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Choque em Pediatria

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FLUXO DE ATENDIMENTO NAS UPA’s

v. 1 – 28/04/2022

MANEJO DE CHOQUE NA EMERGÊNCIA- PEDIATRIA


DADOS CLÍNICOS
• LETARGIA;
• DIFICULDADE DE ALIMENTAÇÃO;
• TAQUIPNEIA (> 2 DESVIOS PADRÕES PARA A IDADE);
• TAQUICARDIA (> 2 DESVIOS PADRÕES PARA A IDADE);
• DISPNEIA (TIRAGEM SUBCOSTAL, TIRAGEM INTERCOSTAL, TIRAGEM SUBCLAVICULAR, BATIMENTOS DE ALETAS NASAIS);
• SUDORESE EXCESSIVA;
• FEBRE (Tax > 37,8ºC) OU HIPOTERMIA (Taz < 36ºC);
• BAIXO GANHO PÔNDERO-ESTATURAL;
• INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS FREQUENTES (CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS COM HIPERFLUXO PULMONAR);
 TURGÊNCIA JUGULAR: SUGERE CHOQUE CARDIOGÊNICO OU OBSTRUTIVO;
 B3 E CREPITAÇÕES DIFUSAS: SUGEREM CHOQUE CARDIOGÊNICO;
 BRADICARDIA: PODE OCORRER EM HEMORRRAGIA GRAVE, CHOQUE NEUROGÊNICO, DOENÇA CARDÍACA PRÉ-EXISTENTE OU EM USO DE
ANTIARRITMICO;
 FEBRE: SUGERE ETIOLOGIA INFECCIOSA OU CRISE TIREOTÓXICA;
 REDUÇÃO DO TURGOR DA PELE E PELE SECA: SUGERE CHOQUE HIPOVOLÊMICO;
 PLACAS URTICARIFORMES: SUGERE ANAFILAXIA;
 PETÉQUIAS: SUGERE INFECÇÕES (MENINGOCOCCEMIA), PLAQUETOPENIA;
 RASH CUTÂNEO: SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO;
 HIPOXEMIA GRAVE (SO2 < 90%): PNEUMONIA, COVID-19, BRONQUIOLITE, ASMA GRAVE, TEP;
 SIBILOS: PODEM OCORRER EM CHOQUE ANAFILÁTICO E EM CHOQUE CARDIOGÊNICO DEVIDO AO EDEMA PULMONAR (“ASMA CARDÍACA”);
 DIMINUIÇÃO DA DIURESE (< 1ml/kg/h);
 HIPOTENSÃO É SINAL TARDIO DE CHOQUE EM CRIANÇAS.

DEFINIÇÃO DE HIPOTENSÃO PELOS LIMITES DA PRESSÃO ARTERIAL FREQUÊNCIA CARDÍACA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
SISTÓLICA NORMAL NORMAL

IDADE PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA (PAS) RN ATÉ 3meses: 80-200bpm < 1 ano: 30-60irpm
RECÉM-NASCIDOS-RN (0 A 28 < 60mmHg 3meses A 2 anos: 100-190 bpm 1 A 2 anos: 24-40irpm
dias)
2 A 5 anos: 80-140bpm PRÉ-ESCOLAR: 22-34irpm
LACTENTES (1-12meses) <70mmHg

CRIANÇAS (1-10anos) < 70 + (2X IDADE EM ANOS)mmHg 5 A 10 anos: 60-120bpm ESCOLAR: 18-30irpm

> 10 anos < 90mmHg > 10 anos: 60-100bpm ADOLESCENTE: 12-16irpm

CHOQUE HIPODINÂMICO CHOQUE HIPERDINÂMICO


• DIMINUIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO; • AUMENTO DE DÉBITO CARDÍACO;
• PELE FRIA E MARMÓREA; • DIMINUIÇÃO DA RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA;


PULSOS FINOS;
TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR (TEC) PROLONGADO: > 2 seg.
X • EXTREMIDADES QUENTES E AVERMELHADAS;
• TEC RÁPIDO.

CLASSIFICAÇÃO DOS ESTADOS DE CHOQUE E PRINCIPAIS ETIOLOGIAS

HIPOVOLÊMICO DISTRIBUTIVO
HIPODINÂMICO OU FRIO • SÉPTICO;
HEMORRÁGICOS NÃO HEMORRÁGICOS • SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO;
• TRAUMA; • GASTRINTESTINAIS (DIARREIA, VÔMITOS); • ANAFILÁTICO;
• HEMORRAGIA • RENAL (HIPERGLICEMIA); • NEUROGÊNICO: TRAUMA RAQUIMEDULAR, COMPRESSÃO DE MEDULA
DIGESTIVA ; • QUEIMADURAS; ESPINHAL E ANESTESIA;
• HEMOPERITÔNIO. • HIPERTERMIA; • ENDOCRINOLÓGICO: INSUFICIÊNCIA ADRENAL, CRISE TIREOTÓXICA;
• PERDA PARA O TERCEIRO ESPAÇO • INTOXICAÇÕES AGUDAS: MONÓXIDO DE CARBONO, NITROPRUSSIATO,
(PANCREATITE AGUDA). CIANETO.

CARDIOGÊNICO OBSTRUTIVO
BAIXO DÉBITO CARDÍACO E ALTA RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA • TEP;
• EDEMA AGUDO DE • OBSTRUÇÕES CONGÊNITAS DA • PNEUMOTORAX HIPERTENSIVO;
PULMÃO; SAÍDA DO VENTRÍCULO ESQUERDO • TAMPONAMENTO CARDÍACO;
• IAM; (COARCTAÇÃO DE AORTA GRAVE, • PERICARDITE ;
• TAQUIARRITMIAS; INTERRUPÇÃO DO ARCO AÓRTICO, • DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA;
• LESÕES VALVARES; ESTENOSE AÓRTICA CRÍTICA) SE • OBSTRUÇÃO DE CAVA OU TUMORES INTRATORÁCICOS;
• MIOCARDITE AGUDA; MANIFESTAM POR CHOQUE • VENTILAÇÃO COM ALTOS VALORES DE PEEP.
• CARDIOMIOPATIAS CARDIOGÊNICO NAS DUAS
CONGÊNITAS; PRIMEIRAS SEMANAS DE VIDA,
• DISFUNÇÃO MIOCARDICA DEVIDO AO FECHAMENTO DO
NA SEPSE; CANAL ARTERIAL.
P.1
FLUXO DE ATENDIMENTO NAS UPA’s
v. 1 – 28/04/2022

MANEJO DE CHOQUE NA EMERGÊNCIA- PEDIATRIA


SINAIS CLÍNICOS DE CHOQUE (VER P.1)
*FORNECECIMENTO DE FiO2
 CATETER NASAL:
• BAIXO FLUXO DE O2; • MONITORIZAÇÃO DE DADOS
• FORNECE ATÉ 6L/MIN; VITAIS;
• CADA LITRO AUMENTA 3% A FiO2. • MONITOR CARDÍACO;
 MÁSCARA COM RESERVATÓRIO: • 2 ACESSOS VENOSOS
• ALTO FLUXO DE O2; CALIBROSOS. CASO
• ACIMA DE 6L/MIN; IMPOSSIBILIDADE, OBTER
• CADA LITRO AUMENTA 10% A FiO2; ACESSO INTRAÓSSEO;
• CONTRA-INDICAÇÃO: TRAUMA • FORNECER FiO2* ATÉ ATEINGIR
FACIAL/ VÔMITOS INCOERCIVEIS. SO2 > 92%;
 INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL (IOT): • SONDA VESICAL DE DEMORA;
• INDICAÇÕES: REBAIXAMENTO DO • AVALIAR OBTENÇÃO DE ACESSO
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA/ INABILIDADE VENOSO CENTRAL;
PARA PROTEGER AS VIAS AEREAS/ • RESSUSCITAÇÃO VOLÊMICA:
INSTABILIDADE HEMODINÂMICA/ 20ml/kg IV DE SF 0,9% OU RINGER CHOQUE HIPOVOLÊMICO
HIPOVENTILAÇÃO. LACTATO. EM RN, 10ML/Kg. • SE HISTÓRICO DE TRAUMA OU
+ QUEIMADURA:
ACIONAR PROTOCOLO DO SAMU OTIMIZAR RESSUSCITAÇÃO VOLÊMICA
3360-4980
CHOQUE CARDIOGÊNICO • SE SANGRAMENTO ATIVO NÃO
 ELETROCARDIOGRAMA; TRAUMÁTICO:
 COM HIPOTENSÃO (CONFORME A OTIMIZAR RESSUSCITAÇÃO VOLÊMICA
IDADE): VER P.1 SINAIS DE SIM +
• NOREPINEFRINA 2MG/2ML IV: 0,01 A HIPOVOLEMIA? ÁCIDO TRANEXÂMICO 50MG/ML-
0,2mcg/kg/min EM BIC; 10mg/kg/dose IV
OU
NÃO •
• EPINEFRINA 0,01 A 0,3mcg/kg/min SE HIPERGLICEMIA:
EM BIC; VER FLUXO DE EMERGÊNCIAS
OU SIM CONGESTÃO HIPERGLICÊMICAS
• DOPAMINA 5 A 10 mcg/kg/min EM PULMONAR? • DEMAIS CAUSAS:
BIC. OTIMIZAR RESSUSCITAÇÃO VOLÊMICA
 SEM HIPOTENSÃO (CONFORME A REAVALIAR APÓS EXPANSÃO
IDADE): VER P.1
• DOBUTAMINA 12,5MG IV: 5 A
15mcg/Kg/min EM BIC.
APÓS MELHORA NÃO CHOQUE OBSTRUTIVO
DA P.A
FUROSEMIDA 1MG/KG IV BOLUS  SE ESTASE JUGULAR, ABAFAMENTO
DE BULHAS CARDÍACAS, ATRITO
PERICÁRDICO OU PULSO
PARADOXAL:
SIM • TAMPONAMENTO CARDÍACO:
DISPNEIA AVALIAR PERICARDIOCENTESE (SE
ASSOCIADA? CONDIÇÕES TECNICAS)
 SE DOR TORÁCICA, MV ABOLIDO,
COM HIPERTIMPANISMO E DESVIO
NÃO DA TRAQUEIA PARA O LADO
OPOSTO:
SIM • PNEUMOTÓRAX: AVALIAR
SUSPEITA CLÍNICA TORACOCENTESE DE ALÍVIO (SE
VER FLUXO DE SEPSE EM PEDIATRIA
DE INFECÇÃO? CONDIÇÕES TÉCNICAS)

NÃO
• ADRENALINA 1:1000: 0,01 ml/kg/dose
IM;
• METILPREDNISOLONA 500MG: 1 A
SIM 2mg/kg/dose ;
ANAFILAXIA?
• PROMETAZINA 50MG: 0,5mg/kg/dose
IM;
NÃO • SALBUTAMOL 100MCG/DOSE: SE
BRONCOESPASMO.
OUTRAS SITUAÇÕES QUE CAUSEM
CHOQUE DEVEM SER
INDIVIDUALIZADAS E MANEJADAS
CONFORME A CLASSIFICAÇÃO DE
CHOQUE (VER P.1)
P.2

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