUMONIAE
Agentes:
- Opções de tratamento: CEFALOSPORINA 3ª/QUINOLONA
TÍPICOS: respondem a beta lactâmicos | coram pelo GRAM RESPIRATÓRIA
ATÍPICOS: NÃO respondem a betalactâmicos | NÃO coram pelo GRAM Imagem: pneumoimagem.com.br
| respondem a macrolídeos e quinolonas respiratórias
CURB-65
NÃO ESQUEÇA! Quando identificar o agente no diagnóstico? C: confusão mental
REFRATÁRIOS
U: ureia > 43 (50 no Brasil) 0 ou 1 AMBULA
PACIENTES INTERNADOS/GRAVES 2 INTERN/INDIVIDUAL
R: FR > 30
Alguns detalhes sobre o diagnóstico e a detecção do agente... >3 INTERNAÇÃO
Escarro: deve ser solicitado para TODOS os pacientes com
B: “baixa PA” (PAS < 90 ou PAD < 60) 4-5: UTI
SE POSSÍVEL MRSA (ex: ATB prévio, usuário de cateter, DRC, endocardite, etc):
Associar VANCO ou LINEZOLIDA Imagens: Herring (2015) | Arquivo Pessoal
SE POSSÍVEL PSEUDOMONAS (ex: F. cística, bronquiectasia, Na primeira imagem, percebemos uma radiografia normal, com seios
imunossuprimidos) costofrênicos livres. Perceba na segunda imagem um derrame pleural de
Trocar betalactâmico: PIPE-TAZO, CEFEPIME, IMIPENEM + pequena monta a esquerda, com apagamento discreto do seio costofrênico.
LEVO ou CIPROFLOXACINO
Análise do Líquido
CRITÉRIOS DE LIGHT – TRANSUDATO OU EXSUDATO?
BASTA 1 CRITÉRIO PARA CONSIDERAR EXSUDATO!
Imagem: pneumoimagem.com.br
Por vezes, o derrame pleural pode ser tão pequeno, que sequer aparece na
incidência PA. Nesses casos, podemos solicitar a incidência em perfil, na qual fica
mais fácil a visualização do velamento do seio costofrênico.
Imagem: vozforums.com
(2) Formação de Trombos: 8: TRÍADE DE AUSTRIAN (ou OSLER): endocardite + meningite + pneumonia =
- PLAQUETAS + FIBRINA. Para iniciar o processo de causadas pelo pneumococo.
endocardite é mandatório que haja algum fluxo
9: na endocardite fúngica as vegetações são maiores e embolizações ocorrem
turbilhonado intracavitário. O sistema hemostático é mais frequentemente. Os mais envolvidos são aspergillus e candida spp.
ativado levando a uma agregação plaquetária local com
depósito de fibrina. É nesse momento que se define a
ETNB.
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
Manifestações Clínicas: Diagnóstico:
MANIFESTAÇÕES CLÁSSICAS Critérios de Duke – ISCVID 2023
- FEBRE (95%), SUDORESE, CALAFRIO, FADIGA, PERDA PONDERAL... Anteriormente, os Critérios de Duke correspondiam a 5 critérios maiores e 5
- SOPRO (85%) = o clássico é o de REGURGITAÇÃO VALVAR critérios menores. O que mudou para a atualização de 2023 foi a separação em
3 categorias: endocardite definida, possível ou descartada.
Obs: endocardite a direita pode não ter sopro! Pensar sempre em S. aureus!
Critérios MAIORES
MANIFESTAÇÕES PERIFÉRICAS Foram subdivididos em 3 categorias: microbiológicos, de imagem e cirúrgicos.
- INESPECÍFICAS: sudorese noturna, anemia de doença crônica,
hematúria, esplenomegalia, etc.
- EMBÓLICAS (VASCULARES): PETÉQUIAS em conjuntiva, palato e
extremidades; HEMORRAGIAS SUBUNGUEAIS que não desaparecem à
digitopressão (Splinter), MANCHAS DE JANEWAY (máculas
hemorrágicas em palmas e plantas dos pés), ANEURISMAS MICÓTICOS
- IMUNOLÓGICAS: GLOMERULONEFRITE, FR+, NÓDULOS DE OSLER,
MANCHAS DE ROTH (hemorragia retiniana de centro empalidecido),
POLIARTRITE OU POLIARTRALGIA, BAQUETEAMENTO DIGITAL, VHS
elevado e fator reumatoide positivo, redução de complemento.
3. Na presença de 1 dos 2 critérios microbiológicos/patológicos + 5 critérios Estafilococos sensíveis à 1. OXACILINA 6-8 sem + GENTAMICINA 2 sem +
menores meticilina em valva RIFAMPCINA 6-8 sem
protética
ENDOCARDITE POSSÍVEL
- Presença de 1 critério maior e 1 menor ou 3 critérios menores. Sugere-
Estafilococos resistentes 1. VANCOMICINA 6-8 sem + GENTAMICINA 2 sem +
se maior investigação.
à meticilina em valva RIFAMPCINA 6-8 sem
protética
ENDOCARDITE DESCARTADA
- O diagnóstico é descartado em qualquer uma das seguintes condições:
Microorganismos 1. CEFTRIAXONE IV 4 sem
1. Outro diagnóstico com certeza explica os sinais e sintomas.
HACEK 2. AMPI-SULBACTAM IV 4 sem
2. Na ausência de recorrência apesar da antibioticoterapia por menos de 4
dias.
Coxiella burnetil 1. DOXICICLINA VO + HIDROXICLOROQUINA VO 18
3. Na ausência de identificações macroscópicas cirúrgicas (ou na autópsia), meses (nativa) ou 24 meses (protética)
com antibioticoterapia por menos de 4 dias.
Bartonella spp 1. DOXICICLINA 6 sem + GENTAMICINA 2 sem
4. Paciente não se enquadra nos critérios de doença definida ou possível.
Tratamento: (existe muita divergência em literatura) UM ALGO A MAIS... Detalhes que podem cair:
PERCEBA QUE NA EI SUBAGUDA, O TRATAMENTO COM ATB PODE SER Tratamento Cirúrgico
POSTERGADO ATÉ O RESULTADO DE CULTURAS (!!!) Quando?
ICC NYHA III/IV COM DISFUNÇÃO MITRAL/AÓRTICA (principal causa de
UM ALGO A MAIS... Tratamento Guiado por Cultura (Harrison 21ª): morte)
Endocardite em PRÓTESE INSTÁVEL
S. viridans sensíveis à penicilina 1. PENICILINA G IV 4 sem Endocardite FÚNGICA
S. gallolyticus (S. bovis) 2. CEFTRIAXONE IV 4 sem Endocardite por ENTEROCOCO RESISTENTE A VANCO
Outros streptococos com MIC < 3. VANCOMICINA IV 4 sem Evidência de ABSCESSO ANULAR OU AÓRTICO
0,12mcg/m 4. PENICILINA G ou CEFTRIAXONE +
BACTEREMIA PERSISTENTE ou FEBRE APÓS 5-7 DIAS DE ATB
GENTAMICINA 2 sem
EMBOLIA RECORRENTE e VEGETAÇÕES CRESCENTES MESMO COM ATB
APROPRIADO
S. relativamente resistentes à 1. PENICILINA 4 IV 4 sem ou VEGETAÇÃO > 10MM + REGURGITAÇÃO VALVAR GRAVE
penicilina, com MIC > 0,12 e < 0,5 CEFTRIAXONE IV + GENTAMICINA 2 sem
mcg/ml 2. VANCOMICINA IV 4 sem Como?
- Primeiro PLASTIA! Segunda opção: TROCA!
Os principais fatores de risco para endocardite são válvula artificial e endocardite
Streptococos com MIC > 0,5 mcg/ml prévia! Por isso tentamos primeiro a plastia!
para penicilina 1. PENICILINA G IV (dose dobrada) ou
Manter o ATB após cirurgia?
Granulicatella CEFTRIAXONE + GENTAMICINA 6 sem
Abiotrophia 2. VANCOMICINA IV 4 sem - Se valva nativa e cultura negativa da amostra cirúrgica, o tempo total é IGUAL
Gemella morbiliorum ao dos pacientes não tratados cirurgicamente, somando-se o tempo de ATB do
pré-operatório com o do pós-operatório.
- Se valva protética, culturas cirúrgicas positivas e infecção paravalvar, um novo
Enterococo 1. PENICILINA G IV (dose dobrada) ou
AMPICILINA ou VANCOMICINA + curso de ATB deve ser iniciado no pós-operatório, ignorando-se o tempo de ATB
GENTAMICINA 4-6 sem já realizado até o momento da cirurgia.
Definição: - Quinolonas têm sido colocadas como última escolha (em mulheres)
devido a evidência de lesões aórticas e resistência pela E.coli no Brasil.
- ASSINTOMÁTICO com urinocultura POSITIVA:
- > 105 UFC/ML OU > 102 UFC/ML SE CATETERIZADO - Fenazopiridina causa náuseas e pode causar hemólise. Limitar o uso a no
máximo 2 dias.
Para homens: basta uma amostra;
Para mulheres: 2 amostras consecutivas. CISTITE RECORRENTE
Importante: a presença de piúria não fecha o diagnóstico!
- DEFINIÇÃO: > 2 INFECÇÕES em 6 MESES OU > 3 em 1 ANO
Tratamento: - CONDUTA: MEDIDAS COMPORTAMENTAIS (urinar pós-coito, higiene local,
- Tratar se GRAVIDEZ OU PROCEDIMENTO UROLÓGICO INVASIVO (em hidratação, etc) +/- ATB PROFILÁTICO
que sangramento mucoso é esperado)
- ESQUEMA: NITROFURANTOÍNA 50-100MG/DIA POR > 3
- HARRISON: acrescenta TRANSPLANTADO RENAL E NEUTROPÊNICO
- CECIL: acrescenta pacientes com DM2.
MESES (diverge em literatura, mas o tempo pode chegar até 1 ano)
- OUTRAS REFERÊNCIAS: acrescentam crianças com RVU e casos em que o - PROBIÓTICOS, CRANBERRY: sem evidências científicas
PROTEUS (ou outras bactérias produtoras de urease) é isolado.
Pielonefrite (ITU alta)
- PADRÃO: FOSFOMICINA 3G DU, NITROFURANTOÍNA 100MG 3-7 DIAS.
Classificação:
ALTERNATIVAS: SMZ-TMP, betalactâmicos, quinolonas
Não complicada: TRATO URINÁRIO NORMAL
- ATENÇÃO PARA GESTANTES: EVITAR NITROFURANTOÍNA E SMZ-TMP NO
Complicada: TRATO URINÁRIO ANORMAL (CATETER, CÁLCULO,
1º TRIMESTRE! Relação incerta com anomalias congênitas.
ENFISEMATOSA, ABSCESSO...) **
Atenção: IDOSOS, PORTADORES DE LESÃO MEDULAR OU PORTADORES DE
(**) Esse é o conceito mais “clássico” de ITU “complicada”, mas atualmente
CATETER DE DEMORA NÃO DEVEM SER TRATADOS!
(conceito ainda não cobrado em prova) isso vem mudando. São sintomas que
sugerem ITU complicada: Febre (> 37,7ºC);
Candidúria
Calafrios, tremores, fadiga ou mal-estar significativos;
- O aparecimento de Candida na urina (a mais comum é a ALBICANS, embora as Lombalgia ou sensibilidade em ângulo costovertebral;
demais espécies representem, juntas, mais de 50% das isoladas) é relativamente Náuseas ou vômitos;
comum em pacientes com cateter vesical de demora, particularmente nos Dor pélvica ou perineal em homens....
diabéticos, naqueles tratados com ATB de amplo espectro e internados em UTI. Os pacientes com anormalidades urológicas (como nefrolitíase, estenoses,
stents ou drenos), imunocomprometidos ou diabetes não controlada não são
- TODO PACIENTE SINTOMÁTICO DEVE SER TRATADO!
classificados automaticamente com ITU complicada na vigência de sintomas
- Nos assintomáticos, devemos ter em mente que até 33% DOS CASOS SE urinários baixos.
RESOLVEM COM A RETIRADA DO CVD. O tratamento medicamentoso é
recomendado somente para aqueles que possuam maior risco de cistite Por outro lado, esses pacientes apresentam logicamente fatores de risco para
sintomática, pielonefrite e doença disseminada: neutropênicos, transplantados infecções graves, as quais podem evoluir rapidamente. É importante ressaltar
instáveis clinicamente e aqueles submetidos à manipulação urológica. que TODA PIELONEFRITE É CONSIDERADA UMA INFECÇÃO URINÁRIA
- O esquema de primeira linha é FLUCONAZOL 200-400mg/dia por 14 dias. COMPLICADA, e que nem todos os pacientes com ITU aguda complicada
apresentam sintomas exuberantes e facilmente detectáveis ...
Diagnóstico:
Profilaxia:
CLÍNICA + URC + EAS OBRIGATÓRIOS!
- ITU DE REPETIÇÃO: 2 OU MAIS INFECÇÕES EM 6 MESES OU 3 OU
SE HOSPITALIZAÇÃO: acrescentar outros exames: hemograma, PCR, função
MAIS INFECÇÕES EM 1 ANO. É uma definição que não é consensual! A
renal, eletrólitos...
melhor forma de tomar decisão é definir se interfere ou não com a qualidade
EAS
de vida da paciente.
- ESTERASE LEUCOCITÁRIA reagente (enzima que surge quando há piúria)
- PIÚRIA (> 5 por campo ou “> 10.000 leucócitos/ml”) - Medidas para prevenir a pielonefrite:
- NITRITO POSITIVO (representam a conversão de nitrato pelas bactérias gram- Evitar uso de espermicidas;
negativas/avaliado na fita reagente/baixa sensibilidade/alta especificidade) Estrogênio vaginal na pós-menopausa;
- BACTERIÚRIA E GRAM POSITIVOS Urinar após a relação sexual (mulheres);
ATENÇÃO! PRINCIPAIS GERMES RELACIONADOS A “ITU NITRITO NEGATIVO” = Evitar cateterização urinária;
PSEUDOMONAS + GRAM POSITIVOS (S. AUREUS E ENTEROCOCOS) Corrigir anormalidades urológicas;
uropatógenos que possuem a enzima nitrato-redutase. Profilaxia com ATB em mulheres com ITU de repetição e no
pós-transplante renal imediato.
URINOCULTURA
Produtos a base da fruta cranberry (sem evidência)
- É OBRIGATÓRIA para a confirmação do diagnóstico!
TOMOGRAFIA (COM/SEM CONTRASTE). QUANDO PEDIR? Como fazer?
- Se DÚVIDA DIAGNÓSTICA, FALHA TERAPÊUTICA/DOENÇA 3 estratégias: (1) CONTÍNUA (2) PÓS-COITO (3) INICIADA PELA
PERSISTENTE (não melhora com 3 dias), SUSPEITA DE ABSCESSO (muito PACIENTE.
grave/séptico) ou OBSTRUÇÃO, ANORMALIDADES ANATÔMICAS - Para as duas primeiras: SMZ-TMP ou NITROFURANTOÍNA 1x/dia em
1/3 ou 1/4 da dose habitual durante 6 meses (dose única noturna) ou
Tratamento (7-14 DIAS):
períodos maiores, conforme necessidade.
Tradicionalmente, a maioria dos pacientes com pielonefrite era hospitalizada e recebia
ATB EV, pelo menos inicialmente. PORÉM, as evidências atuais sugerem que a terapia
- Para a terceira: paciente coleta urina e INICIA ATB AO PRIMEIRO
oral é aceitável em determinados casos. O plano é individualizado!
SINAL DE INFECÇÃO.
- INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR: GRAVES, IMUNODEPRIMIDOS,
GESTANTES, SUSPEITA DE OBSTRUÇÃO/ABSCESSO/CÁLCULO, HOMENS, UM ALGO A MAIS...
VÔMITOS PERSISTENTES (impossibilidade de via oral). PIELONEFRITE XANTOGRANULOMATOSA
- NÃO COMPLICADA: - Perfil: mulher de meia-idade + PIELONEFRITE DE REPETIÇÃO
- Imagem: CÁLCULOS CORALIFORMES + DESTRUIÇÃO MACIÇA DO RIM
HOSPITALAR: CIPRO OU LEVOFLOXACINO OU CEFTRIAXONE
- Agentes: E.COLI/PROTEUS
AMBULATORIAL COM BAIXO RISCO DE RESISTÊNCIA: QUINOLONAS, - Tratamento: ATB + NEFRECTOMIA DO RIM AFETADO
CEFTRIAXONE, AMOX-CLAV
AMBULATORIAL COM ALTO RISCO DE RESISTÊNCIA: ERTAPENEM PIELONEFRITE ENFISEMATOSA
- COMPLICADA: PIPE-TAZO/CEFEPIME (PSEUDOMONAS), IMIPENEM (ESBL + - Perfil: DIABÉTICOS hiperglicêmicos com PIELONEFRITE GRAVE
PSEUDOMONAS) +/- VANCOMICINA (COBERTURA EMPÍRICA PARA GRAM- - Imagem: GÁS no parênquima renal
- Agentes: E.COLI/KLEBSIELA
POSITIVOS)
- Tratamento: ATB +/- DRENAGEM PERCUTÂNEA
- INTERVENÇÃO CIRÚRGICA: se NEFROLITÍASE ou ABSCESSO > 5CM
Desconfiar de abscesso nas seguintes situações: ausência de melhora da febre
após 4-5 dias de ATB, febre com piúria estéril (bacteriúria, sem crescimento de
germes na hemocultura é como se o abscesso “encapsulasse” a bactéria). O
ponto de corte para drenagem é > 5cm. O ATB deve incluir cobertura anti-
pseudomonas.
Fisiopatologia: - CONVULSÕES
- COLONIZAÇÃO DE VAS > DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA > INVASÃO - HIPONATREMIA (SIADH)
DO SNC > PROLIFERAÇÃO BACTERIANA + INFLAMAÇÃO > EDEMA > HIC - RASH/PETÉQUIAS (mais comuns na meningococcemia)
- DESTRUIÇÃO HEMORRÁGICA DAS ADRENAIS (síndrome de
Fatores de Risco: WATERHOUSE-FRIDERICHSEN) e CHOQUE.
- OMA, sinusite, alcoolismo, diabetes, esplenectomia, hipogamaglobulinemia, - Dependendo do grau de comprometimento encefálico, pode haver
HIV, TCE com fratura de base de crânio e fístula liquórica, anemia falciforme e PARALISIAS, TREMORES, TRANSTORNOS PUPILARES, HIPOACUSIA,
deficiência do complemento fatores mais relacionados a infecção por PTOSE E NISTAGMO.
pneumococo.
- A PARALISIA DO VII PAR e a OFTALMOPLEGIA costumam estar mais
Etiologia: associadas a meningite pneumocócica.
Recém-nascidos:
- STREPTOCOCOS DO GRUPO B (AGALACTIAE) Quais os espectros clínicos da DOENÇA MENINGOCÓCICA?
(1) MENINGITE “PURA”
- E. COLI
(2) MENINGITE + MENINGOCOCCEMIA
- LISTERIA (presente em quem ter algum grau de imunodeficiência,
(3) MENINGOCOCCEMIA mais grave de todas!
principalmente nos EXTREMOS DE IDADE, como RN e IDOSOS)
1 mês – 3 meses:
Exame Físico:
- Anteriores + MENINGOCOCO + PNEUMOCOCO
- BRUDZINSKI E KERNIG
3 meses – 50-55 anos: Obs: EM LASÉGUE, SE REFERIR
- 1º: PNEUMOCOCO DOR DOS DOIS LADOS, É SINAL
- 2º: MENINGOCOCO DE MENINGITE!
Obs: Harrison e MS afirmam que o agente mais comum de todos é o
PNEUMOCOCO!
Diagnóstico:
Após TCE/fístula liquórica: - COLHER HEMOCULTURA
- Pensar principalmente em PNEUMOCOCO (iniciar logo depois o ATB)
Pós-punção lombar: Imagem: Sanar Flix
- Pensar em S. AUREUS E PSEUDOMONAS.
Obs: se idoso, acrescentar LISTERIA! Obs: geralmente há tempo hábil para a realização de punção lombar entre a
coleta das hemoculturas e o início do ATB. De qualquer forma, acredita-se que
Particularidades: o ATB administrado só reduza a sensibilidade da cultura do LCR cerca de 2 horas
- MENINGOCOCO: acomete principalmente indivíduos com menos de 20 anos SENDO ASSIM, MUITOS AUTORES
após a sua administração.
de idade. Portadores de deficiência em algum dos componentes do complemento PRECONIZAM QUE O INÍCIO DO ATB DEVA PRECEDER A PUNÇÃO
são mais susceptíveis. Existem 13 sorogrupos. Os mais associados à doença LOMBAR MESMO!
invasiva são A, B, C, Y e W135. No Brasil, maioria pelo C. Letalidade de 10%, bem
- PUNÇÃO LOMBAR PARA EXAME DO LCR*
inferior a do pneumococo. Pelo menos 10-30% da população é portadora
assintomática doo meningococo na nasofaringe. (*) Em casos de IMUNODEPRIMIDOS/CÂNCER, PAPILEDEMA,
REDUÇÃO GRAVE DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, DÉFICIT
- LISTERIA: bacilo gram-positivo que acomete principalmente idosos e pacientes NEUROLÓGICO FOCAL ou HISTÓRIA DE TCE PRÉVIO = FAZER
com alteração na imunidade celular, como transplantados, gestantes na 26ª-30ª NEUROIMAGEM ANTES DA PUNÇÃO. Outras literaturas incluem:
semana, portadores de neoplasia maligna e indivíduos em terapia
CONVULSÕES RECENTES (< 1 SEMANA) E HISTÓRIA DE DOENÇAS DO
imunossupressora. Letalidade de 15%.
SNC.
- HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B: maior incidência em adultos não (*) EVITAR A PUNÇÃO, SE: LESÃO NO LOCAL, COAGULOPATIA,
vacinados.
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA E HIC GRAVE (anisocoria, HAS,
- BASTONETES GRAM-NEGATIVOS: podem causar meningite em alcoólatras, bradicardia, etc), PRESENÇA DE LESÃO EXPANSIVA INTRA-CRANIANA.
diabéticos com ITU crônica e em indivíduos com estrongiloidíase disseminada. A
Em lactentes...
MBA por gram-negativos também pode complicar procedimentos
- Pode puncionar mesmo com sinais de HIC (fontanela aberta)
neurocirúrgicos.
ATENÇÃO NUNCA ATRASAR O INÍCIO DO ATB!
- ESTAFILOCOCOS (AUREUS E EPIDERMIDIS): causas importantes em
É uma emergência infecciosa e o tempo porta-ATB deve ser de no
portadores de DVP e dispositivos subcutâneos para realização de quimioterapia
intratecal. máximo 60 minutos!
- Glicose (normal: 2/3 da glicose sérica): DIMINUÍDA (< 40mg/dl ou glicose Adultos > 55 anos
Alcoólatras
LCR/glicose sangue < 0,4) Debilitados Mesmo esquema acima +
Transplantados AMPICILINA
- ANTÍGENOS BACTERIANOS (aglutinação pelo látex = detecta o antígeno Gestantes
bacteriano no líquor com especificidade próxima de 100% para menigococo e Pacientes com câncer
pneumococo. Sensibilidade boa também, mas menor que a especificidade;
Meningite nosocomial
contraimunoeletroforese cruzada tem o mesmo raciocínio; teste do Limulus Pós-TCE CEFTAZIDIME ou MEROPENEM +
detecta a endotoxina de gram negativos e tem maior sensibilidade e menor Pós-neurocirurgia Vancomicina + AMPICILINA
especificidade; PCR tem alta especificidade e sensibilidade razoável; Neutropênicos
imunofluorescência; ELISA). Deficiência da imunidade celular
Obs: em 1/3 dos casos de MBA por listeria, pode haver predomínio de 21d
Listeria Ampicilina (+ ou – Genta) ou SMZ-TMP
linfomononucleares.
14-21d
Tratamento: S. agalactiae Penicilina G ou Ampicilina
A ANTIBIOTICOTERAPIA É EMPÍRICA!
- RN: CEFOTAXIMA + AMPICILINA Pelo Ministério da Saúde
- Até 55 anos: CEFTRIAXONE ± VANCOMICINA (na suspeita de - MENIGNOCOCO, PNEUMOCOCO, HAEMOFILOS e
pneumococo resistente = mais comum nos EUA) ENTEROBACTÉRIAS: CEFTRIAXONE 2 GRAMAS 12/12H 7-14 DIAS (7
dias para meningococo e haemofilos e 14 dias para pneumococo e
- > 55 anos ou comorbidade: CEFTRIAXONE ± VANCOMICINA +
enterobactérias)
AMPICILINA - PSEUDOMONAS: MEROPENEM 2 GRAMAS 8/8H 10-14 DIAS
Para quem?
E o isolamento? - Todos os contatos, desde que haja uma criança com menos de 5 anos
- Fazer isolamento RESPIRATÓRIO (para gotículas/usar máscara além do caso índice e não vacinada ou imunodeprimido.
cirúrgica) nas PRIMEIRAS 24 HORAS DO TRATAMENTO.
Como?
- Só para HAEMOPHILUS E MENINGOCOCO (agentes que precisam de - RIFAMPCINA 600MG 1X/DIA POR 4 DIAS (se criança: 20mg/kg/dia).
quimioprofilaxia) Ou seja, um total de 4 doses também, mas em 4 dias.
Evolução e Prognóstico:
Etiologia:
- A FEBRE CEDE DENTRO DOS PRIMEIROS 3-5 DIAS de tratamento. Quando
- Os principais vírus envolvidos são: ENTEROVÍRUS (coxsackie,
prolongada, devemos pensar em complicações, como empiema subdural,
abscesso cerebral, tromboflebites, febre por ATB e infecção urinária. Nestes
ecovírus, etc), que causam 75-90% dos casos (via de transmissão fecal-
casos, TC ou RNM podem ser úteis. oral). Outros envolvidos são herpes-simplex, varicela-zoster, EBV, HIV,
- Outras indicações de neuroimagem: desenvolvimento de déficit neurológico caxumba...
focal, manutenção de RNC ou convulsões após 72h do início do tratamento;
culturas persistentemente positivas; meningite recorrente (para avaliar presença Enterovirus: PCR e cultura viral do LCR, somada a sorologias virais,
de fístula liquórica). o agente etiológico específico é encontrado na maioria dos casos.
- Em alguns casos de meningite meningocócica, ocorre persistência ou retorno da HSV-2: pode ocorrer após o primeiro episódio de herpes genital.
febre associada à artrite reativa, por volta do 4º dia. Essa não é uma complicação Representa 5% dos casos de meningite viral. Diagnóstico pela PCR
infecciosa e deve ser tratada apenas com AAS. do DNA viral no LCR. É a principal causa de MENINGITE VIRAL
- O agente mais letal é o PNEUMOCOCO! A meningocócica responde muito mais RECORRENTE (MENINGITE DE MOLLARET). E atenção! Embora a
ao ATB! meningite herpética geralmente se deva ao HSV-2, a maior parte dos
casos de encefalite se deve ao HSV-1.
IMPORTANTE! VZV: pode ocorrer junto com o quadro de varicela, mas em 40% dos
- NOVA PUNÇÃO LOMBAR É RECOMENDADA: casos não há alteração cutânea. Diagnóstico pelo PCR ou encontro
de anticorpos anti-VZV no LCR.
Após 24-36 horas de tratamento para pneumo/meningo.
EBV: pode acompanhar ou não um episódio de mononucleose.
Após 48 horas para S.aureus. Linfócitos atípicos no LCR e linfocitose atípica no sangue periférico
sugerem a etiologia. O anticorpo IgM anti-VCA é indicativo. O EBV
- Nesses casos, se o líquor não estiver estéril, deve ser acrescentada não é isolado na cultura do LCR, mas métodos de amplificação do
VANCOMICINA EV ao esquema ATB – caso já esteja em uso, devemos DNA viral por PCR podem diagnosticar.
iniciar vancomicina intraventricular ou intratecal,
Clínica: E A HEPATECTOMIA?
- FEBRE (!) INSIDIOSA + DOR EM HD + ICTERÍCIA + HEPATOMEGALIA - Restrita somente aos casos em que há franca destruição do parênquima
Repare que a TRÍADE DE CHARCOT está presente. Esse é o quadro hepático, hepatolitíase, estenose biliar intra-hepática ou quando a origem
do abscesso é uma neoplasia hepática infectada.
clássico, mas ocorre em APENAS 10% DOS CASOS.
- Observações Importantes:
Febre é o sintoma mais comum (muitas vezes é causa de FOI)
Dor abdominal é mais frequente que icterícia
Outros achados: hepatomegalia, ascite, esplenomegalia...
Exames Complementares:
- Leucocitose, anemia normo-normo, ↑VHS
- ↑Transaminases, ↑FA (achado + específico)
- HIPOALBUMINEMIA (33%)
- Família dos RETROVÍRUS, RNA Fase PRECOCE Fase AIDS (CD4 < 200)
FITA SIMPLES (que é transformado
na célula hospedeira em DNA por - CÂNDIDA DE - PULMÃO: PNEUMOCISTOSE, TB
enzimas de replicação do próprio BOCA/VAGINA EXTRAPULMONAR
vírus).
- HIV-1 (pandemia) | HIV-2 (africano) - TB PULMONAR - NEURO: TOXOPLASMOSE,
CRIPTOCOCOSE, LEMP (VÍRUS JC)
Imagens: brainly.com | MSD Manuals - HERPES-ZÓSTER
- TGI: CANDIDÍASE ESOFÁGICA
- Alvos do vírus: linfócito T HELPER (CD4), CÉLULAS DENDRÍTICAS, - EBV (LEUCOPLASIA PILOSA)
MACRÓFAGOS. Possui o ANTÍGENO P24 (detectado precocemente por - MEDULA ÓSSEA: HISTOPLASMOSE
- DISPLASIA DISSEMINADA
exames atuais).
- CA CERVICAL IN SITU - RETINA: CMV (EXCETO FÍGADO, BAÇO,
CCR5 LINFONODO)
- ANGIOMATOSE BACILAR
- CORAÇÃO/RIM: ASSOCIADA AO HIV
- ALT. HEMATOLÓGICAS
(ANEMIA, PLAQUETOPENIA, - NEOPLASIAS: LINFOMA NÃO-
Transcriptase Reversa PTI) HODGKIN, SARCOMA DE KAPOSI,
CARCINOMA CERVICAL INVASIVO
Inibidores da Nevirapina NVP Viramune - PODE AUMENTAR A CREATININA SÉRICA, pois diminui a secreção
Transcriptase Efavirenz EFV Stocrin tubular (sem afetar a função glomerular) nas primeiras 4 semanas, mas
Reversa Não Etravirina ETR Intelence
NÃO HÁ DADOS QUE CONTRAINDIQUEM O SEU USO NOS CASOS DE
Análogos de Delavirdina DLV Rescriptor
Nucleosídeos Rilpivirina - Edurant INSUFICIÊNCIA RENAL.
(ITRNN)
RALTEGRAVIR
Indinavir IDV Crixivan - EVENTOS ADVERSOS POUCO FREQUENTES, mas querer a
Nelfinavir NVF Viracept
Inibidores da Ritonavir RTV Norvir administração 2X AO DIA. EXCELENTE TOLERABILIDADE!
Protease (IP) Saquinavir SQV Invirase
Lopinavir LPV Kaletra
Atazanavir ATV Reyataz
EFAVIRENZ
Darunavir DRV Prezista - TONTURA, ALTERAÇÕES DO SONO, SONHOS VÍVIDOS,
Fosamprenavir FPV Telzir
Tipranavir TPV Elodius
ALUCINAÇÕES: costumam desaparecer após as primeiras 2-4 semanas
de uso.
Inibidor da Fusão Enfuvirtida T-20 Fuzeon - Principais desvantagens: prevalência de RESISTÊNCIA PRIMÁRIA em
pacientes virgens de tratamento e a BAIXA BARREIRA GENÉTICA PARA
Inibidor da Raltegravir RAL Isentress O DESENVOLVIMENTO DE RESISTÊNCIA. POR ISSO É IMPORTANTE A
Integrase (INI) Elvitegravir - Stribild GENOTIPAGEM (EVAVIRESISTÊNCIA);
Dolutegravir DTG Tivicay
- Outros: RASH CUTÂNEO, HEPATOTOXICIDADE,
HIPERSENSIBILIDADE, GINECOMASTIA
Antagonista do Maraviroque MVQ Celsentri
CCR5 - Pode ser substituído por Nevirapina (EfaVIrenz = NeVIrapina)
NEVIRAPINA
Tenofovir (TDF) – 300 mg, 1 vez ao dia
Lamivudina (3TC) – 300 mg, 1 vez ao dia - EXANTEMA E HEPATOTOXICIDADE
TENOFOVIR LOPINAVIR/r
- TENOFOVIR E LAMIVUDINA SÃO A “DUPLA DINÂMICA”!
- HEPATOXICIDADE, PANCREATITE, DISLIPIDEMIA, DIARREIA.
ZIDOVUDINA: TOXICIDADE HEMATOLÓGICA (evitar se Hb < CARGA VIRAL DETECTÁVEL APÓS 6 MESES DE TERAPIA OU
10 e neutrófilos < 1.000), toxicidade mitocondrial,
HIPERLACTATEMIA E ACIDOSE LÁCTICA, LIPOATROFIA. REBOTE APÓS SUPRESSÃO → genotipagem + trocar esquema e
considerar inibidores de fusão (enfuvirtida) e antagonista CCR5
(maraviroque)
Diagnóstico:
Sarcoma de Kaposi PUNÇÃO LOMBAR!
Conceitos: -- ↑PRESSÃO LIQUÓRICA (!)
Os antígenos do fungo entopem as granulações aracnoideas!
- Pode ocorrer com QUALQUER CONTAGEM DE CD4 (geralmente < 200)
-- ↑CELULARIDADE (PREDOMÍNIO DE MONONUCLEARES)
- Relacionado ao HERPES-8
-- ↑PROTEÍNA
Clínica: -- ↓GLICOSE
- LESÕES VIOLÁCEAS Esse perfil é semelhante ao da meningite tuberculosa!
- EDEMA/DERRAME PLEURAL
- “PPGG” = lesões violáceas em pele, CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA E
pulmão, gastro e gânglio ACHADOS ESPECÍFICOS:
Imagem: tuasaude.com.br - TINTA NANQUIM: formas
arredondadas, agrupadas... S 60-80%
Exames Complementares:
- ANTÍGENO/AGENTE CRIPTOCÓCICO
- RX: infiltrado bilateral nos lobos inferiores, padrão nodular difuso, DERRAME
(LÁTEX) S 95%
PLEURAL (70%) SANGUINOLENTO e com citologia negativa; LINHAS B DE
- CULTURA (resultado em 7 dias
KERLEY (70%), adenopatia hilar ou mediastinal.
Imagem: anatpatunicamp.br geralmente)
Diagnóstico:
- BIÓPSIA Tratamento:
- Pacientes com os achados acima devem ser submetidos a - Indução: ANFOTERICINA B na dose de 0,7 – 1,0 mg/kg/dia, com máximo
BRONCOFIBROSOPIA como parte da investigação. A visualização das lesões de 50mg/dia + FLUCITOSINA na dose de 100 – 150 mg/kg/dia.
traqueobrônquicas confirma o diagnóstico e o LBA serve para excluir infecções - Manutenção: FLUCONAZOL por 8-10 semanas.
oportunistas concomitantes. - Nos casos de menor gravidade ou quando há contraindicação ao uso
- Diagnóstico diferencial: angiomatose bacilar (pode aparecer em um de anfotericina: fluconazol na dose de 400mg/dia por 6-10 semanas.
paciente mais imunocompetente) - PUNÇÕES LIQUÓRICAS DE REPETIÇÃO podem ser necessárias em
casos de cefaleia refratária ao tratamento antifúngico ou PIC >
Tratamento:
25cmH2O.
- O tratamento específico fica direcionado para aqueles em que a doença seja
persistente, cursando com desconforto ou lesões estéticas significativas, bem Profilaxia Secundária:
como dificuldades na deglutição ou respiração. - FLUCONAZOL 200MG/DIA até CD4 > 100-250 por 6 meses após o fim
- Opções terapêuticas: IRRADIAÇÃO LOCAL, VIMBLASTINA INTRALESIONAL, do tratamento, na ausência de sintomas.
ÁCIDO 9-CISTIRETINOICO TÓPICO OU CRIOTERAPIA. IFN OU QT fica reservado
para aqueles com grande número de lesões e acometimento visceral.
- Pode ajudar a
Neurotoxoplasmose
diferenciar...
Lesão focal (parece AVE) + HIV = neurotoxo!
CD4 < 50
Conceitos:
PCR do líquor:
- TOXOPLASMA GONDII
identifica o EBV (!!!)
- Surge geralmente quando CD4 < 100
Ressonância com
Clínica: Imagem: researchgate.net LESÃO ÚNICA
- QUADRO SUBAGUDO, HEMIPARESIA, CONVULSÃO, AFASIA
- Além disso, o paciente também pode apresentar febre, cefaleia, - Diagnóstico definitivo somente com BIÓPSIA.
confusão e rebaixamento do nível de consciência. - Prognóstico ruim (a terapia é com RT PALIATIVA).
Sobrevida em 2 anos de apenas 29%
Diagnóstico:
- Clínico-radiológico (TC/RNM com [1] MÚLTIPLAS Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP)
LESÕES HIPODENSAS + [2] EDEMA PERILESIONAL “Vários focos”
+ [3] REALCE DO CONTRASTE EM ANEL Conceitos:
PREFERENCIALMENTE EM NÚCLEOS DA BASE - Relacionada ao VÍRUS JC
achados típicos, mas não patognomônicos, de
neurotoxoplasmose. O diagnóstico definitivo sai - Geralmente CD4 < 200
apenas com biópsia). Imagem: medicinanet.com.br Clínica: “múltiplos AVCs”
- Se forem VÁRIOS FOCOS progressivos e que acometem a substância
- A pesquisa de PCR no LCR e SOROLOGIA para toxoplasmose também
branca (EX: AFASIA + DISTÚRBIO VISUAL): LEMP
são úteis! Entenda!
Lesão com efeito de massa = neurotoxo ou linfoma! - CLÍNICA ARRASTADA COM MÚLTIPLOS DÉFICITS FOCAIS
Efeito de massa + sorologia negativa para toxo: pesquisar
Diagnóstico:
EBV no LCR ou realizar biópsia cerebral.
LÍQUOR/PCR + IMAGEM
Efeito de massa + sorologia positiva para toxo: iniciar prova
- Para ver substância branca, é melhor
terapêutica. Ocorre melhora em 1-2 semanas.
RNM: HIPERINTENSIDADE EM T2
Tratamento: - Há PREDILEÇÃO PELOS LOBOS OCCIPITAL
- SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA (+ ÁCIDO FOLÍNICO) por 6 SEMANAS. E PARIETAL.
Alternativa: BACTRIM Imagem: anatpat.unicamp.br
Tratamento:
- Nos casos de EDEMA CERBRAL DIFUSO/EFEITO DE MASSA, usar - TARV. Pode haver piora paradoxal após o início do tratamento, por
CORTICOIDES (somente, e somente nesses casos!). síndrome de reconstituição imune.
- Não há indicação do uso de anticonvulsivantes profiláticos!
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA NEUROIMAGEM
SE NÃO MELHORAR EM ATÉ 14 DIAS: PENSAR EM LINFOMA 1º DO
(1) TOXOPLASMOSE: múltiplas lesões envolvendo o córtex ou núcleos da
SNC
base, circundados por edema e com reforço pós-contraste em forma de
Profilaxia Primária: anel.
- Recomendada para indivíduos com IGG POSITIVO PARA TOXOPLASMOSE
E CD4 < 100. O esquema é semelhante para pneumocistose, mas com DOSES (2) LINFOMA CEREBRAL: uma ou duas lesões, de limites menos precisos,
DIÁRIAS de BACTRIM + ÁCIDO FOLÍNICO. É por isso, inclusive, que pouco se com reforço pós-contraste, localizadas na substância branca adjacente
lembra dessa profilaxia, uma vez que quando o CD4 chega a 100, o indivíduo já aos ventrículos.
iniciou a profilaxia para PCP.
(3) LEMP: sem realce pós-contraste, sem efeito de massa e localizada na
Profilaxia Secundária: substância branca.
- Recaídas são comuns e a profilaxia secundária é importante! Fazer com o
MESMO ESQUEMA TERAPÊUTICO, mas com DOSES MAIS BAIXAS
(SULFADIAZINA 1G 12/12H + PIRIMETAMINA 25MG/DIA + ÁCIDO
FOLÍNICO 10MG/DIA).
IMPORTANTE!
- Ambas as profilaxias podem ser suspensas após exame de CD4 > 200 no período
de 3-6 meses, respectivamente, após o início da TARV!
- A não ser que haja ameaça de herniação cerebral, a corticoterapia deve ser
evitada no caso de suspeita de neurotoxoplasmose, pois seus efeitos benéficos
no edema podem provocar melhora no linfoma e confundir o diagnóstico!
ESOFÁGICA Outras
- O tratamento de escolha é FLUCONAZOL 200-400mg/dia VO ou
400mg/dia EV nos casos de disfagia grave. - ÚLCERAS AFTOIDES (tratamento com talidomida), QUEILITE
ANGULAR, GENGIVITES E PERIODONTITES.
- ANFOTERICINA DESOXICOLATO na dose de 0,6mg/kg/dia pode ser
uma alternativa para casos refratários ao fluconazol.
- NÃO INFECCIOSAS: linfoma intestinal, sarcoma de Kaposi, - Tratamento: GANCICLOVIR 5mg/kg EV 12/12h 14-21 dias OU
medicamentosa... VALGANCICLOVIR 900mg EV 12/12h por 14-21 dias.
Microsporídeo
Tratamento:
- CRIPTOSPORIDIOSE: TARV +/- Nitazoxanida, se não resolver (2-8
semanas)
- ISOSPORÍASE: SMZ-TMP
- MICROSPORIDIOSE: ALBENDAZOL
Macete: “MAIS CNN”
M Microsporíase
A Albendazol
I Isosporíase
S SMZ-TMP
C Criptosporidiose
NN Nitazozanida
HIV/TARV
- EXCLUSÃO
MAC/CMV
Obs: São critérios para inclusão neste grupo (MS) o fato de VIVER OU TER Especificidade de 82-100% e Sensibilidade 34-72% ou seja, sua
VIAJADO NOS ÚLTIMOS 14 DIAS para área onde esteja ocorrendo transmissão de negatividade não exclui a doença!
dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti, concordando com o período de
APÓS SOROCONVERSÃO: > 6 dias
incubação médio, além de apresentar febre, usualmente entre 2-7 dias, associada
- SOROLOGIA ELISA IGM (ATÉ 30 DIAS)
a duas ou mais das manifestações acima descritas.
Se negativo (principalmente quando próximo do 6º dia de
evolução), pode ir repetindo até mais próximo do 30º dia.
Abordagem: Grupo C
Para reduzir os casos: (1) TREINAR EQUIPE e (2) FACILITAR O ACESSO, - Dengue com sinais de alarme (basta um para internar)
ou seja, MELHORAR A PORTA DE ENTRADA! Conduta:
Internação em enfermaria!
EM DEZEMBRO/23 O MINISTÉRIO DA SAÚDE INCORPOROU A
- Hidratação IV: 20ML/KG EM 2 HORAS (repetir até 3x)
VACINA CONTRA A DENGUE (“QDENGA”) NO SUS! Se ficar bem: faz a etapa de manutenção com 25ml/kg em
- 2 DOSES (INTERVALO DE 3 MESES) 6h. Se manter melhora: mais 25ml/h em 8h, sendo 1/3 com
- IDADE: 4-60 ANOS SF e 2/3 com SG.
- A PRINCÍPIO, SOMENTE PARA ÁREAS ENDÊMICAS/GRUPOS Se não melhorou após 3 etapas: tratar como grupo D
PRIORITÁRIOS Grupo D
- Dengue grave
- NOTIFICAR o caso suspeito
Conduta:
- SINTOMÁTICOS (dipirona/paracetamol). EVITAR AINES E AAS!
Internação em UTI!
- REALIZAR PROVA DO LAÇO (> 20 petéquias ou > 10 em crianças) para
- Hidratação IV: 20ML/KG EM 20 MINUTOS (repetir até 3x)
todos os casos suspeitos de dengue (exceto, claro, se já houver
Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos e hematócrito em
petéquias/sangramento), para avaliar a FRAGILIDADE CAPILAR.
2 horas. O choque costuma durar +/- 48h!
Objetivo: não confirma diagnóstico,
Se melhorar: trata como grupo C
mas avalia o risco de agravamento!
Se não melhorar com 3 etapas: considerar
Não fazer se já tiver hemorragias.
coloide/albumina/hemácias/plasma
Média de PA = (PAs + PAd)/2
Insuflar manguito até a média da PA e manter insuflado por 3 Considerar a transfusão de plaquetas nas seguintes condições:
minutos em crianças, e por 5 minutos em adultos sangramento persistente não controlado, depois de corrigidos os fatores de
coagulação e do choque, e com trombocitopenia e INR > 1,5x o valor normal.
Traçar quadrado com 2,5 cm de lado no local onde houver
maior concentração de petéquias. Situações Especiais:
Positiva, se > 10 (criança) ou > 20 (adulto) - Pacientes dos grupos C e D podem apresentar edema subcutâneo
- MEDICAÇÕES: apenas SINTOMÁTICOS (paracetamol/dipirona). NÃO generalizado e derrames cavitários, pela perda capilar, o que não significa, a
PRESCREVER AINES/AAS (risco mais elevado de sangramento). princípio, hiper-hidratação! O acompanhamento da reposição volêmica deve
- ESTADIAR EM A, B, C e D ser feito com hematócrito, diurese e sinais vitais! Evitar procedimentos
desnecessários (ex: toraco/paracentese).
A B C D
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Sangramento de
pele Arbovirose DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA
“Não é B, C, D” Comorbidades Alarme Grave
Gestante Alta > 38 Ausente ou baixa < Alta > 38 graus
Risco social graus 38º 2-3 dias
< 2a ou > 65a
Febre
4-7 dias
Ambulatório Observação Enfermaria UTI
60ml/kg/d VO 60ml/kg/d VO 20ml/kg IV 2h 20ml/kg IV 20m
Raro Comum Raro
Rash 2º-4º dia 1º-2º dias 2º-4º dia
(Salina + Liq) (Salina + Liq) Até 3x Até 3x
(1/3 + 2/3) (1/3 + 2/3)
Melhorou? Melhorou? Mialgia ++++ ++ ++
Até 48h afebril Hemograma 25ml/kg 6h Grupo C Artralgia + ++ ++++
Ht normal =
Alarme: retornar grupo A Ñ melhorou? Ñ melhorou? Dor Leve Leve Grave
Ht aumentado = Grupo D Noradrenalina ou Discrasia +++ Ausente +
grupo C Albumina ou
Hemácias ou Risco de +++ + ++
Plasma morte
Grupo A
Mialgia e Rash + ARTRITE
- Sem alteração (“só dengue”) dor retro- conjuntivite não Dor + inflamação
Conduta: “Dica” orbitária purulenta articular
Tratamento domiciliar!
- HIDRATAÇÃO VO: 60ML/KG/DIA (1/3 de solução salina, como SRO ou
Mais letal: Acometimento Pode cronificar e
soro caseiro; 2/3 de líquidos) até o período mais crítico do paciente: sem choque e neurológico: SGB. deformar
febre por até 48h Detalhe hemorragia Transmissão articulações
sexual e
Grupo B
transplancentária
- Sangramento de pele (espontâneo ou prova do laço)
- Risco social
- Situação especial (< 2 anos, gestantes e > 65 anos)
- Portadores de comorbidades (cardio/pneumo/hepatopatia/doença autoimune)
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
APROFUNDANDO... Diagnóstico:
Chikungunya - SOROLOGIA, PCR OU ISOLAMENTO VIRAL. Na primeira semana,
somente os virológicos (isolamento e PCR costumam estar positivos).
Conceitos:
Mesmo esquema de sempre!
- Doença causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), da família
TOGAVIRIDAE e do gênero ALPHAVÍRUS, transmitida por mosquitos do Tratamento:
gênero AEDES (aegypti > albopictus), que pode cursar com enfermidade DOENÇA AGUDA:
febril aguda, subaguda ou crônica. - SINTOMÁTICOS! Evitar AAS e AINES!
Período de Incubação: - NOTIFICAR! De forma IMEDIATA nos casos de óbito e SEMANAL para
- 12 dias (EM MÉDIA 3-7 DIAS) os demais casos.
produtividade e qualidade de vida. - Também é descrita a VIA SEXUAL. Outros modos de transfusão, como
transfusões de sangue, estão sendo investigados.
Epidemiologia:
- Os primeiros casos autóctones no Brasil surgiram em 2015. Em 2016 já foram
registrados mais de 200 mil casos.
Clínica:
- MAIS DE 80% DOS CASOS NÃO DESENVOLVEM SINTOMAS (diferente
de Chicungunya, por exemplo).
Reservatório:
- CÃES
Imagem: dvspalmas.wordpress.com
Atenção!
- Os casos estão aumentando por
Clínica:
causa do processo de urbanização!
É um parasito de hemácias!
ANEMIA HEMOLÍTICA + CRISES FEBRIS (PAROXISMOS) Período de Incubação:
Imagem: edisciplinas.usp.br
PADRÕES CÍCLICOS - 10 DIAS-2 ANOS (!)
CALAFRIOS/ICTERÍCIA Clínica:
- A PATOGENICIDADE É BAIXA: a maioria não adoece
Se Malária grave (P. falciparum): - Para adoecer, normalmente deve haver uma IMUNODEFICIÊNCIA
-- ↑PARASITEMIA: infecta hemácias de TODAS AS IDADES CELULAR (TH1)
-- Proteínas de aderência: OBSTRUÇÃO E DISFUNÇÃO ORGÂNICA - Disseminação com FEBRE ARRASTADA + HEPATOESPLENOMEGALIA
(RENAL, SNC) E PANCITOPENIA
-- HIPOGLICEMIA/HIPERLACTATEMIA: consumo pelo parasita - A IMUNIDADE HUMORAL (TH2) ESTÁ ELEVADA =
HIPERGAMAGLOBULINEMIA POLICLONAL ou seja, ocorre INVERSÃO
DICA: REGIÃO NORTE, BACIA AMAZÔNICA DO PADRÃO ALBUMINA:GLOBULINA
2) SOROLÓGICO: Clínica:
- IMUNOFLUORESCÊNCIA (títulos a partir de 1:80), ELISA RK39 - Inicia com lesões bem eritematosas, que evoluem para uma lesão
3) TESTE DE MONTENEGRO NEGATIVO = o paciente não tem imunidade com centro vermelho, borda pálida e periferia eritematosa (“eritema
celular... migratório”).
- Com a evolução, pode haver
Obs: na forma tegumentar, está positivo!
progressão com QUADRO
Tratamento:
NEUROCARDIOLÓGICO (meningite,
ANTIMONIAL PENTAVALENTE (GLUCANTIME) ESCOLHA
encefalite, endocardite...) e artrite
Possibilidade de toxicidade cardíaca (↑INTERVALO QT =
(deformidades...)! Imagem: enfoquems.com.br
torsades)
ANFOTERICINA B (LIPOSSOMAL OU DESOXICOLATO) ALTERNATIVA - A progressão da doença é essa: ERITEMA MIGRATÓRIO > QUADRO
USAR PARA OS “G’S E OS I’S”: gestantes e graves CARDIONEUROLÓGICO > ARTRITE.
(hipovolemia, desnutrição, etc); insuficiências,
Tratamento: DOXICICLINA. Ceftriaxone em casos mais graves (com
imunodepressão (ex: HIV) e idade < 1 ano ou > 50 anos,
endocardite, por exemplo).
intolerantes
Hantavirose
- Sempre dar PREFERÊNCIA PELA LIPOSSOMAL, que é menos tóxica!
Definições:
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Causada pelo HANTAVÍRUS DA FAMÍLIA
Causas de ESPLENOMEGALIA BUMYAVIRIDAE, adquirido por CONTATO
M = malária (forma imunorreativa) DIRETO OU INALAÇÃO (URINA, FEZES,
E = esquistossomose SALIVA DE ROEDOR SILVESTRE) = mais
GA = doença de Gaucher (mucopolissacaridase) presente em ÁREAS MAIS RURAIS
L = leishmaniose visceral
IA = “ia” doença hematológica (LMC, MMA, tricoleucemia) - Período de incubação: em geral 14 dias
Clínica:
4. Síndromes Febris Causadas por Ratos e Carrapatos - No Brasil, pode haver evolução para a SÍNDROME
São importantes diagnósticos diferenciais da leptospirose! CARDIOPULMONAR que passa pelas seguintes etapas:
Febre Maculosa Brasileira (1) SINTOMAS INESPECÍFICOS (1-6 dias): febre (> 38º), mialgia,
cefaleias, manifestações TGI... Se passar a ter TOSSE, indica evolução
Definições:
- Doença bacteriana: RICKETTSIA RICKETTSII para a próxima fase...
Definição:
- Doença infecciosa causada pelo EBOLA VÍRUS DA FAMÍLIA
FILOVIRIDAE
Transmissão:
- Reservatório: MORCEGOS
Laboratório:
- LEUCOPENIA + PLAQUETOPENIA
- LEUCOCITOSE COM DESVIO para as fases mais avançadas/inflamadas
- Aumento de transaminases, alargamento de TAP/TTPA
- IRA + PROTEINÚRIA
Diagnóstico:
CASO SUSPEITO
- Contato nos últimos 21 dias com possível caso de Ebola +
- Manifestações clínicas sugestivas
CASO CONFIRMADO
- Caso suspeito + CONFIRMAÇÃO LABORATORIAL
- Escolha: PCR VIRAL NO SANGUE OU FLUIDOS CORPORAIS
Tratamento:
- SUPORTE + NOTIFICAÇÃO
- Anticorpo monoclonal: ANSUVIMABE, INMAZEBE podem ser
utilizados, caso disponíveis
MNEMÔNICO
E: ENTERORRAGIA
B: “BATMAN” (morcego)
O: ORIGEM AFRICANA
L: LEUCOCITOSE COM DESVIO
A: ANTICORPO MONOCLONAL
Variantes
Imagem: rmmg.org
Perceba a estrutura... As variantes BETA e GAMMA, embora identificadas em muitos países, não
Proteína S (Spike) se acopla ao receptor ECA-2 chegaram a ser mundialmente dominantes. Por sua vez, a ALFA foi a variante
mais prevalente do mundo até a chegada da DELTA, que se mostrou mais
Proteína E (Envelope): realiza a montagem e liberação do vírus
transmissível, mais grave e se manteve como a principal variante até o
Proteína M (Membrana): realiza a montagem do vírus
surgimento da ÔMICRON.
- São justamente essas proteínas que as VACINAS estudam! O GRANDE
OBJETIVO É GERAR ANTICORPOS QUE NEUTRALIZEM ESSAS
ESTRUTURAS!
- Foi na cidade de WUHAN, na província de HUBEI (CHINA CENTRAL), - Período de transmissão do indivíduo infectado: estima-se que seja
que foram reportados os primeiros casos da COVID-19. ENTRE 2 DIAS ANTES E 10 DIAS APÓS O INÍCIO DOS SINAIS E
- Acredita-se que o caso número 1 (desconhecido) tenha surgido em um SINTOMAS.
MERCADO DE ANIMAIS VIVOS em Wuhan. - Acredita-se que o período de MAIOR TRANSMISSIBILIDADE são os
PRIMEIROS 8 DIAS DA FASE SINTOMÁTICA.
- A detecção persistente (> 8 dias) do RNA viral em secreções
respiratórias NÃO NECESSARIAMENTE INDICA QUE O INDIVÍDUO
CONTINUA TRANSMITINDO A DOENÇA! Pode acontecer do doente se
curar, mas continuar com o exame positivo.
- Não existem ainda evidências concretas de que animais domésticos
possam transmitir a doença para seus donos, ainda que cães e gatos,
por exemplo, possam ser infectados.
Imunidade
- A transmissão PESSOA-A-PESSOA se dá por CONTATO PRÓXIMO,
- Grande parte dos indivíduos infectados monta uma (1) RESPOSTA
principalmente por meio de GOTÍCULAS RESPIRATÓRIAS emitidas pelo
IMUNE HUMORAL contra o vírus, produzindo anticorpos
indivíduo infectado enquanto ele FALA, TOSSE OU ESPIRRA, e tais
neutralizantes. Todavia, até o momento NÃO SE SABE QUÃO
gotículas entram em CONTATO COM SUPERFÍCIES MUCOSAS do
DURADOURA PODE SER ESTA IMUNIDADE.
receptor.
- Já outros indivíduos montam uma (2) RESPOSTA IMUNE
A DISTÂNCIA PERCORRIDA POR ESTE TIPO DE GOTÍCULA NÃO EMINENTEMENTE CELULAR (mediadas por linfócitos T CD4 e CD8),
COSTUMA ULTRAPASSAR 2 METROS! sem produção de anticorpos (isto é, com sorologia negativa após a
cura).
- As implicações clínico-prognósticas dessas diferenças imunes ainda
- O contato com a pele (mesmo quando não íntegra) não transmite a
não foram esclarecidas.
doença.
- A transmissão também pode ocorrer através de FÔMITES, isto é,
Apresentação Clínica
superfícies de objetos contaminadas por gotículas, que são tocadas pelo
indivíduo e levados por suas mãos até uma mucosa. A infecção pelo vírus pode se manifestar de diferentes formas...
- Há CONTROVÉRSIAS se a transmissão comunitária do SARS-COV-2
poderia ocorrer por partículas de menor tamanho, como os AEROSSÓIS. Infecções Assintomáticas
Apesar de cada localidade ter definido suas próprias diretrizes quanto - Algumas estimativas apontam que CERCA DE 40% DO TOTAL DE
ao uso de EPI, a proteção completa de aerossóis só é consensual para os PESSOAS INFECTADAS NÃO DESENVOLVE OS SINTOMAS!
profissionais de saúde que realizam procedimentos geradores de - Mas isso não significa, necessariamente, que não possa haver
aerossóis (ex: IOT, broncoscopia, VNI, etc). alterações identificáveis. Exemplo: pessoa assintomática, mas com TC
- O SARS-COV-2 também é isolado em outros espécimes biológicos, de tórax com imagem sugestiva.
como fezes, sangue, lágrimas e sêmen, mas o papel destes na
transmissão comunitária da doença é desconhecido e não parece Infecções Sintomáticas
relevante. Por exemplo: transmissão fecal-oral ou por meio de
transfusão de hemoderivados não foi reportada até o momento. - Caso LEVE: manifestações de VIA AÉREA SUPERIOR, SEM DISPNEIA.
Entenda...
- Caso MODERADO: manifestações de PNEUMONIA (FEBRE, TOSSE,
DISPNEIA, TAQUIPNEIA), mas SEM SINAIS OU SINTOMAS DE
GRAVIDADE
Diagnóstico
Critério Laboratorial
Imagem: rb.org.br
- SG (Síndrome Gripal) ou SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) +
- Sorologia/Teste Rápido (antígeno)/RT-PCR positivas
E existe algum sinal específico? SIM! É o SINAL DO HALO REVERSO (ou
“sinal do atol”)! MICROBIOLÓGICO: PCR OU TESTE RÁPIDO: ideal até 7º-8º dia dos
sintomas
IMUNOLÓGICO: SOROLOGIA (IGA, IGM, IGG): ideal > 8º dia dos
sintomas. No contexto atual de controle pandêmico e maioria da
população vacinada, tem perdido o “apelo”.
Critério Clínico-Epidemiológico
- SG ou SRAG +
- Contato 14 dias anteriores ao quadro
Critério Clínico
- SG ou SRAG +
- Anosmia ou ageusia
RT-LAMP
- A RT-LAMP (Reverse Transcription Loop-mediated Isothermal
Amplification) é uma alternativa à RT-PCR com a vantagem teórica de ANTÍGENO VIRAL
RESULTADOS MAIS RÁPIDOS EM POUCAS HORAS, o que é conseguido - Existem também TESTES
pelo fato do processo molecular de amplificação do material genético RÁPIDOS para a detecção de
ser realizado em uma única faixa de temperatura, diferente da RT-PCR, antígenos do SARS-COV-2 nas
cuja reação ocorre em 3 temperaturas diferentes (etapas de SECREÇÕES NASOFARÍNGEAS,
desnaturação, anelamento e amplificação). podendo ser utilizados para
diagnóstico na fase aguda da
doença (ideal: 3º-7º DIA APÓS INÍCIO DOS SINTOMAS), mas, embora
o RESULTADO FIQUE PRONTO EM MENOS DE 1H, ainda NÃO
POSSUEM SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE DESEJADAS. Ainda são
pouco utilizados atualmente e mais indicados na indisponibilidade dos
testes moleculares. O grande problema é que esses testes são menos
sensíveis do que os testes de biologia molecular, além do fato de
muitos kits comercializados no mercado não terem sido amplamente
validados na literatura.
Entendendo...
Medidas Gerais Vamos começar falando dos pacientes que NECESSITAM DE SUPORTE DE O2
aqui, nesses casos, temos algumas propostas terapêuticas possíveis.
- Em relação a medida farmacológicas, para o paciente tratado em domicílio,
Iniciaremos explicando como lidar com a hipoxemia gerada pelo vírus, desde a
recomenda-se basicamente o USO DE SINTOMÁTICOS, além de REPOUSO e uma
abordagem menos invasiva, até a abordagem mais invasiva, com IOT. Depois
boa alimentação/hidratação.
vamos falar do tratamento MEDICAMENTOSO que pode ser instituído em
- Há a possibilidade de usarmos anticorpos monoclonais contra SARS-COV-2 em
qualquer uma dessas fases em que o paciente necessita de suporte de O2.
paciente de mais alto risco, conforme veremos adiante.
Vamos lá!
- Se possível, é ideal que o paciente meça sua oximetria de pulso, pelo menos 2x
HIPOXEMIA (Saturação de O2 alvo: 90-94%) (!!!)
ao dia, ligando para seu médico caso esteja < 95%.
Se saturação abaixo do alvo (< 90%)...
O2 baixo fluxo (até 6l/min): sob cateter nasal
ATBterapia
Se refratário: máscara com reservatório não reinalante (até
- NÃO SÃO PRESCRITOS DE ROTINA! Somente nos casos de pneumonia 15l/min). Atenção: Conforme o fluxo aumenta, o risco de
bacteriana sobreposta à pneumonia viral, o que não é comum! dispersão do vírus com geração de aerossóis também se eleva.
- Se optarmos por iniciar cobertura antimicrobiana empírica contra pneumonia Se refratário: cateter nasal de alto fluxo (CNAF) ou VNI. Aqui
bacteriana, o paciente deve ser submetido a um adequado rastreio já há risco de liberação de aerossóis. Se possível, utilizar a máscara
microbiológico, com coleta de hemoculturas, escarro/secreção traqueal e full-face. Na CNAF, iniciar com fluxo de 40l/min (limitado a
pesquisa de antígeno urinário. 60l/min), ajustando-o para manter frequência respiratória < 25 e
- A dosagem de PROCALCITONINA parece ser útil, uma vez que valores satO2 90-94%. Na VNI, é de fundamental importância a utilização
reduzidos falam contra infecção bacteriana. Contudo, valores altos do filtro HEPA no ramo expiratório. Podem ser utilizados os modos
podem ser vistos na COVID-19 mesmo na ausência de infecção CPAP ou BIPAP.
bacteriana (mas isso só acontece de forma tardia e nos pacientes em Se ainda refratário: IOT
estado crítico não é para pedir sempre). Se ainda refratário: ECMO
“Isolamento”: afastamento de pessoas doentes ATÉ 7-10º DIA dos sintomas (ou 5º dia, se teste negativo)
“Quarentena”: afastamento de pessoas suspeitas de doença Se SRAG (“quadro grave”):
ATÉ 20º DIA dos sintomas
ETIQUETA RESPIRATÓRIA
- Cobrir nariz e boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca TEMPO DE QUARENTENA PARA CONTATOS
com as mãos ao tossir ou espirrar.
14 dias do último contato (ou 7 dias, se fez o teste no
- Evitar aglomerações, abraços, beijos e aperto de mãos
5º dia após o contato com resultado negativo)
- Evitar rocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Medidas Adicionais de Controle da Infecção Hospitalar
- É a MEDIDA ISOLADA MAIS EFETIVA na redução da disseminação de
doenças de transmissão respiratória (questão de prova). - Muitos hospitais implementaram o screening com teste molecular de COVID-
USO DE MÁSCARAS 19 para todos os pacientes que se internarem na instituição, seja para
realização de procedimentos eletivos (ex: cirurgia) ou por outros motivos
- Para a POPULAÇÃO EM GERAL, a recomendação é uso de MÁSCARA
quaisquer que a princípio não tenham relação com sinais e sintomas de COVID-
FACIAL em ambientes coletivos. Podem ser máscaras de tecido, com a
19 (ex: outra doença diagnosticada).
desvantagem de “saturar” (umedecer) e perder eficácia protetora após - Se o teste for positivo ou houver suspeita de contaminação e a internação
cerca de 2h, devendo ser trocadas. puder ser postergada, primeiro o paciente cumpre a quarentena para depois
ser internado.
- Caso a internação seja inevitável, o paciente deve ser alocado em um leito
com isolamento adequado: QUARTO PRIVATIVO COM PORTA FECHADA E BOA
VENTILAÇÃO. JAMAIS EM QUARTOS COM PRESSÃO POSITIVA!
- Se isso não for factível (ex: enfermaria), os demais leitos devem distar mais
- Para PESSOAS SINTOMÁTICAS E TRABALHADORES DA SAÚDE,
de 2 metros do leito do paciente. Caso o paciente necessite de procedimentos
recomenda-se o uso de MÁSCARAS CIRÚRGICAS como controle da
geradores de aerossol (ex: IOT, VNI), o ideal é que isso seja feito num QUARTO
fonte. São máscaras que protegem contra gotículas, mas não contra PRIVATIVO COM PORTA FECHADA, ANTESSALA E PRESSÃO AMBIENTAL
aerossóis. O tempo máximo de uso deve ser de 6-12h, devendo ser NEGATIVA.
descartadas após esse período (ou antes disso, caso umedeçam - Esses quartos de isolamento para doenças de transmissão aérea devem
precocemente). possuir um sistema que promova PELO MENOS 6 TROCAS COMPLETAS DO AR
AMBIENTE POR HORA (o ideal são 12 trocas por hora), passando este ar através
de um FILTRO HEPA.
Vacina
VARICELA (“Chickenpox”)
Imagem: express.co.uk
(*) Granuloma Caseoso: - TOSSE > 3 SEMANAS E/OU FEBRE VESPERTINA, SUDORESE
- Corresponde ao bacilo na sua forma latente. NOTURNA, PERDA DE PESO, INAPETÊNCIA E
Não é patognomônico na prática médica, mas - RX TÓRAX COMPATÍVEL
para a prova é! Primária: adenomegalia hilar unilateral
- Nódulo de Ghon: é um “granuloma grande”. Pós-primária: cavitações
Tem tendência a diminuir de tamanho com o
CRITÉRIO LABORATORIAL (MICROBIOLÓGICO – ESCARRO)
passar do tempo, deixando como resquício
Se clínica e RX positivos, o MS autoriza tratar a tuberculose mesmo sem o
um foco de calcificação no RX de tórax.
critério laboratorial!
- Complexo de Ranke = nódulo de Ghon +
linfadenopatia adjacente - TESTE RÁPIDO (TRM-TB): é atualmente o teste de ESCOLHA!
Melhor acurácia/Maior sensibilidade
90% DOS PRIMOINFECTADOS NÃO DESENVOLVEM DOENÇA Resultado pronto em 2 horas
INFECÇÃO LATENTE (“inalaram o bacilo, mas não adoeceram”) Menor risco biológico (menor risco de exposição para quem faz o teste)
Avalia se há resistência à rifampcina!
10% EVOLUEM PARA DOENÇA: podem desenvolver TB primária
ou TB pós-primária (reinfecção ou reativação) - BACILOSCOPIA DO ESCARRO (BAAR): no mínimo 2 amostras coletadas
em momentos distintos do dia (resultado demora 24-48h para ficar pronto)
TB PRIMÁRIA: adoecem já na primo-infecção (“adoece após o 1º contato”)
- CULTURA DO ESCARRO: realizada para casos duvidosos/avaliação da
TB PÓS-PRIMÁRIA: adoecem anos após o contato (por causa de um presença de resistência a determinada droga durante o tratamento/falência
momento de imunodeficiência por estresse, medicamentos, doença; ou por terapêutica/população vulnerável (demora 20-30 dias para ficar pronta)
causa de uma reinfecção/inalação de um novo bacilo)
- Diagnóstico:
Baciloscopia: positiva em < 5% dos casos
Cultura: positiva em < 40%
Padrão ouro: BIÓPSIA PLEURAL (positiva em até 90% dos casos)
TB Meníngea: RIPE 12 meses
TB Meníngea 2 MESES DE RIPE + 10 MESES DE RI
- Mais comum em CRIANÇAS NÃO VACINADAS, IMUNODEPRIMIDOS...
- É a forma que mais deixa sequelas - FAZER CORTICOIDE NOS PRIMEIROS 1-3 MESES PARA DIMINUIR O
- Características: RISCO DE COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS. Opções: prednisona 1-2
mg/kg/dia por 4 semanas ou dexametasona 0,3-0,4mg/kg/dia IV, nos casos
MENINGITE SUBAGUDA
graves, por 4-8 semanas, com redução gradual da dose nas 4 semanas
ACOMETE PAR CRANIANO (II, III, IV, VII par...)
subsequentes
PRINCIPALMENTE O VI PAR!
LCR: = PROTEINORRAQUIA ELEVADA, GLICOSE BAIXA, PNM - A INTERNAÇÃO É MANDATÓRIA!
NO INÍCIO E LINFOMONOCITÁRIO DEPOIS. Mesmo esquema do
- A TB OSTEOARTICULAR É TRATADA COM O MESMO ESQUEMA, mas
líquido pleural da TB pleural.
sem o corticoide!
TC: pode aparecer HIDROCEFALIA
- Diagnóstico:
Baciloscopia: positiva em 15% dos casos
CULTURA: positiva em 80% dos casos
TRM-TB: positivo em 30-80%
A positividade da cultura é relativamente boa e o diagnóstico geralmente sai por ela.
Uma biópsia seria muito invasiva!
Interromper RIPE por 30 dias, se: - Se o diagnóstico foi dado sem baciloscopia, o seguimento deve ser
- Icterícia ou AST/ALT 3x LSN + sintomas ou AST/ALT 5x feito com clínica e RX de tórax, no 2º e 6º mês de tratamento.
Se melhorar...
- Reintroduzir PE, depois I, depois P (3-7 dias) - TDO (Tratamento Diretamente Observado):
Se o paciente não melhorar ou estiver muito grave
Ao final do tratamento, convenciona-se que o doente deverá
- Mudar esquema: capreomicina, etambutol e levofloxacino (CEL)
ter tido NO MÍNIMO 24 TOMADAS OBSERVADAS NA FASE
- Rifampcina: SUOR/URINA ALARANJADAS, REAÇÕES DE DE ATAQUE E 48 OBSERVADAS NA FASE DE MANUTENÇÃO!
HIPERSENSIBILIDADE (RASH, NIA), CITOPENIAS, GRIPE
- Isoniazida: NEUROPATIA PERIFÉRICA por deficiência vitamínica de - APÓS 15 DIAS DE TRATAMENTO O PACIENTE JÁ NÃO É INFECTANTE!
piridoxina = a conduta é repor B6; SÍNDROME LÚPUS-LIKE
CONCEITOS IMPORTANTES!
- Pirazinamida: HIPERURICEMIA (pode precipitar gota), rabdomiólise
CASO NOVO ou VIRGEM DE TRATAMENTO (VT): pacientes que nunca se
- Etambutolho: NEURITE ÓPTICA
submeteram ao tratamento ou o fizeram por menos de 30 dias.
- Estreptomicina (aminoglicosídeo): NEFRO E OTOTOXICIDADE
RETRATAMENTO: paciente já tratado para TB por mais de 30 dias e que
- Etionamida: DIARREIA, ICTERÍCIA venha a necessitar de novo tratamento por Recidiva após Cura (RC) ou
Reações Menores
Reingresso após Abandono (RA). No caso do retratamento, coletar BK no
escarro, cultura + TSA e fazer TRM. Depois de confirmado, reiniciar o esquema.
MUITO IMPORTANTE!
ESQUEMAS DE INTOLERÂNCIA E REGRAS DO TRATAMENTO
Intolerância a R: 2LIPE/10LIE
Intolerância a I: 2RLPE/4LER
Intolerância a P: 2RIE/7RI
Intolerância a E: 2RIP/4RI
Todo esquema SEM R ou I terá 4 drogas;
Todo esquema SEM R dura 12 meses;
Todo esquema SEM I dura 9 meses;
Substituir R ou I por L (levofloxacino)
Todo esquema SEM E/P não precisa de droga adicional
IGRA
Após enfrentarmos nos últimos anos períodos de desabastecimento de
PPD, o MS passou a aceitar os chamados IGRA (INTERFERON GAMA
RELEASE ASSAYS) para o diagnóstico de infecção latente.
ESPECIFICIDADE MAIOR QUE 95%.
FORMAS DE TRATAMENTO:
Imagem: Ministério da Saúde
Como?
NOVIDADE: ISONIAZIDA + RIFAPENTINA 12 DOSES EM 3 MESES
(1X/SEMANA) Prevenção de ILTB
Doses semanais (12 doses) 1x/semana por 3 meses Quem?
Adulto: 900mg de rifapentina + 900mg de isoniazida RN CONTACTANTES DE BACILÍFEROS!
É atualmente o tratamento preferencial, incluindo adultos,
crianças acima de 2 anos, idosos e pessoas vivendo com HIV. Como?
- NÃO FAZER A BCG AO NASCER!
ALTERNATIVA 1: ISONIAZIDA, 270 DOSES, 9-12 MESES (antigo
esquema preferencial)
- DAR ISONIAZIDA OU RIFAMPCINA POR 3 MESES + PPD
ALTERNATIVA 2: RIFAMPCINA, 120 DOSES, 4-6 MESES (preferencial Se > 5mm: + 3 meses de I ou + 1 mês de R (não vacinar BCG)
em < 10 anos, > 50 anos, hepatopatia ou intolerância à isoniazida)
Se < 5mm: BCG e suspender remédio
Conceitos: Agente:
- Mais comum em ADULTOS HOMENS > 30 ANOS (estrógeno parece - HISTOPLASMA CAPSULATUM
exercer efeito protetor em mulheres a doença é muito mais comum em - Relacionada a CAVERNAS COM MORCEGOS/GALINHEIROS
homens) - É infecciosa, mas não é contagiosa!
Achados Clínicos: “TUBERCULOSE DO CAMPO”
- SINTOMAS RESPIRATÓRIOS ARRASTADOS tosse + expectoração de
evolução arrastada, dispneia, febre...
Conceitos:
- Fator de Risco: ASMA ou FIBROSE CÍSTICA
- Colonização pelo Aspergillus > reação de HIPERSENSIBILIDADE
- Obstrução da circulação pulmonar por “êmbolos” oriundos das veias. Positivo: CONFIRMA TEP
- FATORES DE RISCO: trombofilias (principalmente V de Leiden), tabagismo, (*) ESCORE DE WELLS: ESCORE PERC (ver abaixo)
idade avançada, imobilização, câncer, pós-operatório (principalmente - Clínica de TVP: 3 pontos Neste algoritmo, o paciente que
ortopedia), gestação, ACO, TRH - Sem outro diagnóstico mais provável: apresentar resposta negativa para
Manifestações Clínicas: 3 pontos todas as respostas pode ter a
- FC > 100: 1,5 pontos suspeita de TEP excluída. Pode ser
É um evento SÚBITO!
- Imobilização > 3 dias ou cirurgia < 4 utilizado para casos com Wells
- Dor torácica (pleurítica) entre 0-1 ponto.
semanas: 1,5 pontos cada
- Hemoptise - Episódio prévio de TVP/TEP: 1,5
- Sibilância pontos ESCORE DE GENEBRA MODIFICADO
- Dor nas pernas (TVP) - Hemoptise: 1 ponto É menos utilizado em relação aos
critérios de Wells, mas também é
- TAQUIPNEIA = principal SINAL. - Malignidade: 1 ponto
uma possibilidade de uso.
- DISPNEIA = principal SINTOMA MACETE...
Formas GRAVES/TEP MACIÇO: Imagem: mdsaude.com
E: episódio prévio
PROBABILIDADE ORIGINAL:
- HIPOTENSÃO (por CHOQUE OBSTRUTIVO) M: malignidade
0 – 1: baixa
- COR PULMONALE AGUDO (falência de VD por alteração pulmonar, com
B: batata inchada (clínica de TVP) 2 – 6: intermediária
turgência jugular, hepatomegalia)
- ↑BNP E TROPONINA: indicam falência ventricular/marcadores prognósticos O: outro diagnóstico > 7: alta
Exames Complementares: L: lung bleeding (hemoptise) PROBABILIDADE SIMPLIFICADA:
INESPECÍFICOS: reforçam a hipótese, mas não confirmam. I: imobilização > 4: TEP provável
< 4: TEP improvável
- Gasometria: HIPOXEMIA E HIPOCAPNIA A: alta frequência cardíaca
- ECG:
Alteração mais comum: TAQUICARDIA SINUSAL
Alteração mais específica:
PADRÃO S1Q3T3 (onda S em D1,
onda Q em D3 e inversão de onda ESCORE PERC: útil para
T em D3) também conhecido EXCLUSÃO de TEP nos casos
como PADRÃO MCGINN- com baixa suspeita clínica.
WHITE.
enciclopediaecg-diagnostico.blogspot.com
- RX de tórax: O INÍCIO DA TERAPIA JÁ COMEÇA NA SUSPEITA CLÍNICA!
Mais comum: NORMAL (dissociação clínico-radiológica)
Tratamento:
Achados inespecíficos: DERRAME PLEURAL, ATELECTASIA...
ANTICOAGULAÇÃO POR 3 MESES (DURAÇÃO VARIÁVEL)
Achados específicos: WESTERMAK (oligoemia localizada);
Anticoagulantes não dissolvem o trombo! Apenas freiam no tamanho que está!
HAMPTON (hipotransparência triangular periférica ou justapleural); O corpo, com o tempo, dissolve sozinho. Podemos estender os 3 meses nos
FLEISHNER/PALLA (dilatação do ramo descendente da artéria casos de fatores de risco NÃO MODIFICÁVEIS, como CA, trombofilia.
pulmonar). Não confirmam o diagnóstico, mas reforçam a hipótese!
QUAIS AS ESTRATÉGIAS DE ANTICOAGULAÇÃO?
(1) HEPARINA + WARFARIN 5MG/DIA (COMEÇAR SIMULTANEAMENTE)
Westermak Suspender heparina quando 2 INR entre 2-3
Fleishner/Palla Hampton
(2) RIVAROXABAN 15MG 2X/DIA
Faz ele sozinho, sem precisar de heparina
CVF (capacidade vital forçada - todo ar que sai ao longo da expiração 4. VARIABILIDADE DIÁREIA MÉDIA DO PFE: > 13%. Pode ser útil em casos
em que a espirometria é indisponível.
forçada) = 5 litros
Avaliação do Paciente com Asma:
- ÍNDICE DE TIFFENEAU (VEF/CVF) Recomendações:
VEF1/CVF = 4/5 = 0,8. Portanto, normal: > 0,75 (crianças: > 0,9) - Medidas de função pulmonar antes de iniciar o tratamento, depois a cada 3-
6 meses e, em seguida, periodicamente em intervalos mínimos de 1 ano.
- Reforçar a importância do tratamento não farmacológico: ADESÃO,
Volume
- Sempre que encontrar uma doença obstrutiva, realizar a PROVA - Dupla: BUD – FORM (budesonida inalatória + formoterol)
BRONCODILATADORA! - O formoterol é um B2 de longa, mas tem início de ação rápida
Positiva: VEF1 > 200ml (↑em valor absoluto) E > 12% (↑em valor ADULTOS E ADOLESCENTES > 12 ANOS
percentual)
M PASSO 1/2 PASSO 3 PASSO 4 PASSO 5
ASMA: REVERTE! PROVA BRONCODILATADORA POSITIVA! A
N “BUD-FORM” “BUD-FORM” “BUD- “BUD-FORM”
DPOC: NÃO REVERTE! PROVA BRONCODILATADORA NEGATIVA!
U SOS FIXO FORM” FIXO
FIXO
Então... T
Dose BAIXA Dose BAIXA Dose ALTA (>
- Doenças obstrutivas: asma e DPOC E (200-400mcg) (200-400mcg) Dose 800mcg)
- Doenças restritivas: pneumopatias intersticiais difusas N MÉDIA
Ç (400- - Tiotrópio
à 800mcg) - Especialista
Distúrbios Obstrutivos O - Anti-IGE
- Anti-IL5
Asma Brônquica
S “BUD-FORM” (200-400mcg + 6mcg)
Fisiopatologia: O
Opção: beta-2 de curta + CTC inalatório
- Inflamação CRÔNICA (à custa de EOSINÓFILOS) com episódios S
REVERSÍVEIS de HIPERREATIVIDADE brônquica (“crises asmáticas”) CRIANÇAS MAIORES (6-11 ANOS)
- FATORES ENVOLVIDOS: CIGARRO, PÓLEN, EXERCÍCIO FÍSICO, AAS, PELO M PASSO 1 PASSO 2 PASSO 3 PASSO 4 PASSO 5
DE GATO, ETC A
N CI DOSE CI DOSE CI DOSE CI DOSE CI DOSE
Fenótipos: BAIXA BAIXA MÉDIA FIXO MÉDIA + ALTA +
U
- Asma ALÉRGICA (> 80%): relação com aeroalérgenos e eosinofilia SOS FIXO BETA-2 BETA-2
T
- Asma NÃO-ALÉRGICA: relação com inflamação neutrofílica e resposta ruim (quando Dose MÉDIA LONGA LONGA
E usar (“BUD” 200- FIXO FIXO
ao corticoide N beta-2) 400mcg)
- Asma de INÍCIO TARDIO: relação com resposta ruim ao corticoide. Sempre Ç Dose Dose MÉDIA Dose ALTA
importante excluir asma ocupacional (relacionada ao trabalho) Ã Dose BAIXA Opção: CI (“BUD” 200- (“BUD” >
- Asma com OBSTRUÇÃO PERSISTENTE: perda irreversível da função O BAIXA (“BUD” DOSE BAIXA 400mcg) 400mcg)
pulmonar com obstrução fixa (exemplo: fibrose pulmonar, síndrome de overlap (“BUD” 100- + BETA-2
100- 200mcg) LONGA Opção: -Especialista
asma x DPOC)
200mcg) (“BUD- TIOTRÓPIO - Avaliar
- Asma da OBESIDADE: patogênese pouco esclarecida, mas com boa resposta FORM”) anti-IGE
a perda de peso -Especialista
Quadro Clínico:
S BETA-2 DE CURTA
- TOSSE, DISPNEIA, SIBILO, APERTO NO PEITO, RINITE O
Opção: “BUD-FORM” (200-400mcg + 6mcg)
SINTOMAS VARIÁVEIS, COM HISTÓRIA DE ATOPIA, INTERMITENTES, S
QUE PIORAM A NOITE E GERALMENTE TEM GATILHOS.
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
CRIANÇAS MENORES (< 5 ANOS) STEP 3 – SINTOMAS NA MAIORIAS DOS DIAS OU ACORDAR
M PASSO 1 PASSO 2 PASSO 3 PASSO 4
POR ASMA ATÉ 1X/SEMANA
A CONSIDERAR CI DOSE CI DOSE BAIXA MANTÉM
N CI DOSE BAIXA FIXO “DOBRADA” TRATAMENTO - USO DIÁRIO DE CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA DOSE + Β2-
U BAIXA FIXO
AGONISTA DE LONGA DURAÇÃO (LABA)
SOS Dose BAIXA +
T ALTERNATIVA 1: USO DIÁRIO DE CORTICOIDE INALATÓRIO DE DOSE
SOMENTE SE (“BUD Dose BAIXA
E “VIROSE” 500mcg por DOBRADA (“BUD ENCAMINHA MÉDIA
N NBZ ou 1.000 mcg por NBZ AO ALTERNATIVA 2: USO DIÁRIO DE CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA
Ç Dose BAIXA BECLOMETA ou ESPECIALISTA DOSE + ANTILEUCOTRIENO
à (“BUD SONA BECLOMETASONA
O 500mcg por 100mcg) 200mcg) EM SITUAÇÕES QUE NECESSITEM DE ALÍVIO SINTOMÁTICO IMEDIATO
NBZ) “RESGATE” (MANTENDO O TRATAMENTO ACIMA):
Opção: CI DOSE OPÇÃO A) CONFORME NECESSIDADE: CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA
BAIXA + DOSE + Β2-AGONISTA DE LONGA DURAÇÃO (LABA) (PREFERÊNCIA PELO
ANTILEUCOTRIENO FORMOTEROL)
OPÇÃO B) CONFORME NECESSIDADE: Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO
- Especialista
INALATÓRIO
S “BUD-FORM” (200-400mcg + 6mcg) OPÇÃO C) CONFORME NECESSIDADE: CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA
O DOSE + Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO INALATÓRIO (SABA)
Opção: beta-2 de curta + CTC inalatório
S
CRIANÇAS ENTRE 6 – 11 ANOS: A MELHOR OPÇÃO É O USO DIÁRIO
ALGUNS CUIDADOS INALATÓRIO DE CORTICOIDE EM DOSE MODERADA
- ATÉ 3 ANOS: espaçador COM máscara
- 4-5 ANOS: espaçador +/- máscara STEP 4 – SINTOMAS NA MAIORIA DOS DIAS OU ACORDAR
POR ASMA > 1X/SEMANA
ENXERGANDO DE OUTRA FORMA (ADULTOS E > 12 ANOS) - USO DIÁRIO DE CORTICOIDE INALATÓRIO DE DOSE MODERADA +
STEP 1 – SINTOMAS MENOS DE 2X/MÊS Β2-AGONISTA DE LONGA DURAÇÃO (LABA)
ALTERNATIVA 1: USO DIÁRIO DE CORTICOIDE INALATÓRIO DE DOSE
- CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA DOSE + Β2-AGONISTA DE LONGA ALTA
DURAÇÃO (LABA) [preferência pelo formoterol] para alívio sintomático ALTERNATIVA 2: ADICIONAR AO ESQUEMA TIOTRÓPIO OU
conforme a necessidade ANTILEUCOTRIENO
ALTERNATIVA 1: UTILIZAR PARA ALÍVIO SINTOMÁTICO CONFORME A EM SITUAÇÕES QUE NECESSITEM DE ALÍVIO SINTOMÁTICO IMEDIATO
NECESSIDADE – CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA DOSE + Β2- “RESGATE” (MANTENDO O TRATAMENTO ACIMA):
AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO INALATÓRIO (SABA) OPÇÃO A) CONFORME NECESSIDADE: CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA
ALTERNATIVA 2: UTILIZAR PARA ALÍVIO SINTOMÁTICO CONFORME A DOSE + Β2-AGONISTA DE LONGA DURAÇÃO (LABA) (PREFERÊNCIA PELO
NECESSIDADE APENAS Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO FORMOTEROL)
INALATÓRIO (SABA) OPÇÃO B) CONFORME NECESSIDADE: Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO
CRIANÇAS ENTRE 6-11 ANOS: É O MESMO TRATAMENTO PRECONIZADO INALATÓRIO (SABA)
ACIMA OPÇÃO C) CONFORME NECESSIDADE: CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA
DOSE + Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO INALATÓRIO (SABA)
STEP 2 – SINTOMAS 2X/MÊS OU MAIS, MAS MENOS QUE CRIANÇAS ENTRE 6 – 11 ANOS: É O MESMO TRATAMENTO PRECONIZADO
DIARIAMENTE ACIMA
- USO DIÁRIO DE CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA DOSE ou
STEP 5 – SINTOMA NA MAIORIA DOS DIAS OU ACORDAR POR
UTILIZAR PARA ALÍVIO SINTOMÁTICO CONFORME A NECESSIDADE
ASMA > 1X/SEMANA + ↓FUNÇÃO PULMONAR
- CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA DOSE + Β2-AGONISTA DE LONGA - USO DIÁRIO DE CORTICOIDE INALATÓRIO DE ALTA DOSE + Β2-
DURAÇÃO (LABA) [PREFERÊNCIA PELO FORMOTEROL]
AGONISTA DE LONGA DURAÇÃO, PODENDO ADICIONAR OUTROS
ALTERNATIVA 1: ANTILEUCOTRIENO
MEDICAMENTOS AO ESQUEMA COMO TIOTRÓPIO E ANTI-IGE.
ALTERNATIVA 2: UTILIZAR PARA ALÍVIO SINTOMÁTICO CONFORME A
NECESSIDADE – CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA DOSE + Β2- - DEVE-SE REALIZAR FENOTIPAGEM E AVALIAR A ADIÇÃO DE
AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO INALATÓRIO IMUNOBIOLÓGICO DE MANUTENÇÃO (ANTI-IGE, ANTI-IL5, ANTI-
EM SITUAÇÕES QUE NECESSITEM DE ALÍVIO SINTOMÁTICO IMEDIATO IL4R, ANTI-IL5R são exemplos OMALIZUMABE, DUPILUMABE E
“RESGATE” (MANTENDO O TRATAMENTO ACIMA): MEPOLIZUMABE).
OPÇÃO A) CONFORME NECESSIDADE: CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA DOSE - A PRESCRIÇÃO DE AZITROMICINA 3 DIAS NA SEMANA REDUZ AS
+ Β2-AGONISTA DE LONGA DURAÇÃO (LABA) (PREFERÊNCIA PELO FORMOTEROL)
EXACERBAÇÕES, PORÉM A RESISTÊNCIA ANTIBIÓTICA AUMENTA.
OPÇÃO B) CONFORME NECESSIDADE: Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO
ALTERNATIVA: ADICIONAR AO ESQUEMA ACIMA CORTICOIDE
INALATÓRIO (SABA)
SISTÊMICO EM BAIXA DOSE PARA MANUTENÇÃO
OPÇÃO C) CONFORME NECESSIDADE: CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA DOSE
+ Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO INALATÓRIO (SABA) EM SITUAÇÕES QUE NECESSITEM DE ALÍVIO SINTOMÁTICO IMEDIATO
“RESGATE” (MANTENDO O TRATAMENTO ACIMA):
CRIANÇAS ENTRE 6-11 ANOS: A MELHOR OPÇÃO É O USO DIÁRIO INALATÓRIO OPÇÃO A) CONFORME NECESSIDADE: CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA
DE CORTICOIDE EM BAIXA DOSE DOSE + Β2-AGONISTA DE LONGA DURAÇÃO (LABA) (PREFERÊNCIA PELO
FORMOTEROL)
OPÇÃO B) CONFORME NECESSIDADE: Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO
INALATÓRIO (SABA)
OPÇÃO C) CONFORME NECESSIDADE: CORTICOIDE INALATÓRIO DE BAIXA
DOSE + Β2-AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO INALATÓRIO (SABA)
Corticoides Sistêmicos
- São drogas eficazes para o tratamento de asma grave, bem como para
exacerbações graves ocasionais, mas o mecanismo exato de seu efeito Tratamento:
terapêutico ainda não foi estabelecido. O ideal é manter a dose alta do CTC - OXIGÊNIO: manter saturação 93-95%. Em crianças, cardiopatas e
inalatório e tentar fazer a mínima dose necessária de prednisona, de preferência grávidas: 94-98%. Se muito grave: CTI/preparar IOT
5-10mg em dias alternados. Em pacientes não hospitalizados com asma
- BETA-2 AGONISTA DE CURTA (SABA ex: SALBUTAMOL)
refratária, pulsoterapia com doses iniciais de prednisona na ordem de 40-
(preferencialmente com 4-10 puffs de 20-20 minutos por 1 hora com
60mg/dia, com desmame em 7-14 dias, podem ser recomendados > 20%.
inalador + espaçador. NBZ é uma alternativa)
Cromonas Se não houver melhora ou crise grave/muito grave:
- Representadas pelo CROMOGLICATO DE SÓDIO, são drogas estabilizadoras da ACRESCENTA IPRATRÓPIO (ATROVENT)
membrana dos mastócitos, prevenindo a sua degranulação. Já foram opção de
monoterapia; contudo, caíram completamente em desuso em virtude da eficácia - CORTICOIDE SISTÊMICO: iniciar na 1ª hora (mas efeito só em 4-6
inferior à do CTC inalatório e da dificuldade posológica (1-2 doses inalatórias de horas). Fazer Prednisolona VO 1mg/kg (máximo de 50mg). Via IV
6/6h). Aparentemente, são melhores na criança ou quando um estímulo é somente se VO indisponível!
identificado especificamente (ex: atividade física).
- Crises refratárias ou crises graves: considerar SULFATO DE
Beta-2 de Curta Duração MAGNÉSIO (25-75mg/kg com máximo de 2g em 20-30m) e CTC
- Os principais representantes são SALBUTAMOL (AEROLIN) e TERBUTALINA INALATÓRIO
(BRYCANIL). O GINA 2023 não considera/indica o uso de TERBUTALINA (IV, SC)
nas crises refratárias, apesar do uso rotineiro na prática médica.
Anticolinérgicos
- Os principais representantes são o BROMETO DE IPRATRÓPIO (ATROVENT) e - Para alta: recomenda-se a prescrição de terapia de controle regular
TIOTRÓPIO (SPIRIVA). São drogas amplamente utilizadas na crise asmática e na (ou aumento da dose atual) durante 2-4 semanas seguintes a crise e
manutenção dos pacientes com DPOC, mas menos usadas no tratamento de redução da terapia de alívio para utilização conforme necessidade.
manutenção da asma, tendo sido incluídos pelo GINA como opções nas etapas Prescrever CTC 5-7 dias (CRIANÇAS 3-5 DIAS). Consulta deve ser
mais avançadas.
agendada em 2-7 dias.
B2 AGONISTA DE LONGA: salmeterol e formoterol
B2 AGONISTA DE CURTA: salbutamol, fenoterol, terbutalina Já adiantando algumas diferenças...
ANTICOLINÉRGICO DE CURTA: brometo de ipratrópio
ANTICOLINÉRGICO DE LONGA: brometo de tiotrópio
METILXANTINA: teofilina | MUCOLÍTICO: carbocisteína
Crise Asmática
Avaliar pela clínica e pelo pico de fluxo expiratório (PFE/Peak Flow)!
PFE > 50% do esperado
LEVE-MODERADA Paciente bem (no máximo retração intercostal leve)
Conversa com você, termina frases
FC < 110, SatO2 > 90%, FR < 30
PFE 30-50% do esperado
GRAVE Alcalose respiratória
Frases incompletas, retrações subcostais
Esforço respiratório e agitação
FC > 110, SatO2 < 91-95%, FR > 30
PFE < 30% do esperado
Acidose respiratória (“o brônquio fechou
MUITO GRAVE completamente”), cianose/sudorese, confusão
mental
MV abolido, FC > 140 ou bradicardia, SatO2 < 90%
Sem sibilos, tórax silencioso
- Cabe lembrar também que, outro parâmetro que pode aparecer nas
provas (considerado o PRIMEIRO A SE ALTERAR NAS OBSTRUÇÕES) é
a FEF 25-75%.
Ilustração: Jorge Muniz
Avaliação do Paciente com DPOC:
Taxonomia (GOLD 2023): Classificação quanto a GRAVIDADE DA OBSTRUÇÃO:
G-DPOC Genético U- Unknown (sem causa) De acordo com o GOLD, o paciente deve ser estadiado de acordo com
DPOC parâmetros espirométricos específicos, obtidos após a administração de
D-DPC Desenvolvimento PRISm VEF1/CVF > 0,7 e CVF ou broncodilatador.
anormal VEF1 reduzidos
C-DPOC Cigarro, vape e cannabis Pré- Fator de risco, alt. GOLD I (leve) VEF1 > 80%
P-DPOC Poluição e biomassa DPOC espirométrica, enfisema,
porém com VEF1/CVF > 0,7 GOLD II (moderada) VEF1 50-79%
I-DPOC Infecções, tuberculose, I-DPOC Infecções, TB, HIV GOLD III (grave) VEF1 30-49%
HIV GOLD IV (muito grave) VEF1 < 30%
Fatores de Risco:
Classificação quanto a INTENSIDADE DOS SINTOMAS:
- TABAGISMO (pelos 2 mecanismos) com CARGA > 20-30 ANOS/MAÇO
O GOLD prioriza 2 scores: MMRC, que avalia apenas a dispneia; e CAT,
- Predisposição genética, sexo feminino, idade avançada, baixa condição preferencial, com uma avaliação mais abrangente. Ambos podem ser
socioeconômica, asma, IVAS de repetição. respondidos pelo próprio paciente. Aqueles com CAT > 10 ou MMRC > 2 são
considerados os mais sintomáticos.
- DEFICIÊNCIA DE ALFA-1-ANTI-TRIPSINA (só enfisema)
Pelo GOLD 2023, também pode ser chamado de G-DPOC CAT
ENFISEMA EM JOVEM SEM RISCO CONHECIDO
ENFISEMA EM REGIÃO BASAL (tabagismo = centroacinar)
HEPATOPATIA INEXPLICADA
VASCULITE C-ANCA +
HISTÓRIA FAMILIAR
ENFISEMA PANACINAR
Manifestações Clínicas:
Quais?
- DISPNEIA, CIANOSE, COR PULMONALE, TOSSE
CRÔNICA E PRODUTIVA, AUMENTO DO DIÂMETRO
ANTERO-POSTERIOR DO TÓRAX, REBAIXAMENTO DO
DIAFRAGMA, RETENÇÃO CRÔNICA DE CO2,
ORTOPNEIA, HIPERFONOSE DE P2/B2 SECUNDÁRIA A
HAP, EDEMA MMII
Como?
- Obstrução ao fluxo de ar HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR (aumento
do diâmetro antero-posterior do tórax, rebaixamento do diafragma) MMRC
E GRUPO A
“ALGUM BRONCODILATADOR”
Ação curta para sintomas eventuais; ação
GRUPO B
LABA + LAMA
TERAPIA DE MANUTENÇÃO
MEDIDAS GERAIS PARA TODOS OS GRUPOS:
- CESSAR TABAGISMO + VACINAÇÃO CONTRA PNEUMOCOCO E
Imagem: pt.wikipedia.org
INFLUENZA (vacina anual da gripe), DTPA E HERPES ZOOSTER + ATIVIDADE
FÍSICA + BRONCODILATADOR DE CURTA DURAÇÃO DE RESGASTE
DETALHES IMPORTANTES!
- AVALIAR OXIGÊNIO DOMICILIAR (baixo fluxo = 1-3 litros/minuto)
TEOFILINA DE LIBERAÇÃO LONGA
PAO2 < 55MMHG OU SATO2 < 88% EM REPOUSO - A teofilina de liberação longa, broncodilatador de uso oral da classe das
PAO2 56-59MMHG + POLICITEMIA (HT > 55%) OU COR PULMONALE metilxantinas, deve ser evitada no tratamento de manutenção da DPOC (o
mesmo vale para exacerbação) devido a sua elevada incidência de efeitos
Reduz mortalidade quando bem indicado (usar pelo menos 15h/dia)
adversos (ex: arritmias cardíacas), A MENOS QUE outras formas de tratamento
Almejar saturação de oxigênio > 90%
não estejam disponíveis ou não sejam praticáveis (por questão de custo ou
Colher a gasometria longe dos períodos de exacerbação! impossibilidade de uso de medicação inalatória, por exemplo).
OUTRAS MEDIDAS Nebulizar com ar comprimido, e não com oxigênio! Lembre-se que o paciente
- O uso regular de agentes antioxidantes e mucolíticos como erdosteína, DPOC é retentor crônico de CO2, logo seu drive respiratório depende da
carbocisteína e N-acetilcisteína também pode reduzir o risco de exacerbações em hipoxemia: hiperóxia reduz ventilação.
pacientes que não estejam recebendo corticoides inalatórios. Os
antileucotrienos ainda não foram testados adequadamente em pacientes com PRINCIPAIS CAUSAS: INFECÇÃO VIRAL > INFECÇÃO BACTERIANA
DPOC. - RINOVÍRUS, INFLUENZA
Quais medidas AUMENTAM SOBREVIDA? - H. INFLUENZAE > S. PNEUMONIAE > M. CATARRHALIS >
PSEUDOMONAS (pensar se quadro grave ou uso de ATB < 90 dias)
CESSAÇÃO DO TABAGISMO
OXIGENIOTERAPIA DOMICILIAR PRINCIPAIS FATORES DE RISCO:
VACINA PARA VÍRUS INFLUENZA - EXACERBAÇÃO PRÉVIA > DIÂMETRO ARTÉRIA PULMONAR > DRGE
CIRURGIA PNEUMORREDUTORA em pacientes selecionados GASOMETRIA DE UMA DPOC COMPENSADA:
REABILITAÇÃO PULMONAR (acrescida no GOLD 2023)
- PH NORMAL + ↑PCO2 + ↑BICARBONATO + BE POSITIVO
BILEVEL DOMICILIAR (acrescida no GOLD 2023)
Tratamento com terapia TRIPLA: LABA + LAMA + CI em Exemplo de gasometria típica da DPOC COMPENSADA
pacientes sintomáticos com exacerbações frequentes/grave, pH: 7,35
ou seja, GOLD E, + eosinofilia > 300 (acrescida no GOLD 2023) pCO2: 60 mmHg
Obs: até o momento não há dados conclusivos de que drogas como o CTC pO2: 59 mmHg
inalatório e broncodilatadores sejam capazes de aumentar a sobrevida! HCO3: 31 mEq/L
BE: + 6
E as vacinas?
SatO2: 91%
- Não esquecer de ANTI-INFLUENZA, PERTUSSIS, COVID-19, HERPES-
ZOOSTER e ANTIPNEUMOCÓCICA. Um conceito interessante é o de que Exemplo de gasometria típica da DPOC DESCOMPENSADA
não há indicação para vacinação de rotina contra hemófilo, uma vez que pH: 7,15
a vacina disponível é eficaz contra o H. influenzae tipo B, capsulado, e pCO2: 89 mmHg
não contra o H. influenzae não tipável (sem cápsula polissacarídea), o pO2: 60 mmHg
principal responsável pelas agudizações nos pacientes com DPOC. HCO3: 33 mEq/L
Manejo da EXACERBAÇÃO: BE: + 7
Conceito (GOLD 2023): evento caracterizado por PIORA DA DISPNEIA E/OU SatO2: 90% (com suplemento de O2)
TOSSE COM EXPECTORAÇÃO NOS ÚLTIMOS 14 DIAS, que pode ser
acompanhado por taquipneia e/ou taquicardia e, frequentemente, está associada
com INFLAMAÇÃO LOCAL E SISTÊMICA causada por infecção, poluição ou
outro insulto à via aérea. Principais causas: INFECÇÃO VIRAL (rinovírus e
influenza) INFECÇÃO BACTERIANA (H. influenza, pneumococo,
>
pseudomonas) > OUTRAS (INFARTO, TEP, FA, IC, PNEUMOTÓRAX)
Epidemiologia:
- Tipicamente um HOMEM > 50 ANOS, TABAGISTA. É a PID + comum.
Quadro Clínico:
- DISPNEIA AOS ESFORÇOS de INSTALAÇÃO INSIDIOSA (MESES A
ANOS), associados a TOSSE SECA, com/sem sintomas constitucionais.
Pneumonia Intersticial Usual (faveolamento) - No exame físico: ESTERTOR EM VELCRO em TERÇO INFERIOR
- BAQUETEAMENTO DIGITAL pode ser encontrado em 50% dos casos.
Imagem: rb.org.br - Sinais de HIPERTENSÃO PULMONAR podem estar presentes
Diagnóstico:
- RX: infiltrado RETICULAR OU RETICULONODULAR BILATERAL
predominante nos TERÇOS INFERIORES.
- TC: PNEUMONIA INTERSTICIAL USUAL (PIU) +/- BRONQUIECTASIAS
- A confirmação pode ser feita pela COMBINAÇÃO ENTRE QUADRO
CLÍNICO TÍPICO E ALTERAÇÕES NA TC. Quando estes não forem
elucidativos, BX PULMONAR A CÉU ABERTO ou guiada por toracoscopia.
Pneumonia Intersticial Não Específica (vidro fosco) - Um cuidado a ser tomado é que o FAN é positivo em 20% dos casos.
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
Pneumonia Eosinofílica
AGUDA CRÔNICA
Homem de 20-40 anos Mulher de 30-40 anos
Hipersensibilidade Asma e atopia
Febre < 4 semanas (< 7 dias) Evolução de semanas/meses
Neutrofilia Eosinofilia Eosinofilia ao diagnóstico
Espirometria: restritivo Espirometria: variável
Imagem: rb.org.br
OBS: o exame mais SENSÍVEL para detectar uma alteração funcional pulmonar na
fibrose pulmonar idiopática é a DIFUSÃO DE MONÓXIDO DE CARBONO (questão
USP-RP)
Opacidade reticular bilateral Costuma poupar o centro
Padrão Histopatológico:
- PNEUMONITE INTERSTICIAL USUAL, caracterizada pela presença
LBA com EOSINÓFILOS | IGE
concomitante, na mesma biópsia, de ALVEOLITE MONONUCLEAR + Tratamento com CORTICOIDE
FIBROSE ALVEOLAR + ÁREAS DE FAVEOLAMENTO, poupando brônquios Diagnósticos Diferenciais: Churg-Strauss, infecção fúngica,
e vasos. Loeffler, drogas, aspergilose broncopulmonar
Tratamento: prognóstico reservado VÍNCULO CEREBRAL DOENÇAS CÍSTICAS QUE FAZEM
- Medidas de SUPORTE: oxigênio suplementar, reabilitação pulmonar e PNEUMOTÓRAX:
vacinação anti-influenza e antipneumocócica.
GRANULOMATOSE (OU LINFANGIOLEIOMIOMATOSE
- NINTEDANIB (inibidor da tirosina quinase) e PIRFENIDONA (inibidor do
HISTIOCITOSE) DE CÉLULAS DE
TGF-beta) para os casos de doença leve-moderada. LANGERHANS
- SILDENAFIL parece ter benefício pequeno nos casos de doença HOMENS 20-30 anos MULHERES na menacme
avançada com DLCO < 35% e disfunção de VD. Relação com síndromes
- O antigo tratamento padrão com corticoide, azatioprina e acetilcisteina Forte relação com CIGARRO genéticas (ex: ESCLEROSE
não é mais utilizado após um estudo demonstrar ausência de benefício TUBEROSA)
e aumento do risco de hospitalização e morte. PID LENTA E PROGRESSIVA PNEUMOTÓRAX E HEMOPTISE
- A TALIDOMIDA parece melhorar a tosse e o TRATAMENTO DO DRGE com PNEUMOTÓRAX
pode ser benéfico, uma vez que a microaspiração tem papel importante RECORRENTE E HEMOPTISE Cistos de paredes finas
(distribuição homogênea) e
na história natural da doença. CISTOS “BIZARROS” EM
DERRAME PLEURAL COM
REGIÃO DE ZONAS
Resumindo... TRIGLICERÍDEOS (QUILOSO)
SUPERIORES
- FIBROSE = padrão RESTRITIVO na espirometria
- Fibrose Superior: pensar em Silicose ou Sarcoidose
- Fibrose Inferior: pensar em fibrose pulmonar idiopática ou asbestose
Estágios:
Imagem: saudebemestar.pt
0: normal
1: adenopatia hilar
2: adenopatia hilar + acometimento de parênquima
3. doença parenquimatosa
4: parênquima com fibrose Triagem:
- TESTE DO PEZINHO: IDENTIFICA A IRT (tripsina imunorreativa)
Alteração: repetir até 30 dias de vida
Alteração confirmada: teste do suor
Diagnóstico:
> > - TESTE DO SUOR: cloro aumentado (> 60) em DUAS AMOSTRAS
Laboratório/Diagnóstico: Se < 29: não é fibrose cística
- CLÍNICA + RX/TC (adenopatia hilar +/- infiltrado no parênquima pulmonar) + Se 30-59: valor intermediário. Pesquisar mutações para
BX COM GRANULOMA ESTÉRIL diagnóstico
Qual órgão biopsiar? - Após o teste de suor positivo, sempre pesquisar mutações para
O DE MAIS FÁCIL ACESSO (pele, linfonodo...) definir terapêutica para avaliar uso de moduladores da CFTR!
Se indisponível: PULMÃO
Manifestações Clínicas:
Não precisa biopsiar a síndrome de Lofgren!
RESPIRATÓRIAS
- LBA com relação CD4/CD8 > 4 TOSSE PERSISTENTE
- AUMENTO DO NÍVEL SÉRICO DE ECA (enzima conversora da S. aureus, PSEUDOMONAS e B. cepacia
angiotensina). SINUSOPATIA; PÓLIPOS NASAIS
- HIPERCALCEMIA, HIPERGLOBULINEMIA, LINFOPENIA BRONQUIECTASIAS
Tratamento: Exacerbações
- CORTICOIDE para os casos SINTOMÁTICOS E QUE ENVOLVE DOENÇA
OCULAR, NEUROLÓGICA, CARDÍACA E RENAL.
- Droga padrão: PREDNISONA ORAL (20-40mg/dia) geralmente por 4-6
semanas, com reavaliação e desmame, conforme evolução clínica.
- Se refratário: METOTREXATO, azatioprina
- Oligo/assintomático: acompanhar
6. Hipertensão Pulmonar
Definição:
- PRESSÃO ARTERIAL
PULMONAR MÉDIA > 20-
25MMHG
Etiologia:
Tem que saber os grupos!
Eles são cobrados em prova!
Manifestações Clínicas:
- DISPNEIA AOS ESFORÇOS (principal sintoma)
- EDEMA (em casos avançados por insuficiência ventricular)
- DESDOBRAMENTO + HIPERFONESE DE B2
- INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE
- MOVIMENTO PARAESTERNAL ESQUERDO (batimento de VD palpável) +
B4 (sobrecarga de pressão de VD)
- Sinais/sintomas relacionados ao baixo DC: FADIGA, FRAQUEZA, SÍNCOPE,
PRECORDIALGIA
65 ANOS: “VASCULAR E ÓSSEA” Outros: DIGITAL (em dose > 0,125mg), DIURÉTICOS,
Mulher: OSTEOPOROSE (densitometria) ANTICOAGULANTES, laxativos, relaxante muscular, AINES,
Homem que já fumou: ANEURISMA E AORTA ABDOMINAL amiodarona, clorpropamida, meperidina, bisacodil
(USG) POLIFARMÁCIA:
- Utilização de 2 ou mais medicamentos de uso contínuo por períodos
REPARE!
acima de 240 dias/ano.
Coletivamente, existem 3 grandes causas de óbito! São somente essas
que nós devemos rastrear! - Outras referências: uso de 5 ou mais medicamentos
- Circulatória: DM, dislipidemia, aneurisma de aorta abdominal PROFILAXIA DA RAIVA
- Câncer: colorretal, pulmão, próstata, colo uterino, mama
Ratos, porquinho-da-índia, hamster, coelho: não fazer!
- Externas: osteoporose
Entendendo alguns conceitos...
Idade Morbidade Teste Observações Contato INDIRETO:
Tocar ou “dar de comer” para o animal
20 anos Dislipidemia Perfil lipídico MS: a partir dos 40 Lambedura em pele íntegra
(SBC) anos Contato em pele íntegra com secreções ou excreções de animal,
ainda que raivoso ou de caso humano
Grave
OBSERVAR 10 DIAS!
Leve - Se raiva, morre ou VACINAR
desaparece: vacina (4 doses: dias 0, 3, 7 e 14)
(4 doses: 0, 3, 7, 14)
Grave OBSERVAR por 10 DIAS!
- Se raiva, morre ou VACINA
desaparece: VACINA (4 doses: 0, 3, 7 e 14)
(4 doses: 0, 3, 7, 14) + SORO
+ SORO
DETALHES
- VACINA: IM/ID em 4 doses (0-3-7-14)
- SORO: D0 ou até D7 (3ª dose) da vacina. Se passar de D7, não há mais indicação!
- IMUNOGLOBULINA: reservada para os casos de hiperssensibiliade ao soro anti-
rábico ou que já utilizou outros soros de origem heteróloga, principalmente
pessoas que tem contato mais íntimo com animais (ex: veterinários, cuidadores
de animais, etc)
Manual do Ministério da Saúde
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!
- SEMPRE LAVAR COM ÁGUA E SABÃO!
- Perceba que no acidente com cão/gato saudável, não suspeito e que pode ser
observado, a conduta é sempre OBSERVAR!
- Perceba que no acidente com morcego, independente se o contato foi até
mesmo indireto, a conduta é sempre VACINA + SORO.
- O animal pode transmitir a doença mesmo vacinado!
- O animal transmite a doença 5 dias antes de manifestar os sintomas e costuma
morrer 5 dias depois do aparecimento da doença!
- Se animal silvestre/interesse econômico (bovino/suíno) ou morcego: sempre
considerar como acidente grave!
PROFILAXIA DO TÉTANO
- Agente: CLOSTRIDIUM TETANI (bacilo gram-positivo produtor de esporos)
- Contaminação: introdução de esporos em soluções de continuidade em pele e
mucosas
- Risco MÍNIMO de transmissão: ferimentos superficiais, limpos, sem corpos
estranhos ou tecidos desvitalizados
- Risco ALTO de transmissão (“o resto”): ferimentos profundos ou superficiais
sujos, com corpos estranhos ou tecidos desvitalizados, queimaduras, feridas
puntiformes ou por armas brancas e de fogo, mordeduras, politraumatismos e
fraturas expostas.
Hist. Vacinal Ferida de Baixo risco Ferida de Alto risco
- VACINA
(se última dose > 5 anos)
> 3 doses VACINA - SORO Manual do Ministério da Saúde
(se última dose > 10 (se última dose > 5 anos em
anos) idoso, imunodeprimido,
desnutrido grave. Também
considerar o uso se não for
garantido o acompanhamento do
indivíduo)
Incerta ou
< 3 doses VACINA VACINA + SORO
Cuidados locais com a ferida: lavar a ferida com água corrente e sabão. Evitar
sutura em mordeduras!
Imunoglobulina: preferir em detrimento ao soro em casos de RN,
imunodeprimidos e reação grave ao uso prévio de soro
Objetivo da AGA
- Identificar o paciente com FRAGILIDADE!
- Fadiga (autorreferida)
- Fatless (perda de peso 5% no último ano)
F
- ↓ ísica (atividade física reduzida através do gasto calórico semanal)
(*) A pontuação depende da escolaridade! - ↓Função (marcha prejudicada, lentificada, com velocidade reduzida)
Total: 30 pontos
Analfabetos: 19 Consequências:
1-3 anos de escolaridade: 23 - Maior VULNERABILIDADE
4-7 anos de escolaridade: 24 Neuromuscular (sarcopenia)
> 7 anos de escolaridade: 28
Imune
(*) Parâmetros avaliados: orientação temporal e espacial, memória
imediata e de evocação, atenção e cálculo, linguagem. Endócrina
(*) É um teste de RASTREAMENTO! Não faz diagnóstico!
Eutanásia
- O MÉDICO TOMA CONDUTAS COM O INTUITO DE ABREVIAR A VIDA
DO PACIENTE (“suicídio assistido”). No Brasil é crime.
Distanásia
- O médico toma condutas de suporte a vida num paciente em que a
possibilidade de sobrevida não mais existe (terapia fútil ou obstinação
terapêutica). PROLONGA O SOFRIMENTO.
Ortotanasia
COMO COMUNICAR MÁS NOTÍCIAS?
- O médico entende a terminalidade do paciente e NÃO TOMA
QUALQUER ATITUDE DIAGNOSTICO-TERAPÊUTICA FÚTIL OU
OBSTINADA, podendo inclusive retirar medidas de suporte à vida
previamente instituídas. Possui RESPALDO ÉTICO. Adota-se a estratégia
denominada LIMITAÇÃO DOS ESFORÇOS TERAPÊUTICOS (LET).
Kalotanásia
- É como se fosse uma subclassificação de ortotanásia, mas envolvendo
outros aspectos. Entenda:
Ortotanásia: “morrer na hora certa, de forma natural”
Kalotanásia: “DAR DIGNIDADE ANTES DE MORRER”
PROTOCOLO SPIKES
Mistanásia S SET UP
- “MORTE MISERÁVEL”. Relação com o NÃO FORNECIMENTO DE Assegurar ambiente adequado para conversa
CONDIÇÕES BÁSICAS ANTES DA MORTE. Exemplo: intubar sem P PERCEPTION
sedativo, insuficiência respiratória sem disposição de oxigênio, etc. “O que você sabe sobre a sua doença?”
I INVITATION
DIRETIVA ANTECIPADA DE VONTADE “Você quer saber todos os detalhes do seu problema?”
- Quem determina o desfecho é O PRÓPRIO PACIENTE, que declara K KNOWLEDGE
“Sinto muito em ter que dizer isso, mas...”
verbalmente ou por escrito o que quer que seja feito no momento de
E EMOTIONAL
morte. Seja empático
S SHARE
Coloque todos a par dos próximos passos
DOR
SE NÃO SOUBER A CAUSA:
Haloperidol, clorpromazina, metoclopramida
SE REDUÇÃO DA MOTILIDADE:
Metoclopramida, mirtazapina, domperidona...
ASSOCIADA A QUIMIOTERAPIA:
Antagonista do receptor 5-HT3 (ondasentrona)
OS ÚLTIMOS ESTÁGIOS
OPIOIDE REGULAR
Codeína 30-60mg 4/4h
Morfina 5-10mg 4/4h (1-5mg, se virgem)
BENZODIAZEPÍNICOS
Se houver componente de ansiedade
BRONCODILATADORES E CORTICOIDES
Se houver DPOC e asma...
OXIGÊNIO É CONTROVERSO!
Pode gerar ansiedade, mas também pode tranquilizar!
Imagem: cienciasecognicao.org
Formas Clínicas:
DEMÊNCIA CORTICAL
VASOS CALIBROSOS (MULTI-INFARTO)
- Presença de doença aterosclerótica
- Evolução SÚBITA, mas em DEGRAUS (cada AVE prévio vai levando a uma
piora)
Doença da Vaca Louca (Demência por Príons)
DEMÊNCIA SUBCORTICAL
- Demência + MIOCLONIA
VASOS PERFURANTES (INFARTO LACUNAR OU DOENÇA DE
- Evolução RÁPIDA
BINSWANGER):
- Variante mais comum: CREUTZFELDT-JAKOB
- Quadro MAIS BRANDO
- Alteração histológica: ALTERAÇÕES ESPONGIFORMES
- Degeneração da substância branca periventricular, processo conhecido
- PROGNÓSTICO RUIM. É uma doença rapidamente progressiva
como LEUCOARAIOSE
- Não tem tratamento específico.
- Evolução mais ARRASTADA
- Diagnóstico de exclusão
Tratamento:
- TRATAR FATORES DE RISCO (HAS, DM, etc): principal!
- ↑Acetilcolina com anticolinesterásicos de ação central: secundário
(como teste terapêutico, não funcionam tão bem)
E as outras demências?
As mais comuns e que mais caem em prova são essas. A terceira mais comum,
inclusive, é a demência mista (paciente com Alzheimer + demência vascular),
mas temos que conhecer as outras para fechar as questões de prova.
Principal Causa?
DOENÇA DE PARKINSON. Nem toda síndrome parkinsoniana é
doença de Parkinson!
Outras Causas?
(2) INTRÍNSECOS:
Parkinsonismo secundário
- Fatores de atrapalham a cicatrização: DESNUTRIÇÃO, IDADE,
- Droga: metoclopramida, flunarizina, haloperidol (drogas antagonistas DIABETES...
dopaminérgicas) - Condições que levam à IMOBILIDADE.
- Damage (dano): AVE, trauma (Muhammad Ali), hidrocefalia Classificação (Centro Nacional Americano – SHEA):
ESTÁGIO 1 PELE ÍNTEGRA
- Degenerativa: Lewy, paralisia supranuclear, Príon - Hiperemia mantida após 1h de alívio da pressão
O que realizar em casos de dúvida? - Reversível se fatores forem controlados
TRATAR!
- Se responder: doença de Parkinson!
- Se não responder: pensar em outras causas!
APROFUNDANDO O TRATAMENTO
Necrose
Esfacelos
Perda total dos tecidos no MÍNIMO EXSUDATO: HIDROGEL + PROTEGER COM HIDROCOLOIDE
qual a profundidade base da FINO OU ESPUMA DE POLIURETANO
úlcera está coberta por MODERADO EXSUDATO: PROTEGER COM HIDROCOLOIDE +
tecido necrótico e/ou escara ESPUMA DE POLIURETANO
no leito da ferida. Provável 3 ABUNDANTE EXSUDATO: ALGINATO + PROTEGER COM
ou 4. HIDROCOLOIDE OU ESPUMA DE POLIURETANO
FRONTAL
ÁREA DE BROCAR (ou área motora da linguagem ou área de execução da
linguagem) lesões nessa estrutura levam à afasia motora (ou afasia de brocar).
A pessoa com afasia motora não consegue mais articular palavras! Ela até
consegue entender o que falam para ela... Se der uma ordem para ela, ela
executa. Agora... Se apontar para uma caneta e perguntar o que é, ela não vai
conseguir articular as palavras para responder... Não consegue falar direito!
Saiba: áreas de linguagem não existem em dois hemisférios! Não há uma
duplicação de área de linguagem... Só existe no hemisfério dominante! Essa área
só está presente no nosso HEMISFÉRIO DOMINANTE (geralmente no lado
ESQUERDO, seja a pessoa direita ou esquerda).
OLHAR CONJUGADO: o centro direito comanda o olhar conjugado para a Repare que a artéria subclávia emite uma
esquerda e vice-versa. Então, o olhar conjugado vai desviar para o lado da lesão! artéria vertebral (uma de cada lado). As
artérias vertebrais vão subindo, entram no
CÓRTEX MOTOR: é onde nasce o 1º neurônio motor! A importância já foi crânio através do forame magno e se unem
explicada acima. O que tem que saber nesse momento como conceito para gerar uma única artéria basilar.
neurológico é que, óbvio, os neurônios responsáveis por movimentar uma Também temos a circulação anterior ou
determinada parte do teu corpo não ficam espalhados um em cada canto. Eles carotídea, que começa na artéria carótida
ficam agrupados em um “cantinho” do córtex motor... Apesar de o córtex motor comum, que se bifurca em carótida externa
participar dos movimentos de perna, corpo, braço, mão e face, o que temos que e interna. A carótida externa vai irrigar uma
guardar nesse início é que os neurônios responsáveis pelos movimentos da perna, porção mais extracraniana (não participa de
do membro inferior, são mais mediais quando em comparação com os neurônios irrigação de parênquima cerebral). A
que mexem nas demais regiões do meu corpo... É isso que temos que saber! Os carótida interna, por sua vez, entra no
neurônios que mexem a perna ficam ‘mais no meio’, mais mediais, mais para crânio e participa ativamente da perfusão
dentro, do córtex motor! Isso é o que tem de mais importante do córtex frontal... de parênquima cerebral! E olha que evento
mágico... A princípio, essas circulações até
Não esqueça! pareciam ser independentes, sem relação
Os neurônios responsáveis pelos membros inferiores são de uma com a outra (uma sobe pela frente e
localização MAIS MEDIAL! = ‘A PERNA É MEDIAL’ Imagem: rodrigopaez.com.br outra sobe por trás). Mas, repare...Em
determinado ponto ocorre um encontro de
anastomoses! E esse encontro vascular é
PARIETAL
muito importante! É possível, por exemplo,
CÓRTEX SENSITIVO: a única coisa temos que guardar sobre esse córtex é
que se uma circulação comece a ficar
que é nele que fica o nosso córtex sensitivo! É para onde convergem os terceiros
deficiente, como nesse ponto há contato
neurônios sensitivos para que haja consciência das sensações! O que também
vascular, pode ser que a outra circulação
tem que saber aqui? Não é bagunça... Existem grupos de neurônios para mexer
consiga suprir as necessidades dessa
as mãos, grupos de neurônios para mexer braço, mão, face... Agora, o mais
circulação que ficou um pouco mais
importante aqui é a mesma coisa que eu já guardei sobre o córtex motor! Os
deficiente! Esse ponto é tão importante que
neurônios responsáveis pelas sensações da PERNA estão no lado mais MEDIAL do
agora vamos ver detalhes desse ponto de
córtex, em comparação com os neurônios que comandam as demais partes do
anastomose vascular!
corpo!
Imagem: proffelipebarros.com.br
TEMPORAL
ÁREA DE WERNICKE: no córtex temporal, existe uma outra área da nossa
linguagem. É a área de Wernicke! É a área SENSITIVA da linguagem (ou área de
interpretação, entendimento ou percepção). Lesões nessa área geram a afasia de
Wernicke (ou afasia sensitiva). A pessoa fala as palavras, mas não entende o que
as pessoas falam para ela e nem o que ela fala. Fala, mas fala palavras desconexas.
E lembrando... Isso aqui é área de linguagem e área de linguagem não existe em
dois hemisférios. Também só está presente no HEMISFÉRIO DOMINANTE
(geralmente o lado esquerdo).
OCCIPITAL
CÓRTEX VISUAL: responsável pela consciência daquilo que estamos
enxergando
TRONCO e CEREBELO
PARES CRANIANOS: diplopia, disfagia, vertigem...
COORDENAÇÃO: ataxia
CEREBRAL ANTERIOR
Parte MEDIAL
CEREBRAL MÉDIA
Parte LATERAL
CEREBRAL POSTERIOR
Parte POSTERIOR
Macetes
(1) SÍNDROME CRUZADA = LESÃO DE TRONCO!
(2) LESÕES PONTINAS ou BULBARES cursam com SÍNDROME
VESTIBULAR ou CEREBELAR.
(3) LESÕES PONTINAS = DESVIO DO OLHAR PARA O LADO DA
HEMIPLEGIA! Diferente dos AVEs de artéria cerebral média.
Lesão na PONTE
SÍNDROME DE FOVILLE
Fraqueza em...
- BRAÇO E PERNA CONTRALATERAL
- FACE DO MESMO LADO DA LESÃO
- ACOMETIMENTO DE NERVO FACIAL IPSILATERAL: PARALISIA FACIAL
PERIFÉRICA
- ACOMETIMENTO DE NERVO ABDUCENTE IPSILATERAL: DIPLOPIA E
ESTRABISMO CONVERGENTE.
- Desvio do olhar conjugado PARA O LADO DA HEMIPLEGIA, ou seja,
diferente nos AVEs de artéria cerebral média.
- OFTALMOPLEGIA INTERNUCLEAR CONTRALATERAL
Lesão no MESENCÉFALO
SÍNDROME DE WEBER
Fraqueza em...
- FACE, BRAÇO E PERNA CONTRALATERAL
- ESTRABISMO DIVERGENTE, PTOSE, MIDRÍASE NÃO FOTORREAGENTE,
DIPLOPIA (mesmo lado)
- Acometimento de NERVO OCULOMOTOR (“wê aí, wê aí”)
URINÁRIA) OU CEREBELARES (TREMOR, ATAXIA) - AUSÊNCIA DE ATROFIA MUSCULAR SIGNIFICATIVA porque o quadro é
agudo e autolimitado (cai em prova direto)
- NEURALGIA DO TRIGÊMIO
- PODE PEGAR NERVO CRANIANO (PARALISIA FACIAL BILATERAL
Paciente jovem com neuralgia do trigêmio é EM até que se prove o contrário!
SIMÉTRICA – DIPLEGIA FACIAL)
- SINTOMAS DE UHTOFF (sintomas pioram com o calor/exercícios/febre)
- Principal causa de óbito: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA POR PARALISIA
- SINAL DE LHERMITTE (choque elétrico “descendo pelas costas” ao flexionar DIAFRAGMÁTICA (15-30%)
o pescoço)
Guillain-Barré possui diversas variantes. Uma das
Padrão de Evolução: principais é a SÍNDROME DE MILLER-FISHER,
- 85% EM FORMA DE SURTO-REMISSÃO caracterizada por OFTALMOPLEGIA + ATAXIA +
Surto = mínimo 24h ARREFLEXIA GENERALIZADA.
Remissão = 1 mês
- 15% em forma progressiva Diagnóstico:
- 1%: lesão focal sugestiva de EM = síndrome clínica isolada - CLÍNICA + LÍQUOR, evidenciando: DISSOCIAÇÃO PROTEINOCITOLÓGICA
(apareceu isso em prova, pode marcar Guillain Barré)
Diagnóstico: - Eletroneuromiografia: PADRÃO DESMIELINIZANTE
- Clínica: SURTOS EM > 2
Tratamento:
TERRITÓRIOS DO SNC. “DOENÇA
- PLASMAFÉRESE OU IMUNOGLOBULINA
DISSEMINADA NO TEMPO E NO
- Corticoide NÃO! Não há benefício...
ESPAÇO”. Surta-remite-surta-
remite. ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Conceitos: Conceitos:
- DOENÇA AUTOIMUNE DA PLACA MOTORA - DISTÚRBIO DA PLACA
ANTIRRECEPTOR DA ACETILCOLINA MOTORA/CANAIS DE CÁLCIO
- 2 PICOS: 10-30 ANOS (MULHERES) E 50-70 ANOS (HOMENS) PRÉ-SINÁPTICOS
- DOENÇA AUTOIMUNE
(ANTIRRECEPTOR DO CANAL
DE CÁLCIO)
- Em 50% dos casos é uma SÍNDROME PARANEOPLÁSICA
(principalmente CA DE PULMÃO OAT-CELL)
Clínica:
- FRAQUEZA + FATIGABILIDADE, maaas... (MELHORA AO LONGO DO DIA)
Imagem: md-health.com
Musculatura afetada: PROXIMAL DE MMII (SIMÉTRICA),
Clínica: MUSCULATURA DA FACE, PTOSE
- Fraqueza + FATIGABILIDADE (PIORA COM REPETIÇÃO E À NOITE)
MANIFESTAÇÕES AUTONÔMICAS (hipotensão postural,
FORMA OCULAR/MUSCULATURA OCULAR EXTRÍNSECA (mais sudorese, taquicardia, etc)
comum): PTOSE, DIPLOPIA, OFTALMOPARESIA
Diagnóstico:
FORMA GENERALIZADA: começa no OLHO, evolui para - Eletroneuromiografia: POTENCIAL INCREMENTAL
MUSCULATURA BULBAR (dificuldade para falar, engolir) e depois (“vai ganhando força com o movimento repetitivo”)
para MUSCULATURA PROXIMAL DOS MEMBROS (dificuldade
para elevar os braços) - Anticorpo: ANTICANAL DE CÁLCIO (P/Q-VGCC)
3. Distrofias Musculares
Conceitos Gerais:
- DISTROFINOPATIAS (defeito da distrofina)
Distrofia de DUCHENNE
Distrofia de BECKER
Diagnóstico:
- CK MUITO ALTA (20-1000x normal). Com o tempo e "morte" do
músculo, vai reduzindo.
- ENMG: padrão MIOPÁTICO
Imagem: neurocare.com.br
- Biópsia: DEGENERAÇÃO E REGENERAÇÃO DE FIBRAS +
SÃO LIGADAS AO X
SUBSTITUIÇÃO POR GORDURA
- Doenças AUTOSSÔMICAS RECESSIVAS (ligadas ao X)
- CONFIRMAÇÃO: análise das DISTROFINAS MUSCULARES e/ou TESTE
- PRATICAMENTE EXCLUSIVA DO SEXO MASCULINO
GENÉTICO
DISTROFIA DE DUCHENNE
Ocorre em 30 para cada 100.000 nascidos vivos (XY) Tratamento:
Clínica: - NÃO TEM CURA.
- NORMAL AO NASCIMENTO - CORTICOIDE: retardar a progressão da doença.
- 2-3 anos: FRAQUEZA PROXIMAL PROGRESSIVA (MMII) QUEDAS - Péssimo prognóstico. Óbito costuma ocorrer na 3ª década de vida
FREQUENTES, DIFICULDADE PARA CORRER E PULAR, SINAL DE por COMPLICAÇÕES DA MUSCULATURA CARDIOPULMONAR.
GOWERS ("levanta se escalando")
DISTROFIA DE BECKER
Ocorre em 3 para cada 100.000 nascidos vivos (XY)
4. Hipertermia Maligna
Condições Necessárias:
Clínica:
- CONTRAÇÃO MUSCULAR SUSTENTADA (TRISMO)
- HIPERTERMIA
- TAQUICARDIA/ARRITMIAS
- ACIDOSE MISTA (HIPERCAPNIA + ACIDOSE LÁTICA)
- PSEUDOHIPERTROFIA de panturrilhas (panturrilha aumenta de Diagnóstico:
volume por lipossubstituição) - É CLÍNICO!
- 12 anos: NECESSIDADE DE CADEIRA DE RODAS
Tratamento:
- Outros sintomas:
- Suspender o anestésico + medidas de suporte
RETARDO MENTAL (MAIORIA)
- DANTROLENE SÓDICO
CARDIOMIOPATIA DILATADA
PSEUDO-OBSTRUÇÃO INTESTINAL
- O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!
- Punção lombar somente se: < 6 meses, suspeita de meningite, não
vacinados para haemofilos ou pneumococo entre 6-12 meses
(considerar), em tratamento com antibiótico
- Tratamento: suporte e acalmar pais. Diazepam, se crise
- Risco maior de epilepsia se: história familiar de epilepsia,
anormalidades do desenvolvimento neurológico, crise atípica, crise
com febre de duração < 24h
- Maior risco de recorrência (30-50%) se: < 1 ano, crise em febre baixa
(38-39º), crise com < 24h de febre, história familiar
Imagens: rb.org.br | Larissa Marques Santana e colaboradores OBS: segundo o Nelson, em casos de ANSIEDADE EXTREMA/PREOCUPAÇÃO
EXCESSIVA dos pais, é possível a prescrição de BENZODIAZEPÍNICO
- Tratamento: CARBAMAZEPINA é a principal escolha! PROFILÁTICO durante o episódio febril. Conduta de exceção!
- BOA RESPOSTA AO TRATAMENTO CIRÚRGICO
ESTADO DE MAL EPILÉPTICO
Síndrome de West
> 5 MINUTOS OU > 2 CRISES SEM RECUPERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
- MENORES DE 1 ANO (início aos 4-7 ENTRE ELAS
meses de vida) Tipos:
- Principal causa orgânica: anóxia - Status epilepticus CONVULSIVO (tônico-clônico)
neonatal - Status epilepticus NÃO CONVULSIVO (ausência, focal, confusão
- ESPASMOS (pescoço, tronco, membros) mental...)
+ RETARDO NO DESENVOLVIMENTO
Tratamento:
NEUROPSICOMOTOR
- NÃO SE ESQUECER DO BLS
- EEG: HIPSARRITMIA (ritmo bilateral e caótico, com ondas lentas, de
- 1º: GLICOSE 50% + TIAMINA IV (se não conhecer o caso. Pode fazer
alta voltagem, multifocais)
mesmo se não for a causa caso não saiba a história)
- Tratamento: ACTH (primeira opção), VIGABATRINA (segunda opção,
pode gerar problemas visuais no longo prazo) - 2º: DIAZEPAM IV (01 AMPOLA 10MG) OU RETAL OU MIDAZOLAM
IM OU LORAZEPAM IV (não tem no Brasil)
Síndrome de Lennox-Gastaut
Obs: não fazer Diazepam pela via IM! A absorção é errática!
- Mais comum em pré-escolares (2-10 anos) Obs: A DEPENDER DA LITERATURA, O BENZODIAZEPÍNICO PODE SER
- Pode ser consequência da síndrome de West ou não REPETIDO EM ATÉ 1-2X.
- QUALQUER CRISE + RETARDO NO DESENVOLVIMENTO MENTAL + Se não melhorar...
DISTÚRBIO COMPORTAMENTAL - 3º: FENITOÍNA (HIDANTAL) IV 20MG/KG na velocidade de 50MG/MIN
- EEG típico: espícula-onda de 1-2,5HZ (PODE REPETIR 1X, COM METADE DA DOSE). OPÇÕES: LEVETIRACETAM OU
- Tratamento: LAMOTRIGINA ÁCIDO VALPROICO
Se não melhorar...
- 4º: FENOBARBITAL IV 20MG/KG na velocidade de 50MG/MIN (EM
CRIANÇAS MENORES DE 4 SEMANAS, É A DROGA INICIAL. ATUALMENTE, OS
GUIDELENES TÊM “PULADO” ESSA ETAPA = DIANTE DA REFRATARIEDADE DA
FENITOÍNA, JÁ PASSAM PARA O PASSO ABAIXO.)
Se não melhorar...
- 5º: ANESTESIA COM MIDAZOLAM, PROPOFOL OU
PENTOBARBITAL/TIOPENTAL (paciente intubado)
Critérios Diagnósticos:
- Sintomas de DESATENÇÃO
- Sintomas de HIPERATIVIDADE-IMPULSIVIDADE
SUNCT/SUNA
Tratamento:
Clínica:
- CIRURGIA SEMPRE QUE POSSÍVEL.
- CEFALEIA, NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, PAPILEDEMA, ESTRABISMO
- QT/RT: alguns tumores respondem
CONVERGENTE (PARALISIA VI PAR)
- ANTICONVULSIVANTES: não há respaldo para profilaxia. Individualizar! O
neurocirurgião, entretanto, pode decidir deixar profilaticamente a depender da
cirurgia.
- CORTICOIDE, se EDEMA PERILESIONAL (exemplo: dexametasona 4mg de
6/6h)
- MEDIDAS PARA HIC: drenagem de líquor, elevação de cabeceira, etc
Tipos:
- BENIGNOS:
MENINGIOMA: mais comum
NEURINOMA DO ACÚSTICO (VIII PAR): surdez unilateral
CRANIOFARINGIOMA: criança, supra selar, calcificação,
hemianopsia bitemporal (perde campos visuais laterais)
- VÔMITOS (podem ser em JATO)
- TRÍADE DE CUSHING: HIPERTENSÃO + BRADICARDIA + ARRITMIA MENINGIOMA NEUROMA CRANIOFARINGIOMA
“Tumor 1º + ACÚSTICO “1-3% dos tumores de
RESPIRATÓRIA
comum” “Schwanno SNC”
- SINTOMAS FOCAIS: se EFEITO DE MASSA ou HERNIAÇÃO CEREBRAL ma do VIII
par”
Tratamento: Epidemiologia Mulher de
e meia-idade, Idade média Principalmente
Associações radiação, de 50 anos, crianças, mas também
história neurofibrom acomete adultos
familiar atose tipo II
positiva
Hemianopsia
bitemporal, distúrbios
METAS: Sintomas Hipoacusia endócrinos
- PPC 60-70 Clínica lentamente do lado (hiperprolactinemia,
- PIC < 20 progressivos acometido hipogonadismo,
diabetes insipidus,
etc), déficit de
crescimento
Captante e Lesão
homogêneo, captante no Lesão suprasselar com
Neuroimagem “empurra” o ângulo calcificação, podendo
parênquima pontocerebe ter componente sólido
lar (“casca e cístico
de sorvete”)
Tratamento Cirúrgico, com alto potencial de cura
Imagens: rb.org.br
(*) Isso vale para os EUA! No Brasil, geralmente se utiliza a rifampcina mesmo!
Haemophilus:
Para quem?
- Todos os contatos, desde que haja uma criança com menos de 4 anos
além do caso índice e não vacinada ou imunodeprimido; criança
imunodeprimida; creches com > 2 casos (até 60 dias).
Como?
- RIFAMPCINA 600MG 1X/DIA (20mg/kg/dose) POR 4 DIAS
ATENÇÃO!
Imagem: researchgate.net Se não realizar o tratamento com CEFTRIAXONE (exemplo: penicilina
para meningococo), você cura a meningite, mas não erradica o agente
da orofaringe! Então, NOS CASOS DA NÃO REALIZAÇÃO DO
TRATAMENTO PARA HAEMOPHILUS OU MENINGOCOCO, VOCÊ DEVE
REALIZAR A QUIMIOPROFILAXIA PARA O PRÓPRIO PACIENTE!
Como diferenciar com os outros agentes?
Meningoencefalite Herpética
Aumento de PNM e GLICOSE BAIXA: BACTERIANA
Etiologia:
Aumento de LINFOMONO e GLICOSE BAIXA: FUNGO (geralmente HIV
- Herpes simples tipo 1 – HSV1
+ por criptococose) ou TB
Clínica:
Aumento de LINFOMONO e GLICOSE NORMAL: VIRAL (meningite - Clínica da meningite +
mais comum da prática médica/causada principalmente por - ALTERAÇÃO DO COMPORTAMENTO
enterovírus) ou ASSÉPTICA - Sinal focal
Tratamento: Diagnóstico:
ATENÇÃO! É uma emergência infecciosa e o tempo porta-ATB deve ser de no - Líquor: padrão viral
máximo 60 minutos! - Imagem: acometimento do LOBO TEMPORAL
Tratamento:
- ACICLOVIR
- Letalidade: 20-30%
Principais Etiologias:
- IMUNOCOMPETENTES: ESTREPTOCOCOS (40%) > ANAERÓBIOS (30%) >
ENTEROBACTÉRIAS > S. AUREUS principalmente BACTÉRIAS!
- IMUNOCOMPROMETIDOS: NOCARDIA, TOXOPLASMA, ASPERGILLUS,
CANDICA, CRIPTOCOCO... maioria NÃO BACTERIANA!
Abscesso Bacteriano
COMO AS BACTÉRIAS CHEGAM NO CÉREBRO?
(1) FOCO SUPURATIVO (exemplo: sinusite, mastoidite, meningite)
(2) TCE OU NEUROCIRURGIA
Fatores de Risco: (3) DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA (pneumonia, empiema...)
- TROMBOFILIAS HEREDITÁRIAS (ex: SAF, fator V de Leiden) (4) CRIPTOGÊNICO (não se sabe o foco, mas geralmente está associado a
- ANTICONCEPCIONAIS infecções dentárias)
- GESTAÇÃO Localização:
- Outros: obesidade, malignidades, infecções, TCE - FRONTAL/FRONTOPARIETAL (+ comum): pensar em sinusite ou infecção
Quadro Clínico: dentária
- CEFALEIA (sintoma mais comum). Duração variável: pode ser aguda ou - TEMPORAL E CEREBELAR: pensar em otite média e mastoidite
arrastada. - PARIETAL E FRONTAL POSTERIOR: pensar em via hematogênica
- HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: papiledema, borramento visual Quadro Clínico:
- CONVULSÃO - TRÍADE CLÁSSICA (presente na minoria dos casos): FEBRE + CEFALEIA +
- DÉFICIT NEUROLÓGICO FOCAL: hemiparesia, afasia DÉFICIT NEUROLÓGICO FOCAL
- OUTROS POSSÍVEIS:
Diagnóstico: CRISE CONVULSIVA
- NEUROIMAGEM! VÔMITOS
ANGIORM VENOSA CEREBRAL REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Opção: angioTC venosa cerebral Diagnóstico:
SINAL DO DELTA VAZIO realce de contraste no seio sagital - NEUROIMAGEM (TC/RNM)
superior
SINAL DO CORDÃO ingurgitamento do seio venoso
LESÕES ISQUÊMICAS OU HEMORRÁGICAS
INTRAPARENQUIMATOSAS podem ocorrer
simultaneamente
Imagem: lecturio.com
SINAL DO DELTA VAZIO
- LABORATÓRIO: leucocitose, ↑PCR/VHS, hiponatremia (SIADH)
- PUNÇÃO LOMBAR: antes de excluir massa, papiledema, déficit
neurológico focal... NÃO! Risco de herniação!
Tratamento:
(1) DRENAGEM estereotáxica (escolha) ou cirúrgica
- HARRISON: se abscesso < 2-3cm e paciente oligossintomático, não
precisa drenar
SINAL DO CORDÃO
(2) ANTIBIÓTICO por 6-8 SEMANAS
- Não esperar culturas para iniciar!
- Qual? Depende da etiologia!
(3) ANTICONVULSIVANTES por PELO MENOS 3 MESES (definir a
continuidade após eletroencefalograma) +
(4) DEXAMETASONA (4-10mg 6/6h), SE EDEMA CEREBRAL
(5) ACOMPANHAMENTO COM TC/RNM a CADA 15-30 DIAS
Imagens: rb.org.br Tuberculoma
Tratamento:
- Conceito importante: NÃO estão
- Fase AGUDA: HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR em dose plena
associados a IMUNOSSUPRESSÃO!
Exemplo: enoxaparina 1mg/kg 12/12h SC
- Clínica: semelhante ao abscesso
Sangramento NÃO contraindica
bacteriano
- Após a ALTA: ANTICOAGULANTE ORAL DIRETO OU WARFARINA
- Diagnóstico: NEUROIMAGEM (região
Se fator de risco transitório: 3-6 meses
central com ponto de CALCIFICAÇÃO) +
Sem fator de risco identificado: 6-12 meses
BIÓPSIA ESTEREOTÁXICA
Trombofilia/recorrência: uso permanente Imagem: anatpat.unicamp.br - Tratamento: RIPE 12 meses
- QUEDA DO COMPLEMENTO (principalmente C3): até 8 semanas SÍNDROME NEFRÍTICA (10%). Cai muito em prova, mas não há
período de incubação e pode ser deflagrada por fator não
- Hematúria microscópica: até 1-2 anos
estreptocócico. A melhor forma de diferenciar é através do
- Proteinúria leve: 2-5 anos
complemento! Aqui, O COMPLEMENTO NÃO É CONSUMIDO!
(70-75%) INTOXICAÇÕES
Beta-lactâmicos, sulfa, rifampcina,
PATOGENIA Deposição de metais pesados (chumbo e cádmio) em
AINE, alopurinol, fenitoína túbulos
Se túbulo proximal = síndrome de Fanconi
(2) DOENÇAS SISTÊMICAS (10-20%) Ficar atento com DOENÇAS OCUPACIONAIS
Lúpus, Sjogren, sarcoidose...
HIV
(3) INFECÇÕES SISTÊMICAS (5-10%)
DROGAS Associação com TENOFOVIR
Bacilo de Koch, Citomegalovírus, Candida, E. coli...
Pielonefrite [compressão extrínseca dos vasos] - Bicarbonato: ACIDOSE TUBULAR RENAL TIPO II*
Causa: bicarbonatúria
Hemoglobinopatia (falciforme) [fenômenos de vaso-oclusão]
Detalhe: hipocalemia (perde HCO3- e K+ para compensar)
Obstrução [nefropatia obstrutiva com compressão extrínseca dos vasos] - Falha generalizada: SÍNDROME DE FANCONI
DM [vasculopatia diabética] Causa: principalmente mieloma múltiplo
Analgésico [vasoconstrição da vasa recta] Glicosúria sem hiperglicemia + acidose e hipocalemia +
bicarbonatúria + fosfatúria + aminoacidúria + uricosúria
Clínica:
- FEBRE + DOR LOMBAR/DISÚRIA + DISTÚRBIOS DA ALÇA DE HENLE
HEMATÚRIA Concentra a medula através do carreador Na-K-2Cl
- Diagnóstico diferencial com pielonefrite e
litíase - Principais marcas: POLIÚRIA + HIPOCALEMIA + ALCALOSE +
HIPERCALCIÚRIA/NEFROLITÍASE
Diagnóstico:
- Melhor exame: UROGRAFIA EXCRETORA - Carreador inibido por doença: SÍNDROME DE BARTTER
Imagem: pubs.rsna.org (“RING-SHADOW OU SOMBRA EM ANEL”) - Carreador inibido por remédio: FUROSEMIDA (LASIX)
DISTÚRBIOS DO TCD
Tratamento:
- SUPORTE + AFASTAR A CAUSA + AVALIAR ITU Reabsorve sódio ou cálcio através do carreador Na-Cl
DISTÚRBIOS DO TC CORTICAL
Detalhe: hipoK
- ATR IV
Causa: diminuição da aldosterona, as trocas acontecem de
forma menos intensa (retém potássio, hiperK)
Detalhe: hiperK
Ateroembolismo
Causas:
- Principal: FATOR PRECIPITANTE (geralmente PROCEDIMENTO
VASCULAR ex: ARTERIOGRAFIA) +
> 70-90% dos casos Menos comum DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: NIA E NEFROPATIA POR CONTRASTE
IDOSOS com fator de risco MULHER JOVEM (15-50 anos) - Se realizar biópsia: FISSURA VASCULAR BICONVEXA
cardiovascular - Laboratório: ↑CPK, EOSINOFILIA/EOSINOFILÚRIA e QUEDA DO
Estenose DISTAL à aorta COMPLEMENTO
Estenose PROXIMAL à aorta (arteriografia com aspecto de
COLAR DE CONTAS)
Tratamento: a princípio Tratamento: angioplastia
medicamentoso
Consequências:
ATIVAÇÃO DO SRAA SEM HIPOVOLEMIA presente!
É o quadro clínico de uma HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Imagem: Doença Renal Ateroembólica | Dummer e colaboradores
Vasoconstrição e HIPERTENSÃO ARTERIAL de difícil controle,
tipicamente < 30 OU > 50 ANOS DE IDADE
RETENÇÃO DE SÓDIO
HIPOCALEMIA + ALCALOSE
SOPRO NO ABDOME
SINAIS DE ATEROSCLEROSE
ATROFIA RENAL OU ASSIMETRIA > 1,5CM
Imagem: clinicalimagingscience.org
- SUSPEITAR, SE: indústrias de BATERIAS, AUTOMOBILÍSTICA, pigmentos - AUMENTO DA CREATININA APÓS 48H DA ADMINISTRAÇÃO
para TINTAS e estabilizantes para PLÁSTICOS, PETROLÍFERA, DO CONTRASTE, mas com MELHORA APÓS 1-2 SEMANAS
CERÂMICA e de SOLDA - LESÃO RENAL AGUDA **NÃO-OLIGÚRICA**
Gadolíneo
- NÃO É NEFROTÓXICO! Porém... SE TFG < 30ML/MIN = RISCO DE
FIBROSE SISTÊMICA NEFROGÊNICA
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
@ casalmedresumos Rins e Desordens Sistêmicas
1. Rim e Hipertensão Arterial 2. Rim e Anemia Falciforme
Conceitos Iniciais: Conceitos Iniciais:
- Lembre-se que os rins - Lembre-se que na anemia falciforme ocorre anemia hemolítica e
constituem UM DOS ÓRGÃOS- ISQUEMIA POR VASO-OCLUSÃO! Aqui podemos ter diferentes tipos
ALVO DA HAS, junto com de lesão renal: isostenúria, necrose de papila, lesão glomerular...
coração, cérebro, retina, etc.
- A lesão típica é a
NEFROESCLEROSE
HIPERTENSIVA (ou
NEFROPATIA HIPERTENSIVA)
Imagem: br.kairosweb.com
ISOSTENÚRIA
Nefroesclerose Hipertensiva
BENIGNA - Lesão MAIS COMUM e PRECOCE
- Dificuldade em concentrar a urina por isquemia da medula renal
Fisiopatologia:
- Clínica: urina diluída, poliúria e tendência à desidratação
- Redução do lúmen das arteríolas aferentes por HIPERTROFIA DA
CAMADA MÉDIA E ARTERIOSCLEROSE HIALINA. NECROSE DE PAPILA
- Isquemia crônica glomerular com morte dos néfrons por
- Manifestada por hematúria, dor lombar e febre
GLOMERULOESCLEROSE FOCAL GLOBAL
- Urografia excretora evidencia o sinal do ring shadow
Quadro Clínico e Diagnóstico:
- HAS GLOMERULOPATIA
- DOENÇA RENAL CRÔNICA: aumento progressivo e lento de ureia e - Representada por glomeruloesclerose focal e segmentar (GESF)
creatinina - Clínica: proteinúria, SÍNDROME NEFRÓTICA
- SEM PROTEINÚRIA SIGNIFICATIVA: < 1,5g/24h + EAS normal
- BIÓPSIA RENAL: somente se DÚVIDA diagnóstica 3. Rim e Mieloma Múltiplo
Conceitos Iniciais:
Tratamento:
- Mieloma múltiplo é mais comum em IDOSOS, principalmente
- CONTROLE PRESSÓRICO
NEGROS
- Anti-hipertensivos de escolha: IECA OU BRA
- O quadro clínico é caracterizado pelo mnemônico “CARO”!
MALIGNA
C: cálcio (hipercalcemia)
Fisiopatologia:
- Aumento intenso e RÁPIDO da PA A: anemia
- NECROSE DAS ARTERÍOLAS AFERENTES R: rins (lesão renal)
- Lesão em “BULBO DE CEBOLA” O: osso (dor óssea)
Quadro Clínico e Diagnóstico: - O mieloma múltiplo pode gerar lesão renal de diversas formas:
- Pode se manifestar sob a forma de EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA nefropatia por cadeias leves, nefrocalcinose, amiloidose primária...
(PAS > 180 e/ou PAD > 120)
NEFROPATIA POR CADEIAS LEVES (mais comum)
- Quadro semelhante à SÍNDROME NEFRÍTICA, com hematúria,
Clínica:
elevação rápida de ureia/creatinina +/- proteinúria, que pode estar
- Doença renal crônica
presente
- SÍNDROME DE FANCONI: lesão específica do túbulo proximal com
Tratamento: bicarbonatúria, aminoacidúria, glicosúria, fosfatúra e uricosúria
- CONTROLE PRESSÓRICO
NEFROCALCINOSE
- Anti-hipertensivos de escolha: NITROPRUSSIATO OU
Conceito:
NITROGLICERINA IV
- Corresponde ao depósito de cálcio no parênquima renal
Clínica:
- POLIÚRIA, NICTÚRIA, POLIDIPSIA (DIABETES INSIPIDUS
Imagem: anatpat.unicamp.br NEFROGÊNICO)
AMILOIDOSE PRIMÁRIA (AL)
Conceito:
- Depósito glomerular de fibrilas de Ig com VERMELHO DO CONGO
POSITIVO
Clínica:
- SÍNDROME NEFRÓTICA
Tratamento:
(1) CONTROLE GLICÊMICO INTENSIVO:
OSMOLARIDADE = 2X NA + GLI/18 + UR/6 (VR: 285 – 295) - Indicação: HIPONATREMIA AGUDA SINTOMÁTICA
OSMOLARIDADE “EFETIVA” = 2X NA + GLI/18 (SAI A URÉIA) - Repor: NACL 3%
- Clínica: EDEMA NEURONAL
- GERALMENTE A HIPONATREMIA É HIPO-OSMOLAR, com 2 exceções:
HIPONATREMIA AGUDA (< 48 H): CEFALEIA, CONVULSÃO, COMA
HIPONA HIPEROSMOLAR: situações com ↑ GLICEMIA HIPONATREMIA CRÔNICA (> 48 H): NADA
HIPONAISOSMOLAR: ↑LIPÍDIOS, PROTEÍNA (PSEUDO-
CUIDADO!
HIPONATREMIA) REPOSIÇÃO INADEQUADA = risco de
GAP OSMÓTICO = OSM MEDIDA (OSMÔMETRO) – SÍNDROME DE DESMIELINIZAÇÃO
OSM PLASMÁTICA (CALCULADA). OSMÓTICA (mielinólise pontina).
SE > 10 = INTOXICAÇÃO EXÓGENA (GERALMENTE Achados: letargia, tetraparesia,
POR ÁLCOOL) disfagia, disartria...
Gap osmótico é quando existe uma diferença entre o que o osmômetro mediu e
o que você calculou. Se essa diferença for > 10, indica intoxicação exógena! Isso
acontece porque o aparelho detecta substâncias que não entram na fórmula. ELEVAR NATREMIA EM NO MÁXIMO 3 MEQ/L NAS PRIMEIRAS
2º: VOLEMIA 3H E 10-12 MEQ/L EM 24H (TENDÊNCIA: 8-10 MEQ/L EM 24H)
- HIPOVOLEMIA (causa mais comum) ATIVA ADH E SEDE E COMO CALCULAR A QUANTIDADE DE SALINA A 3%?
DIURÉTICOS, SANGRAMENTO, PERDAS DIGESTIVAS E URINÁRIAS, EXISTEM 3 FORMAS POSSÍVEIS!
CSWS (síndrome cerebral perdedora de sal)
FORMA 1
- HIPERVOLEMIA (“edema, mas pouco volume circulante efetivo”) - Bolus 100ml (↑4-6mEq) em 20 minutos (repetir até 3x)
LÍQUIDO NO 3º ESPAÇO (↑ADH)
Fazer até haver aumento de 5mEq (dosar logo após o
INSUFICIÊNCIA RENAL, IC, CIRROSE, NEFRÓTICA
término da infusão) ou melhora dos sintomas.
- EUVOLEMIA:
FORMA 2
SIADH* (secreção inapropriada de ADH), HIPOTIREOIDISMO
- PRIMEIRO: CALCULAR O DÉFICIT DE SÓDIO (EM MEQ) 0,6 (HOMEM)
SIADH
OU 0,5 (MULHER OU IDOSO) OU 0,45 (MULHER E IDOSA) x PESO x ∆Na+
Fisiopatologia:
(VARIAÇÃO DE SÓDIO DESEJADA)
- Excesso de ADH: hipervolemia transitória
- Secreção do ANP (NATRIURÉTICO ATRIAL): natriurese (Na urinário > 40) - SEGUNDO: CONVERTER O RESULTADO DE MEQ EM GRAMA 1G
- Hipervolemia transitória + natriurese = hiponatremia EUVOLÊMICA NACL = 17 MEQ
- Urina: ELEVAÇÃO DE ÁC ÚRICO, SÓDIO (> 40) e OSMOLARIDADE (> 100) - TERCEIRO: CALCULAR A QUANTIDADE DE ML PARA REPOR EM SALINA
Obs: hipouricemia em prova = doença tubular ou SIADH! 3% (SE EM 100ML HÁ 3G, QUANTOS ML HÁ EM XG?)
Causas:
EXEMPLO 1: PACIENTE DO SEXO MASCULINO, 50 ANOS, 70KG, E EM COMA
- SNC: HSA, meningite
PORQUE ESTÁ COM 110 DE SÓDIO. COMO REPOR? TENHO QUE FAZER
- Iatrogenia: neurofármacos (antidepressivos, carbamazepina, haldol, etc),
SALINA 3% PORQUE ELE ESTÁ SINTOMÁTICO!
cirurgia/pós-operatório
- Doenças pulmonares: legionella, OAT cell (e outras neoplasias) PRIMEIRO PASSO: calcular o déficit de sódio em mEq!
- HIV 0,6 x 70 x 3 (‘3’ é quanto eu quero elevar de sódio nas primeiras 3
horas) = 126 mEq
Síndrome Cerebral Perdedora de Sal (SCPS)
Tenho que repor 126 mEq nas primeiras 3 horas!
Causas:
- Lesões de SNC
SEGUNDO PASSO: transformar o resultado de mEq para gramas de NaCl
Fisiopatologia:
1g NaCl ---- 17 mEq
- Secreção de BNP (NATRIURÉTICO CEREBRAL) X = 7,4g NaCl
Xg NaCl ---- 126 mEq
- A diferença é praticamente o peptídeo. Entretanto, aqui NÃO HÁ
Se 1 grama de NaCl tem 17 mEq, 126 mEq tem quantos gramas? 7,4! Vou ter
EXCESSO DE ADH!
que repor 7,4 gramas de NaCl nas primeiras 3 horas.
- Diferença básica da SIADH: hiponatremia HIPOVOLÊMICA
QUARTO PASSO: calcular o restante das 21 horas Exemplo: paciente de 70kg com sódio de 110 e sintomático
Já calculamos a reposição para as primeiras 3 horas! Para completar 24h,
precisamos das 21 restantes! 3 mEq já foram repostos... Agora faltam 9 mEq! 1ml/kg = 70ml de NaCl 3% para variar 1 mEq de sódio. Se quiser variar 10
0,6 x 70 x 9 (´9´ é quanto eu quero elevar de sódio nas próximas 21 mEq = 700ml de NaCl 3%
horas) = 378 mEq
1g NaCl ---- 17 mEq 3g ---- 100ml Hipernatremia
Xg NaCl ---- 378 mEq 22g ---- Xml O que é?
- DÉFICIT DE ÁGUA OU ADH (Na > 145 mEq/L)
X = 22g NaCl X = 733ml de salina 3% nas próximas 21h
Causas:
Vamos ter que repor 378 mEq nas próximas 21h! Transformando em gramas de - Incapacidade de pedir/ingerir líquidos (ACAMADOS, IDOSOS, RN
NaCl, ficam 22 gramas, o que corresponde a 733ml de solução salina a 3% nas
OU LACTENTE, COMA)
próximas 21 horas! E, dessa vez, quanto vai ficar o sódio desse paciente depois
dessas 24 horas de reposição? Se estava em 110, agora vai estar em 122! - DIABETES INSIPIDUS*
Déficit de ADH.
RESUMÃO DA FORMA 2:
Pode ser CENTRAL (não há produção) ou NEFROGÊNICO (há
1. Calcular o déficit de sódio (em mEq): 0,6 (H) ou 0,5 (M) x P x ∆Na (esse delta produção, mas há resistência à sua ação)
é o quanto eu quero elevar de sódio – geralmente colocamos 3) DESMOPRESSINA
Administrar e avaliar a
OSMOLARIDADE URINÁRIA
2. 1g NaCl = 17 mEq (converter o resultado de mEq para grama). SE FOR CENTRAL, a osmolaridade urinária normaliza;
SE FOR NEFROGÊNICO, o quadro permanece o mesmo
3. Repor NaCl 3% (3g está para 100ml, assim como o resultado da conta acima
está para X ml). Então, reponho X ml de NaCl. Clínica:
- Desidratação neuronal: CEFALEIA, HEMORRAGIA CEREBRAL,
COMA
FORMA 3 (ADROGUÉ)
Tratamento:
- ÁGUA POTÁVEL VO OU ENTERAL
- Soluções hipotônicas: SG 5% ou NaCl 0,45% EV
- REDUZIR NA EM ATÉ 10 MEQ/L NAS PRIMEIRAS 24 HORAS
Reposição Rápida:
- Risco de EDEMA CEREBRAL
ATENÇÃO!
DIABETES INSIPIDUS CENTRAL
Diagnósticos diferenciais:
- Em casos de POLIÚRIA E POLIDIPSIA, pensar também em DM E
POLIDIPSIA PRIMÁRIA.
O teste para diferenciar diabetes insipidus e polidipsia primária
é o TESTE DA RESTRIÇÃO HÍDRICA
Se polidipsia primária: cura
Se diabetes insipidus: piora/desidrata
Laboratório:
- SÓDIO PLASMÁTICO NORMAL (o paciente compensa a perda de água
EXEMPLO: PACIENTE DO SEXO MASCULINO, 60 ANOS, 70KG, E EM COMA
PORQUE ESTÁ COM 113 DE SÓDIO. COMO REPOR? TENHO QUE FAZER SALINA ingerindo a mesma e equilibrando o sódio) ou AUMENTADO (depois que a
3% PORQUE ELE ESTÁ SINTOMÁTICO! ingestão de água não compensa a perda).
OSMOLARIDADE E DENSIDADE URINÁRIAS DIMINUÍDAS
Variação da natremia para 1 litro = 513 (concentração de sódio de NaCl 3%)
-
(muita água/hipostenúria)
– 113 (sódio do paciente) / 0,6 x 70 (água corporal) + 1 = 400/43 = Conduta:
9,3mEq/L - Administrar DESMOPRESSINA (DDAVP).
Ou seja, 1 litro de NaCl 3% varia 9,3mEq/L. - SE FOR NEFROGÊNICO: RESTRIÇÃO DE SOLUTOS DA DIETA (sal,
E se eu quiser aumentar apenas 3mEq/L? Só fazer a regra de 3! proteína). Lembre-se que não haverá resposta a reposição de desmopressina
no diabetes insipidus nefrogênico!
1 litro NaCl 3% ----- 9,3mEq/L
X = 320ml de NaCl 3% em 3 horas - SE REFRATÁRIO: HIDROCLOROTIAZIDA (isso mesmo/para “incomodar”
X litros NaCl 3% ----- 3mEq/L
o rim), AINES (“incomodar o rim para ele, numa reação, puxar mais sódio e
água para diminuir o débito urinário”)
Abordagem:
- 1ª MEDIDA: se ECG alterado ou K > 6,5, estabilizar a membrana
cardíaca com GLUCONATO DE CÁLCIO 10% (1 ampola em 2-5
minutos)
- SE REFRATÁRIO: DIÁLISE
Macetão: sempre que surgir uma nova substância ácida (aquela capaz de liberar H+ entender a relação DELTA-DELTA!
para o meio), vai aumentar o AG! Exemplo: lactato na acidose láctica, cetoácidos na
cetoacidose, ácido sulfúrico na uremia, AAS na intoxicação exógena... Sempre que RELAÇÃO DELTA/DELTA: é o quanto o AG variou em relação ao seu valor médio
surge um novo ácido, também surge um novo ânion (que aumenta o AG). Isso pode normal (delta AG) comparado ao quanto a concentração de bicarbonato variou
ajudar bastante em prova! Nas perdas digestivas baixas, não tem surgimento de ácido! em relação ao seu valor médio normal (delta [HCO3]). Fisiologicamente, esta
O paciente perde bicarbonato (na urina ou nas fezes)... E se perde bicarbonato, outro relação tem que ser proporcional (ou "estequiométrica"): se o AG aumenta
ânion tem que subir! O cloreto... Outra causa é a infusão rápida acima de 2 litros de 1mEq/L, isso significa que 1mEq/L de H+ foi liberado na dissociação do ácido
soro fisiológico, que tem 154 mEq de cloro por litro! É uma carga grande de cloro! E se que aumentou o AG, o que implica o consumo de 1mEq/L de HCO3.
tem muito cloreto, outro ânion tem que cair... Quem é? O bicarbonato! Cuidado com
pacientes internados em CTI que já estão em acidose metabólica com altas ACIDOSE METABÓLICA COM AG
quantidades de soro fisiológico! Opte pelo Ringer Lactato, um cristaloide mais ALTO + ACIDOSE AG NORMAL
<1
alcalinizante. O lactato é convertido no fígado em bicarbonato! O soro fisiológico é mais Exemplo: choque hipovolêmico
acidificante. (acidose láctica) + diarreia intensa
ENTÃO... PARA APRENDER DE UMA VEZ POR TODAS! (AG – 10) ACIDOSE METABÓLICA COM AG
1-2
ACIDOSE METABÓLICA COM AG AUMENTADO (HCO3 – 24) ALTO (exclusiva)
Causas:
ACIDOSE COM AG ALTO + ALCALOSE
S: salicitato (intoxicação por AAS) >2
METABÓLICA
Exemplo: choque séptico (acidose
A: álcool (metanol, etilenoglicol) láctica) + vômitos
L: lactato (choque, doença hepática, transito GI lento) Calma! Vamos entender colocando em prática!
U: uremia EXEMPLO 1
Paciente internado em CTI com choque séptico e obstrução intestinal alta por
D: diabetes (cetoânions) tumor de antro gástrico. O que podemos esperar neste cenário? Pelo choque
séptico, esperamos acidose lática (acidose metabólica com AG aumentado), e
Tratamento:
HCO3: consequências: pela obstrução intestinal esperamos drenagem nasogástrica excessiva e
- TRATAR O DISTÚRBIO DE BASE!
↑ Na consequentemente uma alcalose metabólica. Ou seja, um distúrbio misto.
- Indicações de HCO3 Como os distúrbios esperados tendem a mover o pH arterial em direções
↑ Volemia
Intoxicação opostas, é perfeitamente possível que o pH se encontre dentro da faixa de
↓ Ca
Uremia com pH < 7,1 a 7,2 normalidade se a intensidade de cada distúrbio individual for equivalente.
Alcalose
Cetoacidose com pH < 6,9 Porém, os demais parâmetros da gasometria estarão necessariamente
alterados. Será?
ACIDOSE METABÓLICA COM AG NORMAL (HIPERCLORÊMICA) Segue a gasometria do paciente: pH = 7,4 | HCO3 = 23 | pCO2 = 36
Causas: Essa gasometria está normal, certo? Mas existe um distúrbio acidobásico misto,
- PERDA INFRAPILÓRICA (diarreia, fístula pancreática) olha só o AG: Na = 135 | Cl = 82. O AG é de 30.
- PERDA URINÁRIA (ATR, ureterossigmoidostomia) Qual a relação delta/delta? Se o AG médio normal é 10 e o AG atua do paciente
é 30, o "delta AG" é 20. Como a [HCO3] média normal é 24 e a [HCO3] atual do
Tratamento:
paciente é 23, o "delta HCO3" é 1mEq/L. Logo, a relação delta AG/delta HCO3
- TRATAR COM REPOSIÇÃO DE BASES! é de 20:1, um valor extremamente desproporcional!
CITRATO DE POTÁSSIO VO (base equivalente ao bicarbonato)
EXEMPLO 2
Tríade da intoxicação por metanol (associada a ingestão de bebida alcóolica) Paciente internado no CTI com choque hipovolêmico secundário a uma
ACIDOSE + INSUFICIÊNCIA RENAL + CONFUSÃO MENTAL diarreia infecciosa. O que esperamos neste cenário? Pelo choque
+ ↑ GAP osmolar hipovolêmico, acidose lática (AG aumentado). Pela diarreia (perda intestinal de
+ Bebida alcoólica HCO3), acidose hiperclorêmica (AG normal). Logo, espera-se uma acidose
mista, associando um componente de AG aumentado com um componente
Pontos Importantes... de AG normal.
Segue a gasometria do paciente: pH 7,2 | HCO3 10 | pCO2 25
METANOL: suspeitar se história de destilados clandestinos. O metanol é
Vejamos seu AG: Na 135 - Cl 110 + HCO3 10 | AG = 15
metabolizado em ácido fórmico, que é tóxico.
Qual a relação delta/delta? Se o AG médio normal é 10 e o AG atual do
ETILENOGLICOL: suspeitar se história de anticongelantes (radiadores). O paciente é 15, o "delta AG" é 5. Como a [HCO3] média normal é 24 e a [HCO3]
etilenoglicol é metabolizado em ácido oxálico. atual do paciente é 10, o "delta HCO3" é 14. Logo, a relação delta/delta é 0,357,
um valor extremamente desproporcional.
DIETILENOGLICOL: sistema de resfriamento da cervejaria (pode cair em
ENTÃO, FINALIZANDO!
prova. Acidente em cervejaria em 2019)
Tratamento: BICARBONATO DE SÓDIO, FOMEPIZOL (inibe álcool UMA RELAÇÃO DELTA AG/DELTA [HCO3] > 2 INDICA A COEXISTÊNCIA DE
desidrogenase), ETANOL VO/IV (competição), DIÁLISE (casos graves, ACIDOSE METABÓLICA DE AG AUMENTADO COM ALCALOSE
refratários) METABÓLICA.
Tratamento:
Tratamento:
- HIPOVOLEMIA (hipoK e hipoCl): NaCl 0,9% + KCl - SE AGUDA: IOT + VM, a depender da condição clínica.
- HIPERALDOSTERONISMO (suprarrenal x estenose de artéria renal) - SE CRÔNICA: não precisa tratar, se compensado. SE ALTERAÇÃO DO
Adenoma: cirurgia SENSÓRIO, FADIGA RESPIRATÓRIA OU PH < 7,2: IOT + VM.
Hiperplasia: espironolactona
Alcalose Respiratória
Estenose: IECA, revascularização
Causas:
APROFUNDANDO...
- O mecanismo só pode ser a HIPERVENTILAÇÃO PULMONAR.
CLASSIFICAÇÃO E CAUSAS DE ALCALOSE METABÓLICA Geralmente é por hiperventilação psicogênica ou patologia pulmonar
TIPO CAUSAS
aguda.
Extrarrenal, responsiva a cloreto - Vômitos ou drenagem nasogástrica
- Hipocloremia importante - AGUDAS: CRISE DE ANSIEDADE, ASMA, TEP, PNEUMONIA
- Cl urinário < 20 - Síndrome de Zollinger-Elison - CRÔNICAS: condições que estimulam continuamente o centro
- Relacionada a eventos do TGI - Adenoma viloso de cólon respiratório: sepse, insuficiência hepática, doença do SNC que
- Cloretorreia congênita
Renal, responsiva a cloreto - Diuréticos de alça e tiazídicos comprometem o diencéfalo, mesencéfalo ou ponte.
- Hipocloremia - Síndrome de Barter/Gitelman
- Cl urinário > 20 - Acidose pós-hipercapnia Tratamento:
- Perda renal primária de cloreto - TRATAR A CAUSA BASE!
Extrarrenal, não responsiva a - Reposição de NaHCO3, citrato, acetato, - O uso de bolsas coletoras de ar é necessário nos casos graves e
cloreto lactato
- Cl sérico normal - Hemotransfusões refratários.
- Cl urinário < 20 - Síndrome leite-álcali
- Alta concentração de cátions ou - Hipoproteinemia
depleção de ânions
Renal, não responsiva a cloreto - Hiperaldo primário e secundário
- Cl sérico normal ou hipocloremia - Síndrome de Liddle
discreta - Síndrome de Cushing
- Cl urinário > 20
- Estados hipermineralocorticoides
Outras causas - Nitratos
- Excreção excessiva de ânion não - Penicilinas sintéticas
reabsorvível
Então... Repare!
O CLORETO É O ELETRÓLITO URINÁRIO DE MAIOR UTILIDADE PARA
ESTIMAR AS CONDIÇÕES DO VOLUME DO LEC EM PACIENTES COM
ALCALOSE METABÓLICA!
Se estiver acima de 20, há hipervolemia! Se estiver baixo, hipovolemia!
CAUSAS: próstata, tumor pélvico, nefrolitíase - LESÃO BÁSICA: necrose do córtex renal causada por CIVD
CONDUTA: desobstruir - MARCA: ANÚRIA + **DOR LOMBAR** + tomografia
QUANDO INDICAR DIÁLISE DE URGÊNCIA? evidenciando calcificação do córtex renal
- Hipervolemia, hipercalemia e acidose metabólica REFRATÁRIAS - CAUSAS: DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA,
- Encefalopatia, pericardite ou hemorragia (uremia franca) síndrome HELLP, choque séptico, síndrome hemolítico-urêmica (SHU)
- Algumas intoxicações agudas - TRATAMENTO: diálise ou transplante. A lesão é IRREVERSÍVEL!
NÁUSEAS, VÔMITOS, SOLUÇOS, HÁLITO URÊMICO, EROSÕES E PRURIDO URÊMICO! Chega a ser incapacitante... É mais encontrado no estágio 5!
Costuma ser mais intenso durante a noite, ocorre em região dorsal, leva a prejuízo do
ULCERAÇÕES PÉPTICAS EM MUCOSAS GÁSTRICA E DUODENAL (motivo de
sono... São possíveis causas: pacientes “subdialisados”, controle inadequado do
sangramento e anemia). Com frequência representam os primeiros sintomas da uremia! Em
hiperparatireoidismo, duplo produto (cálcio x fosfato) alto, xerose (pele seca). Outro
geral, a anorexia é o sintoma mais precoce!
achado menos comum são as chamadas “UNHAS MEIO-A-MEIO” OU “UNHAS
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DE LINDSAY”. Outra alteração dermatológica que nós pouco encontramos hoje em dia
é a NEVE URÊMICA! Pouco vistas na prática...
Já podem aparecer em G4 da doença renal crônica com a HIPOESTESIA EM BOTA,
SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS, INSÔNIA... No estágio 5, o paciente pode
apresentar MIOCLONIA, FLAPPING (não é só insuficiência hepatocelular que cursa),
CONVULSÕES, COMA.
2. Transplante
Contraindicações:
- Absolutas: expectativa de vida < 5 anos, câncer, infecção ativa,
psicose, abuso de substâncias.
- Relativas: infecção ativa em tratamento, doença coronariana,
hepatite crônica, HIV.
Pré-Requisitos:
- Compatibilidade tecidual doador-receptor
- Doador vivo: rins funcionantes, sem anormalidades na artéria renal
Tipos: - Doador cadavérico: sem câncer, hepatite viral crônica ou HIV
- INTERMITENTE - “Critérios expandidos”: pacientes com baixa expectativa de sobrevida
- CONTÍNUA
Devido à desproporção entre oferta e demanda de rins para transplante, o uso de
CAPD: diálise peritoneal AMBULATORIAL contínua doadores com critério expandido (DCE) aumentou significativamente nos últimos
CCPD: diálise peritoneal contínua com CICLÔMETRO anos. Evidências mostram que o transplante de DCE proporciona melhor sobrevida
do paciente quando comparado ao restante em diálise. Considera-se doador com
A CAPD é um excelente método dialítico, do ponto de vista de qualidade de vida critério expandido (DCE) relacionado à função aqueles com idade superior ou igual a
do paciente. Um cateter de Tenckoff deve estar instalado e o paciente aprende 60 anos, ou os doadores com idade entre 50-59 anos, com pelo menos dois entre
como trocar os "banhos de diálise" em seu cotidiano. O "banho" é trocado de três fatores de risco adicionais: acidente vascular cerebral, história de hipertensão
6/6h (4x ao dia). Cada "banho" contém 2 litros e permanece 6h na cavidade arterial e creatinina sérica acima de 1,5 mg/dl antes do transplante.
peritoneal enquanto ocorre continuamente a diálise. É muito importante que o
Imunossupressão:
paciente saiba como fazer a troca de forma asséptica e também reconhecer as
- Indução: IMUNOBIOLÓGICOS
principais complicações do método (a principal, a peritonite). A CAPD é o método
de diálise peritoneal mais utilizado. - Manutenção: PREDNISONA + INIBIDORES DA CALCINEURINA
A CCPD, do ponto de vista da qualidade de vida, é ainda melhor que a CAPD, (exemplo: TACROLIMUS) + ANTI-METABÓLITOS (“terapia tripla”)
porém, exige compra ou aluguel (e manutenção) de um aparelho - o ciclômetro.
Complicações:
Ele tem a função de, ao ser ligado no sistema de equipos da DP, produzir um fluxo
- Rejeição ao enxerto = ↓Imunossupressão
contínuo dos "banhos de diálise". Assim, o paciente só precisa se submeter à
diálise a noite, enquanto dorme, pois em 6-8h o ciclômetro efetua uma DP eficaz. - Infecções** = ↑Imunossupressão
É o próprio paciente (ou familiar) que conecta e desconecta os equipos e - Outras: hipercalcemia, hipertensão, anemia, câncer (↑100x), doença
manuseia o aparelho. arterial coronariana
DIÁLISE PERITONEAL
- CRIANÇAS/SEM ACESSO/NÃO TOLERAM HEMODIÁLISE
É tão boa quanto a hemodiálise, mas existem indicações precisas! A principal
pessoa indicada para a diálise peritoneal é a criança! Por quê? Para não passar
pelo trauma de ter que ir 3x por semana para um hospital para fazer
hemodiálise... Serve também para aqueles pacientes que não conseguiram
fazer com que a fístula funcionasse ou que não toleram a hemodiálise (mesmo
colocando membranas reaproveitadas).
Lembrando...
4 heme + 4 globinas = hemoglobina
HbA (2 alfa e 2 beta): 97%
HbA2 (2 alfa e 2 delta): 2%
HbF (2 alfa e 2 gama): 1% (predomina até os 6 meses de idade)
Se redução da produção da cadeia alfa: alfa-talassemias
Se redução da produção da cadeia beta: beta-talassemias
Beta-Talassemias
Introdução:
- Beta0: sem produção
Imagem: adaptado de Ganz; Nemeteh, Negri; JL 2012 - Beta+: produção reduzida
- Se não tem cadeia beta, a hemácia fica pequena e sobram cadeias
Introdução: alfa livres, que são tóxicas.
- Doenças crônicas (infecciosas, inflamatórias ou neoplásicas) produzem - ERITROPOIESE INEFICAZ (“HEMÓLISE NA MO”)
CITOCINAS que agem no fígado levando a liberação de HEPCIDINA, - HEMÓLISE (BAÇO E FÍGADO)
responsável por APRISIONAR O FERRO no estoque e REDUZIR A SUA - ACÚMULO DE FERRO
ABSORÇÃO INTESTINAL. Laboratório:
Laboratório: - ANEMIA MICRO/HIPO COM RDW NORMAL + ACÚMULO DE FERRO
- Morfologia: NORMO/NORMO (clássico) e depois MICRO/HIPO Diagnóstico:
- FERRO SÉRICO: DIMINUÍDO - Eletroforese de hemoglobina: DIMINUIÇÃO DE HBA E AUMENTO DE
- Saturação da transferrina: diminuída HBA2 E HBF
- FERRITINA: ELEVADA Diferencial
Genótipos:
- TIBC: DIMINUÍDO com - TALASSEMIA MAJOR = β0/β0 ou β0/β+ GRAVÍSSIMA
FERROPRIVA - TALASSEMIA INTERMEDIA = β+/β+ ANEMIA + ESPLENOMEGALIA
- RECEP. SOLÚVEL TRANSFERRINA: DIMINUÍDO
- TALASSEMIA MINOR = β/β+ ou β/β0
Conduta: ASSINTOMÁTICA/DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM ANEMIA
- Tratar a doença de base FERROPRIVA
- EPO em casos selecionados Vamos entender melhor cada uma delas...
- LITÍASE BILIAR por cálculos de bilirrubinato de cálcio - VACINAR PARA PNEUMOCOCO ao menos 2 semanas antes da
- ESPLENOMEGALIA pela ↑destruição por macrófagos esplênicos cirurgia de esplenectomia
- FAZER USG DE ABDOME para INVESTIGAR LITÍASE
Laboratório:
Anemia Hemolítica Imune (AHAI)
- RETICULOCITOSE
- MACROCITOSE Características:
- ↑LDH - Anticorpos opsonizam as hemácias favorecendo a fagocitose pelos
- ↑BI macrófagos
- ↓HAPTOGLOBINA - COOMBS DIRETO POSITIVO
- Se hemólise intravascular: HEMOGLOBINÚRIA, HEMOSSIDERINÚRIA - Esferócitos (não são exclusividade da esferocitose!)
Causas:
Imagem: dreamstime.com
Abordagem: - Idiopática (!)
- Imune (AHAI): COOMBS DIRETO POSITIVO - Secundária
- Não imune: COOMBS DIRETO NEGATIVO. Pode ser congênita ou
AC QUENTES (IGG): 75% dos casos
adquirida. Hemólise no BAÇO
Entendendo... 1° causa: AHAI IDIOPÁTICA
ANEMIA HEMOLÍTICA NÃO IMUNE CONGÊNITA
2° causa: HIV, LES, linfoma, leucemia linfocítica crônica, drogas
- Defeito na membrana: esferocitose (penicilina, sulfa, metildopa)
- Defeito na enzima: deficiência de G6PD Tratamento: CORTICOIDE. Refratários: ESPLENECTOMIA,
- Defeito na hemoglobina: falciforme, talassemia RITUXIMABE (anti-CD20)
(*) Realizar drenagem de corpo cavernoso se duração > 3-4 horas (3) ANEMIA HEMOLÍTICA INTRAVASCULAR COM HEMOGLOBINÚRIA E
HEMOSSIDERINÚRIA POSSIBILIDADE DE FERROPENIA.
ALVO: HB 9-10 e HBS < 30%
Achado característico:
Tratamento Crônico:
- PIORA A NOITE.
Evitar complicações!
- PENICILINA V ORAL (dos 3 meses aos 5 anos) + Possibilidade:
- MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS ASSOCIADAS (FEBRE, DOR LOMBAR,
- VACINA (pneumoco, haemofilos, influenza, meningococo, HBV, COVID)
ABDOMINAL, ASTENIA, ETC).
- REPOSIÇÃO DE FOLATO 1-2mg/dia (evitar crise megaloblástica) Outros achados:
- ANEMIA APLÁSICA (30%), ESPASMO ESOFAGIANO E DISFUNÇÃO
TRANSFUSÃO CRÔNICA ERÉTIL
Profilaxia primária e secundária do AVE Diagnóstico:
Lembre-se do rastreio anual: se doppler transcraniano com - TESTE DE HAM (em desuso)
velocidade fluxo artéria cerebral média > 200 cm/s = alto risco - CITOMETRIA DE FLUXO COM DEFICIÊNCIA DE COMPLEMENTO
de AVE. Deve entrar no protocolo de transfusão crônica! (CD55/CD59)
Manter HbS < 30 a 50%
Tratamento:
HIDROXIUREIA (↑ HBF E ↓ ADERÊNCIA) - RAVULIZUMANE/ECULIZUMAB (inibe complemento) +
- SUPORTE/REPOSIÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO/CONSIDERAR TX MO SE
Anemia grave e persistente (Hb < 6 g/dl por 3 meses)
ANEMIA APLÁSICA
3 ou mais episódios de crise vaso-oclusiva com atendimento
- VACINAÇÃO
2 ou mais episódios de síndrome torácica aguda
Priapismo grave ou recorrente Ao inibir o complemento, nós inibimos a hemólise! E perceba: ao inibir o
DHL > 2-3x limite superior da normalidade complemento, também estamos aumentando a suscetibilidade a infecções!
Doppler transcraniano > 160cm/s Isso vale principalmente para o MENINGOCOCO, com MAIOR CHANCE DE
Lesão crônica de órgãos (rim, retina...) MENINGITE! O paciente DEVE SE VACINAR ANTES DO USO! Algumas
referências recomendam profilaxia antibiótica com penicilina nos primeiros 14
OBS: ESTUDOS COMPROVARAM QUE O USO DE HIDROXIUREIA EM CRIANÇAS dias do tratamento.
DE 9-18 MESES, MESMO QUE ASSINTOMÁTICAS, É BENÉFICO.
Evolução: Epidemiologia:
- Ocorre (1) PROLIFERAÇÃO DO CLONE LEUCÊMICO (blasto) que - É o câncer mais comum da INFÂNCIA
INFILTRA A MEDULA e atrapalha a formação das outras linhagens,
gerando PANCITOPENIA + DOR ÓSSEA + FEBRE. Clínica:
- Depois disso, os blastos caem na circulação gerando o que conhecemos - PANCITOPENIA (astenia, febre, equimoses/sangramento) + LEUCOSTASE
por (2) “LEUCEMIZAÇÃO” (LEUCOCITOSE POR BLASTOS) e LEUCOSTASE + HEPATOESPLENOMEGALIA + INFILTRAÇÃO DE SNC e TESTÍCULO +
(“hiperviscosidade sanguínea”), com posterior (3) INFILTRAÇÃO DOR ÓSSEA
TECIDUAL EM SNC, LINFONODOS, FÍGADO E BAÇO
(HEPATOESPLENOMEGALIA), GENGIVAS (HIPERPLASIA GENGIVAL)
Leucemia Mieloide Aguda
Epidemiologia:
- HOMENS, IDOSOS
Clínica:
- PANCITOPENIA (astenia, febre, equimoses/sangramento) + CLOROMAS
(M2), CIVD (M3), HIPERPLASIA GENGIVAL (M4 e M5) + LEUCOSTASE
(sintomas neurológicos, pulmonares e genitourinários) E INFILTRAÇÃO
Detalhando os subtipos:
TECIDUAL (hepatomegalia, leucemia cutis)
- L1: variante infantil (bom prognóstico/alta chance de cura)
Detalhando os subtipos:
- L2: variante do adulto (péssimo prognóstico)
- M0: LMA INDIFERENCIADA
- L3: Burkitt-like
Rara e péssimo prognóstico
- Subtipo T (mais raro)
- M1: LMA COM DIFERENCIAÇÃO MÍNIMA
Rara e péssimo prognóstico
Diagnóstico:
- M2: MIELOBLÁSTICA AGUDA
- > 20% DE BLASTOS LINFOIDES NA MO
Mais comum
Cloroma Características dos blastos:
Melhor prognóstico - Citoquímica: PAS positivo
- M3: PROMIELOCÍTICA AGUDA - Imunofenotipagem:
CIVD Linhagem B: CD 10 (Ag Calla), 19, 20
Melhor prognóstico se descoberta precocemente Linhagem T: CD 3, 5, 7
Pode ser tratada com ATRA
- Citogenética:
- M4: MIELOMONOCÍTICA AGUDA t(12:21)/hiperploidia bom prognóstico
Hiperplasia gengival
t(9:22) = Philadelphia mau prognóstico
Bom prognóstico
t(4:11)
- M5: MONOCÍTICA AGUDA
Hiperplasia gengival Tratamento:
Bom prognóstico - QUIMIOTERAPIA INTRA-TECAL (PROFILAXIA DO SNC pelo risco de
- M6: ERITROLEUCEMIA infiltração)
Rara e péssimo prognóstico) Além do tratamento de suporte, vale ressaltar que a quimioterapia deve ser
- M7: MEGACARIOCÍTICA AGUDA intra-tecal, dado o tropismo que os blastos linfoides têm pelo SNC. Dessa forma
evita-se a meningite leucêmica.
Rara e péssimo prognóstico
Síndrome de Down - TX/TRANSPLANTE em casos selecionados
Tratamento:
- FLEBOTOMIAS DE REPETIÇÃO (retirada de 100-500ml de sangue)
Se o problema é excesso de eritrócitos, vamos retirá-los!
- Se alto risco (> 60 anos, história de trombose): DROGAS
MIELOSSUPRESSORAS (HIDROXIUREIA, ANAGRELIDA)
Se o problema está na medula, para alguns pacientes (> 60 anos ou com história
de trombose), podemos “inibir” a medula a produzir o excesso de linhagem
mieloide.
- RUXOLITINIBE (inibidor JAK2)
Terapia altamente direcionada, nova, que age na raiz do problema.
- AAS EM DOSE BAIXA p/eritromelalgia
Atenção as contraindicações! Tem que avaliar caso-a-caso! Se o paciente estive
sangrando, reconsidere o uso!
suspensão em caso de 48h de uso, com boa evolução clínica e sem crescimento NOVAS CULTURAS E TRANSICIONAR PARA ESQUEMAS EV.
de gram positivos em culturas, caso não haja infecção de pele e partes moles ou
mucosite grave.
2) ALTO RISCO
2.1) Estável, neutrófilos em ascensão e culturas negativas: MANTER
1) No PACIENTE INSTÁVEL! Paciente com neutropenia febril e ESQUEMA E REAVALIAÇÕES DURANTE A INTERNAÇÃO.
2.2) Instável, neutrófilos sem melhora ou cultura positiva: ESCALONAR
hipotenso, hipoxêmico, ou com critérios de sepse preenchidos merecem
essa ampliação de cobertura! ANTIBIOTICOTERAPIA, REAVALIAR FOCOS DE INFECÇÃO COM
2) FOCO PULMONAR: pneumonia documentada com imagem. NOVAS CULTURAS E SOLICITAR EXAMES DE IMAGEM (TC
3) FOCO CUTÂNEO ou de PARTES MOLES. TÓRAX E SEIOS DA FACE).
4) FOCO EM CATETER VENOSO (calafrios na infusão ou flogose
Quando PENSAR EM FUNGOS?
local).
5) MUCOSITE GRAVE, especialmente em pacientes que receberam Para os casos de neutropenia febril persistente: no paciente que tem
profilaxia com quinolonas, o que pode resultar em infecção por FEBRE POR > 4-7 DIAS COM NEUTROPENIA,
Streptococcus viridans.
aumenta-se o medo de infecção por esses patógenos, sendo que se ≥ 7 dias,
6) Se COLONIZAÇÃO POR MSRA.
maior é o risco de Candidemia e, se ≥ 14 dias, considera-
se o risco de infecção por fungos filamentosos, sendo
Quando cobrir ANAERÓBIOS?
o principal, o Aspergillus.
E quando adicionar METRONIDAZOL, pensando em anaeróbios? Nesses casos em que a febre que dura ≥ 4-7 dias, há duas abordagens
1) MUCOSITE OU SINUSITE NECROSANTE possíveis: (1) a empírica: indica-se cobertura antifúngica, além de
2) CELULITE OU ABSCESSO PERIANAL TC de tórax e seios da face, sítios comumente afetados por esses
3) CELULITE E ABSCESSO PERIODONTAL patógenos para todos nessa situação; (2) ou a preemptiva: fazer
4) INFECÇÃO ABDOMINAL – Enterocolite neutropênica. antifúngico se indício clínico, laboratorial (ex: galactomanana)
5) BACTEREMIA POR ANAERÓBICOS. ou radiológico de infecção fúngica
Em pacientes sem profilaxia antifúngica, o FLUCONAZOL OU
Benigna/Reacional Maligna
MALT:
- Linfoma gástrico (H.pylori)
- Glândula salivar (Sjogren)
2. Mononucleose Infecciosa
Quadro Clínico:
Imagem: adaptado de Dabey Beattie
- LINFONODOMEGALIA: cervical/occipital/submentoniana/mandibular
Fisiopatogenia:
- FEBRE: baixa, resolução < 2 semanas - CISTO > INVASÃO CELULAR > TAQUIZOÍTOS > CORRENTE
- HEPATOESPLENOMEGALIA: o baço pode romper (orientar EVITAR SANGUÍNEA > TECIDOS-ALVO (CÉREBRO, SNC, MÚSCULO,
atividades físicas de impacto) OLHOS).
SE IMUNIDADE PRESERVADA: taquizoíto > bradizoíto >
- Alteração hematológica: LINFOCITOSE COM ATIPIA LINFOCITÁRIA (>
pseudocisto (que pode reativar em casos de ↓imunidade)
10% de formas atípicas)
SE IMUNOSSUPRESSÃO: reativação de taquizoítos > sintomas
- FARINGITE DOLOROSA: exsudativa (não melhora com amoxicilina
O cisto do toxoplasma tem a capacidade de penetrar em qualquer célula nucleada.
porque não é bacteriana), membranosa, com petéquias. Pode obstruir Dentro dela, se transforma em taquizoíto (forma de rápida multiplicação), que
VA. rompe a parede celular, se espalha pela corrente sanguínea e vai até seus órgãos-
alvo: cérebro, músculo, placenta, olhos. O sistema imunológico contém de certa
- EXANTEMA: deflagrado por amoxicilina/ampicilina (mas não é uma forma a infecção, transformando o taquizoíto em bradizoíto, que “se guarda” nos
reação alérgica!) órgãos-alvo sob a forma de pseudo-cisto, de forma latente. Em períodos de
imunossupressão, porém, esse bradizoíto pode voltar a se tornar um taquizoíto,
- SINAL DE HOAGLAND: edema palpebral (“se na prova estiver em dúvida se podendo gerar, por exemplo, neurotoxoplasmose, como acontece em pacientes
é mononucleose e a questão de mostrar esse edema, deve ser mononucleose”) HIV+.
7. Esplenomegalia
Causas:
- São as mesmas de linfonodomegalia! Aquela diferenciação de
benigna e maligna também vale! São estruturas parecidas!
Mas... Como o órgão é maior e mais complexo, existem algumas
causas exclusivas do baço.
Causas específicas:
- Digestiva (10%): lesões de plexo nervoso = “MEGAS” ESÔFAGO E - HIPERTENSÃO PORTA
CÓLON, ACALÁSIA E CONSTIPAÇÃO - HIPERFUNÇÃO (hemólise)
- INFILTRAÇÃO (celular, depósito)
Diagnóstico:
- Fase aguda: exame direto (sangue periférico)/IgM anti-T.cruzi O que é esplenomegalia “de monta”?
- Fase crônica: 2 testes positivos IgG (ELISA + IFI ou hemaglutinação) Existem várias formas de conceituar...
- Maior que 8cm
Tratamento: - Atinge fossa ilíaca esquerda
Quando indicar? - Atinge linha média
- Doença na fase AGUDA/REATIVAÇÃO
- Doença na fase CRÔNICA INDETERMINADA OU DIGESTIVA (SE < 50 O que pode gerar esplenomegalia de monta?
ANOS) M: malária (forma imunorreativa)
- Considerar, se doença na FASE CARDÍACA INICIAL (FE > 40%) E: esquistossomose
Qual droga? GA: doença de Gaucher (depósito lisossômico)
- BENZNIDAZOL 5-10mg/kg/dia por 60 dias (70% de cura).
Efeitos adversos: PARESTESIA, DERMATITE, NEUTROPENIA
L: leishmaniose visceral
- Alternativa: Nifurtimox IA: “ia” doença hematológica (hemólise, LMC, metaplasia mieloide
Fase crônica (ICC, constipação)? agnogênica, tricoleucemia**)
- SINTOMÁTICOS/SUPORTE (ñ há como reverter a fibrose)
Conduta:
Cardiopatia: IECA, betabloqueador, diurético...
- Avaliar OUTROS LOCAIS (LINFONODOS/MO).
Gastrointestinal: nitrato, dilatação endoscópica, cirurgia...
Não é para biopsiar o baço logo de cara. Muito invasivo!
6. Doença da Arranhadura do Gato
(**) Leucemia de Células Pilosas (Tricoleucemia)
Etiologia:
- BARTONELLA HENSELAE ESPLENOMEGALIA DE MONTA +
PANCITOPENIA +
Transmissão: MONOCITOPENIA + CÉLULA
- ARRANHADURA ou MORDEDURA por GATO PILOSA no esfregaço periférico.
- Exposição a PULGAS DO GATO
Imagens: UpToDate
- Outras possibilidades:
Doença visceral (fígado, baço): pouco comum
FEBRE SEM FOCO (eventualmente prolongada)
SÍNDROME OCULOGLANDULAR DE PARINAUD:
linfadenopatia pré-auricular + conjuntivite
Qualquer heparina, mas maior risco com HNF 4) Trombose em SÍTIOS INCOMUNS (portal, hepática, mesentérica, SNC)
Não grave (> 20.000. Geralmente 50-100.000) Quando indicar rastreio em pacientes ASSINTOMÁTICOS?
Trombocitopenia (1) Múltiplos parentes de 1º grau com trombose antes dos 50 anos
(2) História familiar de trombofilia e uso de anticoncepcional oral
Sem outra causa
Trombose Quais as principais trombofilias?
- FATOR V DE LEIDEN: RESISTÊNCIA À PROTEÍNA C. Diagnóstico com teste
Presente em até 50% dos casos
genético ou funcional. É a trombofilia hereditária MAIS COMUM!
Conduta:
RESUMÃO - TRATAR DOENÇA DE BASE. Se assintomático: não há benefício de
anticoagular! Individualizar!
Alt. Laboratorial Dist. da Hemostasia Exemplos
- Sintomáticos: ANTICOAGULAÇÃO (varia de acordo com a causa pode
TS alargado + Plaquetário Uremia,
ser até 3 meses, no mínimo, ou por tempo indefinido, se evento não provocado,
Plaquetas normais Qualitativo antiplaquetários, B.
Soulier, T. Glanzmann sítio incomum ou casos graves)
Indicações:
- HEMORRAGIA GRAVE POR USO DE WARFARIN
- COAGULOPATIA POR ANTICORPO ANTI-FATOR VIII
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
(2) NÃO IMUNES
TACO
- CONGESTÃO CIRCULATÓRIA associada a transfusão
(SOBRECARGA DE VOLUME)
- Achados: EDEMA PULMONAR CARDIOGÊNICO,
TURGÊNCIA JUGULAR, DISPNEIA, HIPOXEMIA,
HIPERTENSÃO (na TRALI: hipotensão)
- Conduta: SUPORTE + DIURÉTICO
OUTRAS REAÇÕES
- HIPOTERMIA: principalmente com PFC e CH (não costuma ocorrer
com concentrado de plaquetas)
- HIPERCALEMIA: maior tendência em “bolsas vellhas” (pelo
provável grau de hemólise que ocorre na bolsa)
- HIPOCALCEMIA +/- ALCALOSE: ocasionada pelo citrato, que é
usado nas bolsas (é uma base e quelante do cálcio)
- HEMOCROMATOSE (geralmente com > 100CH recebidos ao
longo da vida)
- COAGULOPATIA DILUCIONAL (geralmente nos casos de
hemotransfusão maciça).
01 CH: 01
O protocolo nos casos de hemotransfusão maciça, é
- Linfócitos T do doador atacam tecidos do receptor imunoglobulina ou plasmaférese - transfundir plaquetas pode piorar
o quadro.
- PODE OCORRER MESMO COM LEUCODEPLEÇÃO (devido
leucócitos remanescentes na bolsa)
TRANSFUSÃO MACIÇA E SUAS CONSEQUÊNCIAS
- Mais comum em IMUNODEPRIMIDOS e SANGUE DOADO
POR FAMILIARES TRANSFUSÃO MACIÇA (VOLEMIA TROCADA EM < 24
- Achados: RASH, FEBRE, HEPATITE, DIARREIA, APLASIA DE
HORAS) HIPOTERMIA + ALCALOSE METABÓLICA +
MEDULA, EM 4-30 DIAS APÓS A TRANSFUSÃO
HIPOCALCEMIA + HIPERCALEMIA
- Conduta: TRANSPLANTE DE MO OU IMUNOSSUPRESSÃO
- Profilaxia: IRRADIAÇÃO Transfusão maciça é quando fazemos a volemia trocar em menos de 24h, o que
geralmente acontece com o uso de 8-10 CONCENTRADOS DE
HEMÁCIAS.
RESUMÃO DAS TRANSFUSÕES
- Reação + comum: febre.
- Reação alérgica/anafilática é mais comum com: plasma.
- Contaminação bacteriana mais comum:
Hemácias: yersínia, serraria, acitenobacter, pseudomonas.
Plaquetas: staphylo e enterobacteriaceae.
- Contaminação viral mais comum: hepatite B > hepatite C.
EXTEM + INTEM
- Para TODOS!
- Se normal: avaliar outras causas de sangramento (mecânica,
temperatura, doença de base)
- Se alterada(s): realizar outras vias
APTEM
- Se ML alterado em EXTEM
HEPTEM:
- Se CT alterado em INTEM
FIBTEM:
- Se MCF ou CFT alterados, seja INTEM ou EXTEM
RESUMÃO!
4. Gota
Depósitos de cristais de monourato dissódico
Fisiopatologia:
(1) HIPERURICEMIA ASSINTOMÁTICA (> 7MG/DL)
- PRECIPITAÇÃO de cristais de ácido úrico na circulação
- Somente 5% evoluem para gota
6. Artrite Reativa
Síndrome articular após infecção à distância
Fisiopatologia:
- Infecção BACTERIANA distante das articulações acometidas!
Se intestinal (diarreia): SHIGELLA, SALMONELLA
Se genital (uretrite/cervicite): CHLAMYDIA TRACHOMATIS
- Grande protótipo: síndrome de Reiter (deriva da infecção genital!)
História:
- Infecção à distância 1-4 semanas MONO/OLIGOARTRITE
ASSIMÉTRICA DE GRANDES ARTICULAÇÕES (tipicamente joelho e
tornozelo)
Clínica:
- Reiter: ARTRITE + URETRITE/CERVICITE + CONJUNTIVITE
- Outros: DACTILITE, BALANITE CIRCINADA E CERATODERMA
BLENORRÁGICO
Diagnóstico: Diagnóstico:
- Clínico e de exclusão - É CLÍNICO!
Tratamento: FATOR REUMATOIDE NEGATIVO e HLA-B27 POSITIVO
- AINE +/- CORTICOIDE + ATB, se infecção ativa podem ajudar.
Tratamento:
- Formas Leves: AINES
- Formas Moderadas-Graves: METROTREXATO ou INIBIDOR TNF-
ALFA.
Quadro Clínico:
- CONDRITE AURICULAR O PAVILHÃO AURICULAR É O MAIS
AFETADO. Detalhe: O LÓBULO DA ORELHA É POUPADO.
- CONDRITE NASAL, HIPOACUSIA, ARTRITE, CONDRITE
LARINGOTRAQUEOBRÔNQUICA (péssimo prognóstico)
Laboratório:
- ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA, AUMENTO DE PCR/VHS,
FAN/FR/ANCA PODEM ESTAR POSITIVOS
Diagnóstico:
(1º) EXCLUIR DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: hanseníase, TB, celulite,
micoses...
Fonte da imagem: WeMEDS
(2º) CRITÉRIOS FORMAIS Pelo menos 3 ou Biópsia positiva + 1
IMPORTANTE! A presença de DOENÇA ORGÂNICA DE BASE NÃO 1) Condrite auricular bilateral
AFASTA O DIAGNÓSTICO, ou seja, a FIBROMIALGIA NÃO É
2) Condrite nasal
DIAGNÓSTICO DE EXCLUSÃO! 3) Poliartrite não erosiva soronegativa
4) Condrite laringotraquebrônquica
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS:
5) Inflamação ocular (escleromalácia, conjuntivite,
(1) SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA (NEURASTENIA)
episclerite, etc). A USP já cobrou esse conceito! Fique atento!
- Fadiga > 6 meses que não melhora com repouso +
6) Disfunção vestibulococlear
- Pelo menos 4 sintomas menores:dor de garganta, mialgias,
adenopatia dolorosa, poliartralgia (sem artrite), sono não 7) BIÓPSIA DE CARTILAGEM COMPATÍVEL
ATENÇÃO!
O LES pode estar associado a um EVENTO ISQUÊMICO pelos seguintes
motivos: (1) VASCULITE CEREBRAL LÚPICA (raro); (2) ENDOCARDITE
DE VÁLVULA MITRAL COM ÊMBOLOS IMUNES QUE SE SOLTAM
(LIBMAN-SACKS - raro); (3) TROMBOSE DE ARTÉRIA CEREBRAL POR
SAF
Conceitos:
- Pode ser PRIMÁRIA OU SECUNDÁRIA (geralmente por LES)
- Anticorpos atacam fosfolipídeos de membranas de células
endoteliais gerando TROMBOSE ARTERIAL OU VENOSA +
MORBIDADE GESTACIONAL
Tratamento:
- Cutâneas: antimaláricos
- Manifestações leves: corticoide em dose baixa
- Manifestações graves: imunossupressão
ANTI-TOPOISOMERASE I (ANTI-SCL-70)
- Relação com DOENÇA INTERSTICIAL PULMONAR
- Padrão na IF: NUCLEOLAR
TREINAMENTO
NEFRITE LÚPICA ANTI-DNA DH (NATIVO)
Obs: os termos “sistólica” e “diastólica” não estão mais sendo usados nas BNP > 35PG/DL E NT-PRO-BNP > 125pg/dl
diretrizes! Dúvida (pulmonar x cardíaco), acompanhamento, valor prognóstico
REVISANDO DE NOVO!
IECA/BRA D/L C
- Uso: todos os pacientes, inclusive assintomáticos
- Contraindicar: creatinina > 3 (relativa), potássio > 5,5, estenose RESUMÃO
bilateral de artérias renais
- Se não podem ser usados: trocar por hidralazina + nitrato PACIENTE CONGESTO
Obs: o uso de vasodilatadores venosos (nitrato) é benéfico, pois reduzem a pré- - COM BAIXA PERFUSÃO: FRIO/ÚMIDO = DOBUTAMINA ±
carga e sobrecarregam menos o coração, assim como o uso de vasodilatadores
arteriolares (hidralazina), que são úteis para reduzir a pós-carga e também
NORADRENALINA (PAS > 90)
sobrecarregam menos o coração!
- COM PERFUSÃO NORMAL: QUENTE/ÚMIDO = DIURÉTICO +
BETABLOQUEADORES
- Uso: todos os pacientes, inclusive assintomáticos VASODILATADOR (IECA, NITRATO,
- Representantes: metoprolol (succinato), carvedilol, bisoprolol NITROPRUSSIATO)
- O paciente precisa estar compensado para o início do uso
- Começar sempre com baixas doses (depois vai titulando) PACIENTE NÃO CONGESTO
- Se já faz uso, não suspender em caso de descompensação!
- COM BAIXA PERFUSÃO: FRIO/SECO = HIDRATAÇÃO VENOSA
ESPIRONOLACTONA
- Maior benefício nas classes II-IV de NYHA
CAUTELOSA
- Não usar: creatinina > 2 - 2,5, potássio > 5 - COM PERFUSÃO NORMAL: QUENTE/SECO = INVESTIGAR OUTRA
- Uso: sintomáticos com IECA/BRA + BB CAUSA (TEP, ANEMIA...)
IVABRADINA
- Inotrópico negativo Agora vamos aprofundar um pouco... Lembrando que o paciente com IC perfil
- Inibidor seletivo de canais iônicos do nó sinusal A não é o foco da prática e nem da prova! Vamos ver os principais: B, C e D!
- Uso: sintomáticos com IECA + BB
- Obrigatório: FC > 70 + ritmo sinusal
- FUROSEMIDA para “secar” e reduzir a pré-carga (pelo efeito venodilatador É o paciente que está “ÚMIDO” a ponto de gerar consequências pulmonares.
Pode estar “quente” (bem perfundido), mas também pode estar “frio” (mal
e redução do retorno venoso/pré-carga)
perfundido), a depender da etiologia e da gravidade do quadro. Vamos
Pelo menos a mesma dose diária que já usava oral
entender!
Vigilar função renal
Conceitos:
- NITRATO para reduzir pré e pós-carga
- Síndrome clínica causada pelo ACÚMULO DE LÍQUIDO EXTRAVASADO
Nitroprussiato ou nitroglicerina (melhor se SCA) 5-10mcg/min
DOS CAPILARES PARA O INTERSTÍCIO PULMONAR, e que leva a uma
Não produzem impacto na mortalidade nesse contexto agudo
dificuldade para o acontecimento das trocas gasosas entre o capilar e os
- E o BETABLOQUEADOR?
alvéolos pulmonares — ou seja, INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
Manter, se possível. Suspender somente se descompensação GRAVE.
HIPOXÊMICA. Em geral, ocorre no contexto da DESCOMPENSAÇÃO DA
A redução da dose é plausível em alguns casos, principalmente se o
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA.
motivo da descompensação for a introdução ou aumento da dose do
próprio betabloqueador. Causas:
Reintroduzir somente após compensação clínica - A principal causa de EAP é a INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, porém há algumas
- VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) para EAP outras causas para o edema agudo de pulmão, como:
Preferência pelo CPAP ARRITMIAS
MÁ ADERÊNCIA MEDICAMENTOSA;
- E os OPIOIDES/MORFINA?
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO;
Pouco benefício para muito risco!
DISFUNÇÃO DE PRÓTESE;
Possível benefício: melhora o componente de ansiedade e o trabalho
COMPLICAÇÕES DA ENDOCARDITE INFECCIOSA;
respiratório, reduzindo tônus adrenérgico e pré/pós-carga
HIPERTIREOIDISMO;
Malefícios: náusea + vômitos e risco de broncoaspiração e depressão
FEOCROMOCITOMA;
respiratória
ESTENOSE DE ARTÉRIAS RENAIS.
Estudos mais atuais NÃO INDICAM O USO DE MORFINA NO EAP, pois
aumentam mortalidade! Quadro Clínico:
- DISPNEIA, ANSIEDADE, SUDORESE, MÁ PERFUSÃO PERIFÉRICA,
CONGESTÃO ASA DE MORCEGO
CIANOSE.
- Normalmente temos uma PA AUMENTADA, principalmente em casos de
EAP de causa hipertensiva, mas não podemos esquecer das etiologias de EAP
com HIPOTENSÃO, como CHOQUE CARDIOGÊNICO E
MIOCARDIOPATIAS AVANÇADAS.
- Em casos extremos, vemos os ESTERTORES CREPITANTES ATÉ ÁPICE,
Imagens: rb.org.br associados a frêmitos em regiões superiores do tórax e a SAÍDA DE LÍQUIDO
DE COLORAÇÃO RÓSEA DA BOCA E DO NARIZ DO PACIENTE.
Diagnóstico:
- CLÍNICA + IMAGEM (RX/USG) LINHAS B, CONGESTÃO PERI-HILAR,
INFILTRADO EM “ASA DE MORCEGO”
- BNP: auxilia no diagnóstico diferencial entre causas cardiogênicas x não
cardiogênicas
Tratamento:
- SALA DE EMERGÊNCIA, O2, ELEVAÇÃO DE CABECEIRA
NORMAL LINHAS B
- VNI
- FUROSEMIDA 0,5-1mg/kg IV
- Vasodilatador: NIPRIDE OU NITROGLICERINA (se SCA associada)
IC PERFIL C
- INOTRÓPICOS para melhorar a contratilidade!
DOBUTAMINA 2-5mcg/kg/min
Evitar se PAs < 90
Evitar em pacientes usuários de betabloqueador
MILRINONE 0,125-0,25mcg/kg/min
NORMAL Alternativa para pacientes betabloqueados
DOPAMINA 3-10mcg/kg/min
- FUROSEMIDA também melhora a contratilidade!
Imagens: ultrassom pulmonar
“Menos volume é sinônimo de melhor contratilidade cardíaca”
em pacientes críticos: uma
nova ferramenta diagnóstica | - VASOPRESSORES para os casos de CHOQUE PERSISTENTE
J. bras. Pneumol | Dexheiner Sempre pesar manutenção da perfusão tecidual vs aumento de pós-
Neto e colaboradores carga
- SUPORTE CARDÍACO MECÂNICO SE FE < 25%
LINHAS B Balão intra-aórtico ou ECMO em casos refratários ou muito graves.
IC PERFIL D/L
- HIDRATAR, mas COM CAUTELA!
Cuidado para não “transformar” um paciente “seco” em “úmido”
Classificação: Etiologia:
Agressão ao miócito > ↓força contrátil > fibrose > dilatação ventricular
Hipertrófica
- IDIOPÁTICA ou SECUNDÁRIA
- Fração de ejeção PRESERVADA
Infecção: chagásica, viral (HIV, HCV, coxsackie), etc
- Exemplos: idiopática, obesidade Tóxica: cocaína, álcool, QT, metais pesados
- É a que mais cai em prova Endócrina: hiper ou hipotireoidismo, Cushing, feocromocitoma
Dilatada Nutricional: kwashiokor, beribéri, deficiência de selênio
- Fração de ejeção REDUZIDA Deficiência de eletrólitos: hipercalcemia, hipofosfatemia
- Exemplos: idiopática, Chagas, álcool, periparto... Colagenoses/Diabetes/Periparto
Restritiva Clínica:
- Fração de ejeção PRESERVADA - DISPNEIA AOS ESFORÇOS + CONGESTÃO PULMONAR/SISTÊMICA
- Exemplos: endomiocardiofibrose, amiloidose... - Insuficiência de VE + insuficiência de VD
- Risco de ARRITMIAS e fenômenos TROMBOEMBÓLICOS
Cardiomiopatia de Estresse
- Pode ter fração de ejeção REDUZIDA Exames Complementares:
- Takotsubo ou “Broken-Heart Syndrome” - RX DE TÓRAX: CARDIOMEGALIA
- ECG: ARRITMIAS
Cardiomiopatia Hipertrófica - ECO: DILATAÇÃO VENTRICULAR, IVE + insuficiência mitral, IVD +
Características: insuficiência tricúspide (!)
- Doença GENÉTICA que leva à HIPERTROFIA - BNP: AUMENTADO
VENTRICULAR INAPROPRIADA - Investigação de doença coronariana
- Herança AUTOSSÔMICA DOMINANTE - BIÓPSIA ENDOMIOCÁRDICA: casos duvidosos,
- Mais comum em pacientes JOVENS E COM mas pode ser inconclusiva por evidenciar apenas
fibrose (causa idiopática) e não revelar a causa.
HISTÓRIA FAMILIAR POSITIVA
Por isso seu uso é questionado.
- É a PRINCIPAL CAUSA DE PCR EM ATLETAS
Tratamento: Imagem: medmovie.com
Formas Clínicas:
- MESMO ESQUEMA DA ICFER!
- (1) hipertrofia simétrica; (2) HIPERTROFIA SEPTAL ASSIMÉTRICA
DETALHES IMPORTANTES...
(principal); (3) hipertrofia apical assimétrica; (4) outras hipertrofias segmentares.
Clínica: CARDIOMIOPATIA DILATADA IDIOPÁTICA
- SOPRO SISTÓLICO QUE PIORA COM VALSALVA (!!) E MELHORA COM - Uma das principais causas de IC no mundo
AGACHAMENTO/CÓCORAS - Paciente: 30-50 anos + HISTÓRIA FAMILIAR POSITIVA (~ 20%)
- SÍNCOPE, ANGINA, DISPNEIA AOS ESFORÇOS - INFLUÊNCIA provável de fatores GENÉTICOS/VIRAIS/AUTOIMUNES
- EXAME FÍSICO: ictus do VE tópico, porém PROPULSIVO E SUSTENTADO - HISTÓRIA NATURAL: 20% apresentam melhora espontânea e 80%
- Pode haver presença de B4 por sobrecarga de pressão EVOLUEM PARA IC PROGRESSIVA
- NÃO POSSUI TRATAMENTO ESPECÍFICO
Exames Complementares:
- ECG: Sinais de HVE CARDIOMIOPATIA DILATADA ALCOÓLICA
- ECO: HIPERTROFIA SEPTAL ASSIMÉTRICA gera como consequência - Principal causa secundária nos EUA
obstrução do trato de saída do VE com disfunção diastólica e isquemia miocárdica - Etiologia envolve ÁLCOOL + PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA
+ MOVIMENTO ANTERIOR SISTÓLICO DA MITRAL (MAMS) - A toxicidade direta no miocárdio é REVERSÍVEL, mas a degeneração
- RM E TESTES GENÉTICOS: são possibilidades, porém pouco disponíveis de miócitos e fibrose durante o processo pode tornar o quadro
IRREVERSÍVEL
A hipertrofia pode acontecer em qualquer lugar, mas geralmente ocorre no
septo interventricular! Como está hipertrofiado, acaba gerando uma obstrução
- Possui ASSOCIAÇÃO importante com o ALTO RISCO DE DESNUTRIÇÃO
à saída do VE, funcionando ‘como se fosse’ uma estenose aórtica’. Por isso gera - TRATAMENTO: repor TIAMINA + ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA
o sopro sistólico! A diferença é que na valvopatia a obstrução é fixa! Aqui na CARDIOMIOPATIA DILATADA CHAGÁSICA
cardiomiopatia ela é dinâmica! Obstrui-desobstrui-obstrui-desobstrui! Aqui essa - CHAGAS AGUDO: evolui com MIOCARDITE diagnóstico pela
obstrução piora quando o coração está vazio! O coração não pode ficar vazio!
parasitemia
Não pode ser muito exigido!
- CHAGAS CRÔNICO: evolui com a CARDIOMIOPATIA DILATADA:
Em situações de aumento de retorno venoso (como o ato de se agachar), o Preferência pelo VENTRÍCULO DIREITO
sopro de uma valvopatia PIORA! Se houver melhora do sopro nessas situações,
Pode evoluir com ANEURISMA APICAL e TROMBOS MURAIS
devo pensar em CARDIOMIOPATIA! De forma contrária, o sopro piora com a
ECG: BLOQUEIOS DE CONDUÇÃO BRD + HBAE
manobra de Valsalva (clássico de prova)
DIAGNÓSTICO: clínica + sorologia
Tratamento: TRATAMENTO: MESMO ESQUEMA DA ICFER
- TRIAGEM: ECOCARDIOGRAMA A CADA 1-2 ANOS ENTRE 12-20 ANOS
CARDIOMIOPATIA DILATADA PERIPARTO
PARA PARENTES DE 1º GRAU
- Surge entre o último trimestre (principalmente último mês) da
- CONTROLAR PA E FC COM BETABLOQUEADORES E BLOQUEADORES
gestação e 6º mês pós-parto
DO CANAL DE CÁLCIO (verapamil, diltiazem)
- FATOR DE RISCO: FE < 40% antes da gestação
- EVITAR NITRATO (diminuem retorno venoso), DIURÉTICO (pode
- CLÍNICA: IC AGUDA
descompensar), DIGITÁLICOS e BLOQUEADORES DO CANAL DE CÁLCIO
50-60% recuperam a função cardíaca
DIIDROPIRIDÍNICOS (nifedipino, anlodipino)
40-50% evoluem para IC crônica
- CARDIODESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL (CDI): se MORTE SÚBITA - IECA/BRA são contraindicados na gestação
ABORTADA, SÍNCOPE OU TAQUICARDIA VENTRICULAR - Diuréticos: apenas se sinais de congestão
- MEDIDAS INVASIVAS: EMBOLIZAÇÃO SEPTAL/ALCOÓLICA OU - BETABLOQUEADOR E HIDRALAZINA + NITRATO: seguros na
VENTRICULOMIECTOMIA em casos mais graves/refratários gestação!
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
3. Valvopatias
Imagem: MSDManuals
Imagem: hospitaldaluz.pt
Semiologia Cardiovascular
Achados:
- DOR PRECORDIAL + SUPRA DE ST e INVERSÃO DE T NAS PRECORDIAIS
- TROPONINA DISCRETAMENTE ELEVADA
- CATE NÃO EVIDENCIA OBSTRUÇÃO (!!!)
- ECO OU VENTRICULOGRAFIA: DILATAÇÃO SEGMENTAR DO VE
Imagem: cardiosite.com.br
Tratamento: Imagem: CardioPapers
Costuma haver melhora espontânea em 1-4 semanas!
- SUPORTE/MESMO ESQUEMA DA ICFER!
- ANTICOAGULAÇÃO: se TROMBO OU FE < 30% + BAIXO RISCO DE
SANGRAMENTO
“Handgrip”
- Manobra: fechar a mão com intensidade por 10 segundos
- Consequência: aumenta a RVP (principalmente em MMSS)
- AUMENTA SOPRO DA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
- DIMINUI O SOPRO DA ESTENOSE AÓRTICA
Uso de Vasodilatadores
- É o raciocínio oposto de “handgrip”. É como se “abrisse a periferia”,
diminuindo a RVP.
- DIMINUI O SOPRO DA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
Imagem: drdiegogaia.com.br
- AUMENTA O SOPRO DA ESTENOSE AÓRTICA
Epidemiologia e Causas:
Inspiração (Rivero Carvalho) - DOENÇA DEGENERATIVA, valva bicúspide, febre reumática
- AUMENTA A INTENSIDADE DOS SOPROS À DIREITA (tricúspide, Manifestações Clínicas:
pulmonar), pois passa mais sangue pelo coração direito com a inspiração - TRÍADE CLÁSSICA: ANGINA + SÍNCOPE + DISPNEIA por insuficiência
profunda cardíaca
Valvopatias Ausculta Cardíaca e Exame Físico:
Estenose: restrição à abertura - SOPRO MESOSSISTÓLICO EM DIAMENTE (+ IRRADIAÇÃO PARA
Insuficiência: fechamento inadequado CARÓTIDAS)
- DESDOBRAMENTO PARADOXAL DE B2
Estágios de Progressão: - PULSO PARVUS E TARDUS: baixa amplitude e longa duração
A: fatores de risco para valvopatias - Presença de B4
B: valvopatia leve-moderada e assintomática (doença progressiva)
Exames Complementares:
C: valvopatia grave e assintomática
- ELETROCARDIOGRAMA: HVE com padrão “strain’
D: valvopatia grave e sintomática
- RADIOGRAFIA DE TÓRAX: calcificação, dilatação cardíaca em fases
Indicações Cirúrgicas Classe I: avançadas
- Doença grave sintomática (estágio D) - ECOCARDIOGRAMA: ÁREA VALVAR < 1,0CM2 = GRAVE
- Doença grave com ↓FE (alguns no estágio C)
Tratamento:
- Doença grave com indicação de cirurgia cardíaca por outro motivo
- EVITAR BETABLOQUEADOR!
O que seria “doença grave”? - INTERVENÇÃO: CIRURGIA ou IMPLANTE TRANSVALVAR (TAVI) para
pacientes com elevado risco cirúrgico.
- Nas ESTENOSES: área valvar < 1,0cm2
- Nas INSUFICIÊNCIAS: fração regurgitante > 50%
Imagem: allianceheart.com
Principais Causas:
Principais Causas:
- FEBRE REUMÁTICA, ATEROSCLEROSE, SÍNDROME DE MARFAN,
- CRÔNICA: PROLAPSO DE VALVA MITRAL
DISSECÇÃO
- AGUDA: ENDOCARDITE, IAM, FEBRE REUMÁTICA
Manifestações Clínicas:
Manifestações Clínicas: - Insuficiência ventricular esquerda e isquemia (não perfunde
- IC esquerda (+ ictus desviado) e aumento de átrio esquerdo coronária)
Ausculta Cardíaca e Exame Físico: Ausculta e Exame Físico:
- SOPRO HOLOSSISTÓLICO (+ IRRADIAÇÃO PARA AXILA) - SOPRO PROTODIASTÓLICO
- PRESENÇA DE B3 (sobrecarga de volum3) - SOPRO DE AUSTIN-FLINT: sangue refluído pela valva aórtica leva a
- ICTUS VE DESVIADO estenose mitral funcional (mas sem lesão, sem hiperfonese de B1)
- ICTUS DE VE DESVIADO
Exames Complementares:
- Pode haver B3 por sobrecarga de volume
- ELETROCARDIOGRAMA: HVE e sobrecarga atrial esquerda
- PA DIVERGENTE
- RX DE TÓRAX: ventrículo grande + aumento de AE
- “Tudo pulsa na insuficiência aórtica”
- ECOCARDIOGRAMA: FRAÇÃO REGURGITANTE > 50% = GRAVE
PULSO DE CORRIGAN (EM MARTELO D’ÁGUA): rápida
Tratamento: ascensão e rápida queda
- Tratar a insuficiência cardíaca SINAL DE MUSSET: pulsação da cabeça
- INTERVENÇÃO: REPARO ou TROCA VALVAR (“mitraclip”) SINAL DE MULLER: pulsação da úvula
SINAL DE QUINCKE: pulsação nos leitos ungueais
Exames Complementares:
- ELETROCARDIOGRAMA: HVE
- RX DE TÓRAX: cardiomegalia em fases mais tardias
- ECOCARDIOGRAMA: FRAÇÃO REGURGITANTE > 50% = GRAVE
Tratamento:
- VASODILATADOR para o paciente sintomático
- INTERVENÇÃO: TROCA VALVAR
Mitraclip
Imagem: allianceheart.com
Imagem: cardiopapers.com.br
TAQUIARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES
Fibrilação Atrial
FIBRILAÇÃO ATRIAL
- Ausência de onda P + RR irregular Mecanismos:
- Circuitos de REENTRADA
Causas:
- Estruturais: HAS, reumática, estenose mitral...
- Reversíveis: tireotoxicose, DHE, pós-operatório, álcool
- Isolada: sem causa aparente
Complicações:
- Hemodinâmica: ↑FC + perda da contração atrial (perde B4) = ↓DC
- Tromboembólica: estase atrial = AVCi, embolia arterial periférica...
IMPORTANTE! ESTUDO RACE II: controle BRANDO da FC (< 110 em ANTICOAGULAÇÃO CRÔNICA
repouso) seria o ideal, mas o estudo só tinha pacientes ambulatoriais
em com FE < 40%. Prótese valvar mecânica ou estenose mitral moderada a grave:
Mesmo em pacientes assintomáticos, é importante manter uma FC média em anticoagulação com WARFARIN.
torno de 100bpm, para evitar a SÍNDROME DE TAQUICARDIOMIOPATIA: uma
disfunção sistólica do VE decorrente da sobrecarga crônica de frequência. Com CHAD2DS2-VASC > 2 (homem) ou > 3 (mulher): anticoagulação com
base no estudo RACE II, podemos adotar o chamado “controle brando”, que visa preferência pelos "NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS" (dabigatrana,
uma FC < 110 em repouso. rivaroxabana, apixabana ou endoxabana) em comparação com warfarin.
2. Controle do Ritmo (Reversão) É OPCIONAL! * Se houver DRC em fase terminal (diálise ou clearance < 15), preferir
Considerar se: < 65 anos, primeiros episódios, ↓átrio (< 5cm), sintomas Warfarin ou Apixabana.
refratários
** Se houver DRC moderada a grave, reduzir dose dos seguintes
- Reversão: CHOQUE, AMIODARONA, PROPAFENONA fármarcos: dabigatrana (se clearance 15-30), rivaroxabana (se clearance
- Profilaxia: AMIODARONA (mais usada para pacientes com cardiopatia < 50), edoxabana (se clearance 15-50) e apixabana (se creatinina > 1,5)
estrutural/IC | risco de toxicidade), PROPAFENONA, SOTALOL, ABLAÇÃO
CHA2DS2-VASC de 1 (homem) ou 2 (mulher): considerar anticoagulação
POR RADIOFREQUÊNCIA
oral.
A preferência não é pela amiodarona! A gente só opta por ela se houver cardiopatia
prévia estrutural. Lembre-se -se que a amiodarona é uma droga de depósito e pode
gerar toxicidade ocular, pulmonar, cutânea, etc.
OBS: ALTERNATIVA A ANTICOAGULAÇÃO nos pacientes com
3. Anticoagulação contraindicação, uma alternativa é a OCLUSÃO PERCUTÂNEA DO
APÊNDICE ATRIAL ESQUERDO com dispositivos como o Watchman.
- Quais drogas? WARFARIN, DABIGATRAN (inibidor de trombina),
RIVAROXABAN, APIXABAN, EDOXABAN (inibidores do fator Xa)
SAIBA MAIS!
- Preferir warfarin se: já está em uso do mesmo, ClCr < 30 ou FA valvar
(manter INR entre 2-3)
Quando “CONSIDERAMOS” a
- Pré-reversão (3-4 semanas): > 48h ou indeterminada ou alto risco.
anticoagulação, devemos levar em
Obs: um ECO NEGATIVO PODE OMITIR ESSA ANTICOAGULAÇÃO (**)
conta o HAS-BLED!
- Pós-reversão (4 semanas): crônica se alto risco
(**) Entendendo...
EM CASO DE PONTUAÇÃO > 3
ECO TE com trombo ou ECO indisponível: anticoagular por pelo
PONTOS HÁ RISCO DE
menos 3 semanas antes e 4 semanas pós a cardioversão (seja elétrica
ou química), independente de CHADSVASC!
HEMORRAGIA COM A
ECO TE sem trombo: cardioversão (pode omitir a anticoagulação) ANTICOAGULAÇÃO ORAL.
VIA NODAL
Imagem: mairimed.com
Imagem: pt.my-ekg.com
ARRITMIA SINUSAL
- VARIABILIDADE PERCEPTÍVEL ENTRE OS INTERVALOS P-P (ritmo
irregular)
- TIPO RESPIRATÓRIO: os intervalos P-P se reduzem na inspiração
(“taquicardiza”) e aumentam na expiração (“bradicardiza”).
- TIPO NÃO RESPIRATÓRIO: não tem relação com a respiração.
Indicações:
(1) BRADIARRITMIAS + SINAIS DE INSTABILIDADE E REFRATARIEDADE AO USO
DE ATROPINA
(2) BRADIARRITMIAS MALIGNAS MESMO QUANDO ASSINTOMÁTICAS PELO
RISCO DE DEGENERAÇÃO MALIGNA
(3) BRADIARRITMIAS BENIGNAS, MAS MUITO SINTOMÁTICAS, APÓS
EXCLUSÃO DE OUTROS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
Tipos:
(1) TRANSCUTÂNEO (temporário até 30-60 minutos)
Outro exemplo: um BAVT por doença de chagas. Doença definitiva ou CÂMARA ESTIMULADA: ÁTRIO VENTRÍCULO (DUPLO)
temporária? Definitiva. Usamos um MP definitivo! CÂMARA SENTIDA: ÁTRIO E VENTRÍCULO VENTRÍCULO
(DUPLO)
Maldade de prova: paciente com doença de chagas + intoxicação digitálica + TIPO DE SENSING: INIBIÇÃO E TRIGGER (DUPLO)
BAVT. Definitivo ou temporário? Tem como saber se esse BAVT é causado por
intoxicação ou chagas? Não... O que fazemos então? Passa o TEMPORÁRIO e Imagem: adaptado de MedicinaNET
trata a intoxicação digitálica! Se o BAVT for embora, tira... Se não for, coloca o
MP definitivo (a culpa é de chagas)!
VVI: fibrilação atrial com bradicardia sintomática em paciente Se há certeza que a causa é hipoxemia, fazer o A primeiro!
cronotropicamente competente;
C (CIRCULATION)
VVIR: arritmias atriais fixas (fibrilação atrial ou flutter) com bradicardia
- Assegurar circulação (compressão cardíaca)
sintomática em paciente cronotropicamente incompetente; - Paciente deve estar sob uma superfície rígida
- Local das compressões: metade inferior do esterno
AAI: bradicardia sintomática resultante de disfunção do nó sinusal no
- Técnica: mãos sobrepostas paralelas, com dedos entrelaçados, com
paciente cronotropicamente competente e com condução atrioventricular
braços estendidos e movimento de flexão do quadril
normal;
- Frequência: 100-120 COMPRESSÕES/MINUTO
AAIR: bradicardia sintomática resultante de disfunção do nó sinusal no - Intensidade: 5-6CM DE PROFUNDIDADE
paciente cronotropicamente incompetente e com condução atrioventricular A (AIRWAY)
normal;
- ABRIR VIA AÉREA
DVI: modo obsoleto; - CHIN LIFT: hiperextensão da cabeça e elevação do queixo. Não
utilizar se suspeita de trauma cervical (usar JAW-THRUST =
VDD (modo normalmente usado com apenas 1 eletrodo, pois se um sistema anteriorização da mandíbula)
com dois eletrodos é implantado é preferível usar o modo DDD): bloqueio B (BREATHE)
atrioventricular congênito; bloqueio atrioventricular com nó sinusal normal; - Ver, ouvir e sentir: abolido
- 2 ventilações (boca-máscara, ambu-máscara, boca-boca)
DDI: necessidade de marca-passo de duas câmaras na presença de taquicardia - Cada ventilação deve ser feita devagar, em 1 segundo, para minimizar
supraventricular paroxística em paciente cronotropicamente competente;
a distensão gástrica e reduzir o risco de broncoaspiração
DDIR: bloqueio atrioventricular e disfunção do nó sinusal no paciente
- Se possível, conectar o ambu no oxigênio a 10L/m
- Médico tem direito a se recusar de fazer boca-boca, mas o risco de
cronotropicamente incompetente com taquicardia supraventricular paroxística
significativa;
infecção é mínimo e tal atitude não deve ser desencorajada. A
respiração boca-nariz também é eficaz e está indicada quando a
DDD: bloqueio atrioventricular e disfunção do nó sinusal no paciente respiração boca-boca é impraticável, como em alguns casos de trauma
cronotropicamente competente; necessidade de sincronia atrioventricular para de face.
maximizar débito cardíaco em pacientes ativos e cronotropicamente - RELAÇÃO: 30 COMPRESSÕES: 2 VENTILAÇÕES (“1 ciclo de RCP”)
competentes; em pacientes com antecedente de síndrome do marca-passo; - TROCAR SOCORRISTAS APÓS 5 CICLOS
- Leigos podem fazer apenas as compressões, sem ventilação
DDDR: bloqueio atrioventricular e disfunção do nó sinusal em pacientes
cronotropicamente incompetentes.
Drogas que podem ser feitas pelo TOT: vasopressina, atropina (não utilizada Se assistolia...
mais), naloxone, epinefrina (adrenalina), lidocaína. Não existe dose ideal, mas a Protocolo da linha reta:
recomendada é a de 2,5x a dose venosa. Deve ser diluída em 5-10ml de água ou - CA: checar cabos
salina e injetada diretamente no TOT. Segundo alguns autores, a diluição com - GA: aumentar o ganho
água ofereceria maior absorção que com salina. - DA: trocar derivação (ou a angulação das pás)
Detalhe prático...
Em casos de refratariedade
- O acesso venoso e a intubação devem ser tentados enquanto as manobras de
RCP sejam mantidas (por mais difícil que seja). Se não for possível, podemos CHECAR CAUSAS REVERSÍVEIS!
INTERROMPER a RCP POR NO MÁXIMO 10 SEGUNDOS.
E o SOCO PRECORDIAL?
- As recomendações mais recentes são de que só deve ser aplicado nas
TAQUICARDIAS VENTRICULARES INSTÁVEIS (incluindo FV) ASSISTIDAS, com o
paciente SOB MONITORIZAÇÃO, se NÃO DISPUSERMOS PRONTAMENTE DE UM
DESFIBRILADOR. Mas sempre com a lembrança de que não se atrasem as
manobras de reanimação nem a busca do desfibrilador. Essa medida não deve ser
utilizada em paradas não assistidas fora do ambiente hospitalar.
Imagem: Wikipedia
VASCULARIZAÇÃO CORONARIANA
Supra na parede inferior
- CORONÁRIA DIREITA: ventrículo direito, parede posterior (ou dorsal),
Coronária direita (CD)
parede inferior, base do septo (“dominância direita”)
O infra em D1 é imagem em espelho do supra da parede inferior! E não se
Em 30% dos casos, essas paredes (posterior, inferior e base do septo) são irrigadas pela esqueça que nesses casos devemos rodar V3R, V4R, V7 e V8.
artéria circunflexa (CX). Quando irrigadas pelo CD, chamamos isso de dominância
direita, que é o que ocorre em 70% dos casos.
Complicações Pós-IAM
ARRITMIA
- FV: é a principal causa de óbito!
- Cardiodesfibrilador implantável (CDI) se: PCR, TV sustentada, FE < 30%
HEMODINÂMICAS
- Choque cardiogênico
Lembrando: a grande droga que melhora contratilidade cardíaca é a dobutamina! Se
houver hipotensão, acrescentar noradrenalina! Se refratário a dobutamina e
noradrenalina, podemos considerar o uso do balão intra-aórtico. Imagem: blog.escolaecope.com.br
- Se IAM de VD: evitar morfina, nitrato, betabloqueador, diurético
ROTURA DO SEPTO INTERVENTRICULAR (INCIDÊNCIA 0,3%)
TROMBOEMBÓLICAS - Gera uma COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR, com shunt
- Trombo mural no VE, que pode se soltar e cair na circulação sistêmica esquerda-direita. O sangue shuntado passa do VE para o VD, sendo
- Diagnóstico com ecocardiograma então bombeado para os pulmões e retornando ao VE. Resultado:
- Tratamento com anticoagulação sobrecarga de volume do VD e do VE = falência sistólica biventricular.
- Apresentação: EAP e/ou choque cardiogênico. Também surge SOPRO
DOLOROSAS HOLOSSISTÓLICO INTENSO localizado na BEE e irradiando para o
- Angina pós-IAM restante do precórdio.
É sempre de alto risco! Tem que estratificar! - É mais comum no IAM de parede ANTERIOR.
- Pericardite pós-IAM (aguda ou síndrome de DRESSLER) - Diagnóstico: ECO ou monitorização hemodinâmica (Swan-Ganz)
A pericardite pode acontecer por contiguidade do processo inflamatório em poucos - Tratamento: sempre CIRÚRGICO.
dias, ou pode surgir semanas depois por mecanismo imune (síndrome de Dressler).
Para saber se é angina pós-IAM ou pericardite, devemos avaliar em conjunto os dados
clínicos, ECG, marcadores de necrose e ECO. Em relação ao tratamento, na síndrome
de Dressler, como geralmente ocorre > 4 semanas após, pode ser utilizado AINE em
geral e corticoide no tratamento.
MECÂNICAS
Podem ser diagnosticadas com ECOCARDIOGRAMA!
- Insuficiência mitral (mais audível em foco mitral, porém, pancardíaco)
- CIV (sopro mais localizado em borda esternal)
É o paciente que infarta e tem um sopro novo! Pode ser ruptura de cordoalha tendínea
gerando insuficiência mitral; ou CIV.
- Rotura de estruturas**
Betabloqueadores
Tricíclicos
Mecanismo:
- Depressão: ocorre falta de serotonina, noradrenalina e dopamina
- Tricíclico: inibe a receptação destes 3 neurotransmissores!
Efeitos Colaterais:
- Bloqueio muscarínico: SÍNDROME ANTICOLINÉRGICA (RETENÇÃO
URINÁRIA, BOCA SECA, MIDRÍASE, ↓MOTILIDADE)
- Alteração neurológica: CONVULSÃO, SEDAÇÃO, COMA
O que acontece na síndrome colinérgica? - Bloqueio alfa-adrenérgico: HIPOTENSÃO (geralmente a causa de morte)
Aumento de Ach nos receptores nicotínicos (junção neuromuscular) - Inibição de canais de sódio: TAQUICARDIA, QT/QRS ALARGADO
- MIOFASCICULAÇÕES + FRAQUEZA Antídoto:
Aumento de Ach nos receptores muscarínicos (órgãos) - BICARBONATO DE SÓDIO
- MIOSE, BRONCOCONSTRIÇÃO (sibilos), SALIVAÇÃO EXCESSIVA,
INCONTINÊNCIA URINÁRIA (odor forte de urina), BRADICARDIA Benzodiazepínicos
ACIDENTE ELAPÍDICO
Conceitos:
- COBRA CORAL (gênero Micrurus e família Elapidae)
- É o acidente mais raro
Ação do veneno:
- Mesmo do crotálico!
- Diferenças: SEM AÇÃO MIOTÓXICA (IRA) e a ação neurotóxica é mais
sistêmica = DIFICULDADE RESPIRATÓRIA.
Cobra Coral VERDADEIRA X Cobra Coral FALSA
- Verdadeira: anel completo (ventral e dorsal), dente
inoculador pequeno, tricolor (“é peçonhenta”)
- Falsa: anel só na parte dorsal, sem dente
inoculador, bicolor (rubro-negra = “é gente boa”)
ARANEÍSMO Prevenção:
- Cuidado com as roupas + Eliminar insetos (aranha come inseto)
Mecanismo de ação: Vale para aranha e escorpião!
Tratamento:
- Ativação de canais de sódio em neurônio (contrário dos anestésicos locais)
- NÃO SE FAZ SOROTERAPIA EM CASOS LEVES!
Se ativar fibras sensitivas: DOR
- Casos especiais:
Autonômicas: manifestações SIMPÁTICAS OU
-- Latrodectus (viúva negra): soroterapia por via IM (exceção),
PARASSIMPÁTICAS
benzodiazepínico, gluconato de cálcio (controlar contraturas)
Motoras: CONTRATURAS MUSCULARES
-- Loxocelles (aranha marrom):
Como o mecanismo de ação é o mesmo, em casos de acidente com escorpião, caso o
soro anti-escorpiônico não estiver disponível, é permitido fazer soro anti-aracnídeo! Leve Moderado Grave
Clínica Lesão Lesão < 3cm Lesão > 3cm ou
RESUMÃO atípica placa marmórea hemólise/IRA/CIVD
Fisiopatogenia:
- Envenenamento causado por
PENETRAÇÃO DAS CERDAS DA
LAGARTA NA PELE
- PRINCIPAL CAUSADORA: LONOMIA
- A maioria dos casos ocorre em
MEMBROS SUPERIORES
- CRIANÇAS são geralmente mais acometidas que adultos
Quadro Clínico:
- DOR + QUEIMAÇÃO + EDEMA +
ERITEMA
- ADENOPATIA DOLOROSA associada
- Evolução para BOLHAS E NECROSE
- Todos esses achados costumam se resolver em +/- 24h, mas O GRANDE
PROBLEMA É SE A LAGARTA FOR A LONOMIA, que também cursa com
DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO, geralmente precedido por manifestações
mais sistêmicas de CEFALEIA, NÁUSEA, MAL-ESTAR e até mesmo DOR
ABDOMINAL. Tudo isso pode ocorrer após a resolução das manifestações locais.
Diagnóstico (Lonomia):
Para outras espécies (“não-lonomia”), os sintomas locais costumam melhorar em
24h e não requer medidas/diagnóstico específico.
Tratamento:
- Só alterações locais: SINTOMÁTICOS
- Lonomia SEM SANGRAMENTO: OBSERVAÇÃO CLÍNICA e controle
laboratorial por 24 horas
- Lonomia COM SANGRAMENTO: SOROTERAPIA ESPECÍFICA
(“SALON” – soro antilonômico IV)
MODERADO (epistaxe, equimose...): 2-3 ampolas
GRAVE (sangramento sistêmico): 4-6 ampolas