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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


CURSO DE LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

Tema: Bioquímica Metabólica

Justino Armando Henriques – 81232358

Trabalho de Campo a ser


submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em
Nutrição da UnISCED.
Tutor: Stela Emelina
Guilengue
Nampula, Março de 2023

ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3

2. Objetivo Geral............................................................................................................3

Objectivos Específicos...................................................................................................3

2.1 INIBIDORES ENZIMÁTICOS NA MEDICINA...................................................4

2.2 CARBOIDRATOS..................................................................................................5

Propriedades e Composição.......................................................................................6

2.3 PROTEÍNAS...........................................................................................................6

2.4 LÍPIDOS..................................................................................................................7

CONCLUSÃO...............................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................10

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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho foi realizado com o objetivo de Conceituar e explicar os alimentos de
diferentes fontes (origem animal, vegetal) Inibidores enzimáticos na Medicina,
Carboidratos, Proteínas e Lípidos.

As enzimas são produzidas por todos os organismos vivos, incluindo os humanos e


estão presentes em pequenas quantidades.

Os Carboidratos são as biomoléculas abundantes na Terra, e a cada ano, a fotossínteses


converte mais de 100 bilhões de toneladas métricas de CO2 e H2O em celulose e outros
produtos vegetais, como os açúcares e amido, que são fontes de energia na maioria das
células não fotossintéticas. Os polímeros de carboidratos (glicanos) agem como
elementos estruturais e protectores nas paredes celulares bacterianas e vegetais, também
nos tecidos conectivos animais, lubrificam as articulações e auxiliam o reconhecimento
e as adesão intercelular.

As proteínas estão presentes em todas células dos humanos, tecidos de plantas, tecidos
de fluídos e em microorganismos, cerca de 50 % do peso seco da célula. Estas
controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula, exibindo uma
diversidade de funções.

Os lípidos são hidrofóbicos (não-polar) ou anfipáticos (contém regiões não-polar e


polar). Estes fazem parte da estrutura das membranas, agregados para formar camadas
impermeáveis de iões e outros solutos. Apesar dos lípidos exibir enormes variedades na
forma e tamanho, estes são unidos por suas hidrofobicidade. As gorduras e óleos são as
principais formas de armazenamento de energia em muitos organismos.

2. Objetivo Geral
 Conceituar e explicar os alimentos de diferentes fontes (origem animal, vegetal)
Inibidores enzimáticos na Medicina, Carboidratos, Proteínas e Lípidos.

Objectivos Específicos
 Estudar as características gerais das enzimas na medicina;
 Definir as principais classes de carboidratos e suas fontes de obtenção;
 Definir as principais classes de proteínas e suas fontes de obtenção;
 Definir as principais classes de lípidos e suas fontes de obtenção.

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2.1 INIBIDORES ENZIMÁTICOS NA MEDICINA
As enzimas são proteínas biológicas que fornecem controle de velocidade,
especificidade e regulação de diversas reações no corpo dos animais. Elas agem como
catalisadores, ou seja, aumentam a velocidade das reações químicas. A enzima, então,
participa na formação e rompimento de ligações que são necessárias para transformar
um subtrato em produto, e retornando ao seu estado original uma vez que a reação esteja
completa. O sítio de ligação de um substrato específico contém resíduos de aminoácidos
que reconhecem este subtrato e se ligam a ele por múltiplas interações hidrofóbicas,
eletrostáticas ou de hidrogênio.

A complementaridade entre enzima e substrato define o que muitos autores relatam


como modelo de chave-e-fechadura (Lieberman et al., 2009).

Os inibidores de enzimas são moléculas que interferem com a catálise, diminuindo ou


interrompendo as reacções enzimáticas. Também, estes fornecem ricas informações
sobre os mecanismos enzimáticos e tem ajudado a desvendar algumas vias metabólicas.

Um tipo muito comum de inibição reversível é denominado competitivo, que compete


com o substrato pelo sítio activo impedido deste modo a sua ligação com à enzima.

a) Inibição reversível:

Inibidor Competitivo: liga-se ao sítio ativo (ligação Inibidor + Enzima);


↑[Substrato]reverte inibição;

Inibidor Incompetitivo: liga-se a um sítio que não o ativo (ligação Inibidor + Enzima
Substrato); o efeito somente é percebido quando se tem ↑[Substrato];

Inibidor Não-Competitivo: liga-se a um sítio que não o ativo, mas pode formar ligação
diretamente com a Enzima ou com o complexo Enzima-Substrato; ↑[Substrato] não
reverte inibição.

b) Inibição irreversível:

O inibidor se liga de forma covalente a enzima, e destrói a ação catalítica.

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2.2 CARBOIDRATOS
Os Carboidratos são a base de massa de abundantes classes de moléculas biológicas na
Terra. Estes desempenham um papel crucial nos organismos vivos, nos animais e
plantas os carboidratos actuam com reserva de energia das moléculas.

A energia de processos metabólicos ocorre pela ingestão de carboidratos, que são


oxidados. Os polímeros de carboidratos complexos com ligação covalente formam com
as proteínas ou lípidos macromoléculas que actuam como sinais que determinam a
localização intracelular ou o destino metabólico dessas moléculas híbridas, chamadas de
glico-conjugados.

A classificação dos carboidratos é com base na sua estrutura e propriedades físico-


químicas. Estes são poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou substância que
geram esses compostos quando hidrolisadas. A fórmula empírica é (CH2O), podendo
conter nitrogénio, fósforo ou enxofre.

Os carboidratos que relacionam-se com grupo aldo são chamados aldoses e aqueles que
relacionam-se com o grupo ceto chamam-se cetoses.

Baseando-se nas propriedades físico-química os carboidratos dividem-se em:

 Espécies neutra: aquela que somente contém grupos hidroxil e carbonil, por
exemplo a glicose.
 Básico: aquela que contém grupo amino, por exemplo aminossacarídeos.
 Ácido: contendo grupo carboxil, por exemplo ácido glicurônico.

Baseando-se na estrutura química os carboidratos dividem-se em:

 Monossacarídeos ou monoses: são carboidratos simples constituídos por uma


molécula.
 Oligossacarídeos: possuem duas a dez unidades de monossacáridos com ligação
glicosídico.

Polissacarídeos ou glicanos: que possuem maior cadeia carbónica, superior a dez


unidades de monossacarídeos com ligação glicosídico.

As moléculas de glicose, frutose, pertencem a monossacarídeos, estes podem ser L –


levo-rotatório ou D – dextro-rotatória com configuração L- ou D- do substituto do

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átomo de carbono assimétrico. A sacarose (açúcar de cana), maltose, lactose e galactose
e outros são dissacarídeos e a amilose, celulose, amilopectina e quitina.

Propriedades e Composição

A maioria dos carboidratos encontrados na natureza ocorre como polissacarídeos,


polímeros de média e alta massa molecular (M > 20.000). Os homopolissacarídeos
contém somente uma única espécie monomérica; os heteropolissacarídeos contém dois
ou mais tipos diferentes.

Alguns homossacarídeos, como o amido e o glicogénio servem como formas de


armazenamento para monossacarídeos utilizados como combustível. Os
heteropolissacarídeos fornecem suporte extracelular para organismo de todos os reinos.
Por exemplo, a camada rígida do envelope celular bacteriano (o peptidoglicano, o ácido
hialurônico e o sulfato de condroitina).

2.3 PROTEÍNAS
As proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao
seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente. Pode-se encontrar vinte
aminoácidos comuns diferentes em proteínas, todos são α-aminoácidos. Eles têm um
grupo carboxilo e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono α).

Os aminoácidos não essenciais são os que nós humanos conseguimos sintetizar em


nosso organismo. Os aminoácidos essenciais são aqueles que não produzimos, sendo
necessária a ingestão de determinados alimentos. São eles: triptofano, valina,
fenilalanina, treonina, lisina, isoleucina, leucina, histidina e metionina. A maioria deles
nós encontramos em alimentos de origem animal: carne, leite, ovos, etc.

Apesar dos vegetais conseguirem sintetizar todos os tipos de aminoácidos que precisam
para sobreviver, não encontramos todos os essenciais em um só vegetal. Então é
importante nas dietas vegetarianas a diversidade na alimentação, principalmente cereais,
como trigo, aveia, quinoa; leguminosas, como feijão, grão de bico, lentilha, soja e
oleaginosas, como castanhas e nozes.

Os aminoácidos podem ainda sofrer outras divisões, segundo o “R” de cada um deles:

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 Aminoácidos apolares: o grupo “R” é uma cadeia lateral apolar, ou seja, são
hidrofóbicos. É o caso da alanina, leucina, valina, cisteína, glicina, prolina,
isoleucina, metionanina, triptofano e fenilalanina.
 Aminoácidos polares neutros: o grupo “R” é uma cadeia lateral polar sem carga
elétrica, ou seja, neutra. São hidrofílicos e geralmente contêm hidroxilias,
sulfidrilas e aminas. São os: Glicina, Serina, Treonina, Cisteína, Tirosina,
Asparagina e Glutamina.
 Aminoácidos polares ácidos: São hidrofílicos e o grupo “R” é uma cadeia lateral
com carga negativa, normalmente possuem grupo carboxila, além daquela da
estrutura geral. É o ácido glutâmico e ácido aspártico.
 Aminoácidos polares básicos: São hidrofílicos e o grupo “R” é uma cadeia
lateral básica, carregada positivamente, possuem grupo amino. São eles:
Histidina, lisina e arginina

Tabela 1 – Comparação entre proteínas de alto e baixo valor biológico

PROTEÍNA ANIMAL PROTEÍNA VEGETAL


Completas em aminoácidos essenciais. São ricos em proteínas, mas falta pelo
Consideradas de alto valor biológico. menos um dos aminoácidos essenciais,
sendo assim, considerados alimentos de
baixo valor biológico.
Exemplo: Peixes, ovos, laticínios, carne Exemplo: Frutas e hortaliças.
vermelha e aves.

As proteínas quanto a estrutura classificam-se em: primárias, secundárias, terciárias e


quaternárias

A estrutura primária de proteína define-se como a cadeia linear de polipéptidos, que são
compostos de aminoácidos residuais ligada através de ligação péptido.

2.4 LÍPIDOS
Os lípidos são compostos orgânicos da natureza biológica, insolúvel em água mas
solúvel em solventes não-polares, como o cloroforme, éter e benzeno. Estes apresentam-
se sob forma de gorduras e óleos, por exemplo os fosfolípidos e os esteróis são os
principais elementos estruturais das membranas biológicas.

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O lípido mais simples, ácido graxos, tem geralmente a fórmula R – COOH, onde o R
representa a cadeia carbónica e – COOH é o grupo funcional. As células podem oxidar
vários combustíveis metabólicos, produzindo CO2 como resíduo e energia conservada
na forma de ATP.

Por base mássica, os lípidos fornecem mais energia do que os carboidratos. Os


triacilglicerois contém ácidos gordos insaturados (os óleos), e portam menor energia
livre (poucas calorias), que os triacilglicerois contendo ácidos gordos saturados
(gorduras sólidas).

Os lípidos classificam-se com base na sua estrutura, propriedades físico-químicas e


biológicas ou fisiológicas. Quanto a estrutura podem ser de moléculas simples e lípidos
complexos (heterolípidos).

Moléculas simples:

 Glicéridos (acilglicerídeos)
 Esteroides
 Ceras

Lípidos complexos (heterolípideos):

 Fosfolípidos
 Glicolípidos
 Esfingolípidos

Em termos de propriedades físico-químicas, que tem a ver com a polaridade exibida


pelas moléculas dos lípidos, estes podem ser: neutros (ou não-polar) e espécie polar.

A nomenclatura para ácido graxos não-ramificados especifica o comprimento da cadeia


e o número de ligações duplas, separados por dois pontos, por exemplo, o ácido
palmítico, saturado e com 16 carbonos (16:0), e o ácido oléico, com 18 carbonos e uma
ligação dupla (18:1).

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CONCLUSÃO
Os inibidores de enzimas são moléculas que interferem com a catálise, diminuindo ou
interrompendo as reacções enzimáticas. Também, estes fornecem ricas informações
sobre os mecanismos enzimáticos e tem ajudado a desvendar algumas vias metabólicas.

Os carboidratos ou hidrato de carbono são compostos orgânicos que se formam por


síntese de matéria orgânica das plantas e animais. Estas incluem os monossacarídeos,
oligossacarídeos e polissacarídeos.

Os monossacarídeos classificam-se em aldoses e cetoses, como D-gliceraldeído, D-


ribose, D-glicose, e D-hidroxiacetona, D-xilose, D-frutose, respectivamente. Os
oligossacarídeos e polissacarídeos classificam-se em homopolissacarídeos e
heteropolissacarídeos, os mais comuns são: maltose, lactose, sacarose e amilose, quitina
e celulose, respectivamente.

Os carboidratos têm a função de fonte de energia e composição da estrutura celular de


organismos vivos. Estas são sintetizadas pela matéria vegetal, como a cana-de-açúcar,
tubérculos e cereais, como também nas células animais, por exemplo o leite.

As proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao


seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente. Pode-se encontrar vinte
aminoácidos comuns diferentes em proteínas, todos são α-aminoácidos. Eles têm um
grupo carboxilo e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono α).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Alvarez, M. M. (2009). Manual de Nutrição: Profissional da Saúde. Brasil. Sociedade
Brasileira de Diabete.

2. Alves, A. L. H. (2010). Nutrição nos Ciclos da Vida. Brasilia. WPOS

3. Best, C. (2008). Nutrition: A Handbook for Nurses.UK. John Wiley and Sons

4. Brito, I. (2006). Manual Clínico de Alimentação e Nutrição. Brasilia. Ministerio de


Saúde

5. Eastwood, M. (2003). Principles of Human Nutrition. 2nd Edition. UK. Blackwell


Science

6. FAO/WHO. (1998). Vitamins and Mineral Requirements in Human Nutrition. 2nd


Edition. Thailand. WHO Library Cataloguing

7. FAO/WHO. (2001). Human Vitamin and Mineral Requirements. Thailand. Food and
Agriculture Organization

8. Gibney, M. J., Lanham-New, S. A. and Vorster, H. H. (2009). Introduction to Human


Nutrition. 2nd Edition. USA. Wiley-Blackwell

9. Henry, C. J. K. and Chapman, C. (2002). The Nutrition Handbook for Food


Processors. England. Woodhead Publishing Limited

10. Miller, G. D., Jarvis, J. K. and MCBean, L. D. (2000). Handbook of Dairy Foods
and Nutrition. 2nd Edition. USA. CRC Press LLC

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