Atividade-Moderna I-Felipe-Lucas
Atividade-Moderna I-Felipe-Lucas
Atividade-Moderna I-Felipe-Lucas
AVALIAÇÃO I
PICOS - Piauí.
2024
FELIPE BARBOSA PATRICIO
LUCAS PEDRO DE SÁ
AVALIAÇÃO I
PICOS - Piauí.
2024
MERCANTILISMO
O mercantilismo surge no Ocidente devido às condições proporcionadas pelo período
histórico em que surgem os Estados modernos europeus nos séculos XV, XVI e XVII. O
mercantilismo apresenta contradições quando tentamos definir seu conceito. A primeira
definição sugere que ele é a transição entre o sistema feudal e o atual sistema capitalista. No
entanto, o mercantilismo não é apenas definido como uma transição ou como a junção desses
dois sistemas, mas sim como um período único na história, conforme definido por Falcon
(1981):
trata-se de uma época com especificidade própria, resultante do fato de que em suas
formações sociais concretas existem estruturas econômico-sociais, políticas e
ideológicas que nem são mais feudais, nem podem ser já chamadas exatamente de
capitalistas - são de transição. (1981 p. 21,22.)
A sociedade desta época, era dividida em classes. Antes mesmo de Marx definir em
suas obras o que seriam as classes e a luta de classes, já era possível observar esse conflito,
onde havia uma classe de senhores de terras e uma classe de camponeses que ocupavam essas
terras. Havia um aumento de camponeses sem terra e um grande número de terras sendo
concentradas nas mãos de burgueses.
A burguesia mercantil cresce neste período e vai contra os interesses e o alto poder
que a aristocracia detinha. No entanto, não era uma negação dessa sociedade aristocrática,
mas sim a busca pela possibilidade de adquirir esse poder e espaço na sociedade, como Falcon
demonstra (1981):
Tal burguesia (mercantil ou industrial) tende, no período em estudo, a opor-se ao
predomínio dos interesses e à manutenção dos privilégios da aristocracia (nobreza e
clero). Tal oposição, no entanto, é extremamente variada, pois não envolve
necessariamente a negação da própria sociedade aristocrática, podendo significar,
apenas e com frequência, a luta pela possibilidade e pelo direito de enobrecer-se
também, ou a luta pela obtenção de privilégios que representem vantagens
econômicas, políticas ou de simples status social. (1981 p. 28,29)
A última fase ocorre no século XVIII, nos anos de 1700 a 1815. Aqui, ocorre uma
virada de chave em comparação à fase anterior, com o aumento das atividades agrícolas e
manufatureiras, o comércio externo e interno, e o retorno do fluxo de metais preciosos para a
Europa, juntamente com a expansão demográfica e as migrações do meio rural para o urbano.
Isso resulta no aumento das atividades que ocorreram na primeira fase. É nessas
transformações que o caráter capitalista e a ascensão da burguesia se tornam evidentes,
conforme explicado por Falcon (1981)
A grande novidade é a afirmação do caráter capitalista nas transformações que então
têm lugar, com a Inglaterra ocupando ai o primeiro posto, enquanto se agrava,
sobretudo nas regiões ocidentais do continente europeu, a crise das estruturas
senhoriais ou feudais, possibilitando tentativas reformistas, adaptações, que revelam
a ascensão de uma nova sociedade, capitalista e burguesa. (1981 p.47)