Estrutura Das Organizações
Estrutura Das Organizações
Estrutura Das Organizações
Relações formais
Especificação de funções
Manuais de procedimentos
A estrutura organizacional constitui um conjunto de variáveis complexas, sobre as quais os
administradores e gestores fazem escolhas e tomam decisões. Define pois, a forma como as tarefas
devem estar destinadas, especifica quem depende de quem e estabelece os mecanismos formais de
coordenação e controlo.
Complexidade
Centralização
A complexidade inclui os múltiplos graus de especialização, divisão de trabalho, os níveis
hierárquicos, as extensões da organização e as filiais que possa ter.
A formalização é constituída pelas regras e os procedimentos que as organizações têm para orientar o
comportamento dos seus membros, pelas suas normas escritas.
Tal como foi referido inicialmente, o organograma deve representar: os órgãos da organização, tanto
quanto possível de forma genérica, as funções de cada órgão, as relações de interdependência entre
órgãos, os níveis administrativos que compõem a organização e a via hierárquica.
Para a construção de um organograma, deve-se observar o seguinte: os órgãos devem ser representados
por figuras geométricas, normalmente o rectângulo, sendo que os tamanhos dos rectângulos podem ser
proporcionais à importância hierárquica do órgão. Os órgãos de menor hierarquia são colocados abaixo
dos de maior hierarquia.
Figura 1 - Organograma Organizacional
Figura 2- Organograma Organizacional
3.2. Tipologia das estruturas organizacionais
Tal como vimos inicialmente, a estrutura organizacional é o conjunto de relações formais entre os
grupos e os indivíduos que constituem a organização. Define as funções de cada unidade da
organização e os modos de colaboração entre as diversas unidades e é normalmente representada num
diagrama chamado organigrama (ou organograma).
➢ Orgânica.
horizontal, relaçoes hierárquicas rígidas, ênfase nas regras e procedimentos, com elevado grau de
Pelo contrário, a estrutura orgânica é caracaterizada por reduzida diferenciação horizontal, maior
interacção das pessoas, menor formalização e maior flexibilidade e elevado grau de descentralização
da autoridade.
Fundamentalmente, poder-se-ão considerar os seguintes tipos básicos de estrutura: simples, funcional,
divisionário/divisional, por processos, matricial, em rede e emergentes.
Estrutura simples
Como o próprio nome sugere, esta estrutura organizativa é a mais simples, sendo comum em grande
parte das empresas familiares e de pequena dimensão. Geralmente, é constituída por apenas dois níveis
hierárquicos: o gestor-proprietário, o “patrão” e os empregados, a que ele reportam directamente,
conforme a figura abaixo.
Gestor
Empregados
das tarefas de cada um dos elementos que a constituem. Funciona sob o controlo pessoal e contacto
O principal problema é que este tipo de organização funciona com eficiência apenas enquanto a
empresa se mantém numa determinada dimensão. Á medida que a empresa cresce, torna-se cada vez
mais difícil para uma só pessoa exercer o controlo sobre toda a empresa.
Se o gestor não tiver a visão e a abertura de espírito para entender que a empresa tem de ser
organizada de maneira diferente, a gestão torna-se cada vez mais complicada e menos eficiente.
Estrutura funcional
As insuficências das estruturas simples, à medida que a empresa cresce, conduzem geralmente à adopção
responsabilidade a partir das funções clássicas da gestão: financeira, produção, comercial, pessoal, etc.
Cada um destes departamentos é chefiado por um especialista funcional na respectiva área, conforme a
figura que será apresentada a seguir. A coordenação dos diferentes departamentos funcionais é uma
Administração
➢ Possibilidade de o gestor principal tirar partido do contacto pessoal com todas as operações
fundamentais e da centralização das decisões e melhor actuar numa perspectiva global da organização;
➢ Excesso de trabalho de rotina nos gestores de topo em prejuízo da reflexão e das decisões estratégicas;
➢ Tendência dos responsáveis das áreas funcionais para se posicionarem numa perspectiva de curto
prazo e sobreavaliarem as orientações funcionais;
➢ As diferenças de orientação e os eventuais conflitos entreas áreas funcionais podem traduzir-se em
dificuldades de coordenação e controlo;
Implementada para
apoiar o modelo de Caracteriza-se por:
Taylor
Possuir uma direcção
única;
Estrutura funcional
Valorizar a especialização;
Aplicas a divisão do
Funções de
concepção, funções
trabalho às tarefas de
de execução,
unidade de comando
execução e de supervisão.
Estrutura divionária/divisional
É a forma de organização assente na divisão das tarefas com base na diversidade de produtos, serviços,
mercados ou processos da empresa. Cada divisão tem os seus próprios especialistas funcionais, que
As divisões, cada uma delas com os seus próprios produtos, serviços ou mercados, são relativamente
objectivos da sua divisão mas também na colaboração que devem prestar para o desempenho da
Gestor Gestor
1.ª divisão 2ª divisão
➢ Podem surgir problemas nomeadamente de controlo, com o aumento da autoridade dos gestores das
➢ Pode contribuir para um aumento dos custos da organização, nomeadamente pela eventual
➢ Eventualidade de sobrevalorização dos resultados no curto prazo, em virtude da pressão posta nos
No primeiro caso, as pessoas e as actividades agrupam-se por funções: finanças, marketing, produção,
recursos humanos, aprovisionamentos, etc. No segundo caso, as pessoas e as actividades organizam-se
por produtos, por grupos de produtos, serviços, áreas geográficas ou mercados.
Pode no entanto, acontecer e de facto acontece muitas vezes, que diversos departamentos tenham
simultaneamente necessidade de especialistas e técnicos nas diferentes funções e de coordenação
através das linhas de produtos. Em situações como estas, a solução pode ser uma estrutura matricial,
uma forma de organização que combina as vantagens das duas estruturas fundamentais já analisadas.
A estrutura em matriz aumenta a capacidade da organização para recolha e circulação das informações
os canais hierárquicos, verticais. Combina, portanto, duas linhas de autoridade: a vertical relativa aos
gestores funcionais e a horizontal, relativa aos gestores dos projectos, programas, áreas geográficas ou
A estrutura por projectos, como se depreende, é um caso particular da estrutura matricial: refere-se a
temporária, acabando o projecto a equipa respectiva dissolve-se, a não ser que seja destacada para outro
Deve mo entanto, ter-se presente que estas estruturas não são exclusivas de organizações de grande
dimensão. Há inúmeras empresas pequenas, nomeadamente de serviços, tanto públicas como privadas,
organizadas segundo este modelo e desenvolvendo a sua actividade com elevado grau de eficiência.
Administração
Actividade
A
Actividade
B
Figura 6- Estrutura matricial
Estrutura em rede
A estrutura em rede é talvez a mais recente e também a mais radical das estruturas organizacionais.
Fundamentalmente, consta de um único departamento central actuando como broker (intermediário que
Na sua forma extrema a organização em rede é constituída por uma série de empresas independentes
ligadas umas às outras por computador, do que resulta o desenho, a produção ou a comercialização de
um produto ou serviço.
A estrutura em rede enquadra-se assim nas tendências que se vêm verificando quer para a redução das
do “fazer” pelo “comprar”, quer para as políticas de contratos de longa duração com os fornecedores,
As estruturas em rede proporcionam às empresas que as adoptam uma maior flexibilidade e capacidade
bem como às alterações dos padrões da competitividade que se vem verificando no comércio
internacional.
Empresas
de embalagem
Fornecedores
Designers
Sede
(Empresa)
Produtores Distribuidores
Agentes de
promoção
e publicidade
Figura 7- Estrutura em rede
Estruturas emergentes
Principais Vantagens
❑ Cada gestor em função do mercado, é orientado estrategicamente para enfatizar, em relação
aos seus produtos, problemas de programação, expansão, comercialização, custos e
rentabilidade;
❑ Torna mais fácil o processo de coordenação, em função do produto, porque o negócio é visto
em conjunto e não em partes, tornando-se as actividades funcionais dessa forma
secundárias;
❑ Permite a utilização máxima da capacidade do pessoal e do conhecimento especializado,
favorecendo a inovação, o crescimento e a diversificação de produtos e Mercado;
❑ Melhor histórico de cumprimento do cronograma e controlo de custos, podendo-se exigir dos
gestores responsabilidade em relação aos lucros;
❑ Facilita o emprego de capital especializado em função dos objectivos, de fácil assimilação
pelos investidores.
Principais Desvantagens
❑ Os custos são elevados pela duplicação de órgãos, podendo reduzir a margem de lucros;
❑ Um grupo de produtos presta pouca consideração aos outros grupos de produtos dentro da
organização, dificultando a integração;
❑ Sacrifica a especialização funcional e as economias de escala pela diferenciação de produtos
e suas estruturas consequentes;
❑ Quando a área de produção é organizada por divisões de produtos, há uma forte tendência
para forçar um agrupamento semelhante nas vendas, contas, contabilidade, etc.;
❑ É difícil a integração entre múltiplas e diferentes unidades organizacionais, pode assim levar
a uma instabilidade nas estruturas de organização.